3. ORIGEM LENDÁRIA (ROMA)
• Uma lenda é uma criação popular. Às vezes, origina-se de fatos históricos que são contados
misturados a situações imaginárias e até impossíveis.
• A lenda que explica a origem de Roma conta que, na planície do Lácio, havia a cidade de Alba
Longa, que teria sido fundada por descendentes do troiano Enéas. O rei de Alba Longa,
Numitor, tinha um irmão chamado Amúlio e uma filha, Réia Sílva.
• Amúlio, desejando o poder, mandou prender o irmão e se apoderou do trono. Para garantir que
não correria riscos em seu reinado, Amúlio obrigou a sobrinha Réia Sílvia a se tornar vestal.
As vestais eram sacerdotisas que cuidavam do templo da deusa Vesta e deviam permanecer
virgens. Dessa forma, Réia Sílva não teria filhos, e, portanto, não haveria herdeiros para o
trono.
•
4. CONT. DA LENDA
• Réia Sílva, porém, teve dois filhos gêmeos, Rômulo e Remo. Segundo a lenda, seriam filhos dela com o deus
Marte. Para evitar que as crianças fossem mortas por ordem do rei – que poderia vê-las como uma ameaça -,
Réia Sílva colocou-as em uma cesta, que foi lançada no rio Tibre. A cesta navegou um pouco e depois
encalhou nas margens do rio. Os bebês foram encontrados por uma loba, que os amamentou.
• Após algum tempo, foram encontrados pelo pastor Fáustulo, que os criou.
• Quando adultos, os gêmeos ficaram sabendo de sua origem e decidiram voltar para Alba Longa. Lá, tiraram
Amúlio do poder e recolocaram seu avô, Numitor, no trono.
• Em seguida, foram viver nos aredores de Alba Longa, onde fundaram Roma, em 753 a.C. Logo após a
criação da nova cidade, os dois irmãos se desentenderam. Rômulo matou Remo e tornou-se o primeiro rei de
Roma.
6. LOCALIZAÇÃO: O LÁCIO
Localizada no centro da Península Itálica, na região do Lácio e próximo ao rio
Tibre, a cidade de Roma nasceu sob a batuta do seu primeiro rei, Rômulo.
O Lácio, considerado o berço da Civilização Romana, era uma pequena e bem
protegida planície que juntamente com o rio Tibre, com os seus 400 km de
extensão, favorecia o fluxo de mercadorias e transporte via fluvial. Assim, a região
proporcionava o surgimento e desenvolvimento de sociedades ali.
O rio Tibre desemboca no mar Tirreno que por sua vez se expandia para o mar
Mediterrâneo, o que sempre representou uma gigantesca possibilidade de vultuosas rotas
de comércio (e riqueza) com povos da África, como os egípcios antigos, e da Ásia,
como cananeus (fenícios) e persas.
8. O RAPTO DAS SABINAS
PARTE I
Logo após a fundação de Roma, ficou evidente o baixo número de mulheres na
cidade recém-fundada, o que era o vital para crescimento da cidade (formação e
crescimento familiar). Com isso, o rei Rômulo teria aprovado um plano ousado:
roubar boa parte das mulheres sabinas (os sabinos formavam um povo próximo
dos romanos).
O rei Rômulo havia proposto um casamento coletivo entre os homens romanos
e as mulheres sabinas em idade de casamento, mas os sabinos recusaram. Os
sabinos teriam receado o crescimento de uma nova cidade no Lácio e a
eventual ameaça da própria sociedade sabina.
9. O RAPTO DAS SABINAS
PARTE II
O rei romano, Rômulo, para resolver a necessidade, aprovou um plano ousado: inventou um festival
em homenagem ao poderoso deus dos mares, Netuno (o equivalente a Poseidon na mitologia
romana e que estava sendo criada). Rômulo mandou chamar todos os vizinhos e muitos
compareceram, inclusive grande parte dos sabinos.
Durante as homenagens ao deus Netuno, os romanos partiram para o sequestro das mulheres
sabinas enquanto outros romanos lutavam com os homens sabinos no festival.
11. A GUERRA E A INTERVENÇÃO DAS
MULHERES SABINAS PARTE I
Várias tribos declararam guerra contra Roma, como os crustumerinos e
ceninenses, mas Roma derrotou todas. Contra os sabinos, contudo, a guerra
quase teria causado a destruição de Roma.
A guerra, na verdade, teria sido decidida pelas próprias mulheres sabinas que não
desejavam ver seus irmãos, pais e tios lutando contra os seus agora maridos,
genros, sogros e amigos.
Diz-se que as sabinas simplesmente se jogaram em protesto no meio do combate
decisivo entre romanos e sabinos para encerrar a guerra.
12. A GUERRA E A INTERVENÇÃO DAS
MULHERES SABINAS PARTE II
As mulheres teriam criado fortes laços com os romanos, onde se diz que foram muito
bem tratadas e tiveram mais liberdade que entre os próprios sabinos.
Diz-se, inclusive, que o próprio rei romano teria visitado uma por uma para conhecer
sua história de vida e dado a liberdade para que cada uma com quem se casar e seu
modo de vida. Eram mulheres livres, não escravas.
Com a guerra terminada, a paz teria sido selada com a união dos povos das duas
cidades que se tornaram apenas uma. Apesar do ressentimento, inimigos comuns e as
crianças geradas pelos inúmeros casamentos mudaram (para melhor) a convivência.
14. A MONARQUIA (753 A.C. - 509 A.C.)
PARTE I
• A data da fundação de Roma no ano 753 a.C. é a mais aceita, qualquer que fosse nessa
época sua denominação e estivesse organizada em forma de cidade ou fosse um conjunto
de aldeias.
•
Que a primeira forma de organização política foi de tipo monárquico é algo que
confirmam as ruínas arqueológicas e a tradição. Nas escavações feitas em Régia (casa
onde vivia o rei) do Fórum Romano, apareceu um copo de bucchero de meados do século
VII a.C., com a inscrição Rex (rei). Além disso aparece a palavra regei inscrita no Lápis
Níger, pedra memorial do Fórum, que contém uma lei sagrada.
•
15. A MONARQUIA (753 A.C. - 509 A.C.)
PARTE II
Durante esse período de política centralizada, o rei governava com grande
poder e acumulava diversas funções, como a tradicional função executiva, e
se destacava no papel militar e religioso.
Um fato interessante acerca da escolha do rei do Reino de Roma era o fato
de ser eletivo e não um título hereditário, como comumente vemos. O
Senado aprovava a indicação de quem seria o rei pelo tempo em que vivesse
(via de regra). Isto é, o cargo de rei era eletivo, vitalício e não hereditário.
Apesar da pompa, a monarquia romana parecia se encontrar longe de ser
propriamente uma monarquia devido a outros elementos que dividiam o
poder.
16. A MONARQUIA (753 A.C. - 509 A.C.)
PARTE III
O reino de Roma já contava o Senado, embora este fosse algo mais próximo de
grupo de cidadãos mais velhos (os anciãos) que apenas aconselhava o rei do que
um órgão com poderes de fiscalização e deliberação de leis, como seria de fato
posteriormente.
O destaque na política romana nessa época ficava por conta da
chamada Assembleia das Centúrias (ou Comício das Cúrias), que era dividida
em duas grandes partes: a primeira era composta por grandes proprietários de
terras que continham 98 centúrias. Isto é, 98 grupos onde cada grupo era formado
por 100 pessoas; a segunda divisão era formada por 95 centúrias destinadas
aos plebeus.
Obviamente, os plebeus se encontravam em desvantagem nesse desigual sistema
político, pois quando as votações eram realizadas já se encontravam em
desvantagem numérica.
18. SOCIEDADE ROMANA
PARTE I
• Assim como os gregos, os romanos também valorizavam enormemente a propriedade
privada. Ou seja, os detentores de terras produtivas possuíam o poder, basicamente.
• Além disso, o status romano costumava ir além do quanto de dinheiro uma pessoa
poderia ter. Plebeus poderiam ter verdadeiras fortunas, mas ainda sim seriam
desrespeitados ao passo em que os patrícios, mesmo se beirando a ruína financeira
quando comparados aos seus pares ricos, costumavam gozar de respeito por terem
terras.
• Outra característica da sociedade romana, que provavelmente era a sua grande marca
recai sobre o seu caráter escravista, não por ter um grande número de escravos, mas
porque a principal divisão da sociedade monárquica romana recaía justamente sobre
quem era e quem não era livr
19. SOCIEDADE ROMANA
PARTE II
• Dessa forma, em Roma existia o modo de produção escravista no qual, em
vez de serem mortos, os povos dominados nas guerras eram escravizados.
• Pode parecer crueldade, mas à época representou um avanço na sociedade e
a escravidão como a conhecemos atualmente se distingue bastante da
escravidão na Idade Antiga. Roma, nessa época, possuía um número bem
reduzido de escravos.
21. PATRÍCIOS
• Os patrícios eram os descendentes dos fundadores
de Roma, sendo os grandes proprietários de
terras. Possuíam amplo respeito, escravos,
privilégios e direitos civis que nenhuma outra
classe em Roma possuía.
• Representavam a minoria da sociedade de Roma
e estavam diretamente atrelados ao poder, sendo,
inclusive, os mandachuvas durante toda a
história de Roma.
22. CLIENTES
• Prestadores de serviços dos patrícios, os clientes se encontravam
“presos” à classe dos patrícios para a realização de tarefas, como
a militar. Embora livres, eram geralmente pobres e dependentes
da classe a qual serviam.
• Porém, clientes que adquirissem alguma fortuna poderiam ter
seus próprios clientes e assim sucessivamente.
• Esse “clientelismo romano” era importante para os patrícios
porque supostamente mostrava a importância dos mesmos
diante da sociedade romana. Na prática, esse clientelismo em
muito se assemelhava ao coronelismo tão conhecido dos
brasileiros, principalmente dos queridos nordestinos.
23. PLEBEUS
• Livres e sem terra, poderiam até gerar fortunas, mas sempre sem
respeito diante da sociedade. Os plebeus eram artesãos, comerciantes,
prestadores de serviços, etc., possuíam poucos direitos políticos, podiam
ter escravos e formavam a classe social mais volumosa na monarquia
romana.
• Como na sociedade romana o status vinha antes do dinheiro para a
obtenção de respeito, os plebeus costumavam ser menosprezados pelos
patrícios, principalmente os comerciantes* que durante muito tempo
eram considerados indignos, ainda que importantíssimos.
• *sobre o ofício de comerciante, este costumava ser mal visto em
praticamente toda a Antiguidade, só vindo a ganhar status elevado no
fim da Idade Média com a ascensão da burguesia. A ideia de “vender
coisas em troca de dinheiro” costumava dar uma fama bem pejorativa ao
comerciante.
24. ESCRAVOS
• Os grandes miseráveis da sociedade romana. Sem direito algum,
eram geralmente escravos capturados nas guerras e viviam por
subsistência, sendo uma espécie de propriedade.
• Durante o reino de Roma a população escrava era bem reduzida.
• Um instituto que gerou grandes tumultos era a escravidão por
dívidas, que acabaria sendo abolida na República Romana, sendo
uma das principais conquistas dos plebeus.
• Durante o reino de Roma a população escrava era bem reduzida.
Basicamente a monarquia romana ainda estava se firmando na
Península Itálica, para posteriormente abraçar de vez a expansão
territorial e assim agrilhoar um número cada vez maior de escravos,
que formariam a base de trabalho romana.
•
25. LIBERTOS
• Ex-escravos que de alguma forma
adquiriram a liberdade, podendo ser
a partir da mera libertação pelos
seus donos (patrícios ou plebeus) ou
pela compra da própria liberdade.
27. QUEDA DA MONARQUIA ROMANA
• A Queda da monarquia romana foi uma revolução política na Roma Antiga ocorrida por volta de 509 a.C.
que resultou na expulsão do último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, e na fundação da República
Romana.
• As histórias da época contam que, enquanto o rei estava fora da cidade em uma campanha, seu filho, Sexto
Tarquínio, estuprou uma nobre romana, Lucrécia. Mais tarde, ela própria revelou o crime a vários outros
nobres romanos e se matou em seguida.
• Os nobres, liderados por Lúcio Júnio Bruto, obtiveram o apoio da aristocracia e do povo romano para
expulsar o rei e sua família e fundar uma República Romana. O exército romano apoiou Bruto e o rei foi
exilado. Apesar de inúmeras tentativas de Soberbo de reinstalar a monarquia, a República foi estabelecida e
os dois primeiros cônsules foram eleitos para governar a cidade.
•
29. A VIOLÊNCIA SOFRIDA POR LUCRÉCIA
• Por volta de 510 a.C., Tarquínio deixou a cidade para liderar uma campanha militar contra os rútulos. Segundo Lívio, este povo era, na época, uma
nação muito rica e Tarquínio estava ansioso para obter para si os espólios que resultariam da vitória sobre eles, em parte para tentar mitigar a fúria de
seus súditos. Ele tentou, sem sucesso, tomar a capital rutulana, Ardea de assalto e iniciou em seguida um grande cerco à cidade.
• Sexto Tarquínio, o filho do rei, foi enviado numa missão militar até Collatia, onde foi recebido com grandes honras na mansão do governador, Lúcio
Tarquínio Colatino, filho do sobrinho do rei, Arruns Tarquínio (Egério), antigo governos de Collatia e primeiro dos Tarquínios Colatinos. A esposa de
Lúcio, Lucrécia, filha de Espúrio Lucrécio, prefeito de Roma e "um homem distinto",fez o que pôde para que o filho do rei fosse tratado como exigia seu
poder e status, mesmo estando seu marido fora, participando do cerco.
•
Numa variação da história, Sexto e Lúcio, numa festa regada a vinho durante uma licença, estavam debatendo as virtudes das esposas quando Lúcio se
voluntariou para encerrar o debate propondo que todos eles cavalgassem até sua casa para ver o que Lucrécia estava fazendo. Ela estava tecendo com
suas damas-de-companhia. O grupo a premiou com a palma da vitória e Lúcio os convidou para ficar, mas todos resolveram voltar para o
acampamento.
• À noite, Sexto entrou no quarto dela sorrateiramente, passando em silêncio pelos escravos que dormiam à sua porta. Ela acordou, ele se identificou e
ofereceu a ela duas opções: ela podia se submeter aos seus avanços sexuais e tornar-se sua esposa e futura rainha ou ele mataria ela e um de seus
escravos e colocaria os dois corpos juntos, alegando depois ter pego os dois num ato sexual adúltero. Na história alternativa, Sexto retornou do
acampamento alguns dias depois com um companheiro para aceitar o convite de Colatino para uma visita e foi hospedado num quarto de hóspedes. Ele
entrou no quarto de Lucrécia, que estava deitada nua, e começou a lavar seu abdômen com água, o que a acordou.
•
31. REVOLTA PARTE I
• No dia seguinte, Lucrécia se vestiu de preto e foi até a casa de seu pai, em
Roma, e se atirou aos seus pés em posição de súplica (abraçando seus joelhos),
chorando. Quando ele pediu explicações, ela insistiu que fossem primeiro
convocadas testemunhas e depois contou sobre o estupro e pediu vingança, um
pedido que não podia ser ignorado, pois ela estava falando com o mais
alto magistrado romano. Enquanto os homens debatiam o que fazer, ela puxou
uma adaga e perfurou seu próprio coração, morrendo nos braços de seu
pai. "Esta cena terrível causou tamanho horror e compaixão entre os presentes
que eles gritaram em uma só voz que preferiam morrer mil mortes em defesa
de sua liberdade do que suportar esses insultos cometidos por tiranos".
32. REVOLTA PARTE II
• Bruto convocou a Assembleia das cúrias (comitia curiata), uma organização das famílias
patrícias utilizada principalmente para ratificar os decretos do rei, e começou a admoestá-los
em um dos mais lembrados e efetivos discursos da Roma Antiga. Ele começou revelando que
se fingia de idiota para se proteger de um rei maligno e fez uma série de acusações contra ele
e sua família: o insulto contra Lucrécia, que todos podiam ver no estrado, a tirania do rei, os
trabalhos forçados da plebe nos fossos e esgotos de Roma. Ele notou que Soberbo chegou ao
trono assassinando Sérvio Túlio, seu sogro, o penúltimo rei de Roma. Ele "invocou
solenemente aos deuses como vingadores dos pais assassinados". A esposa do rei, Túlia Menor,
esta em Roma na época e provavelmente testemunhou o acontecia a partir de seu palácio
perto do Fórum. Temendo tornar-se alvo desta animosidade, fugiu temendo pela vida e foi ter
com o marido no acampamento em Ardea.
•
33. REVOLTA PARTE III
• Bruto então iniciou um debate sobre a forma de governo que Roma deveria ter; muitos foram ouvidos (todos
patrícios). No final, Bruto propôs o banimento dos Tarquínios de todos os territórios romanos e a nomeação
de um inter-rei para nomear novos magistrados e conduzir uma eleição de ratificação. A assembleia decidiu
por uma forma republicana de governo, com dois cônsules no lugar do rei executando a vontade de um
Senado patrício. Esta era uma medida temporária, que serviria para dar tempo para que os detalhes fossem
pensados de forma mais cuidadosa. Bruto renunciou a qualquer direito que tinha ao trono. Nos anos
seguintes, os poderes reais foram divididos em diversas magistraturas menores eleitas. Uma votação final
das cúrias aprovou a constituição interina. Espúrio Lucrécio foi rapidamente eleito inter-rei (já que ele era
o prefeito de Roma), que, por sua vez, propôs Bruto e Colatino como os dois primeiros cônsules, uma escolha
ratificada pelas cúrias. Mas eles precisavam obter ainda a aprovação da população como um todo e, por isso,
desfilaram com o corpo de Lucrécia pelas ruas da cidade, convocando os plebeus para uma assembleia no
Fórum. Uma vez lá, Bruto falou novamente[]:
•
34. REVOLTA PARTE IV
• Uma eleição geral foi realizada e o resultado foi a
República. A monarquia foi terminada enquanto o corpo
de Lucrécia ainda estava exposto no Fórum.
• Bruto, deixando Lucrécio no comando da cidade, seguiu
com homens armados até o exército romano que estava
acampado em Ardea. O rei, que estava com o exército,
soube dos acontecimentos em Roma e já havia deixado o
local para ir à cidade antes da chegada de Bruto. O
exército o recebeu como um herói e os filhos de Tarquínio
foram expulsos. Tarquínio Soberbo, por sua vez, não
conseguiu entrar em Roma e fugiu com sua família para
o exílio.
Lúcio Júnio Bruto, o
líder da revolta contra
Tarquínio Soberbo
35. TENTATIVAS DE REINSTALAR A MONARQUIA
• Depois de seu exílio, Tarquínio realizou uma série de tentativas de recuperar o trono. A princípio, ele enviou embaixadores ao
Senado para solicitar a devolução dos bens pessoais de sua família, tomados durante a revolução. Em segredo, enquanto o
Senado debatia o pedido, os embaixadores se encontraram com — e subverteram — com alguns dos mais proeminentes
romanos da época, a chamada "Conspiração Tarquiniana". Os conspiradores incluíam dois dos genros de Bruto e seus dois
filhos, Tito e Tibério. A conspiração foi descoberta e todos os participantes foram executados.
• Tarquínio tentou depois recuperar Roma pela força. Ele primeiro conseguiu o apoio das cidades de Veios e Tarquinia,
relembrando a primeira das frequentes derrotas e perdas territoriais para o estado romano e a segunda de seus laços
familiares. Os exércitos das duas cidades marcharam então contra Roma na Batalha de Silva Arsia. O rei comandou a
infantaria etrusca e, embora o resultado tenha parecido inicialmente incerto, os romanos se saíram vitoriosos. Tanto Bruto (o
cônsul) quanto Arruns Tarquínio (filho do rei) foram mortos na batalha.
• Outra tentativa de Tarquínio contou com o apoio militar de Lars Porsena, o rei de Clúsio. A guerra que seu seguiu levou a
um cerco de Roma e a um tratado de paz. Porém, Tarquínio não conseguiu recuperar o trono.[16][17]
• Tarquínio e sua família deixaram Clúsio e buscaram refúgio em Túsculo com seu genro Otávio Mamílio. Por volta de 496 a.C.,
Tarquínio e seu filho Tito Tarquínio lutaram ao lado de Mamílio e da Liga Latina contra Roma, mas perderam na Batalha do
Lago Régilo, na qual Mamílio foi morto.
• Finalmente, Tarquínio fugiu para se refugiar com o tirano de Cumas, Aristodemo, e morreu lá em 495 a.C., dando fim à causa
monarquista
•