1. ANÁLISE LITERÁRIA DO LIVRO
“O MONGE E O EXECUTIVO”
DE JAMES C. HUNTER
Eduardo Alves Ribeiro.
Professor-Tutor Externo: Josi da Rosa de Oliveira.
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso de Administração (ADG 0195) – Prática do Módulo III
28/06/2013.
RESUMO
O Livro “O Monge e o Executivo” de James Hunter transmite uma mensagem muito importante,
abordando assuntos comuns do nosso dia a dia, e apresenta conceitos para liderar e obter sucesso
duradouro, conquistas e um bom convívio com todas as partes interessadas, sejam na vida
profissional ou pessoal. O livro é recomendado para pessoas que buscam uma essência de
liderança, pois trabalha a questão dos relacionamentos, como respeito, humildade. As propostas
consistem em confrontar valores, emoções, crenças, e com os debates, ideias, e discussões. Um
novo caminho poderá se abrir sob a forma de lidar com as outras pessoas. Trabalha muito a
questão dos sentimentos, habilidades, sobre a fé e de como influenciar as pessoas para
trabalharem em objetivos em comum. Enfim, é possível após ler e compreender o livro, refletir
sobre os estilos de liderança, e buscar nesse conhecimento uma alternativa para o sucesso
constante.
Palavras-chave: Liderança, Forma de lidar e Influenciar.
1 INTRODUÇÃO
A análise literária do livro “O monge e o executivo” tem a finalidade de apresentar no seu
resumo a vida de John e de sua família antes e depois de o mesmo entrar para um mosteiro na busca
de uma nova estabilidade na vida pessoal, profissional.
Conta à história desde a entrada no mosteiro, e das surpresas que John vive em sua vida,
pois ele era perseguido por um nome e a pessoa que iria o treinar era conhecido também por este
nome. Apresentado como era a vida dos seis participantes naquela semana, onde todos acordavam
cedo, e já realizavam as suas reuniões, discussões, troca de ideias, ensinamentos.
Em todo o trajeto daquela semana foi apresentado conceitos fundamentais para melhoria da
capacidade de liderança e o convívio com os outros, buscando ajudar a encontrar melhores
caminhos para um sucesso duradouro. Além disso, foi definido o conceito de liderança, algumas
atitudes que devem ser tomadas no dia a dia para que não sejam consideradas como um transtorno
para todos os envolvidos, desde um chefe, líder, subordinado, fornecedor e apresenta que a
liderança deve ser usada com autoridade, desde que conquistada com amor e dedicação. São
apresentados algumas habilidades, comportamentos, sentimentos e disciplina, ensinando de forma
clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes.
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2 RESULTADOS DA ANALISE DO LIVRO.
O livro “O Monge e o Executivo” de James C. Hunter narra à história de um executivo, bem
sucedido, gerente geral de uma grande indústria chamado John Daily, casado com Raquel e pai de
dois filhos – John e Sara. Eles viviam uma vida muito equilibrada em todos os sentidos, eram bem
sucedidos financeiramente com muitas mordomias, enfim a vida deles era muito boa em todos os
sentidos.
Chegou um momento que aquela família perfeita e o emprego estabilizado estavam se
desestruturando, o relacionamento com sua esposa passava por mudanças, no seu trabalho o seu
estilo de liderança não estava mais sendo aceito e até o time de Beisebol que ele treinava já não
estava indo muito bem. John se mostrou muito preocupado com tantos acontecimentos negativos
em sua vida.
Sua esposa Raquel sugeriu que conversasse com o pastor da igreja, e após a conversa o
pastor sugeriu que John participasse de um retiro em um pequeno mosteiro cristão chamado João da
Cruz, localizado perto de Michigan. No início não demonstrou interesse em participar, somente deu
importância e aceitou quando ficou sabendo que um dos frades do mosteiro era Leonard Hoffmann,
um ex-executivo de uma grande empresa.
Raquel o levou até o mosteiro, onde foi recepcionado pelo padre Peter. Naquela semana os
participantes eram 3 mulheres e 3 homens, as atividades programadas para a semana eram cinco
cerimônias religiosas diárias, aulas. Após uma conversa com o padre Peter, descobriu que Leonard
Hoffmann era quem iria dar o curso de liderança, e a maior coincidência foi de que o frade havia
recebido o nome de irmão Simeão.
No seu primeiro dia de cerimônia conheceu seu companheiro de quarto. Depois da missa das
07h30mim encontrou com quem tanto esperava, com a pessoa que iria ministrar o seu curso –
Simeão. Os dois conversaram e John disse que tinha vontade de encontrá-lo todos os dias para
conversar.
No primeiro encontro do grupo todos os seis participantes se apresentaram, que eram: Lee, o
pregador; Greg, um jovem sargento do exército; Teresa, diretora de uma escola pública; Chris,
treinadora do time de Basquete; Kim e o John. O debate inicial foi sobre a definição de liderança,
influência, sobre a diferença entre poder e autoridade, fizeram um trabalho onde definiram uma lista
dos comportamentos, e passaram o resto do dia discutindo a importância dos relacionamentos bem
sucedidos com os clientes, fornecedores, empregados, donos e também da importância da confiança
nesses relacionamentos.
Naquele primeiro dia definiram algumas situações do dia a dia, e que a vida apresenta
diariamente várias situações, as quais devem ser definidas e decididas ações para a resolução dos
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mesmos, sempre com humildade, e sempre saber ouvir, pois o ouvir foi considerado como uma das
habilidades mais importantes que um líder tem que desenvolver, não devendo interromper uma
pessoa no meio da frase, pois quando se faz isso a mensagem é enviada negativamente.
Ensinou que uma habilidade é simplesmente uma capacidade adquirida e liderança é
influenciar os outros, sendo então uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida, portanto
todos os participantes do curso poderiam analisar as suas formas de liderança, avaliar o que é o
melhor para toda a sua equipe.
Na reunião foi abordado muito o assunto sobre o poder e a autoridade, onde pode ser
entendida de uma forma bem fácil, como por exemplo: o poder pode ser vendido ou comprado,
dado ou tomado de volta, já à autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada e nem
tomada, resumindo, a autoridade diz respeito à pessoa como é, o seu caráter a sua influencia.
Mais um dia John tinha que acordar cedo e foi se encontrar antes da cerimônia com Simeão.
Iniciaram mais uma sessão onde foram abordados e discutidos sobre paradigmas, da diferença entre
satisfazer, vontades e necessidades.
No que diz respeito a ouvir, Simeão chamou a atenção a John, pois identificou que ele não
sabia ouvir, pois quando eles se conheceram no quarto, o mesmo o interrompeu três vezes e quando
isso acontece com certeza à mensagem não é recebido ou é recebida distorcida, às vezes negativa.
Citaram que pessoa diferente tem necessidades diferentes, e sobre a Hierarquia das
necessidades de Maslow. E foi mostrado que não são as coisas matérias que nos trazem alegria na
vida, que os maiores prazeres da vida são totalmente grátis, como a própria capacidade de fazer as
escolhas e a própria vida.
Foi identificado após muitas discussões e ideias que é importante desafiar continuamente os
paradigmas a respeito de si mesmos, do mundo que vivemos das organizações onde atuamos e
constataram a dificuldade de mudança das pessoas, pois com a mudança, é necessário sair da zona
de conforto.
Na terça-feira pela manhã, Simeão questionou John sobre o que ele havia aprendido até
aquele momento, e no encontro com o grupo, após relembrarem a definição de liderança que é a
capacidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente na busca de objetivos para o
bem comum, surgiu à pergunta sobre quem teria sido o maior líder de todos os tempos – Jesus
Cristo foi à resposta, e também definiram o sentimento “amor”, como se constrói esse sentimento, e
que se uma pessoa tem intenções e não tem ações, não se alcança o objetivo, já se com as intenções
tiverem ações, já se torna diferente.
Deve-se ter muito cuidado antes de fazer um julgamento de alguém, pois as coisas nem
sempre são, como parecem ser, muitas vezes julgamos alguém pela aparência, sem ao menos
conhecer as sua atitudes.
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Na manhã de quarta-feira, estavam na metade da semana e John estava se sentido um pouco
desperto e achando que o tempo passava devagar, sentia-se um pouco intrigado com o seu líder,
devido ele conseguia criar discussões no grupo e extrair pensamentos dos mesmos, porém sabia que
o seu mestre não colocava suas religião e crenças, respeitando as opiniões de cada um.
Conversaram novamente sobre o amor ágape, termo usado para amor no Novo Testamento e foram
feito as definições de alguns comportamentos, como paciência: mostrar autocontrole; bondade: dar
atenção, apreciação e incentivo; humildade: ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância;
respeito: tratar as pessoas como se fossem importantes; abnegação: satisfazer as necessidades dos
outros; perdão: desistir de ressentimento quando enganado; honestidade: ser livre de engano e
compromisso: definido como ater-se às suas escolhas e foi abordada a relação entre liderança e
religiosidade.
Na manhã de quinta-feira, John estava pensativo, pois havia entrado em contato com a
Rachel para saber como estavam as coisas, e nesse dia estava muito feliz que até chegou antes que
Simeão. Porém também refletia em tudo que estava aprendendo e sentia-se um pouco deprimido ao
analisar a sua forma de liderar. Foi abordado sobre a importância da mensagem transmitida e de
criar um ambiente saudável para as pessoas crescerem e terem sucesso. Refletira de como é
importante estarmos sempre comprometidos com o amor a Deus e aos outros e que pensamentos
positivos atraem sentimentos positivos e por consequências as coisas e fatos também serão mais
fáceis de resolver.
Sexta-feira pela manhã continuou o trabalho na capela, alguns participantes já estavam
conseguindo identificar o quanto estavam aprendendo e já pensavam na forma como iriam aplicar
na prática. Foi falado sobre comportamento, sentimentos, disciplina, sobre hábitos, habilidades de
liderança, que se dividem em quatro estágios: sendo que no estágio quatro é que os líderes
conseguem incorporar seu comportamento aos hábitos e a sua verdadeira natureza, da
responsabilidade e as escolhas que fazemos.
Chega o último encontro depois de uma semana e Simeão novamente questionando John
sobre o que ele havia aprendido, e segundo ele respondeu que era alguma coisa ligada ao amor. Na
sessão falaram muito sobre a fé e da existência de Deus. Na reunião em grupo, todos estavam muito
ansiosos para aplicar tudo o que haviam aprendido lá fora, na realidade de cada um. Refletiram
sobre a importância do esforço e da disciplina para alcançar a recompensa; novamente fizeram uma
revisão sobre tudo que haviam aprendido na semana e concluíram que é possível fazer a diferença
na vida dos outros; falaram sobre a recompensa da alegria; sobre a disciplina que para conquistá-la
é necessária muita dedicação e trabalho duro.
Após a semana de trabalho já foi possível refletir mais sobre as responsabilidades que os
líderes possuem sobre os seres que são confiados aos seus cuidados e da enorme responsabilidade
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que possuem sobre eles. Quando se lidera com autoridade, se doa também aos seus subordinados e
todos vão à busca do objetivo em comum.
O tempo do grupo chegou ao fim, e Simeão agradece todo o grupo pelas descobertas e
aprendizado e conclui desejando boa sorte a todos no caminho que vem pela frente. Os participantes
almoçaram juntos antes de se despedirem, John pegou sua mala no quarto e esperou a sua esposa
Rachel que viria lhe buscar. Enquanto a esperava foi se despedir de seu mestre e agradecer-lhe por
todas as coisas que havia aprendido. Sua esposa chegou e ao entrar no carro sentiu-se emocionado
ao vê-la, se abraçaram e a partir daquele momento o casal iniciou uma nova jornada em suas vidas,
mais felizes e com certeza com muito orgulho depois dessa vitória.
3 CAPÍTULO I: OS TIPOS DE LÍDERES.
3.1 Autoritário.
Aquele que determina as ideias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na
obediência por parte dos demais. É dominador e pessoal nos elogios e críticas ao trabalho de cada
membro do grupo. É uma pessoa ditadora e soberana, o que comanda o grupo só pensando em si,
não aceita as ideias de outro membro do grupo. A consequência de tipo de líder é a reação do grupo
que de modo geral fica hostil e se distância por medo.
3.2 Indeciso.
Não assume responsabilidade, não toma direção efetiva das coisas, deixa as coisas como
estão para depois ver como fica. A consequência desse tipo de líder é que a reação do grupo é de
ficar desordenado, gerando insegurança a atritos ao grupo.
3.3 Democrático.
É o líder do povo, preocupa-se com a participação do grupo, estimula e orienta, ouve
opiniões, analisa antes de agir. Determina junto ao grupo a s diretrizes, permitindo o grupo esboçar
as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios, o
grupo é o centro das atenções, sendo considerado um líder democrático e de suma importância para
o progresso e sucesso de uma organização. A consequência da reação do grupo é de interação,
participação, colaboração e entusiasmo.
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3.4 Liberal.
Aquele que participa o mínimo possível do processo administrativo. Dá total liberdade ao
grupo para traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativa ao grupo. A consequência, a reação do
grupo geralmente é ficar perdido, não ficando coeso.
3.5 Situacional.
É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da
personalidade. Possui estilo adequado para cada situação. Consequência – a reação do grupo é de
segurança e motivação por certo tempo.
3.6 Emergente.
Assume o comando reunindo mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos
objetivos diretamente relacionados a uma situação especifica. Quando as ações são determinadas
devem ser cumpridas de imediato. Consequência – o grupo reage bem, participa, colabora, e sabe
que quando acontece imprevistos o líder sabe o que faz.
4 Capítulo II: Modelos de gerência.
4.1 Altos Gerentes.
São os responsáveis por toda a organização, estão no topo da organização, são os chamados
de presidentes, diretores-executivos, são pessoas que tem visão e que saibam analisar e utilizar o
potencial dos seus funcionários.
4.2 Gerentes Médios.
São os responsáveis pela aplicação das estratégias e políticas solicitadas pelos seus líderes.
Na hierarquia se situa na estrutura mediana. Deve ter habilidade de inspirar seus funcionários, se
comunicando claramente, ouvir e administrar toda a equipe em todas as situações.
4.3 Gerentes de Primeira Linha.
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São os responsáveis pela produção de bens e serviços, são os considerados supervisores e
gerentes de linha. São encarregados pela aplicação das regras e procedimentos para o sucesso da
organização.
4.4 Gerentes funcionais.
Responsáveis pelos departamentos que desempenham uma única tarefa funcional.
4.5 Gerente Geral.
São os que administram departamentos com diferentes funções.
5 CAPÍTULO III: A VIDA DE JOHN DAILY ANTES DO CURSO
John Daily era um executivo muito ocupado, gerente geral de uma grande indústria, exercia
um cargo muito importante em uma grande indústria de vidro plano onde liderava mais de 500
funcionários. Era o mais jovem gerente-geral da companhia. Tinha uma grande autonomia no seu
trabalho, recebia um ótimo salário. Era casado com Rachel há dezoito anos, e havia a conhecido na
Universidade. John era formado em Administração de Empresas. O casal tinha dois filhos, um
casal.
A vida da família era tranquila e muito equilibrada em todos os sentidos. Possuíam uma boa
renda. A vida era aparentemente boa, porém as coisas não continuaram sempre assim, começo
aparecer alguns problemas, como, a família estava se desestruturando, a sua esposa já não estava
mais tão feliz, o relacionamento com os filhos também estava ruim; no seu trabalho a sua liderança
com relação aos funcionários estava ruim, pois os mesmos não estavam mais satisfeitos com as
decisões; e também até o time que ele treinava de Beisebol estavam contra ele, portanto a sua vida
por completo havia se desestruturado, e John não conseguia compreender o que estava acontecendo,
se tornado melancólico e retraído, e irritado com todos os fatos e acontecimentos.
6 CAPÍTULO VI: LEONARD HOFFMANN “MESTRE SIMEÃO”
Leonard Hoffmann era um ex-executivo de uma das maiores empresas dos estados Unidos.
Hoffman era muito conhecido e respeitado, e possuía muita habilidade pata liderar e motivar
pessoas. Ficou conhecido como pessoa capaz de transformar várias empresas que estavam mal, em
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um sucesso. Foi autor de um livro de liderança, foi um livro que permaneceu durante três anos os
mais vendidos.
Aos sessenta anos e no topo da carreira, Hoffman demitiu-se e desapareceu que foi
um mistério até sendo publicado em artigo na internet. Tinha cinco filhos, todos eram casados e não
informavam sobre o paradouro do pai. Após abandonou tudo para buscar de um novo sentido para a
sua vida e se tornou frade em um mosteiro, e recebeu o nome de irmão Simeão.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O Livro “O Monge e o Executivo” de James Hunter transmite uma mensagem muito
importante, abordando assuntos comuns do dia a dia, e apresenta conceitos para se liderar e obter
sucesso duradouro, conquistas e um bom convívio com todas as partes interessadas, sejam na vida
profissional ou pessoal.
O livro é recomendado para pessoas que buscam uma essência de liderança, pois trabalha a
questão dos relacionamentos, como respeito, humildade. As propostas consistem em confrontar
valores, emoções, crenças, e com os debates, ideias, e discussões um novo caminho poderá se abrir
sob a forma de lidar com as outras pessoas.
REFERÊNCIAS
HUNTER, James C. “O MONGE E O EXECUTIVO”. Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2004
TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do Trabalho Acadêmico.
Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2008.