Algumas empresas gostam de funcionários meia-boca, também conhecido como: Severino - O quebra galho (Zorra Total), Bombril por causa da suas mil e uma utilidades (propaganda é a alma do negócio) e dentre outras variáveis multiuso. Mas por quê?

1. Meia-boca VS Especialista: E agora?
“O pato anda,voa e nada.Anda mal, voa mal e nada mal.”
Algumas empresas gostam de funcionários meia-boca, também conhecido como:
Severino - O quebra galho (Zorra Total), Bombril por causa da suas mil e uma utilidades
(propagandaé a alma do negócio) e dentre outrasvariáveismultiuso.Maspor quê?
Quandodigo“algumasempresas”,me refiro aorganizaçõesprivadas,geralmente,micro
e pequenas, com mentalidade menores ainda e que acreditam que um funcionário faz-tudo é
“maisbarato” do que um especialista daárea.
Gostaria de deixar claro que quando me refiro a um especialista que cada área, não
significaque apessoadevefazere sabersomente sobrealgumsegmento,acreditoque devater
ramificaçõesemoutrasáreas,mas,emuma, essasimele oueladeveser“OCara”,aquelepessoa
que, quando surge o assunto em uma reunião, ela seja ouvida com respeito, por que tem
autoridade parafalarsobre determinado segmento.
A empresa que pensa e prioriza somente gastos, gastos e gastos, dificilmente vai
conseguir visualizar o ROI – return on investiment (retorno do investimento) em contratar um
profissional capacitado em algum segmento específico com um remuneração dígna, optando
assim,emcontrataruma pessoamenoscapacitada e comumaremuneraçãomaisbaixa,que irá
atuar em várias áreas da organização, mas.... que pode deixar resultadosmeia-boca em vários
departamentos.Vamosexemplificar:
A empresa Folia Festas e Eventos (nome fictício) está indobem, iniciando seu terceiro
ano(Ah, crescimentodesordenadoé perigoso!)de atividades comresultadospositivose quatro
funcionários (fictíciostambém):Maria,Joana,Felipe e Carlos.Comoo crescimento geralmente
exige demandae investimentos,opessoal estásobrecarregadoporquetodosfazemde tudo(Já
ouviu aquele ditado: “cachorro com dois donos, morre de fome”?), e então será necessário
contratar maisum colaborador,vejamos duasalternativas:

2. a) Contratar umapessoaque irá fazerde tudo e ser um “coringa”.
b) Contratar umapessoaque é especialistaemalgumseguimento.
Faça sua escolha,masvoucomentaras duas.
Alternativa “a”: um “coringa”, Fernando, R$ 1.000,00/mês (nome e salário fictício OK,
não zoemseucolegade trabalhoembasadoneste artigo!).A empresaestásobrecarregadae irá
dividir as tarefas com o novo integrante (da equipe ou do grupo?). Matematicamente, cada
funcionárioterásua carga reduzidaem25%, e como são quatro (4 x 25% = 100 % para o nosso
novo “coringa”).Ah não, coitado,mal chegou e já está sobrecarregado,vamosfazeruma nova
matemáticaonde aredução dacargadosatuaiscolaboradoresseráde 20%,neste casotudofica
equilibrado (20+ 20 + 20 +20 = 80% para o novato) e todosficamfelizes.
Então vem o dia-a-dia, todos fazem vendas, atendimento ao cliente, atendem
telefonemas variados, recebemcontas,todosfazemde tudo.Logo,estarãosobrecarregados,e
aindacorre o riscode ficaramdesmotivados,poisnãosaemdolugare não crescem.
Comotodosfazemde tudoumpouco,as vezespode ficaralgoimportante semfazerou
serfeitosema qualidade esperada,vejamos umasituaçãohipotética:
Maria está digitando os dados de uma nota fiscal de compra em seu sistema interno,
onde ela irá acompanhar informações importantes como preço de compra, tributação,
composição de preço de venda, distribuição em centro de custos, etc; de repente, por algum
motivo, começa dar errado alguma coisa no processo, e ela fica pensando em como resolver
aquele casoe de repente, otelefonetoca.Elajáatendeestressadadevidoao seuproblemaatual
e durante a ligação, chega um cliente potencial querendo conhecer a empresa, e já olha para
Maria que está com os olhos sedentos por sangue, e começa a criar primeiras impressões
negativasdaorganização(Cuidado:umapessoafalamaismal doque bempara os outros).Veja
bem,essasituaçãofoi bemdramática,mas é fictícia e Maria nãoé resiliente!
Alternativa“b”:Oespecialista,Tomaz,R$3.500,00/mês (jásabemné,fict...).A empresa
está sobrecarregada e precisa aliviar a carga do pessoal; Tomaz é especialista em assuntos
financeiros e assume o departamento relacionado. Logo começam a departamentalizar a
empresade acordocom as especialidadesmaisaparentesouespecíficasde cadaum. Empouco
tempo, cada colaborador começa “enxergar” seu departamento com mais detalhes e adquire
grande Nohall, possibilitando a melhoria e automatização de rotinas, reduzindo o desgaste e
tempoperdidoemprocessosoperacionais dispendiosos.
A empresavai continuarcrescendoemumambienteagradávelondeoclientesabe que,
falando com a pessoa certa, seu problema será resolvido com eficácia, seja uma pendência
financeiraoua necessidade de conhecernovosprodutosouserviços que lhe tragam melhores
resultados.
Enfim, não existe alternativa certa ou errada, tudo depende. Pode ser que exista uma
empresa cheia de faz-tudo e que funcione, mas eu acredito que uma organização
departamentalizada e com responsáveis competentes, terá um resultado mais satisfatório a
longoprazo.