1. ENGT 141 – SANEAMENTO
Aula 2 – Evolução dos sistemas de esgotos
Prof.ª Aruana Rocha Barros Lopes
Teófilo Otoni – MG
Maio de 2017
2. Sistemas de esgoto
2
Água fornecida para a população
Águas residuárias
Utilizada nas atividades humanas
Imprópria para o consumo e retorno ao meio ambiente
3. Água residuária
É a massa líquida que apresenta
partículas, compostos químicos ou
microrganismos que tornam imprópria
sua utilização ou aproveitamento,
requisitando, portanto,
condicionamento ou tratamento antes
do reuso ou destinação final.
3
4. Água residuária
Exemplos:
• Esgotos domésticos;
• Efluentes de processos industriais;
• Líquidos percolados em células de aterro
sanitário.
4
5. Esgoto sanitário
5
Água residuária formada por contribuições de:
Esgoto
Industrial
Esgoto
Doméstico
Esgoto
Sanitário
Águas de
Infiltração
Constituição do esgoto
sanitário
6. Esgoto sanitário
Esgoto sanitário – de acordo com a
ABNT – NBR 7229/93, esgoto
sanitário vem a ser água residuária
composta de esgoto doméstico,
despejo industrial admissível ao
tratamento conjunto com o esgoto
doméstico e a água de infiltração.
6
7. Esgoto sanitário
7
Esgoto Doméstico
Representa o maior volume do esgoto
sanitário. É formado por material fecal e águas
servidas provenientes de banheiros, cozinhas,
outras instalações hidro-sanitárias de residências,
prédios comerciais, instalações públicas, além de
contribuições especiais de estabelecimentos de
saúde.
8. Esgoto sanitário
8
Esgoto Industrial
É formado por efluentes de processos produtivos e
de águas de lavagem de indústrias. Apresenta
geralmente grande vazão e carga poluidora.
Águas de infiltração
São aquelas que, ao escoar ou infiltrar no terreno
penetram nos coletores de esgoto, seja por juntas
mal executadas ou aberturas nos componentes da
rede coletora de esgoto.
10. Importância sanitária
evitar a poluição do solo e dos mananciais de
abastecimento de água;
evitar o contato de vetores com as fezes;
propiciar a promoção de novos hábitos higiênicos
na população;
promover o conforto e atender ao senso estético. 10
Controle e à prevenção de doenças
11. Importância sanitária
aumento da vida média do homem, pela redução
da mortalidade em consequência da redução dos
casos de doenças;
diminuição das despesas com o tratamento de
doenças evitáveis;
redução do custo do tratamento da água de
abastecimento, pela prevenção da poluição dos
mananciais;
controle da poluição das praias e dos locais
de recreação com o objetivo de promover o
turismo;
preservação da fauna aquática, especialmente os
criadouros de peixes.
11
15. Evolução histórica do sistema
de esgoto
15
Homem – Hábitos sedentários, convívio
em coletividade
Recipientes: fezes e urina
Transporte: homens e animais.
Crescimento das aglomerações urbanas
Necessidade de soluções rápidas e eficientes
19. Evolução histórica do sistema
de esgoto
Século 5 a.C – Instalados condutos de barros para
descarregar as águas servidas das habitações.
Inglaterra, 1596 – Invenção da privada com descarga
hídrica
Londres, 1815 – Autorização do lançamento de esgoto
doméstico em galerias de águas pluviais
Londres, 1847 – Proibição do lançamento de esgotos nas
galerias → INÍCIO DO SISTEMA UNITÁRIO.
19
20. Evolução histórica do sistema
de esgoto
• Aplicação do sistema unitário:
Nova Iorque (1857)
Rio de Janeiro (1864)
Recife (1873)
Berlim (1874) e;
São Paulo (1883)
• Sistema Unitário – Bom desempenho em regiões frias e
subtropicais
20
21. Evolução histórica do sistema
de esgoto
1855 - Rio de Janeiro: contratação dos ingleses para criar
sistemas de esgotamento para as cidades do Rio e São
Paulo.
1857 - Rio de Janeiro: inauguração do sistema de esgotos
(separador parcial) da cidade, tornando-se uma das
primeiras cidades do mundo dotada de rede coletora de
esgotos.
1876 - São Paulo: inaugurado o primeiro sistema coletor de
esgotos (separador parcial) da cidade.
21
22. Evolução da coleta de
esgoto no Brasil
22
Primeiro Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do Brasil
Rio de Janeiro em 1857
Recife 1876 a 1878
Somente na primeira década do século XX é que foi
implantado o primeiro SES da região norte do
Brasil na cidade na cidade de Belém.
23. Sistemas de esgotamento
sanitário
Requer:
Planejamento das ações;
Elaboração de projetos;
Obtenção de financiamentos e construção das unidades
de:
23
Coleta, elevação, tratamento e destinação final
24. Sistemas de esgoto
24
Gestores públicos, engenheiros e outros profissionais
Importante
Sistema de Esgotamento Sanitário
Integrante da infra-estrutura urbana
25. 25
Sistemas de Esgoto
Unidade de coleta de esgoto
Demanda maior investimento
Grande espacialização e movimentação de terra na
área urbana
26. 26
Representação espacial
do índice de atendimento
total de coleta de
esgotos, distribuído por
faixas percentuais,
segundo os
estados brasileiros
Fonte:SNIS(2004)
31. O esgoto sanitário no mundo
31
Segundo a ONU, morrem a cada dia, 25 mil pessoas no
mundo, na maioria crianças, em virtude de doenças
provocadas pela água poluída.
Dentre os países desenvolvidos onde há água tratada e
sistema completo de esgoto sanitário para 100% da
população, o Canadá tem-se destacado em um
movimento de promoção de saúde, defendendo o
conceito de cidade saudável, que tem o aval da
OMS/OPS.
Os Estados Unidos e maior parte dos países europeus já
resolveram substancialmente o problema do
esgotamento sanitário.
32. O esgoto sanitário no mundo
32
A cidade de Chicago, uma das mais desenvolvidas dos
EUA, é um exemplo de universalização dos serviços.
Dos cerca de 2 milhões de domicílios, 98,7% têm coleta
e tratamento de esgoto; 1% possui fossas sépticas e
apenas 0,2% do total destinam os esgotos domésticos
através de outros meios.
Os investimentos que são feitos atualmente
nesses países referem-se à modernização ou
ampliação dos sistemas já implantados.
33. 33
O que dificulta a implantação do SES?
Falta de planejamento e altos custos de
implantação.
Coleta
Primeira atividade para afastar os dejetos e os
microrganismos patogênicos presentes no esgoto
sanitário.
Analisada de forma integrada a um sistema, para definir
o que coletar, como transportar e em que local tratar ou
descartar.
34. 34
Custos do Sistema de
Esgotamento Sanitário
Estação
Elevatória
1%
Tratamento
15%
Coletor
tronco
Interceptor e
Emissário
10%
Rede e
Ligação
74%
37. 37
Sistema de Esgotamento Sanitário
Caracterizado pela coleta e/ou tratamento de
pequena contribuição de esgoto sanitário
proveniente de imóveis domiciliares, comerciais e
públicos de locais normalmente desprovidos de
coleta de esgoto.
Individual
38. 38
Edificações sem Instalações
Hidráulicas
Profundidade:
-Condições de escavações do solo;
-Nível do lençol freático.
Local de execução:
-Não sujeitos a inundações;
-Afastamento mínimo 15 m de
captações de água.
Soluções individuais para esgotos
Figura 01-Fossa Seca
39. 39
Soluções individuais para esgotos
Vantagens-Fossa Seca
baixo custo;
simples operação e manutenção;
não consome água;
risco mínimo à saúde;
recomendada p/ áreas de baixa e média densidade
aplicável a tipos variados de terrenos;
permite o uso de diversos materiais de construção.
40. 40
Desvantagens-Fossa seca
imprópria para áreas de alta densidade;
podem poluir o subsolo;
requer solução para outras águas servidas.
Soluções individuais para esgotos
41. 41
Locais de difícil
escavação;
Lençol freático elevado.
zonas rochosas ou terrenos
muito duros;
terrenos desmoronáveis;
lotes de pequenas
proporções, onde há
perigo de poluição de
poços de suprimento de
água.
Soluções individuais para esgotos
Figura 02 Fossa Seca Estanque
43. 43
Sistema Individual
Falta de rede coletora de esgoto sanitário nas
comunidades urbanas
Tanque Séptico
Grande concentração de matéria orgânica, sólidos e
microrganismos
Efluentes
49. 49
Sistema Individual
Quanto maior o número de tanques
sépticos, maior serão os custos de
implantação e manutenção do sistema
individual.
Tratamento do esgoto em sistemas
individuais apresenta eficiência menor do
que a obtida em sistemas coletivos.
53. 53
Unidade de coleta
O rápido afastamento do esgoto sanitário do
ponto de geração
Finalidade:
Formada pelas ligações prediais, coletores
e órgãos acessórios que recebem e
transportam o esgoto
Indo do coletor predial até unidade de
tratamento ou destino final
54. 54
Conjunto de tubulações e dispositivos que interliga a
instalação predial do imóvel com a rede coletora.
Dividido em duas partes
Interna Externa
Dentro da propriedade
Particular apresenta as
louças Sanitárias,
tubulações e conexões
Na área pública
denominada ligação
predial
Unidade de coleta
Coletor Predial:
55. 55
NBR 9649/1986
Ligação predial: o trecho do coletor predial
compreendido entre o limite do terreno e a rede
coletora de esgoto.
Desenho 8-Ligação Predial
57. 57
Unidade de coleta
Ligação Predial
Deve ter no mínimo 100 mm de diâmetro e apresentar
as seguintes características:
Ter rápido escoamento do esgoto;
Não ter vazamento de esgoto e saída de gases;
Não ter passagem de animais;
Possibilitar inspeção e desobstrução em toda a
instalação;
Não prejudicar a qualidade da água em nenhuma
hipótese.
58. 58
Tipos de Coleta de Esgoto
Convencional ou Condominial
Coleta Convencional de Esgoto Sanitário
Mais utilizada em projetos elaborados para os
municípios brasileiros.
Atende as recomendações da
NBR 9648/1986-Estudo de Concepção de Sistemas de
Esgoto Sanitário e;
NBR 9649/1986-Projetos de Rede de Esgoto
Sanitário.
61. 61
Coleta Convencional de Esgoto Sanitário
Coletores Secundários
Recebem contribuição de esgoto sanitário das
ligações prediais em qualquer ponto de sua extensão
e normalmente, são instalados no passeio com
pequeno diâmetro e extensão
Coletores Primários
São tubulações que podem receber e transportar
contribuições de esgoto de ligações prediais e de
coletores secundários.
62. 62
Coletores Primários
Geralmente são instalados na rua e
denominados:
a)Coletor Tronco: Quando somente recebem
contribuições de coletores secundários;
b)Coletor Principal: quando é o coletor de maior
extensão na bacia de esgotamento.
63. 63
Interceptor de esgoto sanitário
São canalizações destinadas a interceptar e receber o
fluxo esgotado pelos coletores.
Tendo como principais características:
•Ter o maior diâmetro da rede coletora;
•Receber essa contribuição apenas nos PV (poços e
visita), não é permitida conexões de ramais prediais;
•Amortecer a vazão provenientes dos coletores
contribuintes.
64. 64
Interceptor de esgoto sanitário
•recebe os coletores tronco
•não recebe ligações prediais diretas
65. 65
Situados nas partes mais baixas da bacia de
esgotamento ao longo dos talvegues e ao longo dos
cursos d’água, lagoa e oceanos, impedindo o
lançamento direto do esgoto nesses corpos d’água.