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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO: QUÍMICA INDUSTRIAL
DISCIPLINA: CONTRO AMBIENTAL
CILCO DO BIOGEOQUIMICO DO CÁLCIO
Aldo Henrique Francisco da Silva Reis
Recife, junho de 2021
1. INTRODUÇÃO
O cálcio é o quinto elemento mais abundante na natureza, ainda sim, alguns
solos são pobres em cálcio, seja disponível para as plantas ou na concentração total.
Tais solos normalmente são ácidos, ou seja, com pH abaixo de 7,0. Nas plantas, os
sintomas visuais de deficiência de cálcio não são comuns, muitas vezes, pelo fato de
estarem associados à deficiência de outros elementos como Mg e toxidez de Al e Mn.
Nos vegetais, ele participa principalmente como ativador de enzimas, além de
participar como componente estrutural de sais de compostos pécticos da lamela média.
A maior participação do cálcio nos animais está relacionada com a formação de
esqueletos, pois ele é parte constituinte dos exoesqueletos de invertebrados e conchas.
Além disso, atua em processos metabólicos: sua participação é fundamental no processo
de coagulação do sangue, além de ser muito útil no processo de contração muscular.
As principais fontes primárias de cálcio são as rochas carbonatadas,
representadas pelos calcários e mármores, e os minerais silicatados a exemplo dos
plagioclásios cálcicos e minerais máficos como olivinas, piroxênios e anfibólios. A
gipsita (CaSO4) é outra fonte de Ca, embora não seja usada para esse fim, em razão da
não disponibilidade desse elemento para as plantas. No entanto, quando aquecida e
moída, dá origem ao gesso que pode ser usado como fonte de Ca e enxofre.
2. CICLO DO CÁLCIO
O intemperismo pode ser entendido como o conjunto de processos mecânicos,
químicos e biológicos que ocasionam a destruição física e química das rochas,
formando os solos. Mais uma vez, fica muito claro a grande participação que a água
exerce nos ciclos biogeoquímicos; no ciclo do cálcio, como no ciclo das rochas, sua
presença é de suma importância para que os ciclos possam ser reiniciados. O
mecanismo que rege o ciclo do cálcio segue mais ou menos os seguintes passos.
Inicialmente o CO2 atmosférico dissolve-se na água da chuva, produzindo
H2CO3 .Essa solução ácida, nas águas superficiais ou subterrâneas, facilita a erosão das
rochas silicatadas e provoca a liberação de Ca2+ e HCO3-, entre outros produtos, que
podem ser lixiviados para o oceano. Nos oceanos, Ca2+ e HCO3– são absorvidos pelos
animais que o utilizam na confecção de conchas carbonatadas, que são os principais
constituintes dos seus exoesqueletos.
Figura1: esquema para o ciclo do cálcio.
Com a morte desses organismos, seus esqueletos se depositam no fundo do mar,
associam-se a outros tipos de resíduos e originam uma rocha sedimentar, depois de um
longo período de tempo. Esses sedimentos de fundo, rico em carbonato, participando do
ciclo tectônico, podem migrar para uma zona de pressão e temperatura mais elevadas,
fundindo parcialmente os carbonatos. As mudanças lentas e graduais da crosta terrestre
podem fazer com que essas rochas sedimentares alcancem a superfície, completando o
ciclo.
3. IMPACTOS DO USO DO CÁLCIO
O impacto negativo mais evidente em decorrência do uso de Ca em excesso é o
favorecimento à dispersão dos colóides do solo, já que entre muitos cátions, ele exibe
menor raio iônico; essa condição favorece a formação de um raio hidratado maior,
gerando o fenômeno dispersivo. A dispersão dos colóides do solo significa o
desencadeamento de um processo erosivo, uma vez que ocorre a desestruturação dos
agregados com o consequente preenchimento dos poros, principalmente os mesoporos e
micrósporos; com isso, as condições tornam-se mais favoráveis ao escoamento
superficial da água e ao arraste das partículas de solo.
4. REFERENCIAS
Embrapa. Nutrientes Vegetais no Meio Ambiente: ciclos bioquímicos, fertilizantes e
corretivos. Documentos 66. ed 2. Jaguariúna, SP 2008. Disponível em:
< https://www.cnpma.embrapa.br/download/documentos_66.pdf>. Acessado em :
19/06/21
JUCZ, I. Calagem como fonte de dispersão do solo. 1987. 67p. Dissertação
(Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
Portal são Francisco. Ciclo do Cálcio. Disponível em:
< https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/ciclo-do-calcio>. Acessado em :
29/06/21

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O ciclo biogeoquímico do cálcio: da erosão das rochas à formação de sedimentos e rochas carbonatadas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO: QUÍMICA INDUSTRIAL DISCIPLINA: CONTRO AMBIENTAL CILCO DO BIOGEOQUIMICO DO CÁLCIO Aldo Henrique Francisco da Silva Reis Recife, junho de 2021
  • 2. 1. INTRODUÇÃO O cálcio é o quinto elemento mais abundante na natureza, ainda sim, alguns solos são pobres em cálcio, seja disponível para as plantas ou na concentração total. Tais solos normalmente são ácidos, ou seja, com pH abaixo de 7,0. Nas plantas, os sintomas visuais de deficiência de cálcio não são comuns, muitas vezes, pelo fato de estarem associados à deficiência de outros elementos como Mg e toxidez de Al e Mn. Nos vegetais, ele participa principalmente como ativador de enzimas, além de participar como componente estrutural de sais de compostos pécticos da lamela média. A maior participação do cálcio nos animais está relacionada com a formação de esqueletos, pois ele é parte constituinte dos exoesqueletos de invertebrados e conchas. Além disso, atua em processos metabólicos: sua participação é fundamental no processo de coagulação do sangue, além de ser muito útil no processo de contração muscular. As principais fontes primárias de cálcio são as rochas carbonatadas, representadas pelos calcários e mármores, e os minerais silicatados a exemplo dos plagioclásios cálcicos e minerais máficos como olivinas, piroxênios e anfibólios. A gipsita (CaSO4) é outra fonte de Ca, embora não seja usada para esse fim, em razão da não disponibilidade desse elemento para as plantas. No entanto, quando aquecida e moída, dá origem ao gesso que pode ser usado como fonte de Ca e enxofre. 2. CICLO DO CÁLCIO O intemperismo pode ser entendido como o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a destruição física e química das rochas, formando os solos. Mais uma vez, fica muito claro a grande participação que a água exerce nos ciclos biogeoquímicos; no ciclo do cálcio, como no ciclo das rochas, sua presença é de suma importância para que os ciclos possam ser reiniciados. O mecanismo que rege o ciclo do cálcio segue mais ou menos os seguintes passos. Inicialmente o CO2 atmosférico dissolve-se na água da chuva, produzindo H2CO3 .Essa solução ácida, nas águas superficiais ou subterrâneas, facilita a erosão das rochas silicatadas e provoca a liberação de Ca2+ e HCO3-, entre outros produtos, que podem ser lixiviados para o oceano. Nos oceanos, Ca2+ e HCO3– são absorvidos pelos animais que o utilizam na confecção de conchas carbonatadas, que são os principais constituintes dos seus exoesqueletos.
  • 3. Figura1: esquema para o ciclo do cálcio. Com a morte desses organismos, seus esqueletos se depositam no fundo do mar, associam-se a outros tipos de resíduos e originam uma rocha sedimentar, depois de um longo período de tempo. Esses sedimentos de fundo, rico em carbonato, participando do ciclo tectônico, podem migrar para uma zona de pressão e temperatura mais elevadas, fundindo parcialmente os carbonatos. As mudanças lentas e graduais da crosta terrestre podem fazer com que essas rochas sedimentares alcancem a superfície, completando o ciclo. 3. IMPACTOS DO USO DO CÁLCIO O impacto negativo mais evidente em decorrência do uso de Ca em excesso é o favorecimento à dispersão dos colóides do solo, já que entre muitos cátions, ele exibe menor raio iônico; essa condição favorece a formação de um raio hidratado maior, gerando o fenômeno dispersivo. A dispersão dos colóides do solo significa o desencadeamento de um processo erosivo, uma vez que ocorre a desestruturação dos agregados com o consequente preenchimento dos poros, principalmente os mesoporos e micrósporos; com isso, as condições tornam-se mais favoráveis ao escoamento superficial da água e ao arraste das partículas de solo.
  • 4. 4. REFERENCIAS Embrapa. Nutrientes Vegetais no Meio Ambiente: ciclos bioquímicos, fertilizantes e corretivos. Documentos 66. ed 2. Jaguariúna, SP 2008. Disponível em: < https://www.cnpma.embrapa.br/download/documentos_66.pdf>. Acessado em : 19/06/21 JUCZ, I. Calagem como fonte de dispersão do solo. 1987. 67p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. Portal são Francisco. Ciclo do Cálcio. Disponível em: < https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/ciclo-do-calcio>. Acessado em : 29/06/21