SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS



 Dois triângulos ∆ ABC e ∆ DEF dizem-se semelhantes (através da correspondência
 A a D , B a E , C a F ), e escrevemos ∆ ABC ≅ ∆ DEF, se:

        os ângulos correspondentes forem congruentes (isto é, ∠A ≅ ∠D, ∠B ≅ ∠E ,
        ∠C ≅ ∠F )
                                                 AB   BC      CA
        e os lados forem proporcionais (isto é ,    =      =     ).
                                                 DE   EF      FD

 À razão entre lados correspondentes de triângulos semelhantes chamamos razão de
                                                                          AB
 semelhança desses triângulos; assim sendo, se ∆ ABC ~ ∆ DEF, o quociente     éa
                                                                          DE
 razão de semelhança entre ∆ ABC e ∆ DEF. Tal como no caso das congruências de
 triângulos, convém assinalar que ∆ ABC ~ ∆ DEF não significa o mesmo que ∆ ABC
 ~ ∆ EFD.




Critério AAA – (teorema fundamental da semelhança de triângulos): Dois
quaisquer triângulos com ângulos internos iguais são semelhantes: mais precisamente,
se os triângulos ∆ ABC e ∆ DEF forem tais que ∠A ≅ ∠D, ∠B ≅ ∠E e ∠C ≅ ∠F ,
então ∆ABC ~ ∆DEF

                                       A




                                D




                     C=F                        E                 B


                                           AB       BC       AC                AB
Demonstração: Quer-se mostrar que               =        =        . Seja λ =        ; a
                                          DE        EF       DF                DE
demonstração vai depender da natureza do λ .

   •   1º caso: λ ∈ ℵ (demonstração por indução):
se for λ = 1; então           AB = DE , ∠A ≅ ∠D e como ∠B ≅ ∠E , por ALA
                                            AB         BC
    ∆ABC ~ ∆DEF ; em particular                  =1=
                                            DF         EF
    passo por indução: suponho λ ∈ ℵ  { } e que o resultado é válido para
                                              1
    λ − 1 (dois triângulos com ângulos congruentes em que a razão entre dois lados
    correspondentes seja λ − 1 são necessariamente semelhantes, isto é, a razão
    entre os restantes pares de lados correspondentes é também λ − 1 ).
    Sei que ∆ABC e ∆DEF têm os mesmos ângulos; seja x ∈ AB tal que
     AX = DE , y ∈ AC , z ∈ BC , xy //BC e xz//AC.
    Por ALA. Temos ∆AXY ≅ ∆DEF ; além disso, ∆XBZ e ∆DEF têm os mesmos
                     XB                                   XZ
    ângulos , mas       = λ − 1 . Por hipótese de indução     = λ −1 e
                    DE                                    DE
     BZ
           = λ − 1 ; assim sendo BC = BZ + ZC
     EF
                                        = (λ − 1) EF + EF
                                        = λ EF
    e AC = AY + YC = DF + (λ − 1) DF = λ DF , o que completa a indução. Fica
    assim provado o resultado quando λ ∈ ℵ .


•   2º caso: λ ∈ Q

                  AB                        p
    seja   λ=          ; fazendo       λ=     , obtemos     p DE = q AB . Consideramos
                  DE                        q
    ∆XYZ com os mesmos ângulos e tal que XY = p DE = q AB , pelo caso
    anterior, temos ∆XYZ ~ ∆DEF e ∆XYZ ~ ∆ABC e portanto
                 XY   YZ           XZ    YZ            AC   BC  p
    se temos        =    =p e         =     = q então     =    = =λ
                 DE   EF           AC   BC             DF   EF  q
    como queríamos.




•   3º caso: λ ∈ ℜ  Q

             AB
    Seja          = λ . Vamos mostrar que, para qualquer número racional s tal que
             DE
                       AC         BC
    s< λ , se tem           >s,        >s.
                       DF         EF
AC       BC
      Atendendo à densidade de Q em ℜ , isso obriga a que se tenha        ,        ≥λ
                                                                     DF       EF
                   AB
       s< λ ⇔ s<        ↔ s DE < AB
                   DE
      seja X ∈ AB e AX = s DE e XY // BC .
      Pelo caso racional, também AY = s DF e XY = s EF
                                     AC
      Logo s DF = AY < AC        ⇒         >s
                                     DF




                                     BC
             s EF = XY < BC      ⇒      >s
                                    EF
             o que conclui a demonstração.



Critério LAL : Se, em dois quaisquer triângulos, ângulos iguais subentenderem lados
proporcionais, então esses triângulos são semelhantes.
                                                                  AB    AC
(por ex., se ∆ABC e ∆DEF forem tais que ∠A ≅ ∠D e                    =      , então
                                                                 DE     DF
∆ABC ~ ∆DEF ).


                                       A




                                 D




                         C=F                    E        B




Demonstração: A ideia é combinar o critério anterior com o critério de congruência
apropriado. Consideramos o triângulo ∆AZY tal que AZ = DE , e em que ZY//BC ,
Z ∈ AB e Y ∈ AC. Pelo critério anterior, temos ∆ABC ~ ∆AZY        e portanto
 AY = DF ; e pelo critério de congruência LAL, temos ∆AZY ≅ ∆DEF , e portanto
∆AZY ~ ∆DEF .
Critério LLL: Dois quaisquer triângulos com lados proporcionais são semelhantes.
                     AB   AC      BC
(por ex.,se tivermos    =      =      então ∆ABC ~ ∆DEF .
                     DE   DF      EF


                                       A




                                D




                       C=F                    E            B




Demonstração: É análoga à do critério anterior. Definimos ∆AZY como antes, sendo
 AZ = DE e ∆ABC ~ ∆AZY : pelo critério LLL de congruência, ∆AZY ≅ ∆DEF , e
portanto ∆ABC ~ ∆DEF .
Mais resultados importantes sobre semelhança de triângulos


Teorema de Pitágoras: Se ∆ABC for um triângulo rectângulo de hipotenusa BC ,
então a 2 = b 2 + c 2 .

Demonstração:

Pelo critério AA temos ∆ABC ~ ∆DBA ~ ∆DAC e destas semelhanças obtemos

b a−x                             x c
  =      ⇒ b 2 = a 2 − ax e          = ⇒ c 2 = ax
a     b                           c a
Adicionando membro a membro resulta a igualdade pretendida:    a2 = b2 + c2 .


Note-se que o recíproco deste teorema também é válido: se num ∆ABC tivermos
a 2 = b 2 + c 2 , então esse triângulo é rectângulo de hipotenusa BC . Para o
demonstrarmos basta observar que podemos considerar um rectângulo de catetos de
medida b e c :pelo teorema de Pitágoras, a hipotenusa desse triângulo mede
  b 2 + c 2 = a e por LLL, esse triângulo é congruente a ∆ABC , que portanto é também
rectângulo.




                                                          Realizado por :Sílvia Rocha

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mat triangulo sen cos tan
Mat triangulo sen cos tanMat triangulo sen cos tan
Mat triangulo sen cos tantrigono_metrico
 
Introdução ao círculo trigonométrico
Introdução ao círculo trigonométricoIntrodução ao círculo trigonométrico
Introdução ao círculo trigonométricosilvia_lfr
 
Teste de avaliação n.º2 versão b
Teste de avaliação n.º2 versão bTeste de avaliação n.º2 versão b
Teste de avaliação n.º2 versão bsilvia_lfr
 
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grau
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grauMatemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grau
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grauSchool Jamil
 
www.aulasapoio.com - Matemática - Semelhança de Triângulos
www.aulasapoio.com  - Matemática -  Semelhança de Triânguloswww.aulasapoio.com  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.aulasapoio.com - Matemática - Semelhança de TriângulosAulas Apoio
 
Semelhança de triângulos
Semelhança de triângulosSemelhança de triângulos
Semelhança de triângulosELIZEU GODOY JR
 
Gaal vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.
Gaal  vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.Gaal  vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.
Gaal vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.Ruan Yvis Brito
 
Apostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeApostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeEveraldo Geb
 
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.silvia_lfr
 
03 trigonometria
03 trigonometria03 trigonometria
03 trigonometriaresolvidos
 

Mais procurados (18)

Mat triangulo sen cos tan
Mat triangulo sen cos tanMat triangulo sen cos tan
Mat triangulo sen cos tan
 
Introdução ao círculo trigonométrico
Introdução ao círculo trigonométricoIntrodução ao círculo trigonométrico
Introdução ao círculo trigonométrico
 
Teste de avaliação n.º2 versão b
Teste de avaliação n.º2 versão bTeste de avaliação n.º2 versão b
Teste de avaliação n.º2 versão b
 
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grau
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grauMatemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grau
Matemática - Função Trigonometria - Seno de 45 grau
 
www.aulasapoio.com - Matemática - Semelhança de Triângulos
www.aulasapoio.com  - Matemática -  Semelhança de Triânguloswww.aulasapoio.com  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.aulasapoio.com - Matemática - Semelhança de Triângulos
 
Semelhança de triângulos
Semelhança de triângulosSemelhança de triângulos
Semelhança de triângulos
 
Gaal vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.
Gaal  vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.Gaal  vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.
Gaal vetores aplicaçoes e demostraçoes de algumas propriedades.
 
Cdiv6
Cdiv6Cdiv6
Cdiv6
 
Cdiv6
Cdiv6Cdiv6
Cdiv6
 
Mat triangulo 005
Mat triangulo  005Mat triangulo  005
Mat triangulo 005
 
Triângulo
TriânguloTriângulo
Triângulo
 
Apostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipeApostila de geometria_analitica_filipe
Apostila de geometria_analitica_filipe
 
Afa aula 1
Afa  aula 1Afa  aula 1
Afa aula 1
 
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.
Produto escalar. amplitude de ângulos entre vetores.
 
Arco trigonometrico
Arco trigonometricoArco trigonometrico
Arco trigonometrico
 
Razao Da Semelhanca
Razao Da SemelhancaRazao Da Semelhanca
Razao Da Semelhanca
 
03 trigonometria
03 trigonometria03 trigonometria
03 trigonometria
 
áReas
áReasáReas
áReas
 

Destaque

{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...
{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...
{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...Romilda Dores Brito
 
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meriti
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meritiENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meriti
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meritiMarilene Rangel Rangel
 
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5Rosilane
 
Prova de Matemática - 6ano. Castro Alves
Prova de Matemática - 6ano. Castro AlvesProva de Matemática - 6ano. Castro Alves
Prova de Matemática - 6ano. Castro AlvesHélio Rocha
 

Destaque (6)

{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...
{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...
{63 d5e492 b8d4-4d07-96b8-c3c7e8af369c}-revisão para a prova unificada 4º bim...
 
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meriti
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meritiENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meriti
ENSINAR Geometria aula 1 a pnaic meriti
 
Exercicios 7ª
Exercicios 7ªExercicios 7ª
Exercicios 7ª
 
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5
PNAIC - 9º encontro - Geometria caderno 5
 
Prova de Matemática - 6ano. Castro Alves
Prova de Matemática - 6ano. Castro AlvesProva de Matemática - 6ano. Castro Alves
Prova de Matemática - 6ano. Castro Alves
 
Algumas atividades de fixacao de matematica[1]
Algumas atividades de fixacao de matematica[1]Algumas atividades de fixacao de matematica[1]
Algumas atividades de fixacao de matematica[1]
 

Semelhante a Semelhanca de triangulos

8 ano - Congruência e Semelhança e Angulos em Triangulos.ppt
8 ano - Congruência e Semelhança e  Angulos em Triangulos.ppt8 ano - Congruência e Semelhança e  Angulos em Triangulos.ppt
8 ano - Congruência e Semelhança e Angulos em Triangulos.pptDaniloConceiodaSilva
 
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSAProblemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSADayanne Sousa
 
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria planacon_seguir
 
Mat segmentos proporcionais
Mat segmentos proporcionaisMat segmentos proporcionais
Mat segmentos proporcionaistrigono_metria
 
Apost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planosApost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planoscon_seguir
 
Mat angulos retas exerc resolvidos
Mat angulos   retas exerc resolvidosMat angulos   retas exerc resolvidos
Mat angulos retas exerc resolvidostrigono_metria
 
Mat em geometria sol vol3 cap1_4
Mat em geometria sol vol3 cap1_4Mat em geometria sol vol3 cap1_4
Mat em geometria sol vol3 cap1_4trigono_metrico
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br - Matemática - Semelhança de TriângulosClarice Leclaire
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Semelhança de TriângulosBeatriz Góes
 
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1Mat em geometria analitica sol vol3 cap1
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1trigono_metrico
 
Matematica 2 exercicios gabarito 02
Matematica 2 exercicios gabarito 02Matematica 2 exercicios gabarito 02
Matematica 2 exercicios gabarito 02comentada
 
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptx
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptxSEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptx
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptxMárcia Moura
 
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-Luísa Silva
 
Critérios de paralelismo
Critérios de paralelismoCritérios de paralelismo
Critérios de paralelismoaldaalves
 
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8trigono_metrico
 
Ângulos elementos, propriedades.ppt
Ângulos elementos, propriedades.pptÂngulos elementos, propriedades.ppt
Ângulos elementos, propriedades.pptSilvaniaDias9
 

Semelhante a Semelhanca de triangulos (20)

Mat semelhanca
Mat semelhancaMat semelhanca
Mat semelhanca
 
Geometria - Congruencia
Geometria - CongruenciaGeometria - Congruencia
Geometria - Congruencia
 
8 ano - Congruência e Semelhança e Angulos em Triangulos.ppt
8 ano - Congruência e Semelhança e  Angulos em Triangulos.ppt8 ano - Congruência e Semelhança e  Angulos em Triangulos.ppt
8 ano - Congruência e Semelhança e Angulos em Triangulos.ppt
 
Exercsolv1
Exercsolv1Exercsolv1
Exercsolv1
 
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSAProblemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
Problemas selecionados de eletricidade - PROFESSOR HELANDERSON SOUSA
 
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana
08 eac proj vest mat módulo 2 geometria plana
 
Mat segmentos proporcionais
Mat segmentos proporcionaisMat segmentos proporcionais
Mat segmentos proporcionais
 
Apost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planosApost2 exresolvidos retas-planos
Apost2 exresolvidos retas-planos
 
Mat angulos retas exerc resolvidos
Mat angulos   retas exerc resolvidosMat angulos   retas exerc resolvidos
Mat angulos retas exerc resolvidos
 
conjuntos.pdf
conjuntos.pdfconjuntos.pdf
conjuntos.pdf
 
Mat em geometria sol vol3 cap1_4
Mat em geometria sol vol3 cap1_4Mat em geometria sol vol3 cap1_4
Mat em geometria sol vol3 cap1_4
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com,Br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática -  Semelhança de Triângulos
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Semelhança de Triângulos
 
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1Mat em geometria analitica sol vol3 cap1
Mat em geometria analitica sol vol3 cap1
 
Matematica 2 exercicios gabarito 02
Matematica 2 exercicios gabarito 02Matematica 2 exercicios gabarito 02
Matematica 2 exercicios gabarito 02
 
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptx
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptxSEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptx
SEGMENTOS PROPORCIONAIS E TEOREMA DE TALES.pptx
 
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-
Proposta correção teste_intermédio_matemática_2013-
 
Critérios de paralelismo
Critérios de paralelismoCritérios de paralelismo
Critérios de paralelismo
 
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
Mat em funcoes exponenciais e logarítmicas sol vol1 cap8
 
Ângulos elementos, propriedades.ppt
Ângulos elementos, propriedades.pptÂngulos elementos, propriedades.ppt
Ângulos elementos, propriedades.ppt
 

Mais de Alexandre Ribeiro

Mais de Alexandre Ribeiro (16)

Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Matemática)
Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Matemática)Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Matemática)
Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Matemática)
 
Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Portugues)
Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Portugues)Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Portugues)
Projeto Testes Intermédios 2012/2013 (Portugues)
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Resumo ambiente sedimentar
Resumo ambiente sedimentarResumo ambiente sedimentar
Resumo ambiente sedimentar
 
Resumo ambiente magmatico
Resumo ambiente magmaticoResumo ambiente magmatico
Resumo ambiente magmatico
 
Palavra de vida dezembro 2011
Palavra de vida   dezembro 2011Palavra de vida   dezembro 2011
Palavra de vida dezembro 2011
 
DESAFIOS PARA UMA VIVENCIA RESPONSÁVEL DO AMOR
DESAFIOS PARA UMA VIVENCIA RESPONSÁVEL DO AMORDESAFIOS PARA UMA VIVENCIA RESPONSÁVEL DO AMOR
DESAFIOS PARA UMA VIVENCIA RESPONSÁVEL DO AMOR
 
.rochas.sedimentares
.rochas.sedimentares.rochas.sedimentares
.rochas.sedimentares
 
present simple
present simplepresent simple
present simple
 
Menina do mar
Menina do marMenina do mar
Menina do mar
 
Agrupamento de oliveira de frades
Agrupamento de oliveira de fradesAgrupamento de oliveira de frades
Agrupamento de oliveira de frades
 
Se és Rapaz !!
Se és Rapaz !!Se és Rapaz !!
Se és Rapaz !!
 
Se és rapariga.
Se és rapariga.Se és rapariga.
Se és rapariga.
 
Se és Rapaz
Se és Rapaz Se és Rapaz
Se és Rapaz
 
cristianismo
cristianismocristianismo
cristianismo
 

Semelhanca de triangulos

  • 1. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS Dois triângulos ∆ ABC e ∆ DEF dizem-se semelhantes (através da correspondência A a D , B a E , C a F ), e escrevemos ∆ ABC ≅ ∆ DEF, se: os ângulos correspondentes forem congruentes (isto é, ∠A ≅ ∠D, ∠B ≅ ∠E , ∠C ≅ ∠F ) AB BC CA e os lados forem proporcionais (isto é , = = ). DE EF FD À razão entre lados correspondentes de triângulos semelhantes chamamos razão de AB semelhança desses triângulos; assim sendo, se ∆ ABC ~ ∆ DEF, o quociente éa DE razão de semelhança entre ∆ ABC e ∆ DEF. Tal como no caso das congruências de triângulos, convém assinalar que ∆ ABC ~ ∆ DEF não significa o mesmo que ∆ ABC ~ ∆ EFD. Critério AAA – (teorema fundamental da semelhança de triângulos): Dois quaisquer triângulos com ângulos internos iguais são semelhantes: mais precisamente, se os triângulos ∆ ABC e ∆ DEF forem tais que ∠A ≅ ∠D, ∠B ≅ ∠E e ∠C ≅ ∠F , então ∆ABC ~ ∆DEF A D C=F E B AB BC AC AB Demonstração: Quer-se mostrar que = = . Seja λ = ; a DE EF DF DE demonstração vai depender da natureza do λ . • 1º caso: λ ∈ ℵ (demonstração por indução):
  • 2. se for λ = 1; então AB = DE , ∠A ≅ ∠D e como ∠B ≅ ∠E , por ALA AB BC ∆ABC ~ ∆DEF ; em particular =1= DF EF passo por indução: suponho λ ∈ ℵ { } e que o resultado é válido para 1 λ − 1 (dois triângulos com ângulos congruentes em que a razão entre dois lados correspondentes seja λ − 1 são necessariamente semelhantes, isto é, a razão entre os restantes pares de lados correspondentes é também λ − 1 ). Sei que ∆ABC e ∆DEF têm os mesmos ângulos; seja x ∈ AB tal que AX = DE , y ∈ AC , z ∈ BC , xy //BC e xz//AC. Por ALA. Temos ∆AXY ≅ ∆DEF ; além disso, ∆XBZ e ∆DEF têm os mesmos XB XZ ângulos , mas = λ − 1 . Por hipótese de indução = λ −1 e DE DE BZ = λ − 1 ; assim sendo BC = BZ + ZC EF = (λ − 1) EF + EF = λ EF e AC = AY + YC = DF + (λ − 1) DF = λ DF , o que completa a indução. Fica assim provado o resultado quando λ ∈ ℵ . • 2º caso: λ ∈ Q AB p seja λ= ; fazendo λ= , obtemos p DE = q AB . Consideramos DE q ∆XYZ com os mesmos ângulos e tal que XY = p DE = q AB , pelo caso anterior, temos ∆XYZ ~ ∆DEF e ∆XYZ ~ ∆ABC e portanto XY YZ XZ YZ AC BC p se temos = =p e = = q então = = =λ DE EF AC BC DF EF q como queríamos. • 3º caso: λ ∈ ℜ Q AB Seja = λ . Vamos mostrar que, para qualquer número racional s tal que DE AC BC s< λ , se tem >s, >s. DF EF
  • 3. AC BC Atendendo à densidade de Q em ℜ , isso obriga a que se tenha , ≥λ DF EF AB s< λ ⇔ s< ↔ s DE < AB DE seja X ∈ AB e AX = s DE e XY // BC . Pelo caso racional, também AY = s DF e XY = s EF AC Logo s DF = AY < AC ⇒ >s DF BC s EF = XY < BC ⇒ >s EF o que conclui a demonstração. Critério LAL : Se, em dois quaisquer triângulos, ângulos iguais subentenderem lados proporcionais, então esses triângulos são semelhantes. AB AC (por ex., se ∆ABC e ∆DEF forem tais que ∠A ≅ ∠D e = , então DE DF ∆ABC ~ ∆DEF ). A D C=F E B Demonstração: A ideia é combinar o critério anterior com o critério de congruência apropriado. Consideramos o triângulo ∆AZY tal que AZ = DE , e em que ZY//BC , Z ∈ AB e Y ∈ AC. Pelo critério anterior, temos ∆ABC ~ ∆AZY e portanto AY = DF ; e pelo critério de congruência LAL, temos ∆AZY ≅ ∆DEF , e portanto ∆AZY ~ ∆DEF .
  • 4. Critério LLL: Dois quaisquer triângulos com lados proporcionais são semelhantes. AB AC BC (por ex.,se tivermos = = então ∆ABC ~ ∆DEF . DE DF EF A D C=F E B Demonstração: É análoga à do critério anterior. Definimos ∆AZY como antes, sendo AZ = DE e ∆ABC ~ ∆AZY : pelo critério LLL de congruência, ∆AZY ≅ ∆DEF , e portanto ∆ABC ~ ∆DEF .
  • 5. Mais resultados importantes sobre semelhança de triângulos Teorema de Pitágoras: Se ∆ABC for um triângulo rectângulo de hipotenusa BC , então a 2 = b 2 + c 2 . Demonstração: Pelo critério AA temos ∆ABC ~ ∆DBA ~ ∆DAC e destas semelhanças obtemos b a−x x c = ⇒ b 2 = a 2 − ax e = ⇒ c 2 = ax a b c a Adicionando membro a membro resulta a igualdade pretendida: a2 = b2 + c2 . Note-se que o recíproco deste teorema também é válido: se num ∆ABC tivermos a 2 = b 2 + c 2 , então esse triângulo é rectângulo de hipotenusa BC . Para o demonstrarmos basta observar que podemos considerar um rectângulo de catetos de medida b e c :pelo teorema de Pitágoras, a hipotenusa desse triângulo mede b 2 + c 2 = a e por LLL, esse triângulo é congruente a ∆ABC , que portanto é também rectângulo. Realizado por :Sílvia Rocha