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Contos & Poesias
O SAPO E A FLOR...
Marlene B. Cerviglieri
Numa floresta muito grande e cheia de bichos, habitavam várias famílias de animais.
Desde insetos e até mesmos leões com suas leoas e filhotes. Todos cuidavam de suas vidas e
da comida também. Os macacos eram os mais alegres, pois estavam sempre brincando e
pulando de galho em galho, como se fosse uma festa. Os pássaros regiam a orquestra, pois
entre tantos gritinhos, urros e barulhos dos bichos parecia mesmo uma grande orquestra.
Estava um dia o sapo tomando seu banho de sol, quando ouviu que lhe dirigiam a palavra.
Logo abriu seus olhinhos procurando quem com ele estaria falando!
Eis que vê uma linda flor cor- de- rosa cheia de pintinhas...
Assim estava dizendo ela:
- Nossa que coisa mais feia! Nunca vi um bicho tão feio!
- Que boca tão grande, que pele tão grossa...
- Parece até uma pedra, aí parada sem valor nenhum.
- Ainda bem que sou formosa, colorida e até perfumada.
- Que triste seria ser um sapo!!!
O sapo que tudo ouvia ficou muito triste, pois sempre que via a flor, pensava:
- Que linda flor, tão perfumada, que cores lindas, alegra a floresta!
Mas a flor agora havia se mostrado dizendo tudo aquilo do sapo.
De repente surge o gafanhoto saltitante e vê a flor, mas não o sapo.
A flor quando o percebeu, ficou tremendo em seu frágil caule.
- Meus Deus, que faço agora?
Vocês sabem que o gafanhoto gosta de comer as pétalas de qualquer flor que encontre, e ela
seria assim sua sobremesa...
O sapo, quietinho, não se mexeu, e quando o gafanhoto se aproximou da flor,
nhac... o que havia acontecido.
Mas dona árvore que desde o início a tudo assistia, falou muito energicamente e brava lá do
seu canto:
- Pois é dona flor, veja como as aparências enganam. Tenho certeza que a senhora gostaria
mais do elegante e magrinho gafanhoto. No entanto, veja como ele seria sido tão mau com a
senhora!
Ás vezes pensamos e dizemos coisas sobre nossos semelhantes que não são verdadeiras.
Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos, sabe por que?
- Não – dizia a flor ainda tremendo de susto.
- Todos nós somos diferentes, de formas diferentes, e até pensamos diferente.
- Você sabe que existem também outras formas de se falar?
- Não. Não sabia – disse a flor espantada com a sabedoria da árvore.
- Pois então minha pequena, da próxima vez que for falar de alguém, pense antes, pois este
alguém poderia ser você.
- Agora agradeça ao seu amigo sapo o favor que ele lhe fez, e também conte aos outros o que
aprendeu aqui hoje.
Com sua vozinha fraca a flor disse ao sapo:
- Meu amigo, você é, realmente, amigo. Agradeço-lhe ter me salvado do gafanhoto e prometo
que nunca mais falarei de ninguém.
- Aprendi a lição e dona árvore me ensinou também.
Todos os bichos que estavam assistindo bateram palmas. E assim fica a lição: somos todos
iguais. Existem bons e maus, mas podemos escolher de que lado vamos ficar.

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  • 1. Contos & Poesias O SAPO E A FLOR... Marlene B. Cerviglieri Numa floresta muito grande e cheia de bichos, habitavam várias famílias de animais. Desde insetos e até mesmos leões com suas leoas e filhotes. Todos cuidavam de suas vidas e da comida também. Os macacos eram os mais alegres, pois estavam sempre brincando e pulando de galho em galho, como se fosse uma festa. Os pássaros regiam a orquestra, pois entre tantos gritinhos, urros e barulhos dos bichos parecia mesmo uma grande orquestra. Estava um dia o sapo tomando seu banho de sol, quando ouviu que lhe dirigiam a palavra. Logo abriu seus olhinhos procurando quem com ele estaria falando! Eis que vê uma linda flor cor- de- rosa cheia de pintinhas... Assim estava dizendo ela: - Nossa que coisa mais feia! Nunca vi um bicho tão feio! - Que boca tão grande, que pele tão grossa... - Parece até uma pedra, aí parada sem valor nenhum. - Ainda bem que sou formosa, colorida e até perfumada. - Que triste seria ser um sapo!!! O sapo que tudo ouvia ficou muito triste, pois sempre que via a flor, pensava: - Que linda flor, tão perfumada, que cores lindas, alegra a floresta! Mas a flor agora havia se mostrado dizendo tudo aquilo do sapo. De repente surge o gafanhoto saltitante e vê a flor, mas não o sapo. A flor quando o percebeu, ficou tremendo em seu frágil caule. - Meus Deus, que faço agora? Vocês sabem que o gafanhoto gosta de comer as pétalas de qualquer flor que encontre, e ela seria assim sua sobremesa... O sapo, quietinho, não se mexeu, e quando o gafanhoto se aproximou da flor, nhac... o que havia acontecido. Mas dona árvore que desde o início a tudo assistia, falou muito energicamente e brava lá do seu canto: - Pois é dona flor, veja como as aparências enganam. Tenho certeza que a senhora gostaria mais do elegante e magrinho gafanhoto. No entanto, veja como ele seria sido tão mau com a senhora! Ás vezes pensamos e dizemos coisas sobre nossos semelhantes que não são verdadeiras. Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos, sabe por que? - Não – dizia a flor ainda tremendo de susto. - Todos nós somos diferentes, de formas diferentes, e até pensamos diferente. - Você sabe que existem também outras formas de se falar? - Não. Não sabia – disse a flor espantada com a sabedoria da árvore. - Pois então minha pequena, da próxima vez que for falar de alguém, pense antes, pois este alguém poderia ser você. - Agora agradeça ao seu amigo sapo o favor que ele lhe fez, e também conte aos outros o que aprendeu aqui hoje. Com sua vozinha fraca a flor disse ao sapo: - Meu amigo, você é, realmente, amigo. Agradeço-lhe ter me salvado do gafanhoto e prometo que nunca mais falarei de ninguém. - Aprendi a lição e dona árvore me ensinou também. Todos os bichos que estavam assistindo bateram palmas. E assim fica a lição: somos todos iguais. Existem bons e maus, mas podemos escolher de que lado vamos ficar.