A formação de palavras é o tema central da primeira aula. O texto aborda os principais processos de formação de palavras em português, como composição, derivação e prefixação/sufixação. A aula também discute exemplos de cada um desses processos.
1. 1
LINGUAGENS,CÓDIGOS
e suas tecnologias
Lucas Limberti, Murilo de Almeida Gonçalves e Pércio Luis Ferreira
Gramática e Literatura
LENTRELETRAS
C
Gramática e Literatura
para vestibular medicina
1ª edição • Rio de Janeiro
2019
3. CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos
principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo
enriquecido, inclusive com questões recentes dos relevantes vestibulares de 2019.
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
No total, são 103 livros, 24 cadernos de Estudo Orientado e 6 cadernos de aula.
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Todo livro é iniciado por um infográfico. Esta seção, de forma simples, resumida e dinâmica, foi desenvolvida para indicação dos assuntos mais abordados nos
principais vestibulares, voltados para o curso de medicina em todo território nacional.
O conteúdo das aulas está dividido da seguinte forma:
TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos, de cada coleção, tem como principal objetivo apoiar o estudante na resolução de questões propos-
tas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, completos e organizados.Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam as explicações
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados, e compõem um conjunto abrangente de informações para o
estudante, que vai dedicar-se à rotina intensa de estudos.
TEORIA NA PRÁTICA (EXEMPLOS)
Desenvolvida pensando nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Nesses
compilados nos deparamos com modelos de exercícios resolvidos e comentados, aquilo que parece abstrato e de difícil compreensão torna-se mais acessível
e de bom entendimento aos olhos do estudante.
Através dessas resoluções é possível rever a qualquer momento as explicações dadas em sala de aula.
INTERATIVIDADE
Trata-se do complemento às aulas abordadas. É desenvolvida uma seção que oferece uma cuidadosa seleção de conteúdos para complementar o
repertório do estudante. É dividido em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas e livros para o aprendizado do aluno.
Tudo isso é encontrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados. Há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões
de aplicativos que facilitam os estudos, sendo conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica. Tudo é selecionado com finos
critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso estudante.
INTERDISCIPLINARIDADE
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é elaborada, a cada aula, a seção interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares de
hoje não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada matéria.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como biologia e química,
história e geografia, biologia e matemática, entre outros. Neste espaço, o estudante inicia o contato com essa realidade por meio de explicações que relacio-
nam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizando temas da atualidade.Assim, o estudante consegue entender
que cada disciplina não existe de forma isolada, mas sim, fazendo parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana no desenvolver do dia a dia, dificultando o
contato daqueles que tentam apreender determinados conceitos e aprofundamento dos assuntos, para além da superficial memorização ou “decorebas” de
fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios de aprendizagem com os conteúdos, foi desenvolvida a seção “Aplicação no Cotidiano”. Como o próprio nome já
aponta, há uma preocupação em levar aos nossos estudantes a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo que eles têm contato em seu
dia a dia.
CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES
Elaborada pensando no Enem, e sabendo que a prova tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, o estudante deve
conhecer as diversas habilidades e competências abordadas nas provas. Os livros da “Coleção vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas dessas
habilidades. No compilado “Construção de Habilidades”, há o modelo de exercício que não é apenas resolvido, mas sim feito uma análise expositiva, descre-
vendo passo a passo e analisado à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a apurá-las na sua
prática, identificá-las na prova e resolver cada questão com tranquilidade.
ESTRUTURA CONCEITUAL
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Geramos aos estudantes o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um deles
é a estrutura conceitual, para aqueles que aprendem visualmente a entender os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas mentais e
fluxogramas.Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos principais conteúdos
ensinados no dia, o que facilita sua organização de estudos e até a resolução dos exercícios.
A edição 2019 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para o seu
sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
4. SUMÁRIO
ENTRE LETRAS
GRAMÁTICA
LITERATURA
Aula 1: Formação de palavras 7
Aula 2: Artigos, substantivos e adjetivos 17
Aula 3: Verbos: noções preliminares e modos indicativo e subjuntivo 29
Aula 4: Verbos: modo imperativo e vozes verbais 39
Aula 5: Advérbios 45
Aula 1: A arte literária e o estudo dos gêneros 55
Aula 2: Quinhentismo e Barroco 69
Aula 3: Gregório de Matos Guerra, o Boca do Inferno 87
Aula 4: Padre Antônio Vieira 97
Aula 5: Arcadismo no Brasil e nativismo épico 109
5. F
A
C
U
LDADE DE MED
I
C
I
N
A
BOTUCATU
1963
Abordagem de GRAMÁTICA nos principais vestibulares.
FUVEST
Dentre os temas abordados neste caderno, os de maior incidência no vestibular da Fuvest são a
formação de palavras e os usos de verbos no modo imperativo. Os demais temas são de aplica-
ção esporádica, requerendo atenção o uso de tempos verbais e de advérbios.
UNESP
Dentre os temas abordados neste caderno, os de maior incidência no vestibular da Unesp são a
formação de palavras e os usos de vozes verbais. Os demais temas são de aplicação esporádica,
requerendo atenção o uso de tempos verbais.
UNICAMP
Dentre os temas abordados neste caderno, o de maior incidência no vestibular da Unicamp é a
formação de palavras. Os demais temas são de aplicação esporádica, requerendo atenção o uso
de tempos verbais.
UNIFESP
Dentre os temas abordados neste caderno, os de maior incidência no vestibular da Unifesp são a
formação de palavras e os usos de vozes verbais. Os demais temas são de aplicação esporádica,
requerendo atenção o uso de tempos verbais e a aplicação geral de classes de palavras em certos
contextos.
ENEM/UFMG/UFRJ
Dentre os temas abordados neste caderno, o de maior incidência no ENEM é o uso de tempos
verbais. Os demais temas são de aplicação bastante esporádica.
UERJ
Dentre os temas abordados neste caderno, os de maior incidência no vestibular da UERJ são a
formação de palavras e os usos de vozes verbais. Os demais temas são de aplicação esporádica,
requerendo atenção o uso de tempos verbais.
6.
7. CO M O E PA S
PA S S
A S S A
A M A R
G O E S
A R I A
S A S S
S S I N
S S A A
A M E M
T E M O
A M O R
PA R A
A R I A
R E S T
E I N S M E N T
E A M E
e l u z
Q U E A
MEMO
R I A A
F L O R D E M A
MORI ORIA
I M PA
S S I M
D E R A
TA N T OAMA
I S Q U
Formação de palavras
Competências
1 e 8
Habilidades
1, 2, 3, 4, 26 e 27
L
ENTRELETRAS
C
0 1
8. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
9. 9
Morfologia: formação de palavras
Neste tópico, estudaremos os processos de estruturação e formação de palavras do português.
§
§ Radical (morfema lexical): é a parte da palavra que contém o significado mais geral e é comum às pa-
lavras chamadas de cognatas (também consideradas da mesma família).
Exemplos: terra; terreiro; terrestre; enterrar
§
§ Vogal temática: é a vogal que aparece logo após o radical, “ajudando” as palavras a receber outro signi-
ficado.Aparece nos verbos, definindo se são de 1a
, 2a
ou 3a
conjugação.
Exemplo: amar = am + a + r, onde “am” é o radical, “a” é a vogal temática de 1a
conjugação e “r” é a
desinência de infinitivo.
§
§ Tema: é a junção do radical + vogal temática ou desinência nominal.
§
§ Desinências: indicam gênero e número, para desinência nominal, e indicam tempo e pessoa, para desinên-
cia verbal. As desinências nominais caracterizam as variações de substantivos, adjetivos e certos pronomes
quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).As desinências verbais indicam as va-
riações dos verbos em pessoa (1a
, 2a
ou 3a
), número (singular e plural) e tempo (presente, passado e futuro).
§
§ Afixos: são elementos que se juntam ao radical para formar novas palavras. Podem aparecer antes do
radical (prefixos) ou depois do radical (sufixos).
§
§ Palavras primitivas: são aquelas que não derivam de outras.
Exemplos: pedra; noite
§
§ Palavras derivadas: são aquelas que derivam de outras.
Exemplos: pedreiro; anoitecer
§
§ Palavras simples: são aquelas que possuem apenas um radical.
Exemplos: couve; flor
§
§ Palavras compostas: são aquelas que possuem mais de um radical.
Exemplo: couve-flor
Processos de formação
Basicamente, as palavras da língua portuguesa são formadas pelos processos de derivação e composi-
ção, mas também por outros como onomatopeia, neologismo e hibridismo.
Formação por derivação
No processo de formação por derivação, a palavra primitiva (primeiro radical) sofre acréscimo de afixos. São
seis os tipos de formação por derivação.
§
§ Derivação prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva.
Exemplo: in-capaz
§
§ Derivação sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva.
Exemplo: papel-aria
10. 10
§
§ Derivação prefixal + sufixal: acrescenta-se
um prefixo e um sufixo a um mesmo radical de
modo sequencial, ou seja, os afixos não são en-
caixados ao mesmo tempo. Percebe-se facilmen-
te, ao remover um dos afixos, a presença de uma
palavra com sentido completo.
Exemplo: in-feliz-mente
§
§ Derivação parassintética: acréscimo simultâ-
neo de um prefixo e de um sufixo a um mesmo
radical ou à palavra primitiva. Em geral, as for-
mações parassintéticas originam-se de substan-
tivos ou adjetivos para formarem verbos.
Exemplo: en-triste-cer
§
§ Derivação regressiva: ocorre redução da pa-
lavra primitiva. Nesse processo, formam-se subs-
tantivos abstratos por derivação regressiva de
formas verbais.
Exemplo: ajuda (substantivo abstrato da deri-
vação regressiva do verbo ajudar)
§
§ Derivação imprópria: ocorre a alteração da
classe gramatical da palavra primitiva.
Exemplos: (o) jantar – de verbo para subs-
tantivo; (um) Judas – de substantivo próprio
para comum
Formação por composição
Nos processos de formação de palavras por
composição, ocorre a junção de dois ou mais radicais.
Palavras com significados distintos formam uma nova
palavra com um novo significado.
Exemplo: guarda (flexão do verbo guardar;
sentinela) + roupa (vestuário) = guarda-roupa
(mobiliário)
São dois os processos de formação por compo-
sição:
§
§ Composição por justaposição: quando não
ocorre a alteração fonética das palavras. A jus-
taposição também pode ocorrer por hifenização.
Exemplos: girassol (gira + sol); guarda-chuva
(guarda + chuva)
§
§ Composição por aglutinação: quando ocor-
re alteração fonética, em decorrência da perda
de elementos das palavras.
Exemplos: aguardente (água + ardente); em-
bora (em + boa + hora)
Outros processos
Hibridismo
No processo de formação por hibridismo, as
palavras compostas ou derivadas são constituídas por
elementos originários de línguas diferentes:
§
§ grego + latim: automóvel e monóculo
§
§ latim + grego: sociologia, bicicleta
§
§ árabe + grego: alcaloide, alcoômetro
§
§ tupi + grego: caiporismo
§
§ africano + latim: bananal
§
§ africano + grego: sambódromo
§
§ francês + grego: burocracia
Neologismo
Neologismo é o nome dado ao processo de
criação de novas palavras ou palavras da própria lín-
gua portuguesa que adquirem um novo significado.
Exemplos:
§
§ Originalmente, a palavra bonde significava
certo veículo utilizado como meio de transpor-
te. Hoje, na variedade linguística utilizada por
falantes inseridos no estilo do funk carioca, foi
dado um novo significado para a palavra bonde:
turma, galera.
§
§ É comum formar verbos a partir de palavras do
meio da informática, como googlar (procurar
no Google), twittar (escrever no Twitter) ou re-
setar (de reset).
11. 11
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A tabela abaixo traz os significados de alguns prefixos e radicais, alguns frequentemente usados no
dia a dia.
Prefixos latinos Significados Exemplos
a–, ab–, abs– afastamento, separação abstenção, abdicar
a–, ad–, ar–, as– aproximação, direção adjunto, advogado, arribar, assentir
ambi– ambiguidade, duplicidade ambivalente, ambíguo
ante– anterioridade anteontem, antepassado
aquém– do lado de cá aquém-mar
bene–, bem– excelência, bem beneficente, benfeitor
bis–, bi– dois, duas vezes, repetição bípede, binário, bienal
com– (con–), co– (cor–) companhia, contiguidade compor, conter, cooperar
contra– oposição controvérsia, contraveneno
cis– posição, aquém de cisandino, cisalpino
de–, des–
separação, privação, negação,
movimento de cima para baixo
deportar, demente, descrer, decair, decrescer, demolir
dis– separação, negação dissidência, disforme
Prefixos gregos Significados Exemplos
acro– alto acrobata, acrópole
aero– casa aerodinâmica
agro– campo agrônomo, agricultura
antropo– homem antropofagia, filantropo
homo– igual homônimo, homógrafo
idio– próprio idioma, idioblasto
macro–, megalo– grande, longo macronúcleo, megalópole
metra– mãe, útero endométrio, metrópole
meso– meio mesóclise, mesoderma
micro– pequeno micróbio, microscópio
mono– um monarquia, monarca
necro– morto necrópole, necrofilia, necropsia
nefro– rim nefrite, nefrologia
odonto– dente odontalgia, odontologia
oftalmo– olho oftalmologia, oftalmoscópio
onto– ser, indivíduo ontologia
orto– correto ortópteros, ortodoxo, ortodontia
pneumo– pulmão pneumonia, dispneia
12. 12
Prefixos latinos Significados Exemplos
e– ,em– ,em– introdução, superposição engarrafar, empilhar
e–, es–, ex– movimento para fora, privação emergir, expelir, escorrer, extrair, exportar, esvaziar, esconder, explodir
extra– posição exterior, excesso extraconjugal, extravagância
intra–, posição interior intrapulmonar, intravenoso
i–, im–, in– negação, mudança ilegal, imberbe, incinerar
infra– abaixo, na parte inferior infravermelho, infraestrutura,
intra–, intro– movimento para dentro imersão, impressão, inalar, intrapulmonar, introduzir
justa– posição ao lado justalinear, justapor
o–, ob– posição em frente, oposição obstáculo, obsceno, opor, ocorrer
per– movimento através de perpassar, pernoite
pos– ação posterior, em seguida pós-datar, póstumo
pre– anterioridade, superioridade pré-natal, predomínio
pro– antes, em frente, intensidade projetar, progresso, prolongar
preter–, pro– além de, mais para frente prosseguir
re– repetição, para trás recomeço, regredir
retro– movimento mais para trás retrospectivo
Radicais gregos Significados Exemplos
–agogo o que conduz demagogo, pedagogo
–alg, –algia sofrimento, dor analgésico, cefalalgia, lombalgia
–arca o que comanda monarca, heresiarca
–arquia comando, governo anarquia, autarquia, monarquia
–cracia autoridade, poder aristocracia, plutocracia, gerontocracia
–doxo que opina paradoxo, heterodoxo
–dromo corrida, pista hipódromo
–fagia ato de comer antropofagia, necrofagia
–fago que come antropófago, necrófago
–filo, –filia amigo, amizade bibliófilo, xenófilo, lusofilia
–fobia inimizade, ódio, temor xenofobia
–fobo aquele que odeia xenófobo, hidrófobo
–gamia casamento monogamia, poligamia
–gene que gera, origem heterogêneo, alienígena
–gênese geração esquizogênese, metagênese
–gine mulher andrógino, ginecóforo
–grafia descrição, escrita caligrafia, geografia
–gono ângulo pentágono, eneágono
–latria que cultiva idolatria
–log, –logia que trata, estudo psicólogo, andrologia
–mancia adivinhação cartomante, quiromancia
–mani loucura, tendência megalomaníaco
–mania loucura, tendência cleptomania
–metro que mede barômetro, termômetro
13. 13
Radicais latinos Significados Exemplos
aristo– melhor aristocracia
arqueo– antigo arqueologia, arqueólogo
anthos– flor antologia, crisântemo, perianto
atmo– ar atmosfera
auto– mesmo, próprio autoajuda, autômato
baro– peso, pressão barômetro, barítono
biblio– livro bibliófilo, biblioteca
bio– vida biologia, anfíbio
caco– mau cacofonia, cacoete
cali– belo caligrafia, calígrafo
carpo– fruto pericarpo
céfalo– cabeça cefalópodes, cefaleia, acéfalo
cito– célula citoplasma, citologia
copro– fezes coprologia, coprófagas
cosmo– mundo microcosmo, cosmonauta
crono– tempo cronômetro, diacrônico
dico– em duas partes dicotomia, dicogamia
eno– vinho enologia, enólogo
entero– intestino enterite, disenteria
etno– povo étnico, etnia, etnografia
filo–, filia– amigo, amizade filósofo, filantropia
fono– som, voz fonética, disfônica
gastro– estômago gastrite, gastronomia
hemo– sangue hemorragia, hemodiálise
hidro– água hidravião, hidratação
Radicais gregos Significados Exemplos
–morfo forma, que tem a forma amorfa, zoomórfico
–onimo nome sinônimo, topônimo
–polis, –pole cidade metrópole
–potamo rio mesopotâmia, hipopótamo
–ptero asa helicóptero
–scopia o que faz ver endoscopia, telescópio
–sofia sabedoria, saber filosofia, teosofia
–soma corpo cromossomo
–stico verso monóstico, dístico
–teca lugar, coleção biblioteca, hemeroteca
–terapia cura, tratamento hidroterapia
–tomia corte, divisão vasectomia, anatomia
–topo lugar topografia, topônimo
–tono tom barítono, monótono
14. 14 14
Radicais latinos Significados Exemplos
higro– úmido higrófito, higrômetro
hipo– cavalo hipódromo, hipopótamo
–ambulo que anda noctâmbulo, sonâmbulo
–cida que mata fraticida, inseticida
–cola que habita arborícola, silvícola
–cultura que cultiva triticultura, vinicultura
–evo idade longeva, longevidade
–fero que contém ou produz mamífero, aurífero
–fico que faz ou produz benéfico, maléfico
–forme que tem a forma cordiforme, uniforme
–fugo que foge vermífugo, centrífugo
–grado grau, passo centígrado
–luquo que fala ventríloquo
–paro que produz ovíparo
–pede pé velocípede, bípede
–sono que soa uníssono
–vago que vaga noctívago
–voro que come carnívoro, herbívoro, onívoro
15. 15
Diversonagens suspersas (Paulo Leminski)
Neste poema, o autor joga com os diferentes sentidos produzidos por morfemas iguais ou semelhantes.
Meu verso, temo, vem do berço.
Não versejo porque eu quero,
versejo quando converso
e converso por conversar.
Pra que sirvo senão pra isto,
pra ser vinte e pra ser visto,
pra ser versa e pra ser vice,
pra ser a super-superfície
onde o verbo vem ser mais?
Não sirvo pra observar.
Verso, persevero e conservo
um susto de quem se perde
no exato lugar onde está.
Onde estará meu verso?
Em algum lugar de um lugar,
onde o avesso do inverso
começa a ver e ficar.
Por mais prosas que eu perverta,
não permita Deus que eu perca
meu jeito de versejar.
(Paulo Leminski, in: Toda Poesia)
POEMA
16. ESTRUTURA CONCEITUAL
GRAMÁTICA
NORMATIVA
ESTUDO DOS PROCESSOS DE
FORMAÇÃO DE PALAVRAS CLASSES DE
PALAVRAS
ARTIGO
SUBSTANTIVO
ADJETIVO
VERBO
ADVÉRBIO
PRONOME
NUMERAL
PREPOSIÇÃO
CONJUNÇÃO
INTERJEIÇÃO
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
A PARTIR DE
UM ÚNICO RADICAL
SUFIXAL
PREFIXAL
IMPRÓPRIA
REGRESSIVA
PARASSINTÉTICA
JUSTAPOSIÇÃO
AGLUTINAÇÃO
FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
COM MAIS
DE UM RADICAL
MORFOLOGIA
DERIVAÇÃO COMPOSIÇÃO
16
18. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
19. 19
Artigos
O artigo é a palavra que se antepõe a um substantivo (é um marcador pré-nominal), com a função inicial de
determiná-lo, ou indeterminá-lo. São classificados em dois grupos: definidos e indefinidos.
§
§ Artigos definidos: determinam o substantivo de maneira precisa. São eles: o(s), a(s).
Exemplo: Preciso que você me traga a cadeira branca.
(O artigo definido marca a necessidade de se pegar uma cadeira determinada.)
§
§ Artigos indefinidos: determinam o substantivo de maneira vaga/imprecisa. São eles: um(uns), uma(s).
Exemplo: Preciso que você me traga uma cadeira branca.
(O artigo indefinido marca a necessidade de se pegar uma cadeira qualquer, indeterminada.)
Artigo combinado com preposições
A contração de artigos com preposições é um movimento essencial para demarcação de sentido em cons-
truções textuais. Muitas vezes, fazer ou não fazer a contração do artigo com a preposição pode alterar significativa-
mente o entendimento que se tem de um texto. Esses eventos textuais serão discutidos no próximo tópico (o artigo
aplicado ao texto). Ficaremos aqui com as possibilidades de contração do artigo com a preposição.
Preposições
Artigos
o, os à, às * um, uns uma, umas
a ao, aos à, às * — —
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por pelo, pelos pela, pelas — —
* A junção de “a” preposição + “a” artigo é o que dá origem ao fenômeno da crase, que será discutido em momento oportuno.
Artigo aplicado ao texto
O artigo talvez seja uma das classes gramaticais mais subestimadas da língua portuguesa, e isso ocorre,
principalmente, pelo fato de, em âmbito escolar, ser apresentado apenas em suas características estruturais mais
básicas, sem o devido aprofundamento semântico ou textual que os vestibulares costumam abordar. Por esse mo-
tivo, apresentaremos a seguir as aplicações textuais do artigo.
Artigo como marcador de quantidade
A presença ou ausência do artigo pode servir como quantificador de elementos.
Exemplos:
§
§ Ele trocou o dinheiro em casa de câmbio da Rua do Ouvidor.
(A ausência de artigo indica que há mais de uma casa de câmbio na rua).
§
§ Ele trocou o dinheiro na casa de câmbio da Rua do Ouvidor.
(A presença de artigo indica que há apenas uma casa de câmbio na rua).
20. 20
Artigo como marcador
de convívio/intimidade
A presença ou ausência do artigo pode servir como
algo que marca certos afetos em relação aos indivíduos.
Exemplos:
§
§ A gerência será assumida por Gerson Soares, do
almoxarifado.
(A ausência de artigo indica distanciamento de
Gerson, marcando o fato de que, possivelmente,
nem todos o conhecem.)
§
§ A gerência será assumida pelo Gerson Soares,
do almoxarifado.
(A presença de artigo indica intimidade com Ger-
son, podendo marcar uma conversa entre pesso-
as que conhecem o Gerson.)
Artigo marcando conhecimento ou
desconhecimento de substantivos
Os artigos definido e indefinido podem marcar o
conhecimento ou o desconhecimento de certos assun-
tos conduzidos por substantivos.
Exemplos:
§
§ Foi localizado ontem o jovem serial-killer que
havia fugido da cadeia.
(O artigo definido nos transmite a ideia de que
a notícia da fuga do jovem era de conhecimento
dos leitores;ou seja,o substantivo era conhecido.)
§
§ Foi localizado ontem um jovem serial-killer que
havia fugido da cadeia.
(O artigo indefinido nos transmite a ideia de que
a fuga do jovem era novidade para os leitores;
ou seja, o substantivo era desconhecido.)
Artigo como particularizador
ou generalizador
Exemplos:
§
§ Garfield é um gato.
(O artigo indefinido marca a ideia de que
Garfield é mais um entre os vários gatos no
mundo; ou seja, generaliza o substantivo.)
§
§ Garfield é o gato.
(O artigo definido marca a ideia de que Garfield
é um gato especial em relação a outros gatos; ou
seja, particulariza e destaca o substantivo.)
Artigo como marcador de coerência textual
Para marcarmos coerência textual, muitas vezes
nos valemos das capacidades de determinação e inde-
terminação dos artigos.
Exemplo:
§
§ Um rapaz magrinho apareceu em casa ontem
vendendo umas bíblias. O rapaz era bem simpá-
tico, estava bem vestido, mas me irritou quando...
No exemplo apresentado, constatamos que
quando precisamos introduzir uma informação que
nosso interlocutor desconhece, nos valemos primeiro
de um artigo indefinido, e depois de apresentado o
substantivo (no caso, o rapaz) começamos a demarcá-
-lo a partir do artigo definido. Há também outra possi-
bilidade de organização:
Exemplos:
— Então, como é o sítio?
— Bem, é um sítio antigo, retiramos a água do
poço, mas é bastante tranquilo...
Nesse segundo exemplo, a coerência textual é
definida quando é apresentado um substantivo defini-
do que nosso interlocutor conhece. Para satisfazer a de-
manda de explicação, o interlocutor abre sua explicação
marcando o substantivo com artigo indefinido.
Substantivos
É a classe de palavras variável que dá nome aos
seres, objetos e coisas em geral.
Classificação
§
§ Próprios: nomeiam a totalidade dos seres de
uma espécie (designação genérica) ou o indivíduo
único de determinada designação específica.
Exemplos: Paulo; Pedro; Roma; Folha de S.Paulo.
§
§ Comuns: nomeiam, sem distinção, todo e
qualquer ser de uma espécie.
Exemplos: cadeira; porta; sala.
§
§ Concretos: nomeiam os seres de existência
concreta, real, palpável (a pedra ou a porta, por
exemplo) e também seres dos quais já se cons-
tituiu uma imagem histórica (a bruxa ou a fada,
por exemplo).
§
§ Abstratos: nomeiam sentimentos/sensações,
elementos não palpáveis.
Exemplos: maldade; compaixão; beijo.
21. 21
Flexões de substantivos
Número
Os substantivos podem se flexionar por núme-
ro, indicando quantidades de certos termos/elementos.
Existe, a princípio, uma regra geral, e também algumas
variantes que são apresentadas a seguir:
§
§ Regra geral: o plural dos substantivos termina-
dos em vogal ou ditongo exige o acréscimo do
sufixo marcador de plural “–s”.
Exemplos: cadeira > cadeiras;
mãe > mães; perna > pernas.
§
§ Substantivos terminados em ”–ão”
1. Fazem o plural em “–ãos”.
Exemplos: cidadão > cidadãos;
irmão > irmãos; órgão > órgãos.
2. Fazem o plural em “–ães”.
Exemplos: escrivão > escrivães;
cão > cães; alemão > alemães.
3. Fazem o plural em “–ões”.
Exemplos: canção > canções;
gavião > gaviões; botão > botões.
§
§ Substantivos terminados em consoantes
1. “r“, “z“ e “n“ fazem o plural em “–es“.
Exemplos: mar > mares; rapaz > rapazes.
2. Substantivos oxítonos terminados em “–s“ e
“–z“ fazem o plural em “–es“.
Exemplos: país > países; raiz > raízes.
3. Substantivos paroxítonos terminados em “–s“
são invariáveis.
Exemplos: atlas > atlas; lápis > lápis.
4. Substantivos terminados em “–al“,“–el“,“–
ol“ e “–ul“ substituem no plural o “–l“ por
“–is“.
Exemplo: animal > animais.
5. Substantivos oxítonos terminados em “–il“
fazem o plural em “–s“.
Exemplos: ardil > ardis; funil > funis.
6. Substantivos paroxítonos terminados em “–
il“ fazem o plural em “–eis“.
Exemplos: fóssil > fósseis.
Gênero
Os substantivos podem se flexionar também
por gênero, indicando quantidades de certos termos/
elementos. Também existe uma regra geral e algumas
variantes a serem observadas:
§
§ Regra geral: o feminino dos substantivos é
formado pela substituição da desinência “-o”
(masculino) pela desinência “–a” (feminino).
São conhecidos como substantivos biformes,
pois possuem duas formas diferentes para de-
signação de gênero.
Exemplos: menino > menina; garoto > garota.
Há também substantivos biformes formados por
radicais diferentes.
Exemplos: homem > mulher;cavalheiro > dama.
§
§ Substantivos uniformes: são aqueles que
apresentam uma única forma para marcação de
gênero:
1. Epicenos: usados para nomes de animais de
um gênero só que designam ambos os sexo.
Exemplos: a águia; a mosca; o condor;
o gavião.
Observação
Caso haja necessidade de especificar
o sexo do animal, juntam-se aos substanti-
vos os adjetivos macho ou fêmea:
Exemplos:
gavião macho > gavião fêmea;
tatu macho > tatu fêmea.
2. Comum de dois: a marcação de gênero é
feita exclusivamente pelos artigos. O substan-
tivo se mantém.
Exemplos: o agente > a agente;
o gerente > a gerente.
3. Sobrecomuns: designam ambos os sexos
com forma masculina ou feminina.
Exemplos: a criança; a testemunha; a vítima.
4. Flexão de grau: os substantivos se flexio-
nam por grau, e marcam aumento ou dimi-
nuição:
Grau normal: homem; boca.
Grau aumentativo: homenzarrão; bocarra.
Grau diminutivo: homenzinho; boquinha.
22. 22
Grau diminutivo / aumentativo sintéti-
co: chapeuzinho, chapelão; homúnculo, ho-
menzarrão; boquinha, bocarra.
Grau diminutivo / aumentativo analí-
tico (junta-lhe um adjetivo que indique au-
mento ou diminuição): boca grande; homem
pequeno.
Adjetivos
É a palavra que acompanha e modifica o subs-
tantivo, podendo caracterizá-lo ou qualificá-lo.
Nomes substantivos e
nomes adjetivos
No contexto de uma frase, é possível identificar
palavras de outras classes, entre elas os adjetivos, que
se transformam em nomes (substantivos) desde que
precedidas de um artigo. Exemplos: o jovem desem-
pregado; um desempregado jovem.
§
§ Adjetivos pátrios e gentílicos
Derivados de substantivos, os adjetivos que in-
dicam a nacionalidade de pessoas e coisas são
chamados pátrios. Exemplos: brasileiro; minei-
ro; paranaense; paulista; português.
Os que indicam etnias e povos são os adjetivos
gentílicos. Exemplos: israelita; semita; gaúcho;
carioca; potiguar; europeu; africano.
§
§ Adjetivos pátrios compostos
Exemplos: luso-brasileiro; euro-asiático; teuto-
-brasileiro; afro-americano; franco-suíço; hispa-
no-americano; austro-húngaro; indo-europeu,
anglo-americano.
Flexão do adjetivo
§
§ Número: o adjetivo toma a forma singular ou
plural do substantivo que ele determina.
Exemplos: aluno estudioso > alunos estudiosos;
aluna aplicada > alunas aplicadas;
perfume francês > perfumes franceses.
§
§ Plural dos adjetivos compostos: apenas o
último elemento vai para o plural.
Exemplos: clínicas médico-dentárias; institutos
ítalo-brasileiros.
Observação 1
Há uma exceção: surdo-mudo > surdos-mudos.
Observação 2
São invariáveis os adjetivos referentes a cores,
se o último elemento ou ambos forem substanti-
vos: blusas vermelho-sangue; vestidos cor de rosa;
blusas verde-limão.
Grau dos adjetivos
§
§ Comparativo: indica determinada qualidade
em grau igual, superior ou inferior a outra.
Exemplos:
Pedro é tão estudioso como (ou quanto) Rodrigo.
Pedro é mais estudioso que Rodrigo.
Pedro é menos estudioso que Rodrigo.
§
§ Superlativo: pode indicar determinada quali-
dade em grau elevado (superlativo absoluto).
Exemplos:
Pedro é inteligentíssimo.
Rodrigo é muito inteligente.
Pode indicar determinada qualidade em grau
mais ou menos elevado em comparação à totali-
dade dos seres (superlativo relativo).
Exemplos:
João é o aluno mais estudioso da classe. (su-
perlativo relativo de superioridade)
João é o aluno menos estudioso da classe.
(superlativo relativo de inferioridade)
Substantivos e adjetivos
aplicados ao texto
Tanto os substantivos quanto os adjetivos têm im-
portantíssimas aplicações textuais, que serão exploradas
em gêneros textuais variados.Vejamos como funcionam...
Substantivo e texto
A construção de um texto depende essencial-
mente dos substantivos, pois é deles que parte o pro-
cesso de referencialidade. Entende-se por referencia-
lidade a capacidade que os substantivos têm de apontar
23. 23
para os elementos do mundo que compõem sentido, e
também de fazer com que esses sentidos sejam cons-
truídos à medida que novos substantivos apareçam no
texto. O movimento de referencialidade parte de três
pressupostos importantes:
§
§ Introdução/construção: apresenta um subs-
tantivo no texto, não apenas o introduz, como
constitui uma ideia. É a partir desse substantivo
que o texto se constrói.
§
§ Retomada/manutenção: usam-se outros subs-
tantivos muito similares ao primeiro, que permi-
tem retomar a ideia inicialmente apresentada (o
que contribui para a manutenção de sentido)
§
§ Desfocalização: é o momento do texto em que
entram em cena novos substantivos que tomam
o foco para si e ampliam os sentidos do texto.
Adjetivo e texto
Os adjetivos exercem o importante papel de con-
duzir os processos descritivos de um texto. Em termos
mais claros, os adjetivos são responsáveis por compor
sentenças que, por exemplo, caracterizem os persona-
gens de uma narrativa (suas roupas, atitudes) ou que
apresentem detalhes a respeito de uma localização
(detalhes de uma cidade, ou ambiente florestal), entre
outras caracterizações. Em textos literários brasileiros
do período romântico, por exemplo, havia a necessida-
de de se evidenciar características que valorizassem a
nação, por esse motivo encontramos obras em que há
grandes processos de adjetivação, caracterizando o am-
biente brasileiro (o livro Iracema, de José de Alencar, é
um grande exemplo).
24. INTERATIVI
A
A DADE
LER
No primeiro, o autor trabalha com os sentidos das palavras “autor” e
“defunto” em diferentes classes gramaticais.
Capítulo I - ÓBITO DO AUTOR
Algum tempo hesitei se devia estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto
é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto
o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me leveram
a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um
autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a
segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que
também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença
radical este livro e o Pentateuco.
24
24
25. INTERDISCIPLINARIDADE
Canção: Esse cara (Caetano Veloso)
A canção, em seu refrão, recorre às propriedades semânti-
cas do emprego dos artigos: “Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher”.
ESSE CARA
Ah! Que esse cara tem me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
Ele está na minha vida porque quer
Eu estou pra o que der e vier
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher
Canção: O nome das coisas (Karnak)
A canção é composta por substantivos de diferentes naturezas.
Nomes se dão às coisas
Nomes se dão
Nomes se dão às pessoas
Nomes se dão
Nomes se dão aos deuses na imensidão do céu
Nomes se dão aos barquinhos na imensidão do mar
Nomes se dão às doenças na imensidão da dor
Nomes se dão às crianças na imensidão do amor
You and me
Salame
Batata
Barata
Bigorna
Casa
Comida
Bicho
Paçoca
Tampinha de caneta
Bolinha de sabão
Rabo de galo
Circo
Pão
Conchinha de galinha
Coxinha do mar
Linha
Palito
Terra
Água
Ar
Seriema
Tatu
Merthiolate
Saci
Rocambole de laranja
Revista
Gibi
Pipoca
Margarina
25
27. ESTRUTURA CONCEITUAL
GRAMÁTICA
NORMATIVA
MORFOLOGIA
CLASSE DAS
PALAVRAS
ESTUDO DOS PROCESSOS DE
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
ARTIGO
PALAVRA VARIÁVEL
QUE SE ANTEPÕE
AO SUBSTANTIVO,
DETERMINANDO-O
ADJETIVO
PALAVRA VARIÁVEL
QUE ESPECIFICA
O SUBSTANTIVO,
CARACTERIZANDO-O
SUBSTANTIVO
PALAVRA VARIÁVEL QUE
DÁ NOME A SERES REAIS,
IMAGINÁRIOS OU IDEIAS
27
30. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
31. 31
Verbos
Verbo é a classe de palavras que, do ponto de vista semântico (morfológico), contém as noções de ação,
processo, estado, mudança de estado e manifestação de fenômenos da natureza. É variável e suas flexões marcam:
§
§ pessoa: indica o emissor, o destinatário ou o ser do qual se fala. Os pronomes pessoais do caso reto indi-
cam as pessoas do verbo – eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as);
§
§ número: indica se o sujeito gramatical está no singular ou no plural;
§
§ tempo: localiza a ação, o processo ou o estado em relação ao momento do enunciado. Os tempos verbais
são seis – pretérito mais-que-perfeito, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, futuro do pretérito, presente
e futuro (do presente);
§
§ modo: indica a atitude do emissor quanto ao fato por ele enunciado, que pode ser de certeza, dúvida,
temor, desejo, ordem etc. Os modos verbais são: indicativo, subjuntivo e imperativo (afirmativo e negativo);
§
§ voz: indica se o sujeito gramatical é agente, paciente ou, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação.
Conjugações verbais
Conjugar um verbo compreende adicionar ao seu radical a vogal temática da conjugação ou classe a que
pertence mais os sufixos modo-temporal e número-pessoal que lhe são permitidos. Existem três conjugações ver-
bais na língua portuguesa:
§
§ 1a
conjugação: indicada pela vogal temática –a– (amar, brincar, falar);
§
§ 2a
conjugação: indicada pela vogal temática –e– (nascer, crescer, morrer);
§
§ 3a
conjugação: indicada pela vogal temática –i– (dormir, sorrir, partir).
O verbo pôr e seus derivados são considerados de 2ª conjugação por conta de um processo fonológico que
suprimiu a vogal temática –e–. Em um estágio anterior da língua portuguesa, a sua forma era poer.
Classificação dos verbos
Verbos regulares
Os verbos regulares não sofrem alteração do radical e das desinências nos diferentes tempos, modos e
pessoas. O radical do verbo é obtido pela supressão das terminações do infinitivo (–r):
§
§ mand(ar), vend(er), part(ir);
§
§ mand(o), vend(o), part(o).
Verbos irregulares
Os verbos irregulares sofrem alteração do radical e das desinências nos diferentes tempos, modos e pessoas.
§
§ fazer: faço, faria, fazia;
§
§ estar: estou, estive, estarei;
§
§ saber: sei, soubera, saiba.
Verbos anômalos
Os verbos anômalos possuem diferentes radicais:
§
§ ser: sou, é, fomos;
§
§ ir: vou, fui, ia.
32. 32
Verbos defectivos
Os verbos defectivos não possuem todas as formas:
§
§ reaver (composto de haver, tem apenas as for-
mas em “v“): reavemos, reavia, reaverá;
§
§ precaver: precavenho, precavenha, precavinha;
§
§ latir: lates, late, latimos;
§
§ colorir: colores, colore, colorimos, coloris.
Observação
Entre os verbos defectivos estão incluídos os
chamados verbos impessoais, usados apenas na
terceira pessoa do singular: chover, trovejar, ventar,
haver (existir), fazer (refere-se ao clima: faz frio; ao
tempo: faz dez anos).
Verbos auxiliares
Os verbos auxiliares formam os tempos compos-
tos ou locuções verbais com os verbos principais:
§
§ ser (pago);
§
§ estar (curado);
§
§ ter (estudado);
§
§ haver (prometido).
Verbos abundantes
Os verbos abundantes apresentam mais de uma
forma, especificamente de particípio:
§
§ cozido e cozinhado;
§
§ morto e morrido;
§
§ imprimido e impresso.
Os particípios abundantes são classificados
em regulares e irregulares.
a) As formas regulares terminadas em –ado e
–ido, não contraídas, acompanham os ver-
bos auxiliares ter e haver.
Ele já havia pagado a dívida.
Tínhamos aceitado o convite.
b) As formas irregulares, contraídas, acompa-
nham os verbos auxiliares ser e estar.
O feijão foi cozido na panela de pressão.
A lâmpada foi acesa.
Formas nominais do verbo
O infinitivo,o particípio (regular e irregular) e o ge-
rúndio são chamados formas nominais do verbo porque
podem funcionar como nomes – substantivo, adjetivo.
§
§ Infinitivo
O comer demais faz mal. (substantivo)
O viver é bom. (substantivo)
§
§ Gerúndio
Ela bebeu chá fervendo. (advérbio)
Fervendo, desligue. (advérbio)
§
§ Particípio
Problema resolvido. (adjetivo)
A feira foi inaugurada. (adjetivo)
O parque foi inaugurado. (adjetivo)
Locução verbal
A locução verbal é a expressão constituída por
verbo (ou verbos auxiliares) seguido do verbo principal.
§
§ A Europa vem sendo desgastada pela crise.
O verbo auxiliar “vem” designa a pessoa e o nú-
mero do sujeito “Europa”, bem como o tempo verbal
designado pelo verbo principal “desgastada” – presen-
te do indicativo. O verbo principal está na voz passiva
(ser desgastada).
§
§ Hei de fazer algo mais legal.
Trata-se de uma locução verbal constituída pelo
auxiliar “hei” e o infinitivo impessoal “fazer”, antecedi-
do da preposição “de”.
§
§ Andam falando que tudo aquilo foi falso.
O gerúndio “falando” ou o infinitivo impessoal,
precedido da preposição “a” confere à locução ideia de
continuidade, de frequência, reiteração de ação.
Modos verbais
Quando lemos, falamos ou escrevemos, posicio-
namo-nos em um determinado tempo. No momento do
enunciado, os verbos ocorrem (presente), ocorreram (pas-
sados) ou ocorrerão (futuro), dependendo no modo verbal.
Tempos do modo indicativo
1. Presente
§
§ Indica processo no momento da fala.
Faço minhas escolhas. (atualmente, agora)
33. 33
§
§ Indica processo habitual, constante, fato real,
verdade.
Ela cumpre seus acordos. (ação habitual)
§
§ Indica processo ocorrido até o momento da
declaração.
Moro com meus colegas.
§
§ Em narrativas históricas (presente histórico),
em lugar do pretérito perfeito.
Colombo chega à América e, em 1492, con-
quista o Novo Mundo.
§
§ Em acontecimento próximo no lugar do futuro.
Não posso almoçar contigo amanhã.
§
§ Em expressões condicionais (se...), em lugar
do subjuntivo.
Se tudo corre bem, podemos viajar.
2. Pretérito perfeito
§
§ Indica um processo, algo já realizado, concluí-
do, terminado, sem necessidade de referência
à outra ação anterior nem contemporânea.
João saiu ontem.
Fiz as compras.
Cheguei.
§
§ Indica processo ocorrido antes da declaração
expressa pelo verbo.
Em 1939, Hitler invadiu a Polônia.
§
§ É frequente o emprego do pretérito perfeito
composto – presente do indicativo do verbo
auxiliar “ter“ ou “haver“ e particípio do ver-
bo principal.
Pode indicar ato habitual:
Eu tenho lido bastante.
Os alunos têm estudado muito.
Também pode indicar fato ocorrido até o mo-
mento da declaração:
Tenho comprado muitos carros iguais a este.
3. Pretérito imperfeito
§
§ Indica um processo ocorrido anteriormente
ao momento da declaração, mas contempo-
râneo a outro fato passado.
Eu ouvia samba, quando se deu o estouro.
Ele comia, quando da sua chegada.
§
§ É empregado para indicar processo em desen-
volvimento.
Eu dançava, quando ele entrou.
§
§ Indica processo em continuidade, habitual,
constante, frequente.
Eu residia nesta casa.
§
§ Indica processo idealizado, não realizado.
Pretendíamos ir à Bahia, mas o frio repenti-
no não permitiu.
§
§ Como manifestação de cortesia, de polidez,
em lugar do presente do indicativo ou do im-
perativo.
Queria só um abraço.
§
§ Em lugar do futuro do pretérito do indicativo.
Se ele pagasse, já estávamos (em vez de
“estaríamos“) na França.
4. Pretérito mais-que-perfeito
§
§ Indica uma ação passada, um fato concluído
que aconteceu antes de outro fato (ambos
no passado).
O trem partira quando ele enfim chegou.
Ela estivera presente à toda reunião.
Ele dançara muito.
§
§ Em construções exclamativas.
Quem lhe dera tê-la nos braços naquela tarde!
§
§ Em lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo.
Nadou como se estivera (estivesse) à beira
da morte.
§
§ É bastante frequente o emprego do mais-
-que-perfeito composto – imperfeito do ver-
bo auxiliar “ter“ ou “haver“ e particípio do
verbo principal.
Eu tinha falado bastante.
Já havia ocorrido o pior.
5. Futuro do pretérito
§
§ Exprime ação futura em relação ao passado,
ação que teria ocorrido em relação a um fato
já ocorrido no passado.
Eu iria, se você chegasse a tempo.
§
§ Designa ações posteriores à época em que
se fala.
Ainda ficaria. Esperaria a noite. (Marques
Rabelo)
§
§ Designa incerteza, probabilidade, dúvida, su-
posição sobre fatos passados.
Seriam mais ou menos dez horas quando
chegaram. (Lobato)
34. 34
§
§ Forma polida de presente para denotar um
desejo.
Eu precisaria namorar aquela moça.
§
§ O futuro do pretérito composto expresso –
verbo auxiliar “ter“ ou “haver“ no futuro do
pretérito e particípio do verbo principal.
Eu teria dito (diria) umas verdades a você.
§
§ Indica fato que teria acontecido no passado
mediante certa condição.
Teria sido diferente, se eu a amasse. (Ciro
dos Anjos)
§
§ Indica possibilidade de um fato passado.
Teria sido melhor não escrever nada. (Ruben
Braga)
§
§ Indica incerteza sobre fatos passados em cer-
tas frases interrogativas.
Ele só teria falado ou também...?
6. Futuro (do presente)
§
§ Indica a ação ainda não ocorrida, mas já de-
clarada pelo verbo.
Ora (direis) ouvir estrelas!/ (...) E eu vos di-
rei: amai para entendê-las! (Olavo Bilac)
§
§ Empregado para indicar um fato aproximado
ou para enfatizar uma expressão.
Na África, quantos não estarão mortos de
fome!
§
§ Indica incerteza, probabilidade, dúvida, supo-
sição.
Há uma várzea em meu sonho, mas não sei
onde será. (Augusto Meyer)
§
§ Indica fatos de realização provável.
Vem, dizia ele na última carta; se não vieres
depressa, acharás tua mãe morta. (Machado
de Assis)
§
§ Como forma polida, em vez do presente.
Mas como foi que aconteceram? E eu lhe di-
rei:sei lá,aconteceram:eis tudo. (Drummond)
§
§ É frequente o emprego do futuro do presente
composto – futuro do presente do verbo au-
xiliar “ter“ ou “haver“ e particípio do verbo
principal.
Quando você chegar, eu já terei ido.
§
§ Indica ação futura a ser consumada antes de
outra.
Quando o guarda chegar,já teremos fugido.
§
§ Indica possibilidade de um fato passado.
Terá passado o furacão dentro de oito dias?
§
§ Indica certeza de uma ação futura.
Se não voltarmos em algumas horas, tere-
mos perdido a oportunidade.
Tempos do modo subjuntivo
1. Presente
§
§ Expressa hipótese, desejo, suposição, dúvida.
Tomara que você tenha boas festas!
Bons ventos o levem!
2. Pretérito imperfeito
§
§ É empregado nas orações subordinadas da
oração principal, em que o verbo esteja no
pretérito imperfeito do indicativo.
Ela desejava que todos morressem.
Esperei que eles fizessem os trabalhos di-
reito.
Apreciaria que você me beijasse.
3. Pretérito mais-que-perfeito (composto)
§
§ Verbo auxiliar “ter“ ou “haver“ no pretérito
imperfeito do subjuntivo seguido do particí-
pio do verbo principal.
Imaginei que ele tivesse trazido a grana.
(Indica fato anterior a outro, ambos no pas-
sado.)
4. Futuro simples
§
§ Designa fato provável, eventualidade futura.
Quando ela vier, encontrará uma bagunça.
5. Futuro composto
§
§ Verbo auxiliar “ter“ ou “haver“ no futuro
do subjuntivo seguido do particípio do verbo
principal. Designa fato futuro como encerra-
do em relação a outro também no futuro.
Só deixarei esta casa, quando ele tiver tra-
zido todos os meus pertences.
Quando eu tiver encontrado o vestido, avi-
sarei a você.
36. 36
Letra e Música Por Você (Barão vermelho)
Por Você (Barão vermelho)
Por você
Eu dançaria tango no teto
Eu limparia
Os trilhos do metrô
Eu iria a pé
Do Rio a Salvador
Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria a prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno
Por você
Eu deixaria de beber
Por você
Eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia
Pra virar burguês
Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
A mesma mulher
Por você! Por você!
Por você! Por você!
Por você
Conseguiria até ficar alegre
Pintaria todo o céu
De vermelho
Eu teria mais herdeiros
Que um coelho
Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria a prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno
Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
A mesma mulher
Por você! Por você!
Por você! Por você!
Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
A mesma mulher
LER E OUVIR
37. 37
REFLETIR
Poema / Poesia Epígrafe
Epígrafe
Sou bem nascido. Menino,
Fui, como os demais, feliz.
Depois, veio o mau destino
E fez de mim o que quis.
Veio o mau gênio da vida,
Rompeu em meu coração,
Levou tudo de vencida,
Rugiu como um furacão,
Turbou, partiu, abateu,
Queimou sem razão nem dó –
Ah, que dor!
Magoado e só,
– Só! – meu coração ardeu:
Ardeu em gritos dementes
Na sua paixão sombria...
E dessas horas ardentes
Ficou esta cinza fria.
– Esta pouca cinza fria...
(Manuel Bandeira, In: A cinza das horas, 1917)
Reflita sobre o emprego dos tempos verbais no poema de Manuel Bandeira. Qual relação semântica eles
estabelecem?
39. Verbos: modo imperativo
e vozes verbais
Competências
1 e 8
Habilidades
1, 2, 3 e 27
terimakasih0/Pixabay
L
ENTRELETRAS
C
0 4
40. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
41. 41
Modo imperativo
O modo imperativo manifesta ordem, conselho, súplica ou exortação do emissor, e pode ser imperativo
afirmativo ou imperativo negativo.
§
§ Se beber, não dirija!
§
§ Dorme, que já está na hora!
FORMAÇÃO DOS IMPERATIVOS
imperativo afirmativo presente do subjuntivo imperativo negativo
Não existe primeira pessoa. que eu ame Não existe primeira pessoa.
ama (tu) que tu ames não ames (tu)
ame (ele/ela/você) que ele/ela/você ame não ame (ele/ela/você)
amemos (nós) que nós amemos não amemos (nós)
amai (vós) que vós ameis não ameis (vós)
amem (eles/elas/vocês) que eles/elas/vocês amem não amem (eles/elas/vocês)
Embora a palavra “imperativo” esteja ligada à ideia de comando, ordem, não é para comandar ou ordenar
que, na maioria das vezes, servimo-nos dele. O imperativo também é empregado para designar pedido, convite,
conselho ou súplica.
§
§ Faça isso agora, amor! (pedido)
§
§ Faça-nos uma visita! (convite)
§
§ Meu filho, faça sempre o melhor! (conselho)
§
§ Senhor, faça-nos esse milagre! (súplica)
Vozes
O fato expresso pelo verbo pode ser representado em três formas, em três vozes.
§
§ João cortou árvores.
O fato (cortou) é praticado pelo sujeito (João). Portanto, o verbo está na voz ativa.
§
§ Árvores foram cortadas por João.
O sujeito (árvores) é alvo, ou seja, sofre a ação de João. Portanto, o verbo está na voz passiva.
§
§ João cortou-se com o machado.
O sujeito (João) é alvo (cortou-se) do machado. Portanto, o verbo está na voz reflexiva.
Voz ativa
§
§ O fato indicado pelo verbo e exercido pelo sujeito (pessoa ou coisa) recai sobre um objeto (pessoa ou coisa).
Os coletores recolhem diariamente toneladas de lixo.
Os caminhões despejam toneladas de lixo.
§
§ As vozes ativa e passiva existem tão somente com verbos transitivos diretos, que necessariamente preveem
sujeito (agente da ação) e objeto (alvo da ação).
Alberto tirou boas notas.
Os pais amam seus filhos.
42. 42
Voz passiva analítica
§
§ A voz passiva dos verbos é formada pelo verbo auxiliar ser, conjugado no tempo e na pessoa desejados, se-
guido do particípio do verbo principal:A árvore foi cortada pelo lenhador./ Muitas mansões foram alugadas
em Brasília./ Muita gente ainda vai ser julgada inocente.
§
§ A voz passiva analítica sempre é formada por tempos compostos – ser + verbo principal transitivo direto –,
bem como com pelos verbos auxiliares ter e haver.
Têm sido (foram) alugadas muitas mansões em Brasília.
Voz passiva sintética
§
§ Formada com o verbo principal transitivo direto na voz ativa, na terceira pessoa do singular ou do plural,
acompanhado da partícula apassivadora “se“.
Aluga-se casa.
Alugam-se casas.
Compra-se apartamento.
Compram-se apartamentos.
Persuadem-se alunos com muito empenho.
Voz reflexiva
§
§ Necessariamente formada pelos verbos pronominais – acompanhados de “me“, “te“, “se“, “nos“, “vos“,
“se“ –, cuja ação designada parte do sujeito e volta-se para ele mesmo.
Eu me feri. (O ato e o efeito do ferimento partem e voltam para o “eu”, que é o sujeito.)
Tu te feriste.
Ele se machucou.
Nós nos prejudicamos.
Eles se feriram com faca.
43. 43
ANALISAR
Imagens Anúncios
O imperativo é usualmente empregado no universo publicitário.Procure identificar em qual pessoa
gramatical os verbos presentes nas imagens abaixo estão empregados.
INTERATIVI
A
A DADE
46. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
47. 47
Advérbios
Advérbio é uma classe de palavras invariável que se associa a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios,
cada qual com intenções bastante específicas.
§
§ Associa-se a verbos para indicar com maior precisão as circunstâncias da ação verbal.
Exemplo: Paula viajou ontem. (O advérbio “ontem” indica com maior precisão quando Paula viajou.)
§
§ Associa-se a adjetivos para intensificar o adjetivo já apresentado.
Exemplo: Roberto ficou bastante preocupado. (O advérbio “bastante” intensifica o adjetivo preocupado.)
§
§ Associa-se a advérbios para intensificar outro advérbio já apresentado.
Exemplo: O jogador do Corinthians está se recuperando muito bem. (O advérbio “muito” intensifica o
outro advérbio “bem”.)
Classificação dos advérbios
Os advérbios e as locuções adverbiais estabelecem diferentes relações semânticas, que são as seguintes:
§
§ de lugar: aqui; antes; dentro; ali; adiante; fora; acolá; atrás; além; lá; detrás; aquém; cá; acima; onde; perto;
aí; abaixo; aonde; longe; debaixo; algures; defronte; nenhures; adentro; afora; alhures; aquém; embaixo; ex-
ternamente; a distância; a distância de; de longe; de perto; em cima; à direita; à esquerda; ao lado; em volta.
§
§ de tempo: hoje; logo; primeiro; ontem; tarde; outrora; amanhã; cedo; depois; ainda; antigamente; an-
tes; doravante; nunca; então; ora; jamais; agora; sempre; já; enfim; afinal; amiúde; breve; constantemente;
imediatamente; primeiramente; provisoriamente; sucessivamente; às vezes; à tarde; à noite; de manhã; de
repente; de vez em quando; de quando em quando; a qualquer momento; de tempos em tempos; em breve;
hoje em dia.
§
§ de modo: bem; mal; assim; melhor; pior; depressa; debalde; devagar; às pressas; às claras; às cegas; à toa;
à vontade; às escondidas; aos poucos; desse jeito; desse modo; dessa maneira; em geral; frente a frente;
lado a lado; a pé; de cor; em vão; e a maior parte dos que terminam em ”–mente”: calmamente; triste-
mente; propositadamente; pacientemente; amorosamente; docemente; escandalosamente; bondosamente;
generosamente.
§
§ de afirmação: sim; certamente; realmente; decerto; efetivamente; certo; decididamente; deveras; indubi-
tavelmente.
§
§ de negação: não; nem; nunca; jamais; de modo algum; de forma alguma; tampouco; de jeito nenhum.
§
§ de dúvida: acaso; porventura; possivelmente; provavelmente; talvez; casualmente; por certo; quem sabe.
§
§ de intensidade: muito; demais; pouco; tão; em excesso; bastante; mais; menos; demasiado; quanto; quão;
tanto; que (quão); tudo; nada; todo; quase; de todo; de muito; por completo; extremamente; intensamente;
grandemente; bem (aplicado a propriedades graduáveis).
§
§ interrogativos: onde; aonde; donde; quando; como; por que; empregadas em interrogações diretas ou
indiretas – entende-se por interrogações diretas aquelas em que as palavras em destaque iniciam uma frase
interrogativa. Já as interrogações indiretas são aquelas em que os termos destacados não iniciam a frase.
Interrogação direta Interrogação indireta
Como isso aconteceu? Queria saber como isso aconteceu.
Onde ela mora? Precisava saber onde ela mora.
Por que ela não veio? Quero entender por que ela não veio.
Aonde você vai? Quero saber aonde você vai.
Donde vem esse rapaz? Necessito entender donde vem esse rapaz.
Quando que chega a carta? Quero saber quando chega a carta.
48. 48
Palavras denotativas que se
assemelham aos advérbios
Existem algumas palavras e locuções que se
assemelham muito a advérbios, recebendo o nome
de advérbios impróprios ou palavras com sentido
denotativo.
§
§ Advérbios de exclusão: apenas; exclusiva-
mente; salvo; senão; somente; simplesmente; só;
unicamente.
Exemplo: Todos se foram pela manhã; somen-
te ele quis partir mais tarde.
§
§ Advérbios de inclusão: ainda; até; mesmo;
inclusivamente; também.
Exemplo: Todos se foram pela manhã, até ele
que queria partir mais tarde.
§
§ Advérbios de ordem: depois; primeiramente;
ultimamente.
Exemplo: Primeiramente, gostaria de agra-
decer a todos os que estiveram presentes.
Locuções adverbiais
Locuções adverbiais são expressões forma-
das a partir de duas ou mais palavras que exercem
função adverbial. Geralmente, são iniciadas por uma
preposição, seguida de outra palavra como substan-
tivo, advérbio ou verbo, e que seja capaz de indicar
a circunstância.
§
§ de lugar: à esquerda; à direita; de longe; de
perto; para dentro; por aqui.
§
§ de afirmação: por certo; sem dúvida.
§
§ de modo: às pressas; passo a passo; de cor; em
vão; em geral; frente a frente.
§
§ de tempo: à noite; de dia; de vez em quando; à
tarde; hoje em dia; nunca mais.
Grau dos advérbios
Os advérbios são palavras, por definição, invari-
áveis (não sofrem alterações de gênero ou número). No
entanto, há algumas variações de grau.
Grau comparativo
Formado do mesmo modo que o comparativo do
adjetivo:
§
§ de igualdade:
tão + advérbio + quanto (como)
Exemplo: Sara pulou tão alto quanto Patrícia.
§
§ de inferioridade:
menos + advérbio + que (do que)
Exemplo: Ana fala menos alto que João.
§
§ de superioridade:
mais + advérbio + que (do que)
Exemplo: Ana fala mais alto que João.
Grau superlativo
Intensifica a qualidade de uma coisa ou pessoa.
§
§ Superlativo analítico: vem acompanhado de
outro advérbio.
Exemplo:
O rapaz falava muito alto. (”muito” é advérbio
de intensidade; ”alto”, de modo)
§
§ Superlativo sintético: é formado por sufixos.
Exemplo:
O rapaz falava altíssimo. (advérbio de modo
formado pelo acréscimo do sufixo)
Observação: na linguagem afetiva e popular,
certos advérbios são empregados no diminutivo,
com valor de superlativo.
Exemplos:
O homem caminhava devagarinho.
Amanhã precisarei acordar cedinho.
Ela mora pertinho daqui.
O advérbio aplicado ao texto
As principais aplicações dos advérbios ao texto e
que respondem a questões semânticas importantes são
as dos advérbios frásicos versus advérbios extrafrásicos,
além da distribuição de advérbios modais (terminados
em –mente).
§
§ Advérbios frásicos: são aqueles que modifi-
cam um elemento específico da frase. Não apre-
sentam marcas de deslocamento (vírgulas).
Exemplo: O veículo corre muito.
49. 49
§
§ Advérbios extrafrásicos: são aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação e, ge-
ralmente, deslocados por vírgula.
Exemplo: Ele, infelizmente, não jogou bem hoje.
Observação: os advérbios extrafrásicos funcionam como elementos de avaliação do enunciador acerca do
conteúdo enunciado.
§
§ Distribuição textual de advérbios modais (mais de um advérbio terminado em “–mente”)
Quando temos uma frase que congrega mais de um advérbio terminado em “–mente”, deve-se fazer a con-
tração dos advérbios centrais (retirar o termo “–mente”) e preservar apenas o último advérbio flexionado.
Errado: Ele saiu calmamente, sorrateiramente e rapidamente.
Certo: Ele saiu calma, sorrateira e rapidamente.
50. 50
INTERATIVI
A
A DADE
LER E OUVIR
REFLETIR
Poema / Poesia Poema só para Jaime Ovalle / Você Só... Mente
Procure encontrar os advérbios no poema e na canção abaixo.
Poema só para Jaime Ovalle
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Então me levantei,
Bebi o café que eu mesmo preparei,
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei pensando...
– Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei.
(Manuel Bandeira)
Você Só... Mente
Não espero mais você, pois você não aparece
Creio que você se esquece das promessas que me faz
E depois vem dar desculpas, inocentes e banais
É porque você bem sabe
Que em você desculpo
Muitas coisas mais
O que sei somente
É que você é um ente
Que mente inconscientemente
Mas finalmente
Não sei por que
Eu gosto imensamente
De você
Invariavelmente, sem ter o menor motivo
Em um tom de voz altivo
Você quando fala mente
Mesmo involuntariamente, faço cara de inocente
Pois sua maior mentira, é dizer à gente que você não mente.
(Noel Rosa)
53. FUVEST
A maior parte das questões de literatura da Fuvest refere-se às obras obrigatórias. Neste cader-
no, você encontrará alguns desses exercícios de anos anteriores, bem como questões sobre as
estéticas do QUINHENTISMO, do BARROCO e do ARCADISMO.
UNESP
Como a Unesp não possui uma lista obrigatória de livros, os exercícios deste vestibular contem-
plam o conhecimentos das escolas literárias, bem como de seus principais representantes. Neste
caderno, estão presentes questões sobre QUINHENTISMO, BARROCO e ARCADISMO.
UNICAMP
A maior parte das questões de literatura da Unicamp refere-se às obras obrigatórias.Neste caderno,
você encontrará alguns desses exercícios de anos anteriores,bem como questões sobre as estéticas
do QUINHENTISMO, do BARROCO e do ARCADISMO.
UNIFESP
Como a Unifesp não possui uma lista obrigatória de livros, os exercícios deste vestibular contem-
plam o conhecimentos das escolas literárias, bem como de seus principais representantes. Neste
caderno, estão presentes questões sobre QUINHENTISMO, BARROCO e ARCADISMO.
ENEM/UFMG/UFRJ
Como o Enem não possui uma lista obrigatória de livros, os exercícios deste exame contemplam
o conhecimentos das escolas literárias, bem como de seus principais representantes.
UERJ
Neste caderno, você encontrará exercícios da Uerj apenas na aula 1. O vestibular da Uerj não
exige os demais conteúdos contidos neste livro.
F
A
C
U
LDADE DE MED
I
C
I
N
A
BOTUCATU
1963
Abordagem de LITERATURA nos principais vestibulares.
54.
55. A arte literária e
o estudo dos gêneros
Competência
5
Habilidades
15, 16 e 17
L
ENTRELETRAS
C
0 1
56. Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
sua vida.
H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras
culturas e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da
identidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
diferentes indivíduos.
Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e
da própria identidade.
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da
realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
chantagem, entre outras.
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem