O documento discute o desempenho do mercado imobiliário no primeiro semestre de 2013 no Brasil. As empresas focadas em imóveis comerciais, como escritórios e galpões logísticos, tiveram melhor desempenho do que as construtoras residenciais. As construtoras comerciais possuem uma relação valor de mercado e patrimônio líquido maior e foram avaliadas em valores até três vezes maiores do que seu patrimônio.

1. BOM MOMENTO PARA OS COMERCIAIS
O Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(NRE-POLI) divulgou a sua carta referente ao primeiro semestre do mercado
em 2013. Assinada por Claudio Tavares de Alencar, Professor Doutor do
Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da
USP, a publicação mostra o porquê de as empresas focadas em imóveis para
renda (escritórios, shopping centers, galpões industriais e de logística) terem
apresentado melhor desempenho do que as voltadas ao segmento residencial.
Segundo Alencar, as 16 empresas de empreendimentos residenciais com
capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alcançaram um
Valor de Mercado (VM) de R$ 40 bilhões e um Patrimônio Líquido (PL) de R$
35 bilhões, ao final de 2012. No mesmo período, as nove companhias, também
de capital aberto na Bovespa, focadas em edifícios para a geração de renda,
obtiveram um VM de R$ 45 bilhões e um PL de R$ 28 bilhões.
Assim, as construtoras de residenciais possuem uma relação VM/PL de 1,15,
sendo que nove delas são avaliadas pelo mercado em menores valores do que
a sua própria receita líquida. Já nas de empreendimentos de geração de renda,
a relação (VM/PL) é maior: 1,64. Além do fato de que as empresas melhor
avaliadas alcançaram valores até três vezes maiores do que o seu patrimônio
líquido.
Fonte Infra
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