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Derivadas Direcionais
Suponha que desejamos calcular a taxa de variação de
z = f(x), x = (x1, x2, . . . , xn), no ponto a = (a1, a2, . . . , an) na
direção de um vetor unitário u = (u1, . . . , un).
Lembre-se que um vetor u é unitário se ǁuǁ = 1.
Exemplo 1
Suponha que f (a) é a temperatura no ponto a numa sala com
ar-condicionado mas com a porta aberta. Se movemos na
direção da porta, a temperatura irá aumentar. Porém, se
movemos na direção do ar-condicionado, a temperatura irá
diminuir.
A taxa de variação de z = f(x) em a na direção de u é a
derivada direcional. Note que derivada direcional de depende
tando do ponto a como da direção u na qual afastamos de a.
Definição 2
h→0 h
Derivada Direcional Seja f : D → R uma função de n variáveis,
isto é, D ⊆ Rn. Considere um ponto a no interior de D e u ∈Rn
um vetor com ǁuǁ = 1. A derivada direcional de f em a na
direção u é
Duf(a) = lim
f(a + hu) − f(a)
,
se esse limite existir.
Observação
A distância entre a e a + hu é |h|. Logo, o quociente
f(a + hu) − f(a)
h
representa a taxa média de variação de f por unidade de
distância sobre o segmento de reta de a à a + hu.
Derivada Direcional e as Derivadas Parciais
A derivada direcional generaliza as derivadas parciais no
seguinte sentido. A derivada direcional de f em a na direção da
i-ésima componente da base canônica, ou seja,
ei = (0, . . . , 0, 1 , 0, . . . , 0)
i-ésima c
`
o
˛¸
m
x
ponente
é a derivada parcial de f em a com respeito à xi, ou seja,
i
∂f
∂xi
e xi
D f(a) = (a) = f (a i
) = D f(a).
Derivadas Parciais e a Derivada Direcional
h→0 h h→0 h
Considere a função g : R → R dada por
g(h) = f(a + hu).
Por um lado, note que
gJ(0) = lim
g(h) − g(0)
= lim
f(a + hu) − f(a)
= Duf(a).
Por outro lado, da regra da cadeia concluímos que
gJ(h) =
∂f dx1
+
∂f dx2
+ . . . +
∂f dxn
.
∂x1 dh ∂x2 dh ∂xn dh
Agora, x(h) = a+hu = (a1 +hu1, a2 +hu2, . . . , an +hun). Logo,
dx1
= u1,
dx2
= u2, . . . ,
dxn
= un.
dh dh dh
Portanto, tem-se
gJ
(0) =
∂x1
∂f
.
1
u +
∂x
∂f
.
2
u + . . . +
∂x
2 n
∂f
.
a a a
n
u =
n
Σ
j=1
∂xj
∂f
.
. . . .
a
j
u .
Vetor Gradiente
A derivada direcional de f na direção u pode ser escrita em
termos do seguinte produto escalar
n
Σ
j=1
∂f ∂f ∂f ∂f
` ˛¸ x
vetor gradiente
Duf(x) = uj = , , . . . , ·u.
∂xj ∂x1 ∂x2 ∂xn
Definição 4 (Vetor Gradiente)
O gradiente de uma função f, denotado por ∇f ou gradf, é a
∇f =
∂f ∂f
∂x1 ∂x2
, , . . . ,
∂f
∂xn
função vetorial cujas componentes são as derivadas parciais,
ou seja,
.
Vetor Gradiente
A derivada direcional de f na direção u pode ser escrita em
termos do seguinte produto escalar
n
Σ
j=1
∂f ∂f ∂f ∂f
` ˛¸ x
vetor gradiente
Duf(x) = uj = , , . . . , ·
u = ∇f ·u.
∂xj ∂x1 ∂x2 ∂xn
Definição 4 (Vetor Gradiente)
O gradiente de uma função f, denotado por ∇f ou gradf, é a
∇f =
∂f ∂f
∂x1 ∂x2
, , . . . ,
∂f
∂xn
função vetorial cujas componentes são as derivadas parciais,
ou seja,
.
Interpretação do Vetor Gradiente
Sabemos que o produto escalar de dois vetores a e b satisfaz:
a ·b = ǁaǁǁbǁ cosθ,
em que θé o angulo entre a e b. Assim, podemos escrever
`˛¸x
Duf = ∇f ·u = ǁ∇fǁ ǁuǁ cosθ = ǁ∇fǁ cosθ.
=1
O valor máximo de cosθ é 1, e isso ocorre quando θ = 0. Logo,
Teorema 5
O valor máximo da derivada direcional Duf de uma função
diferenciável é ǁ∇fǁ e ocorre quando u tem a mesma direção e
sentido que ∇f.
Em outras palavras, a maior taxa de variação de f(x) ocorre na
direção e sentido do vetor gradiente.
Em R2...
Considere uma função f de duas variáveis x e y e uma curva
de nível dada pelo conjunto dos pontos
{ r(t) = (x(t), y(t)) : f(x(t), y(t)) = k} .
Se P = (x(t0), y(t0)), então pela regra da cadeia, temos que
∂x dt ∂y dt
∂f dx ∂f dy
+ = 0 ⇐⇒ ∇f(x0, y0) ·rJ(t0) = 0,
em que x0 = x(t0), y0 = y(t0) e rJ(t0) = (xJ(t0), yJ(t0)) é o vetor
tangente a curva de nível em P.
Conclusão:
O vetor gradiente ∇f (x0, y0), além de fornecer a direção e
sentido de maior crescimento, é perpendicular à reta tangente
à curva de nível de f(x, y) = k que passa por P = (x0, y0).
Em R3...
O vetor gradiente ∇F (x0, y0, z0), além de fornecer a direção e
sentido de maior crescimento, é perpendicular ao plano
tangente à superfície de nível de F(x, y, z) = k que passa por
P = (x0, y0, z0).
O plano tangente à superfície F(x, y, z) = k em P = (x0, y0, z0)
é dado por todos os vetores que partem de (x0, y0, z0) e são
ortogonais ao gradiente ∇F (x0, y0, z0), ou seja, a equação do
plano tangente é:
∇f(x0, y0, z0) ·(x − x0, y − y0, z − z0) = 0.
A reta normal a superfície F(x, y, z) = k em P = (x0, y0, z0) é
dada pelo gradiente ∇F(x0, y0, z0), ou seja,
(x − x0, y − y0, z − z0) = λ∇f(x0, y0, z0), λ ∈R.
Alternativamente, suas equações simétricas são
x − x0
=
y − y0
=
z − z0
.
Fx (x0, y0, z0) Fy (x0, y0, z0) Fz(x0, y0, z0)
Exemplo 6
Determine a derivada direcional Duf(x, y) se
f(x, y) = x3 − 3xy + 4y2,
e u é o vetor unitário dado pelo ângulo θ= π/6.
Qual será Duf(1, 2)?
Exemplo 6
Determine a derivada direcional Duf(x, y) se
f(x, y) = x3 − 3xy + 4y2,
e u é o vetor unitário dado pelo ângulo θ= π/6.
Qual será Duf(1, 2)?
Resposta:
u
1
2
2
√ √
D f(x, y) = 3 3x − 3x + (8 − 3 3)y)
e
Duf(1, 2) =
13 − 3
√
3
2
.
Exemplo 7
Determine a derivada direcional da função
f(x, y) = x2y3 − 4y,
no ponto P = (2, −1) na direção do vetor v = 2i + 5j.
Exemplo 7
Determine a derivada direcional da função
f(x, y) = x2y3 − 4y,
no ponto P = (2, −1) na direção do vetor v = 2i + 5j.
Resposta:
32
Duf(2, −1) = √
29
.

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  • 1. Derivadas Direcionais Suponha que desejamos calcular a taxa de variação de z = f(x), x = (x1, x2, . . . , xn), no ponto a = (a1, a2, . . . , an) na direção de um vetor unitário u = (u1, . . . , un). Lembre-se que um vetor u é unitário se ǁuǁ = 1. Exemplo 1 Suponha que f (a) é a temperatura no ponto a numa sala com ar-condicionado mas com a porta aberta. Se movemos na direção da porta, a temperatura irá aumentar. Porém, se movemos na direção do ar-condicionado, a temperatura irá diminuir. A taxa de variação de z = f(x) em a na direção de u é a derivada direcional. Note que derivada direcional de depende tando do ponto a como da direção u na qual afastamos de a.
  • 2. Definição 2 h→0 h Derivada Direcional Seja f : D → R uma função de n variáveis, isto é, D ⊆ Rn. Considere um ponto a no interior de D e u ∈Rn um vetor com ǁuǁ = 1. A derivada direcional de f em a na direção u é Duf(a) = lim f(a + hu) − f(a) , se esse limite existir. Observação A distância entre a e a + hu é |h|. Logo, o quociente f(a + hu) − f(a) h representa a taxa média de variação de f por unidade de distância sobre o segmento de reta de a à a + hu.
  • 3. Derivada Direcional e as Derivadas Parciais A derivada direcional generaliza as derivadas parciais no seguinte sentido. A derivada direcional de f em a na direção da i-ésima componente da base canônica, ou seja, ei = (0, . . . , 0, 1 , 0, . . . , 0) i-ésima c ` o ˛¸ m x ponente é a derivada parcial de f em a com respeito à xi, ou seja, i ∂f ∂xi e xi D f(a) = (a) = f (a i ) = D f(a).
  • 4. Derivadas Parciais e a Derivada Direcional h→0 h h→0 h Considere a função g : R → R dada por g(h) = f(a + hu). Por um lado, note que gJ(0) = lim g(h) − g(0) = lim f(a + hu) − f(a) = Duf(a). Por outro lado, da regra da cadeia concluímos que gJ(h) = ∂f dx1 + ∂f dx2 + . . . + ∂f dxn . ∂x1 dh ∂x2 dh ∂xn dh Agora, x(h) = a+hu = (a1 +hu1, a2 +hu2, . . . , an +hun). Logo, dx1 = u1, dx2 = u2, . . . , dxn = un. dh dh dh Portanto, tem-se gJ (0) = ∂x1 ∂f . 1 u + ∂x ∂f . 2 u + . . . + ∂x 2 n ∂f . a a a n u = n Σ j=1 ∂xj ∂f . . . . . a j u .
  • 5. Vetor Gradiente A derivada direcional de f na direção u pode ser escrita em termos do seguinte produto escalar n Σ j=1 ∂f ∂f ∂f ∂f ` ˛¸ x vetor gradiente Duf(x) = uj = , , . . . , ·u. ∂xj ∂x1 ∂x2 ∂xn Definição 4 (Vetor Gradiente) O gradiente de uma função f, denotado por ∇f ou gradf, é a ∇f = ∂f ∂f ∂x1 ∂x2 , , . . . , ∂f ∂xn função vetorial cujas componentes são as derivadas parciais, ou seja, .
  • 6. Vetor Gradiente A derivada direcional de f na direção u pode ser escrita em termos do seguinte produto escalar n Σ j=1 ∂f ∂f ∂f ∂f ` ˛¸ x vetor gradiente Duf(x) = uj = , , . . . , · u = ∇f ·u. ∂xj ∂x1 ∂x2 ∂xn Definição 4 (Vetor Gradiente) O gradiente de uma função f, denotado por ∇f ou gradf, é a ∇f = ∂f ∂f ∂x1 ∂x2 , , . . . , ∂f ∂xn função vetorial cujas componentes são as derivadas parciais, ou seja, .
  • 7. Interpretação do Vetor Gradiente Sabemos que o produto escalar de dois vetores a e b satisfaz: a ·b = ǁaǁǁbǁ cosθ, em que θé o angulo entre a e b. Assim, podemos escrever `˛¸x Duf = ∇f ·u = ǁ∇fǁ ǁuǁ cosθ = ǁ∇fǁ cosθ. =1 O valor máximo de cosθ é 1, e isso ocorre quando θ = 0. Logo, Teorema 5 O valor máximo da derivada direcional Duf de uma função diferenciável é ǁ∇fǁ e ocorre quando u tem a mesma direção e sentido que ∇f. Em outras palavras, a maior taxa de variação de f(x) ocorre na direção e sentido do vetor gradiente.
  • 8. Em R2... Considere uma função f de duas variáveis x e y e uma curva de nível dada pelo conjunto dos pontos { r(t) = (x(t), y(t)) : f(x(t), y(t)) = k} . Se P = (x(t0), y(t0)), então pela regra da cadeia, temos que ∂x dt ∂y dt ∂f dx ∂f dy + = 0 ⇐⇒ ∇f(x0, y0) ·rJ(t0) = 0, em que x0 = x(t0), y0 = y(t0) e rJ(t0) = (xJ(t0), yJ(t0)) é o vetor tangente a curva de nível em P. Conclusão: O vetor gradiente ∇f (x0, y0), além de fornecer a direção e sentido de maior crescimento, é perpendicular à reta tangente à curva de nível de f(x, y) = k que passa por P = (x0, y0).
  • 9. Em R3... O vetor gradiente ∇F (x0, y0, z0), além de fornecer a direção e sentido de maior crescimento, é perpendicular ao plano tangente à superfície de nível de F(x, y, z) = k que passa por P = (x0, y0, z0).
  • 10. O plano tangente à superfície F(x, y, z) = k em P = (x0, y0, z0) é dado por todos os vetores que partem de (x0, y0, z0) e são ortogonais ao gradiente ∇F (x0, y0, z0), ou seja, a equação do plano tangente é: ∇f(x0, y0, z0) ·(x − x0, y − y0, z − z0) = 0. A reta normal a superfície F(x, y, z) = k em P = (x0, y0, z0) é dada pelo gradiente ∇F(x0, y0, z0), ou seja, (x − x0, y − y0, z − z0) = λ∇f(x0, y0, z0), λ ∈R. Alternativamente, suas equações simétricas são x − x0 = y − y0 = z − z0 . Fx (x0, y0, z0) Fy (x0, y0, z0) Fz(x0, y0, z0)
  • 11. Exemplo 6 Determine a derivada direcional Duf(x, y) se f(x, y) = x3 − 3xy + 4y2, e u é o vetor unitário dado pelo ângulo θ= π/6. Qual será Duf(1, 2)?
  • 12. Exemplo 6 Determine a derivada direcional Duf(x, y) se f(x, y) = x3 − 3xy + 4y2, e u é o vetor unitário dado pelo ângulo θ= π/6. Qual será Duf(1, 2)? Resposta: u 1 2 2 √ √ D f(x, y) = 3 3x − 3x + (8 − 3 3)y) e Duf(1, 2) = 13 − 3 √ 3 2 .
  • 13. Exemplo 7 Determine a derivada direcional da função f(x, y) = x2y3 − 4y, no ponto P = (2, −1) na direção do vetor v = 2i + 5j.
  • 14. Exemplo 7 Determine a derivada direcional da função f(x, y) = x2y3 − 4y, no ponto P = (2, −1) na direção do vetor v = 2i + 5j. Resposta: 32 Duf(2, −1) = √ 29 .