O documento discute dois níveis de consciência humana: adormecido e desperto. O nível adormecido é caracterizado por deixar-se levar pelos prazeres momentâneos e egoístas, enquanto o nível desperto busca valores mais profundos e realizações conscientes que beneficiem a si mesmo e aos outros. Para determinar em qual nível estamos, devemos nos autoconhecer através da reflexão diária e do exame de consciência.
2. O homem, no contextoatual,
encontra -se em dois níveis de
consciência: o adormecidoe o
desperto.
3. I) O adormecido
1- Deixa-se conduzir, esquecendo-se das suas
qualidades superiores que propiciam
realmente a felicidade.
2- Detêm o processo de busca
interior e transfere as metas
prioritárias para as conquistas vazias
que enaltecem o bem estar egoístico e
fugaz.
3- Quando convidado às reflexões
profundas, não consegue deter-se em
uma demorada análise de si mesmo,
porque, logo os pensamentos se
expandem em várias direções,
afastando-se do objetivo essencial
propiciador do auto encontro.
4- Ainda está no patamar do
indivíduo fisiológico.
4. 5- Tem preferência pela fuga da
realidade, consumindo o seu tempo e
saúde na ação secundária, por
desconsideração ou por ignorância
daquilo que é essencial.
6- Está atormentado pelo desejo de
novos prazeres no campo das
sensações, nas quais se afogam até a
exaustão, para retornarem à posição
anterior de ansiedade e insatisfação.
7- Acostumado às idéias do
imediato, qualquer projeto constitui
lhe sacrifício vão, e não se dispõe a
levar adiante a proposta inicial de
projeto demorado.
5. II) O desperto
1- Descobre valores expressivos que
estão desperdiçados.
2- Propõe significados novos para a
vida que antes não era perceptível.
3- Retira o véu da ilusão e facilita a
percepção da realidade não fugidia.
4- Encontra-se partícipe da vida,
entusiasmado, realizando com
integral lucidez.
5- Tudo quanto faz, realiza-o de forma
consciente e concentrado.
6. 6- Supera os automatismos para localizar-se nas
realizações da inteligência e do sentimento
enobrecido.
7- Cada momento atual é magno na
sua vida.
8- Tudo quanto se propõe a realizar, em vez
de tornar-se desafio, se torna estímulo ao
prosseguimento tranquilo da iluminação
interior.
9- Usa a inteligência e aplica o sentimento
em perfeita interação , avançando
sempre, sem recuos e nem amarguras.
7. 10- As ocorrências das vicissitudes da vida social, dos prejuízos
políticos, das alterações do equilíbrio do corpo, não desanimam
e nem o infelicitam , mas sim, se afervora na busca da
harmonia, conquistando novas áreas que antes permaneciam
desconhecidas
11- Age sempre lúcido, e a cada compromisso que
assume, se desincumbe em paz, sem a preocupação de
elogio ou vitória exterior.
8. Para podermos perceber em que nível de
consciência, estamos inseridos, devemos:
1- Auto identificar-se, no tocante às contradições
entre o que aspira com o que realiza.
2- Auto encontrar-se, conhecendo-se a si mesmo. Isto requer
amadurecimento psicológico que o faz compreender que nem
tudo quanto pode fazer, deve-o; da mesma forma que nem tudo
quanto deve, pode; conseguindo a sabedoria de fazer somente o
que deve e pode.
3- Saber-se tem o equilíbrio psicofísico , e se
consegue proceder na vida, de maneira a
criar para si e ao outro, um ambiente
espiritual de moralidade, amor e respeito
ao próximo.
9. Como estimular o homem desperto:
1- Assinalar em si, o aprofundamento da visão da vida,
para a esfera do auto-amor que enaltece a bondade, a
compaixão, a ação benéfica em favor do próximo,
buscando-a na dimensão espiritual.
2- Saber-se que é necessário querer para ser,
esforçar-se para triunfar e viver para jamais morrer.
3- Pela meditação, sem nenhuma vinculação filosófica
específica, e é sugerida como forma de criar o saudável hábito
de tornar-se o observador de si mesmo e das suas
manifestações.
4- Pelo autoconhecimento. Vejamos aqui o capítulo
XII-ítem V- Conhecimento de si mesmo.
10. 919-a) Compreendemos
toda a sabedoria dessa
máxima, mas a dificuldade
está precisamente em se
conhecer a si próprio. Qual o
meio de chegar a isso?
11. R: “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: no fim de cada dia interrogava a
minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim
mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido
motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que
em mim, necessitava da reforma. Aquele que todas as noites lembrasse todas as
ações do dia e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu
anjo guardião que o esclarecessem , adquiriria uma grande força para se
aperfeiçoar, porque, acreditai-me, Deus o assistirá. Formulai, portanto, as vossas
perguntas, indagai o que fizestes e com que fito agistes em determinada
circunstância, se fizestes alguma coisa que a censuraríeis nos outros, se praticastes
uma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda isto: Se aprouvesse a Deus
chamar-me neste momento, ao entrar no mundo dos Espíritos, onde nada é oculto,
teria, eu de temer o olhar de alguém? Examinai o que pudésseis ter feito contra
Deus, depois contra o próximo, e por fim contra vós mesmos. As respostas serão
motivo de repouso para vossa consciência ou indicarão um mal que deve ser
curado...”