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Pessoas Magoadas
São apenas manias
Que deixam pessoas magoadas.
Garrafas vazias,
Mortalhas espalhadas,
Com tudo o que ingerias
Não percebias
Que te matavas.
E assim vivias os teus dias
Com as porcarias
Que injetavas.
E naquele triste dia,
Enquanto eu chorava
E o médico dizia
Que o coração já não aguentava
E o cérebro já morria,
O teu olhar parava
A pestana subia
Lá no fundo eu já o esperava
Mas eu não o queria!
Agora espero por um sinal
Para acalmar este sentimento,
Como é que há um temporal
Num dia de bom tempo?
Pela tua vontade espiritual
Foste levada pelo vento
Não te desejo mal
Ficarás no meu pensamento.
Agora que me levanto
Vejo a minha vida fracassada
Tenho pensado, no entanto,
No veneno ou na facada,
Na linha férrea ou na estrada,
Mas por enquanto
Sigo o meu caminho e canto
Para quem já não pode ouvir nada!
João de Campos
Jogo de Palavras
Quando escrevo
Faço das palavras minha escolta
Nada vejo, nada temo
Esqueço tudo à minha volta
E só paro
Quando a caneta largo
E então reparo
Que o q escrevo é poesia com sabor amargo.
Com aquele ar de inocente
Sei que há quem tenha a vida perdida
E é comovente
Dizer que ando perdido na vida.
Mas sigo a minha estrada
Pois não há nada escrito na minha sina
Com a esperança que pode ser encontrada
Uma oportunidade ao virar da esquina.
Não escrevo alegrias
Porque ainda não pude conhecê-las
É a tristeza dos meus dias
Que à noite escrevo nas estrelas
E com cada paço que dou
Levanto mais o pó
Por isso, agora onde estou,
Estou parado, estou só.
Sinto-me leve e vazio
Com esta dor que me afeta
Em mim arde um fogo frio
Não sou louco, sou poeta!
João de Campos
Um Amor Perdido ao Acordar
No meio da minha escuridão
Há uma luz que me guia,
E sem a alcançar
Persigo-a toda a noite até chegar o dia.
E sempre que o sol se põe
Como uma profecia,
Eu saio para a rua
E recomeça a correria.
Onde paro? Onde vou?
Olho em volta, nada vejo
E o meu desejo
É saber quem sou.
Neste sonho de que tento despertar
Caminho além do Tejo
Em passo não fraquejo
Com uma dor que doí bem devagar.
Uma ideia desperta o meu interesse,
Como nisso não pensei?
A luz que à noite aparece
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João de Campos

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  • 4. Não escrevo alegrias Porque ainda não pude conhecê-las É a tristeza dos meus dias Que à noite escrevo nas estrelas E com cada paço que dou Levanto mais o pó Por isso, agora onde estou, Estou parado, estou só. Sinto-me leve e vazio Com esta dor que me afeta Em mim arde um fogo frio Não sou louco, sou poeta! João de Campos
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