QUESTÃO 4 Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
Exercício sobre o sonho descartes
1. Exercício para 9ªº ano, Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição, elaborado por Rafael Ascari. Contexto
didático entre conteúdo conceitual (aula) e materialidade contextual (material didático/pesquisa/exercício)
sobre o componente curricular de filosofia.
O tamanho: do mundo, dos sonhos
Sempre que olho: o mundo e o vejo (realmente), percebo o grande que é. E nós: parte (pequena). Cabemos
inteiros numa rua estreita: são quilómetros de rua para uns centímetros de pés. Mas de nada serviria à rua – ser rua
– se não fossem os pés que por lá passam e fazem dela aquilo para que se fez.
Sempre que olho para mim (e em mim cada um de nós, de vós), e me vejo, percebo o quanto sou pequena – quando
lembro o tamanho do mundo – e sei que caibo (toda) numa rua estreita.
Sempre que olho para nós e para o mundo, e nos vejo (realmente), percebo o quanto somos grandes: com
sonhos que não cabem numa casa, nem no castelo lá no alto. Sonhos que não se calam entre paredes e se repetem em
eco (dentro e fora: de mim, de nós) para nos lembrarmos deles – que nos lembram sempre de nós. Sonhos que não
nos cabem no corpo: que é apenas corpo, e os sonhos são feitos de outra matéria, que se escapa pelos poros e se infiltra
por todas as partes – como o suor a escorrer num dia quente; como a respiração ofegante que não sabemos acalmar;
como a pele enrugada depois de um banho quente e longo; como as lágrimas que caem sem fim depois da notícia
mais triste e como as gargalhadas fartas, depois da mais feliz. Gargalhadas como as tuas: que atravessam paredes
e tempo; que correm campos inteiros e se espalham pelas searas de trigo (que os contam umas às outras), mais longe
do que os nossos olhos podem saber e os nossos ouvidos podem acompanhar.
E é pelos sonhos que vale a pena correr, como corre uma criança, na pressa da vida, com os pés em atropelo,
sem certeza de onde os vai pousar – mas na certeza de que o pé já não toca o chão e esse terá de se refazer, abaixo de
si – no tempo de uma passada apressada. Enquanto tu corres e me sabes correr atrás de ti – ao ritmo das tuas
gargalhadas – o meu chão também se refaz: mais forte. E quando te toco somos maiores que o mundo e (inteiras) já
não cabemos na rua estreita, pequena para nos guardar.
Encontre as palavras em destaque no texto supracitado nos caça-palavras abaixo:
U S X E Q E A V E S R C I R L R Y E T A L U P R J
H E I T U O D C E E A A E D H T O U V I D O S Q J
R M O R I N D R N B S R H W E J U J Z R G L N F O
E P L A L H O N E A R T C N B L V I U I H H D Z O
Z R A P O C Y M U O I E R R A L E J P V P O D E M
A E P R M M O O C M N R A E L P S S O R I E T N I
F A U R E S E S Q T J D C J I U M J L E G B S H E
E F E E T D E Q I N R X U M O T F O O S Y T F B B
R E E Z R G E M Z A L A G R I M A S C G P Q V B N
M L E K O F E S U M Q M T M Z X L V R A E Y F C H
H Z P R S T W G O M O W A A O X I A B A R N N N H
Q W U W R V W S H O D T W A P K N C I Y C Q Z I Y
A B M O G Z Y X E T Y H D S X D X Z J O E J I H C
C N S A D A H L A G R A G T E V T E E N B Z X E N
M E M M E P P A Y K I Z C Z N R Q C L J O I V A I
Usando as palavras encontradas no texto, produza um conceito sobre a teoria racionalista desenvolvida
por Descartes relativa a certeza de que não estamos sonhando.