2. Primeiros séculos do
Cristianismo
“Culto espiritual”: não havia um ritual próprio,
como era comum aos judeus levitas.
Centro no Cristo: Ele é templo, sacerdote, altar e
Páscoa
Os próprios cristãos realizavam em si o sacrifícioaltar-templo de Deus em Cristo e com Cristo.
Todos os ritos (batismo, ceia, confirmação, unção
dos enfermos) expressam o único culto espiritual.
Liturgia e teologia se identificam.
3. Fração do pão – séc. II
“No chamado dia do Sol, reúnem-se em um mesmo lugar todos os que
moram nas cidades ou nos campos. Lêem-se as memórias dos apóstolos
ou os escritos dos profetas, na medida em que o tempo permite.
Terminada a leitura, aquele que preside toma a palavra para aconselhar e
exortar os presentes à imitação de tão sublimes ensinamentos.
Depois, levantamo-nos todos juntos e elevamos as nossas preces; como já
dissemos acima, ao acabarmos de orar, apresentam-se pão, vinho e água.
Então o que preside eleva ao céu, com todo o seu fervor, preces e ações de
graças, e o povo aclama: Amém. Em seguida, faz-se entre os presentes a
distribuição e a partilha dos alimentos que foram eucaristizados, que são
também enviados aos ausentes por meio dos diáconos” (Justino - I
Apologia Cap. 66-67 : PG 6,427 - 431).
5. As catacumbas
Eram antigos cemitérios
subterrâneos, utilizados durante
os tempos do Império romano. Os
primeiros cristãos celebravam
nelas, ocasionalmente, a
Eucaristia, e se transformavam em
refúgios temporários.
As catacumbas são formadas por
longos túneis (até 15 km), em
cujas paredes foram cavados os
loculos, (nichos retangulares), que
abrigavam um ou mais cadáveres.
6.
Entre os muitos símbolos,
desenhados, grafitados ou
pintados, foram encontrados: o
desenho do Orante, uma pessoa
com braços abertos em sinal de
oração; a figura do bom Pastor,
com sua ovelha no ombro
simbolizando o Cristo; uma
pomba, símbolo da alma e da paz
divina; as letras gregas Alfa e
Ômega, significando que Cristo é o
começo e o fim da criação; o
peixe, cujas letras gregas
significam “Cristo, Filho de Deus,
Salvador”,... e outros mais.
7. Peixe eucarístico
O Bom Pastor na cripta de Lucina
Nossa Senhora e o menino e o profeta
Balaam na catacumba de Priscila
8.
9. Nossa Senhora e o menino na catacumba de
Comodila
Cripta dos papas na catacumba de São
Calixto
10. As basílicas
A partir do séc. IV, sobretudo após o Edito de
Milão, 313, de Constantino influência do ambiente
histórico, social e cultural: contato com elementos
culturais do paganismo.
Liturgia dos romanos: marcada pela sobriedade e
moderação, muito racional e pouco sentimental. A
domus ecclesiae cede lugar ao templo (basílica). A
mesa se transforma em altar de pedra, objeto de culto
retorno à liturgia dos levitas, centrada em formas
exteriores.
17. Idade Média
O formalismo-jurisdicismo se intensifica cada vez
mais, à medida que a liturgia é feita pelo clero e
assistida pelos leigos – o que separa a teologia da
liturgia, que passa a ser verdadeiro espetáculo.
Afastamento do povo e materialização da liturgia,
em detrimento da espiritualidade.
Ordo Romanus I: o que deve ser feito, sem
alternativas. Surgem práticas como o alegorismo
(interpretações subjetivas dos símbolos) e reações
populares como o devocionalismo.
18. A missa a partir de Trento
Em latim.
Sacerdote voltado
“ad Orientem” ou
“versus Deum”.
Esquema rígido de
gestos: seguimento
total das rubricas.
Missa = sacrifício.
19. Devotio moderna
Atitude intimista comum nos séculos XIV e
XVI, com desvalorização dos sacramentos e
valorização dos afetos de modo subjetivo – tendo
exemplos como A imitação de Cristo.
Orientada a um contato imediato com o
divino, pautava-se no esforço psicológico através da
meditação sobre a humanidade de Jesus.
Valorizava o recolhimento, a mortificação, a
humildade, as virtudes, (época dos milagres
eucarísticos, veneração do crucifixo e dos santos);
desprezava a linguagem místico-contemplativa.
20. Vaticano II
Um Concílio eminentemente pastoral e
eclesiológico.
Nova eclesiologia de comunhão e participação: o
povo de Deus – que é povo sacerdotal.
O primeiro grande fruto do CVII foi sobre... a
liturgia: a Sacrossanctum Concillium (4 de
dezembro de 1963).
21.
Na SC Igreja devolveu a liturgia ao povo, que havia
se acostumado a assistir passivamente. A própria
linguagem usada dificultava a compreensão daquilo
que era celebrado. Orientações da SC 50:
Manifestar a conexão entre as partes;
Participação piedosa e ativa dos fiéis
Simplificação dos ritos;
Omissão ou restauração de ritos.
22. Vaticano II – formação do
Consilium
Após promulgar da SC, Paulo VI tratou logo
de colocá-la em prática por meio de grupos de
trabalho (Consilium).
Em novembro de 1968, Paulo VI aprovou o
novo rito da missa, que entrou em vigor em
69.
O novo Lecionário foi aprovado em 69 e
posto em prática em 70.
23. “A reforma
litúrgica é o fruto
mais visível de
toda a obra
conciliar”
(Sínodo dos bispos - 1985)
24. Vaticano II – principais
mudanças
“Giro copernicano”: do sacerdote celebrante
para o povo sacerdotal. Todo o povo celebra.
Missa no idioma do lugar e padre na posição
versus populum.
25. Após o Vaticano II
Inculturação dos ritos e proliferação dos
cantos (polifonia).
Difusão das missas temáticas até a década de
90.
Algumas situações atuais:
Exageros litúrgicos.
Retorno ao rito antigo.