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Se, portanto, quando
colocardes vossa
oferenda no altar, vos
lembrardes de que o
vosso irmão tem
qualquer coisa contra
vós, - deixai a vossa
dádiva junto ao altar e
ide, antes, reconciliar-
vos com o vosso
irmão; depois, então,
voltai a oferecê-la.        (
MATEUS, cap. V, 23 e 24.)
Geralmente nossa idéia de
sacrifício está vinculada a
idéia de sofrimento e dor.

Então como o sacrifício
pode ser agradável a
Deus?

Na condição humana em
que nos encontramos
reagimos com vigor a
situações, pessoas ou
coisas que nos façam
sofrer.

Esperneamos, choramos,
reclamamos muito contra a
dor.
Mas o preceito do Cristo se mostra completamente
diferente. Ele coloca o sacrifício como uma
oferenda,um tributo à Divindade, com base na
renúncia dos nossos instintos inferiores.
Todo sacrifício proposto por Jesus tem de ser de
ordem espiritual.
Que mais agradaria a Deus senão a nossa melhoria
interior, vencendo todo o sentimento de animosidade
contra o nosso semelhante?
Na época de Jesus, os judeus
faziam sacrifício a Deus, imolando
animais para expiação da culpa
ou para implorar auxílio. Este
animal era entregue a Deus como
um pedido de perdão ou no intuito
de receber ajuda.
Jesus, conforme nos mostra o
texto em Mateus, respeita esta
prática ritualística judaica. Ele diz:
“deixai vossa dádiva junto ao
altar... depois, então, voltai a
oferecê-la”. Ele não veio destruir a
lei, não veio revolucionar as
relações externas, não veio se
preocupar com o culto externo.

Ele sabia que, se o amor brotasse
no solo fértil a ponto de alcançar a
verdade das coisas, aquelas
atitudes externas se diluiriam no
tempo.
Por que, via de regra, não perdoamos de imediato,
quando somos agredidos?

Porque ainda o perdão não vibra como sol em nossos
corações; e assim...
Precisamos de um tempo de digestão, de conflito
entre o ceder aos impulsos de vingança, ou fechar as
portas para aquela pessoa.
É uma luta interna que se trava, não é?

Este é o sacrifício do Espírito: o de limpar seu coração
a fim de que a comunhão com Deus seja verdadeira.
Por que a doutrina espírita facilita o
      processo do perdão?
Primeiro porque ela traz
novamente à tona a reencarnação
e junto dela, a lei de causa e
efeito, combinadas, exprimindo a
verdadeira justiça.
Ela mostra que, o que sofremos
hoje faz parte de um processo
educativo do Espírito, abordando
exatamente a lição que
precisamos aprender.
Certa vez o Chico Xavier foi receber uma homenagem
na Assembléia Legislativa de Goiás e um deputado
quis colocá-lo contra a parede. O parlamentar
perguntou: "a morte de Jesus na cruz foi uma
expiação, era seu karma?"

Chico, com sua maneira graciosa de sempre,
respondeu: "não, a morte de Jesus na cruz é uma
epopéia de amor pela humanidade."
O perdão do Chico a vizinha que envenenou seu cachorrinho perneta.
O perdão incondicional deve
ser exercitado até que
possamos dizer como Gandhi,
quando foi perguntado:
Como ele perdoava os seus
inimigos?
 O Mahatma disse:
          “eu não perdôo a
ninguém, simplesmente
porque não me ofendo com as
agressões.”
Ele compreendia que os seus
agressores agiam na
ignorância, eram como
doentes da alma e, portanto,
Gandhi não aceitava seus
ataques.
Exemplo de perdão ou de nobreza humana vamos encontrar
na história de Plácido Domingos e de José Carreras, os
tenores espanhóis conhecidos de todos.

“...No final dos anos 80 o Madrileño Plácido Domingo e o
Catalão, nascido em Barcelona, José Carreras faziam grande
sucesso junto a Luciano Pavarotti.

Mesmo os que nunca visitaram a Espanha conhecem a
rivalidade existente entre os Catalães e os Madrileños, sendo
que os primeiros lutam até por uma independência,
pretendendo uma nacionalidade própria que não a espanhola.

Carreras e Plácido não fugiram à regra.

 Em 1984, por questões políticas tornaram-se inimigos. Sempre
muito requisitados em todas as partes do mundo, ambos
faziam constar em seus contratos que só se apresentariam em
determinado show se o desafeto não fosse convidado!
Em 1987, Carreras ganhou um inimigo muito mais implacável que Plácido
Domingo, foi surpreendido com um diagnóstico terrível: leucemia!
Sua luta contra o câncer foi sofrida e persistente.

Submeteu-se a vários tratamentos, como transplante de medula óssea,
além de troca de sangue, que o obrigava a viajar uma vez por mês aos
Estados Unidos.
Claro que nessas condições não podia trabalhar e, apesar de dono de uma
razoável fortuna, os altos custos das viagens e do tratamento rapidamente
minguaram suas finanças.

Quando não tinha mais condições financeiras, tomou conhecimento de uma
Fundação existente em Madrid com a finalidade única de apoiar o
tratamento de leucêmicos! Graças ao apoio da Fundación Hermosa venceu
a doença e voltou a cantar!

Claro que recebendo novamente os altos cachês a que faz jus tratou de
associar-se à Fundação e, lendo seus estatutos, descobriu que o fundador,
maior colaborador e presidente da Fundação, era o desafeto Plácido
Domingo!

Descobriu ainda que o mesmo criara a entidade em princípio para atendê-lo
e se mantivera no anonimato para não constrangê-lo a "ter que aceitar
auxílio de um inimigo".
O momento mais lindo e comovente entre os dois foi o
encontro, imprevisto por parte de Plácido, em uma de
suas apresentações em Madrid, onde Carreras
interrompe o evento e, humildemente, ajoelhando-se
aos seus pés, pede desculpas e o agradece em
público.

Plácido levanta-o, e com um forte abraço, os dois
selam, naquele instante, o início de uma grande
amizade! Algum tempo depois, em uma entrevista de
Plácido Domingo, uma repórter o indagava por que
criara a Fundación Hermosa num momento que, além
de beneficiar um "inimigo" ainda reviveu o único
artista que poderia fazer-lhe alguma concorrência.

Sua resposta foi curta e definitiva: "Por que uma voz
como essa não se pode perder..."
Está aí uma manifestação clara da nobreza humana,
conforme preceitua o Mestre Jesus em seu Evangelho
luminoso.

A reconciliação com os irmãos deve ser um impositivo
moral, uma obrigação do espírita, haja vista que, sem
ela, seus propósitos de crescimento espiritual ficam
prejudicados.

Ao refletirmos sobre essas palavras, pedimos a Jesus
a força e a persistência para implementar em nós
mesmos as modificações íntimas que julgamos
necessárias. Que possamos a cada dia nos tornar
melhores que nós mesmos.
"O sacrifício é a prova máxima por que passam os
Espíritos que se encaminham para Deus, pois por
meio dele se redimem das derradeiras faltas,
inundando-se de luminosidade inextinguíveis (...)
Amália Domingo Soler
O melhor sacrifício é
aquele que se realiza
com a vida inteira, pelo
trabalho e pela
abnegação sincera,
suportando todas as
lutas na renúncia de
nós mesmos, para
ganhar a vida eterna de
que nos falava o
Senhor em suas lições
divinas.
Irmão X
O verdadeiro sacrifício e o perdão segundo Jesus

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O verdadeiro sacrifício e o perdão segundo Jesus

  • 1. Se, portanto, quando colocardes vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar- vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. ( MATEUS, cap. V, 23 e 24.)
  • 2. Geralmente nossa idéia de sacrifício está vinculada a idéia de sofrimento e dor. Então como o sacrifício pode ser agradável a Deus? Na condição humana em que nos encontramos reagimos com vigor a situações, pessoas ou coisas que nos façam sofrer. Esperneamos, choramos, reclamamos muito contra a dor.
  • 3. Mas o preceito do Cristo se mostra completamente diferente. Ele coloca o sacrifício como uma oferenda,um tributo à Divindade, com base na renúncia dos nossos instintos inferiores. Todo sacrifício proposto por Jesus tem de ser de ordem espiritual. Que mais agradaria a Deus senão a nossa melhoria interior, vencendo todo o sentimento de animosidade contra o nosso semelhante?
  • 4. Na época de Jesus, os judeus faziam sacrifício a Deus, imolando animais para expiação da culpa ou para implorar auxílio. Este animal era entregue a Deus como um pedido de perdão ou no intuito de receber ajuda. Jesus, conforme nos mostra o texto em Mateus, respeita esta prática ritualística judaica. Ele diz: “deixai vossa dádiva junto ao altar... depois, então, voltai a oferecê-la”. Ele não veio destruir a lei, não veio revolucionar as relações externas, não veio se preocupar com o culto externo. Ele sabia que, se o amor brotasse no solo fértil a ponto de alcançar a verdade das coisas, aquelas atitudes externas se diluiriam no tempo.
  • 5. Por que, via de regra, não perdoamos de imediato, quando somos agredidos? Porque ainda o perdão não vibra como sol em nossos corações; e assim... Precisamos de um tempo de digestão, de conflito entre o ceder aos impulsos de vingança, ou fechar as portas para aquela pessoa. É uma luta interna que se trava, não é? Este é o sacrifício do Espírito: o de limpar seu coração a fim de que a comunhão com Deus seja verdadeira.
  • 6. Por que a doutrina espírita facilita o processo do perdão? Primeiro porque ela traz novamente à tona a reencarnação e junto dela, a lei de causa e efeito, combinadas, exprimindo a verdadeira justiça. Ela mostra que, o que sofremos hoje faz parte de um processo educativo do Espírito, abordando exatamente a lição que precisamos aprender.
  • 7. Certa vez o Chico Xavier foi receber uma homenagem na Assembléia Legislativa de Goiás e um deputado quis colocá-lo contra a parede. O parlamentar perguntou: "a morte de Jesus na cruz foi uma expiação, era seu karma?" Chico, com sua maneira graciosa de sempre, respondeu: "não, a morte de Jesus na cruz é uma epopéia de amor pela humanidade."
  • 8. O perdão do Chico a vizinha que envenenou seu cachorrinho perneta.
  • 9. O perdão incondicional deve ser exercitado até que possamos dizer como Gandhi, quando foi perguntado: Como ele perdoava os seus inimigos? O Mahatma disse: “eu não perdôo a ninguém, simplesmente porque não me ofendo com as agressões.” Ele compreendia que os seus agressores agiam na ignorância, eram como doentes da alma e, portanto, Gandhi não aceitava seus ataques.
  • 10. Exemplo de perdão ou de nobreza humana vamos encontrar na história de Plácido Domingos e de José Carreras, os tenores espanhóis conhecidos de todos. “...No final dos anos 80 o Madrileño Plácido Domingo e o Catalão, nascido em Barcelona, José Carreras faziam grande sucesso junto a Luciano Pavarotti. Mesmo os que nunca visitaram a Espanha conhecem a rivalidade existente entre os Catalães e os Madrileños, sendo que os primeiros lutam até por uma independência, pretendendo uma nacionalidade própria que não a espanhola. Carreras e Plácido não fugiram à regra. Em 1984, por questões políticas tornaram-se inimigos. Sempre muito requisitados em todas as partes do mundo, ambos faziam constar em seus contratos que só se apresentariam em determinado show se o desafeto não fosse convidado!
  • 11.
  • 12. Em 1987, Carreras ganhou um inimigo muito mais implacável que Plácido Domingo, foi surpreendido com um diagnóstico terrível: leucemia! Sua luta contra o câncer foi sofrida e persistente. Submeteu-se a vários tratamentos, como transplante de medula óssea, além de troca de sangue, que o obrigava a viajar uma vez por mês aos Estados Unidos. Claro que nessas condições não podia trabalhar e, apesar de dono de uma razoável fortuna, os altos custos das viagens e do tratamento rapidamente minguaram suas finanças. Quando não tinha mais condições financeiras, tomou conhecimento de uma Fundação existente em Madrid com a finalidade única de apoiar o tratamento de leucêmicos! Graças ao apoio da Fundación Hermosa venceu a doença e voltou a cantar! Claro que recebendo novamente os altos cachês a que faz jus tratou de associar-se à Fundação e, lendo seus estatutos, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente da Fundação, era o desafeto Plácido Domingo! Descobriu ainda que o mesmo criara a entidade em princípio para atendê-lo e se mantivera no anonimato para não constrangê-lo a "ter que aceitar auxílio de um inimigo".
  • 13.
  • 14. O momento mais lindo e comovente entre os dois foi o encontro, imprevisto por parte de Plácido, em uma de suas apresentações em Madrid, onde Carreras interrompe o evento e, humildemente, ajoelhando-se aos seus pés, pede desculpas e o agradece em público. Plácido levanta-o, e com um forte abraço, os dois selam, naquele instante, o início de uma grande amizade! Algum tempo depois, em uma entrevista de Plácido Domingo, uma repórter o indagava por que criara a Fundación Hermosa num momento que, além de beneficiar um "inimigo" ainda reviveu o único artista que poderia fazer-lhe alguma concorrência. Sua resposta foi curta e definitiva: "Por que uma voz como essa não se pode perder..."
  • 15.
  • 16. Está aí uma manifestação clara da nobreza humana, conforme preceitua o Mestre Jesus em seu Evangelho luminoso. A reconciliação com os irmãos deve ser um impositivo moral, uma obrigação do espírita, haja vista que, sem ela, seus propósitos de crescimento espiritual ficam prejudicados. Ao refletirmos sobre essas palavras, pedimos a Jesus a força e a persistência para implementar em nós mesmos as modificações íntimas que julgamos necessárias. Que possamos a cada dia nos tornar melhores que nós mesmos.
  • 17. "O sacrifício é a prova máxima por que passam os Espíritos que se encaminham para Deus, pois por meio dele se redimem das derradeiras faltas, inundando-se de luminosidade inextinguíveis (...) Amália Domingo Soler
  • 18. O melhor sacrifício é aquele que se realiza com a vida inteira, pelo trabalho e pela abnegação sincera, suportando todas as lutas na renúncia de nós mesmos, para ganhar a vida eterna de que nos falava o Senhor em suas lições divinas. Irmão X