1) O artigo discute a proposição de J.G. Machen contra a teologia liberal, apontando que o liberalismo teológico não é cristianismo.
2) Machen argumenta que o liberalismo abandona os dogmas e a historicidade factual da fé cristã, como a ressurreição de Cristo, essenciais ao cristianismo.
3) Ele conclui que o liberalismo é uma outra religião, sem os fundamentos históricos do cristianismo nas Escrituras.
1. 25/10/2015 Teologia Brasileira Artigo: 'O liberalismo teológico não é cristianismo': A proposição de J.G. Machen contra a teologia liberal
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Teologia
'O liberalismo teológico não é cristianismo': A proposição de J.G. Machen
contra a teologia liberal
27/11/2012 16:15:02
A apresentação da leitura de Cristianismo e liberalismo tem por
objetivo apontar o modo como John Gresham Machen identifica o
liberalismo moderno como uma outra religião diferente da cristã.
Aponta à religião cristã, os dogmas, doutrinas e a história
neotestamentária como elementos fundamentais e inseparáveis
caracterizadores desta Religião. Portanto, negálos é negar todo o
fundamento cristão.
Por que ler Machen hoje? Quando igrejas e seminários teológicos
sucumbem desacreditados dos dogmas e da veracidade dos relatos
bíblicos, sem saberem a que se agarrar, o teólogo desafia a
modernidade apresentando a histórica fé cristã como sempre atual.
Com Machen, a “fé conservadora” ergue a sua cabeça, não apenas
para apontar os erros hermenêuticos e exegéticos (eixegéticos)
modernos, mas também firmar a veracidade das Escrituras. E J. G.
Machen não faz isto para se justificar das acusações recebidas da teologia liberal ou neoortodoxa nos
séculos XIX e XX. pelo contrário, Machen procura colocar a fé conservadora sobre uma base de tal
autoridade capaz de ser objetivamente plausível e analisável, em nada perdendo para o liberalismo e a
neoortodoxia.
Acredita que esta fé poderá sobressair às duas correntes teológicas posteriores a ela. Pelo menos, assim
julga ao expor que o seu “objetivo não é o de decidir a questão teológica dos dias atuais, mas, tão
somente, apresentar a questão da maneira mais vívida e clara possível, para que o leitor possa ser
auxiliado a decidir por si mesmo”.1 Deste modo, para ele, a opção pela Teologia Conservadora procede de
bases justificáveis.
Curiosamente, Machen não aponta as influências do Iluminismo sobre a teologia intra ou extra
eclesiástica; afirma apenas que o surgimento do liberalismo teológico deveuse às mudanças sociais e
intelectuais surgidas no século XIX. Conjuntamente às grandes invenções e ao industrialismo, as
ciências surgidas com o especificismo2 do conhecimento humano em diferentes esferas, grassaram à fé e
o orgulho de fazer parte deste momento histórico promoveu erosões profundas à fé cristã.
Tantas convicções tiveram de ser abandonadas que as pessoas acreditam que todas elas devem ser
deixadas de lado. [...] o Cristianismo, durante muitos séculos, tem apelado para a veracidade de suas
afirmações, não meramente nem mesmo primariamente segundo experiências atuais, mas de acordo com
certos escritos antigos, dos quais o mais recente data de aproximadamente vinte séculos atrás.3
O fato de a religião cristã ter como base as Escrituras, frente à ciência contemporânea, ela não se retira e
assiste alienada, de longe, o progresso desta como um inimigo capaz de lhe calar a voz. Àqueles que
consideram a fé cristã (ortodoxa) como opositora à ciência e exige que ela siga por campo isolado do
saber científico devem ser censurados, pois, “a religião se tem baseado em diversas convicções,
especialmente na área histórica, que podem ser assuntos de investigação científica”.4
Não é acerca de tal
investigação que os teólogos liberais foram levados a buscar a “essência do cristianismo”? Encontrar o
“Jesus Histórico” dentre as flores do mito apostólico? Todavia, seria eficaz provar que o fundamento do
cristianismo pode ser verificado pelas ciências humanas?
Segundo Machen, a questão não é tão somente impor o cristianismo como um fenômeno antropológico ou
objeto de análise psicológica. Não se trata de fundamentar a fé cristã como objeto da filosofia da religião.
Os campos científicos não se contentam em apenas estudar a superfície da fé cristã. É sabido que o
materialismo moderno, logo que possível, se oporá tanto ao idealismo filosófico do pregador liberal quanto
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1 COMENTÁRIO(S)
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Jakson Santos Gonçalves | londrina/PR | 04/12/2012 14:29:32
Parabens Eliandro ...
*Nome:
*Sobrenome:
43 Ibidem, p.67: “Uma Bíblia que é cheia de erros, certamente, é divina no sentido panteísta de divindade.
Sentido no qual Deus é só mais um nome no curso do mundo, com todas as suas imperfeições e todo o
seu pecado. Mas o Deus a quem o cristão adora é o Deus da verdade”.
44
Ibidem, p. 35: “Mas, mesmo no Sermão do Monte há muito mais do que algumas pessoas pressupõem.
Elas dizem que não há teologia ali; no entanto, ele contém teologia da melhor qualidade. Particularmente,
ali está a mais elevada apresentação da pessoa de Jesus. Essa apresentação aparece na estranha forma
de autoridade que permeia todo o seu discurso; aparece nas palavras recorrentes: ‘Mas eu vos digo’.
Jesus coloca suas palavras em pé de igualdade com aquelas que ele, certamente, reconhece como
palavras divinas da Escritura; ele reivindicou o direito de legislar sobre o Reino de Deus. Não se pode
argumentar que essa forma de autoridade envolve, meramente, uma consciência profética em Jesus um
mero direito de falar em nome de Deus. Pois, qual profeta falou dessa maneira alguma vez?”
45 MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p.69.
46
Idem, p. 70.
47
NIETZSCHE, Friedrich. O anticristo: anátema sobre o cristianismo, Lisboa: Ed. 70, 2002, p. 59.
48
MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p.75.
49 Idem, p. 77.
50 Ibidem, p. 78: “[...] Nos evangelhos, Jesus é apresentado constantemente lidando com o problema do
pecado. Ele sempre assume que os outros são pecadores; no entanto, ele nunca encontra pecado em si
mesmo. Aqui se encontra uma estupenda diferença entre a experiência de Jesus e a nossa. Essa
diferença previne que a experiência religiosa de Jesus sirva como base para a vida cristã. [...] se o
Cristianismo é alguma coisa, ele é um meio de se livrar do pecado.”
51 MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p. 79.
52 MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p. 86.
53
Idem, p. 92: “O Jesus apresentado pelo Novo Testamento certamente era uma pessoa histórica
qualquer um que realmente tenha chegado a enfrentar problemas históricos irá admitir isso. Mas, tão
claramente quanto isso, Jesus é apresentado no Novo Testamento como uma pessoa sobrenatural.
Contudo, para o Liberalismo moderno, uma pessoa sobrenatural nunca é uma pessoa histórica. Assim
surge um problema para os que adotam o ponto de vista liberal o Jesus do Novo Testamento é histórico,
ele é sobrenatural, mas o que é sobrenatural, de acordo com o Liberalismo, não pode ser histórico. O
problema só poderia ser resolvido pela separação do natural e do sobrenatural no registro do Novo
Testamento sobre Jesus, para que, então, o sobrenatural seja rejeitado e o natural, retido”.
54 Ibidem, p. 89,90.
55 Ibidem, p. 37: “[...] todo o discurso é direcionado aos discípulos de Jesus; e o mundo a sua volta é
distinguido da maneira mais clara possível. As pessoas para quem a “Regra de ouro” é direcionada são
pessoas em quem uma grande mudança aconteceu uma mudança que os torna aptos para entrarem no
Reino de Deus.”
56 Ibidem, p. 101.
57 MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, pp. 106,107.
58
Idem, p. 113.
59
MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, pp. 117132.
60
Idem, p. 134.
61 Ibidem, pp. 124,125.
62 Ibidem, pp. 138,139.
63 MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p. 45: “[...] Ao insistir na base doutrinária do cristianismo,
não queremos dizer que todos os pontos da doutrina são igualmente importantes. É perfeitamente
possível manter a comunhão cristã apesar da diferença de opinião. [...] eles compartilham conosco a
reverência pela autoridade da Bíblia, e diferem de nós somente na interpretação dela [...].”
64 Idem, pp. 136,148.
65
MACHEN, J. G. Cristianismo e liberalismo, p. 145.
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AUTOR
Eliandro da Costa Cordeiro
É casado com Queila Loubach da S. Cordeiro e pai de Anna Clara
Loubach Cordeiro. Pastor da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil.
Reside e leciona no Seminário Presbiteriano de Cianorte‐PR as
disciplinas filosofia, teologia sistemática, teologia contemporânea,
história da teologia, apologética, análise de Romanos e Hebreus. É
Bacharel em Teologia pelo SPR‐Cne, Linguística e Missiologia pela ALEM‐
DF, graduado e pós‐graduado (Epistemologia) em Filosofia pela
Universidade Estadual de Maringá‐PR (UEM).
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