Técnicas para diminuir a infiltração marginal em restaurações
1. FACULDADE DE
ODONTOLOGIA DE MANAUS
APRESENTACAO E DEFESA DA MONOGRAFIA DE OBTENCAO PARCIAL DA
APROVACAO DO CURSO DE BACHAREL EM ODONTOLOGIA DA 13ª TURMA DE
FORMANDOS DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE MANAUS
2. FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE MANAUS
DISCENTE :
ANDERSON JOSÉ MATOS DE ALMEIDA
ORIENTADOR:
Dr. OSVALDO KAZUO SHIRATA
3. FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE MANAUS
BANCA EXAMINADORA
PRESIDENTE
1 MEMBRO ARGUIDOR
2 MEMBRO ARGUIDOR
5. FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE MANAUS
INTRODUCAO
A Odontologia tem procurado melhorar seus materiais para alcançar
um melhor resultado clínico, em relação às microinfiltrações marginais.
O aparecimento de sistema adesivo, responsável por um melhor
vedamento das restaurações e a adesão do material restaurador as
estruturas dentais, exemplificam a rápida evolução verificada nos
materiais nos últimos anos. Várias técnicas têm sido estudadas para
reduzir o estresse de contração de polimerização e, conseqüentemente,
as infiltrações marginais.
Em cavidades de classe II e classe V, um fator que influencia
significativamente a adaptação marginal é a localização da margem
cervical.
6.
O sucesso clínico de uma restauração baseia-se, sobretudo, no selamento
que o material restaurador proporciona às margens do preparo cavitário. A
adaptação do material à cavidade depende essencialmente de sua
expansão térmica e alteração dimensional durante o processo de
polimerização.
Dentre as opções mais estudadas para solucionar o problema da
contração de polimerização dos materiais restauradores estão: a busca por
sistemas adesivos capazes de resistir às forças de contração de
polimerização, a inserção da resina composta em pequenos incrementos,
o uso de uma resina composta com consistência firme, que possa ser
condensada para melhorar a adaptação nas paredes cavitárias e,
principalmente nas margens cavossuperficiais.
7. FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE MANAUS
REVISAO DA LITERATURA
A influência da solução de digluconato de clorexidina 2% na adesão de
dois sistemas à dentina de molares humanos foi analisado in vitro por
BENGSTON e colab. (2008) . Foram utilizados 40 terceiros molares
humanos hígidos, com a face oclusal lixada até a exposição de uma
superfície plana de dentina. Os dentes foram divididos aleatoriamente
em 4 grupos de acordo com o sistema adesivo utilizado e tratamento
superficial realizado: G1 – Controle Single Bond 2; G2 – Controle
Clearfil SE Bond; G3 – Desinfecção com clorexidina + Single Bond 2;
G4 – Desinfecção com clorexidina + Clearfil SE Bond. Corpos de prova
em resina composta foram confeccionados nas superfícies tratadas e os
dentes foram armazenados em água destilada à 37ºC por 24 horas. As
amostras foram seccionadas verticalmente obtendo-se espécimes com
área de secção transversal de aproximadamente 0,8mm 2, que foram
tracionados em máquina de ensaios universal, sendo os resultados de
resistência analisados usando os testes de ANOVA e Tukey
8. Com o objetivo avaliar in vitro o comportamento laboratorial de
adesivos dentinários, cimentos ionoméricos modificados por
resina e resinas compostas modificadas por poliácidos, no
selamento das margens gengivais de cavidades de classe V
preparadas na junção amelocementária, FARIAS e colab.
(2002) restauraram 40 cavidades nas faces vestibular, palatina
ou lingual de 20 terceiros molares humanos. Após
termociclagem, e imersos em corante azul de metileno, os
espécimes foram seccionados longitudinalmente e analisados
em lupa estereoscópica para avaliação do grau de infiltração
marginal.
através de uma revisão de literaturas, LAXE e colab. (2007)
analisaram o desempenho clínico e a dinâmica de interação
com a estrutura dental dos sistemas adesivos
autocondicionantes.
9. RIBEIRO e colab. (2010) avaliaram in vitro as influências das técnicas de
inserção de resinas composta sobre o selamento marginal de restaurações
oclusais. Cavidades oclusais em 60 molares humanos foram restauradas
de acordo com os grupos: A – Técnica de inserção incremental e B –
Técnica de Inserção cruciforme. Os corpos-de-prova sofreram exposição a
um agente químico; seccionamento e análise com lupa estereoscópica.
Para avaliação in vitro a influência da forma da cavidade e do tipo de
adesivo na microinfiltração, em restaurações classe V. SOUZA e colab.
(2010) confeccionaram em 40 incisivos bovinos, cavidades com margens
em esmalte, sendo 20 retangulares e 20 circulares. As cavidades foram
restauradas com resina composta com incremento único. Os dentes foram
estocados a 37°C, por 30 dias, e, em seguida, impermeabilizados com
esmalte cosmético e imersos em solução de nitrato de prata a 50% por 2
horas, lavados e imersos em solução reveladora por 6 horas. Os dados
foram submetidos à análise estatística em que se constatou diferença
significante entre os grupos estudados.
10. DISCUSSAO
BENGSTON e colab. (2008) avaliaram in vitro a influência da
solução de digluconato de clorexidina 2% na adesão de dois sistemas à
dentina de molares humanos. Foram utilizados 40 terceiros molares
humanos hígidos, com a face oclusal lixada até a exposição de uma
superfície plana de dentina. Os dentes foram divididos aleatoriamente
em 4 grupos de acordo com o sistema adesivo utilizado e tratamento
superficial realizado: G1 – Controle Single Bond 2®; G2 – Controle
Clearfil® SE Bond; G3 – Desinfecção com clorexidina + Single Bond®
2; G4 – Desinfecção com clorexidina + Clearfil SE Bond®. Corpos de
prova em resina composta foram confeccionados nas superfícies
tratadas e os dentes armazenados em água destilada à 37ºC por 24
horas. As amostras foram seccionadas verticalmente obtendo-se
espécimes com área de secção transversal de aproximadamente
0,8mm2, que foram tracionados em máquina de ensaios universal.
11. Os resultados de resistência de união foram
analisados usando os testes estatísticos ANOVA e
Tukeynão sendo encontradas diferenças estatísticas
entre os grupos controles e os grupos tratados com
clorexidina. O sistema adesivo Clearfil SE Bond®
apresentou valores de resistência de união
significantemente maiores que o sistema adesivo
Single Bond®. A solução de digluconato de
clorexidina 2% não interferiu na resistência de união
dos sistemas adesivos utilizados5,
12. FARIAS e colab. (2002) fizeram um estudo in vitro com o objetivo de
avaliar o comportamento laboratorial de adesivos dentinários, cimentos
ionoméricos modificados por resina e resinas compostas modificadas por
poliácidos, nos selamentos das margens gengivais de cavidades classe V
preparadas nas junções amelocementárias. 40 cavidades foram
executadas nas faces vestibular, palatina ou lingual de 20 terceiros molares
humanos restauradas com os seguintes materiais: grupo 1-Vitremer; grupo
2 - Vitremer e Syntac Sprint®/Tetric Ceram®; grupo 3- SyntacSprint/Tetric
Ceram; grupo 4- Prime & Bond 2.1/Variglass®.
Após termociclagem em corante azul de metileno, os espécimes foram
seccionados longitudinalmente e analisados em lupa estereoscópica para
avaliação do grau de infiltraçãomarginal. Os resultados após teste
estatístico de Mann-Whitney revelaram melhor vedamento marginal para o
grupo 1, quando comparado com o grupo 4, mas não foram demonstradas
diferenças significantes entre os demais grupos. Nas condições desse
experimento, o material Vitremer ofereceu melhor vedamento marginal que
o sistema Prime & Bond 2.1/Variglass14
13. LAXE e colab. (2007)ao analisarem através de uma revisão
de literaturas, o desempenho clínico e a dinâmica de interação
com a estrutura dental dos sistemas adesivos
autocondicionantes. Os sistemas adesivos consistem em
produtos desenvolvidos para realizar união entre determinados
materiais restauradores e os tecidos dentais, sejam através de
técnicas diretas ou indiretas.
O conceito de condicionamento ácido total aliado à
hibridização da dentina constituiu a base dos agentes adesivos
contemporâneos. Concluindo que os sistemas adesivos
autocondicionantes representam uma geração de materiais
relativamente nova no mercado odontológico, havendo
necessidades ainda de mais pesquisas clínicas longitudinais
para avaliar o verdadeiro desempenho dos mesmos1, 18.
14. RIBEIRO e colab. (2010) avaliaram in vitro a
influência da técnica de inserção de resina composta
sobre o selamento marginal de restaurações oclusais.
Cavidades oclusais em 60 molares humanos foram
restauradas de acordo com os grupos: A – Técnica de
inserção incremental e B – Técnica de Inserção
cruciforme. Os corpos de prova sofreram exposição a
um agente químico; seccionamento e análise com
lupa estereoscópica para atribuições de escores de 0
a 2. Os resultados evidenciaram os maiores
percentuais para o escore 0. Concluiu-se que
nenhuma técnica de inserção foi capaz de impedir a
microinfiltração e que a técnica cruciforme representa
uma alternativa à técnica incremental, considerando o
tipo de resina composta empregado27.
15. SOUZA e colab. (2010) valiando in vitro a influência da forma da cavidade e
do tipo de adesivo nas microinfiltrações, em restaurações classe V. Em 40
incisivos bovinos, foram confeccionadas cavidades com margens em
esmalte, sendo 20 retangulares e 20 circulares, divididas em 4 grupos de
acordo com o adesivo e a forma geométrica: grupo 1 – circular/adesivo de
frasco único; grupo 2 – retangular/adesivo de frasco único; grupo 3 –
retangular/adesivo de primer autocondicionante; grupo 4 – circular/adesivo de
primer autocondicionante.
As cavidades foram restauradas com resina composta Tetric Ceram®, com
incremento único. Os dentes foram estocados a 37°C, por 30 dias, e, em
seguida, impermeabilizados com esmalte cosmético e imersos em solução de
nitrato de prata a 50% por 2 horas, lavados e imersos em solução reveladora
por 6 horas. Os dados foram submetidos à análise estatística não
paramétrica de Kruskal–Wallis em que se constatou diferença significante
entre os grupos estudados. Concluindo que o adesivo de frasco único
associado à cavidade circular comportou-se estatisticamente significante
frente às outras combinações; as cavidades circulares tiveram melhores
desempenhos em relação às retangulares29.
16. CONCLUSAO
Com base nas literaturas pesquisadas é lícito concluir que˸
1. O tratamento restaurador tem apresentado ao longo do tempo, um desafio
para a odontologia quanto as microinfiltrações marginais. Para diminuir
esse problema, várias pesquisas têm sido desenvolvidas em busca de
materiais que mais se adequem a diferenças orgânicas entre o esmalte
dental e a dentina.
2. A base para restaurações adesivas ocorreu em 1955, quando Buonocore
propôs que ácidos poderiam ser utilizados na superfície do esmalte,
formando microporosidades, aumentando o embricamento mecânico das
resinas hidrófobas de baixa viscosidade.
3. O sucesso de um procedimento adesivo depende da interação entre o
material restaurador, sistema adesivo e o substrato dentário, de modo a
promover um adequado selamento marginal, impedindo a passagem de
fluidos através da interface dente/restauração, prevenindo a recorrência
de cáries e injúrias pulpares.
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS
1. BENGSTON, C. R. G.; BENGSTON, A. L.; BENGSTON, N. G.; TURBINO, M. L., Efeito da
Clorexidina 2% na Resistência de União de Dois Sistemas Adesivos à Dentina Humana,
PesqBrasOdontopedClinIntegr, 8(1):51-56,jan/abr.,2008.
2. FARIAS, D. G.; AVELAR, R. P.; BEZERRA, A. C. B., Estudo comparativo da infiltração
marginal em restaurações de classe V, PesquiOdontolBras, 16(1):83-
88,jan/mar.,2002.
3. LAXE, L. A. C.; BRUM, S. C.; OLIVEIRA, R. S.; GOYATÁ, F. R., SISTEMAS ADESIVOS
AUTOCONDICIONANTES, INTERNATIONAL JOURNAL OF DENTISTRY,
6(1):25-29,jan/mar.,2007.
4. RIBEIRO, M. A.; FERREIRA, I. X. LIMA, R. P.; MARIZ, A. L. A.; POMPEU, J. G. F.;
SILVA, C. H. V., Influência da Técnica de Inserção de Resina Composta sobre o selamento
marginal em restaurações estéticas oclusais, Odontol. Clín.-Cient., 9(4):345-
348,out/dez.,2010.
5. SOUZA, M. R. P.; COSTA, E. L.; ALVES, C. M. C.; COSTA, J. F., Efeito da forma
geométrica da cavidade e do tipo de adesivo na microinfiltração em restaurações classe V,
Odontol. Clín.-Cient., 9(4):341-344,out/dez.,2010.