O documento resume os resultados financeiros da empresa no 3T08, com destaque para:
1) Geração de energia 16,3% maior que a assegurada, com EBITDA de R$333,7 milhões e lucro líquido de R$187,7 milhões
2) Pagamento de dividendos no valor de R$187,7 milhões, correspondentes a 100% do lucro líquido
3) Investimentos de R$35,4 milhões no 9M08, com foco em manutenção e novas pequenas centrais hidrelétricas
11. Resultados do 3T08 Declarações contidas neste documento, relativas à perspectiva dos negócios, às projeções de resultados operacionais e financeiros e ao potencial de crescimento das Empresas, constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro das Empresas. Essas expectativas são altamente dependentes de mudanças no mercado, do desempenho econômico do Brasil, do setor elétrico e do mercado internacional, estando, portanto, sujeitas a mudanças.
Notas do Editor
Britaldo Boa tarde a todos. Estou em companhia de nosso VP Financeiro, Alexandre Innecco, da equipe de RI e mais alguns executivos da nossa Companhia , para darmos inicio à teleconferência para apresentação dos resultados do 3o trimestre de 2008 da AES Tietê. Começarei pelos destaques e, em seguida, passarei a palavra ao Alexandre, que dará continuidade à apresentação.
Britaldo Passando ao slide de destaques, a geração de energia da AES Tietê superou em 16% sua capacidade assegurada nesse trimestre. No terceiro trimestre desse ano, a Companhia apresentou um Ebitda de aproximadamente R$ 334 milhões, 20,6% superior ao mesmo trimestre do ano passado. O lucro líquido de R$ 188 milhões foi 33% maior que o 3º trimestre do ano passado. Seguindo nossa prática de distribuição de proventos, a Companhia distribuiu a totalidade do lucro do 2º trimestre e efetuará, a partir de 27 de novembro, o pagamento da totalidade do lucro obtido no 3º trimestre de 2008. Os R$187,7 milhões de lucro gerado correspondem à R$ 0,47 por ação ON e R$ 0,52 por ação PN. A Tietê foi eleita uma das 20 empresas modelo do Guia de Sustentabilidade e também foi eleita uma das 150 melhores empresas para se trabalhar segundo a Revista S.A e Exame. Estes prêmios são fruto do cumprimento das diretrizes estratégicas que a AES Tietê tem seguido. Para darmos continuidade à apresentação, passo a palavra ao Alexandre Innecco.
Alexandre Boa tarde à todos. Passando para o slide 3, vamos falar sobre o balanço energético. Considerando os 9 primeiros meses desse ano, a geração da AES Tietê superou em 24% a energia assegurada. Quanto ao volume de energia gerada, foi observada nos 9 primeiros meses desse ano uma redução de 1,0% comparando com o mesmo período do ano passado. Isto se deu em função da estratégia operacional da ONS, acarretando a redução no volume de energia alocado no CCEE e no MRE. No gráfico do lado direito, temos a distribuição do volume de energia vendido pela Tietê. Observamos que comparando os 9 meses de 2008 com os 9 meses de 2007, houve um menor volume de energia destinado ao CCEE e ao MRE. Em julho de 2008, o Contrato Bilateral com a Eletropaulo foi reajustado para R$149,72/MWh em função da variação de 13,44% do IGP-M no período. A tarifa de venda no MRE foi de R$ 7,77/MWh, enquanto o preço médio da CCEE para a região sudeste foi de R$ 107,05/MWh.
Alexandre No slide 4, vemos que os investimentos somaram 16,9 milhões no 3º trimestre de 2008, dos quais foram gastos: (i) R$ 10 milhões em manutenção, principalmente em obras nas usinas Nova Avanhandava, Limoeiro e Ibitinga; (ii) R$ 5 milhões na construção das novas PCH’s no interior do Estado de São Paulo e nas PCH´s do Rio de Janeiro; e (iii) R$ 1,5 milhão em projetos de meio ambiente. Considerando os 9 primeiros meses do ano, os investimentos somaram R$ 35,4 milhões. Nossas estimativas de investimentos para 2008 foram reduzidas de R$ 85,9 milhões, divulgados no trimestre passado, para R$ 65,7 milhões. A redução decorre principalmente da postergação de investimentos na construção das 3 PCH’s localizadas no interior do Estado do Rio de Janeiro, cujas obras só poderão ter inicio após a obtenção da licença de supressão vegetal. O pedido desta licença foi protocolado em junho de 2007 e desde então a Companhia vem realizando em conjunto com a Fundação Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro novos estudos criteriosos acerca da região onde serão construídas as PCH’s com o intuito de assegurar a preservação do patrimônio ambiental e o desenvolvimento sustentável do projeto.
Alexandre Passando para o slide seguinte, a AES Tietê tem mantido conversas com a Aneel e com o governo do estado de São Paulo com o intuito de adequar a obrigação à nova realidade de forma a encontrar uma maneira de viabilizar o seu cumprimento. A ANEEL indicou, em agosto, que irá se reservar ao papel de órgão fiscalizador, monitorando o futuro acordo de extensão de prazo entre a AES Tietê e o Governo de São Paulo. Além disto, contratamos uma consultoria especializada que avaliou as possibilidades de expansão da geração de energia no estado. Nossa equipe técnica analisa, atualmente, a viabilidade econômica dos projetos disponíveis. Estamos também revendo, em conjunto com uma consultoria, a possibilidade de aumento da nossa energia assegurada. Embora ainda não tenhamos um desfecho para a situação, a Companhia tem discutido de maneira produtiva com diferentes órgãos do governo, oportunidades relacionadas a exploração de potenciais hidrelétricos, como PCH`s, oportunidades de co-geração e de fontes alternativas. Ainda não podemos acrescentar novidades sobre os projetos que estão sendo analisados, porém aqueles relacionados à PCH’s e oportunidades de co-geração de biomassa tem se mostrado como as alternativas mais interessantes. Quaisquer novidades sobre este assunto comunicaremos o mercado.
Alexandre No próximo slide, abordaremos os resultados da Companhia. Do lado esquerdo, percebemos o aumento de receita bruta em 17,6% e um aumento de 16,2% na receita líquida no 3T08 vs o 3T07. O bom desempenho das receitas no 3T08 podem ser explicados (i) pelo reajuste de 13,44% no preço de energia vendida por meio do Contrato com a Eletropaulo, em julho de 2008, e (ii) pelo crescimento de R$ 2,2 milhões em função do maior volume e preço de venda na CCEE, 74 GWh ao preço médio de R$ 107,05/MWh, no 3T08, ante 35 GWh ao preço médio de R$ 103,80/MWh no 3T07. Quando observamos os 9 primeiros meses do ano, é valido observar que no 1T07 a AES Tietê estava no regime cumulativo de PIS/Cofins, e portanto, na comparação com o trimestre atual, o gráfico aponta para redução nas deduções sobre as vendas entre os períodos comparados. Do lado direito, temos o gráfico de custos e despesas operacionais. O aumento de 1,8% nos custos, reflete basicamente o aumento de R$ 2,4 milhões nos custos com energia comprada para revenda. Este aumento foi compensado pela reversão de provisão trabalhista no valor de R$ 1,6 milhão, referente ao acordo firmado entre AES Tietê e o Sindicato dos Trabalhadores no valor referente a R$ 0,9 milhão, cujo mérito era relacionado a pagamentos de integração do adicional de turno na base de cálculo do adicional de periculosidade.
Alexandre No gráfico do EBITDA, slide 7, podemos observar como as variações nas receitas e despesas afetaram o Ebitda da Companhia. Na comparação com o 3T07 o Ebitda apresentou um crescimento de 20,6%, conforme já comentado pelo Britaldo. O aumento de R$ 57,1 milhões é explicado pelo crescimento das receitas e da manutenção do patamar dos custos.
Alexandre Com relação ao resultado financeiro da AES Tietê, no slide 8, observamos um resultado líquido negativo de R$ 34 milhões no trimestre, representando uma redução nas despesas financeiras líquidas de 28%. O aumento da receita financeira explica esse resultado, que foi devido ao maior saldo médio de aplicações financeiras e pelo efeito da elevação da Selic. No gráfico à direita, temos o lucro líquido da AES Tietê, que apresentou uma variação positiva de 33%, passando de R$ 141 milhões no 3T07 para R$ 188 milhões no 3T08. Seguindo as praticas de distribuição de proventos que viemos adotando, a AES Tietê distribuirá a totalidade do lucro obtido neste trimestre na forma de dividendos a partir do dia 27 de novembro.
Alexandre No slide 9, observamos que o saldo de caixa consolidado da AES Tietê era de R$ 788 milhões em 30 de setembro de 2008. O fluxo de caixa livre do 3T08 foi positivo em R$ 110 milhões devido à forte geração de caixa da companhia neste trimestre e menor pagamento de dividendos comparativamente ao 2T08, quando se realizaram os desembolsos referentes aos proventos do 4T07 e 1T08. O montante de desembolsos com investimentos no trimestre é explicado, sobretudo, pelos gastos com as obras de construção das PCHs São José e São Joaquim, no rio Jaguari-Mirim, estado de São Paulo.
Alexandre No slide 10, temos o gráfico de dívida liquida da Companhia. A AES Tietê permanece com baixo nível de endividamento. No encerramento do trimestre a dívida líquida correspondia à 0,4x o Ebitda, sendo seu principal contrato uma assunção de dívida com a Eletrobrás, com encargos financeiros atrelados ao IGP-M +10% ao ano. O aumento nas disponibilidades da Companhia, de R$ 593 milhões, em junho de 2007, para R$ 788 milhões, em junho de 2008, é a principal explicação da redução do indicador divida líquida/Ebitda. Ainda sobre as disponibilidades da AES Tietê, continuamos concentrados em aplicações de curto prazo e com rentabilidade média em torno de 102,3% do CDI. Passo a palavra para o Britaldo, que fará as considerações finais.
Britaldo Antes de seguirmos para a sessão de perguntas e respostas, gostaria de ressaltar que diante do novo cenário da economia, a AES Tietê está em uma situação confortável de caixa e de nível de endividamento. Agradeço a todos por acompanharem a divulgação dos resultados de mais um trimestre da AES Tietê e a partir de agora ficamos a disposição para a sessão de perguntas e respostas. Obrigado.