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Cristina Maia
Cláudia Pinto Ribeiro
Isabel Afonso
6.2.
Um século de mudanças
(século XVIII)
Novo Viva a História! 8º ano Guia
de utilização
INICIA A
DESCOBERTA…
OS PRINCÍPIOS DO
ILUMINISMO
PORTUGAL NA
SEGUNDA METADE
DO SÉCULO XVIII
Agora responde…
• Porque é o filósofo do século XVIII
se diz “esclarecido pela Razão“?
• Quais os direitos sociais que o
filósofo do século XVIII defende?
• Por que razão ele diz que
“Doravante, estes valores guiarão a
Humanidade”?
4/14
INICIA A DESCOBERTA…
Possam todos os homens lembrar-se de que são irmãos, que devem ter horror à
tirania exercida sobre os espíritos. Se as guerras são inevitáveis, não nos odiemos,
não nos despedacemos uns aos outros no seio da paz [...].
Voltaire, Tratado sobre a tolerância, 1763
5/14
Seria graças à luz emanada pela Razão que as pessoas se libertariam da ignorância rumo à
felicidade. A este movimento deu-se o nome de Iluminismo.
As nossas esperanças quanto à condição futura da espécie humana podem reduzir-se
a estes três pontos importantes: a destruição da desigualdade entre as nações, os
progressos da igualdade num mesmo povo e finalmente, o aperfeiçoamento real do
homem.
Condorcet, Dos progressos do Espírito Humano, 1794
O homem nasce livre e senhor da sua própria vontade e não pode ser governado
por quem quer que seja sem o seu próprio consentimento. Decidir que o filho de um
escravo nasce escravo é decidir que ele não nasce homem.
Jean-Jacques Rousseau, O Contrato Social, 1762
Como já estudaste, nos séculos XVII e XVIII ocorreu a revolução científica. De facto, o
pensamento do século XVII difundiu a crença no valor da Razão para se chegar ao
conhecimento – o Racionalismo.
OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
1. Quem eram os
principais filósofos
do Iluminismo?
2. Quais eram os
princípios
defendidos por
estes filósofos?
Maçonaria – sociedade secreta cujos membros seguem regras e rituais específicos.
A obra que começámos (e desejamos acabar) tem dois objetivos:
como Enciclopédia, deve expor, tanto quanto possível, a ordem e o
encadeamento dos conhecimentos humanos; como Dicionário
Racional das Ciências, das Artes e dos Ofícios, deve conter [...] os
seus princípios gerais básicos e os detalhes fundamentais que
constituem o seu corpo e substância.
D’Alembert, Discours Préliminaire de l’Encyclopédie, 1751
OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
6/14
O pensamento das Luzes irradiou a partir de diversos meios de difusão. Que meios
serviram para a divulgação das ideias iluministas?
Em resumo…
A Enciclopédia, coordenada por Diderot e D’Alembert, e que sintetizava o
essencial do conhecimento humano à luz das ideias iluministas; os jornais; os
cafés, as tertúlias e os salões da aristocracia; as livrarias e as bibliotecas, as lojas
da Maçonaria e as academias, foram meios que promoveram a difusão das
ideias iluministas.
OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
7/14
Os filósofos do Iluminismo defendiam uma nova conceção do poder político e social: o
liberalismo sociopolítico, que esteve nas bases das mudanças políticas e sociais que vão
acontecer nos finais do século XVIII. Observa o esquema para conheceres as novas
conceções do poder político defendidas pelos iluministas.
Novas conceções do poder político
Princípio de divisão dos poderes do Estado por três órgãos autónomos e
independentes entre si: legislativo, executivo e judicial.
Separação de
poderes
O poder pertence ao povo que delega nos representantes, através do
voto, a competência de governar a Nação.
Soberania
popular
As minorias devem aceitar a vontade e as decisões da maioria.
Todos os indivíduos nascem iguais em direitos e deveres perante a lei.
Contrato social
Igualdade
OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
8/14
Na segunda metade do século XVIII, desenvolveu-se a conceção do despotismo
esclarecido, uma doutrina política que aceitava o poder absoluto do rei defendendo que
era esclarecido ou iluminado e, por isso, exercido para bem do povo.
Catarina II da Rússia José II da Áustria Frederico II da Prússia
OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO
8/14
Estes monarcas pretenderam adaptar os seus Estados aos ideais do Iluminismo,
procurando cumprir o espírito das Luzes. Para isso, tomaram uma série de medidas. Que
medidas foram tomadas pelos déspotas esclarecidos?
Frederico II, o Grande, [...] aperfeiçoou, em política
interna, o sistema absolutista de seu pai,
transformando-o num despotismo iluminado. [...]
Segundo esses princípios, o príncipe devia “levar uma
vida consagrada ao dever, vigiar tudo e ver tudo quanto
lhe fosse possível com os seus próprios olhos”.
História Universal, vol. II, Seleções do Reader’s Digest, 1994,
p. 161
Em resumo…
Os monarcas esclarecidos tomaram medidas como a liberdade de imprensa,
reformas no ensino e na legislação sobre o fim da servidão.
Os seus ideais passavam por promover a liberdade, a igualdade, o direito à
propriedade, o acesso à educação, a aplicação de uma justiça mais moderada,
que corrigisse e reformasse a sociedade, na procura da paz.
As propostas iluministas foram de tal modo inovadoras e ambiciosas que ainda
hoje é visível a sua influência nas democracias atuais.
9/14
Com a subida de D. José I ao trono português, em 1750, ascendeu ao governo um
homem da sua confiança que viria a marcar, de forma relevante, todo o seu reinado:
Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal.
Sebastião José de
Carvalho e Melo,
Marquês de Pombal
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
9/14
Procurando resolver a crise que então se vivia, Carvalho e Melo tomou uma série de
medidas que pretendiam o regresso ao mercantilismo. Assim, a sua política económica
orientou-se em dois sentidos.
Fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro,
em 1756
Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande (1769)
Segundo as fontes,
que medidas foram
tomadas pelo
ministro de D. José
no sentido de
resolver a crise?
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
10/14
A necessidade de se regressar ao mercantilismo foi provocada por diversos fatores.
Atenta nas fontes e identifica-os.
[...] O reino despovoou-se e
Portugal, nadando em ouro, viu-se
pobre quando lhe foi possível
entregar este mesmo ouro à
Inglaterra e às outras nações
industrializadas para nutrir e vestir
os seus próprios habitantes com
géneros de produção estrangeira,
negociados por estrangeiros e
conduzidos em embarcações
estrangeiras.
José Acúrsio das Neves, economista
português, 1766-1834
A afluência de ouro a Portugal e o comércio externo
J.
V.
Serrão,
História
de
Portugal
Em resumo…
No reinado de D. José I houve a necessidade de se regressar ao mercantilismo,
devido a diversos fatores como a redução de remessas de ouro provenientes do
Brasil e o enfraquecimento das manufaturas portuguesas, debilitadas, em parte,
pela assinatura do Tratado de Methuen.
Deste modo, procurou-se fomentar o comércio, com a criação da Junta do
Comércio e a fundação de companhias comerciais monopolistas; e apoiar as
manufaturas, nomeadamente a partir da criação e reorganização de muitas
oficinas e fábricas, publicação de pragmáticas, aquisição de maquinaria moderna
e contratação de técnicos especializados.
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
11/14
Logo que assumiu o poder, Carvalho e Melo rapidamente se apercebeu da necessidade
de reforçar e centralizar o poder do rei, defendendo o despotismo iluminado. Para
alcançar tal objetivo, tomou medidas que pretendiam modernizar o país e fortalecer o
poder do Estado. Queres saber que medidas foram essas? Então, observa o esquema.
FORTALECIMENTO DO PODER DO ESTADO
Tinha a função de controlar as finanças do Reino,
tornar a cobrança de impostos mais eficaz e
reprimir o contrabando.
Erário Régio
Vigiava a produção literária e limitava os poderes
da Inquisição.
Real Mesa Censória
Garantia a segurança pública e vigiava a
manutenção dos bons costumes.
Intendência-Geral
da Polícia de Lisboa
Em resumo…
Para fortalecer o poder real, Carvalho e Melo criou o Erário Régio, com a função de
controlar as finanças do Reino; a Real Mesa Censória, que exercia a censura sobre
a produção literária e reduzia os poderes da Inquisição; e a Intendência-Geral da
Polícia de Lisboa, com o objetivo de garantir a segurança e vigiar os costumes.
A política desenvolvida por Carvalho e Melo colidiu com muitos interesses e privilégios
instituídos nos grupos dos privilegiados que, de imediato, mostraram o seu
descontentamento.
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
12/14
Contudo, os grupos privilegiados tiveram de lidar com a postura violenta e arbitrária do
Marquês de Pombal, que não poupou esforços para submeter os seus opositores.
O que fez o Marquês de Pombal para submeter os
grupos privilegiados?
Atentado a D. José I Suplício dos Távora
Declaro os sobreditos regulares na referida forma corrompidos,
deploravelmente alienados do seu santo instituto, e
manifestamente indispostos com tantos, tão abomináveis, tão
inveterados e tão incorrigíveis vícios para voltarem à
observância dele [...] e os hei (Jesuítas), desde logo, em efeito
desta presente lei, por desnaturalizados, proscritos e
exterminados, mandando que efetivamente sejam expulsos de
todos os meus reinos e domínios.
Decreto de expulsão dos Jesuítas, 1759
Em resumo…
Estas medidas desagradaram os grupos privilegiados que, ao mostrarem o seu
descontentamento, passaram a fazer frente à forte repressão exercida pelo
Marquês de Pombal. Alguns elementos da alta nobreza foram perseguidos e
executados e os Jesuítas foram expulsos do país.
A burguesia saiu favorecida pois o Marquês de Pombal deu-lhe muitas regalias,
nobilitou-a, ou seja, atribuiu-lhe títulos da nobreza, no sentido de a motivar para
promover o tão desejado crescimento económico do país.
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
13/14
Também no ensino, Carvalho e Melo desenvolveu uma intensa atividade fortemente
influenciada pelos ideais iluministas. Com a expulsão dos Jesuítas, que até então
controlavam o ensino, o Estado assumiu a execução de uma série de reformas.
Reformas Pombalinas
Ensinavam as primeiras letras (ler, escrever e contar).
Escolas menores
Estudos mais avançados – eram lecionadas disciplinas como o Latim, o
Grego, a Retórica e a Filosofia.
Escolas régias
Destinado aos filhos dos nobres, para estarem melhor preparados para o
exercício das funções administrativas e diplomáticas
Com o objetivo de formar futuros comerciantes.
Real Colégio dos
Nobres
Aula de Comércio
Estudo de novas disciplinas (Matemática e Ciências); modernização das
instalações (observatório astronómico, Jardim Botânico, laboratórios, etc.)
Universidade de
Coimbra – Reforma
Em resumo…
Até meados do século XVIII, a influência da Igreja Católica em Portugal foi
responsável por um certo atraso cultural em Portugal. Na verdade, a Inquisição e
o Índex exerceram uma repressão violenta, contendo a difusão das ideias
iluministas no país.
Foi com a chegada dos estrangeirados a Portugal que as propostas das luzes
começaram a ser conhecidas e a influenciar as decisões dos governantes.
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
14/14
No dia 1 de novembro de 1755, registou-se um violento terramoto que destruiu grande
parte da cidade de Lisboa.
PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
14/14
Perante a adversidade, Carvalho e Melo assumiu, de forma enérgica, a reconstrução da
cidade, estabelecendo um plano urbanístico revolucionário para a época.
Planta da reconstrução da cidade de Lisboa
Baixa Pombalina de Lisboa (século XIX)
Estátua equestre de D. José I
1. Quais são os
aspetos
inovadores deste
projeto
urbanístico?
2. Porque é que
se pode dizer que
a cidade de
Lisboa simboliza o
fortalecimento do
poder real?
Carlos Mardel
Eugénio dos Santos
Manuel da Maia
Em resumo…
A reconstrução da cidade de Lisboa reforçou o papel de liderança e iniciativa
desempenhado pelo Marquês de Pombal. Na verdade, o plano urbanístico
concebido por Carvalho e Melo e pela equipa que com ele trabalhou é inovador
e reflete o poder absoluto do rei, visível na estátua equestre de D. José I situada
na Praça do Comércio e na uniformização arquitetónica dos edifícios que não
permite a distinção social.

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  • 1. Cristina Maia Cláudia Pinto Ribeiro Isabel Afonso 6.2. Um século de mudanças (século XVIII) Novo Viva a História! 8º ano Guia de utilização
  • 2. INICIA A DESCOBERTA… OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
  • 3. Agora responde… • Porque é o filósofo do século XVIII se diz “esclarecido pela Razão“? • Quais os direitos sociais que o filósofo do século XVIII defende? • Por que razão ele diz que “Doravante, estes valores guiarão a Humanidade”? 4/14 INICIA A DESCOBERTA…
  • 4. Possam todos os homens lembrar-se de que são irmãos, que devem ter horror à tirania exercida sobre os espíritos. Se as guerras são inevitáveis, não nos odiemos, não nos despedacemos uns aos outros no seio da paz [...]. Voltaire, Tratado sobre a tolerância, 1763 5/14 Seria graças à luz emanada pela Razão que as pessoas se libertariam da ignorância rumo à felicidade. A este movimento deu-se o nome de Iluminismo. As nossas esperanças quanto à condição futura da espécie humana podem reduzir-se a estes três pontos importantes: a destruição da desigualdade entre as nações, os progressos da igualdade num mesmo povo e finalmente, o aperfeiçoamento real do homem. Condorcet, Dos progressos do Espírito Humano, 1794 O homem nasce livre e senhor da sua própria vontade e não pode ser governado por quem quer que seja sem o seu próprio consentimento. Decidir que o filho de um escravo nasce escravo é decidir que ele não nasce homem. Jean-Jacques Rousseau, O Contrato Social, 1762 Como já estudaste, nos séculos XVII e XVIII ocorreu a revolução científica. De facto, o pensamento do século XVII difundiu a crença no valor da Razão para se chegar ao conhecimento – o Racionalismo. OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO 1. Quem eram os principais filósofos do Iluminismo? 2. Quais eram os princípios defendidos por estes filósofos?
  • 5. Maçonaria – sociedade secreta cujos membros seguem regras e rituais específicos. A obra que começámos (e desejamos acabar) tem dois objetivos: como Enciclopédia, deve expor, tanto quanto possível, a ordem e o encadeamento dos conhecimentos humanos; como Dicionário Racional das Ciências, das Artes e dos Ofícios, deve conter [...] os seus princípios gerais básicos e os detalhes fundamentais que constituem o seu corpo e substância. D’Alembert, Discours Préliminaire de l’Encyclopédie, 1751 OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO 6/14 O pensamento das Luzes irradiou a partir de diversos meios de difusão. Que meios serviram para a divulgação das ideias iluministas? Em resumo… A Enciclopédia, coordenada por Diderot e D’Alembert, e que sintetizava o essencial do conhecimento humano à luz das ideias iluministas; os jornais; os cafés, as tertúlias e os salões da aristocracia; as livrarias e as bibliotecas, as lojas da Maçonaria e as academias, foram meios que promoveram a difusão das ideias iluministas.
  • 6. OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO 7/14 Os filósofos do Iluminismo defendiam uma nova conceção do poder político e social: o liberalismo sociopolítico, que esteve nas bases das mudanças políticas e sociais que vão acontecer nos finais do século XVIII. Observa o esquema para conheceres as novas conceções do poder político defendidas pelos iluministas. Novas conceções do poder político Princípio de divisão dos poderes do Estado por três órgãos autónomos e independentes entre si: legislativo, executivo e judicial. Separação de poderes O poder pertence ao povo que delega nos representantes, através do voto, a competência de governar a Nação. Soberania popular As minorias devem aceitar a vontade e as decisões da maioria. Todos os indivíduos nascem iguais em direitos e deveres perante a lei. Contrato social Igualdade
  • 7. OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO 8/14 Na segunda metade do século XVIII, desenvolveu-se a conceção do despotismo esclarecido, uma doutrina política que aceitava o poder absoluto do rei defendendo que era esclarecido ou iluminado e, por isso, exercido para bem do povo. Catarina II da Rússia José II da Áustria Frederico II da Prússia
  • 8. OS PRINCÍPIOS DO ILUMINISMO 8/14 Estes monarcas pretenderam adaptar os seus Estados aos ideais do Iluminismo, procurando cumprir o espírito das Luzes. Para isso, tomaram uma série de medidas. Que medidas foram tomadas pelos déspotas esclarecidos? Frederico II, o Grande, [...] aperfeiçoou, em política interna, o sistema absolutista de seu pai, transformando-o num despotismo iluminado. [...] Segundo esses princípios, o príncipe devia “levar uma vida consagrada ao dever, vigiar tudo e ver tudo quanto lhe fosse possível com os seus próprios olhos”. História Universal, vol. II, Seleções do Reader’s Digest, 1994, p. 161 Em resumo… Os monarcas esclarecidos tomaram medidas como a liberdade de imprensa, reformas no ensino e na legislação sobre o fim da servidão. Os seus ideais passavam por promover a liberdade, a igualdade, o direito à propriedade, o acesso à educação, a aplicação de uma justiça mais moderada, que corrigisse e reformasse a sociedade, na procura da paz. As propostas iluministas foram de tal modo inovadoras e ambiciosas que ainda hoje é visível a sua influência nas democracias atuais.
  • 9. 9/14 Com a subida de D. José I ao trono português, em 1750, ascendeu ao governo um homem da sua confiança que viria a marcar, de forma relevante, todo o seu reinado: Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal. Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
  • 10. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 9/14 Procurando resolver a crise que então se vivia, Carvalho e Melo tomou uma série de medidas que pretendiam o regresso ao mercantilismo. Assim, a sua política económica orientou-se em dois sentidos. Fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em 1756 Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande (1769) Segundo as fontes, que medidas foram tomadas pelo ministro de D. José no sentido de resolver a crise?
  • 11. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 10/14 A necessidade de se regressar ao mercantilismo foi provocada por diversos fatores. Atenta nas fontes e identifica-os. [...] O reino despovoou-se e Portugal, nadando em ouro, viu-se pobre quando lhe foi possível entregar este mesmo ouro à Inglaterra e às outras nações industrializadas para nutrir e vestir os seus próprios habitantes com géneros de produção estrangeira, negociados por estrangeiros e conduzidos em embarcações estrangeiras. José Acúrsio das Neves, economista português, 1766-1834 A afluência de ouro a Portugal e o comércio externo J. V. Serrão, História de Portugal Em resumo… No reinado de D. José I houve a necessidade de se regressar ao mercantilismo, devido a diversos fatores como a redução de remessas de ouro provenientes do Brasil e o enfraquecimento das manufaturas portuguesas, debilitadas, em parte, pela assinatura do Tratado de Methuen. Deste modo, procurou-se fomentar o comércio, com a criação da Junta do Comércio e a fundação de companhias comerciais monopolistas; e apoiar as manufaturas, nomeadamente a partir da criação e reorganização de muitas oficinas e fábricas, publicação de pragmáticas, aquisição de maquinaria moderna e contratação de técnicos especializados.
  • 12. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 11/14 Logo que assumiu o poder, Carvalho e Melo rapidamente se apercebeu da necessidade de reforçar e centralizar o poder do rei, defendendo o despotismo iluminado. Para alcançar tal objetivo, tomou medidas que pretendiam modernizar o país e fortalecer o poder do Estado. Queres saber que medidas foram essas? Então, observa o esquema. FORTALECIMENTO DO PODER DO ESTADO Tinha a função de controlar as finanças do Reino, tornar a cobrança de impostos mais eficaz e reprimir o contrabando. Erário Régio Vigiava a produção literária e limitava os poderes da Inquisição. Real Mesa Censória Garantia a segurança pública e vigiava a manutenção dos bons costumes. Intendência-Geral da Polícia de Lisboa Em resumo… Para fortalecer o poder real, Carvalho e Melo criou o Erário Régio, com a função de controlar as finanças do Reino; a Real Mesa Censória, que exercia a censura sobre a produção literária e reduzia os poderes da Inquisição; e a Intendência-Geral da Polícia de Lisboa, com o objetivo de garantir a segurança e vigiar os costumes.
  • 13. A política desenvolvida por Carvalho e Melo colidiu com muitos interesses e privilégios instituídos nos grupos dos privilegiados que, de imediato, mostraram o seu descontentamento. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 12/14 Contudo, os grupos privilegiados tiveram de lidar com a postura violenta e arbitrária do Marquês de Pombal, que não poupou esforços para submeter os seus opositores. O que fez o Marquês de Pombal para submeter os grupos privilegiados? Atentado a D. José I Suplício dos Távora Declaro os sobreditos regulares na referida forma corrompidos, deploravelmente alienados do seu santo instituto, e manifestamente indispostos com tantos, tão abomináveis, tão inveterados e tão incorrigíveis vícios para voltarem à observância dele [...] e os hei (Jesuítas), desde logo, em efeito desta presente lei, por desnaturalizados, proscritos e exterminados, mandando que efetivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios. Decreto de expulsão dos Jesuítas, 1759 Em resumo… Estas medidas desagradaram os grupos privilegiados que, ao mostrarem o seu descontentamento, passaram a fazer frente à forte repressão exercida pelo Marquês de Pombal. Alguns elementos da alta nobreza foram perseguidos e executados e os Jesuítas foram expulsos do país. A burguesia saiu favorecida pois o Marquês de Pombal deu-lhe muitas regalias, nobilitou-a, ou seja, atribuiu-lhe títulos da nobreza, no sentido de a motivar para promover o tão desejado crescimento económico do país.
  • 14. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 13/14 Também no ensino, Carvalho e Melo desenvolveu uma intensa atividade fortemente influenciada pelos ideais iluministas. Com a expulsão dos Jesuítas, que até então controlavam o ensino, o Estado assumiu a execução de uma série de reformas. Reformas Pombalinas Ensinavam as primeiras letras (ler, escrever e contar). Escolas menores Estudos mais avançados – eram lecionadas disciplinas como o Latim, o Grego, a Retórica e a Filosofia. Escolas régias Destinado aos filhos dos nobres, para estarem melhor preparados para o exercício das funções administrativas e diplomáticas Com o objetivo de formar futuros comerciantes. Real Colégio dos Nobres Aula de Comércio Estudo de novas disciplinas (Matemática e Ciências); modernização das instalações (observatório astronómico, Jardim Botânico, laboratórios, etc.) Universidade de Coimbra – Reforma Em resumo… Até meados do século XVIII, a influência da Igreja Católica em Portugal foi responsável por um certo atraso cultural em Portugal. Na verdade, a Inquisição e o Índex exerceram uma repressão violenta, contendo a difusão das ideias iluministas no país. Foi com a chegada dos estrangeirados a Portugal que as propostas das luzes começaram a ser conhecidas e a influenciar as decisões dos governantes.
  • 15. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 14/14 No dia 1 de novembro de 1755, registou-se um violento terramoto que destruiu grande parte da cidade de Lisboa.
  • 16. PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII 14/14 Perante a adversidade, Carvalho e Melo assumiu, de forma enérgica, a reconstrução da cidade, estabelecendo um plano urbanístico revolucionário para a época. Planta da reconstrução da cidade de Lisboa Baixa Pombalina de Lisboa (século XIX) Estátua equestre de D. José I 1. Quais são os aspetos inovadores deste projeto urbanístico? 2. Porque é que se pode dizer que a cidade de Lisboa simboliza o fortalecimento do poder real? Carlos Mardel Eugénio dos Santos Manuel da Maia Em resumo… A reconstrução da cidade de Lisboa reforçou o papel de liderança e iniciativa desempenhado pelo Marquês de Pombal. Na verdade, o plano urbanístico concebido por Carvalho e Melo e pela equipa que com ele trabalhou é inovador e reflete o poder absoluto do rei, visível na estátua equestre de D. José I situada na Praça do Comércio e na uniformização arquitetónica dos edifícios que não permite a distinção social.