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2ª Quinzena
Nº 246
de Abril
Ano 12
de 2020
MarceleLevy*makeup:CarolIneCerino*Foto:JulioCerino
Diretor Responsá el: Edgv ard Fonseca
Página 03
Bolsonaro:
Uma Rota
De Conflitos.
O Que Virá?
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Distribuição, circulação e logística:
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Os artigos assinados são de integral e absoluta responsabilidade dos
autores.
C
om o evento do confinamento social, con-
dicionado pelas autoridades que tentam di-
minuir os casos e conseqüências do Corona
Vírus, o trânsito na internet aumentou significativa-
mente.
Com mais gente em casa e carência de comunica-
ção, não só para trabalhar de alguma forma, mas,
o desejo de falar com parentes e amigos, pessoas
estão usando a internet mais intensamente. Diante
desta situação, e oferta de vítimas, aumentaram ex-
ponencialmente o número de golpes e crimes pela
internet.
Os criminosos cibernéticos mostram-se cada vez
mais sofisticados e atuantes, e é preciso que as pes-
soas tenham muita cautela para não serem presas
fáceis. Eles estão observando as pessoas através das
redes sociais, identificando as pessoas com que elas
se relacionam e que tipo de profissão tem. O obje-
tivo é mensurar as possibilidades de extorsão, chan-
tagem e resgate de aplicativos, como o Whatsapp.
Entram nos computadores, telefones celulares e ta-
blets, vasculham tudo; e se acham fotos comprometedo-
ras, sensuais, ou se percebem a importância delas, eles
roubam esses arquivos.
Poderão vendê-los ao proprietário, ou fazer chantagens
sob a ameaça de divulgá-las. A intimidade das pessoas
em seus laptops, tabletes ou smartfones, não têm mais
qualquer segurança.
Quem tem o que esconder não deve deixar estes arquivos
no telefone ou computadores.
O mais grave é a entrada firme nessa modalidade de crime
por criminosos presos. Como as cadeias estão repletas
de celulares, alguns de última geração, estes presidiários
derivaram para este tipo de extorsão. Antigamente faziam
os famosos pedidos de resgate por ter supostamente se-
qüestrado um parente muito próximo. Diziam estarem
com filhos das pessoas, e para quem não tem o paradeiro
imediato desses filhos ficam apavorados pelo teatro que
fazem, simulando vozes desses entes queridos. Pode pa-
recer absurdo, mas, muita gente já pagou altas somas de
dinheiro para que “não fizessem mal” aos teus.
Agora, também migraram para este tipo de operação em
celulares, confiscando principalmente o Whatsapp. De
posse dos diálogos, com as informações cruzadas no
Facebook e Instagran, fica fácil, dar o golpe através do
aplicativo (Whatsapp). Ligam para vítima, dizendo que
estão falando da parte de outra pessoa, muito próxima da
vítima. Ganham a confiança, oferecem algo, como a parti-
cipação gratuita num Congresso, que eles já sabem que a
Golpes e Seqüestros pelo Whatsapp
vítima tem manifesto interesse. Pedem para clicar num link
para poderem liberar os ingressos, quando não oferecem
passagens de avião e estadia. Este link dá acesso aos códi-
gos do aplicativo. De posse dos códigos, eles aprisionam
o aplicativo e passam a controlá-lo. Existe também o golpe
que é chamado de SIM Swap e consiste em transferir a
linha telefônica para um chip SIM diferente do que está no
seu telefone celular. Quem manda mensagens para aquele
número terá respostas apenas dos bandidos, que poderão
aumentar o espectro do golpe. Ligam para a vítima exigin-
do dinheiro, e ainda nomes de outras pessoas que também
possam ser usadas e enganadas. Dependendo da gravi-
dade do que a pessoa está refém, fará isso e muito mais.
Também usam os contatos das pessoas, principalmente as
mais intimas, (identificáveis pelos diálogos no WhatsApp)
para “pedir dinheiro emprestado”. Mandam mensagens di-
zendo que a vítima esta em dificuldades e precisa urgente
de trezentos reais, por exemplo, e que deve depositar na
conta tal. Quem recebe a mensagem poderá se apressar
em “salvar” o amigo.
Supunha-se que o nível intelectual desses presos fosse
muito baixo, salvo raríssimas exceções, e que este conheci-
mento de informática fosse um privilégio de poucos conhe-
cedores. Os tempos mudaram e alguns hackers de muita
competência repassaram este conhecimento para presidi-
ários. Eles têm todo tempo do mundo para observarem
várias pessoas, traçar um plano de ação, invadir celulares
e tirar o melhor proveito da desproteção e ingenuidade da
maioria.
Uma pessoa que foi vítima
desse golpe tinha amigos na
polícia e especialistas de cri-
mes cibernéticos. Quando eles
ligaram fazendo exigências, ela,
indignada lhes disse: “a polícia
já está atrás de vocês. Vamos
achá-los nem que seja no in-
ferno”. Eles responderam: “nós
já estamos no inferno”. Esta é
uma alusão indicativa de esta-
rem numa cadeia.
A conduta correta para se de-
fender desses ataques é não
repassar informações, nem
senhas e nem códigos. Não
clicar em links e não oferecer
informações. Recebida uma li-
gação dessa espécie todos de-
vem dizer que não tem naquele
momento a posse dos códigos
e senhas, e que não irá clicar em links sem comprovação.
Que irá checar as informações e retornará seguida. Imedia-
tamente deverá checar a oferta e todos os outros detalhes
com a pessoa que eles dão como referência de credibili-
dade. Lembrem-se: boa fé, ingenuidade e desproteção, é
o principal fator de sucesso da criminalidade. Não tenham
receio de serem desconfiados e rígidos. Se o contato for
realmente profissional e verdadeiro, compreenderá a des-
confiança.
Só nos acontece algo de mal, quando abrimos as portas
para os criminosos. Fiquem em casa, mas não entreguem a
chave de suas vidas nas mãos dos malfeitores.
Niterói
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3
Documento
Bolsonaro: Uma Rota de Conflitos. O Que Virá?
Jair Messias Bolsonaro foi eleito especificamente por defender a bandeira do anti-petismo,
para caçar os corruptos; e apesar de muito desajeitado, angariou seguidores das mais dife-
rentes procedências. Ser um presidente que atuaria no desmonte do grave aparelhamento
do Estado, feito por Lula e Dilma, era tudo que a Nação pedia. Seria ele ou qualquer outro,
desde que defendesse com veemência este projeto.
Desde a tentativa de assassinato que sofreu durante a campanha vem sendo relevado nas
suas infelizes declarações. Os próprios seguidores o defendiam dizendo que assim ele
se recuperasse do trauma tomaria um rumo mais conservador e confiável. Nada disso
aconteceu e desde que assumiu a presidência, não desceu do palanque eleitoral e toma
E
m Janeiro de 2019 Bolsonaro editou o de-
creto de armas, flexibilizando o porte. Não
consultou ninguém, muito menos Sergio
Moro, ministro da Justiça e Segurança. Ainda nes-
se mês Bolsonaro mandou suspender a nomeação
da cientista política Ilona Szabó, do Instituto Iga-
rapé - especializado em segurança pública – Ela
seria apenas mais um suplente do Conselho Na-
cional de Política Criminal e Penitenciária. Mas,
como tem posições políticas claramente progres-
sistas e já havia se manifestado contra a flexibiliza-
ção das armas, Bolsonaro não teve dúvidas: man-
dou que Moro “desconvidasse” a Ilona Szabó,
e tornasse sem efeito qualquer ato já publicado.
Moro engoliu o constrangimento e obedeceu sem
protestar.
Uma contenda entre Carlos Bolsonaro, filho do
presidente e o ministro Gustavo Bebianno da
Secretaria-Geral de Governo, aliado de primeira
hora e liderou a campanha eleitoral a presidência
da República, e presidente do PSL, teve episódios
bizarros. O Carlos levantou dúvidas a respeito da
lealdade do ministro, mas, o pano de fundo era
uma questão que já fermentava desde o fim da
campanha. Foi a notória situação de uso indevi-
do de verbas eleitorais. A família Bolsonaro fri-
tou abertamente Gustavo Bebiano, tratado como
mentiroso e sem caráter. Bebianno foi sumaria-
mente exonerado. Esperneou, deu entrevistas,
ficou muito magoado, e sob intensa pressão, foi
vítima de um infarto fulminante e morreu.
Jair Bolsonaro não comentou o fato. Um áudio va-
zado demonstrou que Bolsonaro tinha razão para
reclamar do ex-ministro. Mas, incoerentemente e
por motivos similares, ele mantém o ministro do
Turismo, Marcelo Antônio, por ter patrocinado e
acobertado outras “laranjas” em Minas Gerais.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz ocupa-
va o cargo estratégico da Secretaria de Governo
Bolsonaro. Envolveu-se numa crise com Carlos
Bolsonaro, filho do presidente, e o escritor Ola-
vo de Carvalho. Foram várias pequenas razões,
mas, dar declarações sobre regulamentação das
Redes Sociais foi a gota d’água. Era fiel escudei-
ro de Bolsonaro, um homem de muito prestígio
e serviços prestados à Pátria. Dirigiu importantes
missões internacionais e abraçou a candidatura de
Bolsonaro quando ele era ainda considerado um
azarão na “corrida presidencial”. Na época San-
tos Cruz era o secretário-executivo, atrás somen-
te do ex-ministro Raul Jugmann do Ministério da
Segurança Pública do governo Temer. Bolsonaro
não considerou nenhum aspecto dessa lealdade e
apoiou o filho e passou a fritar abertamente o ge-
neral. O resultado foi a queda do Santos Cruz no
início de junho de 2019. Impiedosamente.
Em Julho de 2019 o mi-
nistro o Supremo Tribunal
Dias Toffoli suspendeu as
investigações que usa-
vam dados de órgãos de
controle da Receita Fe-
deral e do COAF, depois
de pedido da defesa de
Flávio Bolsonaro, filho
do presidente. Bolsona-
ro defendeu a medida e
entrou em rota de colisão
com Moro ao saber que
Moro conversou com o
presidente do STF para
fazê-lo desistir da medida. Chegou a dizer que se
ele não ajudava, não devia atrapalhar.
Moro preparou um pacote anticrime, mas não
contou com apoio decisivo do presidente. Bolso-
naro preferiu pedir a Rodrigo Maia, presidente da
Câmara, para dar prioridade e pautasse a Reforma
da Previdência. Isso em agosto do mesmo ano.
Contrariou o Moro e ainda lhe disse que naque-
le momento ele não tinha mais a caneta na mão,
como comandava a 1 3ª vara Federal de Curitiba,
quando era juiz. Em seguida Bolsonaro transferiu
o COAF do Ministério da Justiça para o Banco
Central, enfraquecendo o combate a lavagem de
dinheiro e a autoridade de Moro.
No meado de outubro de 2019 o presidente en-
trou em conflito com o seu Partido, o PSL. Criou
o Partido "Aliança pelo Brasil" que não está regis-
trado no TSE, e precisa de 500 mil assinaturas de
apoiadores para concessão do registro.
Neste episódio rompeu com aliados importantes
como os deputados Luciano Bivar, Alexandre Fro-
ta, Joice Hasselmann, que era sua líder na câmara,
o delegado Valdir, que também era líder na Câma-
ra. O Líder do PSL no Senado, Major Olímpio,
que sua desavença teve início e meio com Carlos
Bolsonaro, acabou rompido politicamente com o
presidente.
Não satisfeito com diversas escaramuças com o
presidente da Câmara deputado Rodrigo Maia,
que visivelmente dificulta a aprovação da maioria
das medidas provisórias e projetos do governo,
Bolsonaro tem alguns governadores em posição
discreta, mas de oposição ideológica contrária,
como o governador do Maranhão Flavio Dino
(PCdoB), do Ceará Camilo Santana (PT). Existem
os governadores do Rio de Janeiro Wilson Witzel
e do São Paulo João Doria, que se elegeram na
“Onda Bolsonaro”, mas, com evidenciaram inten-
ções de concorrer à presidência da República em
2022, forçaram um rompimento, valendo-se do
destempero emocional do clã Bolsonaro. Torna-
ram-se desafetos.
No fim do ano (2019), Bolsonaro implementou
o projeto do “Juiz de Garantias”, que Moro era
contra. Mesmo assim, o presidente atuou de for-
ma que o Congresso inclui-se o tema dentro do
pacote anticrime de Moro, afrontando-o. O minis-
tro do STF Luiz Fux derrubou a medida por meio
de liminar, evitando mais uma derrota do ministro.
Mal começou janeiro de 2020 Bolsonaro declarou
que pretendia recriar o Ministério da Segurança.
Esta medida repartiria o "superministério" sob a
direção de Moro, e o enfraqueceria muito. O mi-
nistro declarou se de fato isso acontecesse deixaria
o ministério. Bolsonaro recuou e dias depois disse
que desistira da ideia e que a chance da recriação
era zero. Mas, a ameaça ficou no ar, pelos dois
lados.
Veio a crise do Covid 19 e por razões óbvias o
então ministro da Saúde Henrique Mandetta, que
vinha administrando a crise tecnicamente, anga-
riou muita popularidade, e começou a incomodar
Jair Bolsonaro; estrategicamente e pensando em
seu futuro político, começou a emitir conceitos
contrários ao confinamento social. A sua desas-
trosa, proposta de retomar a abertura da indústria,
comercio e serviços tem o objetivo de livrar-se das
responsabilidades futuras da crise econômica que
fatalmente virá. Tenta eximir-se de responsabili-
dades, como se dissesse: “eu tentei, mas foram
todos contra mim”. Com esta postura entrou em
rota de colisão como o ministro da Saúde que de-
fendia tecnicamente o isolamento social. O gover-
nador de Goiás Ronaldo Caiado, padrinho político
do Henrique Mandetta, partiu para o confronto
com Bolsonaro, rompendo publicamente com o
governo. Esta manobra pode estar associada ao
projeto do DEM, de formar um nome para dis-
puta a presidência em 2022. Caiado, era um dos
melhores aliados do Bolsonaro, e foi uma grande
perda em termos de apoio. Esta divergência popu-
larizou ainda mais o Mandetta, que gostando da
situação e da crescente popularidade, acirrou o
confronto, investindo no seu futuro político. Falta-
ram a Bolsonaro o bom senso e a calma para não
alimentar o crescimento do opositor. Resultado:
queda do Mandetta e uma transição perigosa no
meio de uma crise da saúde sem precedentes.
No ritmo da crise, Bolsonaro cometeu muitos er-
ros, incluindo dizer publicamente: “E daí? Lamen-
to. Mas quer que eu faça o quê? Eu sou messias,
mas não faço milagres!” Uma postura irresponsá-
vel, reativa e inadequada para um presidente da
República. Confrontou publicamente com o go-
vernador João Doria num encontro de governado-
res, e conquistou um colegiado de governadores
lhe fazendo oposição.
Imediatamente deu início à maior crise até agora,
e que talvez tenha os piores desdobramentos para
ele.
Sem ao menos avisar, exonerou o diretor da Policia
Federal, Mauricio Valeixo. A maneira tem alguns
agravantes: publicou a exoneração com a assina-
tura eletrônica sem a autorização de Sergio Moro.
Comete delito, mas poderá apontar a responsa-
bilidade para assessores. Retificou a publicação
posteriormente.
Esta questão da substituição delegado Valeixo do
já vinha sendo debatida entre ele e o ministro Ser-
gio Moro, que era contra a saída do delegado,
mas aceitava trocar por outro, desde que fosse
ele o autor da escolha. Bolsonaro insistia que era
direito dele fazer a escolha e queria a todo custo
impor o nome do delegado Alexandre Ramagem.
Publicou a exoneração, e Moro ao sentir-se afron-
tado mais uma vez, demitiu-se e foi publicamente
dizer as razões da sua desistência do ministério.
Acusou Bolsonaro de tentar uma interferência na
Policia Federal para obter informações sigilosas,
o que é ilegal. Principalmente por ter filhos in-
vestigados.
Moro é um ex-juiz Federal, com 22 anos de ex-
periência em grandes conflitos. Para ir para um
confronto como este, jamais iria desarmado.
Certamente ele tem todas as provas de tudo que
afirmou. E vai vencer esta batalha. Se Bolsonaro
não fizer as tais composições que sempre conde-
nou, fazendo as concessões da velha política, não
conseguirá montar uma base de deputados que
impeça o seu inevitável impedimento. Essa apro-
ximação com o Centrão está em andamento, mas
ficou em situação desfavorável. “Se ficar o bicho
pega, se correr o bicho come!”
Na sua vida política, que tem aproximadamente 30
anos, passou e teve conflitos em oito partidos di-
ferentes. Sempre saiu desses partidos sob conflito.
Conflito. Esta é a sua marca.
atitudes incompatíveis com o rito do cargo. Desde que assumiu, não passou um dia que
não tivesse um conflito. Chegaram a dizer que se tratava de uma estratégia, pois com a
frontal e constante oposição que sofria e sofre, não governaria e teria que “compor com
as velhas raposas”. Não fez acordos, ouviu sempre os filhos, especialmente o vereador
Carlos Bolsonaro, e se fala que foi criado o “gabinete do ódio”, sob orientação desse filho.
A verdade é que em cascata somente praticou embates de toda ordem, que vai da mídia
aos pastores. Agora se vislumbra uma crise maior e terá que fazer tudo que negou para
manter-se no poder.
Mandetta e Moro
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Cultura
Paulo Roberto Cecchetti
cecchettipaulo@gmail.com
Internet
Barba por Fazer
Educação em Quarentena
Q
uando a pandemia da co-
vid-19 atingiu de fato o Bra-
sil, foi necessária a aplicação
de uma série de medidas para com-
bater a propagação da doença. Desde
a compra de testes rápidos, passan-
do pelo fechamento de serviços não
essenciais, o isolamento social, o uso
de máscaras, até a proibição de aglo-
meração de pessoas. De fato, muitas
empresas pararam, literalmente, de
oferecer os serviços e outras busca-
ram soluções para se manterem eco-
nomicamente saudável na crise que se
instalou.
Um dos serviços, mais necessários,
e que teve obrigatoriamente que pa-
rar, é a educação, pois era a medida
mais acertada no momento. Algumas
instituições de ensino público, como
a UFF, suspenderam o semestre por
tempo indeterminado. Já existe expec-
tativa que não haja a segunda chamada
do SISU, pelo fato de que não houve
nem a primeira de 2020, mesmo com
o inominável ministro da educação
afirmando que irá realizar o ENEM
este ano conforme o planejado.
Entretanto, o foco da coluna desta
edição trata-se da aplicação da EAD
(Educação à distância) como forma de
“suprir” as aulas presenciais e man-
ter o ano letivo em andamento. Aí me
vem algumas questões: O sistema re-
almente funciona? Os alunos são obri-
gados a ter notebooks e internet veloz
para assistir as aulas? Quem não pos-
sui smartphone e internet veloz será
reprovado? O conteúdo está sendo
absorvido pelos alunos? Como serão
aplicadas as avaliações? Os professo-
res estão capacitados para dar aula
através de lives?
Não é preciso ser especialista para en-
tender que a resposta para essas per-
guntas é NÃO. Talvez a EAD funcione
para adultos conscientes da necessi-
dade da absorção daquele conteúdo e
como aquilo irá impactar a sua vida; já
para a maioria dos estudantes (crian-
ças e adolescentes) a EAD não funcio-
na, pelo simples fato que “eles não se
importam com o conteúdo”; ligam as
lives e fazem de tudo, menos prestar
atenção no que é apresentado e se-
quer fazem alguma anotação.
Outro ponto que tem gerado revol-
ta trata-se da questão econômica.
As instituições de ensino mantem
os mesmos preços nas mensalidades
como se de fato a EAD substituísse
a aula presencial. Na Estácio de Sá,
um grupo de alunos entrou com um
requerimento exigindo diminuição e já
planejam trancar suas matriculas.
O momento é crítico e pouco se sabe
do futuro, ainda mais com um governo
que bate cabeça sobre praticamente
tudo e segue patinando sem destino
em meio a “manifestações” pedindo
AI5, ferindo decretos criados para
impedir aglomeração e consequente-
mente a contaminação nacional.
M
ais um dia isolado. Lavo a
louça do café da manhã,
enxugo pratos, guardo ta-
lheres.
Vejo filmetes no celular, notícias no
Facebook, ora engraçadas ora poli-
tiqueiras. Besteiras não eletrizantes.
Instantes apreensivos percorridos no
whatsapp.
Invento quitutes lights, coloco a mesa
do almoço, de novo lavo a louça.
Louca rotina dessa prisão sem prisca.
Fico na ampla sala com meu gato
persa. Sem pressa, engato uma ses-
ta. Na sexta passada passei olhos em
novos poemas. Temas distintos. Tento
me aprofundar aos textos. Releio-os.
Corto, acrescento, sinto que há con-
teúdo. Por miúdo corro os olhos em direção a janela cerrada. O mar se estende por toda
a vidraça. A praça em frente, vazia. Alegria não há.
A noite invade o vazio da conversa com nexo. Conexão lógica aos sonhos interrompidos.
Nova manhã desperta e aperta esse tempo de confinamento. A barba, durante todo esse
texto, já cresceu a olhos vistos. Lavo a louça, enxugo pratos, nos meus olhos o desalento
confinado.
Lavo a louça, enxugo pratos...
M
inha paixão pelo cinema vem de
longa data. Descobri o encanta-
mento da sétima arte sentado no
muro de uma casa, lá nos primórdios de
moradia tranqüila na Vila São Patrício, em
Santa Rosa. Ouvia à distância a voz melo-
diosa do apresentador Adolpho Cruz, ex-
pert em imagens cinematográficas. E tudo
naquela época, ainda em preto e branco,
na telinha da tevê, para eu ter encontros
inesquecíveis com John Wayne, Bette Da-
vis, Kirk Douglas, Joan Crawford, Marilyn
Monroe, Yul Brynner, Katharine e Audrey
Hepburn, Tony Curtis, Susan Hayward e
Glenn Ford; sem esquecer-se dos nossos
astros: Oscarito, Grande Otelo, Eliane, Zé
Trindade, Cyll Farney, Zezé Macedo, Jonh
Herbert, José Lewgoy e Mazzaropi.
Com esse meu interesse, passei a apresen-
tar para os meus colegas da vila sessões de
cinema em caixa de sapato com formato de
tela, uma vela acesa por detrás da caixa e
dois carretéis de linha que giravam lenta-
mente, para apresentar o “filme em cartaz”,
feito na colagem das tiras dos quadrinhos
diários do jornal ‘O Globo’, trazido pelo
No Escurinho do Cinema
meu tio-avô todo final de tarde.
No apagar das luzes da década de 1950
o poeta Sávio Soares de Sousa criou um
cineclube com reuniões periódicas para o
entretenimento dos cinéfilos do bairro do
Fonseca, na antiga e pacata Niterói. Poesia
pura para quem se encantou com os Irmãos
Lumière, criadores do cinema em dezem-
bro de 1895, lá no século 19!
E o deslumbramento se alastrou mundo
afora com os inúmeros estúdios cinema-
tográficos: Metro Goldwyn Mayer, Para-
mount, Disney, Bollyhood; aqui no Brasil,
Atlântida, Cinédia e Vera Cruz realizavam,
para a alegria do respeitável público, as fa-
mosas chanchadas.
Hoje mudou a cultura do cinema ou muda-
ram seus admiradores por essa magia? Em
Hollywood ou em outros estúdios cinema-
tográficos os filmes são temáticos, trazem
super-heróis abatendo monstros, vilões
sendo supervalorizados, enquanto o foco
principal é a explosão milionária das bilhe-
terias com filas gigantescas para, na platéia,
a nova geração poder saborear pipoca e
refrigerante.
Niterói
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Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com
Tão Semelhantes
U
m grupo de pouco mais que cem
advogados de 19 Estados entrou
na Justiça pedindo o Impeachment
do presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil Felipe Santa Cruz. As alegações são
de Abuso de Autoridade e Desvio de Fi-
nalidade. Santa Cruz já vem sofrendo des-
gaste por declarações de cunho pessoal,
onde muitos advogados se ressentem por
não partilharem da mesma opinião, prin-
cipalmente com viés ideológico. Eles ale-
gam que cada um pode ter a ideologia que
quiser, embora não possa usar o cargo que
ocupa para este fim, pois representa uma
classe, e é impróprio impor suas predile-
ções e intenções ideológicas. Santa Cruz já
se declarou um “militante”, e é clara a sua
posição de esquerda.
Este grupo considera que a atuação do pre-
sidente não representa a classe e que ele
por razões ideológicas entra em conflitos
usando a instituição como referência e um
potencial escudo de proteção.
O juiz Bruno Anderson da Silva, substituto
da 3ª Vara Federal da SJDF, indeferiu a ação
considerando que um grupo de advogados
não representa a maioria absoluta da clas-
se. Esta negativa do juiz, não significa que
outras ações não virão futuramente.
Um advogado amigo fez ainda uma pon-
deração interessante, perguntando-me:
o que diferencia Felipe Santa Cruz de Jair
Bolsonaro? Respondi que naturalmente a
posição ideológica. Estão diametralmente
opostos. Mas, aceitei o raciocínio sobre as
semelhanças. Ambos são autoritários, radi-
cais, e não admitem contestação das suas
atuações. Santa Cruz advoga em causa pró-
pria usando a instituição para um projeto de
vingança contra a direita, tentando resolver
seus recalques pessoais, pela história polí-
tica do seu pai, militante de grupos radicais
armados, e acabou desaparecido, e certa-
mente morto, na época da ditadura. Santa
Cruz ficou ainda mais enfurecido quando
Bolsonaro insinuou que seu pai teria sido
morto pelos próprios companheiros do gru-
po por ser um traidor. A reação de Santa
Cruz se estendeu em ódio, espuma e des-
gaste, usando qual-
quer motivação para
atacar Bolsonaro. Vi-
rou briga pessoal.
Os advogados alegam
que esse ímpeto vin-
gativo costuma fazê-
-lo perder a noção
de limites, e em suas
investidas assume po-
sições contrárias aos
estatutos da institui-
ção, o que se carac-
teriza como desvio de
finalidade.
Bolsonaro por sua vez, desconhece fun-
ções e prerrogativas de órgão de Estado,
que não é a mesma coisa que órgão de Go-
verno, a exemplo da Polícia Federal. Quem
deve manter o presidente informado sobre
o país é a ABIN, que é um órgão de infor-
mação do Governo. Qualquer interferência
da PF é ilegal, o que não cabe no raciocí-
nio do presidente que considera que tudo
pode e manda em tudo. O fato de indicar
um dirigente da “sua confiança” para a PF
já caracteriza desvio de finalidade, abuso de
autoridade...
Bolsonaro quer defender seus filhos. Santa
Cruz quer defender a sua vingança. Daí, as
semelhanças entre Santa Cruz e Bolsonaro
se cristalizam. Somente a hipótese de se-
melhanças vai irritar muito o Santa Cruz.
A alegação defensiva da esquerda, não ad-
mitindo comparações, é que se intitulam
“democratas”, e se contorcem quando al-
guém os acusa de sectários, reacionários,
totalitários e antidemocráticos. Eles, num
delírio comum, acham que somente os “re-
acionários da direita espúria”, são capazes
de atitudes tão baixas. A esquerda se acha
charmosa, magnânima e eleita por Deuses
do Olimpo como os melhores, mais inte-
lectuais, sensíveis, românticos e donos da
verdade e do saber; embora uma expressiva
maioria apenas possua conhecimento raso
da história, de assuntos gerais e nem su-
portam e nem sustentam uma discussão in-
teligente e culta. Encerram a conversa com
frases feitas e reativas, desqualificando o
opositor. Afinal, ser de esquerda é ser per-
feito. Tão perfeito que não admitem outro
pensamento e que não seja o seu. Conheço
muitos fracassados profissionais que para
justificar a sua incapacidade de sucesso e
conquista de situação financeira mais con-
fortável, se dizem de esquerda e “odeiam
o capitalismo”. Refugiam suas frustrações e
inveja na capa consoladora do ativista po-
bre, como se justificasse o “fracasso pela
causa”.
Semelhanças, semelhanças... Que há de se
fazer? Misturado no caldeirão das vertigens
e desatinos são tão iguais.
D
iante da crise que se instalou
e da necessidade de salvar a
cidade de Niterói, poderemos
ter surpresas nos dias a seguir. Passado
o momento crítico do Covid 19, iremos
novamente pensar nas eleições munici-
pais. Ninguém estranhe opositores se
unindo, ainda que até aqui parecesse
algo impossível. A justificativa será o
consenso, a conciliação para progres-
so e manutenção do funcionamento da
nossa estrutura político-social. Coisas
do pós-guerra.
Em Nome da
Conciliação
O
presidente da CDL
Luiz Vieira, aliado
a outros comer-
ciantes, entre eles Joaquim
Pinto, do Grupo Casa das
Fechaduras, têm feito ges-
tões junto ao prefeito Ro-
drigo Neves e a secretaria
de Fazenda Giovana Victer
mostrando a necessidade
imediata de flexibilizações
graduais no comercio. Eles
concordam com todas as
regras para proteção das
pessoas, reconhecem as
pessoas em maior situação de risco, mas
percebem de perto o caos que já se implan-
tou, principalmente nos pequenos comér-
cios. Muita gente já quebrou, dado a fragi-
lidade que já se encontravam. Dois meses
sem venda significa o fim, além das dividas
que ficarão.
Se Ficar o Bicho Pega...
Apesar das mortes, proporcionalmente, Ni-
terói saiu-se muito bem até aqui nessa cri-
se, do ponto de vista comparativo. A nossa
rede de saúde tem funcionando a contento
e as medidas de isolamento foram respeita-
das na medida das suas necessidades. Por
esta razão este grupo sugere que se permi-
ta a abertura gradual
das lojas, por tama-
nhos. Iniciaria abrin-
do as lojas até 40
metros quadrados,
na semana seguinte
até 70 metros, de-
pois até 100 metros,
e daí em diante qual-
quer metragem. Esta
operação levaria um
mês.
O argumento, que é
pertinente, é que o
estrago nas empresas
tem gerado desemprego, que poderá ser
maciço; e levará ao caos social, com possi-
bilidades de saques, furtos e assaltos, com
violência sem precedentes.
Já foram registrados casos de suicídio de
comerciantes. O que poderá vir é uma in-
cógnita. Mas, será grave certamente.
Giovana Victer, Luiz Vieira e Joaquim Pinto
Bolsonaro e Felipe Santa Cruz
Niterói
29/04 a 15/05/20
www.dizjornal.com
6
Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com
Fernando de Farias Mello
Ministros da Pandemia
Fernando Mello, Advogado
www.fariasmelloberanger.com.br
e-mail: fmelloadv@gmail.com
Tenho visto o Bolsonaro esco-
lher um pessoal técnico para
cargos de ministros. Claro que
ele tem a preferência por militares,
mas determinados ministérios preci-
sam quase que necessariamente de
um civil, como o Ministério da Saú-
de, por exemplo.
O ex-ministro Mandetta era um médi-
co, formado na extinta Universidade
Gama Filho. Também ex-deputado.
Ser um ministro da saúde em nosso
Brasil já é algo bastante difícil. Ainda
mais nessa política totalmente conta-
minada por corrupção e, no setor da
saúde, a luta para evitar os famosos
roubos é diária.
Basta ter um pouquinho de memória
para lembrar que sempre assistimos
às cenas de doentes empilhados nos
corredores e de tão acostumados
que estávamos em ver essa chacina,
quase não demos conta de que, o
que sempre faltou foi vontade políti-
ca aliada à honestidade.
Pois é, com doentes no chão dos
corredores, faltando médicos, su-
primentos e remédios e filas inter-
mináveis para fazer perícia no INSS,
o que sempre acontecia há décadas,
o governo Lula veio com a solução:
construiu 12 estádios de futebol para
Copa do Mundo de 2014.
Tudo isso com apoio popular e da
grande imprensa.
Mas a pandemia veio para “desmas-
carar” esses políticos “desculpinhas”
que a tudo apontam outro problema
que não é ele mesmo, claro.
Esse tipo de político descul-
pinha também reside dentro
do até então ótimo ministro
Mandetta.
Todo mundo percebeu,
tempos depois, que ele es-
tava também se aproveitan-
do do holofote da tragédia.
Dono de uma oratória sim-
ples e sem “medicinismos”,
Mandetta demonstrou que
a equipe que escolheu era
ótima. Mas, com o pipocar
dos flashes a cegar seus no-
bres sentimentos, começou
a tentar levar adiante a es-
tratégia final do DEM, que
finalmente encontrou um fu-
turo candidato à presidência
da República.
Claro que Bolsonaro não
é burro. Pode ser bronco
porque a verdade dói, mas
burro, jamais. Ele é “super
bem” informado e sabia dos
planos de Caiado e turmi-
nha.
Mandetta dançou. Afinal,
alimentar uma cobra que no
futuro poderá detoná-lo nas
eleições seria coisa de burro, não é?
O ex-ministro Mandetta saiu do cargo
a que fora demitido sorridente como
um estadista e, contrariando os en-
sinamentos do próprio Ministério da
Saúde, foi se despedir dos colegas de
trabalho, sem máscara e com beijos e
abraços; quebrando o protocolo dos
cuidados contra o coronavírus, mas
absolutamente dentro do protocolo
do futuro candidato à presidência da
República.
Por isso, considero que um ministro
da Saúde jamais poderá ser um po-
lítico. Precisa ser um técnico, super
envolvido em administração pública
eficiente, humano e etc. Só não pode
ser político como o ex-deputado e mi-
nistro Mandetta.
Um ministro da Saúde não precisa fi-
car dando entrevista coletiva todos os
dias, como uma estrela solitária. Pre-
cisa mesmo é trabalhar para vencer
essa guerra contra a pandemia.
O atual me pareceu ser um médico e
empresário que não tem nenhum ma-
nejo com a mídia; mas pareceu-me ex-
tremamente técnico. Não me pareceu
ter traços de aventureiro político ou
irresponsável. Com mestrado no ex-
terior, bem quisto no meio médico e
tido como competente perante seus
clientes.
Tenho um amigo que é íntimo do atual
ministro, Nelson Teich, que me disse:
é competente, honesto e trabalhador.
Vamos aguardar torcendo para dar
certo.
Niterói
29/04 a 15/05/20
www.dizjornal.com
7
Conexões erialencar.arte@gmail.com
E! Games
dizjornal@hotmail.com
A
o participar de uma grande aven-
tura, todo protagonista de respei-
to precisa de um melhor amigo.
E em alguns casos esses personagens
podem ser representados por figuras não
humanas, ou seja, muitos heróis e hero-
ínas precisam contar com a fiel amizade
de um Pet. Na coluna desta edição listarei
os 10 pets mais marcantes da história dos
games.
10 - Rush (Mega Man)
Rush é preparado para auxiliar o Mega
Man de diversas maneiras, seja para che-
gar mais alto ou voando em cima dele
como uma prancha motorizada.
9 - Chop (GTA V)
Logo no início de GTA V somos apre-
sentados a Chop. Um cachorro que ataca
Deus e o mundo, mas, pelo menos, é ex-
tremamente leal.
8 - Hewie (ResidentEvil 4)
Em ResidentEvil 4, caso libertado de
uma armadilha, você terá a ajuda do fiel
Hewie.
7 - Trico (The Last Guardian)
Trico com certeza a figura entre os pets
mais amáveis da lista. Algumas cenas do
jogo são emocionantes e amizade entre o
protagonista e essa fera é um ponto alto
da narrativa.
6 - D-Dog (Metal Gear Solid V)
Melhores Amigos
D- Dog, o cão marrento de tapa olho é
companheiro fiel do Boss em Metal Gear
Solid V: The PhantonPain.
5 - Cachorro do Duck Hunt
Essa é para os saudosistas. Quem se
amarrou com Duck Hunt não se esque-
ce desse pet. Embora leal, ele também é
bem irritante quando ri dos nossos erros
de pontaria.
4 - Carpeado (The Witcher)
Em The Witcher, Gerald sempre contou
com a amizade do bravo Cavalo Carpe-
ado.
3 - Epona (The Legendof Zelda)
Link jamais teria conseguido seus feitos
sem a sua companheira fiel a égua Epona.
2 - Yoshi (Super Mario)
Yoshi é o mais conhecido da nossa lista e
provavelmente o mais importante. O di-
nossaurinho companheiro do Mario co-
meçou como um pet, mas era tão caris-
mático que foi transformado em um dos
personagens mais icônicos da Nintendo.
1 - Pikachu
Bom, eu estava errado quanto ao Yoshi,
obviamente o Pikachu é o mais famoso e
importante. Ele é a cara da franquia mais
rentável do mundo. Ao lado desse roe-
dor amarelo, pessoas de várias gerações
viveram aventuras, seja pela TV, Cinema,
quadrinhos ou videogames.
Subsídio Para Contas de Água e Energia
Fica difícil para nós brasileiros assistir essas disputas políticas entre dois lados extremos. O
Brasil num drama econômico e no meio de uma pandemia, e esses ditos homens públicos
buscando apenas seus interesses. Vejo com muita apreensão os últimos fatos. Com pande-
mia ou não, as nossas contas continuam a ser cobradas, e não param de vencer.
Tenho uma sugestão aos governos da União e Estados: as contas de luz e água deveriam
vir com vinte por cento de desconto (contribuição das empresas para atual crise), os Go-
vernos pagariam 40% das contas e nós consumidores pagaríamos os 40% restantes. Isso
é o mínimo, considerando que com o confinamento, e mais gente e tempo dentro de casa,
o consumo aumenta muito. É irrecusável e é mais tempo de uso, queiramos ou não.
As minhas contas, por exemplo, tiveram um aumento médio de 93%. Ficamos em casa
consumindo energia e água que estaríamos poupando indo para nossos locais de trabalho.
Queremos continuar contribuindo para a segurança de todos e nos livrarmos definitiva-
mente desse pesadelo, e os Governos, não são entidades distantes e apartadas de nós, e
devem contribuir efetivamente. Os Governos personificam a população. E tudo que eles
arrecadam é para ser usado no bem comum. Por tanto, não estamos pedindo nada mais
do que parte daquilo que nos pertence. Fica aqui minha sugestão para que algum deputa-
do encaminhe a proposta mais que justa.
Escrotizando o Brasil
Assisti constrangido as declara-
ções do presidente Bolsonaro,
após a despedida e fala do mi-
nistro da Justiça Sergio Moro.
Além das desmedidas expres-
sões usadas, como gírias e pa-
lavras popularescas, ele insiste
no uso de linguagem de baixo
botequim. Uma me marcou mais
e talvez defina o perfil educacio-
nal e emocional deste político.
A criação do verbo “escrotizar”;
foi demais!
A cena, mais parecia um sorteio público de loteria, onde os ministros presentes, expostos
e constrangidos, assemelhavam-se a prêmios a serem oferecidos no sorteio. As caras e
gestos de cada um devem ser observados, pois a linguagem corporal diz muito. Alguém
observou as expressões faciais dos presentes? Quem não observou deve rever o vídeo.
Ele diz muita coisa.
Foi nítida a perda de rumo quando o presidente disse que Moro teria condicionado a saída
do auxiliar em troca de uma vaga no STF. Essa baixou o nível além do inimaginável, Uma
atitude tão baixa e vil não condiz com o perfil do Sergio Moro. Bolsonaro acuado é muito
perigoso. Ele, equivocadamente, lançou esta lama irresponsável, na tentativa de equilibrar
o jogo. Mas foi um desastre.
Ainda que seja, palavra contra palavra, ninguém acredita em tal disparate. Só mesmo os
seguidores fanáticos pelo capitão-comandante, ainda o defendem. Ele está indo ladeira a
baixo, lamentavelmente. Tudo que não precisávamos neste momento, e no meio de uma
crise econômica provocada por uma pandemia (que já tirou a vida de tanta gente), era uma
extrema crise política, com desfecho imprevisível.
Ele realmente “escrotiza” a Nação!
Niterói
29/04 a 15/05/20
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Membros da Academia Niteroiense de Letras
Acadêmicos da Academia Niteroiense de Letras
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Cônsul Francisco Cruz, nº 3 Centro - Niterói, RJ | CEP 24.020-270 dizjornal@hotmail.com | www.dizjornal.com.br Os artigos assinados são de integral e absoluta responsabilidade dos autores. C om o evento do confinamento social, con- dicionado pelas autoridades que tentam di- minuir os casos e conseqüências do Corona Vírus, o trânsito na internet aumentou significativa- mente. Com mais gente em casa e carência de comunica- ção, não só para trabalhar de alguma forma, mas, o desejo de falar com parentes e amigos, pessoas estão usando a internet mais intensamente. Diante desta situação, e oferta de vítimas, aumentaram ex- ponencialmente o número de golpes e crimes pela internet. Os criminosos cibernéticos mostram-se cada vez mais sofisticados e atuantes, e é preciso que as pes- soas tenham muita cautela para não serem presas fáceis. Eles estão observando as pessoas através das redes sociais, identificando as pessoas com que elas se relacionam e que tipo de profissão tem. O obje- tivo é mensurar as possibilidades de extorsão, chan- tagem e resgate de aplicativos, como o Whatsapp. Entram nos computadores, telefones celulares e ta- blets, vasculham tudo; e se acham fotos comprometedo- ras, sensuais, ou se percebem a importância delas, eles roubam esses arquivos. Poderão vendê-los ao proprietário, ou fazer chantagens sob a ameaça de divulgá-las. A intimidade das pessoas em seus laptops, tabletes ou smartfones, não têm mais qualquer segurança. Quem tem o que esconder não deve deixar estes arquivos no telefone ou computadores. O mais grave é a entrada firme nessa modalidade de crime por criminosos presos. Como as cadeias estão repletas de celulares, alguns de última geração, estes presidiários derivaram para este tipo de extorsão. Antigamente faziam os famosos pedidos de resgate por ter supostamente se- qüestrado um parente muito próximo. Diziam estarem com filhos das pessoas, e para quem não tem o paradeiro imediato desses filhos ficam apavorados pelo teatro que fazem, simulando vozes desses entes queridos. Pode pa- recer absurdo, mas, muita gente já pagou altas somas de dinheiro para que “não fizessem mal” aos teus. Agora, também migraram para este tipo de operação em celulares, confiscando principalmente o Whatsapp. De posse dos diálogos, com as informações cruzadas no Facebook e Instagran, fica fácil, dar o golpe através do aplicativo (Whatsapp). Ligam para vítima, dizendo que estão falando da parte de outra pessoa, muito próxima da vítima. Ganham a confiança, oferecem algo, como a parti- cipação gratuita num Congresso, que eles já sabem que a Golpes e Seqüestros pelo Whatsapp vítima tem manifesto interesse. Pedem para clicar num link para poderem liberar os ingressos, quando não oferecem passagens de avião e estadia. Este link dá acesso aos códi- gos do aplicativo. De posse dos códigos, eles aprisionam o aplicativo e passam a controlá-lo. Existe também o golpe que é chamado de SIM Swap e consiste em transferir a linha telefônica para um chip SIM diferente do que está no seu telefone celular. Quem manda mensagens para aquele número terá respostas apenas dos bandidos, que poderão aumentar o espectro do golpe. Ligam para a vítima exigin- do dinheiro, e ainda nomes de outras pessoas que também possam ser usadas e enganadas. Dependendo da gravi- dade do que a pessoa está refém, fará isso e muito mais. Também usam os contatos das pessoas, principalmente as mais intimas, (identificáveis pelos diálogos no WhatsApp) para “pedir dinheiro emprestado”. Mandam mensagens di- zendo que a vítima esta em dificuldades e precisa urgente de trezentos reais, por exemplo, e que deve depositar na conta tal. Quem recebe a mensagem poderá se apressar em “salvar” o amigo. Supunha-se que o nível intelectual desses presos fosse muito baixo, salvo raríssimas exceções, e que este conheci- mento de informática fosse um privilégio de poucos conhe- cedores. Os tempos mudaram e alguns hackers de muita competência repassaram este conhecimento para presidi- ários. Eles têm todo tempo do mundo para observarem várias pessoas, traçar um plano de ação, invadir celulares e tirar o melhor proveito da desproteção e ingenuidade da maioria. Uma pessoa que foi vítima desse golpe tinha amigos na polícia e especialistas de cri- mes cibernéticos. Quando eles ligaram fazendo exigências, ela, indignada lhes disse: “a polícia já está atrás de vocês. Vamos achá-los nem que seja no in- ferno”. Eles responderam: “nós já estamos no inferno”. Esta é uma alusão indicativa de esta- rem numa cadeia. A conduta correta para se de- fender desses ataques é não repassar informações, nem senhas e nem códigos. Não clicar em links e não oferecer informações. Recebida uma li- gação dessa espécie todos de- vem dizer que não tem naquele momento a posse dos códigos e senhas, e que não irá clicar em links sem comprovação. Que irá checar as informações e retornará seguida. Imedia- tamente deverá checar a oferta e todos os outros detalhes com a pessoa que eles dão como referência de credibili- dade. Lembrem-se: boa fé, ingenuidade e desproteção, é o principal fator de sucesso da criminalidade. Não tenham receio de serem desconfiados e rígidos. Se o contato for realmente profissional e verdadeiro, compreenderá a des- confiança. Só nos acontece algo de mal, quando abrimos as portas para os criminosos. Fiquem em casa, mas não entreguem a chave de suas vidas nas mãos dos malfeitores.
  • 3. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com 3 Documento Bolsonaro: Uma Rota de Conflitos. O Que Virá? Jair Messias Bolsonaro foi eleito especificamente por defender a bandeira do anti-petismo, para caçar os corruptos; e apesar de muito desajeitado, angariou seguidores das mais dife- rentes procedências. Ser um presidente que atuaria no desmonte do grave aparelhamento do Estado, feito por Lula e Dilma, era tudo que a Nação pedia. Seria ele ou qualquer outro, desde que defendesse com veemência este projeto. Desde a tentativa de assassinato que sofreu durante a campanha vem sendo relevado nas suas infelizes declarações. Os próprios seguidores o defendiam dizendo que assim ele se recuperasse do trauma tomaria um rumo mais conservador e confiável. Nada disso aconteceu e desde que assumiu a presidência, não desceu do palanque eleitoral e toma E m Janeiro de 2019 Bolsonaro editou o de- creto de armas, flexibilizando o porte. Não consultou ninguém, muito menos Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança. Ainda nes- se mês Bolsonaro mandou suspender a nomeação da cientista política Ilona Szabó, do Instituto Iga- rapé - especializado em segurança pública – Ela seria apenas mais um suplente do Conselho Na- cional de Política Criminal e Penitenciária. Mas, como tem posições políticas claramente progres- sistas e já havia se manifestado contra a flexibiliza- ção das armas, Bolsonaro não teve dúvidas: man- dou que Moro “desconvidasse” a Ilona Szabó, e tornasse sem efeito qualquer ato já publicado. Moro engoliu o constrangimento e obedeceu sem protestar. Uma contenda entre Carlos Bolsonaro, filho do presidente e o ministro Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral de Governo, aliado de primeira hora e liderou a campanha eleitoral a presidência da República, e presidente do PSL, teve episódios bizarros. O Carlos levantou dúvidas a respeito da lealdade do ministro, mas, o pano de fundo era uma questão que já fermentava desde o fim da campanha. Foi a notória situação de uso indevi- do de verbas eleitorais. A família Bolsonaro fri- tou abertamente Gustavo Bebiano, tratado como mentiroso e sem caráter. Bebianno foi sumaria- mente exonerado. Esperneou, deu entrevistas, ficou muito magoado, e sob intensa pressão, foi vítima de um infarto fulminante e morreu. Jair Bolsonaro não comentou o fato. Um áudio va- zado demonstrou que Bolsonaro tinha razão para reclamar do ex-ministro. Mas, incoerentemente e por motivos similares, ele mantém o ministro do Turismo, Marcelo Antônio, por ter patrocinado e acobertado outras “laranjas” em Minas Gerais. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz ocupa- va o cargo estratégico da Secretaria de Governo Bolsonaro. Envolveu-se numa crise com Carlos Bolsonaro, filho do presidente, e o escritor Ola- vo de Carvalho. Foram várias pequenas razões, mas, dar declarações sobre regulamentação das Redes Sociais foi a gota d’água. Era fiel escudei- ro de Bolsonaro, um homem de muito prestígio e serviços prestados à Pátria. Dirigiu importantes missões internacionais e abraçou a candidatura de Bolsonaro quando ele era ainda considerado um azarão na “corrida presidencial”. Na época San- tos Cruz era o secretário-executivo, atrás somen- te do ex-ministro Raul Jugmann do Ministério da Segurança Pública do governo Temer. Bolsonaro não considerou nenhum aspecto dessa lealdade e apoiou o filho e passou a fritar abertamente o ge- neral. O resultado foi a queda do Santos Cruz no início de junho de 2019. Impiedosamente. Em Julho de 2019 o mi- nistro o Supremo Tribunal Dias Toffoli suspendeu as investigações que usa- vam dados de órgãos de controle da Receita Fe- deral e do COAF, depois de pedido da defesa de Flávio Bolsonaro, filho do presidente. Bolsona- ro defendeu a medida e entrou em rota de colisão com Moro ao saber que Moro conversou com o presidente do STF para fazê-lo desistir da medida. Chegou a dizer que se ele não ajudava, não devia atrapalhar. Moro preparou um pacote anticrime, mas não contou com apoio decisivo do presidente. Bolso- naro preferiu pedir a Rodrigo Maia, presidente da Câmara, para dar prioridade e pautasse a Reforma da Previdência. Isso em agosto do mesmo ano. Contrariou o Moro e ainda lhe disse que naque- le momento ele não tinha mais a caneta na mão, como comandava a 1 3ª vara Federal de Curitiba, quando era juiz. Em seguida Bolsonaro transferiu o COAF do Ministério da Justiça para o Banco Central, enfraquecendo o combate a lavagem de dinheiro e a autoridade de Moro. No meado de outubro de 2019 o presidente en- trou em conflito com o seu Partido, o PSL. Criou o Partido "Aliança pelo Brasil" que não está regis- trado no TSE, e precisa de 500 mil assinaturas de apoiadores para concessão do registro. Neste episódio rompeu com aliados importantes como os deputados Luciano Bivar, Alexandre Fro- ta, Joice Hasselmann, que era sua líder na câmara, o delegado Valdir, que também era líder na Câma- ra. O Líder do PSL no Senado, Major Olímpio, que sua desavença teve início e meio com Carlos Bolsonaro, acabou rompido politicamente com o presidente. Não satisfeito com diversas escaramuças com o presidente da Câmara deputado Rodrigo Maia, que visivelmente dificulta a aprovação da maioria das medidas provisórias e projetos do governo, Bolsonaro tem alguns governadores em posição discreta, mas de oposição ideológica contrária, como o governador do Maranhão Flavio Dino (PCdoB), do Ceará Camilo Santana (PT). Existem os governadores do Rio de Janeiro Wilson Witzel e do São Paulo João Doria, que se elegeram na “Onda Bolsonaro”, mas, com evidenciaram inten- ções de concorrer à presidência da República em 2022, forçaram um rompimento, valendo-se do destempero emocional do clã Bolsonaro. Torna- ram-se desafetos. No fim do ano (2019), Bolsonaro implementou o projeto do “Juiz de Garantias”, que Moro era contra. Mesmo assim, o presidente atuou de for- ma que o Congresso inclui-se o tema dentro do pacote anticrime de Moro, afrontando-o. O minis- tro do STF Luiz Fux derrubou a medida por meio de liminar, evitando mais uma derrota do ministro. Mal começou janeiro de 2020 Bolsonaro declarou que pretendia recriar o Ministério da Segurança. Esta medida repartiria o "superministério" sob a direção de Moro, e o enfraqueceria muito. O mi- nistro declarou se de fato isso acontecesse deixaria o ministério. Bolsonaro recuou e dias depois disse que desistira da ideia e que a chance da recriação era zero. Mas, a ameaça ficou no ar, pelos dois lados. Veio a crise do Covid 19 e por razões óbvias o então ministro da Saúde Henrique Mandetta, que vinha administrando a crise tecnicamente, anga- riou muita popularidade, e começou a incomodar Jair Bolsonaro; estrategicamente e pensando em seu futuro político, começou a emitir conceitos contrários ao confinamento social. A sua desas- trosa, proposta de retomar a abertura da indústria, comercio e serviços tem o objetivo de livrar-se das responsabilidades futuras da crise econômica que fatalmente virá. Tenta eximir-se de responsabili- dades, como se dissesse: “eu tentei, mas foram todos contra mim”. Com esta postura entrou em rota de colisão como o ministro da Saúde que de- fendia tecnicamente o isolamento social. O gover- nador de Goiás Ronaldo Caiado, padrinho político do Henrique Mandetta, partiu para o confronto com Bolsonaro, rompendo publicamente com o governo. Esta manobra pode estar associada ao projeto do DEM, de formar um nome para dis- puta a presidência em 2022. Caiado, era um dos melhores aliados do Bolsonaro, e foi uma grande perda em termos de apoio. Esta divergência popu- larizou ainda mais o Mandetta, que gostando da situação e da crescente popularidade, acirrou o confronto, investindo no seu futuro político. Falta- ram a Bolsonaro o bom senso e a calma para não alimentar o crescimento do opositor. Resultado: queda do Mandetta e uma transição perigosa no meio de uma crise da saúde sem precedentes. No ritmo da crise, Bolsonaro cometeu muitos er- ros, incluindo dizer publicamente: “E daí? Lamen- to. Mas quer que eu faça o quê? Eu sou messias, mas não faço milagres!” Uma postura irresponsá- vel, reativa e inadequada para um presidente da República. Confrontou publicamente com o go- vernador João Doria num encontro de governado- res, e conquistou um colegiado de governadores lhe fazendo oposição. Imediatamente deu início à maior crise até agora, e que talvez tenha os piores desdobramentos para ele. Sem ao menos avisar, exonerou o diretor da Policia Federal, Mauricio Valeixo. A maneira tem alguns agravantes: publicou a exoneração com a assina- tura eletrônica sem a autorização de Sergio Moro. Comete delito, mas poderá apontar a responsa- bilidade para assessores. Retificou a publicação posteriormente. Esta questão da substituição delegado Valeixo do já vinha sendo debatida entre ele e o ministro Ser- gio Moro, que era contra a saída do delegado, mas aceitava trocar por outro, desde que fosse ele o autor da escolha. Bolsonaro insistia que era direito dele fazer a escolha e queria a todo custo impor o nome do delegado Alexandre Ramagem. Publicou a exoneração, e Moro ao sentir-se afron- tado mais uma vez, demitiu-se e foi publicamente dizer as razões da sua desistência do ministério. Acusou Bolsonaro de tentar uma interferência na Policia Federal para obter informações sigilosas, o que é ilegal. Principalmente por ter filhos in- vestigados. Moro é um ex-juiz Federal, com 22 anos de ex- periência em grandes conflitos. Para ir para um confronto como este, jamais iria desarmado. Certamente ele tem todas as provas de tudo que afirmou. E vai vencer esta batalha. Se Bolsonaro não fizer as tais composições que sempre conde- nou, fazendo as concessões da velha política, não conseguirá montar uma base de deputados que impeça o seu inevitável impedimento. Essa apro- ximação com o Centrão está em andamento, mas ficou em situação desfavorável. “Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come!” Na sua vida política, que tem aproximadamente 30 anos, passou e teve conflitos em oito partidos di- ferentes. Sempre saiu desses partidos sob conflito. Conflito. Esta é a sua marca. atitudes incompatíveis com o rito do cargo. Desde que assumiu, não passou um dia que não tivesse um conflito. Chegaram a dizer que se tratava de uma estratégia, pois com a frontal e constante oposição que sofria e sofre, não governaria e teria que “compor com as velhas raposas”. Não fez acordos, ouviu sempre os filhos, especialmente o vereador Carlos Bolsonaro, e se fala que foi criado o “gabinete do ódio”, sob orientação desse filho. A verdade é que em cascata somente praticou embates de toda ordem, que vai da mídia aos pastores. Agora se vislumbra uma crise maior e terá que fazer tudo que negou para manter-se no poder. Mandetta e Moro
  • 4. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com 4 Cultura Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com Internet Barba por Fazer Educação em Quarentena Q uando a pandemia da co- vid-19 atingiu de fato o Bra- sil, foi necessária a aplicação de uma série de medidas para com- bater a propagação da doença. Desde a compra de testes rápidos, passan- do pelo fechamento de serviços não essenciais, o isolamento social, o uso de máscaras, até a proibição de aglo- meração de pessoas. De fato, muitas empresas pararam, literalmente, de oferecer os serviços e outras busca- ram soluções para se manterem eco- nomicamente saudável na crise que se instalou. Um dos serviços, mais necessários, e que teve obrigatoriamente que pa- rar, é a educação, pois era a medida mais acertada no momento. Algumas instituições de ensino público, como a UFF, suspenderam o semestre por tempo indeterminado. Já existe expec- tativa que não haja a segunda chamada do SISU, pelo fato de que não houve nem a primeira de 2020, mesmo com o inominável ministro da educação afirmando que irá realizar o ENEM este ano conforme o planejado. Entretanto, o foco da coluna desta edição trata-se da aplicação da EAD (Educação à distância) como forma de “suprir” as aulas presenciais e man- ter o ano letivo em andamento. Aí me vem algumas questões: O sistema re- almente funciona? Os alunos são obri- gados a ter notebooks e internet veloz para assistir as aulas? Quem não pos- sui smartphone e internet veloz será reprovado? O conteúdo está sendo absorvido pelos alunos? Como serão aplicadas as avaliações? Os professo- res estão capacitados para dar aula através de lives? Não é preciso ser especialista para en- tender que a resposta para essas per- guntas é NÃO. Talvez a EAD funcione para adultos conscientes da necessi- dade da absorção daquele conteúdo e como aquilo irá impactar a sua vida; já para a maioria dos estudantes (crian- ças e adolescentes) a EAD não funcio- na, pelo simples fato que “eles não se importam com o conteúdo”; ligam as lives e fazem de tudo, menos prestar atenção no que é apresentado e se- quer fazem alguma anotação. Outro ponto que tem gerado revol- ta trata-se da questão econômica. As instituições de ensino mantem os mesmos preços nas mensalidades como se de fato a EAD substituísse a aula presencial. Na Estácio de Sá, um grupo de alunos entrou com um requerimento exigindo diminuição e já planejam trancar suas matriculas. O momento é crítico e pouco se sabe do futuro, ainda mais com um governo que bate cabeça sobre praticamente tudo e segue patinando sem destino em meio a “manifestações” pedindo AI5, ferindo decretos criados para impedir aglomeração e consequente- mente a contaminação nacional. M ais um dia isolado. Lavo a louça do café da manhã, enxugo pratos, guardo ta- lheres. Vejo filmetes no celular, notícias no Facebook, ora engraçadas ora poli- tiqueiras. Besteiras não eletrizantes. Instantes apreensivos percorridos no whatsapp. Invento quitutes lights, coloco a mesa do almoço, de novo lavo a louça. Louca rotina dessa prisão sem prisca. Fico na ampla sala com meu gato persa. Sem pressa, engato uma ses- ta. Na sexta passada passei olhos em novos poemas. Temas distintos. Tento me aprofundar aos textos. Releio-os. Corto, acrescento, sinto que há con- teúdo. Por miúdo corro os olhos em direção a janela cerrada. O mar se estende por toda a vidraça. A praça em frente, vazia. Alegria não há. A noite invade o vazio da conversa com nexo. Conexão lógica aos sonhos interrompidos. Nova manhã desperta e aperta esse tempo de confinamento. A barba, durante todo esse texto, já cresceu a olhos vistos. Lavo a louça, enxugo pratos, nos meus olhos o desalento confinado. Lavo a louça, enxugo pratos... M inha paixão pelo cinema vem de longa data. Descobri o encanta- mento da sétima arte sentado no muro de uma casa, lá nos primórdios de moradia tranqüila na Vila São Patrício, em Santa Rosa. Ouvia à distância a voz melo- diosa do apresentador Adolpho Cruz, ex- pert em imagens cinematográficas. E tudo naquela época, ainda em preto e branco, na telinha da tevê, para eu ter encontros inesquecíveis com John Wayne, Bette Da- vis, Kirk Douglas, Joan Crawford, Marilyn Monroe, Yul Brynner, Katharine e Audrey Hepburn, Tony Curtis, Susan Hayward e Glenn Ford; sem esquecer-se dos nossos astros: Oscarito, Grande Otelo, Eliane, Zé Trindade, Cyll Farney, Zezé Macedo, Jonh Herbert, José Lewgoy e Mazzaropi. Com esse meu interesse, passei a apresen- tar para os meus colegas da vila sessões de cinema em caixa de sapato com formato de tela, uma vela acesa por detrás da caixa e dois carretéis de linha que giravam lenta- mente, para apresentar o “filme em cartaz”, feito na colagem das tiras dos quadrinhos diários do jornal ‘O Globo’, trazido pelo No Escurinho do Cinema meu tio-avô todo final de tarde. No apagar das luzes da década de 1950 o poeta Sávio Soares de Sousa criou um cineclube com reuniões periódicas para o entretenimento dos cinéfilos do bairro do Fonseca, na antiga e pacata Niterói. Poesia pura para quem se encantou com os Irmãos Lumière, criadores do cinema em dezem- bro de 1895, lá no século 19! E o deslumbramento se alastrou mundo afora com os inúmeros estúdios cinema- tográficos: Metro Goldwyn Mayer, Para- mount, Disney, Bollyhood; aqui no Brasil, Atlântida, Cinédia e Vera Cruz realizavam, para a alegria do respeitável público, as fa- mosas chanchadas. Hoje mudou a cultura do cinema ou muda- ram seus admiradores por essa magia? Em Hollywood ou em outros estúdios cinema- tográficos os filmes são temáticos, trazem super-heróis abatendo monstros, vilões sendo supervalorizados, enquanto o foco principal é a explosão milionária das bilhe- terias com filas gigantescas para, na platéia, a nova geração poder saborear pipoca e refrigerante.
  • 5. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com 5 Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com Tão Semelhantes U m grupo de pouco mais que cem advogados de 19 Estados entrou na Justiça pedindo o Impeachment do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz. As alegações são de Abuso de Autoridade e Desvio de Fi- nalidade. Santa Cruz já vem sofrendo des- gaste por declarações de cunho pessoal, onde muitos advogados se ressentem por não partilharem da mesma opinião, prin- cipalmente com viés ideológico. Eles ale- gam que cada um pode ter a ideologia que quiser, embora não possa usar o cargo que ocupa para este fim, pois representa uma classe, e é impróprio impor suas predile- ções e intenções ideológicas. Santa Cruz já se declarou um “militante”, e é clara a sua posição de esquerda. Este grupo considera que a atuação do pre- sidente não representa a classe e que ele por razões ideológicas entra em conflitos usando a instituição como referência e um potencial escudo de proteção. O juiz Bruno Anderson da Silva, substituto da 3ª Vara Federal da SJDF, indeferiu a ação considerando que um grupo de advogados não representa a maioria absoluta da clas- se. Esta negativa do juiz, não significa que outras ações não virão futuramente. Um advogado amigo fez ainda uma pon- deração interessante, perguntando-me: o que diferencia Felipe Santa Cruz de Jair Bolsonaro? Respondi que naturalmente a posição ideológica. Estão diametralmente opostos. Mas, aceitei o raciocínio sobre as semelhanças. Ambos são autoritários, radi- cais, e não admitem contestação das suas atuações. Santa Cruz advoga em causa pró- pria usando a instituição para um projeto de vingança contra a direita, tentando resolver seus recalques pessoais, pela história polí- tica do seu pai, militante de grupos radicais armados, e acabou desaparecido, e certa- mente morto, na época da ditadura. Santa Cruz ficou ainda mais enfurecido quando Bolsonaro insinuou que seu pai teria sido morto pelos próprios companheiros do gru- po por ser um traidor. A reação de Santa Cruz se estendeu em ódio, espuma e des- gaste, usando qual- quer motivação para atacar Bolsonaro. Vi- rou briga pessoal. Os advogados alegam que esse ímpeto vin- gativo costuma fazê- -lo perder a noção de limites, e em suas investidas assume po- sições contrárias aos estatutos da institui- ção, o que se carac- teriza como desvio de finalidade. Bolsonaro por sua vez, desconhece fun- ções e prerrogativas de órgão de Estado, que não é a mesma coisa que órgão de Go- verno, a exemplo da Polícia Federal. Quem deve manter o presidente informado sobre o país é a ABIN, que é um órgão de infor- mação do Governo. Qualquer interferência da PF é ilegal, o que não cabe no raciocí- nio do presidente que considera que tudo pode e manda em tudo. O fato de indicar um dirigente da “sua confiança” para a PF já caracteriza desvio de finalidade, abuso de autoridade... Bolsonaro quer defender seus filhos. Santa Cruz quer defender a sua vingança. Daí, as semelhanças entre Santa Cruz e Bolsonaro se cristalizam. Somente a hipótese de se- melhanças vai irritar muito o Santa Cruz. A alegação defensiva da esquerda, não ad- mitindo comparações, é que se intitulam “democratas”, e se contorcem quando al- guém os acusa de sectários, reacionários, totalitários e antidemocráticos. Eles, num delírio comum, acham que somente os “re- acionários da direita espúria”, são capazes de atitudes tão baixas. A esquerda se acha charmosa, magnânima e eleita por Deuses do Olimpo como os melhores, mais inte- lectuais, sensíveis, românticos e donos da verdade e do saber; embora uma expressiva maioria apenas possua conhecimento raso da história, de assuntos gerais e nem su- portam e nem sustentam uma discussão in- teligente e culta. Encerram a conversa com frases feitas e reativas, desqualificando o opositor. Afinal, ser de esquerda é ser per- feito. Tão perfeito que não admitem outro pensamento e que não seja o seu. Conheço muitos fracassados profissionais que para justificar a sua incapacidade de sucesso e conquista de situação financeira mais con- fortável, se dizem de esquerda e “odeiam o capitalismo”. Refugiam suas frustrações e inveja na capa consoladora do ativista po- bre, como se justificasse o “fracasso pela causa”. Semelhanças, semelhanças... Que há de se fazer? Misturado no caldeirão das vertigens e desatinos são tão iguais. D iante da crise que se instalou e da necessidade de salvar a cidade de Niterói, poderemos ter surpresas nos dias a seguir. Passado o momento crítico do Covid 19, iremos novamente pensar nas eleições munici- pais. Ninguém estranhe opositores se unindo, ainda que até aqui parecesse algo impossível. A justificativa será o consenso, a conciliação para progres- so e manutenção do funcionamento da nossa estrutura político-social. Coisas do pós-guerra. Em Nome da Conciliação O presidente da CDL Luiz Vieira, aliado a outros comer- ciantes, entre eles Joaquim Pinto, do Grupo Casa das Fechaduras, têm feito ges- tões junto ao prefeito Ro- drigo Neves e a secretaria de Fazenda Giovana Victer mostrando a necessidade imediata de flexibilizações graduais no comercio. Eles concordam com todas as regras para proteção das pessoas, reconhecem as pessoas em maior situação de risco, mas percebem de perto o caos que já se implan- tou, principalmente nos pequenos comér- cios. Muita gente já quebrou, dado a fragi- lidade que já se encontravam. Dois meses sem venda significa o fim, além das dividas que ficarão. Se Ficar o Bicho Pega... Apesar das mortes, proporcionalmente, Ni- terói saiu-se muito bem até aqui nessa cri- se, do ponto de vista comparativo. A nossa rede de saúde tem funcionando a contento e as medidas de isolamento foram respeita- das na medida das suas necessidades. Por esta razão este grupo sugere que se permi- ta a abertura gradual das lojas, por tama- nhos. Iniciaria abrin- do as lojas até 40 metros quadrados, na semana seguinte até 70 metros, de- pois até 100 metros, e daí em diante qual- quer metragem. Esta operação levaria um mês. O argumento, que é pertinente, é que o estrago nas empresas tem gerado desemprego, que poderá ser maciço; e levará ao caos social, com possi- bilidades de saques, furtos e assaltos, com violência sem precedentes. Já foram registrados casos de suicídio de comerciantes. O que poderá vir é uma in- cógnita. Mas, será grave certamente. Giovana Victer, Luiz Vieira e Joaquim Pinto Bolsonaro e Felipe Santa Cruz
  • 6. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com 6 Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com Fernando de Farias Mello Ministros da Pandemia Fernando Mello, Advogado www.fariasmelloberanger.com.br e-mail: fmelloadv@gmail.com Tenho visto o Bolsonaro esco- lher um pessoal técnico para cargos de ministros. Claro que ele tem a preferência por militares, mas determinados ministérios preci- sam quase que necessariamente de um civil, como o Ministério da Saú- de, por exemplo. O ex-ministro Mandetta era um médi- co, formado na extinta Universidade Gama Filho. Também ex-deputado. Ser um ministro da saúde em nosso Brasil já é algo bastante difícil. Ainda mais nessa política totalmente conta- minada por corrupção e, no setor da saúde, a luta para evitar os famosos roubos é diária. Basta ter um pouquinho de memória para lembrar que sempre assistimos às cenas de doentes empilhados nos corredores e de tão acostumados que estávamos em ver essa chacina, quase não demos conta de que, o que sempre faltou foi vontade políti- ca aliada à honestidade. Pois é, com doentes no chão dos corredores, faltando médicos, su- primentos e remédios e filas inter- mináveis para fazer perícia no INSS, o que sempre acontecia há décadas, o governo Lula veio com a solução: construiu 12 estádios de futebol para Copa do Mundo de 2014. Tudo isso com apoio popular e da grande imprensa. Mas a pandemia veio para “desmas- carar” esses políticos “desculpinhas” que a tudo apontam outro problema que não é ele mesmo, claro. Esse tipo de político descul- pinha também reside dentro do até então ótimo ministro Mandetta. Todo mundo percebeu, tempos depois, que ele es- tava também se aproveitan- do do holofote da tragédia. Dono de uma oratória sim- ples e sem “medicinismos”, Mandetta demonstrou que a equipe que escolheu era ótima. Mas, com o pipocar dos flashes a cegar seus no- bres sentimentos, começou a tentar levar adiante a es- tratégia final do DEM, que finalmente encontrou um fu- turo candidato à presidência da República. Claro que Bolsonaro não é burro. Pode ser bronco porque a verdade dói, mas burro, jamais. Ele é “super bem” informado e sabia dos planos de Caiado e turmi- nha. Mandetta dançou. Afinal, alimentar uma cobra que no futuro poderá detoná-lo nas eleições seria coisa de burro, não é? O ex-ministro Mandetta saiu do cargo a que fora demitido sorridente como um estadista e, contrariando os en- sinamentos do próprio Ministério da Saúde, foi se despedir dos colegas de trabalho, sem máscara e com beijos e abraços; quebrando o protocolo dos cuidados contra o coronavírus, mas absolutamente dentro do protocolo do futuro candidato à presidência da República. Por isso, considero que um ministro da Saúde jamais poderá ser um po- lítico. Precisa ser um técnico, super envolvido em administração pública eficiente, humano e etc. Só não pode ser político como o ex-deputado e mi- nistro Mandetta. Um ministro da Saúde não precisa fi- car dando entrevista coletiva todos os dias, como uma estrela solitária. Pre- cisa mesmo é trabalhar para vencer essa guerra contra a pandemia. O atual me pareceu ser um médico e empresário que não tem nenhum ma- nejo com a mídia; mas pareceu-me ex- tremamente técnico. Não me pareceu ter traços de aventureiro político ou irresponsável. Com mestrado no ex- terior, bem quisto no meio médico e tido como competente perante seus clientes. Tenho um amigo que é íntimo do atual ministro, Nelson Teich, que me disse: é competente, honesto e trabalhador. Vamos aguardar torcendo para dar certo.
  • 7. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com 7 Conexões erialencar.arte@gmail.com E! Games dizjornal@hotmail.com A o participar de uma grande aven- tura, todo protagonista de respei- to precisa de um melhor amigo. E em alguns casos esses personagens podem ser representados por figuras não humanas, ou seja, muitos heróis e hero- ínas precisam contar com a fiel amizade de um Pet. Na coluna desta edição listarei os 10 pets mais marcantes da história dos games. 10 - Rush (Mega Man) Rush é preparado para auxiliar o Mega Man de diversas maneiras, seja para che- gar mais alto ou voando em cima dele como uma prancha motorizada. 9 - Chop (GTA V) Logo no início de GTA V somos apre- sentados a Chop. Um cachorro que ataca Deus e o mundo, mas, pelo menos, é ex- tremamente leal. 8 - Hewie (ResidentEvil 4) Em ResidentEvil 4, caso libertado de uma armadilha, você terá a ajuda do fiel Hewie. 7 - Trico (The Last Guardian) Trico com certeza a figura entre os pets mais amáveis da lista. Algumas cenas do jogo são emocionantes e amizade entre o protagonista e essa fera é um ponto alto da narrativa. 6 - D-Dog (Metal Gear Solid V) Melhores Amigos D- Dog, o cão marrento de tapa olho é companheiro fiel do Boss em Metal Gear Solid V: The PhantonPain. 5 - Cachorro do Duck Hunt Essa é para os saudosistas. Quem se amarrou com Duck Hunt não se esque- ce desse pet. Embora leal, ele também é bem irritante quando ri dos nossos erros de pontaria. 4 - Carpeado (The Witcher) Em The Witcher, Gerald sempre contou com a amizade do bravo Cavalo Carpe- ado. 3 - Epona (The Legendof Zelda) Link jamais teria conseguido seus feitos sem a sua companheira fiel a égua Epona. 2 - Yoshi (Super Mario) Yoshi é o mais conhecido da nossa lista e provavelmente o mais importante. O di- nossaurinho companheiro do Mario co- meçou como um pet, mas era tão caris- mático que foi transformado em um dos personagens mais icônicos da Nintendo. 1 - Pikachu Bom, eu estava errado quanto ao Yoshi, obviamente o Pikachu é o mais famoso e importante. Ele é a cara da franquia mais rentável do mundo. Ao lado desse roe- dor amarelo, pessoas de várias gerações viveram aventuras, seja pela TV, Cinema, quadrinhos ou videogames. Subsídio Para Contas de Água e Energia Fica difícil para nós brasileiros assistir essas disputas políticas entre dois lados extremos. O Brasil num drama econômico e no meio de uma pandemia, e esses ditos homens públicos buscando apenas seus interesses. Vejo com muita apreensão os últimos fatos. Com pande- mia ou não, as nossas contas continuam a ser cobradas, e não param de vencer. Tenho uma sugestão aos governos da União e Estados: as contas de luz e água deveriam vir com vinte por cento de desconto (contribuição das empresas para atual crise), os Go- vernos pagariam 40% das contas e nós consumidores pagaríamos os 40% restantes. Isso é o mínimo, considerando que com o confinamento, e mais gente e tempo dentro de casa, o consumo aumenta muito. É irrecusável e é mais tempo de uso, queiramos ou não. As minhas contas, por exemplo, tiveram um aumento médio de 93%. Ficamos em casa consumindo energia e água que estaríamos poupando indo para nossos locais de trabalho. Queremos continuar contribuindo para a segurança de todos e nos livrarmos definitiva- mente desse pesadelo, e os Governos, não são entidades distantes e apartadas de nós, e devem contribuir efetivamente. Os Governos personificam a população. E tudo que eles arrecadam é para ser usado no bem comum. Por tanto, não estamos pedindo nada mais do que parte daquilo que nos pertence. Fica aqui minha sugestão para que algum deputa- do encaminhe a proposta mais que justa. Escrotizando o Brasil Assisti constrangido as declara- ções do presidente Bolsonaro, após a despedida e fala do mi- nistro da Justiça Sergio Moro. Além das desmedidas expres- sões usadas, como gírias e pa- lavras popularescas, ele insiste no uso de linguagem de baixo botequim. Uma me marcou mais e talvez defina o perfil educacio- nal e emocional deste político. A criação do verbo “escrotizar”; foi demais! A cena, mais parecia um sorteio público de loteria, onde os ministros presentes, expostos e constrangidos, assemelhavam-se a prêmios a serem oferecidos no sorteio. As caras e gestos de cada um devem ser observados, pois a linguagem corporal diz muito. Alguém observou as expressões faciais dos presentes? Quem não observou deve rever o vídeo. Ele diz muita coisa. Foi nítida a perda de rumo quando o presidente disse que Moro teria condicionado a saída do auxiliar em troca de uma vaga no STF. Essa baixou o nível além do inimaginável, Uma atitude tão baixa e vil não condiz com o perfil do Sergio Moro. Bolsonaro acuado é muito perigoso. Ele, equivocadamente, lançou esta lama irresponsável, na tentativa de equilibrar o jogo. Mas foi um desastre. Ainda que seja, palavra contra palavra, ninguém acredita em tal disparate. Só mesmo os seguidores fanáticos pelo capitão-comandante, ainda o defendem. Ele está indo ladeira a baixo, lamentavelmente. Tudo que não precisávamos neste momento, e no meio de uma crise econômica provocada por uma pandemia (que já tirou a vida de tanta gente), era uma extrema crise política, com desfecho imprevisível. Ele realmente “escrotiza” a Nação!
  • 8. Niterói 29/04 a 15/05/20 www.dizjornal.com Renda Fina 8 Edição na internet para Hum milhão e 800 mil leitores Membros da Academia Niteroiense de Letras Acadêmicos da Academia Niteroiense de Letras Aniversariantes da Edição Helena Falcão Luiz Vieira Claudia Chiarello Mauricio Gualda Clara Petrucci da Fonseca Antonio Soares Alessandra Peres Sergio Chiavazzoli Leila Baião Paulo Pessoa Telma Flora Davidson Lannes