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SEMANA DE INCENTIVO À LEITURA
18 a 22/04/2016
“Ler não é caminhar e nem voar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos
lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincula com o meu
contexto.” (Paulo Freire)
OFICINAS DE LEITURA
1º, 2º e 3º anos:
Contar a história do “Patinho Feio” utilizando fantoches.
O Patinho Feio
Era uma vez ...
Uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando nasceu o último, a
patinha exclamou espantada:
- Meu Deus, que patinho tão feio!
Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles:
- Que pato tão grande e tão feio!
Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:
- Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar para nós!
Afastou-se tanto que deu por si na outra margem. De repente, ouviram-se uns tiros. O
Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em voo. O cão dos caçadores
perseguiu-o furioso.
Conseguiu escapar do cão, mas não tinha para onde ir, não deixava de andar. Finalmente
o Inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele cheios de pena.
- Onde é que irá o Patinho Feio com este frio? Não parava de nevar. Escondeu-se
debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.
- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho!
E levou-o para casa.
Lá em casa, trataram muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que
pensava: "Desde que este patucho está aqui, ninguém me liga".
Voltou a Primavera. A velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha
ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.
O gato então aproveitou a ocasião.
- Vai-te embora! Não serves para nada!
A nadar chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele.
O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre
as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne
que não era outro senão ele próprio.
Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio fugiu atrás deles.
Quando passou por cima da sua antiga quinta, os patinhos, seus irmãos, olharam para
eles e exclamaram:
- Que cisnes tão lindos!
Adaptação de um conto de Hans Christian Andersen
Leitura do texto “O Retorno do Patinho Feio”.
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O RETORNO DO PATINHO FEIO
Alfonso era o mais belo cisne do lago príncipe de Astúrias. Todos os dias, ele contemplava
sua imagem refletida nas águas daquele chiquérrimo e exclusivo condomínio para aves milionárias.
Mas Alfonso não se esquecia de sua origem humilde.
- Pensar que, não faz muito tempo, eu era conhecido como o Patinho Feio... Um dia, ele
sentiu saudades da mãe, dos irmãos e dos amiguinhos da escola. Voou até a lagoa do Quaquenhá. O
pequeno e barrento local de sua infância.
A pata Quitéria conversava com as amigas chocando sua quadragésima ninhada.
Alfonso abriu suas largas asas brancas.
- Mamãe! Mamãe! Você se lembra de mim?
Quitéria levantou-se muito espantada.
- Se-se-senhor cisne... quanta honra... mas creio que o senhor se confunde...
- Mamãe...?
- Como poderia eu ser mãe de tão belo e nobre animal? Não adiantou explicar. Dona
Quitéria balançava a cabeça.
- Esse cisne é mesmo lindo... mas doido de pedra, coitado...
Alfonso foi então procurar a Bianca. Uma patinha linda do pré-primário. Que vivia
chamando Alfonso de feio.
- Lembra de mim, Bianca? Gostaria de me namorar agora? He, he, he.
- Deus me livre! Está louco? Uma pata namorando um cisne! Aberração da natureza...
Alfonso respirou fundo. Nada mais fazia sentido por ali. Resolveu procurar um famoso
bruxo da região. Com alguns passes mágicos, o feiticeiro e astrólogo Ornar Rhekko resolveu o
problema. Em poucos dias, Alfonso transformou-se num pato adulto. Gorducho e bastante sem
graça. Dona Quitéria capricha fazendo lasanhas para e/e.
- Cuidado para não engordar demais, filhinho. Bianca faz um cafuné na cabeça de Alfonso.
- Gordo... pescoçudo... bicudo... Mas sabe que eu acho você uma gracinha?
Viveram felizes para sempre.
Fonte: COELHO, Marcelo. "O Retorno do Patinho Feio". Folha de S.Paulo, 19 mar. 2005.
Folhinha, p. 8
Questionamentos sobre os contos:
1) Gostaram do conto? Por quê?
2) O que mais gostaram no conto?
3) Cite uma atitude positiva descrita em um dos contos?
4) Cite uma atitude negativa que você observou em um dos contos?
5) O que aprendemos com essa leitura?
Apresentação do vídeo da música “La Gallina Turuleca”
La Gallina Turuleca
Yola Polastri
Yo conozco una vecina que ha comprado
una gallina que
parece una sardina enlatada
tiene las patas de alambre
porque pasa mucho hambre
y la pobre está todita desplumada
pone huevos en la sala
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y también en la cocina
pero nunca los pone en el corral
la gallina Turuleca es un caso singular
la gallina Turuleca está loca de verdad
chorus:
la gallina Turuleca
ha puesto un huevo
ha puesto dos
ha puesto tres
la gallina Turuleca
ha puesto cuatro
ha puesto cinco
ha puesto seis
la gallina Turuleca
ha puesto siete
ha puesto ocho
ha puesto nueve
dónde está esa gallinita?
déjala a la pobrecita déjala que
ponga diez(2 veces)
(chorus)
Por fim, os alunos serão presenteados com livrinhos de leitura, porém terão a responsabilidade
de ler as historinhas (sozinhos ou com a ajuda dos pais) e, depois disso, deverão escrever uma
cartinha para as acadêmicas contando e/ou ilustrando a história que leram.
4º e 5º anos turno da manhã:
Leitura e encenação de histórias:
Será levada para a sala uma mala antiga com materiais que poderão ser ocupados pelos
alunos para a apresentação de seus textos.
Os alunos serão divididos em três grupos. Cada grupo receberá uma história xerocada. A
história deverá ser lida entre o grupo e depois encenada para o grande grupo. Por fim, os
professores coordenadores das oficinas mostrarão o livro do qual a história foi retirada. O livro está
disponível na biblioteca da escola e quem quiser retirá-lo para fazer a leitura na íntegra, poderá
fazê-lo.
Texto 01:
Como se Fosse Dinheiro
RUTH ROCHA
Todos os dias Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche.
Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava seu Lucas.
Mas seu Lucas nunca tinha troco.
Um dia, Catapimba reclamou de seu Lucas:
- Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
- Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer?
- Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro!
- Ora, bala é como se fossa dinheiro, menino? Ora essa...
Catapimba ainda insistiu umas duas ou três vezes.
A resposta era sempre a mesma:
- Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro... Então, leve um chiclete, se não gosta de bala.
Aí, Catapimba resolveu dar um jeito.
No dia seguinte, apareceu com um embrulhão de baixo do braço. Os colegas queriam saber
o que era. Catapimba ria e respondia;
- Na hora do recreio, vocês vão ver...
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E, na hora do recreio, todo mundo viu.
Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro...
uma galinha.
Botou a galinha em cima do balcão.
- Que é isso, menino? - perguntou seu Lucas.
- É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... o senhor pode me
dar troco, por favor?
Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer.
Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando...
Aí colocou uma moeda no balcão:
- Está aí seu troco, menino!
E pegou a galinha, para acabar com a confusão.
No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço.
No recreio, todo mundo foi comprar lanche.
Na hora de pagar...
Teve gente que queria pagar com raquete de pingue-pongue, com papagaio de papel, com
vidro de cola, com geléia de jabuticaba...
O Armandinho quis pagar um sanduíche de mortadela com o sanduíche de goiabada que ele
tinha levado...
Teve gente que também levou galinha, pato, peru...
E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma;
- Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro...
Mas seu Lucas ficou chateado mesmo quando apareceu o Caloca puxando um bode.
Aí, seu Lucas correu e chamou a diretora.
Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo.
E sabe o que ela achou?
Pois achou que as crianças tinham razão..
- Sabe, seu Lucas - ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é.
Até aí o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro muito menos chiclete.
Seu Lucas se desculpava:
- É, mas eu não tive troco?
- Aí, o senhor anota, e no outro dia paga.
Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo.
Naquele dia, nem houve mais aula.
Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo do caso.
E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais compridos de troco, seu Ângelo do mercado
não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro.
Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é?
TEXTO 02:
Espinha de peixe
Fernando Sabino
"De repente Dona Carolina deixou cair o garfo e soltou um grunhido. Todos se precipitaram
para ela, abandonando seus lugares à mesa: a filha, o genro, os netos:
- Que foi, mamãe?
- Dona Carolina, a senhora está sentindo alguma coisa?
- Fala conosco, vovó.
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A velha, porém, só fazia arranhar a garganta com sons estrangulados, a boca
aberta, os olhos revirados para cima.
- Uma espinha - deixou escapar afinal, com esforço: - Estou com uma espinha de peixe
atravessada aqui.
E apontava o gogó com o dedinho seco.
- Come miolo de pão.
- Respira fundo, vovó.
- Com licença – e o marido de uma das netas, que era
médico recém-formado, abriu caminho: -Deixa ver. Abre bem a boca, Dona Carolina.
Dona Carolina reclinou a cabeça para trás, abriu bem a boca, e a dentadura superior se
despregou. Constrangido, o moço retirou-a com dedos delicados, deixou-a sorrindo
sobre a toalha da mesa:
- Assim. Agora vira aqui para a luz. Não estou vendo nada... A espinha já saiu, não tem
nada aí. A garganta ficou um pouco irritada, é por isso... Bebe um pouco d'água, Dona Carolina,
que tudo já passou.
Todos respiraram aliviados, voltando aos seus lugares. Dona Carolina, porém, fuzilou o
rapaz com um olhar que parecia dizer: 'Passou uma ova!' e continuava a gemer. Como ninguém
se dispusesse mais a socorrê-la, acabou se retirando para o quarto, depois de amaldiçoar toda a
família. Uma das netas, solícita, foi levar-lhe a dentadura, esquecida sobre a mesa.
- Estou com uma espinha na garganta - queixava-se ela, a voz cada vez mais fraca.
- Já saiu, mamãe. É assim mesmo, a gente fica com a impressão que ainda tem, deve ter ferido a
garganta...
- Impressão nada! Ela está aqui dentro, me sufocando...
Chame um médico para mim, minha filha.
Veio de novo o rapaz que era médico, mas a velha o rejeitou com um gesto:
- Esse não! Eu quero um médico de verdade!
A família, de novo reunida, se alvoroçava, e Dona Carolina, arquejante, dizendo que morria
sufocada. Uma das filhas corria a buscar um copo d'água, outra abanava
a velha com um jornal. O dono da casa foi bater à porta do vizinho de apartamento, Dr.
Fontoura, que, pelo nome, devia ser médico:
- O senhor desculpe incomodar, mas minha sogra cismou, uma espinha de peixe, não tem
mais nada, cismou que tem, porque tem... Dr. Fontoura, que na realidade era dentista, acorreu com
uns ferrinhos, uma pinça.
- Abre bem a boca, minha senhora - ordenou, gravemente, e contendo a língua da velha com
o cabo de uma colher, meteu o nariz pela boca adentro: - Assim. Hum-hum... Não vejo nada.
Alguém tem uma lanterna elétrica? Um dos rapazes trouxe a lanterna elétrica, e o dentista
iluminou a goela de sua nova cliente, sob a expectativa geral.
- É isso mesmo... Está um pouquinho irritada ali, perto da epiglote. Não tem mais nada, a
espinha já saiu. O que ela está precisando, na minha opinião, é de uma dentadura
nova.
A velha engasgou e, em represália, por pouco não lhe mordeu a mão. Todos respiravam,
aliviados.
- Eu não dizia? - exclamava o dono da casa, conduzindo o vizinho até a porta. E protestava
agradecimentos:
- A velha está nervosa à toa, o senhor desculpe o incômodo... Dona Carolina pôs se a
amaldiçoar toda a sua descendência, a voz cada vez mais rouca:
- Cambada de imprestáveis! Eu aqui morrendo engasgada e eles a dizerem que não tem
mais nada! Resolveram fazê-la tomar um calmante e dar o caso por encerrado. Mas o caso não se
encerrou. A velha não pregou olho durante a noite e passou todo o dia seguinte na cama, gemendo
com um fio de voz:
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- Ai, ai, ai, meu Santo Deus! Estou morrendo e ninguém liga! A filha torcia as
mãos exasperadas:
- Não quis almoçar, agora não quer jantar. Assim acaba morrendo mesmo.
- Minha sogra é uma histérica - explicava o dono da casa a um velho amigo que viera visitá-
lo ao terceiro dia. - Está assim desde Quarta-feira, já nem fala mais com ninguém... O velho amigo
resolveu espiá-la de perto. Assim que o viu, Dona Carolina agarrou-lhe a mão, soprando-lhe no
rosto uma voz roufenha, quase inaudível, mais para lá do que para cá:
- Pelo amor de Deus, me salve! Você é o único que ainda acredita em mim. Impressionado,
o velho amigo da casa resolveu levá-la consigo até o pronto-socorro.
- Quanto mais não seja, terá efeito psicológico - explicou aos demais. Embrulharam a velha
num sobretudo, e lá se foi ela, de carro, para o pronto-socorro. Foi só chegar e a esconderam numa
mesa, anestesiaram-na, e o médico de plantão, com uma pinça, retirou de sua garganta - não um
espinha, mas um osso de peixe, uma imensa vértebra cheia de espinhas para todo lado, como um
ouriço. - Estava morrendo sufocada - advertiu. - Não passaria desta noite.
Hoje, Dona Carolina, quando quer fazer o resto da família ouvir sua opinião sobre qualquer
assunto, exibe antes sua famosa vértebra de peixe, que carrega consigo, como um
troféu."
TEXTO 03:
“Bom dia todas as cores”
Ruth Rocha
Narrador (N) – Meu amigo Camaleão acordou de bom-humor.
Camaleão (C) – Bom dia Sol, bom dia flores, bom dia todas as cores!
(N) – Lavou o rosto numa folha cheia de orvalho. Mudou sua cor para cor-de-rosa, que ele achava a
mais bonita de todas e saiu para o sol... Contente da vida! Meu amigo camaleão estava feliz, porque
tinha chegado a Primavera. O sol, finalmente, depois de um inverno longo e frio, brilhava alegre no
céu.
(C) – Eu hoje estou de bem com a vida! Quero ser bonzinho pra todo mundo...
(N) – Logo que saiu de casa o camaleão encontrou o Professor Pernilongo. O Professor Pernilongo
toca violino na orquestra do Teatro Florestal.
(C) – Bom dia professor. Como vai o senhor?
Professor Pernilongo (P) – Bom dia camaleão. Mais o que é isso meu irmão? Por quê que mudou de
cor? Essa cor não lhe cai bem. Olhe para o azul do céu. Bahh! Por que não fica azul também, heim?
(N) – O camaleão amável como ele era resolveu ficar azul como o céu de primavera. Até que numa
clareira o camaleão encontrou o Sabiá Laranjeira.
Sabiá Laranjeira (S) – Eh aí camaleão, muito bom dia a você! Mas que cor é essa agora? Uai, mais
tá azul por quê?
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(N) – O sabiá explicou que a cor mais bonita do mundo era a cor alaranjada, cor de laranja, dourada.
Nosso amigo bem depressa resolveu mudar de cor. Ficou logo alaranjado, loiro, laranja, dourado. E
cantando alegremente, lá se foi ainda contente.
(C) – Lá, lá, lálálá, lá, lá, lá!
(N) – Na pracinha da floresta, saindo da capelinha, vinha o Senhor Louva-Deus mais a família
inteirinha. Ele é um senhor muito sério que não gosta de gracinha.
Senhor Louva-Deus – Bom dia camaleão! Ohhh que cor mais escandalosa. Parece até fantasia para
baile de carnaval. Você devia arranjar uma cor mais natural. Veja o verde da folhagem! Veja o
verde da campina! Você devia fazer o que a natureza ensina.
(N) – É claro que o nosso amigo resolveu mudar de cor. Ficou logo bem verdinho e foi pelo seu
caminho. Vocês agora já sabem como era o camaleão. Bastava que alguém falasse, mudava de
opinião. Ficava roxo, amarelo, ficava cor de pavão, ficava de toda cor, não sabia dizer não! Por isso,
naquele dia, cada vez que se encontrava com alguns de seus amigos e que amigo estranhava a cor
com que ele estava... Adivinha o que fazia o nosso camaleão? Pois ele logo mudava. Mudava para
outro tom. Mudou de rosa para azul, de azul para alaranjado, de laranja para verde, de verde para
encarnado, mudou de preto pra branco, de branco ficou roxinho, de roxo para amarelo e até para cor
de vinho.
Quando o sol começou a se por no horizonte, camaleão resolveu voltar para casa.
Estava cansado do longo passeio e mais cansado ainda de tanto mudar de cor. Entrou na sua
casinha. Deitou para descansar e lá ficou a pensar.
(C) – Ehhh por mais que a gente se esforce não pode agradar a todos. Alguns gostam de farofa.
Outros preferem farelo. Uns querem comer maça. Outros preferem marmelo. Tem quem goste de
sapato. Tem quem goste de chinelo. E se não fosse os gostos o que seria do amarelo.
(N) – Por isso no outro dia, camaleão levantou bem cedinho.
(C) – Bom dia sol, bom dia flores, bom dia todas as cores!
(N) – Lavou o rosto numa folha cheia de orvalho. Mudou sua cor para cor-de-rosa, que ele achava a
mais bonita de todas e saiu para o sol... Contente da vida!Logo que saiu, camaleão encontrou o
Sapo-Cururu que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
(C) - Bom dia meu caro sapo. Que dia mais lindo, não?
Sapo – Muito bom dia amigo camaleão. Mais que cor mais engraçada. Antiga, tão desbotada, por
que você não usa uma cor mais avançada?
(N) – O camaleão sorriu e disse pro seu amigo...
(C) – Eu uso as cores que eu gosto e com isso faço bem. Eu gosto dos bons conselhos, mas faço o
que me convêm. Quem não agrada a si mesmo não pode agradar ninguém.
(N) – E assim aconteceu o que eu acabei de contar. Se gostaram muito bem, se não gostaram azar!
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APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
Leitura e audição de uma fábula em Espanhol “El Leon y El Ratón”, de Esopo.
4º e 5º anos turno da tarde:
Roda de Leitura e Contação de histórias criadas pelos alunos. Porém, a cada história contada os
professores coordenadores apresentarão uma “maleta de coisas de fora da história” da qual tirarão
um objeto surpresa que o aluno deverá acrescentar na história que está lendo.
Leitura e vídeo da fábula em Espanhol “El Leon y El Ratón”, de Esopo.
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“Ler não é caminhar e nem voar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos
lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincula com o meu
contexto.” (Paulo Freire)
CONVITE
Vimos, por meio deste, convidar a Sr. Caroline de Oliveira Alves, acadêmica
da UFPEL, do curso de Letras – Espanhol a distância, para realizar no dia
14/04/2016, no período da manhã e da tarde, Oficinas de Incentivo à Leitura, com os
alunos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.
Sabemos da importância da leitura no cotidiano de cada cidadão, pois
acreditamos que é somente através do conhecimento e da leitura crítica do mundo que
nos cerca que poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Certos de contar com sua presença, agradecemos.
Marinês Costa Valério
Diretora da Escola

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Semana de incentivo à leitura

  • 1. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com SEMANA DE INCENTIVO À LEITURA 18 a 22/04/2016 “Ler não é caminhar e nem voar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincula com o meu contexto.” (Paulo Freire) OFICINAS DE LEITURA 1º, 2º e 3º anos: Contar a história do “Patinho Feio” utilizando fantoches. O Patinho Feio Era uma vez ... Uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando nasceu o último, a patinha exclamou espantada: - Meu Deus, que patinho tão feio! Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles: - Que pato tão grande e tão feio! Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe: - Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar para nós! Afastou-se tanto que deu por si na outra margem. De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em voo. O cão dos caçadores perseguiu-o furioso. Conseguiu escapar do cão, mas não tinha para onde ir, não deixava de andar. Finalmente o Inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele cheios de pena. - Onde é que irá o Patinho Feio com este frio? Não parava de nevar. Escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou. - Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho! E levou-o para casa. Lá em casa, trataram muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que pensava: "Desde que este patucho está aqui, ninguém me liga". Voltou a Primavera. A velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande. O gato então aproveitou a ocasião. - Vai-te embora! Não serves para nada! A nadar chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele. O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne que não era outro senão ele próprio. Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio fugiu atrás deles. Quando passou por cima da sua antiga quinta, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram: - Que cisnes tão lindos! Adaptação de um conto de Hans Christian Andersen Leitura do texto “O Retorno do Patinho Feio”.
  • 2. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com O RETORNO DO PATINHO FEIO Alfonso era o mais belo cisne do lago príncipe de Astúrias. Todos os dias, ele contemplava sua imagem refletida nas águas daquele chiquérrimo e exclusivo condomínio para aves milionárias. Mas Alfonso não se esquecia de sua origem humilde. - Pensar que, não faz muito tempo, eu era conhecido como o Patinho Feio... Um dia, ele sentiu saudades da mãe, dos irmãos e dos amiguinhos da escola. Voou até a lagoa do Quaquenhá. O pequeno e barrento local de sua infância. A pata Quitéria conversava com as amigas chocando sua quadragésima ninhada. Alfonso abriu suas largas asas brancas. - Mamãe! Mamãe! Você se lembra de mim? Quitéria levantou-se muito espantada. - Se-se-senhor cisne... quanta honra... mas creio que o senhor se confunde... - Mamãe...? - Como poderia eu ser mãe de tão belo e nobre animal? Não adiantou explicar. Dona Quitéria balançava a cabeça. - Esse cisne é mesmo lindo... mas doido de pedra, coitado... Alfonso foi então procurar a Bianca. Uma patinha linda do pré-primário. Que vivia chamando Alfonso de feio. - Lembra de mim, Bianca? Gostaria de me namorar agora? He, he, he. - Deus me livre! Está louco? Uma pata namorando um cisne! Aberração da natureza... Alfonso respirou fundo. Nada mais fazia sentido por ali. Resolveu procurar um famoso bruxo da região. Com alguns passes mágicos, o feiticeiro e astrólogo Ornar Rhekko resolveu o problema. Em poucos dias, Alfonso transformou-se num pato adulto. Gorducho e bastante sem graça. Dona Quitéria capricha fazendo lasanhas para e/e. - Cuidado para não engordar demais, filhinho. Bianca faz um cafuné na cabeça de Alfonso. - Gordo... pescoçudo... bicudo... Mas sabe que eu acho você uma gracinha? Viveram felizes para sempre. Fonte: COELHO, Marcelo. "O Retorno do Patinho Feio". Folha de S.Paulo, 19 mar. 2005. Folhinha, p. 8 Questionamentos sobre os contos: 1) Gostaram do conto? Por quê? 2) O que mais gostaram no conto? 3) Cite uma atitude positiva descrita em um dos contos? 4) Cite uma atitude negativa que você observou em um dos contos? 5) O que aprendemos com essa leitura? Apresentação do vídeo da música “La Gallina Turuleca” La Gallina Turuleca Yola Polastri Yo conozco una vecina que ha comprado una gallina que parece una sardina enlatada tiene las patas de alambre porque pasa mucho hambre y la pobre está todita desplumada pone huevos en la sala
  • 3. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com y también en la cocina pero nunca los pone en el corral la gallina Turuleca es un caso singular la gallina Turuleca está loca de verdad chorus: la gallina Turuleca ha puesto un huevo ha puesto dos ha puesto tres la gallina Turuleca ha puesto cuatro ha puesto cinco ha puesto seis la gallina Turuleca ha puesto siete ha puesto ocho ha puesto nueve dónde está esa gallinita? déjala a la pobrecita déjala que ponga diez(2 veces) (chorus) Por fim, os alunos serão presenteados com livrinhos de leitura, porém terão a responsabilidade de ler as historinhas (sozinhos ou com a ajuda dos pais) e, depois disso, deverão escrever uma cartinha para as acadêmicas contando e/ou ilustrando a história que leram. 4º e 5º anos turno da manhã: Leitura e encenação de histórias: Será levada para a sala uma mala antiga com materiais que poderão ser ocupados pelos alunos para a apresentação de seus textos. Os alunos serão divididos em três grupos. Cada grupo receberá uma história xerocada. A história deverá ser lida entre o grupo e depois encenada para o grande grupo. Por fim, os professores coordenadores das oficinas mostrarão o livro do qual a história foi retirada. O livro está disponível na biblioteca da escola e quem quiser retirá-lo para fazer a leitura na íntegra, poderá fazê-lo. Texto 01: Como se Fosse Dinheiro RUTH ROCHA Todos os dias Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche. Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava seu Lucas. Mas seu Lucas nunca tinha troco. Um dia, Catapimba reclamou de seu Lucas: - Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro. - Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer? - Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro! - Ora, bala é como se fossa dinheiro, menino? Ora essa... Catapimba ainda insistiu umas duas ou três vezes. A resposta era sempre a mesma: - Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro... Então, leve um chiclete, se não gosta de bala. Aí, Catapimba resolveu dar um jeito. No dia seguinte, apareceu com um embrulhão de baixo do braço. Os colegas queriam saber o que era. Catapimba ria e respondia; - Na hora do recreio, vocês vão ver...
  • 4. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com E, na hora do recreio, todo mundo viu. Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro... uma galinha. Botou a galinha em cima do balcão. - Que é isso, menino? - perguntou seu Lucas. - É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... o senhor pode me dar troco, por favor? Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer. Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando... Aí colocou uma moeda no balcão: - Está aí seu troco, menino! E pegou a galinha, para acabar com a confusão. No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço. No recreio, todo mundo foi comprar lanche. Na hora de pagar... Teve gente que queria pagar com raquete de pingue-pongue, com papagaio de papel, com vidro de cola, com geléia de jabuticaba... O Armandinho quis pagar um sanduíche de mortadela com o sanduíche de goiabada que ele tinha levado... Teve gente que também levou galinha, pato, peru... E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma; - Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro... Mas seu Lucas ficou chateado mesmo quando apareceu o Caloca puxando um bode. Aí, seu Lucas correu e chamou a diretora. Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo. E sabe o que ela achou? Pois achou que as crianças tinham razão.. - Sabe, seu Lucas - ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é. Até aí o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro muito menos chiclete. Seu Lucas se desculpava: - É, mas eu não tive troco? - Aí, o senhor anota, e no outro dia paga. Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo. Naquele dia, nem houve mais aula. Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo do caso. E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais compridos de troco, seu Ângelo do mercado não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro. Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é? TEXTO 02: Espinha de peixe Fernando Sabino "De repente Dona Carolina deixou cair o garfo e soltou um grunhido. Todos se precipitaram para ela, abandonando seus lugares à mesa: a filha, o genro, os netos: - Que foi, mamãe? - Dona Carolina, a senhora está sentindo alguma coisa? - Fala conosco, vovó.
  • 5. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com A velha, porém, só fazia arranhar a garganta com sons estrangulados, a boca aberta, os olhos revirados para cima. - Uma espinha - deixou escapar afinal, com esforço: - Estou com uma espinha de peixe atravessada aqui. E apontava o gogó com o dedinho seco. - Come miolo de pão. - Respira fundo, vovó. - Com licença – e o marido de uma das netas, que era médico recém-formado, abriu caminho: -Deixa ver. Abre bem a boca, Dona Carolina. Dona Carolina reclinou a cabeça para trás, abriu bem a boca, e a dentadura superior se despregou. Constrangido, o moço retirou-a com dedos delicados, deixou-a sorrindo sobre a toalha da mesa: - Assim. Agora vira aqui para a luz. Não estou vendo nada... A espinha já saiu, não tem nada aí. A garganta ficou um pouco irritada, é por isso... Bebe um pouco d'água, Dona Carolina, que tudo já passou. Todos respiraram aliviados, voltando aos seus lugares. Dona Carolina, porém, fuzilou o rapaz com um olhar que parecia dizer: 'Passou uma ova!' e continuava a gemer. Como ninguém se dispusesse mais a socorrê-la, acabou se retirando para o quarto, depois de amaldiçoar toda a família. Uma das netas, solícita, foi levar-lhe a dentadura, esquecida sobre a mesa. - Estou com uma espinha na garganta - queixava-se ela, a voz cada vez mais fraca. - Já saiu, mamãe. É assim mesmo, a gente fica com a impressão que ainda tem, deve ter ferido a garganta... - Impressão nada! Ela está aqui dentro, me sufocando... Chame um médico para mim, minha filha. Veio de novo o rapaz que era médico, mas a velha o rejeitou com um gesto: - Esse não! Eu quero um médico de verdade! A família, de novo reunida, se alvoroçava, e Dona Carolina, arquejante, dizendo que morria sufocada. Uma das filhas corria a buscar um copo d'água, outra abanava a velha com um jornal. O dono da casa foi bater à porta do vizinho de apartamento, Dr. Fontoura, que, pelo nome, devia ser médico: - O senhor desculpe incomodar, mas minha sogra cismou, uma espinha de peixe, não tem mais nada, cismou que tem, porque tem... Dr. Fontoura, que na realidade era dentista, acorreu com uns ferrinhos, uma pinça. - Abre bem a boca, minha senhora - ordenou, gravemente, e contendo a língua da velha com o cabo de uma colher, meteu o nariz pela boca adentro: - Assim. Hum-hum... Não vejo nada. Alguém tem uma lanterna elétrica? Um dos rapazes trouxe a lanterna elétrica, e o dentista iluminou a goela de sua nova cliente, sob a expectativa geral. - É isso mesmo... Está um pouquinho irritada ali, perto da epiglote. Não tem mais nada, a espinha já saiu. O que ela está precisando, na minha opinião, é de uma dentadura nova. A velha engasgou e, em represália, por pouco não lhe mordeu a mão. Todos respiravam, aliviados. - Eu não dizia? - exclamava o dono da casa, conduzindo o vizinho até a porta. E protestava agradecimentos: - A velha está nervosa à toa, o senhor desculpe o incômodo... Dona Carolina pôs se a amaldiçoar toda a sua descendência, a voz cada vez mais rouca: - Cambada de imprestáveis! Eu aqui morrendo engasgada e eles a dizerem que não tem mais nada! Resolveram fazê-la tomar um calmante e dar o caso por encerrado. Mas o caso não se encerrou. A velha não pregou olho durante a noite e passou todo o dia seguinte na cama, gemendo com um fio de voz:
  • 6. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com - Ai, ai, ai, meu Santo Deus! Estou morrendo e ninguém liga! A filha torcia as mãos exasperadas: - Não quis almoçar, agora não quer jantar. Assim acaba morrendo mesmo. - Minha sogra é uma histérica - explicava o dono da casa a um velho amigo que viera visitá- lo ao terceiro dia. - Está assim desde Quarta-feira, já nem fala mais com ninguém... O velho amigo resolveu espiá-la de perto. Assim que o viu, Dona Carolina agarrou-lhe a mão, soprando-lhe no rosto uma voz roufenha, quase inaudível, mais para lá do que para cá: - Pelo amor de Deus, me salve! Você é o único que ainda acredita em mim. Impressionado, o velho amigo da casa resolveu levá-la consigo até o pronto-socorro. - Quanto mais não seja, terá efeito psicológico - explicou aos demais. Embrulharam a velha num sobretudo, e lá se foi ela, de carro, para o pronto-socorro. Foi só chegar e a esconderam numa mesa, anestesiaram-na, e o médico de plantão, com uma pinça, retirou de sua garganta - não um espinha, mas um osso de peixe, uma imensa vértebra cheia de espinhas para todo lado, como um ouriço. - Estava morrendo sufocada - advertiu. - Não passaria desta noite. Hoje, Dona Carolina, quando quer fazer o resto da família ouvir sua opinião sobre qualquer assunto, exibe antes sua famosa vértebra de peixe, que carrega consigo, como um troféu." TEXTO 03: “Bom dia todas as cores” Ruth Rocha Narrador (N) – Meu amigo Camaleão acordou de bom-humor. Camaleão (C) – Bom dia Sol, bom dia flores, bom dia todas as cores! (N) – Lavou o rosto numa folha cheia de orvalho. Mudou sua cor para cor-de-rosa, que ele achava a mais bonita de todas e saiu para o sol... Contente da vida! Meu amigo camaleão estava feliz, porque tinha chegado a Primavera. O sol, finalmente, depois de um inverno longo e frio, brilhava alegre no céu. (C) – Eu hoje estou de bem com a vida! Quero ser bonzinho pra todo mundo... (N) – Logo que saiu de casa o camaleão encontrou o Professor Pernilongo. O Professor Pernilongo toca violino na orquestra do Teatro Florestal. (C) – Bom dia professor. Como vai o senhor? Professor Pernilongo (P) – Bom dia camaleão. Mais o que é isso meu irmão? Por quê que mudou de cor? Essa cor não lhe cai bem. Olhe para o azul do céu. Bahh! Por que não fica azul também, heim? (N) – O camaleão amável como ele era resolveu ficar azul como o céu de primavera. Até que numa clareira o camaleão encontrou o Sabiá Laranjeira. Sabiá Laranjeira (S) – Eh aí camaleão, muito bom dia a você! Mas que cor é essa agora? Uai, mais tá azul por quê?
  • 7. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com (N) – O sabiá explicou que a cor mais bonita do mundo era a cor alaranjada, cor de laranja, dourada. Nosso amigo bem depressa resolveu mudar de cor. Ficou logo alaranjado, loiro, laranja, dourado. E cantando alegremente, lá se foi ainda contente. (C) – Lá, lá, lálálá, lá, lá, lá! (N) – Na pracinha da floresta, saindo da capelinha, vinha o Senhor Louva-Deus mais a família inteirinha. Ele é um senhor muito sério que não gosta de gracinha. Senhor Louva-Deus – Bom dia camaleão! Ohhh que cor mais escandalosa. Parece até fantasia para baile de carnaval. Você devia arranjar uma cor mais natural. Veja o verde da folhagem! Veja o verde da campina! Você devia fazer o que a natureza ensina. (N) – É claro que o nosso amigo resolveu mudar de cor. Ficou logo bem verdinho e foi pelo seu caminho. Vocês agora já sabem como era o camaleão. Bastava que alguém falasse, mudava de opinião. Ficava roxo, amarelo, ficava cor de pavão, ficava de toda cor, não sabia dizer não! Por isso, naquele dia, cada vez que se encontrava com alguns de seus amigos e que amigo estranhava a cor com que ele estava... Adivinha o que fazia o nosso camaleão? Pois ele logo mudava. Mudava para outro tom. Mudou de rosa para azul, de azul para alaranjado, de laranja para verde, de verde para encarnado, mudou de preto pra branco, de branco ficou roxinho, de roxo para amarelo e até para cor de vinho. Quando o sol começou a se por no horizonte, camaleão resolveu voltar para casa. Estava cansado do longo passeio e mais cansado ainda de tanto mudar de cor. Entrou na sua casinha. Deitou para descansar e lá ficou a pensar. (C) – Ehhh por mais que a gente se esforce não pode agradar a todos. Alguns gostam de farofa. Outros preferem farelo. Uns querem comer maça. Outros preferem marmelo. Tem quem goste de sapato. Tem quem goste de chinelo. E se não fosse os gostos o que seria do amarelo. (N) – Por isso no outro dia, camaleão levantou bem cedinho. (C) – Bom dia sol, bom dia flores, bom dia todas as cores! (N) – Lavou o rosto numa folha cheia de orvalho. Mudou sua cor para cor-de-rosa, que ele achava a mais bonita de todas e saiu para o sol... Contente da vida!Logo que saiu, camaleão encontrou o Sapo-Cururu que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta. (C) - Bom dia meu caro sapo. Que dia mais lindo, não? Sapo – Muito bom dia amigo camaleão. Mais que cor mais engraçada. Antiga, tão desbotada, por que você não usa uma cor mais avançada? (N) – O camaleão sorriu e disse pro seu amigo... (C) – Eu uso as cores que eu gosto e com isso faço bem. Eu gosto dos bons conselhos, mas faço o que me convêm. Quem não agrada a si mesmo não pode agradar ninguém. (N) – E assim aconteceu o que eu acabei de contar. Se gostaram muito bem, se não gostaram azar!
  • 8. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS Leitura e audição de uma fábula em Espanhol “El Leon y El Ratón”, de Esopo. 4º e 5º anos turno da tarde: Roda de Leitura e Contação de histórias criadas pelos alunos. Porém, a cada história contada os professores coordenadores apresentarão uma “maleta de coisas de fora da história” da qual tirarão um objeto surpresa que o aluno deverá acrescentar na história que está lendo. Leitura e vídeo da fábula em Espanhol “El Leon y El Ratón”, de Esopo.
  • 9. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 25ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FERRARI Rua Célia Rubin, 222 – Centro – 99435-000 - Campos Borges/RS Fone/Fax: (54) 3326-1035 – E-mail: escolajf@uol.com.br – http://escolajoaoferrari.blogspot.com SEMANA DE INCENTIVO À LEITURA 18 a 22/04/2016 “Ler não é caminhar e nem voar sobre as palavras. Ler é reescrever o que estamos lendo, é perceber a conexão entre o texto e o contexto e como vincula com o meu contexto.” (Paulo Freire) CONVITE Vimos, por meio deste, convidar a Sr. Caroline de Oliveira Alves, acadêmica da UFPEL, do curso de Letras – Espanhol a distância, para realizar no dia 14/04/2016, no período da manhã e da tarde, Oficinas de Incentivo à Leitura, com os alunos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Sabemos da importância da leitura no cotidiano de cada cidadão, pois acreditamos que é somente através do conhecimento e da leitura crítica do mundo que nos cerca que poderemos construir uma sociedade mais justa e igualitária. Certos de contar com sua presença, agradecemos. Marinês Costa Valério Diretora da Escola