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GERADOR EÓLICO
Fredemar Rüncos, Engenheiro Eletricista e Físico, formado
pela UFPR, Pós-Graduação em Máquinas Elétricas Girantes
pela UFSC. Exerce a função de Gerente da Engenharia de
Produto da WEG Máquinas, onde são projetados e fabricados
Máquinas de Corrente Contínua, Máquinas Síncronas e
Máquinas Assíncronas de Grande Porte de Baixa e Alta
Tensão. Atualmente é Mestrando na área de Dispositivos
Eletromagnéticos pela UFSC.
RESUMO (ABSTRACT):
O vento é o resultado do movimento de massas de
ar ao redor da superfície da globo, provocado por
diferenças de temperatura e pressão. A energia
mecânica dessas massas de ar constitui uma imensa
fonte de energia natural que pode facilmente ser
transformada em energia elétrica através dos
geradores eólicos.
O presente trabalho mostra o funcionamento, em
regime gerador, da Máquina Assíncrona Trifásica.
O gerador é uma máquina de indução constituída
de dois enrolamentos trifásicos, um no estator e
outro no rotor.
Através de uma tensão adequadamente imposta ao
circuito rotórico, mostra-se que é possível controlar
o torque (velocidade) e o fator de potência da
máquina, funcionando como gerador.
Na parte final do presente trabalho é mostrado um
panorama da energia eólica no mundo e no Brasil e
também uma sugestão para otimização de um
sistema de energia elétrica, aproveitando
adequadamente as diversas fontes naturais de
energia disponíveis.
1. INTRODUÇÃO
Desde o início do desenvolvimento industrial, sempre
se procurou desenvolver novas tecnologias de
acionamento elétrico. Primeiro apareceu o motor de
CC, surgindo em seguida o motor síncrono. No final
do século passado foi inventado o motor assíncrono
trifásico o qual representou um grande avanço no
acionamento industrial.
Porém, cada vez mais, o desenvolvimento industrial
exigia controles mais precisos de velocidade.
Hoje, com o desenvolvimento da eletrônica e com as
novas tecnologias de fabricação de máquinas
elétricas girantes, essa necessidade industrial é
satisfatoriamente atendida. Com a competitividade é
necessário, além de bons acionamentos, se ter
acionamento com custos reduzidos.
Na área de geração elétrica não se exigia
acionamentos com variação de velocidade. A
Máquina Síncrona trabalhando num ponto com
rotação fixa, atendia a necessidade de geração
elétrica.
Porém, atualmente, com o custo da energia crescendo
e a conscientização de preservar o meio ambiente, em
todo o planeta é feita pesquisa no sentido de
desenvolver acionamentos elétricos (MÁQUINA +
ELETRÔNICA) que permitam gerar energia elétrica
em uma ampla faixa de velocidade. Esta flexibilidade
permite o aproveitamento de formas alternativas de
energia, ajudando a preservar o meio ambiente.
Na geração eólica para maximizar a
potência na turbina é necessário que
ela opere numa faixa de rotação da
ordem de ± 30% em torno da rotação
síncrona. A máquina assíncrona atende
muito bem essa exigência quando
apresenta no rotor um enrolamento
trifásico através do qual é possível se
impor uma tensão de controle.
Uma grande vantagem é que a potência
necessária do conversor é da ordem de
30% da potência nominal do gerador
reduzindo bastante o custo do conjunto
gerador + conversor.
Em geral os acionamentos elétricos
podem ser classificados como:
1.1 MÁQUINAS COM EXCITAÇÃO
ÚNICA
Esse tipo de máquina é constituído por
um enrolamento eletricamente
conectado a uma fonte de tensão que
supre a corrente necessária para a
excitação da máquina.
A esse grupo pertencem:
a) Máquinas CC de Ímã Permanente
b) Máquinas Síncrona de Ímã
Permanente
c) Máquinas de Relutância
d) Máquinas de Histerese
e) Máquinas Assíncronas com Rotor de
Gaiola
2)U( 1
A máquina CC pode ser construída de duas maneiras:
o enrolamento de excitação pode estar no rotor ou no
estator.
As quatro restantes o enrolamento de
excitação está no estator.
Das cinco máquinas desse grupo a
Máquina Assíncrona com Rotor de
Gaiola é a mais simples, mais confiável
(segura) e de menor custo.
1.2 MÁQUINAS COM DUPLA
EXCITAÇÃO
Esse tipo de máquina é constituída por dois
enrolamentos eletricamente conectados a fontes de
tensão que suprem as corrente necessárias para a
excitação da máquina.
A principal desvantagem é a necessidade de
comutadores ou anéis coletores com escovas,
exigindo constante manutenção.
Uma grande vantagem da máquina
duplamente excitada é o fato de que ela
pode trabalhar tanto em regime de
motor como em regime de gerador.
No presente trabalho, iremos estudar
a Máquina Assíncrona Trifásica com
Rotor Bobinado de Anéis Duplamente
Alimentada [MATRADA] funcionando
em regime como gerador.
2. CIRCUITO EQUIVALENTE DA MATRADA
2.1 DESCRIÇÃO DA MATRADA
A Máquina Assíncrona Trifásica Duplamente
Alimentada (MATRADA) é uma máquina com rotor
bobinado e com anéis coletores.
O enrolamento do estator é ligado diretamente na
rede, e o enrolamento do rotor é ligado através dos
anéis coletores a um conversor de freqüência com
controle vetorial.
A Figura 2.1.1 mostra o diagrama esquemático da
MATRADA.
O conversor está ligado diretamente à rede de
alimentação. Nos casos em que a tensão da rede é na
faixa de média tensão, para reduzir o custo do
conversor este pode ser ligado à rede através de um
transformador.
2.2 CIRCUITO EQUIVALENTE
Para a análise do comportamento em regime da
MATRADA iremos considerar o circuito
equivalente paralelo. A Figura 2.2.1 mostra o
circuito equivalente.
No texto adotaremos letras maiúsculas para os
parâmetros referidos ao estator e letras minúsculas
para os referidos ao rotor.
Os parâmetros do circuito equivalente, são:
Τ
3
a) Tensão de Fase do Estator
A tensão aplicada ao enrolamento do estator
é considerado de fase e é o fasor de
referência.
(2.2.1)
b) Impedância de Fase do estator
A resistência de fase do estator é referida para
140°C.
(2.2.2)
c) Impedância de Fase do Rotor
A resistência de fase do rotor é referida para
140°C.
(2.2.3)
d) Impedância Magnetizante
Através da impedância magnetizante
introduzimos a reatância magnetizante
considerada constante para qualquer
escorregamento.
(2.2.4)
e) Impedância de Perdas no Ferro do Estator
Através desta impedância introduzimos as perdas
no ferro do estator no circuito equivalente.
(2.2.5)
A resitência de perdas no ferro é
determinado por:
(2.2.6)
Onde:
Tensão no ramo magnetizante medida
nos terminais do rotor com rotor
bloqueado e o secundário (rotor)
aberto.
Perdas no ferro medido com a máquina
girando em vazio.
f) Impedâncias de Perdas no Ferro do Rotor
Esta impedância é introduzida no circuito
equivalente para levar em conta as perdas no
ferro do rotor. A MATRADA pode trabalhar com
rotações bem diferentes da nominal e nestas
rotações a perda no ferro do rotor não pode ser
desprezada.
(2.2.7)
A resistência das perdas no ferro é
determinada por:
(2.2.8)
Onde a perda no ferro do rotor é
dado por:
(2.2.9)
Onde:
Perdas no ferro medida com rotor
bloqueado e circuito secundário
aberto, aplicando-se ao estator a
tensão nominal.
g) Tensão de Fase Imposta ao Rotor
A tensão imposta ao rotor é fornecida pelo
conversor que é ligado ao enrolamento secundário
através dos anéis coletores.
(2.2.10)
Onde:
É a fase da tensão
Para referenciar as grandezas do estator para o
rotor, usamos as seguintes constantes de
transformações:
PARA A TENSÃO
(2.2.11)
PARA A CORRENTE
(2.2.12)
0
11
0UU =
)U( 1
)Z( 1
111
XjRZ +=
)Z( m
)Z( 1pfe
0jRZ 1pfe1pfe +=
)R( 1pfe
1fe
2
1
1pfe
p
E3
R =
=1
E
=1fe
p
2
2
2
Xj
s
R
Z +=
)Z( 2pfe
0j
s
R
Z 2pfe
2pf +=
)R( 2pfe
2fe
2
1
2pfe
p
E3
R =
)p( 2fe
1fefeb2fe
ppp −=
=febp
)U( 2
2U22
UU θ=
=2Uθ 2
U
1
1
e
E
ke =
ke
1
i
I
ki
2
2
==
)Z( 2
mm
Xj0Z +=
4
PARA A IMPEDÂNCIA
(2.2.13)
2.3 DIAGRAMA FASORIAL DA
MATRADA FUNCIONANDO
COMO GERADOR
Uma vez definido os parâmetros do circuito
equivalente da MATRADA é possível se desenhar o
diagrama fasorial.
Para traçar o diagrama fasorial consideramos os
seguintes fasores, todos referidos ao estator.
Tensão de Fase do Estator
(referência)
Tensão de fase imposta ao
Rotor
Tensão Magnetizante de
Fase refletida ao Estator
Tensão Magnetizante de
Fase Refletida ao Rotor
Corrente de Fase do Estator
Corrente de Fase do Rotor
Corrente de Fase do ramo
em vazio
Fluxo no Entreferro
DIAGRAMA FASORIAL GERADOR DA
MATRADA
Uma máquina assíncrona trifásica trabalha em regime
gerador quando a defasagem entre a tensão e a
corrente estatórica é em módulo maior que
90°, ou seja:
(2.3.1)
Na condição acima quando
Máquina opera como gerador, porém com fator de
potência indutivo. Quando
a máquina opera como
gerador, porém com fator de potência capacitivo.
Para a condição de gerador as potências complexas,
ativa e reativa são dados por:
A potência complexa (aparente)
(2.3.2)
A potência ativa:
(2.3.3)
A potência reativa:
(2.3.4)
Na condição da MATRADA operando como gerador
pela Equação 2.3.3 temos sempre negativa, isto
significa que a potência flui da máquina para a rede,
isto é, esta gerando energia elétrica.
Para a potência reativa temos duas situações
possíveis quando a MATRADA opera como gerador,
ou seja:
1°) (POSITIVO)
Nesta condição significa que a MATRADA
está operando como gerador com fator de
potência INDUTIVO, isto é, os reativos
fluem da rede para a MATRADA.
2°) (NEGATIVO)
Nesta condição significa que a MATRADA
está operando como gerador com fator de
potência CAPACITIVO, isto é, os reativos
fluem da MATRADA para a rede.
A Figura 2.3.1 mostra o diagrama fasorial gerador
da MATRADA, para fator de potência indutivo.
2
2
2 )ke(
z
Z
kz ==
0UU 11 =
2U22
UU θ=
1E11
EE θ=
2E22
EE θ=
1I11
II θ=
2I22
II θ=
φθΦΦ =
0I00
II θ=
°<≤° 270180 1IΘ
°<<° 18090 1IΘ
°<<° 27090 1IΘ
1
U
1
I
*
111
I.U3S =
)(CosIU3P 1I111 Θ−=
)(SenIU3Q 1I111 Θ−=
1
P
0Q1 >
0Q1 <
5
A Figura 2.3.2 mostra o diagrama fasorial gerador
da MATRADA para fator de potência capacitivo.
Na condição de FP capacitivo a máquina opera em
condições térmicas piores porque a corrente rotórica
é maior.
2.4 FUNCIONAMENTO EM REGIME
GERADOR
A MATRADA funcionando como gerador
comporta-se como um dispositivo que transforma
energia mecânica em energia elétrica.
O fluxo de potência desde o eixo da MATRADA até
a rede onde a máquina está conectada é mostrado na
Figura 2.4.1.
As potências envolvidas no diagrama da Figura 2.4.1
são:
Admitindo que a MATRADA esteja trabalhando em
regime gerador e que para uma dada rotação
ela deva entregar a rede uma potência
com um fator de potência
predeterminado, o módulo
da corrente estatórica é dada por:
(2.4.1)
Nesta condição o fasor está definido
porque conhecemos o seu módulo e seu
ângulo de fase , logo:
(2.4.2)
=1S Potência complexa gerada pelo estator da
MATRADA e que é fornecida à rede.
=2S Potência complexa que atravessa o
conversor. Esta parcela de potência pode
ser absorvida ou fornecida à rede
dependendo da condição de trabalho da
MATRADA como gerador. Portanto o
conversor que interliga o rotor à rede deve
ser bidirecional, isto é, deve permitir o
fluxo de potência ( 2S ) nos dois sentidos.
=eS Potência complexa eletromagnética que
atravessa o entreferro da MATRADA.
=eixoP Potência mecânica no eixo da
MATRADA fornecida pela
TURBINA EÓLICA.
=estp Representa as perdas
=rotp Representa as perdas
tó i
)n(
)n(P1
)n(I1
)n(I1
)n(I1
1I11 )n(I)n(I Θ=
2
I
)(CosFP 1IΘ−=
)(CosU3
)n(P
)n(I
1I1
1
1
Θ−
=
1IΘ
6
Uma vez conhecido a corrente no ramo
em vazio pode facilmente ser determinada
a partir do circuito equivalente mostrado na Figura
2.2.1., ou seja:
(2.4.3)
A impedância corresponde a impedância
equivalente do ramo em vazio.
A impedância equivalente de perdas no ferro
e dada por:
(2.4.4)
Portanto a impedância é dada por:
(2.4.5)
Finalmente conhecido e a
corrente rotórica pode ser calculada:
(2.4.6)
O conversor desempenha o importante papel de
impor a tensão aos terminais do rotor
para garantir o desempenho da MATRADA nas
condições de geração predeterminado na rotação
.
Baseado no circuito equivalente da Figura 2.2.1 a
tensão imposta pelo conversor é dada
por:
(2.4.7)
Referido ao rotor temos:
(2.4.8)
Para a rotação o escorregamento é
dado por:
(2.4.9)
Onde a rotação síncrona é função da
freqüência do estator e número de par de pólos
da MATRADA, logo:
(2.4.10)
A freqüência da tensão imposta ao rotor
para a rotação é dada por:
(2.4.11)
A corrente referida ao rotor e que flui
através do conversor é dada por:
(2.4.12)
A potência complexa que flui através do
conversor fica:
(2.4.13)
Portanto a potência ativa fica:
(2.4.14)
A potência reativa fica:
(2.4.15)
Conhecendo-se as perdas estatóricas è
possível se determinar a potência eletromagnética
que atravessa o entreferro da MATRADA
como sendo:
(2.4.16)
)n(I1
)n(Io
)n(Z
)n(IZU
)n(I
o
111
o
−
=
)n(Z0
)n(pfeZ
)n(Z0
)n(ZZ
)n(Z.Z
)n(Z
2pfe1pfe
2pfe1pfe
pfe
+
=
)n(ZZ
)n(Z.Z
)n(Z
pfem
pfem
o
+
=
)n(I1
)n(I0
)n(I2
)n(I)n(I)n(I 102 −=
)n(U2
)n(
)n(U2
)n(I)n(Z)n(I)n(ZU)n(U 221112 +−=
)n(U
ke
)n(s
)n(u 22 ⋅=
)n( )n(s
ns
nns
)n(s
−
=
ns
1
f
)p(
p
f
ns 1=
)n(f2
)n(u2
)n(
12
f)n(s)n(f =
)n(I2
)n(I
ki
1
)n(i 22 ⋅=
)n(S2
*
222
)n(i)n(u3)n(S ⋅=
)n(P2
)(Cos.)n(i)n(u3)n(P 2I2U222 ΘΘ −=
)n(Q2
)(sen.)n(i)n(u3)n(Q 2I2U222 ΘΘ −=
)p( est
)n(Se
)n(p)n(S)n(S est1e +=
7
A turbina eólica deve fornecer ao eixo da
MATRADA uma potência dada por:
(2..4.17)
Onde representam as perdas totais:
(2.4.18)
A potência líquida entregue a rede é
dado pela soma de e , ou
seja:
(2.4.19)
A MATRADA apresenta a importante característica
de operar como gerador numa ampla faixa de rotação
tanto com Fator de Potência Indutivo ou Capacitivo.
Para garantir a operação da MATRADA numa
determinada condição imposta, o conversor de
freqüência deverá impor ao circuito rotórico a
tensão dada pela Equação 2.4.8.
O objetivo desse trabalho não é mostrar a dinâmica
do funcionamento do conjunto Gerador + Conversor,
no entanto mostramos na Figura 2.4.2 o
funcionamento esquemático do Gerador e Conversor.
3. A ENERGIA EÓLICA
O desenvolvimento econômico e social de uma noção
pode ser medida pelo nível de consumo de energia
elétrica.
A energia elétrica nos dias de hoje desempenha um
papel importante na vida das pessoas.
Para garantir o desenvolvimento social contínuo além
de outros elementos básicos, a energia elétrica deve
ser abundante e de baixo custo.
Para atingir este objetivo é necessário saber explorar
os recursos energéticos naturais de forma racional e
inteligente no sentido de maximizar o seu
rendimento.
A natureza coloca a disposição do homem várias
fontes de energia primária, onde algumas são
renováveis e outras não.
Como fonte de energia renovável citamos:
Hídrica
Eólica
Biomassa
)n(Peixo
)n(p)n(P)n(P)n(P t21eixo ++=
)n(pt
)n(p)n(p)n(p rotestt +=
)n(Srede
)n(S1
)n(S2
)n(S)n(S)n(S 21rede +=
)n(u2
8
Solar
Como fonte não renovável citamos:
Gás Natural
Carvão
Petróleo
Nuclear
Devido a necessidade de preservar o meio ambiente
as fontes de energia renovável estão no centro das
atenções mundiais.
Alguns governos ao redor do planeta estão
incentivando a geração de energia elétrica a partir das
fontes de energia renováveis.
De 1994 a 1998 a força do vento foi a fonte de
energia primária que maior incentivo recebeu dos
governos apresentando o maior crescimento em
termos de geração de energia elétrica.
De acordo com a Associação Européia de Energia
Eólica (EWEA) até o ano 2020 serão instalados ao
redor do mundo um total de 1,2 milhões de
megawatts (100 ITAIPUS) em geração de energia
eólica.
Segundo Hans Bjerregard, Presidente do Fórum
Dinamarquês para Energia e Desenvolvimento, a
Dinamarca está próxima de ter 10% de suas
necessidades de eletricidade supridas pela energia
eólica. O objetivo do governo é chegar até 50% em
2030, incluindo, para tanto, a captação pioneira de
energia em alto mar.
O Brasil tem em abundância as quatro fontes de
energia renovável acima citadas.
A Hídrica e a Eólica, se apresentam em maior
quantidade e em melhores condições econômicas de
aproveitamento. A Hídrica está distribuída no país
inteiro.
Com o potencial eólico existente no Brasil,
confirmado através de medidas de vento precisas,
realizadas recentemente, é possível produzir
eletricidade a custos competitivos com centrais
termoelétricas, nucleares e hidroelétricas. Análises
dos recursos eólicos medidos em vários locais do
Brasil, mostram a possibilidade de geração elétrica
com custos da ordem de US$ 40 – US$ 60 por
MWh.
De acordo com estudos da ELETROBRÁS, o custo
da energia elétrica gerada através de novas usinas
hidroelétricas construídas na região amazônica será
bem mais alto que os custos das usinas implantadas
até hoje. Quase 70% dos projetos possíveis deverão
ter custos de geração maiores do que a energia gerada
por turbinas eólicas (ver TABELA abaixo).
Outra vantagem das centrais eólicas em relação as
usina hidroelétricas é que quase toda a área ocupada
pela central eólica pode ser utilizada (para
agricultura, pecuária, etc.) ou preservada como
habitat natural.
POTENCIAL HIDRÁULICO
EXISTENTE NA REGIÃO
AMAZÔNICA (Total = 261 GW)
CUSTO DE GERAÇÃO
ELÉTRICA PREVISTO
33% < US$ 40 / MWh
25% US$ 40 – US$ 60 / MWh
14% US$ 60 – US$ 70 / MWh
28% > US$ 70 / MWh
Custos Previstos para aGeração Elétrica na Amazônia
(Usinas Hidroelétricas Planejadas)
O Brasil poderia ter uma participação efetiva e
estratégica no mercado de geração de energia
alternativa, através de uma integração da geração
eólica com o sistema elétrico atual que é basicamente
Hídrico.
Esta integração deveria ser feita através de Geradores
Síncronos e Geradores Assíncronos (MATRADA),
ver Figura 3.1 abaixo.
O gerador (MATRADA) mostrado neste trabalho
apresenta a capacidade de trabalhar numa ampla faixa
de rotação. Esta característica permite a aplicação
deste gerador tanto em turbinas eólicas como em
turbinas hidráulicas.
Na turbina eólica ele permite a otimização da energia
do vento, devido sua flexibilidade na variação de
velocidade.
Na turbina hidráulica é possível ajustar a operação do
gerador em função da altura monométrica da água
disponível no reservatório trabalhando no ponto de
rotação onde o rendimento da turbina é máximo e
evitando a cavitação que pode danificar a turbina.
Todo kW de energia elétrica gerada por uma turbina
eólica economiza uma quantidade equivalente em
água no reservatório.
Por outro lado, o Brasil possui milhares de locais
isolados onde a eletricidade é gerada através de óleo
diesel. Apenas na região Amazônica, mais de 500
9
comunidades utilizam motogeradores diesel para a
geração elétrica com custos de geração entre US$
0,20/kWh e US$ 0,80/kWh. Turbinas eólicas
acopladas aos sistemas diesel existentes (sistema
híbridos eólico / diesel) podem propiciar uma
economia substancial em termos de consumo de
combustível, transporte, armazenamento, operação,
manutenção e logística, sem contar com a redução da
poluição ambiental.
4. CONCLUSÃO
O gerador síncrono é uma máquina excelente para
gerar energia elétrica quando a rotação da máquina
primária é fixa.
Porém, para os aproveitamentos energéticos onde a
máquina primária exige variação de velocidade, a
máquina síncrona não é a melhor solução técnica
econômica.
A máquina assíncrona é bastante versátil, robusta e
de menor custo.
Porém, para aplicação como gerador, a máquina
assíncrona de rotor de gaiola apresenta limitações.
O gerador assíncrono de rotor em gaiola apresenta-se
tecnicamente e economicamente viável para
potências menores que 800 kW.
Para potências maiores o gerador assíncrono com
rotor bobinado de anéis duplamente alimentado
(MATRADA) apresenta-se como uma solução
adequada do ponto de vista técnico e econômico.
A grande vantagem da aplicação da MATRADA em
geração eólica é o fato do conversor ser
dimensionado para uma potência da ordem de 30%
da potência nominal e de tecnologia dominada.
Outra grande vantagem é o fato de trabalhar numa
faixa de rotação desde 70% a 130% da rotação
síncrona com fator de potência controlado,
permitindo desta forma a otimização do rendimento
na conversão eletromecânica da energia.
5. BIBLIOGRAFIA
[1] B.Hopfensperger, D.J.Atlinson, “Cascaded
Brushless Doubly-Fed Machines for Variable Speed
wind Power Generation: na Overview”, Department
of Electrical and Electronic Engineering, Univertity
of Newcastle, Newcastle upon Tyne, NE1 7RU, Great
Britain.
[2] Y. Liau, “Design of A Brushless Doubly-Fed
Induction Motor for Adjustable Spees Drive
Applications”, GE-Corporate Research and
Development Center, Building K1-EP118, P. O. Box
8, Schenectady, NY 12301, USA, IEEE, 1996,
pag.850-855.
[3] M. Kostenko & L. Piotrovski, “Máquinas
Elétricas, Vol. II, Edições Lopes da Silva, Porto,
1979, Traduzido por Antônio Fernandes Magalhães,
pag. 612-621, 694-704.
[4] E. Levi, “Polyphase Motors – A Direct Approach
to Their Design”, John Wiley & Sons, Inc., 1984,
pag. 98-178.
[5] R. Richter, “Elektrische Maschinen – Die
Induktionsmaschinen”, Verlag Birkhäuser AG.,
Basel, 1954, pag. 315-358.
[6] M. Chilikin, “Electric Drive”, Mir Publishers,
Moscow, 1976, pag. 153-169.
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gere1.doc - 04/02/00

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Funcionamento da máquina assíncrona trifásica como gerador eólico

  • 1. 1 GERADOR EÓLICO Fredemar Rüncos, Engenheiro Eletricista e Físico, formado pela UFPR, Pós-Graduação em Máquinas Elétricas Girantes pela UFSC. Exerce a função de Gerente da Engenharia de Produto da WEG Máquinas, onde são projetados e fabricados Máquinas de Corrente Contínua, Máquinas Síncronas e Máquinas Assíncronas de Grande Porte de Baixa e Alta Tensão. Atualmente é Mestrando na área de Dispositivos Eletromagnéticos pela UFSC. RESUMO (ABSTRACT): O vento é o resultado do movimento de massas de ar ao redor da superfície da globo, provocado por diferenças de temperatura e pressão. A energia mecânica dessas massas de ar constitui uma imensa fonte de energia natural que pode facilmente ser transformada em energia elétrica através dos geradores eólicos. O presente trabalho mostra o funcionamento, em regime gerador, da Máquina Assíncrona Trifásica. O gerador é uma máquina de indução constituída de dois enrolamentos trifásicos, um no estator e outro no rotor. Através de uma tensão adequadamente imposta ao circuito rotórico, mostra-se que é possível controlar o torque (velocidade) e o fator de potência da máquina, funcionando como gerador. Na parte final do presente trabalho é mostrado um panorama da energia eólica no mundo e no Brasil e também uma sugestão para otimização de um sistema de energia elétrica, aproveitando adequadamente as diversas fontes naturais de energia disponíveis. 1. INTRODUÇÃO Desde o início do desenvolvimento industrial, sempre se procurou desenvolver novas tecnologias de acionamento elétrico. Primeiro apareceu o motor de CC, surgindo em seguida o motor síncrono. No final do século passado foi inventado o motor assíncrono trifásico o qual representou um grande avanço no acionamento industrial. Porém, cada vez mais, o desenvolvimento industrial exigia controles mais precisos de velocidade. Hoje, com o desenvolvimento da eletrônica e com as novas tecnologias de fabricação de máquinas elétricas girantes, essa necessidade industrial é satisfatoriamente atendida. Com a competitividade é necessário, além de bons acionamentos, se ter acionamento com custos reduzidos. Na área de geração elétrica não se exigia acionamentos com variação de velocidade. A Máquina Síncrona trabalhando num ponto com rotação fixa, atendia a necessidade de geração elétrica. Porém, atualmente, com o custo da energia crescendo e a conscientização de preservar o meio ambiente, em todo o planeta é feita pesquisa no sentido de desenvolver acionamentos elétricos (MÁQUINA + ELETRÔNICA) que permitam gerar energia elétrica em uma ampla faixa de velocidade. Esta flexibilidade permite o aproveitamento de formas alternativas de energia, ajudando a preservar o meio ambiente. Na geração eólica para maximizar a potência na turbina é necessário que ela opere numa faixa de rotação da ordem de ± 30% em torno da rotação síncrona. A máquina assíncrona atende muito bem essa exigência quando apresenta no rotor um enrolamento trifásico através do qual é possível se impor uma tensão de controle. Uma grande vantagem é que a potência necessária do conversor é da ordem de 30% da potência nominal do gerador reduzindo bastante o custo do conjunto gerador + conversor. Em geral os acionamentos elétricos podem ser classificados como: 1.1 MÁQUINAS COM EXCITAÇÃO ÚNICA Esse tipo de máquina é constituído por um enrolamento eletricamente conectado a uma fonte de tensão que supre a corrente necessária para a excitação da máquina. A esse grupo pertencem: a) Máquinas CC de Ímã Permanente b) Máquinas Síncrona de Ímã Permanente c) Máquinas de Relutância d) Máquinas de Histerese e) Máquinas Assíncronas com Rotor de Gaiola
  • 2. 2)U( 1 A máquina CC pode ser construída de duas maneiras: o enrolamento de excitação pode estar no rotor ou no estator. As quatro restantes o enrolamento de excitação está no estator. Das cinco máquinas desse grupo a Máquina Assíncrona com Rotor de Gaiola é a mais simples, mais confiável (segura) e de menor custo. 1.2 MÁQUINAS COM DUPLA EXCITAÇÃO Esse tipo de máquina é constituída por dois enrolamentos eletricamente conectados a fontes de tensão que suprem as corrente necessárias para a excitação da máquina. A principal desvantagem é a necessidade de comutadores ou anéis coletores com escovas, exigindo constante manutenção. Uma grande vantagem da máquina duplamente excitada é o fato de que ela pode trabalhar tanto em regime de motor como em regime de gerador. No presente trabalho, iremos estudar a Máquina Assíncrona Trifásica com Rotor Bobinado de Anéis Duplamente Alimentada [MATRADA] funcionando em regime como gerador. 2. CIRCUITO EQUIVALENTE DA MATRADA 2.1 DESCRIÇÃO DA MATRADA A Máquina Assíncrona Trifásica Duplamente Alimentada (MATRADA) é uma máquina com rotor bobinado e com anéis coletores. O enrolamento do estator é ligado diretamente na rede, e o enrolamento do rotor é ligado através dos anéis coletores a um conversor de freqüência com controle vetorial. A Figura 2.1.1 mostra o diagrama esquemático da MATRADA. O conversor está ligado diretamente à rede de alimentação. Nos casos em que a tensão da rede é na faixa de média tensão, para reduzir o custo do conversor este pode ser ligado à rede através de um transformador. 2.2 CIRCUITO EQUIVALENTE Para a análise do comportamento em regime da MATRADA iremos considerar o circuito equivalente paralelo. A Figura 2.2.1 mostra o circuito equivalente. No texto adotaremos letras maiúsculas para os parâmetros referidos ao estator e letras minúsculas para os referidos ao rotor. Os parâmetros do circuito equivalente, são: Τ
  • 3. 3 a) Tensão de Fase do Estator A tensão aplicada ao enrolamento do estator é considerado de fase e é o fasor de referência. (2.2.1) b) Impedância de Fase do estator A resistência de fase do estator é referida para 140°C. (2.2.2) c) Impedância de Fase do Rotor A resistência de fase do rotor é referida para 140°C. (2.2.3) d) Impedância Magnetizante Através da impedância magnetizante introduzimos a reatância magnetizante considerada constante para qualquer escorregamento. (2.2.4) e) Impedância de Perdas no Ferro do Estator Através desta impedância introduzimos as perdas no ferro do estator no circuito equivalente. (2.2.5) A resitência de perdas no ferro é determinado por: (2.2.6) Onde: Tensão no ramo magnetizante medida nos terminais do rotor com rotor bloqueado e o secundário (rotor) aberto. Perdas no ferro medido com a máquina girando em vazio. f) Impedâncias de Perdas no Ferro do Rotor Esta impedância é introduzida no circuito equivalente para levar em conta as perdas no ferro do rotor. A MATRADA pode trabalhar com rotações bem diferentes da nominal e nestas rotações a perda no ferro do rotor não pode ser desprezada. (2.2.7) A resistência das perdas no ferro é determinada por: (2.2.8) Onde a perda no ferro do rotor é dado por: (2.2.9) Onde: Perdas no ferro medida com rotor bloqueado e circuito secundário aberto, aplicando-se ao estator a tensão nominal. g) Tensão de Fase Imposta ao Rotor A tensão imposta ao rotor é fornecida pelo conversor que é ligado ao enrolamento secundário através dos anéis coletores. (2.2.10) Onde: É a fase da tensão Para referenciar as grandezas do estator para o rotor, usamos as seguintes constantes de transformações: PARA A TENSÃO (2.2.11) PARA A CORRENTE (2.2.12) 0 11 0UU = )U( 1 )Z( 1 111 XjRZ += )Z( m )Z( 1pfe 0jRZ 1pfe1pfe += )R( 1pfe 1fe 2 1 1pfe p E3 R = =1 E =1fe p 2 2 2 Xj s R Z += )Z( 2pfe 0j s R Z 2pfe 2pf += )R( 2pfe 2fe 2 1 2pfe p E3 R = )p( 2fe 1fefeb2fe ppp −= =febp )U( 2 2U22 UU θ= =2Uθ 2 U 1 1 e E ke = ke 1 i I ki 2 2 == )Z( 2 mm Xj0Z +=
  • 4. 4 PARA A IMPEDÂNCIA (2.2.13) 2.3 DIAGRAMA FASORIAL DA MATRADA FUNCIONANDO COMO GERADOR Uma vez definido os parâmetros do circuito equivalente da MATRADA é possível se desenhar o diagrama fasorial. Para traçar o diagrama fasorial consideramos os seguintes fasores, todos referidos ao estator. Tensão de Fase do Estator (referência) Tensão de fase imposta ao Rotor Tensão Magnetizante de Fase refletida ao Estator Tensão Magnetizante de Fase Refletida ao Rotor Corrente de Fase do Estator Corrente de Fase do Rotor Corrente de Fase do ramo em vazio Fluxo no Entreferro DIAGRAMA FASORIAL GERADOR DA MATRADA Uma máquina assíncrona trifásica trabalha em regime gerador quando a defasagem entre a tensão e a corrente estatórica é em módulo maior que 90°, ou seja: (2.3.1) Na condição acima quando Máquina opera como gerador, porém com fator de potência indutivo. Quando a máquina opera como gerador, porém com fator de potência capacitivo. Para a condição de gerador as potências complexas, ativa e reativa são dados por: A potência complexa (aparente) (2.3.2) A potência ativa: (2.3.3) A potência reativa: (2.3.4) Na condição da MATRADA operando como gerador pela Equação 2.3.3 temos sempre negativa, isto significa que a potência flui da máquina para a rede, isto é, esta gerando energia elétrica. Para a potência reativa temos duas situações possíveis quando a MATRADA opera como gerador, ou seja: 1°) (POSITIVO) Nesta condição significa que a MATRADA está operando como gerador com fator de potência INDUTIVO, isto é, os reativos fluem da rede para a MATRADA. 2°) (NEGATIVO) Nesta condição significa que a MATRADA está operando como gerador com fator de potência CAPACITIVO, isto é, os reativos fluem da MATRADA para a rede. A Figura 2.3.1 mostra o diagrama fasorial gerador da MATRADA, para fator de potência indutivo. 2 2 2 )ke( z Z kz == 0UU 11 = 2U22 UU θ= 1E11 EE θ= 2E22 EE θ= 1I11 II θ= 2I22 II θ= φθΦΦ = 0I00 II θ= °<≤° 270180 1IΘ °<<° 18090 1IΘ °<<° 27090 1IΘ 1 U 1 I * 111 I.U3S = )(CosIU3P 1I111 Θ−= )(SenIU3Q 1I111 Θ−= 1 P 0Q1 > 0Q1 <
  • 5. 5 A Figura 2.3.2 mostra o diagrama fasorial gerador da MATRADA para fator de potência capacitivo. Na condição de FP capacitivo a máquina opera em condições térmicas piores porque a corrente rotórica é maior. 2.4 FUNCIONAMENTO EM REGIME GERADOR A MATRADA funcionando como gerador comporta-se como um dispositivo que transforma energia mecânica em energia elétrica. O fluxo de potência desde o eixo da MATRADA até a rede onde a máquina está conectada é mostrado na Figura 2.4.1. As potências envolvidas no diagrama da Figura 2.4.1 são: Admitindo que a MATRADA esteja trabalhando em regime gerador e que para uma dada rotação ela deva entregar a rede uma potência com um fator de potência predeterminado, o módulo da corrente estatórica é dada por: (2.4.1) Nesta condição o fasor está definido porque conhecemos o seu módulo e seu ângulo de fase , logo: (2.4.2) =1S Potência complexa gerada pelo estator da MATRADA e que é fornecida à rede. =2S Potência complexa que atravessa o conversor. Esta parcela de potência pode ser absorvida ou fornecida à rede dependendo da condição de trabalho da MATRADA como gerador. Portanto o conversor que interliga o rotor à rede deve ser bidirecional, isto é, deve permitir o fluxo de potência ( 2S ) nos dois sentidos. =eS Potência complexa eletromagnética que atravessa o entreferro da MATRADA. =eixoP Potência mecânica no eixo da MATRADA fornecida pela TURBINA EÓLICA. =estp Representa as perdas =rotp Representa as perdas tó i )n( )n(P1 )n(I1 )n(I1 )n(I1 1I11 )n(I)n(I Θ= 2 I )(CosFP 1IΘ−= )(CosU3 )n(P )n(I 1I1 1 1 Θ− = 1IΘ
  • 6. 6 Uma vez conhecido a corrente no ramo em vazio pode facilmente ser determinada a partir do circuito equivalente mostrado na Figura 2.2.1., ou seja: (2.4.3) A impedância corresponde a impedância equivalente do ramo em vazio. A impedância equivalente de perdas no ferro e dada por: (2.4.4) Portanto a impedância é dada por: (2.4.5) Finalmente conhecido e a corrente rotórica pode ser calculada: (2.4.6) O conversor desempenha o importante papel de impor a tensão aos terminais do rotor para garantir o desempenho da MATRADA nas condições de geração predeterminado na rotação . Baseado no circuito equivalente da Figura 2.2.1 a tensão imposta pelo conversor é dada por: (2.4.7) Referido ao rotor temos: (2.4.8) Para a rotação o escorregamento é dado por: (2.4.9) Onde a rotação síncrona é função da freqüência do estator e número de par de pólos da MATRADA, logo: (2.4.10) A freqüência da tensão imposta ao rotor para a rotação é dada por: (2.4.11) A corrente referida ao rotor e que flui através do conversor é dada por: (2.4.12) A potência complexa que flui através do conversor fica: (2.4.13) Portanto a potência ativa fica: (2.4.14) A potência reativa fica: (2.4.15) Conhecendo-se as perdas estatóricas è possível se determinar a potência eletromagnética que atravessa o entreferro da MATRADA como sendo: (2.4.16) )n(I1 )n(Io )n(Z )n(IZU )n(I o 111 o − = )n(Z0 )n(pfeZ )n(Z0 )n(ZZ )n(Z.Z )n(Z 2pfe1pfe 2pfe1pfe pfe + = )n(ZZ )n(Z.Z )n(Z pfem pfem o + = )n(I1 )n(I0 )n(I2 )n(I)n(I)n(I 102 −= )n(U2 )n( )n(U2 )n(I)n(Z)n(I)n(ZU)n(U 221112 +−= )n(U ke )n(s )n(u 22 ⋅= )n( )n(s ns nns )n(s − = ns 1 f )p( p f ns 1= )n(f2 )n(u2 )n( 12 f)n(s)n(f = )n(I2 )n(I ki 1 )n(i 22 ⋅= )n(S2 * 222 )n(i)n(u3)n(S ⋅= )n(P2 )(Cos.)n(i)n(u3)n(P 2I2U222 ΘΘ −= )n(Q2 )(sen.)n(i)n(u3)n(Q 2I2U222 ΘΘ −= )p( est )n(Se )n(p)n(S)n(S est1e +=
  • 7. 7 A turbina eólica deve fornecer ao eixo da MATRADA uma potência dada por: (2..4.17) Onde representam as perdas totais: (2.4.18) A potência líquida entregue a rede é dado pela soma de e , ou seja: (2.4.19) A MATRADA apresenta a importante característica de operar como gerador numa ampla faixa de rotação tanto com Fator de Potência Indutivo ou Capacitivo. Para garantir a operação da MATRADA numa determinada condição imposta, o conversor de freqüência deverá impor ao circuito rotórico a tensão dada pela Equação 2.4.8. O objetivo desse trabalho não é mostrar a dinâmica do funcionamento do conjunto Gerador + Conversor, no entanto mostramos na Figura 2.4.2 o funcionamento esquemático do Gerador e Conversor. 3. A ENERGIA EÓLICA O desenvolvimento econômico e social de uma noção pode ser medida pelo nível de consumo de energia elétrica. A energia elétrica nos dias de hoje desempenha um papel importante na vida das pessoas. Para garantir o desenvolvimento social contínuo além de outros elementos básicos, a energia elétrica deve ser abundante e de baixo custo. Para atingir este objetivo é necessário saber explorar os recursos energéticos naturais de forma racional e inteligente no sentido de maximizar o seu rendimento. A natureza coloca a disposição do homem várias fontes de energia primária, onde algumas são renováveis e outras não. Como fonte de energia renovável citamos: Hídrica Eólica Biomassa )n(Peixo )n(p)n(P)n(P)n(P t21eixo ++= )n(pt )n(p)n(p)n(p rotestt += )n(Srede )n(S1 )n(S2 )n(S)n(S)n(S 21rede += )n(u2
  • 8. 8 Solar Como fonte não renovável citamos: Gás Natural Carvão Petróleo Nuclear Devido a necessidade de preservar o meio ambiente as fontes de energia renovável estão no centro das atenções mundiais. Alguns governos ao redor do planeta estão incentivando a geração de energia elétrica a partir das fontes de energia renováveis. De 1994 a 1998 a força do vento foi a fonte de energia primária que maior incentivo recebeu dos governos apresentando o maior crescimento em termos de geração de energia elétrica. De acordo com a Associação Européia de Energia Eólica (EWEA) até o ano 2020 serão instalados ao redor do mundo um total de 1,2 milhões de megawatts (100 ITAIPUS) em geração de energia eólica. Segundo Hans Bjerregard, Presidente do Fórum Dinamarquês para Energia e Desenvolvimento, a Dinamarca está próxima de ter 10% de suas necessidades de eletricidade supridas pela energia eólica. O objetivo do governo é chegar até 50% em 2030, incluindo, para tanto, a captação pioneira de energia em alto mar. O Brasil tem em abundância as quatro fontes de energia renovável acima citadas. A Hídrica e a Eólica, se apresentam em maior quantidade e em melhores condições econômicas de aproveitamento. A Hídrica está distribuída no país inteiro. Com o potencial eólico existente no Brasil, confirmado através de medidas de vento precisas, realizadas recentemente, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas. Análises dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil, mostram a possibilidade de geração elétrica com custos da ordem de US$ 40 – US$ 60 por MWh. De acordo com estudos da ELETROBRÁS, o custo da energia elétrica gerada através de novas usinas hidroelétricas construídas na região amazônica será bem mais alto que os custos das usinas implantadas até hoje. Quase 70% dos projetos possíveis deverão ter custos de geração maiores do que a energia gerada por turbinas eólicas (ver TABELA abaixo). Outra vantagem das centrais eólicas em relação as usina hidroelétricas é que quase toda a área ocupada pela central eólica pode ser utilizada (para agricultura, pecuária, etc.) ou preservada como habitat natural. POTENCIAL HIDRÁULICO EXISTENTE NA REGIÃO AMAZÔNICA (Total = 261 GW) CUSTO DE GERAÇÃO ELÉTRICA PREVISTO 33% < US$ 40 / MWh 25% US$ 40 – US$ 60 / MWh 14% US$ 60 – US$ 70 / MWh 28% > US$ 70 / MWh Custos Previstos para aGeração Elétrica na Amazônia (Usinas Hidroelétricas Planejadas) O Brasil poderia ter uma participação efetiva e estratégica no mercado de geração de energia alternativa, através de uma integração da geração eólica com o sistema elétrico atual que é basicamente Hídrico. Esta integração deveria ser feita através de Geradores Síncronos e Geradores Assíncronos (MATRADA), ver Figura 3.1 abaixo. O gerador (MATRADA) mostrado neste trabalho apresenta a capacidade de trabalhar numa ampla faixa de rotação. Esta característica permite a aplicação deste gerador tanto em turbinas eólicas como em turbinas hidráulicas. Na turbina eólica ele permite a otimização da energia do vento, devido sua flexibilidade na variação de velocidade. Na turbina hidráulica é possível ajustar a operação do gerador em função da altura monométrica da água disponível no reservatório trabalhando no ponto de rotação onde o rendimento da turbina é máximo e evitando a cavitação que pode danificar a turbina. Todo kW de energia elétrica gerada por uma turbina eólica economiza uma quantidade equivalente em água no reservatório. Por outro lado, o Brasil possui milhares de locais isolados onde a eletricidade é gerada através de óleo diesel. Apenas na região Amazônica, mais de 500
  • 9. 9 comunidades utilizam motogeradores diesel para a geração elétrica com custos de geração entre US$ 0,20/kWh e US$ 0,80/kWh. Turbinas eólicas acopladas aos sistemas diesel existentes (sistema híbridos eólico / diesel) podem propiciar uma economia substancial em termos de consumo de combustível, transporte, armazenamento, operação, manutenção e logística, sem contar com a redução da poluição ambiental. 4. CONCLUSÃO O gerador síncrono é uma máquina excelente para gerar energia elétrica quando a rotação da máquina primária é fixa. Porém, para os aproveitamentos energéticos onde a máquina primária exige variação de velocidade, a máquina síncrona não é a melhor solução técnica econômica. A máquina assíncrona é bastante versátil, robusta e de menor custo. Porém, para aplicação como gerador, a máquina assíncrona de rotor de gaiola apresenta limitações. O gerador assíncrono de rotor em gaiola apresenta-se tecnicamente e economicamente viável para potências menores que 800 kW. Para potências maiores o gerador assíncrono com rotor bobinado de anéis duplamente alimentado (MATRADA) apresenta-se como uma solução adequada do ponto de vista técnico e econômico. A grande vantagem da aplicação da MATRADA em geração eólica é o fato do conversor ser dimensionado para uma potência da ordem de 30% da potência nominal e de tecnologia dominada. Outra grande vantagem é o fato de trabalhar numa faixa de rotação desde 70% a 130% da rotação síncrona com fator de potência controlado, permitindo desta forma a otimização do rendimento na conversão eletromecânica da energia. 5. BIBLIOGRAFIA [1] B.Hopfensperger, D.J.Atlinson, “Cascaded Brushless Doubly-Fed Machines for Variable Speed wind Power Generation: na Overview”, Department of Electrical and Electronic Engineering, Univertity of Newcastle, Newcastle upon Tyne, NE1 7RU, Great Britain. [2] Y. Liau, “Design of A Brushless Doubly-Fed Induction Motor for Adjustable Spees Drive Applications”, GE-Corporate Research and Development Center, Building K1-EP118, P. O. Box 8, Schenectady, NY 12301, USA, IEEE, 1996, pag.850-855. [3] M. Kostenko & L. Piotrovski, “Máquinas Elétricas, Vol. II, Edições Lopes da Silva, Porto, 1979, Traduzido por Antônio Fernandes Magalhães, pag. 612-621, 694-704. [4] E. Levi, “Polyphase Motors – A Direct Approach to Their Design”, John Wiley & Sons, Inc., 1984, pag. 98-178. [5] R. Richter, “Elektrische Maschinen – Die Induktionsmaschinen”, Verlag Birkhäuser AG., Basel, 1954, pag. 315-358. [6] M. Chilikin, “Electric Drive”, Mir Publishers, Moscow, 1976, pag. 153-169. WMADMN1DATDEPTOFREDEMARMATDATextoTr- gere1.doc - 04/02/00