PADRÕES DE BELEZA.pptx

Alexandra Ruivo| Clara Ribeiro | Maria do Céu Gaspar
Lugares em Português • Português 10.º ano
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PADRÕES DE BELEZA: DA ANTIGUIDADE AOS DIAS DE HOJE
PADRÕES DE BELEZA:
Da antiguidade aos dias de hoje

Antiguidade (de VIII a.C. a V d.C.)
A cultura da Idade Antiga era voltada para
o corpo humano que representava
a natureza e a liberdade.
Os gregos antigos além de não
se envergonharem dos seus próprios
corpos também cuidavam deles com
maquilhagens, roupas e atividades físicas.
Helena e Menelaus,
Vaso
©
Menelaus
/
wikimedia.commons

De acordo com o padrão da época, uma
mulher bonita deveria ter pele clara,
cabelo ruivo, lábios grandes e quadris
largos. A maquilhagem era considerada
parte integrante do quotidiano das
nobres.
Vénus de Milo
©
Alexandros
of
Antioch
Venus
de
Milo
/
wikimedia.commons

Retrato de mulher jovem,
período romano
©
Universal
History
Archive
/
UIG
/
East
News
As bochechas rosadas eram consideradas
atraentes e sensuais e os cílios longos eram
um sinal de castidade. Era inaceitável que uma
mulher romana tivesse pelos no corpo: eles eram
removidos com resina e raspados com uma
pedra-pomes. Curiosamente, as monocelhas eram
populares entre as gregas. Assim, as habitantes
da Grécia Antiga não só deixavam as sobrancelhas
crescer, como também as pintavam e colavam
extensões artificiais.

As exigências quanto ao corpo do homem
eram mais rigorosas do que para
as mulheres. O homem da Idade Antiga
deveria ter ombros largos, pélvis estreita,
postura ereta e músculos desenvolvidos.
Ao contrário da mulher, o homem deveria
ser bronzeado. Era aconselhável que
usasse perfume e removesse os pelos.
Um homem com muito cabelo era
considerado sujo.
Ares, deus grego da guerra
e da violência

Idade Média (Séculos V-XIV)
Durante a Idade Média, a igreja tinha uma forte influência
sobre vida das pessoas, incluindo em relação à sua
aparência. A ascetismo (doutrina religiosa que prega
o desprezo pelo corpo) manifestava-se em tudo. Assim,
o estilo medieval de beleza feminina pressupunha seios
pequenos, mãos, pernas e lábios finos. Para alcançar esse
ideal, as raparigas prendiam os seios desde a infância.
O vestido da mulher era modesto e discreto.
A personalidade era expressa por meio de um cabelo
arrumado e um chapéu. A Igreja Católica considerava
a maquilhagem um grande pecado, mas, apesar das
restrições, as mulheres faziam máscaras faciais, e pintavam
o cabelo.

A característica mais notável do homem medieval era a de ser
um cristão devoto. O rosto perfeitamente barbeado
caracterizava a nobreza, mas o bigode e a barba também
eram aceitáveis. Senhores medievais podiam ter cabelo
comprido pela altura dos ombros.
Era normal os homens adotarem um visual monocromático,
mas com detalhes bordados e decorados com pedras
preciosas. Na Idade Média, surgiram os lenços de bolso
masculinos, que entraram logo na moda.
Os homens faziam vários tratamentos de beleza. Pintavam
e enrolavam os cabelos em barbearias, faziam várias máscaras
contra a calvície e procuravam eliminar rugas e melhorar a cor
do rosto de todas as formas possíveis.

Renascimento (Séculos XIV-XVII)
A mulher da época renascentista deveria ser alta e ter cabelos
compridos, quadris largos, seios grandes e cintura fina. Pela
primeira vez, a roupa das mulheres começou a ser feita com
um decote que dava liberdade ao pescoço, aos ombros e à parte
superior de peito.
O ideal era que a mulher fosse loura. Por isso, as raparigas
clareavam os cabelos e as sobrancelhas ao sol, tomavam poções
de noz, sumo de maçã azedo ou usavam um produto chamado
alume.
No século XV, as mulheres costumavam rapar a linha do início
de crescimento dos cabelos, deixando a testa grande, o que era
visto como uma característica de inteligência. Os penteados eram
complexos e era recomendável remover os pelos do corpo para
evitar ataques de piolhos.
A pele branca era considerada mais bonita e, para a clarear, eram
utilizados o óxido de chumbo e o mercúrio — ambos tóxicos.
Perfil de uma jovem,
Sandro Botticelli, 1476

©
Raphael
Portrait
of
Agnolo
Doni
/
wikimedia.commons
O homem renascentista usava uma barba curta, na qual
espalhava uma grande quantidade de perfume, e fazia
penteados com cera ou amido. Os rapazes usavam cortes
à tigela ou deixavam os cabelos crescer até aos ombros.
As roupas eram decoradas com contas e sinos pequenos.
Para que o corpo parecesse um triângulo invertido,
as mangas e ombros eram volumosos.
Num período marcado pela libertação do estilo rígido
e contido da Idade Média, passou a ser comum
os homens usarem joias, brincos ou pedaços de seda
enfiados num furinho na orelha.
Os homens assumiram de maneira mais explícita
a preocupação com a aparência (algo até então associado
às mulheres), adotando tratamentos como máscaras
contra rugas e clareamento da pele com chumbo em pó.
Retrato de Agnolo Doni, Rafael Sanzio, 1505/1506

Barroco (Séculos XVII-XVIII)
©
Jean-Marc
Nattier
Portrait
of
Catherine
I
/
wikimedia.commons
A mulher do barroco valorizava a pele pálida e clareava-a
com uma mistura de chumbo e clara de ovo. No entanto,
os lábios e as bochechas deveriam ser rosados. Para deixar
o rosto mais bonito, cortavam pedaços de tecido
em formas de estrelas, flores e corações, e colavam,
de forma a “criar” marcas de nascença. Mais tarde, estas
marcas passaram a ter algum significado. Por exemplo,
uma mosca na bochecha direita mostrava que a mulher
era casada; à esquerda, que era noiva e no canto do olho,
que era uma amante.
O corpo ideal da época deveria ter uma cintura fina, seios
e quadris grandes. Por isso, o espartilho, a saia e o salto
alto tornaram-se parte integrante do guarda-roupa
da dama fashion do barroco.
As mulheres faziam penteados extremamente altos
e complexos, adicionando cabelos artificiais, e para fixar
tudo, passavam banha de porco ou manteiga.
Retrato da imperatriz Catarina,
Jean Marc Nattier, s.d.

©
wikipedia
O homem do barroco era um cavalheiro educado
que rapava o bigode e a barba e usava
um perfume muito marcante. Usava calças
de montaria, meias, uma camisa com babados,
jaquetas e sapatos de salto baixo. Um acessório
que estava na moda era uma bengala, que ficava
pendurada num botão do colete ou da jaqueta.
A peruca era considerada um acessório
masculino bastante importante e a sua forma
mantinha-se em constante mudança. Os cabelos
enrolados eram alisados e colocavam-se fitas.

©
Philip
Dawe
The
Macaroni.
A
real
Character
at
the
late
Masquerade
/
wikimedia.commons
Foi nessa época que surgiu uma figura
parecida com a dos atuais hipsters:
os macaroni. Vestiam fatos com bordados
complexos e vários babados, calças
apertadas e perucas de tamanhos
incríveis arrematadas, por cima, com
um pequeno chapéu. Os macaroni eram
criticados por muitos por serem
excessivamente efeminados, mas faziam
um enorme sucesso nas cada vez mais
populares publicações de moda.

Era Industrial (Século XIX)
©
Isaac
Cruikshank
Toomuch-1556
Toolittle-1796
/
wikimedia.commons
«O exagero e a simplicidade».
Comparação de um vestido
feminino da segunda metade
do século XVI e um do início
do século XIX.

©
Jean-Auguste
Dominique
Ingres
Josephine-Eleonore-Marie-Pauline
de
Galard
de
Brassac
de
Bearn
/
wikimedia.commons
O guarda-roupa feminino começou a ser preenchido com
roupas com características masculinas. As mulheres
passaram a usar camisas, casacos e coletes. Na primeira
metade do século XIX, os vestidos curtos tornaram-se
populares. Os espartilhos desconfortáveis foram deixados
de lado e surgiram os vestidos que deixavam os peitos e a
clavícula mais visíveis. Ganharam espaço na moda as roupas
com alças inclinadas nos ombros, cintura estreita e quadris
largos.
A tendência de clarear a pele desapareceu, mas surgiu uma
outra paixão, a das tintas de cabelo. Eram feitas à base
de chumbo ou nitrato de prata. Os penteados mais
populares eram cachos angelicais e o uso de franja, fitas
e flores nos cabelos.
Princesa Albert de Broglie, Ingres, 1853

©
Francesco
Hayez
The
Yorck
Project
/
wikipedia
O guarda-roupa masculino também
mudou. As calças e as meias apertadas
de montaria foram substituídas por calças
mais simples. Juntamente com meias
curtas, essas peças eram usadas
principalmente em bailes e
outros eventos.
Um detalhe importante no estilo dos
cavalheiros eram os suspensórios.
As luvas brancas, uma bengala
e um relógio de bolso completavam
o estilo desses gentleman.
Retrato do Conte Ninni, Francesco Hayez, 1825

Século XX
©
Revista
Pelo
Argentine
fashion
shoot
for
bell-bottoms
in
1972
/
wikipedia
O século XX mudou radicalmente a visão
do mundo. Ao longo dos anos, ocorreram
duas guerras mundiais, o movimento
feminista surgiu e perdeu força, surgiram
os Beatles, os hippies, a Era Disco
e o visual extravagante e colorido dos
anos 80.
Os padrões de beleza, que antes levavam
séculos para mudar, passaram
a transformar-se a cada década, depois
a cada ano e hoje se transforma-se
praticamente a cada estação.

©
IFA
Film
/
United
Archives
/
East
News
©
Everett
Collection
/
East
News
O conceito de corpo perfeito
passou a mudar tão rapidamente
quanto a própria moda:
 nos anos 20, um corpo que
parecido com o masculino
 nos anos 50 — seios
exuberantes e cintura fina
 nos anos 60 — magreza
exagerada
 nos anos 80 — corpo forte
e atlético
 nos anos 90 — altura
elevada e o famoso padrão
90-60-90.
Elizabeth Taylor
Marilyn Monroe

©
A
Streetcar
Named
Desire
/
Warner
Bros
.
O homem do século XX, em geral, deveria ser
magro e atlético. O estilo de roupa variou
conforme a região e os movimentos
(motoqueiros, hippies, rappers e outros).
Os homens poderiam rapar os cabelos, deixar
crescer o cabelo ou fazer penteados
extravagantes. A roupa desportiva tornou-se
quotidiana e os casacos e gravatas sociais
começaram a aparecer também fora dos
escritórios.
Marlon Brando

Século XXI
©
The
Tourist
/
Columbia
Pictures
No século XXI, a magreza e o glamour da heroína
(que dominaram alguns movimentos do século XX)
felizmente saíram de moda. Já não existe um padrão
de corpo: as modelos plus-size e mid-size passaram
a aparecer nas capas de revistas e catálogos de moda.
A paixão pelo corpo bronzeado no início do século foi
substituída pelo desejo de ter uma pele clara com
sardas na maioria dos casos.
Os preços das cirurgias plásticas caíram, tornando
esse tipo de procedimento mais acessível não
só para mulheres, mas também para homens.
Procedimentos para ter lábios carnudos como
os de Angelina Jolie e grandes seios artificiais
deixaram de ser uma referência e uma tentação para
a maioria das mulheresa. Nos dias de hoje,
a naturalidade está na moda.
Angelina Jolie

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