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O Culto dos Santos na Igreja Primitiva
(Folhetos Católicos, n°04)
1 – Sendo os Santos amigos de Deus pela santidade, e nossos, pela sua perfeita
caridade, é justo que lhes tributemos os louvores que, sob esse duplo título, merecem; e
que nos recomendemos à sua intercessão junto de Deus. É justo, visto que neles também
se realiza, embora em grau bem menor, mas bem verdadeiro, o que disse de Si mesma, mas
cheia do Espírito Santo, a mais santa que todos os Santos, Maria Santíssima: “Todas as
gerações me proclamarão bem-aventurada, porque fez em mim grandes coisas o Todo-
Poderoso.” (Lc 1,48-49)
2 -Vê-se, por essas palavras inspiradas, que o louvor dos Santos redunda em louvor e
glória de Deus, pois os Santos são obras-primas da sua sabedoria, bondade e poder.
Quando os louvamos, é a seu Autor que louvamos. De fato, sendo “Deus admirável em tudo
o que é Santo” (Salmo), e sendo os Santos, principalmente, obra de sua graça, Deus os ama
de modo especial. Aliás, no preceito de “amar e honrar a Deus” está incluído o de amar e
honrar o que Ele ama e honra; e segundo a ordem com a qual Ele o faz. E Deus ama, de
modo especial, os seus Santos: a Jesus Cristo enquanto Homem, depois a Nossa Senhora,
depois aos Anjos e a todos os Santos da glória; e às santas almas do Purgatório; e aos que
ainda pelejam neste mundo.
3 – Eis porque, já nos dois primeiros séculos do Cristianismo, encontramos registrada a
prática de um culto prestado aos Santos, especialmente aos heróis da fé, os mártires
cristãos. É útil conhecer alguns documentos históricos dessa época, que atestam remontar
às origens do Cristianismo a prática do culto aos Santos. Já provamos que ela lança raízes
no Antigo Testamento.(Cf. Folhetos Católicos, nº 03 – ver em nosso site)
A – Documentos de autores dessa época
4 - Bem no começo do 2º século (ano 107), Santo Inácio Mártir, que foi discípulo direto
dos Apóstolos e Bispo de Antioquia, quando era levado cativo a Roma, aonde ia ser
devorado pelas feras por causa da fé católica, afirma em uma carta que escreveu aos fiéis de
Éfeso: “Sou vossa vítima, e me ofereço em sacrifício por vossa Igreja.” (Carta aos
efésios, nº 21) É este um testemunho da fé da Igreja no valor do martírio sofrido por causa
da fé.
5 – Uma carta com data do ano 156, enviada pelos fiéis da comunidade cristã de Esmirna
à comunidade da Frígia (Filomélia), dá notícia de reuniões religiosas e cultuais dos cristãos
de Esmirna, realizada no túmulo (“relíquias mais preciosas que o ouro e pedras preciosas” –
diz a carta) de seu Bispo e Mártir, São Policarpo, por ocasião dos aniversários de seu
martírio. (Padres Gregos, 5, 1029-1045) É já a prática da Igreja ao festejar o aniversário do
triunfo dos Mártires e dos Santos.
6 - Também Orígenes, que viveu no século II e começo do III, atesta a fé da Igreja Católica
na intercessão dos Santos, nesses termos: “O Pontífice não é o único a se unir aos orantes;
os Anjos e as almas dos justos também se unem a eles na oração.” (Em “De Oratione”)
7 – E em outro livro dá Orígenes o fundamento dessa mediação: “Eles conhecem os que
são dignos da amizade de Deus, e auxiliam os que querem honrá-lO.” (Em “Contra Celsum”)
O mesmo ensinamento encontramos em São Cipriano, Bispo de Cartago, martirizado no
ano 256. Em carta ao Papa São Cornélio, afirma: “Se um de nós partir primeiro deste
mundo, não cessem as nossas orações pelos irmãos.” (Carta 57)
B – As Atas dos Mártires
8 – A mesma verdade é atestada pelas Atas autênticas do suplício dos mártires. Assim,
Santa Teodósia, em Tiro, pedia aos mártires, na hora em que iam para o suplício, que se
lembrassem dela quando tivessem recebido a recompensa. E Santa Pantomina, em
Alexandria, na hora de seu próprio martírio, prometeu ao soldado que a conduzia, que ia
pedir por ele quando estivesse junto de Deus. (Em “Eusébio”,1.6, c. 2; apud Lúcio Navarro
(Monsenhor), “A legítima interpretação da Bíblia, p. 542)
9 - Também em Tarragona, o Bispo Mártir São Frutuoso, na hora do suplício, vendo que
muitos fiéis faziam fila e lhe pediam a mesma graça de que não se esquecesse deles quando
estivesse junto de Deus, falou para todos em voz alta: “Sim, eu devo ter em mente toda a
Igreja espalhada pelo mundo, do Oriente ao Ocidente.” (Acta Fructuosi, 1,7)
10 – Fiquemos com esses exemplos, por brevidade. Mas notemos que, transcorrido o
tempo das perseguições sangrentas que banharam a terra com o sangue generoso dos
heróis da fé, era normal que continuasse a ser lembrada com carinho e espírito de fé, a
memória de sua fé e santidade. E especialmente no dia de seu nascimento para a glória,
como era chamado o seu “dies natalis” (o dia natalício para a glória), se lhe prestasse culto
especial.
C – Documentos Arqueológicos
11 - A fé dos cristãos dos três primeiros séculos nessa verdade está também registrada
em muitas inscrições gravadas nos túmulos de santos cristãos e mártires da fé. Eis alguns
exemplos:
– No Cemitério de São Pânfilo: “Mártires santos, bons e benditos, ajudai a Ciríaco”;
– No Cemitério de Aquiléia: “Santos Mártires, lembrai-vos de Maria”;
– Na Via Salária lemos também esta inscrição: “Genciano, fiel em paz… Que em tuas
orações, rogues por nós porque sabemos que estás em Cristo”;
– No Cemitério de Gordiano esta outra: “Sebácio, doce alma, pede e roga por teus irmãos
e companheiros”;
– E no de São Calixto: “Vicência, pede em Cristo por Febe e seu esposo”.
– No Cemitério de Priscila: “Anatólio… teu espírito descanse em Deus. Pede por tua
mãe”.
São alguns registros apenas. Ver outros em Lúcio Navarro -Ibidem, pg. 541-542- Recife, PE.
12 – Foi certamente com base em documentos com esses acima transcritos, e em muitos
outros, que o sábio Leibnitz – protestante, mas que estudou com lealdade esse assunto –
deixo-nos o seguinte e importante depoimento: “É certo que já no segundo século da Igreja
Cristã, eram celebradas as festas dos mártires, e que em seus túmulos se reuniam
assembléias religiosas.” (Em “Syst. Theol.”, p. 70)
13 - Note-se que a expressão “assembléias religiosas” indica as “reuniões cultuais”
dos primeiros cristãos para celebrar os Mistérios Eucarísticos, ou Santa Missa, e que na
época das perseguições religiosas, era também celebrada sobre os túmulos dos mártires nas
catacumbas. Eis a razão da “pedra d´ara” dos nossos altares, que contém relíquia dos
mártires, e sobre a qual se celebra a Santa Missa.
14 – Conclusão: A devoção ou culto dos Santos, como é praticado na Igreja Católica - e
não nas superstições espíritas e folclóricas - teve sua origem na Igreja Primitiva ou
Apostólica, que era dirigida, ou pelos Apóstolos diretamente, ou pelos santos Bispos que os
Apóstolos mesmos estabeleceram para substituí-los, e não tardiamente, no século IV, como
falsamente pretendem os protestantes.
15 – Eis os motivos de garantia da legitimidade da devoção aos Santos. Eis como a única
Igreja de Cristo (Mt 16,18), a que unicamente tem a promessa de sua assistência divina (Mt
28,20), explicitou os textos sagrados que contêm a verdade bíblica da intercessão dos Anjos
e Santos. (Cf “Folhetos Católicos”, nº 3 – ver em nosso site) Ela orientou assim os fiéis a
festejar o dia de seus natalícios para o Céu, a pedir-lhes auxílio junto de Deus, e a se
esforçarem por imitar-lhes as virtudes cristãs.
Ajude a divulgar a Fé Católica propagando estes folhetos. Peça cópias conosco:
Apostolado: Católicos Alerta! | Site: catolicosalerta.wordpress.com

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Culto dos Santos na Igreja Primitiva

  • 1. O Culto dos Santos na Igreja Primitiva (Folhetos Católicos, n°04) 1 – Sendo os Santos amigos de Deus pela santidade, e nossos, pela sua perfeita caridade, é justo que lhes tributemos os louvores que, sob esse duplo título, merecem; e que nos recomendemos à sua intercessão junto de Deus. É justo, visto que neles também se realiza, embora em grau bem menor, mas bem verdadeiro, o que disse de Si mesma, mas cheia do Espírito Santo, a mais santa que todos os Santos, Maria Santíssima: “Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque fez em mim grandes coisas o Todo- Poderoso.” (Lc 1,48-49) 2 -Vê-se, por essas palavras inspiradas, que o louvor dos Santos redunda em louvor e glória de Deus, pois os Santos são obras-primas da sua sabedoria, bondade e poder. Quando os louvamos, é a seu Autor que louvamos. De fato, sendo “Deus admirável em tudo o que é Santo” (Salmo), e sendo os Santos, principalmente, obra de sua graça, Deus os ama de modo especial. Aliás, no preceito de “amar e honrar a Deus” está incluído o de amar e honrar o que Ele ama e honra; e segundo a ordem com a qual Ele o faz. E Deus ama, de modo especial, os seus Santos: a Jesus Cristo enquanto Homem, depois a Nossa Senhora, depois aos Anjos e a todos os Santos da glória; e às santas almas do Purgatório; e aos que ainda pelejam neste mundo. 3 – Eis porque, já nos dois primeiros séculos do Cristianismo, encontramos registrada a prática de um culto prestado aos Santos, especialmente aos heróis da fé, os mártires cristãos. É útil conhecer alguns documentos históricos dessa época, que atestam remontar às origens do Cristianismo a prática do culto aos Santos. Já provamos que ela lança raízes no Antigo Testamento.(Cf. Folhetos Católicos, nº 03 – ver em nosso site) A – Documentos de autores dessa época 4 - Bem no começo do 2º século (ano 107), Santo Inácio Mártir, que foi discípulo direto dos Apóstolos e Bispo de Antioquia, quando era levado cativo a Roma, aonde ia ser devorado pelas feras por causa da fé católica, afirma em uma carta que escreveu aos fiéis de Éfeso: “Sou vossa vítima, e me ofereço em sacrifício por vossa Igreja.” (Carta aos efésios, nº 21) É este um testemunho da fé da Igreja no valor do martírio sofrido por causa da fé. 5 – Uma carta com data do ano 156, enviada pelos fiéis da comunidade cristã de Esmirna à comunidade da Frígia (Filomélia), dá notícia de reuniões religiosas e cultuais dos cristãos de Esmirna, realizada no túmulo (“relíquias mais preciosas que o ouro e pedras preciosas” – diz a carta) de seu Bispo e Mártir, São Policarpo, por ocasião dos aniversários de seu martírio. (Padres Gregos, 5, 1029-1045) É já a prática da Igreja ao festejar o aniversário do triunfo dos Mártires e dos Santos. 6 - Também Orígenes, que viveu no século II e começo do III, atesta a fé da Igreja Católica na intercessão dos Santos, nesses termos: “O Pontífice não é o único a se unir aos orantes; os Anjos e as almas dos justos também se unem a eles na oração.” (Em “De Oratione”) 7 – E em outro livro dá Orígenes o fundamento dessa mediação: “Eles conhecem os que são dignos da amizade de Deus, e auxiliam os que querem honrá-lO.” (Em “Contra Celsum”) O mesmo ensinamento encontramos em São Cipriano, Bispo de Cartago, martirizado no ano 256. Em carta ao Papa São Cornélio, afirma: “Se um de nós partir primeiro deste mundo, não cessem as nossas orações pelos irmãos.” (Carta 57) B – As Atas dos Mártires 8 – A mesma verdade é atestada pelas Atas autênticas do suplício dos mártires. Assim, Santa Teodósia, em Tiro, pedia aos mártires, na hora em que iam para o suplício, que se lembrassem dela quando tivessem recebido a recompensa. E Santa Pantomina, em Alexandria, na hora de seu próprio martírio, prometeu ao soldado que a conduzia, que ia pedir por ele quando estivesse junto de Deus. (Em “Eusébio”,1.6, c. 2; apud Lúcio Navarro (Monsenhor), “A legítima interpretação da Bíblia, p. 542) 9 - Também em Tarragona, o Bispo Mártir São Frutuoso, na hora do suplício, vendo que muitos fiéis faziam fila e lhe pediam a mesma graça de que não se esquecesse deles quando estivesse junto de Deus, falou para todos em voz alta: “Sim, eu devo ter em mente toda a Igreja espalhada pelo mundo, do Oriente ao Ocidente.” (Acta Fructuosi, 1,7) 10 – Fiquemos com esses exemplos, por brevidade. Mas notemos que, transcorrido o tempo das perseguições sangrentas que banharam a terra com o sangue generoso dos heróis da fé, era normal que continuasse a ser lembrada com carinho e espírito de fé, a memória de sua fé e santidade. E especialmente no dia de seu nascimento para a glória, como era chamado o seu “dies natalis” (o dia natalício para a glória), se lhe prestasse culto especial. C – Documentos Arqueológicos 11 - A fé dos cristãos dos três primeiros séculos nessa verdade está também registrada em muitas inscrições gravadas nos túmulos de santos cristãos e mártires da fé. Eis alguns exemplos: – No Cemitério de São Pânfilo: “Mártires santos, bons e benditos, ajudai a Ciríaco”; – No Cemitério de Aquiléia: “Santos Mártires, lembrai-vos de Maria”; – Na Via Salária lemos também esta inscrição: “Genciano, fiel em paz… Que em tuas orações, rogues por nós porque sabemos que estás em Cristo”; – No Cemitério de Gordiano esta outra: “Sebácio, doce alma, pede e roga por teus irmãos e companheiros”; – E no de São Calixto: “Vicência, pede em Cristo por Febe e seu esposo”. – No Cemitério de Priscila: “Anatólio… teu espírito descanse em Deus. Pede por tua mãe”. São alguns registros apenas. Ver outros em Lúcio Navarro -Ibidem, pg. 541-542- Recife, PE. 12 – Foi certamente com base em documentos com esses acima transcritos, e em muitos outros, que o sábio Leibnitz – protestante, mas que estudou com lealdade esse assunto – deixo-nos o seguinte e importante depoimento: “É certo que já no segundo século da Igreja Cristã, eram celebradas as festas dos mártires, e que em seus túmulos se reuniam assembléias religiosas.” (Em “Syst. Theol.”, p. 70) 13 - Note-se que a expressão “assembléias religiosas” indica as “reuniões cultuais” dos primeiros cristãos para celebrar os Mistérios Eucarísticos, ou Santa Missa, e que na época das perseguições religiosas, era também celebrada sobre os túmulos dos mártires nas catacumbas. Eis a razão da “pedra d´ara” dos nossos altares, que contém relíquia dos mártires, e sobre a qual se celebra a Santa Missa. 14 – Conclusão: A devoção ou culto dos Santos, como é praticado na Igreja Católica - e não nas superstições espíritas e folclóricas - teve sua origem na Igreja Primitiva ou Apostólica, que era dirigida, ou pelos Apóstolos diretamente, ou pelos santos Bispos que os Apóstolos mesmos estabeleceram para substituí-los, e não tardiamente, no século IV, como falsamente pretendem os protestantes. 15 – Eis os motivos de garantia da legitimidade da devoção aos Santos. Eis como a única Igreja de Cristo (Mt 16,18), a que unicamente tem a promessa de sua assistência divina (Mt 28,20), explicitou os textos sagrados que contêm a verdade bíblica da intercessão dos Anjos e Santos. (Cf “Folhetos Católicos”, nº 3 – ver em nosso site) Ela orientou assim os fiéis a festejar o dia de seus natalícios para o Céu, a pedir-lhes auxílio junto de Deus, e a se esforçarem por imitar-lhes as virtudes cristãs. Ajude a divulgar a Fé Católica propagando estes folhetos. Peça cópias conosco: Apostolado: Católicos Alerta! | Site: catolicosalerta.wordpress.com