Convenção coletiva fabricantes de instrumentos musicais 2016/2017
Novidades de áudio, iluminação, instrumentos e mercado
1. INFORMAÇÃO DE NEGÓCIOS PARA O MERCADO DE ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS
WWW.MUSICAEMERCADO.ORG | MAIO E JUNHO DE 2017 | Nº 90 | ANO 15
Audio 5 e IK Multimedia no mercado brasileiro PÁG. 30DISTRIBUIÇÃO
RENOVAÇÃODASGMDIRETODADINAMARCA|MAIOEJUNHODE2017|Nº90MÚSICA&MERCADO
Assine e receba antes!
Nova marca para C. Ibañez
A empresa ingressa no mercado
de áudio com o lançamento da Boxx. PÁG. 28
Pearl no Brasil
Conheça a planificação da Pearl e sua equipe
para reconquistar o mercado local. PÁG. 42
Renovação
da SGM direto
da Dinamarca
A SGM nasceu em 1975 e muita coisa fez parte de sua história, desde
o sucesso do moving Giotto — produto que ganhou reconhecimento
mundial —, passando pela aquisição pelo Grupo RCF até as mudanças
nos últimos anos. O que aconteceu mais recentemente? A empresa
passou às mãos de Peter Johansen, fundador da reconhecida Martin
Professional e com enorme experiência na indústria de iluminação.
Nesta entrevista, o CEO conta mais sobre a atual SGM Light A/S. PÁG. 46
O aniversário da Solid Sound
Quase três décadas no setor de cases.
Veja suas mais recentes propostas. PÁG. 26
Quick Easy com EV
Saiba quais são as demandas
dos usuários no País. PÁG. 34
E AINDA Audio-Technica, Celestion, Chauvet, ETC, Grupo PROAVBR e tudo sobre os eventos regionais!
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COLUNAS
62 Sedução(ParteII):
Significadodapalavra‘não’
por Joey Gross Brown
64 Crienecessidade
demúsica
por Luiz Carlos Rigo Uhlik
66 Vendedor,oseucliente
épromotorneutro
oudetrator?
por Carlos Cruz
12EDITORIAL
14ÚLTIMAS
20VENDENDO SEU MIX
22SETUP Incubus
80 INOVAÇÃO Somnium Guitars
82PRODUTOS Os lançamentos
e destaques das melhores
marcas do mercado
88CONTATOS Os nossos
anunciantes você encontra aqui
90CINCO PERGUNTAS
Exposição adequada de
produtos potencializa vendas
MATÉRIAS
24MUNDO DIGITALTroca e devolução de produtos na sua loja on-line
26ANIVERSÁRIOSolid Sound comemora 28 anos
28EMPRESAC.Ibañez ingressa no mercado de áudio
30DISTRIBUIÇÃOAudio5 e IK Multimedia
continuam ações para crescer no Brasil
32ILUMINAÇÃOHigh End Systems agora é da ETC
34 REPRESENTAÇÃOO trabalho da Quick Easy com a EV no Brasil
38LOJISTAAlberto Teclados promove o mercado e a educação musical
40BIOGRAFIAIkutaro Kakehashi,
fundador da Roland, faleceu aos 87 anos
42MERCADOPearl Drums volta com força para o mercado brasileiro
54 LOJISTATrês lojas da Perin Instrumentos em ascensão
56 TECNOLOGIACelestion introduz novo site e sons digitais
58ENTREVISTA Grupo PROAVBR nasce
para dar suporte aos fabricantes do setor
60INTERNACIONALChamSys passa a ser da Chauvet
68PÓS-FEIRAO esforço da Musikmesse e da
Prolight+Sound para recuperar seu lugar
74 PÓS-FEIRAMovido a Música teve 2ª edição em Goiânia
76PÓS-FEIRA11ª edição da Expo Musical Plus
78PÓS-FEIRAEdição 2017 da Feira da Música Centro-Oeste
SUMÁRIO
46 CAPA
ASLUZESDASGM
Muitos se lembrarão da antiga
SGM italiana, mas hoje a
empresa mudou. Sua matriz
fica na Dinamarca e sua linha
de produtos também foi
modificada. Em entrevista
exclusiva, Peter Johansen,
CEO, revela mais detalhes.
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12. 12 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
O mundo está em fase de forte transformação. Empresas e pro-
fissões tradicionais a cada dia desaparecem. Em contrapartida, novas fun-
ções e empresas surgem com o advento da tecnologia.
Na Europa e nos Estados Unidos muitas revistas quebraram.
Claro, eles faziam ‘revistas’.
Desde o início tive como premissa levar informação, em
qualquer mídia que fosse. Música & Mercado é o resultado da coerência
deste pensamento: conteúdo qualificado diariamente e a ampliação da
plataforma de acesso para todas as mídias: revista, site, apps, WhatsA-
pp, PDF, redes sociais.
Numa época de COMsumers (comunicadores e consumidores) e
press releases buscando enfatizar a narrativa das empresas, nós, da M&M,
levamos a palavra credibilidade a sério. Seja parceiro comercial ou não, a
confiança do leitor na Música & Mercado é o maior bem que temos.
Num mundo de excessos, a informação precisa ser acessível
e crível. Nós fazemos isso.
Um grande abraço e uma ótima leitura!
*(1929-) Escritor americano do best-seller Megatrends e também conferencista.
Música &
Mercado digital
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CEO & Publisher
Daniel A. Neves
Diretora de Redação
Paola Abregú
Diretor de Arte
Dawis Roos
Departamento Comercial (Brasil)
Denise Azevedo
comercial@musicaemercado.org
Tel.: (11) 3567-3022
Departamento Comercial (Internacional)
sales@musicaymercado.org
Administração e Finanças
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Revisão de Texto
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Carlos Cruz, Dora Ramos, Joey
Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik
e Miguel De Laet
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Gráfica Grafilar
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Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado
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EDITORIAL
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DANIEL A. NEVES
CEO & PUBLISHER
“A nova fonte de poder não é o dinheiro
nas mãos de poucos, mas informação
nas mãos de muitos.”
— John Naisbitt*
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14. 14 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
As mais recentes
notícias do mercado
de áudio, iluminação
e instrumentos musicais
ÁUDIO
Novo distribuidor Audio-Technica
para eletrônicos de consumo
A Audio-Technica anun-
ciou que a Karimex será
a nova distribuidora dos
produtos de eletrônicos
de consumo
para o
mercado
brasilei-
ro. Fun-
dada em
1975, a Karimex
é um dos grandes
distribuidores de
produtos de ele-
trônica de con-
sumo no Brasil. O
anúncio foi feito por
Philip Cajka, presidente e CEO da Audio-Technica U.S.
Dentre os produtos contemplados está uma varieda-
de de fones de ouvido, em que a A-T é líder na categoria
no seu mercado doméstico no Japão, que inclui modelos
portáteis, para alta fidelidade, para práticas esportivas
e com cancelamento de ruídos, além de headsets para
games. A Karimex irá também distribuir os microfones,
toca-discos, cápsulas, agulhas e acessórios correlatos. “O
mercado brasileiro é muito promissor”, observou Cajka.
“Estamos orgulhosos da parceria com a Karimex e espe-
ramos trabalhar com eles para aumentar o alcance da
Audio-Technica no Brasil ao fornecer produtos de eletrô-
nica de consumo para todos os gostos e bolsos.”
Segundo Levi Salera, diretor de vendas da Karimex:
“Estamos animados com esta nova parceria e temos
grandes expectativas quanto ao seu sucesso. Os produ-
tos da Audio-Technica complementam o nosso portfólio
existente e irão atender a demanda das revendas espe-
cializadas e sites de e-commerce para fones de ouvido e
toca-discos de qualidade superior”.
Tracktion lança Waveform DAW
Além de fornecer uma
sólida plataforma de
gravação, a equipe da
Tracktion tem desenvol-
vido uma série de novas
ferramentas criadas
para acelerar e expandir
a composição criativa. A Waveform está focada na produção
musical, por isso evita as complexidades inerentes da maio-
ria dos DAWs de hoje. Instrumentos virtuais integrados,
como o FM Synth e o novo sampler/sintetizador Collective,
fornecem uma variedade de novos sons e opções de mixa-
gem para uma ampla paleta sonora.
Someco
trabalhará com
a Akutagawa
Representações
Liderada por Roberto Aku-
tagawa, a empresa de repre-
sentações se encarregará do
mercado no interior de São
Paulo para a Someco e suas
marcas. Roberto Akutagawa será o novo representante
da Someco nas regiões de Marília, Bauru, Presidente Pru-
dente e outras, trabalhando com marcas como Novik, SKP
e Peavey. “A Someco, para mim, é uma empresa séria, que
tem acima de tudo gestores bem capacitados, que se dedi-
cam e gostam muito do que fazem! Trabalharei sem dúvida
com uma das melhores marcas do mercado da música”, co-
mentou Roberto. Como primeiro passo, ele já realizou um
treinamento na empresa com o gerente Rogério Zanotto e o
supervisor Leonardo Tadashi. “Minha maior expectativa é
crescer junto com a empresa, fazer um trabalho com serie-
dade, dedicação e humildade. Com isso, o resultado sempre
vem”, concluiu. Cabe destacar que, além da Someco, Aku-
tagawa representa a Musical Paganini no mesmo território.
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15. @musicayemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 15
Alto-falantes Fane convoca
parceiros na América Latina
O fabricante britâ-
nico de alto-
-falantes
Fane está
procu-
rando dis-
tribuidores e
agentes de vendas
na América Latina.
“Achamos que temos
a linha de produtos ideal para os requisitos do mercado de
alto-falantes latino-americano, que demanda transdutores
robustos, confiáveis, de grande potência e rendimento”, disse
Mark Barnes, diretor-geral da Fane. “A Fane é especializada
no design e na fabricação de alto-falantes otimizados para
as demandas do mercado de áudio profissional da América
Latina. Agora estamos procurando expandir a família de
distribuidores para levar o som e o funcionamento da Fane
a uma audiencia maior de usuários de alto-falantes ao longo
da região. Sabemos que o potencial de vendas está garanti-
do; onde temos distribuidores dinâmicos e comprometidos
representando a marca e sua série de produtos, desfrutam-
-se grande sucesso e crescimento consistente em vendas ano
após ano. Agora buscamos recrutar novos parceiros que se
unam à equipe da Fane e dividam esse sucesso.”
Zoom Corporation
entra na bolsa de Tóquio
A Zoom Corporation virou pública, anunciando sua entrada
na bolsa de Tóquio. Nos últimos anos, a companhia tem au-
mentadosuapopularidademundialentremúsicos,designers
de som e realizadores de vídeos, graças à sua série portátil
Handy Recorders, que está sempre evoluindo. Recentemente
a Zoom apresentou sua linha de gravadores de campo profis-
sional, o F8 e o F4, usados na gravação de som para filmes e
broadcast. “Nossa entrada na bolsa de Tóquio representa um
novo início para a Zoom, no qual construiremos nosso su-
cesso no desenvolvimento de processadores de som e segui-
remos nos expandindo com produtos novos e originais para
o amplo mercado de criação de conteúdo de áudio e vídeo”,
disse o cofundador e CEO da marca Masa Iijima.
Adeus a Bruno Baldoni e
Vinicio Tanoni
Com exatamente um
mês de diferença, a
FBT perdeu seus dois
fundadores.Tendofun-
dado juntos em 1963 a
Factory Baldoni Tano-
ni, que atualmente co-
nhecemos como FBT,
sua dedicação e traba-
lho duro resultaram
em grande sucesso,
dando atenção a cada
pessoa dentro da companhia. Juntos, Bruno e Vinicio aju-
daram a assentar as bases da indústria moderna de áudio e
música. Sua associação foi de mútuo entendimento: o sr. Ta-
noni, meticuloso engenheiro, e o sr. Baldoni, um apaixonado
entusiasta de áudio que viu o futuro que criariam juntos.
Shure promove evento sobre
qualidade
de áudio
A Shure promoveu
evento exclusivo em
São Paulo para de-
bater “Como captar
áudio com qualida-
de profissional e de
forma simples”. O
encontro aconteceu no RedBull Studios, em São Paulo, e reu-
niu um público de cem pessoas formado por youtubers, pod-
casters, jornalistas e músicos. Conduzido pelo youtuber Tiago
LopesepelogerentedeprodutoparaaAméricaLatinadaShu-
re Jon Lopes, o evento apresentou a linha de produtos Motiv,
criada para solucionar problemas comuns na hora de captar
som em diferentes tipos de gravações, como transmissões ao
vivo no Facebook e Instagram, vídeos do YouTube, Snapchat,
podcasts, vlogs, entrevistas e cobertura de eventos.
Representantes da Zoom anunciando a notícia
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16. 16 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
ÚLTIMAS
Anafima e Sebrae selam parceria
AAssociaçãoNacionaldaIndústriadaMúsicaeo Sebrae-SP
lançaram um programa de capacitação para o mercado da
música. A iniciativa oferece gratuitamente cursos de gestão
de empresa para lojistas, fornecedores e escolas, entre ou-
tros. Veja mais em http://ead.sebraesp.com.br/anafima
Novo coordenador de produtos na
Izzo Musical
AIzzoanuncioua
contrataçãodeEberPo-
licate,responsávelpelo
novoprojetodeviolões
daempresa.Eberépro-
fissionalnosegmento
deinstrumentos
musicais há mais de 20 anos. Começou sua carreira como bal-
conistadelojasdeinstrumentoserapidamentefoirequisitado
para trabalhos em importadoras na área de compras interna-
cionaisedesenvolvimentodeproduto.Apaixonadoporcordas,
especializou-se emviolõesacústicos.TrazendoparaaIzzosua
experiência adquirida em empresas como Condor, Tagima e
Earth, Policate ficará focado nas marcas de violões Winner e
Dolphin, que trarão novidades ainda em 2017. “Ele participa-
rá também da divulgação das novas linhas Winner e Dolphin
para os lojistas de todo o Brasil, onde estará ministrando pa-
lestras e workshops sobre violões e suas peculiaridades, mos-
trandoqueumviolãobemconstruídonãoprecisasertãocaro
como muitos são hoje”, comentou Alexandre Barbone, do de-
partamento de marketing da Izzo. “Estou feliz em trabalhar
na Izzo Musical. A empresa me acolheu muito bem e mostrou
uma organização que só vi em poucas empresas que visitei,
tanto no Brasil como no exterior. Quero fazer o meu melhor
trabalho e que as marcas que estou assessorando se tornem
referêncianacionalemqualidadeesom”,concluiuEber.
Michael incorpora Mylena Jardim
na lista de endorsers
Mylena Jar-
dim, última
vencedora do
programa The
Voice Brasil,
agora faz parte
dos músicos
patrocinados
pela Michael. A jovem cantora e instrumentista, que se
destacou pela sua voz potente e expressiva, irá represen-
tar a marca com o violão Galaxy VM925DT MH, instru-
mento que se destaca pelo timbre robusto, visual impo-
nente e excelente tocabilidade. É mais um grande talento
levando o nome da Michael aos quatro cantos do País!
INSTRUMENTOS
Luen amplia o time de endorsers
Dando continuidade ao
processo de expansão e
reposicionamento da marca,
a Luen fechou parceria com
o músico Maninho, do Rio de
Janeiro, que atualmente
acompanhaDiogoNogueira,ecomosdoispercussionistasda
banda de Thiaguinho, Tom e Nego do Pandeiro. Músicos res-
peitadoseconceituados,atualmentetocamegravamcomdi-
versos nomes da música, a também acompanham dois gran-
des artistas. Além dos músicos citados e do grande time de
endorsersdepelesDuduPortes,napartedepercussão,amar-
cacontacomoutrosgrandesnomes,como:FundodeQuintal,
Pixote, Art Popular, Bom Gosto, Doce Encontro e mais.
Ivan Lins apresenta novos
pianos Clavinova na web
A Yamaha Musical do
Brasil apresentou a
nova linha de pianos
digitais Clavinova
CLP-600. Para o lança-
mento, a marca prepa-
rou uma transmissão
ao vivo no seu canal
no YouTube (youtube.com/watch?v=a86f-D4uPgQ) e em
sua página no Facebook (facebook.com/yamahamusical-
br). Durante a transmissão, o cantor e compositor Ivan
Lins mostrou as novidades da linha, além de falar sobre
suas composições e sua trajetória profissional utilizando
os pianos Yamaha. A linha Clavinova é uma das principais
da marca e conta agora com quatro novos modelos, que
trazem diversas inovações. Os modelos da nova linha es-
tão à venda em todo o País desde o mês de abril.
Eber agora na Izzo
Mylena com violão Galaxy
Ivan antes do evento
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17. @musicayemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 17
Behringer fará clone do Minimoog
por US$ 400
A Behringer anun-
ciou o desenvolvi-
mento de um clone
do Minimoog com
umabasenoseumódulosintetizadorBehringerDEurorack.
O módulo será um sintetizador analógico inspirado no Mi-
nimoog, em formato Eurorack, com três VCOs, um Ladder
Filter de 24 dB e LFO, além de algumas atualizações, como
conectividade USB e MIDI. Também está planejado, como
partedocloneEuroMinimoogClaseD,orecursoPolyChain,
que permite combinar até 16 sintetizadores por meio de
MIDI. As representações da proposta Behringer D mostra-
rão suporte CV muito limitado, oferecendo principalmente
controle de CV/porta e entrada de áudio. Uli Behringer, fun-
dador da empresa, defende a criação de um clone do icônico
sintetizador Moog, destacando que a criação de réplicas é
uma prática comum no negócio de hardware de música.
Ação da Izzo
Musical leva
passageiros
para cruzeiro
paradisíaco
Em abril aconteceu o Cruzeiro Musical Izzo no MSC Prezio-
sa, que saiu do porto de Santos, passando por Búzios e Ilha
Grande, no Rio. Nesse cruzeiro a Izzo levou os ganhadores
da promoção, que começou em setembro, e convidados da
empresa. Clientes como Jair Lazarini (Foxtrot), Arnaldo Lei-
tão de Farias “Pitito” (Pleidisco), Francisco Cunha (Harmo-
nia Musical), Perivelton Perfeito “Peri” (Gasil), entre outros,
estiveram presentes. O sr. Aldo Storino, presidente da em-
presa, que estava na viagem, disse: “A ordem era não falar de
negócios, apenas curtir!”. Essa ação dá início às comemora-
ções dos 100 anos da Izzo Musical, que acontecerá em 2018.
Até lá, a empresa promete mais surpresas!
Encontro de Negócios
No final de março ocorreu a primei-
ra reunião do grupo de empresas
expositoras no Encontro de Negó-
cios. A reunião traçou as principais
diretrizes do evento, que será reali-
zado nos dias 4 e 5 de outubro.
Atividades várias na Musical Express
John D’Addario III visitou a
Musical Express, represen-
tante exclusiva da D’Addario
no Brasil, na última semana
de março. O CEO da empre-
sa norte-americana visitou
lojas em São Paulo e passou
pelo centro de distribuição da Musical Express em Jundiaí.
Além disso, nos dias 25 e 26 de março, o baterista Edu
Ribeiro, artista Evans e Promark, fez um workshop inédito
no auditório do Masp, em São Paulo. O evento contou com a
participação dos músicos Ramon Montagner e Cuca Teixei-
ra,quetambémsãoendorsersEvansePromark.Oworkshop
teve ainda a participação do especialista de produtos de ba-
teria Roberto Redondano, que, junto com os endorsers, falou
sobre os produtos e respondeu a dúvidas dos participantes.
Yamaha Musical é distribuidora
exclusiva da König & Meyer no Brasil
Amarcaalemãéreco-
nhecidamundialmentee
agoratemseusprodutos
distribuídosnoPaís
pelaYamaha.Com
68anosdemercado,
a alemã König & Meyer tornou-se referência mundial em
equipamentos e acessórios musicais. Agora, a empresa for-
maliza uma parceria com a Yamaha Musical para ter seus
produtos distribuídos em todo o Brasil. Entre os produtos
queserãocomercializadoscomexclusividadeestãoestantes
para teclados, guitarras ou violão, microfone, entre outros
itens. “A König & Meyer é conhecida pela qualidade e inova-
ção de seus produtos, assim como a Yamaha. Acreditamos
que será uma excelente parceria, com acessórios que com-
plementam e agregam ao portfólio que já comercializamos”,
diz André Barone, subgerente de marketing da Yamaha.
John na empresa
Local onde acontecerá o evento Expositores em reunião
Os passageiros da Izzo
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ÚLTIMAS
ILUMINAÇÃO
Ayrton comemora 15 anos
A empresa de iluminação francesa comemorou seus
primeiros 15 anos de atividade durante sua partici-
pação na feira Prolight+Sound da Alemanha, onde
lançou vários produtos, como o MagicBlade-FX, uma
barra LED com sistema óptico renovado. Além disso,
oaparelhoMagicBurstganhouoprêmioPipa—dado
pela imprensa internacional na expo — como melhor
efeito de iluminação. O prêmio foi recebido por Mi-
chael Althaus, diretor global de vendas da Ayrton.
GanhadoresMipaePipa2017(Frankfurt)
18ºPrêmiosMipa(Musikmesse)
Melhor produto inovador (instrumentos musicais): Roli Blocks Baixo acústico: Taylor GS Mini Bass
Bateria acústica: DW 45th Anniversary Drumset Violão: Taylor Academy Series
Amplificador para violão: Boss Acoustic Singer ACVS Pro Arranger Workstation: Korg Pa4X
Processador de áudio (hardware): iZotope Neutron Amplificador para baixo: Darkglass Microtubes 900
Pratos: Meinl Pure Alloy Cymbals Controlador workstation áudio digital: Presonus FaderPort 8
Controlador DJ: Roland DJ-808 Ferramenta DJ/Produção: Native Instruments Traktor Pro
Acessórios bateria: Remo Classic Fit Drumheads Bateria eletrônica: Roland V-Drums TD-50
Baixo elétrico: Fender American Professional Precision & Jazz Bass Guitarra: Fender American Professional Series
Gravador de campo: Zoom F8 MultiTrack Field Recorder Acessórios para guitarra: Elixir Optiweb
Amplificador para guitarra:
Mesa/Boogie JP-2C John Petrucci Signature Model
Mesa de mixagem: PreSonus StudioLive Series III
App para música móvel: Steinberg Cubasis 2 Instrumento de percussão: Meinl Cajon Drumset
Software-gravação: Steinberg Cubase Pro 9 Software-instrumentos: Native Instruments Komplete 11
Teclado para palco: Clavia Nord Piano 3 Sintetizador (hardware): Arturia MatrixBrute
4ºPrêmiosMipa(PL+S)
Som portátil: JBL EON One Microfone vivo/IEM: Sennheiser Digital 6000
Tecnologia para palco: Resbig One Luzes: JB Lighting Varyscan P7 CMY Spot
Som para concerto: L-Acoustics LA12X Controle de luzes: ChamSys MQ500 Stadium
Sistema de mixagem (estúdio/broadcast): Lawo mc2 56XC Microfone estúdio: Mojave Audio MA-1000 Signature Series
Monitor estúdio: Genelec 8340A Sistema de mixagem (vivo): Avid Venue S6L
Luz de efeitos: Ayrton MagicBurst Aparelho para projeção de vídeo: Panasonic PT-RZ31
Sistema de controle de mídia: Blackmagic Design Atem Television Studio HD
Alguns dos ganhadores (Fonte: Messe Frankfurt Exhibition GmbH/Jochen Günther)
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“Há mais de 30 anos a
Casio lançou o seu primeiro
sintetizador e hoje tenho
orgulho em fazer
parte dessa história.”
— André Vasco
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Selecionamos algumas categorias e seis modelos para você diversificar seu conhecimento do
que está disponível no mercado. Os símbolos $, $$ e $$$ indicam em que nível de preços se
encontra cada item (econômico, normal ou elevado, dentro de sua categoria). Lembre-se, são
sugestões para que você conheça todas as combinações que podem levá-lo a vender mais e
melhor. Inspire-se e monte um kit com os modelos que você tem na sua loja. Vamos vender!
Cakewalk
Sonar Professional
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Sunlite
Suite 2
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barras sintéticas e carrinho
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SETUP
Incubus apresenta
álbum e instrumentos
Com o lançamento de seu mais recente álbum,
exploraremos o equipamento usado pelo Incubus
A
banda estadunidense de rock
Incubus lança seu oitavo ál-
bum de estúdio, intitulado 8,
este ano. Aproveitando a oportunida-
de, daremos um passeio
pelos instrumentos
e equipamentos
que usam Brandon
Boyd, Mike Einzi-
ger, José Pasillas,
Chris Kilmore e
Ben Kenney.
Brandon Boyd(voz)
Podemos vê-lo constantemente com
o microfone dinâmico Super 55, igual
ao SM7B, ambos da Shure. Para as
gravações em estúdio normalmente
usa um SM57 da Shure, um 251 da
Telefunken ou um Neumann U47,
embora o microfone Neumann
269 tenha sido utilizado para
a gravação do single
Adolescents.
Chris Kilmore (DJ/teclados)
Chris se encarrega dos teclados,
turntables e do teremim. No caso do
órgão, toca um Nord C2 Combo. Também
se destacam o Moog Voyager, um
Rhodes da Fender, um piano Wurlitzer,
um órgão Hammond B3 e o sintetizador
MD4000D da Mellotron,
entre outros.
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DO BRASIL.
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José Antonio Pasillas II (bateria)
José, que declara nunca haver tido um
treinamento formal em bateria, é
endorser da DW e da Sabian, tendo
um set composto por:
Bateria DW Drums: DW Collectors
Series Clear Acrylic com hardware
dourado composto por três rack
toms (8x5, 10x5 e 12x6), dois floor
toms (16x13 e 18x14), um bumbo de
20x20, edge snare de 13x6,5, Rocket
Shells Carbon Fiber Snare 14x7 e dois
Octoban (14x6 e 14,5x6).
Pratos Sabian: HHX Evolution Hi-Hats
de 13”, HH Raw Bell Dry Ride de 21”,
AAX Studio Crash de 20”, Prototype HHX
Studio Crash de 20” (criado especialmente para ele), Vault Crash de
19”, AAX Mini Chinese de 14”, HHX Chinese de 18”, AAX Splash de 8”,
AAX Splash de 10” e um HHX Evolution Splash de 12”.
Peles da Remo: Para os toms, conta com Emperor Clear Batter e
ressonante Clear Ambassador; para o bumbo, tem um Powerstroke
3 Clear Batter e um ressonante Standard DW Head, enquanto que
para o snare possui um Emperor Coated Batter e Coated Ambassador,
mais o ressonante Ambassador.
Hardware: É formado por DW Three Sided Straight Drum Rack,
PDSRC15V Rack Clamp x20, DWCP9700 Boom Arms x9, DWCP9300
Snare Stand x2, DWCP9100AL Pneumatic Airlift Throne x1,
DWCP9000 Single Pedal x1, DWCP9900 DBL Tom Stand x1 e
DWCP9500TB Hi Hat Stand x1.
Baquetas: Da Vater Percussion, com o modelo Vater 7A Wood.
@musicaemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 23
Michael Aaron “Mike” Einziger(guitarra)
Conhecido como um inovador e entusiasta do uso de pedais
de efeito para guitarra em concertos ao vivo, Mike também
é um ávido compositor. Já escreveu seu primeiro concerto
orquestral, a escala completa intitulada End.>vacuum.
Einziger é um multi-instrumentalista e, além da guitarra, tem
tocado outros instrumentos como piano, pipa, mandolina,
sintetizador analógico, Fender Rhodes, Wurlitzer, entre
outros, durante as gravações com o Incubus e também em
seus outros projetos. Em uma turnê recente, foi visto usando
uma Gibson SG Junior com captadores P-90 modificada com
um captador extra para o braço e um switch selector de
captador. Em 2012, Mike mudou para as guitarras Albert
Lee signature da Music Man e começou a usar cordas
mais leves (diminuiu até 9 depois de ter usado 13 por
muitos anos) devido à necessidade de encontrar uma
guitarra mais ‘confortável’ para as turnês. Declarou
que isso foi necessário desde que se submeteu a
uma cirurgia devido à síndrome do túnel do carpo.
Mike geralmente usa combos Trem-O-Verb 2/12 da
Mesa/Boogie e Twin Reverb da Fender.
BenjaminLee‘Ben’Kenney,Sr.(baixo)
Kenney, que tocava guitarra para o grupo
de hip-hop The Roots, toca ao redor de seis
instrumentos diferentes, chegando a fazer
duos de bateria com José Pasillas ao vivo.
Focando um pouco mais nos seus baixos,
Ben tem um equipamento composto por
vários modelos Joe Osborn, um Skyline
Bob Glaub vermelho, outro Shoreline
Gold Skyline Hollowbody, um custom
44-94, Light Blue 44-94, Cherry Sunburst
55-94 com botões Gibson, um Fiesta Red
30”Jazz Bass (44-66), um 1975 Jazz Bass e
um Jaguar Bass da Fender, além de um SG
Bass da Gibson e um Hofner 500/1 “Beatle
Bass”. Todos os seus baixos têm
braço de palissandro.
Sua plataforma da Mesa/
Boogie ao vivo consiste em um
par de cabeçotes Big Block 750
e uma caixa Roadready de 8x10.
No estúdio e para concertos solo,
além de para pequenos concertos
ao vivo com o Incubus, utiliza
combos Mesa Walkabout 1x12 e
caixas de extensão.
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24. 24 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
MUNDO DIGITAL
Troca e devolução de
produtos na sua loja on-line
D
e modo semelhante a uma loja física, a devolução
de produtos é uma parte inevitável das vendas on-
-line. É muito comum que as pessoas comprem
produtos on-line e precisem trocá-los ou devolvê-los, seja
por motivos de cor ou tamanho inadequado, ou ainda por-
que o artigo não atendeu às expectativas do cliente.
Muitos lojistas encaram esse tipo de situação como si-
nônimo de prejuízo, pois, em curto prazo, isso pode gerar
custos extras, como despesas de logística reversa e de reem-
bolso ou reposição do item que foi vendido. O certo é que a
forma como o lojista encara e gerencia o processo de devo-
lução pode contribuir significativamente para a fidelização
e conquista de novos clientes. A maneira mais prática para
gerenciar esses casos é definir uma política efetiva para tro-
cas e devoluções e deixá-la clara para o consumidor.
Pensando nisso, Tiago Dalvi, CEO do Olist — comuni-
dade on-line que reúne e conecta micro e pequenos lojis-
tas, distribuidores e fabricantes a grandes varejistas —, dá
três dicas de como os varejistas podem otimizar seu de-
sempenho na política de troca on-line. Confira!
Conheça a legislação e tenha-a como ponto de
partida para uma política de troca
O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990) garan-
te o direito do consumidor de se arrepender de ter adquiri-
do determinado produto, seja qual for a razão, e devolvê-lo
em até sete dias, contando a partir do recebimento da mer-
cadoria. Nesse tipo de situação, o lojista deve arcar com
todas as despesas de transporte e devolver o valor integral
para o consumidor, como garante a legislação. A regra
consta no artigo 49 da lei.
Casos de troca também possuem uma regra específica,
regida pelos artigos 18 e 35 do CDC. Os clientes têm até 90
dias para solicitar cancelamento ou troca caso o produto
apresente defeito não sanado pelo fornecedor.
O artigo 35 também diz respeito ao cumprimento da
oferta apresentada, como a entrega dentro do prazo. Caso
haja descumprimento, o cliente pode aguardar pela chegada
doproduto,aceitaroutroitemnolugaroucancelaracompra.
Portanto, não há escapatória caso o lojista depare com
Especialista dá três dicas sobre como os varejistas podem otimizar seu
desempenho na política de troca on-line e lidar com esse importante processo
qualquer uma das situações acima. Levar a sério a legis-
lação, estar preparado, definir mecanismos para fornecer
um atendimento ágil, bem como disponibilizar condições
para realizar a logística reversa e o reembolso em cada
compra é o melhor caminho para fidelizar o consumidor.
Tenha transparência na
comunicação com os clientes
Por mais que a lei preveja qual deve ser a postura do lojista
em cada uma das situações, é fundamental estabelecer uma
comunicação clara e transparente com os consumidores.
Isso é particularmente importante em situações nas
quais a loja não é obrigada a realizar a devolução ou troca,
como em casos de produtos que não apresentem qualquer
defeito e o prazo de desistência tenha sido superado.
Nesse caso, é interessante criar uma política de troca e
devolução que seja pública e amplamente divulgada. Uma
boa dica é ter um link — fácil de visualizar em seu site —
que leve o cliente para a página explicativa dessa política.
Dessa forma, ele mesmo poderá conferir as regras e saber
como organizar-se nesses casos.
TiagoDalvi,CEOdoOlist
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25. @musicaemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 25
Transforme sua política de troca
em um diferencial para o negócio
A política de troca e devolução pode se converter em um di-
ferencial para a loja on-line. Vale a pena comunicar de forma
clara que a empresa valoriza o consumidor e propõe solu-
ções práticas para os principais problemas apresentados.
Isso pode ser feito por meio da orientação dos consumi-
dores sobre algumas dúvidas comuns, como a garantia de
fábrica. Muitas marcas dão garantia para que, caso o pro-
duto exiba algum problema nos primeiros meses de uso, o
comprador entre em contato diretamente com o fabrican-
te. Lembre-se de explicar em seu site como isso funciona.
Outra boa estratégia é ampliar o prazo de troca, que pode
ser estendido em períodos sazonais, como Natal, Dia das
Mães, Black Friday e outras datas do tipo. Caso seja viável,
outra estratégia inovadora é enviar um produto novo antes
mesmo de receber o antigo, agilizando o processo de troca.
Para que tudo isso funcione, vale a pena dedicar um setor
ou um funcionário somente para essa função, com o objetivo
de melhorar o relacionamento com o cliente e facilitar a troca
de informações. A empresa também deve ficar atenta a pos-
síveis casos de fraude, mas sem nunca insinuar que o cliente
está agindo de má-fé sem que haja provas concretas disso. n
Mais para ter em conta
1. As vendas nunca são finais, então não torne difícil
para o cliente trocar um produto!
2. Evite as devoluções fornecendo descrições e
imagens reais dos produtos.
3. Utilize palavras simples para escrever sua política de
troca e devolução.
4. Não oculte informações! Publique sua política não só no
site, mas também nos e-mails trocados com o cliente, nas
faturas e até na embalagem do pedido, se for possível.
5. Não oculte os custos do envio para as trocas ou
devoluções. Mesmo que seja o cliente que tenha de
pagar, deixe isso bem claro!
6. Especifique claramente quanto tempo o cliente tem
para trocar um item, pois ninguém quer receber um
produto um ano depois da compra!
7. Dê opções para o cliente poder trocar o produto por
outro, receber uma nota de crédito ou o dinheiro de volta.
8. Garanta que todos os seus funcionários saibam
perfeitamente como funciona o procedimento de
troca ou devolução para fornecer um serviço melhor.
9. Antes de receber um produto de volta, confira se o
cliente manipulou-o apropriadamente!
10. Não se esqueça: informações claras podem evitar
futuras dores de cabeça!
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26. 26 www.musicaymercado.org @musicaymercado fb.com/musicaymercado
ANIVERSÁRIO
O
primeiro produto criado pela
Solid Sound foi uma correia de
guitarra, estampada em seri-
grafia, modelo que obteve um primeiro
pedido de 300 unidades. A produção
levou quase um mês, mas o conselho re-
cebido daquele lojista ajudou a abrir ca-
minho. Ele sugeriu a produção de capas,
pois não havia uma fábrica nacional es-
pecializada em instrumentos musicais.
A Solid Sound começava assim a en-
tender e a responder à demanda do mer-
cado de instrumentos, até então muito
restrito.Em1990,oBrasilabriusuaspor-
tasparaaimportação.Omercadosofreu
forteinfluênciacomessamudança.Com
o surgimento de novas lojas e empresas
importadoras, as grandes marcas mun-
diais começaram a chegar e a ser vendi-
dasnoBrasil.
Nesse cenário foram criados os pri-
meiros modelos de correias e capas da
Solid Sound. O mercado os recebeu mui-
tobemeasvendasalavancaramocresci-
mentodaempresa.
No final dos anos 90, depois da cons-
trução da sede e de turbulências no
mercado, a empresa mudou com a saída
de um dos sócios. Foi quando Paulo Pe-
ceniski, sócio-fundador da Solid Sound,
agoraajudadoporseupai(sr.Jacob),lutou
para manter a empresa viva. Juntos, mu-
daram o sistema produtivo, ampliaram a
recém-criadalinhaSemiCaseeconsegui-
ramreverteroquadro.
Mas em 2005 os importados come-
çaram a fazer muita concorrência com
A Solid Sound está completando quase três décadas de vida,
com inovação na categoria de cases e estratégias constantes
para se reinventar e crescer nos mercados local e americano
os nacionais. Hora de mudar novamente
e buscar estratégias. Em 2007 é iniciada
uma nova fase, com a importação de no-
vosmodelosdeacessórios.Aimportação
aumentou o mix de produtos, o que no-
vamenteimpulsionoutodaalinha.
A partir de 1997, a Solid Sound pas-
sou a operar em um galpão projetado e
construídoespecialmenteparaaempre-
sa,desdeentãoampliadoporduasvezes.
Está localizado na Cidade Industrial de
Curitiba, próximo ao Parque Passaúna,
área de preservação ambiental.
A equipe, em sua maioria, é formada
por funcionários com muito tempo de
casa, juntos há mais de 20 anos. Na sede
trabalham 15 pessoas, entre escritório e
produção, onde gerenciam a logística de
armazenamento, produção e distribui-
ção. Também fazem parte do processo
produtivo oito oficinas externas, que
produzempartedosprodutosnacionais.
O que significam essas quase
três décadas para vocês?
Significa fazer parte da criação e de-
senvolvimento do mercado de instru-
mentos musicais no Brasil. Lançamos
produtos que modificaram o conceito
de transporte e cuidados de instru-
mentos. Por exemplo, quando o Semi-
Case foi criado, não existia esse con-
Solid Sound
comemora 28 anos
Equipe da companhia
Paulo Peceniski, sócio-fundador
mm90_niver-solidsound.indd 26 28/04/17 12:56
27. @musicaymercado fb.com/musicaymercado www.musicaymercado.org 27
MAIS INFORMAÇÕES
solidsound.com.br
SolidSoundOficial
ceito de produto, havia somente cases
ou capas. A Solid Sound desenvolveu
uma nova categoria de produto que
hoje é usada por todos.
Recentemente, além dos produtos
nacionais, estreitamos a relação com
nossos fornecedores chineses e juntos
desenhamos alguns modelos, entre os
quais está a linha de capas LT, em couro
sintético,sucessodevendas.Nessesanos
todos tivemos de nos reinventar muitas
vezes,lançandoprodutos,criandonovos
conceitos, importando e nos adaptando
às novas necessidades e realidades.
Como pensam encarar o futuro
para continuar tendo sucesso?
Já passamos por várias fases no Brasil,
mas essa especialmente tem se mos-
trado acentuada e pegou o setor de
instrumentos musicais em cheio. Du-
rante esse período crítico que estamos
passando, fizemos várias adaptações
na empresa, tanto em termos de pesso-
al, quanto em nossa linha de produtos.
Com a grande oscilação do dólar, res-
tringimos a importação de algumas
linhas e nos voltamos para nossa voca-
ção de fabricação.
Estamos pesquisando formas mais
eficientes e ágeis de produção, que
impactem positivamente em custos e
resultem em produtos mais baratos.
Também estamos investindo em nossa
linha esportiva (Solid Sport), lançando
novos produtos e buscando nos posi-
cionar nesse mercado.
O que você pode nos contar do escri-
tório nos Estados Unidos?
A ideia de distribuir nossos produ-
tos nos EUA era antiga, iniciando no
começo dos anos 2000 com um im-
portador americano que acabou não
dando continuidade ao negócio. Em
2013 decidimos tentar novamente.
Nos preparamos por mais de um ano,
trabalhando em várias frentes: mon-
tamos o nosso website americano de
vendas no varejo, alugamos um ponto,
que serviria de depósito e showroom/
loja, e contratamos um representante
para visitar todas as lojas da Bay Area
e também norte e sul da Califórnia.
Testando o mercado de todas as
formas, seguimos a tendência. Come-
çamos a estudar as formas de vender
por meio da amazon.com. Em março
de 2016, iniciamos nossas vendas pela
FBA (fulfilment by amazon), em que
você manda seus produtos para os
galpões da Amazon e eles cuidam do
armazenamento e envio dos produtos.
Também trabalhamos as duas outras
formas de venda, inserindo os produtos
no site e enviando direto para o cliente
final quando vendido.
Atualmente nosso estoque está ar-
mazenado em Cochela Valley, no sul da
Califórnia, com uma estrutura enxuta,
de onde são distribuídos os produtos.
Continuamos nossas vendas na Ama-
zon e atendemos algumas lojas somen-
te na Califórnia. A venda para os outros
Estados ainda não se mostrou possível.
Não temos representantes e a questão
do frete quase inviabiliza grandes volu-
mes, que é o caso de cases e bags.
Conte sobre a fábrica.
O processo produtivo é feito em duas
etapas: a interna, que se inicia em nos-
so galpão, e a externa, que acontece nas
oficinas terceirizadas. Para isso criamos
todo um processo de separação das eta-
pas de trabalho, assim como controles
para conferência do que sai e entra.
Há 17 anos desenvolvemos um pro-
duto inédito, posso dizer no mundo,
que é o nosso SemiCase. Produto hí-
brido entre a capa e o estojo. Fizemos
muito sucesso com essa linha, tanto
que se tornou categoria de produto
— muitos fabricantes e importadores
utilizam esse nome, criado por nós.
A linha de SemiCase cresceu e nos dá
um diferencial; só a Solid Sound tem
em linha esses cases para teclado, ba-
teria, sopro, cordas e pedais.
Procurando opções para a recicla-
gem do EVA usado na fabricação dos
SemiCases, desenvolvemos o Bloco de
Concreto Leve. As aparas restantes são
moídas e misturadas com cimento, cal
e pó de areia. O resultado são blocos
com qualidade de isolamento acústico
que podem ser usados em estúdios, ca-
bines acústicas e na divisão de ambien-
tes. O Bloco Maciço foi certificado pelo
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológi-
cas da USP) e apresentou ótimos índi-
ces de redução sonora. Com este bloco
erguemos nossa casa, com 550 m2
de
área construída, onde foram utilizados
11 mil blocos fabricados em nossa sede.
Estamos buscando soluções técni-
cas para fabricar com mais eficiência,
logo mais agilidade e preços melhores.
Estamos também em fase de pesquisa
para montar novas linhas de produção
com novos produtos, que esperamos
lançar no segundo semestre, na época
das feiras, em setembro/outubro.
Somos bem conhecidos por músicos
que estão na estrada há muito tempo.
Mas temos notado que o público joven,
que está entrando agora no mercado,
não tem o mesmo conhecimento. Nosso
trabalhoénosapresentaraessepúblico,
este é o nosso foco agora no Brasil. No
exterior, o caminho é bem mais longo,
estamos no começo da estrada! n
O SemiCase, criação exclusiva
da Solid Sound
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28. 28 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
EMPRESA
C.Ibañez ingressa
no mercado de áudio
A
nova marca Boxx é resulta-
do de um planejamento de-
senvolvido nos últimos dois
anos, com uma programação prevista
para muitos anos à frente. Trata-se de
produtos 100% importados por meio de
fornecedoresconfiáveis,comqualidade
e preço justo, adequados às expectati-
vas de custo-benefício do consumidor
brasileiro, com ênfase em inovação e
atualização. Já está disponível a linha
KG com cinco modelos de consoles de
áudio para pronta entrega, consolidan-
do o início do trabalho da marca Boxx.
Consoles KG e Mix
Os consoles da linha KG possuem vários
recursos de utilidade para um operador,
como equalizador de três bandas, com-
pressor nos canais de microfone, proces-
sador de efeitos (16) DSP e um versátil
MP3/USB/SD player/rec que reproduz e
grava. Também incluem saída principal
No ano em que a XPro completa 10 anos, a C.Ibañez anuncia
uma marca nova, pela primeira vez dedicada ao mercado de áudio
MAIS INFORMAÇÕES
cibanez.com.br
Baquetas.Cibanez
Já está disponível
a linha KG com
cinco modelos de
consoles de áudio
para pronta entrega,
consolidando o
início do trabalho
da marca Boxx
A empresa
A C.Ibañez foi fundada em 1985, a partir
de tecnologia própria, desenvolvida por
seu fundador, Clóvis Ibañez. Desde a
década de 1950, quando era baterista
profissional, Clóvis costumava desenhar alguns modelos de baquetas para
uso próprio, com a ajuda de um artesão. Hoje, a C.Ibañez fabrica mais de 200
itens originais, desenvolvidos criteriosamente para atender às exigências deste
mercado. Em 2007, lançou a marca de importados XPro Percussion. Criada para
atender o exigente mercado de bateristas e percussionistas, tem como objetivo
oferecer qualidade, inovação, design e credibilidade, a partir de uma seleção
criteriosa de fornecedores, endossada pela assinatura C.Ibañez.
XLR e auxiliar jack, control room, saída
defonedeouvidoeRCA.Alémdisso,ain-
dapossuemphantompoweremtodosos
canais de microfone, confortáveis faders
de60mmeAC100-240V.
Já a linha Mix traz para o mercado
consoles econômicos destinados ao pú-
blico amador, com design caprichado
e fácil operação, oferecendo robustez e
recursos na medida certa. n
HD00031
mm90_empresa-cibanez.indd 28 28/04/17 12:33
29. A JBL apresenta a sua nova linha de line arrays produzida
no Brasil. As caixas de som VertLine entregam um áudio
de muita qualidade e clareza, sendo ideais para casas
de shows, teatros, bares, igrejas e muito mais.
Você pode adquirir os modelos de 6” e 8”, conforme
as exigências de seu projeto. Com a VertLine, combinamos
a melhor sonoridade, design de ponta, alta resistência
e ótimo custo-benefício em um só sistema.
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30. 30 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
DISTRIBUIÇÃO
Audio5 e IK Multimedia fazem
ações para crescer no Brasil
N
o início de 2016, a Audio5 foi
procurada pelo pessoal da
IK Multimedia e iniciaram
conversas para virar distribuidores no
País. Assim, a empresa de São Paulo
apresentou um plano de negócio para
a distribuição da marca e a primeira
importação não demorou a chegar.
“Os produtos da IK Multimedia fa-
zem um enorme sucesso em todos os
países em que estão presentes. Sabía-
mos que no Brasil não seria diferente”,
disse Alexandre Guedes Costa, diretor
comercial da Audio5.
Isso é principalmente porque, além
de os produtos da IK Multimedia serem
voltados para profissionais e entusias-
tas que trabalham com áudio, música
e vídeo, eles funcionam basicamente
conectados a dispositivos móveis (smar-
tphones e tablets) e computadores (Mac
e PC), e o Brasil é hoje um dos maiores
consumidoresdetecnologiamóvel,com-
putadoresesoftwaresdomundo.Muitos
produtos,comoosmicrofonesdaIKMul-
timedia, por exemplo, são perfeitos para
youtubers ou profissionais de imprensa,
promovendoamarcaaindamais.
“Sabemos que a nossa economia
está passando por uma das maiores
recessões da história. Pegamos a mar-
ca numa situação bem complicada,
pois estava por um longo período sem
uma distribuição eficiente. Contudo,
a IK Multimedia foi muito compre-
ensiva e está nos ajudando bastante a
colocar a marca numa posição de des-
taque no mercado. Podemos dizer que
o número de revendas vem crescendo
Juntas há um ano, a distribuidora e a fabricante trabalham para
aumentar a demanda de aplicativos, software e hardware no País
a cada mês e, no final de 2017, preten-
demos atingir uma marca histórica de
revendas”, adicionou Guedes.
Entre as empresas
O relacionamento entre as empresas é
muito próximo e cordial, tanto que a IK
conta com Juan Wallace, um profissio-
nal de marketing que fica no Brasil e dá
total suporte e apoio aos treinamentos
e workshops realizados pela Audio5.
“O Brasil é muito importante para
a IK Multimedia. Temos uma longa
história de afeto e afinidades com o
País. Basta dizer que o primeiro pro-
duto lançado pela IK se chamava Axé
e era uma biblioteca de sons brasilei-
ros típicos. Além disso, o Brasil é um
país muito musical que carece de
tecnologia de ponta em instrumentos
musicais. Queremos que os brasilei-
ros tenham à disposição o que há de
mais moderno em produção musical,
com preço acessível e em tempo hábil.
Também no Brasil temos profissionais
incríveis que adoram a IK Multimedia,
como músicos, profissionais de ven-
das, escolas e professores, jornalistas,
youtubers, criadores de conteúdo e
praticamente todo setor que trabalha
com alta tecnologia para produção de
conteúdo com velocidade e praticida-
de”, disse o coordenador de marketing
no Brasil para a IK Multimedia.
Entre as atividades realizadas lo-
calmente, a Audio5 adiantou que a
partir de maio de 2017 iniciará uma
série de eventos chamada ‘iRig Acous-
tic Stage Brasil Tour’, a ser realizada
nas revendas, sempre com a participa-
ção de um artista local.
“Podemos dizer que os produtos
da IK Multimedia são revolucionários
e encantam profissionais e entusias-
tas. Existe uma grande demanda pe-
los produtos, mas também existe uma
necessidade, por parte de muitas lojas,
de entender o conceito da IK para am-
pliar a abrangência das vendas”, expli-
cou Guedes, da Audio5.
Juan Wallace, coordenador de marketing
no Brasil para a IK Multimedia
Alexandre Guedes Costa,
diretorcomercialdaAudio5
mm90_distrib.indd 30 02/05/17 17:48
31. @musicaemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 31
MAIS INFORMAÇÕES
ikmultimedia.com
audio5.com.br
ikmultimedia.com.br
@audio5brasil
Produtos IK
iRig Acoustic Stage
É o primeiro sistema avançado
de microfone, pré-amplificador
e processador digital que ofe-
rece timbre acústico verdadeiro em qualquer lugar. O iRig Acoustic Sta-
ge combina um microfone MEMS que se prende à boca do instrumento
acústico com um pré-amplificador e uma unidade DSP que captura
todo o timbre, a vibração e o ‘ar’ do instrumento ao tocar ao vivo ou ao
gravar no home ou project studio.
iRig Nano Amp
É um microamplificador de guitarra e
interface para iPhone e iPad ul-
traportátil alimentado por pilhas
que dá aos guitarristas e baixis-
tas acesso a timbres ilimitados — com o
AmpliTube para iOS — em um amplificador
compacto de 3 watts que pode empurrar um gabinete de guitarra 4x12”.
iLoud Micro Monitor
É o menor sistema de
monitoração de re-
ferência portátil para
estúdios do mundo, que
vem com dois falantes
biamplificados e permite
a músicos, produtores, engenheiros e muitos outros ouvir a verdade
em suas músicas por meio de dois monitores de referência para
estúdio ativos e portáteis que fornecem resposta de frequência
linear, não importa se estão mixando em um pequeno espaço de
gravação, masterizando em um quarto de hotel, produzindo em um
estúdio maior ou apenas ouvindo em casa.
Mercado demandante
Guedes detalhou que as demandas
atuais do mercado brasileiro são por
produtos com preços acessíveis, por-
tabilidade e tecnologia. Hoje existe
uma nova geração muito conectada ao
mundo digital e a IK Multimedia ofere-
ce equipamentos que atendem a mui-
tas das necessidades dessa turma. Eles
são os youtubers, blogueiros, músicos,
geeks e criadores de conteúdo on-line.
Também podemos citar usuários pro-
fissionais, como jornalistas, produtores
musicais, instrumentistas e outros.
“Fazemos tudo que estiver ao nos-
so alcance para manter um relaciona-
mento próximo com nossos clientes,
atendendo às suas expectativas e ofe-
recendo os melhores produtos pelos
melhores preços”, comentou.
Wallace, da IK, concordou: “O mer-
cado tem sofrido com as políticas do
País, mas estamos crescendo mesmo
assim. A conjuntura de diversos fatores
tem nos favorecido mesmo agora, pois
temos uma linha de produtos moder-
nos e acessíveis, que conversa ampla-
mente com as novas gerações e suas
reais demandas. Entre esses fatores, é
importante ressaltar o alto benefício
dos produtos IK com baixo custo, como
a possibilidade de contar com diver-
sos amplificadores clássicos dentro do
AmpliTube, nosso app/software para
guitarristas, custando uma fração de
um único amplificador comum. Nessa
perspectiva, podemos citar toda a linha
iRig de hardware, softwares para Mac e
PC como AmpliTube, Miroslav Philhar-
monik 2 e T-RackS, aplicativos móveis
como SampleTank iOS e AmpliTube iOS,
todos com suas diversas expansões, en-
tre outras soluções que oferecemos”.
Ações contínuas
Com o objetivo de chegar ao mais
longínquo rincão do País com seus
aplicativos móveis, softwares para
computador e hardwares, a IK planeja
“proporcionar uma experiência ines-
quecível para o músico e para os cria-
dores de conteúdo brasileiros oferecen-
do o que há de mais moderno, prático
e portátil para gravar, tocar e produzir
em qualquer lugar”.
“Para atingir tais objetivos, con-
tamos com a Audio5 na distribuição,
ações de marketing locais e globais, e
principalmente o lançamento de pro-
dutos diferenciados, como iRig Acous-
tic Stage, iLoud Micro Monitor, iRig
Nano Amp, iRig Pro I/O e outras novi-
dades que vêm por aí”, disse Wallace.
“É isso”, concordou Alexandre, da
Audio5. “Continuaremos participando
ativamente de eventos, daremos trei-
namento e suporte total para as lojas e
para os usuários finais dos produtos da
IK Multimedia no Brasil.” n
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32. 32 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
ILUMINAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
ETC NO BRASIL
hpl.com.br
High End Systems
agora é da ETCA High End Systems se encontra em etapa de transição, pois a
marca, que pertencia à Barco, passou a ser propriedade da ETC
A
ETCeaBarcoanunciaramafi-
nalização das suas conversas e
realizaram um acordo através
do qual a ETC adquiriu a High End Sys-
tems.Onegóciofoifechadoemmarço.
Ambas se verão beneficiadas pois,
durante sua história de 42 anos, a
ETC tem sido mais relacionada com
o mundo do teatro, enquanto a High
End focou mais nos shows ao vivo.
Wim Buyens, vice-presidente sê-
nior da divisão de entretenimento da
Barco, comentou: “Para a Barco, a ven-
da das suas atividades de iluminação
está alinhada com sua estratégia para
aperfeiçoar o foco em suas atividades
básicas. Achamos que unir forças com
a ETC permitiria à High End Systems
atingir todo o seu potencial de ne-
gócio, ao mesmo tempo que fornece
apoio e desenvolvimento de oportu-
nidades a seus clientes. Agradecemos
o compromisso da ETC de manter as
operações da High End em Austin e
apoiar completamente o desenvolvi-
mento de produtos da High End”.
De sua parte, Fred Foster, CEO da
ETC, declarou: “A ETC tem executa-
do uma estratégia para ampliar nossa
companhia.Queremosofereceranossos
proprietários oportunidades para um
maior sucesso pessoal, e seguir dando a
nossos clientes serviços e produtos ino-
vadores. Vemos a adição da HES à famí-
lia ETC como uma oportunidade para
ambas as coisas. Nosso plano é conti-
nuar com as operações da High End em
sua localização atual, em Austin, Texas.
Os produtos da High End, como a famí-
lia Sola de luzes LED automatizadas, os
consoles Wholehog e os servidores de
mídia Axon, são ferramentas inovado-
ras para a indústria de eventos ao vivo.
Nossaintençãoéfazeros investimentos
necessários a fim de restaurar esses
produtos e a marca High End ao status
de líderes de mercado”.
Fosteradicionou:“Damosumgrande
valor não só aos produtos da High End,
mas também aos funcionários que se
unirão à nossa família com a finalização
desta aquisição. Ambas as companhias
têm valores similares quando se trata de
inovaçãoesabemosquetrabalharjuntos
seráumgrandesucesso”.n
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34. 34 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
DISTRIBUIÇÃO
Oquerealmentenos
importaéatender,
eatenderbem
O trabalho da Quick Easy
com a EV no Brasil
B
aseada em Holambra, Estado
de São Paulo, a Quick Easy co-
meçou a negociar com a Bosch
(fabricante dos produtos Electro-Voice)
no final de 2015 e, no mesmo ano, ini-
ciou a distribuição, dando o primeiro
passo na feira Expomusic.
Com a ajuda da empresa local, a
Electro-Voice (ou EV) cresceu bastante
no último ano. Nota-se principalmente
uma demanda muito grande na linha
portable — ou portátil —, o que não
acontecia antes. “A recepção da Elec-
tro-Voice tem sido fantástica! Temos
recebido relatos constantes de que os
produtos EV têm surpreendido po-
sitivamente as expectativas de seus
usuários”, comentou José Evanio, di-
retor da Quick Easy Ltda.
Trabalhando juntas
José definiu o relacionamento com a EV
como “um casamento em lua de mel! Te-
mos feito um trabalho em conjunto e a
EVsabequesemprepodecontarconosco
paraatingirseusobjetivos.Estamosbem
alinhados. É claro que, como em todo
casamento, há pontos que necessitamos
melhorar e temos investido nisso porque
nosso diálogo é constante. Sempre nos
ouvimos”. Para ajudar na estratégia, a
empresa organiza diferentes seminários
e workshops em parceria com os lojistas
ejátemalgunsplanejadospara2017.
Sistemas disponíveis
A empresa está trazendo toda a linha da
EV,desdelinearraysatémicrofones,mas
seusrepresentantesadiantaramqueeste
ano haverá algumas novidades, sobre as
A distribuidora vem trabalhando com a marca de sistemas de som e microfones há
dois anos, destacando um aumento de interesse pela linha portátil no mercado local
quais não podem falar ainda e provavel-
mente serão lançadas durante a Expo-
music 2017. “Todas as linhas da EV têm
umaquantidademuitograndedeprodu-
tos. Aqueles que não temos em estoque,
que não contam com vendas frequentes,
comoéocasodalinhadeinstalaçãofixa,
nós importamos! Também temos uma
equipe preparada para auxiliar nos mais
diversosprojetos”,adicionou.
AQuickEasydestacouqueoprodu-
to mais vendido hoje da EV, não só no
Brasil mas em todo o mundo, é a série
ZLX de alto-falantes, com os modelos
de duas vias passivos ZLX-12 e ZLX-15
e os amplificados ZLX-12P e ZLX-15P.
Custo-benefício no foco
O diretor da empresa declarou estar
percebendo uma demanda muito gran-
de no mercado brasileiro, porém, de-
vido aos últimos fatos ocorridos no
País, todos têm procurado produtos
com custo-benefício melhor. Por isso
amaiordemandahojeénalinhapor-
table da EV, fornecendo qualidade a
preço de produto nacional, com três
anos de garantia de fábrica.
“Omercadobrasileironãoéfácil,mas
as oportunidades estão aí! Realizamos
trabalhos pontuais de marketing com
nossos parceiros, participamos de feiras
nacionais e também contamos com di-
vulgação por meio de marketing digital
para fortalecer nossas marcas”, disse.
“Tratamos nossos clientes como gosta-
ríamos de ser tratados. Não queremos só
vender. O que realmente nos importa é
atender,eatenderbem”,concluiuJosé.
Além da EV, a Quick Easy também
distribui a Funktion-One e a Madrix, e
recentemente fecharam um acordo de
distribuição com a empresa america-
na de cordas Dean Markley. n
JoséEvanio,diretordaQuickEasyLtda.
MAIS INFORMAÇÕES
quickeasy.com.br
QuickEasyOficial
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35. THE PEDALBOARD EVOLUTION
W W W. N I G M U S I C . C O M . B R
T E L : ( 1 1 ) 4 4 4 1 - 8 3 6 6 - v e n d a s @ ro u x i n o l . c o m . b r
A N I G M U S I C P O S S U I U M A L I N H A C O M P L E TA D E P E DA I S ,
C O R DA S , B AG S E F O N T E S PA R A G U I TA R R A , V I O L Ã O E B A I X O.
E N T R E E M C O N TATO E S A I B A M A I S .
C E RT E Z A D E B O N S N E G Ó C I O S
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36. (31) 2102.9270 comercial@michael.com.br michael.com.br /michaelinstrumentosmusicais
michaelinstrumentos @michaelinstrumentos mundo_michael @MundoMichael
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38. 38 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
LOJISTA
Alberto Teclados promove o
mercado e a educação musical
O
fundador, Alberto Costa,
sempre foi fascinado por
música. Em São Paulo, tocou
para Dom Paulo Evaristo Arns e outras
sumidades. Em Brasília, foi um dos
tecladistas mais requisitados no ceri-
monial do Senado, no governo de Fer-
nando Henrique Cardoso. A partir daí,
recebeu muitos contratos para tocar
em casamentos e em grandes eventos
de políticos e de pessoas respeitáveis.
Alugou, então, em 1994, uma loja no
edifício Taguacenter para apresentar o
seu trabalho e ministrar aulas.
O local escolhido sempre foi de
grande movimento, com muitas sa-
las, lojas comerciais e de fácil acesso.
Como a demanda cresceu, sua esposa,
economista, passou a auxiliá-lo. Feito
isso, timidamente começaram a ven-
der instrumentos musicais e acessórios
naquela escondida e pacata sala. Com
uma demanda cada vez maior, conse-
guiram mudar de espaço até comprar
Com um enorme edifício de cinco andares, a loja localizada
em Brasília não só foca na venda de instrumentos e equipamentos,
mas também em prestar diferentes tipos de serviços para os clientes
loja on-line. “Estamos fazendo grandes
vendas pela loja virtual, que funciona
também como uma propaganda da
nossa marca. Usamos esse meio para
alcançar potenciais compradores de
forma mais direta. Mesmo tendo a pos-
sibilidade de comprar on-line, os clien-
tes ligam na loja física para confirmar
entregas, prazos, preços e condições
de pagamento, e acabam conhecendo
toda a nossa estrutura”, contou Rissa
Ramos Costa Venturini, diretora-geral.
Os produtos
A loja trabalha com todas as marcas do
universo musical, mas elimina aquelas
que não oferecem assistência técnica
ou não proporcionam um pós-venda
adequado, por exemplo. Por muitos
anos, a maior demanda na loja foi o
segmento de teclas, teclados arranja-
dores, sintetizadores e pianos, já que
Alberto Costa, fundador da empresa,
é um tecladista renomado e com bas-
um terreno próprio. Em 2008, começa-
va então a nova arquitetura e, no ano
seguinte, deu-se início ao trabalho com
mais amplitude em um prédio com 340
m2
e cinco pavimentos. A loja é hoje
considerada o maior ponto de venda de
instrumentosmusicaisdeBrasília,ere-
ferência no mercado da música.
A Alberto Teclados tem duas lojas
físicas. A matriz está localizada em Ta-
guatinga. Já a filial está situada no SIA
(Setor de Indústria e Abastecimento) e
tem apenas um ano. As lojas vendem os
mesmos produtos e marcas, mas com
demandas diferentes.
Atualmente, contam, nas partes
estratégicas e administrativas, com Al-
berto Costa (músico), Josileide Ramos
(economista e esposa de Alberto), Rissa
Costa (especialista em gestão empresa-
rial e em finanças e economia, filha) e
Persus Costa (músico profissional e co-
nhecedor em produtos, filho).
Além disso, têm o apoio de uma
Visão panorâmica da loja. No detalhe, Rissa Ramos Costa Venturini, diretora-geral da loja
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39. @musicaemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 39
tante influência no meio musical. Mas
atualmente há vendas em todos os
segmentos da música: teclas, cordas,
sopro, percussão, áudio e iluminação,
com grande demanda em todos eles.
Outro segmento presente, ainda
em crescimento, é o de instrumen-
tos infantis. “Temos grandes vendas
para escolas de educação primária e
creches, as quais ministram aulas de
música. Porém, é comum observar a
resistência dos pais em investir em
um instrumento individual para a
criança. Tal segmento só irá se desen-
volver quando a musicalização infan-
til alcançar a mesma importância da
educação básica. Inúmeros estudos
comprovam a importância da músi-
ca no desenvolvimento cognitivo da
criança, estimulando partes do cére-
bro que a linguagem, escrita e oral,
não alcança”, opinou Rissa.
Mais serviços
A Alberto Teclados oferece um serviço
especializado ao consumidor, procu-
rando atender às expectativas do clien-
te, com um profissional capacitado em
cada setor. Cada vendedor tem um co-
nhecimento específico nos segmentos
de cordas, teclas, sopro, percussão e
áudio. “Uma das manifestações essen-
ciais da Alberto Teclados é o aprimora-
mento técnico profissional da equipe, o
que reflete diretamente no amor à pro-
fissão e entusiasmo com que a exerce”,
confirma a diretora.
Além disso, a loja disponibiliza
treinamentos e workshops gratuitos
para clientes no auditório localizado
no terceiro andar.
A loja oferece ainda luthieria para
manutenção e regulagem dos instru-
mentos e assessoria técnica para a
projeção de iluminação e áudio, desde
pequenas salas a grandes auditórios,
montagem de cabos personalizados
de alta qualidade e performance, den-
tre outros serviços. Também tem uma
sala isolada para pianos e teclados,
MAIS INFORMAÇÕES
albertoteclados.com
AlbertoTecladosMusicShopp
oferecendo maior comodidade na hora
de testar os produtos e uma gama de
opções expostas e estocadas para me-
lhor atender o consumidor.
Educação e capacitação
A loja, que não vende apenas para
Brasília, mas também para outros
Estados e até para fora do Brasil, tem
como missão musicalizar o maior
número de pessoas. Para isso, lançou
em 2016 o projeto Por um Mundo com
Música, que visa levar a música como
requisito indispensável para o desen-
volvimento de uma sociedade mais
justa. Assim, realizou no ano passado
13 treinamentos, seis workshops e sete
festivais, todos gratuitos e abertos ao
público. Em 2017, já marcou festivais
e exposições para maio e três treina-
mentos que ainda serão divulgados.
“A formação em educação artísti-
ca no ensino superior é recente, desde
1974. Muitas vezes, as instituições não
estão preparadas para oferecer um
ensino de qualidade. Os poucos cur-
sos oferecidos no Brasil ainda não são
valorizados pelo governo como deve-
riam”, comentou Rissa.
“Além disso, mesmo com inúmeros
estudos comprovando a necessidade da
música nas escolas e sua importância
no desenvolvimento psicomotor e so-
cioafetivo, não há incentivo. A música
faz parte do desenvolvimento integral
do indivíduo e deve fazer parte da po-
lítica educacional brasileira. Diante de
tantos fatos, observamos que a luta pela
valorização da música deve ser diária e
constante. Educar vai muito além de al-
fabetizar. Precisamos formar indivíduos
criativos, sem preconceitos, críticos e
com respeito ao próximo”, finalizou. n
Percussão, áudio e muito mais
Sopro, pianos e acessórios
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40. 40 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
A
Roland foi fundada em 1972,
embora Ikutaro — engenhei-
roemecânicodeórgãosmusi-
cais — tenha se interessado pela indús-
tria de instrumentos na década de 1950,
quando um cliente pediu que tentasse
consertar um órgão eletrônico.
Kakehashi liderou a Roland du-
rante quatro décadas, desenvolvendo
uma das drum machines mais conhe-
cidas na música, o modelo TR-808, que
foi o centro da cena de música hip-hop
e dance nas décadas de 1980 e 1990,
utilizado por reconhecidos produtores
e bandas musicais. Também foi um
dos nomes da indústria musical a fi-
gurar como coautor do padrão MIDI,
promovendo sua criação e difusão.
Kakehashi recebeu um Prêmio
Grammy Técnico em 2013 por suas
contribuições para a tecnologia de
música eletrônica. Logo depois decidiu
sair da Roland, por diferenças com os
diretores, para fundar a ATV, outra em-
presa de produtos musicais eletrônicos.
Ikutaro Kakehashi (1930–2017)
No momento da sua morte, Ikutaro
tinha 87 anos e era presidente da
ATV, empresa de eletrônicos que
fundou há três anos. Nascido em
Osaka, Japão, em 1930, Kakehashi
sempre foi um engenheiro autodida-
ta e extremamente hábil.
Aos 2 anos ficou órfão, quando
seus pais morreram por tuberculose e
passou aos cuidados dos avós. Quan-
do criança, trabalhou nos estaleiros
O criador de vários sintetizadores, drum machines e outros produtos
que revolucionaram a cena musical faleceu em sua casa de Hamamatsu,
no oeste do Japão
da Hitachi em Osaka, onde os subma-
rinos japoneses suicidas eram cons-
truídos. Presenciou de perto a des-
truição da Segunda Guerra Mundial.
Em 1946, devido à escassez de comida
em Osaka, mudou-se para uma ilha
no sul do país chamada Kyushu, onde
trabalhou numa fazenda e recebia
arroz como pagamento. Aos 16 anos
abriu uma loja de conserto de relógios.
Apesar de não ter peças de reposição,
havia muita demanda pelos seus ser-
viços. Ele disse uma vez: “Aprendi o
ofício à custa dos meus clientes. Na
verdade, muitos deles foram minhas
vítimas e não clientes!”.
Depois de quatro anos em Kyushu,
tinta poupado o suficiente para ir à
Universidade de Osaka, mas seus pla-
nos mudaram quando contraiu tuber-
Ikutaro Kakehashi, fundador
da Roland, faleceu aos 87 anos
BIOGRAFIA
Fonte: The Music Trades (www.musictrades.com)
Kakehashi fundou
a Roland Corporation em 1972
Ikutaro Kakehashi (dir.) e sua esposa
Masaka no ano do seu casamento
Ikutaro Kakehashi, com sua esposa Masaka, na entrega do Prêmio
Grammy Técnico em 2013 pela sua ajuda no desenvolvimento do padrão MIDI
mm90_biografia.indd 40 28/04/17 12:14
41. culose. Passou dois anos se recuperando no Hospital Sen-
gokuso, onde leu muito e conseguiu aprender mais sobre
como consertar relógios e também rádios. E foi ouvindo o
rádioquedesenvolveuuminteresepelamúsicaecomeçou
a experimentá-la com aparelhos musicais primitivos.
Quando saiu do hospital, abriu uma loja de conser-
to de rádios em Osaka. À noite trabalhava no design
de um órgão eletrônico, mas com a falta de teclados
e de outros componentes, mudou para a construção
de unidades rítmicas. Depois de vários protótipos, em
1958 lançou a Ace Electronics. Um ano depois, refor-
çou a empresa com um investimento obtido da Sakata
Shokai, fabricante de tinta de impressão.
Com a Ace, ele encontrou um bom mercado nos Es-
tados Unidos e na Europa, tendo como clientes empre-
sas como Kimball e Hammond Organ. A diretoria da
Hammond logo reconheceu os talentos de Kakehashi
e, em 1968, a Nihon Hammond, distribuidora japonesa
da Hammond, contratou-o para dirigir a empresa. Em
1972, depois de sair da Nihon Hammond, Kakehashi e
uma equipe de seis lançaram a Roland em uma pequena
garagem em Osaka, com financiamento fornecido pela
gigante Pioneer Electronic Corporation. Como primeiros
produtos, decidiu criar duas máquinas de ritmos dife-
rentes e um amplificador para guitarra.
Sucesso contínuo
Desde o primeiro ano a Roland apresentou bons resulta-
dos econômicos e nas três décadas seguintes a empre-
sa teve crescimento em vendas de dois dígitos. Com o
modelo CR-78 em 1978, a companhia criou a primeira
máquina de ritmos totalmente programável; o Roland
EP-30, apresentado em 1974, foi o primeiro piano eletrô-
nico com teclado sensível ao tato; o amplificador JC-120
Jazz Chorus foi o primeiro amplificador de guitarra a
apresentar processamento de sinal incorporado; com o
MC-8, em 1977, a Roland criou o primeiro sequenciador
digital, e a lista continua. Outro dado importante é que a
empresa foi a primeira a trabalhar no padrão MIDI, com
a criação da interface MIDI standard (MPU-401) para
vincular instrumentos musicais com PCs, desenvolven-
do o sintetizador de guitarra, e o VS-880, o primeiro sis-
tema de gravação de disco rígido prático e acessível.
Em 1973, Kakehashi reforçou o mercado de guitar-
ras com uma linha de efeitos sob o nome MEG (Musi-
cal Electronics Group), mas, um ano depois, quando um
dealer dos Estados Unidos disse que os guitarristas não
iriam comprar o pedal por ter nome de mulher, decidiu
mudar para a marca Boss.
Em 1981, Kakehashi entrou no mercado de computa-
dores com o lançamento da Roland DG, que atualmente
opera de forma independente do negócio musical da Ro-
land — e que no ano passado faturou US$ 400 milhões.
Ele foi um visionário em vendas, em engenharia e
para fechar negócios, aplicando inclusive um modelo
de distribuição internacional próprio, por meio do qual,
em vez de oferecer linhas de produtos a distribuidores
existentes, procurava talentos locais para criar empre-
sas de distribuição joint venture, metade propriedade
da Roland, metade propriedade do diretor local.
Em 1988, adquiriu a Rodgers Instruments, fabricante
líder de órgãos para igreja. Dois anos depois, introduziu a
linha Roland Atelier de órgãos caseiros.
Kakehashi continuou exercendo controle diretivo
na Roland, inclusive depois de ser obrigado a renunciar
como CEO e ficar longe do conselho diretivo. Quatro
anos depois, por discordar da estratégia do conselho,
vendeu todas as suas ações na empresa e, ainda compro-
metido com o avanço da música eletrônica, criou a ATV,
com uma linha de produtos de percussão e vídeo.
Com tantas inovações, criações e atitude, será sempre
bem lembrado. E a indústria sentirá saudade. n
CABOS ESPECIAIS
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42. 42 www.musicaemercado.org @musicaemercado fb.com/musicaemercado
MERCADO
Pearl Drums
quer recuperar
mercado
no País
Após um ano e meio de baixa presença no Brasil,
a empresa encara o desafio de fazer a marca crescer
E
m maio de 2015, a equipe cons-
tituída em 2010 para cuidar da
operação comercial da Pearl
no Brasil assumiu a direção da PBR. Foi
assim que os sócios Andre Jung, Ricar-
do D’Apice, Mario Julio Vicente e Athos
Costa herdaram uma empresa enxuta
e bem administrada por seus antigos
proprietários. O desafio estava lançado:
precisavam atravessar o momento mais
difícil de nosso mercado em décadas
e ao mesmo tempo transformar uma
empresa familiar estruturada de forma
tradicional em uma organização sinto-
nizada com novas linguagens, atenta
a gerenciar com um olho no produto e
outro no consumidor, capaz de ampliar
o market share em meio à própria crise.
“Estreitamos vínculos com o for-
necedor, com nossa rede de dealers e
principalmentecomamultidãodebate-
ristas Brasil afora para definir quais os
produtos certos para o momento atual
da música e dos músicos”, contou Andre
Jung, sócio-diretor de marketing da PBR
Musical. Saiba mais nesta entrevista.
Como você encontrou o mercado
brasileiro em relação à marca?
No final de 2009 a marca estava desca-
racterizada e precisava ser reativada.
Marcas OEM haviam invadido o mer-
cado ocupando grande espaço nas lojas
e, por falta de foco, as grandes marcas
haviam perdido muito espaço. Um pro-
cesso doloroso para um grande uni-
verso de músicos, que investiram suas
economias em instrumentos de baixa
qualidade, descontinuados constante-
mente, trazendo marcas efêmeras des-
tinadasaomercadonacional.Lojistase
músicos compravam gato por lebre.
Que estratégia comercial estão
aplicando para se posicionar de
novo no mercado local?
A primeira coisa a entender é o nosso
diferencial de qualidade sonora e du-
rabilidade, e nesse quesito somos im-
batíveis, não temos medo de oferecer
garantias longas para nossos produtos.
Para o consumidor que só busca o pre-
ço, sem uma visão de médio prazo, e
para o lojista que baseia sua estratégia
comercial em fornecer pelo menor pre-
ço possível, nós não somos opção. Até
porque essa nunca é a opção certa. O
desafio nesse caso é apresentar tanto
para o consumidor como para quem
vende qual é a opção inteligente, aquela
que oferece o melhor custo-benefício,
garantindo ao mercado um instrumen-
to capaz de atender a qualquer solicita-
ção e ao lojista a tranquilidade de nego-
Modelos das fotos:
• Caixa LMP1465S
• Banco para bateria D-930
• Pedal P2050C Eliminator
Redline Chain Drive
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43. @musicaemercado fb.com/musicaemercado www.musicaemercado.org 43
MAIS INFORMAÇÕES
pearl-latinamerica.com
PearlBrasil
ciar com uma empresa que realmente
garante o produto que vende.
Comorecuperaromarketshareperdido
aolongodesteumanoemeiosem
maiorpresençanospontosdevenda?
Emprimeirolugar,vamosconsiderarque
os produtos Pearl nunca deixaram de ter
sucesso no Brasil. Houve sim momentos
de maior e menor acessibilidade, mas a
Pearl nunca deixou de povoar os sonhos
dos nossos bateristas. Desde o início da
PBR,nosdedicamosareforçaraimagem
de excelência e confiabilidade da Pearl,
garantindo fornecimento não só de kits
completos,comodeumaamplagamade
acessórios e componentes. No primeiro
momento priorizamos a série Pearl Vi-
sion, instrumento intermediário, como
o carro-chefe para a alavancagem da
marca,decisãoquesemostrouacertada.
Mantendo essa conduta, continuamos a
priorizar as séries intermediárias: as no-
vas Pearl Export, que depois de um perí-
odo sabático retornaram totalmente re-
desenhadas, preservando a durabilidade
e a potência sonora que as tornaram len-
dárias, e a novíssima série Pearl Decade
Maple, que oferece um sofisticado casco
em maple selecionado, com timbre e vo-
lume espetaculares, capaz de responder
às solicitações de qualquer profissional
depalcoegravações.
Como está sendo a recepção por
parte dos usuários e clientes locais?
Desde que assumimos a distribuição
da Pearl, nos preocupamos em res-
tabelecer a relação de confiança mú-
tua entre os nossos consumidores e a
marca. Sabemos que a Pearl habita um
lugar de destaque entre os bateristas
brasileiros, constituindo um forte vín-
culo de afetos e confiança. Temos cer-
teza de que os profissionais e aqueles
que, sem ser profissionais, têm conta-
to com a música e os palcos, preferem
a nossa marca, mas hoje também os
iniciantes, muitas vezes orientados
pelos professores, compreendem a ne-
cessidade de um instrumento de qua-
lidade, capaz de projetar suas carrei-
ras e fazer seus sonhos vingar.
E os endorsees?
Temos um sólido time de endorsees,
espalhado por todo o País, artistas de
referência em diversas tendências do
mercado da música. A eles dedicamos
atenção e respeito, buscando uma co-
municação constante e promovendo
eventos que aproximem marca, artista,
lojista e o consumidor final. Neste ano
de 2017 já tivemos algumas incorpora-
ções, entre elas Pablo Diogo (Ludmilla),
Robertinho Marçal (Fagner) e Claudio
Félix (Aline Barros), além do ingresso
no time do Dino Verdade, exímio bate-
rista que também é o responsável pela
construção da maior rede de escolas de
bateria do mundo.
Com quantos lojistas estão
trabalhando no País hoje?
A maioria dos lojistas com que tra-
balhamos tem mais de um ponto de
venda. Se pensarmos assim, temos no
Brasil mais de 200 pontos de venda. Só
trabalhamos com lojas especializadas
em instrumentos musicais. Para ser um
dealer Pearl, a loja não precisa se com-
prometer com volume ou programação
de compra, ela deve abraçar a marca,
conhecer o produto e oferecer ao consu-
midor a experiência de ver e sentir a di-
ferençaquefazaPearl líder mundial em
venda de baterias. Só com preços justos
e uma margem saudável para os lojistas
é possível manter um estabelecimento
em dia com suas obrigações.
Destaque alguns produtos ‘ideais’
para o mercado brasileiro.
Temos diversas linhas de baterias, in-
dicadas para estilos e performances
diversas, porém gostaria de destacar
três produtos Pearl que vêm resolvendo
a vida de praticamente todos os bate-
ristas, independentemente da marca
de bateria que ainda possuem. São eles:
• Caixas: mais de cem modelos para
deleite dos profissionais e amadores,
que podem selecionar o modelo ade-
quado a cada performance.
• Pedais: diversas séries, simples e du-
plos, com engenharia e precisão para
responder a qualquer solicitação dos
bateristas de hoje.
• Acessórios: uma ampla gama de
acessórios para personalizar e atender
às características de cada músico, com
segurança, precisão e durabilidade. n
Dino Verdade, novo endorseeDa esq. para a dir.: Andre Jung, Ricardo D’Apice, Mario Julio Vicente e Athos Costa (sócios)
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46. 46 www.musicaymercado.org @musicaymercado fb.com/musicaymercado
CAPA | ILUMINAÇÃO
Renovação
da SGM direto
da Dinamarca
Muitos se lembrarão da antiga SGM italiana,
mas hoje a empresa mudou. Sua matriz fica na
Dinamarca e sua linha de produtos também
foi modificada. Em entrevista exclusiva,
Peter Johansen, CEO, revela mais detalhes
Em 2009, a empresa passou
a fazer parte do Grupo RCF, que
até esse momento só contava
com marcas de áudio. Por isso
decidiram chamar Peter Johan-
sen — fundador da reconheci-
da Martin Professional e com
enorme experiência na indús-
tria de iluminação — para en-
cabeçar a equipe em 2010.
Dois anos depois, Peter e um gru-
po de associados adquiriram a com-
panhia e uma nova etapa começou.
Passaram a trabalhar com vários pro-
fissionais que já tinham feito parte do
staff da Martin no passado, mudando
sua matriz para Aarhus, na Dinamar-
ca, e focando suas criações em produ-
tos baseados na tecnologia LED.
Mais recentemente, final de 2015, a
empresa passou por uma nova reestru-
turação, com a saída do grupo de sócios
e a entrada de apenas um novo copro-
prietário, o empresário Paolo Covre, da
empresa de investimentos Eurofinim,
aportando novo capital, mas mantendo
o resto da linha de trabalho da
empresa,agorasobonomeSGM
Light A/S. Quer saber mais?
Aqui vai sua história.
O ingresso de Peter
Qual era a situação da SGM
quando você a adquiriu?
Bom, é uma história complica-
da. A SGM começou nos anos
70. Era uma companhia italiana que
fazia produtos de boa qualidade, mas
que depois caiu na armadilha chine-
sa. No final dos anos 90, início de 2000,
quiseram fazer dinheiro rápido renun-
ciando aos bons produtos originais e
comprando produtos chineses baratos,
com a esperança de vendê-los pelo do-
A
SGM foi fundada na Itália em 1975, por Gabriele
Giorgi e Maurizio Guidi, de onde vem a sigla do
seu nome: Societa Gabriele Maurizio. Teve seus
anos dourados nas décadas posteriores com suas luzes
de efeitos, máquinas de fumaça, controladores e movings.
Prova disso foi a linha Giotto, reconhecida e usada ampla-
mente em muitos países do mundo, como o Brasil.
Nossa filosofia é
basicamente que não nos
importamos em absoluto
com o que a concorrência
está produzindo
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Lançamento: P-10
Na recente feira alemã
Prolight+Sound, a SGM
apresentou o P-10, uma
potente luz LED “tudo em
um” de 1.250 W que traz as
funções de uma luz wash, um
estrobo, uma luz flood, uma luz
pixel e um blinder com uma saída
contínua sem perder luminosidade.
O aparelho de formato retangular full color
incorpora 48 LEDs RGBW de 24 W dando um output de 40.000
lumens e uma variada mistura de cor ótica. Os LEDs são divididos em
oito segmentos controláveis individualmente, para gerar uma ampla
variedade de efeitos de cor e combinações de pixel mapping. A função de
+/- verde facilita a combinação da luz com o ambiente, controlando a
saturação. Sua versatilidade é aumentada com vários filtros e opções de
barndoors. Pode ser usado em exteriores graças ao seu nível de proteção
IP65 e a um desumidificador incorporado.
bro do preço, de modo que esse conceito
estragou totalmente a imagem da SGM.
Em 2009, a SGM foi adquirida pela RCF,
uma companhia de som inteligente que
achou que podia comprar uma empresa
de iluminação e torná-la um sucesso
absoluto. Poucos meses depois de ad-
quiri-la, ligaram para mim e disseram:
“Sabemos da sua trajetória na Martin,
então, por favor, ajude-nos a ter suces-
so”. Eu disse que não. Depois ligaram de
novo. Após três ou quatro ligações, você
sabe, os italianos têm um jeito especial
de convencer as pessoas, especialmente
alguns do sul da Itália. Então, tive que
dizer que sim! Reuni a minha antiga
equipe de pesquisa e desenvolvimento
da Martin, pessoas que tinham traba-
lhado comigo por 30 anos em diferentes
operações, e começamos com tudo.
O que aconteceu no final de 2015,
quando a Eurofinim e seu CEO,
Paulo Covre, entraram na história
da companhia?
É uma longa história. Muito mudou
com isso, porque não sou um homem
muito fácil com quem trabalhar. Tí-
nhamos um grupo de acionistas com-
plicado por trás da SGM e não sou uma
pessoa muito corporativa. Se queriam
realizar alguma coisa, tinha de ser do
meu jeito. Fora isso, alguns dos acio-
nistas individuais tinham enormes
discussões internas que estavam li-
mitando as possibilidades da SGM e,
supostamente, o Paulo iria unir-se à
nossa equipe como acionista há vários
anos, mas esses outros acionistas não
queriam. Por isso tive que tomar uma
decisãoquefizesseacompanhiasemo-
ver na direção que queríamos.
Como está a empresa hoje?
Perfeita! Agora só tenho um sócio e é
muito mais fácil. Sabe, alguns homens
têm 15 namoradas e sempre têm pro-
blemas porque todas querem ser a nú-
mero 1. A mesma coisa acontece com
os acionistas. De modo que agora só
tenho um homem. Temos muito pou-
cas reuniões e durante elas passamos
mais tempo curtindo a vida do que fa-
lando de negócios, porque ambos pen-
samos na mesma direção.
Quantos engenheiros
trabalham na empresa?
Vinte. Tenho um modo muito inteli-
gente de contá-los. Quando chego to-
das as manhãs, conto suas pernas e
divido por dois!
Você também se envolve
na criação de produtos?
Sim. Não físicamente, mas participo de
todas as reuniões importantes. Há vá-
rias pessoas-chave que têm estado co-
migo por muitos anos e delego a maior
parte do trabalho a elas. Só me envol-
vo quando se devem tomar decisões
críticas ou se querem deter um proje-
to e começar outro completa-
mente novo.
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A tecnologia e os
produtos têm mudado
muito na SGM desde
a época em que era
uma companhia
italiana. Essas
mudanças também
se refletiram na
estratégia corporativa
da empresa?
Tudo mudou em todos
os sentidos. Não gosto
de falar mal de ninguém,
mas se tivesse que res-
ponder a essa pergunta
poderia soar um pouco
grosso. As companhias
italianas, especialmente
a SGM, foram conhe-
cidas por muitos anos
por ser criativas, com
bons produtos, mas nem sempre con-
fiáveis. A SGM costumava ter um bom
departamento de vendas, um bom de-
partamento de design, mas um péssi-
mo departamento de serviço técnico.
As pessoas de vendas falavam inglês,
mas aqueles no serviço técnico não
sabiam nem uma palavra em outro
idioma que não fosse italiano, então
minha filosofia não mudou nos últi-
mos 30 anos. A Martin tornou-se a
maior do mundo não porque está-
vamos fazendo os melhores produ-
tos — definitivamente não eram os
melhores produtos na época —, mas
porque tínhamos fornecedores sólidos
e um fantástico serviço técnico de su-
porte. Esses pontos-chave da Martin
na velha época não foram destaques na
SGM, mas são hoje. Colocamos o servi-
ço técnico à frente de todo o resto por-
que é um produto altamente complica-
do e atuamos principalmente na indús-
tria de touring. Você não pode parar
um show porque um aparelho não está
funcionando. Então, se houver algum
problema — que realmente já não há
mais —, tem que ser solucionado aqui
e agora, sem importar quem tem culpa.
Essa é uma das grandes mudanças.
Outra mudança importante na
SGM é que agora nossos produtos são
criados do zero junto a alguns dos me-
lhores profissionais que essa indústria
viu, mas não pegamos simplesmente
alguns aparelhos e colocamos LEDs
neles. Saímos pesquisando, passamos
dois anos compreendendo a manipu-
lação térmica, que é um ponto-chave
quando você faz aparelhos LED. Se
você sabe como tirar o calor de um
LED, pode abusar dele de qualquer
modo possível, que é exatamente o que
estamos fazendo! Porque podemos ter
mais saída de luz com menor consumo
de energia que qualquer outra empre-
sa no mundo. Fornecemos cores mais
brilhantes e mais puras que qualquer
outra companhia nessa indústria e isso
realmente nos destaca entre os outros.
Wireless e com
proteção climática
O que é ser inovador atualmente,
com tantos imitadores?
Esse é o próximo ponto na história,
depois de ter reunido meus ex-cole-
gas da Martin. O tema mais impor-
tante na indústria de iluminação é
eliminar da sua mente o que está
disponível no mercado, esquecer
do que os outros estão fazendo.
Não olhe para o que o mercado está
demandando, observe o que o mer-
cado não tem neste momento, o
que não existe no mercado.
Os designers de iluminação sabem
o que querem ou simplesmente
usam o que você fornece?
Eles são artistas. Quando um artista
quer fazer uma peça de arte, não quer
nada pré-fabricado, quer ter liberdade
total. Só precisa de tintas, telas e pin-
céisparasuaobra.Nossafilosofiaseba-
seia em produzir ferramentas que não
estejam no mercado neste momento.
Dar-lhe algumas tintas, telas e pincéis
que não existem ainda para que possa
fazer alguma coisa nova ou fazê-la em
Colocamos o serviço
técnico à frente
de todo o resto
Montagemdecircuitos
Visãogeraldaslinhasdeprodução Linhadeprodução
CAPA | ILUMINAÇÃO
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um novo ambiente. De modo que nos-
sa filosofia é basicamente que não nos
importamos em absoluto com o que a
concorrência está produzindo, não fa-
lamos com muitos designers de ilumi-
nação sobre o que é que eles precisam,
porque se perguntarmos isso para cem
designers, vamos obter cem respostas
diferentes e perderemos o caminho do
que estamos fazendo. Então, temos um
comitê muito pequeno, de fato o menor
do mundo, formado só por mim!
Desafortunadamente não uso dro-
gas, não uso LSD, nem nada disso. Acho
que deveria começar a usar porque al-
guns grandes empresários industriais
usavam e tiveram muitas boas ideias.
Eusimplesmentecaminhoporaí,obser-
vo, escuto comentários de todos e de re-
pente aparece algum produto na minha
menteouumaideiadeprodutosemper-
guntar para ninguém, sem testá-lo no
mercado. Simplesmente o produzimos
rápido, e esse método tem sido bem-
-sucedido nos últimos cinco anos.
O que é o seguinte na iluminação?
Nos próximos cinco ou seis anos, não
seiquedireçãoailuminaçãotomarádo
ponto de vista artístico, mas do ponto
devistatécnico,todaailuminaçãoserá
LED, as luzes convencionais desapare-
cerão. Haverá uma integração mais
próxima entre a animação de vídeo
e as luzes estáticas, e as luzes profis-
sionais serão todas IP65 ou IP66. Não
posso dizer se todo o mercado será as-
sim, porque até agora a SGM é a única
companhia que faz produtos IP66, mas
provavelmente acelerarão a sua divisão
de cópias para aprender a fazê-lo!
E sobre os wireless?
Estamos andando nessa direção. Já te-
mosquatroprodutoswireless,tantoem
nível de comunicação quanto de ener-
gia. Se tivermos sorte, o DMX desapare-
cerá porque é estúpido! É um protocolo
que está baseado nas luzes inteligentes,
tem muitas limitações e problemas.
Acredito que tudo irá na direção do
wi-fi, ou pelo menos isso é algo que es-
tamos integrando em nossos produtos
agora mesmo. Os produtos serão con-
trolados centralmente por monitores, e
estamos focando nisso também. Quero
dizer,oentretenimentoédivertido,mas
o grande negócio está na arquitetura ou
nas instalações permanentes. Estamos
trabalhando no controle central com-
pleto de todos os nossos produtos ins-
talados no mundo todo como um con-
ceito futuro, de modo que os aparelhos
de iluminação possam ser montados
em qualquer lugar, mas monitorados,
programados e atualizados de qualquer
outro lugar. Resumindo: basicamente a
iluminação será LED e IP65 — porque
IP65 não só significa à prova d’água,
mas também livre de manutenção. Se
você observar um show ou uma sala
de demo, está sempre cheia de fumaça,
que é uma substância horrível. Sei disso
porque eu a criei há muitos anos. Deve-
riam me dar prisão perpétua por fazer
isso! A fumaça é água com glicol. Se um
produto não é IP65, seria
altamente danificado pela
fumaça, devido à presen-
ça da água como um dos
seus componentes, o que
cria corrosão, o que sig-
nifica um curto-circuito,
vida curta, lentes sujas e
mais.Osprodutosquenão
sãoIPnãotêmumciclode
vida muito longo.
Que outros serviços a
SGM tem que a fazem
diferente das outras?
É simples: resposta ime-
diata 24/7. Temos produtos
no mundo inteiro, graças
aos distribuidores que os
têm reposto, mas às vezes
se encontram com pro-
blemas e não sabem o que
fazer, por isso sempre tem
alguém on-line para res-
ponder imediatamente. De
FachadadamatriziluminadaporG-Spots
TestedeaparelhosG-1TestedasunidadesG-Spotcomacabamentobranco
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