O documento resume:
1) A flexibilização da quarentena começou em Niterói e outras cidades, mas São Gonçalo estendeu as restrições até 31 de maio devido às dificuldades;
2) O hospital de campanha de São Gonçalo ainda não começou a operar e está sob investigação por suspeita de corrupção;
3) Niterói e Maricá doaram dinheiro para São Gonçalo, mas os esforços para combater a pandemia não surtiram o efeito esperado.
1. Niterói
29/05 a 13/06/20
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ZZoonnaa SSuull,, OOcceeâânniiccaa ee CCeennttrroo ddee NNiitteerróóii CCiirrccuu aallllaaççããoo QQuuiinnzzeenn 1166 MMiill EExxeemmppllaarreess IImmpprreessssooss
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2. Niterói
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2
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RJ | CEP 24.020-270
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Os artigos assinados são de integral e absoluta
responsabilidade dos autores.
N
iterói começou a flexibilizar as atividades comerciais desde o dia 21, passado. Lentamente vai se adaptando ao
“novo normal”. O vizinho São Gonçalo, segunda maior cidade do Estado, estendeu a restrição até o dia 31de
maio, domingo. Vai afrouxar as regras de distanciamento social a partir do dia 1º de junho, segunda-feira, mas,
poderá recuar caso aconteça inesperado aumento de casos de contaminação do corona vírus.
As atividades liberadas de forma gradual são: lojas de materiais de construção, imobiliárias, salões de beleza, consultórios
médicos e escritórios de advocacia.
A prefeitura de São Gonçalo pretende instalar de quiosques nos estacionamentos dos dois principais shoppings da cidade.
Os clientes farão compras por meio virtual e irão retirar o produto nos quiosques, em esquema "Drive-thru" (não precisa
sair dos carros).
Este município atravessa muitas dificuldades na saúde, e o único hospital de campanha da cidade já teve a sua inauguração
adiada várias vezes, e ainda não há data garantida para o início de suas atividades. Este hospital é alvo de investigação,
da PF, junto de outros, que também são objeto de suspeitas de mau uso e desvios do dinheiro público, e intencionais e
criminosas ações que envolvem pessoal especializado e insumos básicos. Esta prática de “contratar” as tais OS- Organi-
zações Sociais, para administrar aquilo que o Estado deveria fazer, que em tese, elas são organizações sem fins lucrativos.
Entretanto, mostram-se grandes equívocos e um repetido gatilho de corrupção, super faturamento, incompetência e
perversa desumanidade.
Niterói e Maricá fizeram doações em dinheiro São Gonçalo para ajudar a situação de combate à pandemia; mas, pelo que
se vê, é que os esforços não tiveram êxito.
A
Ordem do Mérito Naval foi criada em 1934 como uma
forma de homenagear o desempenho de autoridades mi-
litares e civis. “Premiar os militares da Marinha que se
tenham distinguido no exercício de sua profissão e, excepcional-
mente, corporações militares e instituições civis, nacionais e es-
trangeiras, suas bandeiras ou estandartes, assim como personali-
dades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, que houverem
prestado relevantes serviços à Marinha”.
O presidente Bolsonaro resolveu incluir no “Quadro Suplementar
da Ordem do Mérito Naval”, o ministro da Educação, Abraham
Weintraub, Marcelo Henrique Teixeira, ministro do Turismo, o
procurador-geral da República, Augusto Aras; além dos deputa-
dos Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) e Hélio Lopes
(PSL-RJ). As condecorações foram publicadas na sexta-feira (29),
no Diário Oficial da União.
A pergunta que todos fazem é: não são militares da marinha, e
nem se destacaram nesses serviços militares; e não se sabe quais
foram os relevantes serviços prestados à Marinha Brasileira. Qual
a razão da condecoração? O procurador da República, Augusto
Aras, tem sido contestado e acusado por procuradores de blindar
o presidente Bolsonaro, O ministro do Turismo está indiciado em
inquérito por desvio de finalidade de verba eleitoral, o ministro
da Educação está tendo que se explicar na PF por suas desme-
didas declarações e os deputados, Orleans e Bragança e Helio
Lopes, alvos da investigação das Fakes News.
Afinal, em que águas navegam?
Um Duvidoso Recomeço
Em Mares de Almirantes
Abraham Weintraub
Marcelo Henrique Teixeira
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3
Documento
A
flexibilização da quarentena já co-
meçou em muitas cidades, algumas
com mais dificuldades e possíveis
retrocessos, mas, temos que retomar as
nossas vidas profissionais e um possível
convívio social. O que ainda não sabemos
é o nível de intensidade e velocidade dessa
“retomada”. A verdade é que depois desses
três meses de recolhimento muitos de nós
nem sabe por onde começar. É claro que
as regras rígidas de higiene, máscaras, evi-
tar contatos próximos e aglomerações são
inevitáveis e imprescindíveis. Mas, existem
muitas diferenças sutis e dúvidas. E aí resi-
de a maior questão; e vamos raciocinar para
tentarmos facilitar os raciocínios.
1 - Para quem tem emprego público, guar-
dando as proporções e regras de cada tipo
de serviço, já está em andamento a “nor-
malização”. Quem conseguiu manter e ain-
da ter um emprego fixo vai também seguir
as regras ditadas pelas empresas, e vai reto-
mar a atividade orientada.
Para quem tem um pequeno comércio ou
empresa prestadora de serviços a retomada
vai ser dimensionada pelas possibilidades
existentes. Para quem conseguiu se incluir
em algum programa de ajuda financeira
dos governos deve observar com cuidado
o uso desses recursos. Por se tratarem de
empréstimos, é bom lembrar que apesar
dos prazos eles terão que ser pagos. Algu-
mas ajudas foram doações públicas, como
o pagamento de metade de salários de al-
guns funcionários. Ainda bem que existiram
e possibilitaram a manutenção de muitos
empregos. Mas, não sabe ainda por quanto
tempo poderá ser prolongada.
Para as pequenas empresas que não obti-
veram ajuda financeira e certamente estão
com caixa apertado, deverão fazer com que
“cada centavo” ainda existente renda o má-
ximo possível. É reabrir em regime de pós
Agora? Como Recomeçarecomeçar?
Os números das notificações da Covid 19 variam muitos nas regi-
ões brasileiras além de não apontarem definitivamente para o fim
da pandemia. E eles vão continuar variando, possivelmente até o
final deste ano de 2020. Entretanto, a questão não é se vai haver
contaminação ou não. A questão é não permitir que o número de
infectados se espalhe de tal forma que não haja infra estrutura su-
ficiente para tratar a todos com eficiência, medicamentos, leitos e
principalmente leitos de UTI. Vamos continuar enfrentando casos
aqui e ali, mesmo daqui a seis, sete meses. Enquanto não tivermos
uma vacina testada e reconhecidamente eficiente, sempre teremos
guerra, e atuar como os círculos d’água de
uma pedra jogada no lago. Se comunicar
com quem está mais próximo e que repre-
sente o menor custo. Devem começar avi-
sando aos seus clientes mais constantes e
conhecidos. É pegar o telefone e avisar que
estão funcionando, mandar um Whatsapp,
ou avisar no Twiter. Se não tem os contatos,
recorram às Redes Sociais e façam um post
de “aviso de funcionamento”. Muita gente
ainda vai levar um tempo para sair de casa
normalmente, e se não circulam, não sabem
dos acontecimentos. Precisam saber e se-
rem motivadas a voltar a usar os serviços,
ou às compras. Quando falarem com esses
clientes que retornaram, não se acanhem
em pedir que eles avisem a outras pesso-
as sobre o funcionamento. Estas medidas,
aparentemente domésticas, são muito efi-
cientes nesses momentos de dificuldade. As
pessoas também estão ávidas por retomar
antigos hábitos. Todos lidam melhor com
aquilo que já conhecem.
3 - Para aqueles que perderam o emprego
ou aqueles que trabalham por conta própria,
e invariavelmente os recursos acabaram, é
hora de se despir de qualquer acanhamen-
to e declarar abertamente a dificuldade e a
necessidade de ajuda. Falem com parentes
e amigos e se ofereçam para trabalhar em
qualquer função. Nestes momentos não dá
para fazer escolhas e exigências. Primeiro
nos seguramos em qualquer “taboa de sal-
vação” e conquistamos algum recurso fi-
nanceiro. Depois, buscaremos com calma a
retomada do lugar anterior. Os tempos mu-
daram e os conceitos também. Quem não
tem nada, qualquer ganho é lucro. Vá à luta
e não questione e nem lamente o perdido.
A recuperação virá e todo esforço será re-
compensado.
4 - Será necessário um esforço conjunto
para que tudo volte a funcionar. Criamos
um pensamento guia que o ideal e que se
torne uma norma de conduta social. Irá aju-
dar na recuperação e as pessoas deverão
se ajudar mutuamente. A ideia é: “Indique,
Facilite, Compre e Venda com os Amigos”.
Na nossa sociedade defensiva, até aqui, a
maioria sempre teve receio de indicar pes-
soas para cargos e serviços, temendo um
insucesso, ou desacerto do indicado, te-
mendo ser responsabilizado. Está na hora
de ser mais generoso e cooperativo. Indi-
que alguém para um emprego ou serviço.
Recomende uns aos outros. Se houver boa
vontade, a inércia será quebrada.
5 - Seja proativo e prospectivo. Ouse mais!
Use a causa da recuperação econômica para
propor negócios e oferecer serviços para
quem era considerado inatingível. Esqueça
o receio. Encoraje-se e faça contato. Você
nunca saberá os resultados se não tentar.
Aposte no improvável. Em momentos como
este de agora tudo será possível.
Os Perigos
Existem muitos perigos nessa nova trajetó-
ria, mas, subsistem dois mais importantes e
danosos. O primeiro é relaxar a vigilância
da Covidd 19. O convívio com o perigo
de contagio naturalmente irá se incorporar
ao nosso cotidiano, e é a hora que costu-
mamos banalizar a ameaça. Esta é a hora
pior. É o momento em que nos distraímos e
baixamos as nossas armas de defesa. Lem-
brem-se que por mais que desacreditemos
no contágio, ele sempre poderá nos surpre-
ender. Aí, inicia-se um novo problema e de
proporções e resultados imprevisíveis.
O segundo e tão grave quanto, resume-se
numa palavra: “desânimo”. Sabemos que
tantas e agressivas situações nos rondam ou
efetivaram os ataques. Perdemos parentes
e amigos muito importantes. Esses traumas
no impulsiona ao desânimo e por conse-
qüência a inércia. Não podemos permitir
que o desânimo nos tome e abata. Esse é o
pior quadro em toda luta pela recuperação
e sobrevivência. Reaja! E vamos em frente.
Esta guerra ainda vai levar tempo. Mas, o
importante é não se entregar. Que tenha-
mos boa sorte.
chance de ter alguém se contaminando. Ainda não se tem certeza
que aqueles que já foram contaminados se tornem imunes, ou pelo
menos, por quanto tempo estes anticorpos permanecerão com um
escudo seguro.
Ainda temos muito para aprender e lidar com as novas formas de
comportamento social que permitam o funcionamento da economia
e que as profissões possam fluir plenamente. Que serão necessárias
novas formas de conduta, isto ninguém tem mais dúvidas. Como
serão ainda é algo a se praticar e corrigir suas rotas.
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4
Cultura
Paulo Roberto Cecchetti
cecchettipaulo@gmail.com
Internet
D
esde março que o Google per-
mitiu que seus empregados
trabalhassem, mas, seguindo
restrições ordenadas por governos para
conter a propagação do coronavírus.
Além de dar a cada empregado uma me-
sada de US$ 1 mil, ou o valor equivalente
em cada país, para custear equipamentos
necessários para a montagem de escritó-
rios caseiros, já que espera que a grande
maioria trabalhe de casa pelo resto do
ano, e inclusive já liberou os trabalhado-
res para isso.
Em nota oficial, o Google informou que
pretende retomar às suas atividades a
partir de julho. Entretanto, reiniciarão
através de um sistema de rodízio, e ape-
O Retorno do Google
nas 10% dos funcionários comparecerá
presencialmente a empresa, enquanto a
maioria vai trabalhar de casa até o final
do ano.
A ideia inicial é ter cerca de 10% dos
funcionários da empresa presencialmen-
te, em um sistema de rodízio que vai ex-
pandir a capacidade até 30% por volta de
setembro. Segundo Pichai (presidente da
empresa), um funcionário deverá ir até o
escritório um dia a cada algumas sema-
nas.
Com o intuito de ajudar no combate a
pandemia, a Apple e Google lançaram
uma tecnologia para criação de apps de
alerta sobre exposição ao vírus da Co-
vid-19. As duas empresas pretendem
adotar medidas de segurança rigorosas
para garantir o distanciamento social,
além de uma mudança drástica nas prá-
ticas de higiene quando retornarem as
atividades.
Étempo de calar. Colar os olhos no que está ao redor enquanto vigorar a solidão.
Entra uma nova semana e não há nada de novo a mostrar para aqueles que se
tornaram distantes. O celular permanece desligado.
Ouvir as mesmas músicas programadas no rádio. Procuro não julgar nesse momento
a ausência criativa dos operadores da emissora. Espero sair dessa onda e entender
novas formas de relacionamento que, certamente, irão florescer de toda situação.
Estou vivo, aqui e agora, sentado na poltrona de frente do mar azul sem qualquer tipo
de poluição. Ilusão remota.
Quando tudo isso terminar seremos outros. Por enquanto, o que me resta é apreciar
o louva-deus que tenta, inutilmente, entrar pela fresta da janela.
A Cultura se Move
Palavras em Movimento
Na ausência de outros
eventos por con-
ta do confinamento do
Covid 19, as atividades
artísticas não param e o
canal de expressão é a in-
ternet, com muitos lives.
Neste dia 30 de maio,
sábado, às 20h, teremos
Vanessa da Mata reali-
zando a segunda edição
da Live Solidária no You-
tube. Ela arrecada fun-
dos para projetos sociais
destinados a comunida-
des do Rio de Janeiro.
Teremos também nesse
sábado, às 19 h, a ma-
ravilhosa Alcione fazen-
do o lançamento do seu
novo álbum, “Tijolo por
Tijolo”, no Instagram @
cidadejardimshopping.
No domingo, 31 de
maio, às 14h, se apre-
sentam no o canal do
Youtube de Seu Jorge e
Alexandre Pires. A live
“Irmãos”, que promete
muita música de quali-
dade.
E no internacional, to-
das as quintas-feiras, às
17h, a cantora, pianista,
e compositora Norah Jo-
nes se apresenta numa
live especial em seu Fa-
cebook. É muito bom, e
vale à pena conferir.
Vanessa da Mata
Norah Jones
Alcione
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5
Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com
D
ecididamente estamos entran-
do num momento muito gra-
ve da nossa história. O país se
dividiu em três grupos. Os fanáticos da
esquerda e da direita, e no meio, aque-
les que votaram em Bolsonaro por aver-
são ao PT, mas discordam da postura
abrupta e imperialista do presidente.
Estão juntos com aqueles que não são
ideologicamente identificados com ne-
nhum dos lados.
O presidente disse e repetiu na cam-
panha eleitoral que não faria a política
do toma lá dá cá. Tentou, endureceu e
foi paulatinamente confrontando com
os próprios aliados e membros do seu
partido. Em quinze meses de governo
sobraram conflitos e 11 ministros foram
trocados, alguns em situação de confli-
to, como a saída de Sergio Moro, que
abriu a pior crise até agora, com reflexos
ainda imprevisíveis. Bolsonaro acabou
sem partido e politicamente solitário.
Restou-lhe o pior do Congresso, com
quem fez aliança, temendo falta de sus-
tentação e ser impitimado. Aliou-se a
Gilberto Kassab, Roberto Jeferson, Wal-
demar da Costa Neto e Ciro Noguei-
ra, todos com algum tipo de problema,
incluindo condenações por corrupção.
Bolsonaro já nomeou vários indicados
desses partidos.
A postura inadequada de Bolsonaro pa-
rece refletir no comportamento belico-
so de seus filhos que mais atrapalham
do que ajudam. Curiosamente, apesar
das aparições intempestivas e polêmicas
os seguidores aplaudem o destempero
recorrente do presidente e parece es-
tarem se preparando para uma guerra.
Temos uma situação grave de pande-
mia, e os interesses políticos superam
qualquer preocupação com a saú-
de. Entretanto, visto de outro ângulo,
precisamos não perder a dimensão da
realidade e do que é justo. Agora não
importa se Bolsonaro foi eleito pela
aversão ao PT, ao Lulismo e a bandi-
dagem travestida de políticos. Foi eleito
por uma expressiva de votos, e é até
possível que esta quantidade de vo-
Equilibradamente é Isso Que Queremos?
tos tenha sido ainda maior. Agora não
adianta mais medir bigodes eleitorais.
Temos um presidente eleito que não
teve um minuto de sossego desde que
entrou, sofrendo uma oposição persis-
tente, como se soubessem que ele é
reativo e tosco, e qualquer provocação
o faria perder o controle e desrespeitar
todos os ritos do cargo. É o tipo que
se tirar para dançar ele vai e se arre-
benta, lamentavelmente. Se não fosse o
que é e tivesse mais frieza e sabedoria
política, -sendo um estadista de fato-
quase nenhum conflito teria havido, e
não veríamos cenas programadas com
intencionais investidas de seus oposito-
res, travestidos de “democratas”. Esta
tal “Marcha Pela Democracia” foi um
embuste com infiltração maciça de pe-
tistas, com a intenção clara de provocar
tumulto e aos seguidores do Bolsona-
ro. Este claro maniqueísmo oportunista
rende apenas mais ódio e divisão.
Temos um país com os três poderes
em desequilíbrio de relações e não é
algo novo. Começa pela mecânica das
nomeações dos ministros do Supremo
Tribunal e procurador Geral da Repú-
blica. Se for para serem independentes,
como se espera e reza a Constituição,
não poderiam ser nomeados pelo pre-
sidente da República. Deveriam ser
eleitos internamente pelos membros
da Justiça. Ministro nomeado, por mais
que se diga que “na função” o compor-
tamento muda, é uma falácia. Por mais
éticos que queiram ser, haverá sempre
um pleito de gratidão no meio. Como
julgar alguém que te colocou lá? Dos
onze atuais ministros, sete foram no-
meados pelo PT, alguns muitos íntimos
da cúpula. Uma proporção desigual, se
depender de “tendências”. O Supremo
Tribunal Federal é o órgão de cúpula
do Poder Judiciário, e a ele compete,
a guarda da Constituição. Mas, por
defecções do próprio sistema e “in-
terpretações outras, se certa confusão
de atribuições, com um STF tendente
a “legislar” e dar rumos primários ao
executivo. Tudo acontece pelo desequi-
líbrio das funções e o STF sente-se no
dever de fazer correções, nem sempre
oportunas. O empoderamento exces-
sivo leva a comportamentos abusivos,
por “dialética e sofismas na interpre-
tação das Leis”. É impróprio o mesmo
poder investigar, concluir, denunciar,
processar e julgar o mesmo “delito”.
Existem instancias diversas com atribui-
ções próprias. Indevidamente tudo vai
parar no Supremo. Deveria limitar-se a
questões constitucionais, e na área pe-
nal, a competência para julgar, o Presi-
dente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional,
seus próprios Ministros e o Procurador-
-Geral da República.
E o procurador, que se espera o máxi-
mo de rigor e independência, fica en-
gessado e constrangido, como o atu-
al, quando o presidente publicamente
acena sedutor para a possibilidade de
nomeá-lo “Ministro do STF”. Principal-
mente num momento em que há risco
de ser denunciado e processado pela
investigação das Fakes News, que inva-
lidaria a sua eleição e com conseqüente
cassação do mandato. E não é apenas
este caso. Sempre foi assim. No gover-
no de Fernando Henrique falava-se que
o procurador era o “Engavetador Geral
da República”.
O que diz a Constituição é que os três
poderes são independentes, deverão
ser harmônicos e com atribuições muito
claras. Nenhum é submisso ao outro,
mas, existem mecanismos próprios de
defesa e se seguir rigidamente o que diz
a Constituição não haverá problemas.
Com tantas e indevidas interferências,
com um Congresso com maioria sem
credibilidade pública, embora existam
bons deputados e senadores, um Exe-
cutivo avesso ao rito e que com a ilusão
de ser um imperador absoluto, resta-
-nos um STF que sai batendo em todos
os tambores e timbres.
O povo dividido e desinformado pede
interferência dos militares (que aí estão
para garantir a ordem), enfraquecem
ainda mais as garantias e instituições,
apontando para uma situação onde tudo
pode acontecer, inclusive uma guerra
civil; onde os delirantes da esquerda
contam com o apoio de exércitos da Ve-
nezuela e Cuba, e os da direita acham
que os americanos estarão no Brasil em
poucas horas para socorrê-los.
Delírios ou não, tudo beira o caos. É
isso que queremos?
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Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com
Fernando de Farias Mello
Fernando Mello, Advogado
www.fariasmelloberanger.com.br
e-mail: fmelloadv@gmail.com
Realista ou Mórbido?
C
omo um realista que tento ser, en-
tre o pânico e o número de mortes
causadas pelo Covid-19, prefiro o
segundo, claro.
Mas, hoje em dia estamos muito mais
contaminados pelas origens das notícias,
do grau de curiosidade nas pesquisas fei-
tas na internet e dos assuntos que conver-
samos e ouvimos pelas lives e mensagens
do whatsapp. Tudo depende da sua atua-
ção para “aferir” o seu grau de depuração
das mensagens que recebe.
Creio que, assistindo a um determina-
do canal de televisão por muito tempo,
seremos contaminados pelo Covid-19,
Covid-20, ditaduras, tiranias e até por
caixões vazios ou churrascos idiotas in-
ventados. Impressionante como a qualida-
de e falta de isenção de determinados ca-
nais de televisão andam baixas. Os canais
de notícias só mostram o que de ruim,
exagerado ou errado acontecem. Ficamos
achando que o Brasil vai acabar amanhã
de manhã.
É importante, legítimo e inquestionável
mostrar a realidade, claro. Mas será que
é só isso mesmo que merecemos assistir?
Parece que estamos no interior de um es-
quife eletrônico, cheio de coronavírus e
sem solução? Cá pra nós... Parece que
determinado setor da informação precisa
impor um pânico em nós e não se trata de
negacionismo, já que a realidade está aí
mesmo, como lamentável quadro de pes-
soas morrendo por todos os lados conta-
minados pela Covid-19.
Existe uma ciência inquestionável que
é a matemática, e os números em meio
aos cálculos e que são muito verdadei-
ros. Quando escrevo números nem
posso pensar em estatísticas porque
em nosso Brasil tupiniquim, as esta-
tísticas são diferentes entre diversos
“institutos” de pesquisas.
Então, eu sigo costurando entre os
noticiários da TV, e tento surfar evi-
tando o que todo mundo já perce-
beu: o canal cemitério, o canal mór-
bido, o canal em “cima do muro do
cemitério” e o canal gripezinha.
Basta escolher um canal de acordo
com o seu estado de espírito no dia.
Mas, querem mesmo saber? Ao ex-
perimentar ficar 24h sem assistir no-
tícias, mas vendo filmes, séries e bom
rock’n roll na TV, me senti o melhor
dos seres... Fiquei super leve e o hu-
mor voltou ao natural.
Nos dias seguintes, consegui até
equilibrar assistindo menos os canais
de notícias e percebi que estou no
caminho certo que é a dosagem mé-
dia em tudo que fazemos.
Muitos irão concordar comigo: exis-
tem muitas lives por aí. Se fosse
assistir a todas, acho que não faria
outra coisa na vida e mesmo com o
suposto todo tempo que temos fi-
cando preso em casa, no tal de home
office.
Outra constatação é a existência de
lives inúteis. Estou impressionado.
Tem até lives debatendo a consistên-
cia das fezes dos pets durante a pande-
mia. Cá pra nós!
Dessa forma, canais de televisão estão
perdendo a sintonia. Pessoas que param
para pensar 10 minutos perceberam que
o grande lance é apoiar o tal de “fica em
casa” de forma incondicional para que as
famílias fiquem em casa. Na verdade que-
rem que fiquemos assistindo a televisão.
Só se esqueceram de projetar no futuro,
quando muitos e muitos estarão desem-
pregados e sequer poderão assistir TVs
com a energia cortada ou mesmo sem
condições de comprar qualquer produto
anunciado.
A intenção, claro, é reduzir a tal curva de
contaminação porque o colapso da rede
hospitalar está perto, muito perto. Mas,
me parece não estar dando muito certo.
A decretação do lockdown em Niterói foi
a prova de que todas as políticas imple-
mentadas pela prefeitura ou deram errado
ou foram mal planejadas, como criar en-
garrafamento para testar com termôme-
tros os motoristas que entrassem na ci-
dade e redução do número de ônibus nas
ruas. Foi mediático, mas não inteligente.
Agora, com volta das atividades de forma
gradual e tomadas as devidas precauções
em busca do (difícil) equilíbrio emocional,
resta desejar a todos calma e que se cui-
dem.
Co
vid
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Co
vid
7. Niterói
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E! Games
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O
Dia do Orgulho Nerd, comemora-
do na última segunda (25), foi o
momento ideal para o lançamen-
to de uma criativa e muito simpática forma
de divulgação. Trata-se do lançamento do
game “Sobrevivendo ao Corona”.
Criado por Andreza Delgado e Rafael Bra-
ga, o jogo tem o intuito de homenagear os
motoboys que estão trabalhando intensa-
mente durante o isolamento social causado
pela Covid-19 e dar visibilidade ao proje-
to Sobrevivendo ao Corona, e tem um QR
para doações diretas, além de, segundo os
criadores, ".
No entanto, não é só a forma de divulgação
do projeto que é original, pois a iniciativa
compra e distribui cestas básicas, kits de
higiene e livros/HQs para famílias da peri-
feria de São Paulo. Focando em lugares e
pessoas aonde assistências governamentais
não chegam, através de um sistema organi-
zado para atender as demandas.
Incomodada com a falta de assistência a
algumas áreas da cidade de São Paulo, a
criadora Andreza Delgado fez um chamado
a amigos e seguidores, conseguindo 30 vo-
luntários para trabalhar nas diversas áreas
Sobrevivendo ao Corona
do projeto.
O Sobrevivendo ao Corona consegue atuar
de maneira espalhada e pontual pela cida-
de, sem precisar focar em regiões específi-
cas. Isso permite uma assistência individual
das famílias inscritas, pessoas que muitas
vezes ficam de fora de ações organizadas
porque a logística dificulta que a ajuda che-
gue até elas.
Desde o fim de março, o projeto já atendeu
mais de mil famílias cadastradas na primeira
fase; e estão em fase de arrecadação e dis-
tribuição de doações para mais mil cadas-
tradas na segunda onda. "Cada cadastro,
na verdade, corresponde a muitas pesso-
as. Às vezes é uma família, às vezes é uma
ocupação". A ideia é que, uma vez essas
demandas atendidas, o grupo abra uma ter-
ceira fase de inscrições.
Para conhecer mais, doar ou inscrever-se
na carona solidária, clique aqui: https://
linktr.ee/sobrevivendo_ao_corona
Golpes pela Internet e telefone.
Vivemos dias de isolamento e
pandemia, e ao que tudo indica
cada vez mais a nossa vida será regi-
da pela internet, numa vida cada vez
mais digitalizada. O reflexo negativo
desta situação é o aumento signifi-
cativo de golpes pela internet. Todo
dia liga alguém tentando tirar algo de
nós. Como não há segurança numa
instituição como a ENEL ou mesmo
CEDADE, ou equivalente, onde funcionários diversos que têm acesso a dados de cliente
e contas, certamente repassam (vendem) essas informações para os bandidos e golpistas
de toda ordem.
Como as pessoas estão confinadas e os Correios com dificuldades de entrega, muita gente
ficou sem receber as contas e por conseqüência também não pagou. Aí, é que entra o
golpe. Um funcionário desonesto vê na relação que existem contas em aberto de determi-
nados clientes, inclusive os números de telefones de contato. Ele desvia estas informações
para os falsários, que entram em contato com os clientes, se apresentam em nome da
ENEL (por exemplo) dizendo ser uma empresa de cobrança a serviço, acusa o débito com
informações e valores reais da conta, e pede o pagamento imediato para não ter que ne-
gativar o CPF do cliente. Como tudo parece normal e o cliente não tem as contas, pede
uma segunda via, que será enviada por email.
Pronto, caiu no golpe! A fatura que virá (com todas as características da empresa credora)
encaminhará o recebido para a conta dos bandidos. Resultado: vai pagar a conta duas
vezes. Favorece o bandido e ainda continua devendo.
O ideal é após receber estas “faturas”, ligar para empresa concessionária para conferir
os dados da operação. Mandaram alguma cobrança? O número da fatura é o mesmo?
Infelizmente, teremos que ter mais trabalho para nos certificarmos e nos defendermos
dos golpes, que irão crescer, e tenho minhas dúvidas se o poder público, especialmente a
polícia, vai dar conta desses novos encargos.
Mais Fraudes na Pandemia
Como se não bastassem os políticos, funcionários das secretarias de Saúde do Bra-
sil inteiro, roubando para tudo quanto é lado, os bandidos estão se esmerando e
sofisticando os golpes. É impensável e inadmissível, mas essa gente suja se vale até da
desgraça para tirar vantagem da falta de fiscalização e distrações do povo. Roubam, rou-
bam, muito mais ainda, mostrando que na tragédia alheia há muitas oportunidades para
fraudar, encher o rabo de dinheiro, sem nenhum sentimento de culpa. Temos um povinho
de merda mesmo. O país e mundo na maior dificuldade que já vi, e os caras aplicando
golpes em tudo. Conseguem informações sobre pacientes com Corona Vírus, e vão atrás
das famílias, que atordoadas caem ingenuamente nos golpes. Sabem até a rotina dos fa-
miliares do paciente, aproveitando-se da emergência que enfrentam para ligarem quando
estão fora do hospital, requisitando depósitos em nome da equipe médica para comprar
um medicamento caríssimo para salvar a vida do parente. É tudo urgente ou o paciente
morrerá. 80% das pessoas depositam sem checar, dar um telefonema para o hospital. Em
desespero depositam dando golpe, sem questionar. Até na fila dos benefícios dos 600
reais estão aplicando golpes, como usaram o CPF do filho do jornalista Wiliam Bonner, e
conseguiram receber o dinheiro.
8. Niterói
29/05 a 13/06/20
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Renda Fina
8
Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores
Aniversariantes da Edição
Carolina Mello Raphael Lisboa Josete Coutinho Gabriel Claveria Hanna Ramalho Verônica Vianna
Rivo Gianini Verônica Vianna Julio Cesar Cerino Angelica Brito Sonia Kraucher Eduardo Garnier
Bagueira Deixa a ALERJ e
Reassume Mandato em Niterói
Câmara de Niterói - Convid 19 Paulo Bagueira da Sessão de reintegração à Câmara