O jornal “Autofagia Independente: Holocausto Judaico”, como parte da Mostra Pedagógica “Ecos do passado: Lembranças do Holocausto” levou para os alunos uma contextualização do Holocausto, desde a chegada de Hitler ao poder até a sua queda em 1945. No mesmo, foram expostas as bases ideológicas do pensamento Nazista, que tinham como fundamento o ódio a uma “raça inferior”. Na parte final, o jornal destaca a questão humanística e a igualdade entre diferentes etnias mostrando que pela condição humana, podemos respeitar uns aos outros. A atividade foi processada nas turmas do 9° Ano “A”, do 9º Ano “B” e do 9º Ano “C” do Ensino Fundamental II, no turno da manhã, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em 14 de julho de 2017.
1. AUTOFAGIA INDEPENDENTE
Holocausto Judaico
Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação a
Docência
Holocausto, Uma Construção Nazista.
A chegada do Partido
Nacional Socialista (Nazista) ao poder
na Alemanha, em 1933, criou o
chamado Terceiro Reich, ou Terceiro
Império, e tinha Adolf Hitler como líder.
A ideologia nazista defendia que os
judeus eram os grandes culpados pela
difícil situação econômica em que se
encontrava o país desde a derrota na
Primeira Guerra Mundial, e, em 1935,
deu início a políticas de perseguição e
segregação social desta população
com as chamadas Leis de Nuremberg.
Os nazistas acreditavam que
existia uma “raça” superior, a ariana, e
desejavam alcançá-la em sua
perfeição. Um dos slogans nazistas dizia:
“ein Volk, ein Reich, ein Führer”, ou seja,
“um povo, um império, um líder .
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2. A “solução final”...
determinado ambiente em que
eram colocadas centenas de
pessoas
Foi só com a derrota alemã
que o mundo pode dimensionar o
tamanho da violência empregada
pelos nazistas. À medida em que
avançavam sobre campos de
concentração, as tropas Aliadas
deparavam-se com câmaras de
gás, com milhões de cadáveres e
com sobreviventes vivendo em
condições sub-humanas. A derrota
alemã, no entanto, não colocou
fim ao drama vivido por aquelas
pessoas. Centenas de milhares
passaram a viver em campos de
deslocados, pois não tinham para
onde voltar.
Tudo que não fosse
“perfeito” seria eliminado, o que fez
com que homossexuais e pessoas
com deficiências físicas e/ou
mentais fossem alvo das políticas
de perseguição, encarceramento e
eliminação junto com judeus e
ciganos, consideradas “raças”
inferiores.
A política nazista de
eliminação dessas populações
chegou a seu extremo com a
chamada “solução final”, que
consistia no aprisionamento em
campos de concentração e no uso
de câmaras de gás, uma
tecnologia desenvolvida para
otimizar o assassinato em massa,
visto que matava por asfixia com a
liberação de gases em um
Dormitório coletivo de judeus
Foto de 2009, site História Ilustrada
As Barbaridades Nazistas...
As atrocidades cometidas pelos nazistas
são bem conhecidas, muito embora tenham havido
tentativas de encobrir ou negar o Holocausto.
Existiam pessoas encarregadas de
eliminar os mortos. Suas funções mais terríveis
incluíam arrancar os dentes de ouro dos corpos e
varrer as cinzas dos cadáveres. Essas funções eram
desempenhadas pelos próprios presos. Sua miséria
era agravada pelo fato de que eram considerados
“Geheimnisträger” (mantedores de segredos) e,
como tal, eram demasiadamente perigosos para
serem mantidos vivos por muito tempo. Logo, eram
mortos e substituídos a cada poucos meses, sem
aviso prévio.
As rações alimentares diárias de um
prisioneiro médio eram escassas na melhor das
hipóteses – pão feito de serragem, salsicha feita de
cavalos sarnentos e chá feito de ervas daninhas
eram a norma para muitos. .
Muitas pessoas foram submersas em
água gelada para observar os efeitos da hipotermia,
injetadas com produtos químicos e venenos para
testar a sua eficácia, esterilizadas, vivissecadas e
operadas sem anestesia, só para mencionar
algumas das crueldades cometidas.
Fotos de Jornal 4 cantos: //Nas Imagens vemos corpos sendo
amontoados, o que mostra a execução em massa.
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3. A O julgamento de Nuremberg...A O julgamento de Nuremberg...
do início do julgamento de
Nuremberg.
As leis e procedimentos a
serem adotados em Nuremberg
foram estabelecidos pelos Aliados
na Carta de Londres, lançada em 8
de agosto de 1945. Neste
documento ficaram estabelecidas
três categorias de crimes pelas quais
os acusados seriam julgados: crimes
contra a paz (planejamento e
engajamento em atividades de
guerra que descumprissem acordos
internacionais), crimes de guerra
(como tratamento impróprio a civis e
prisioneiros de guerra) e crimes
contra a humanidade (assassinato,
escravização, deportação e
perseguição a civis com base em
motivos políticos, religiosos ou
raciais).
A fim de julgar os crimes de
cometidos pelos nazistas, uma série
de julgamentos foi realizada na
cidade alemã de Nuremberg, entre
1945 e 1949. Entre os acusados
estavam oficiais do Partido Nazista
e militares de alta patente, bem
como empresários, advogados e
médicos que colaboraram
ativamente com o projeto nazista. É
importante lembrar que Adolf Hitler
não foi a julgamento porque
cometeu suicídio em 30 de abril de
1945, quando o Exército Vermelho
(URSS) se aproximava de Berlim e
com ele a derrota nazista. Outros
dois importantes membros do
Partido Nazista, Joseph Goebbels,
ministro da propaganda, e Heinrich
Himmler, comandante da SS
(Schutzstaffel - organização
paramilitar), cometeram suicídio
em maio de 1945, portanto antesImagens do Tribunal de Nuremberg,
julgamento ocorrido em 1945
A Condenação ...
Foram 24 indiciados, dos quais um não
foi a julgamento por motivos de saúde e outro por ter
cometido suicídio antes do início do mesmo. O
principal argumento utilizado pelos advogados de
defesa foi o de que os crimes de que os réus
estavam sendo acusados não eram ainda
considerados crimes quando aconteceram, o que é
chamado de juízo ex post facto. Dos 22 réus, 3 foram
absolvidos; 12 condenados à morte; 3 condenados à
prisão perpétua; e 4 condenados a cumprir entre 10
e 20 anos de prisão. As execuções ocorreram em 16
de outubro de 1946.
Polêmicos na época, os julgamentos de
Nuremberg são hoje compreendidos como um
marco no direito internacional e no estabelecimento
de uma Corte Internacional permanente. Desde de
1946 existe, no âmbito da Organização das Nações
Unidas (ONU), a Corte Internacional de Justiça
(também conhecida como Corte de Haia ou
Tribunal de Haia), que tem por função julgar Estados.
Em 2002, criou-se a Corte Penal Internacional (ou
Tribunal Penal Internacional), que, como os
julgamentos de Nuremberg, tem como objetivo
julgar indivíduos por crimes de guerra, crimes contra
a humanidade, genocídio e os crimes de agressão.
Imagens da Leitura da sentença no Julgamento de Nuremberg, 1946
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4. Coluna semanal “O dono
a Verdade” Thiago
Raposo mostra que o
Amor pode surgir nas
mais diversas
circunstancias.
Hoje, 9 de novembro de 1944, fui
encarregado de fuzilara algumas
prisioneiras aqui em Auschwitz. Desde
que me lembro, nunca consegui ver
beleza nem humanidade na população
judia. Mas, no momento que carreguei
minha arma, vi aqueles olhos negros me
encarando. Era uma mistura de fúria e
medo. Todas as outras mulheres
choravam, mas ela não. Estava prestes
a apertar o gatilho, quando meu coração
acelerou e minha mão começou a
tremer. Jamais tinha visto uma mulher
tão bela. Como pode uma judia ser tão
bela? Estaria o Fuhrer errado? Aqueles
olhos tão belos e fortes, me seduziram,
me dominaram. Eu amo aquela mulher!
Como posso amar alguém que devo
matar? Baixei o meu fuzil e caminhei em
sua direção. Perguntei seu nome. Ela
não me respondeu, apenas me encarou.
Ordenei que todas retornassem para as
celas. [...]
Amor Proibido
Minha bela judia
Te amo com todo o meu coração
Sou Proibido de te ver
Mas vou procurar uma solução
A pior coisa foi te amar
Sabendo que corro perigo
Quero evitar esse amor
Mas deixar de te amar é impossível
Vou para o campo de concentração
Com intenção de voltar a te ver
Também por Hitler
Que fielmente vou lhe obedecer
O Nazista
Sei que isso foi sua decisão
Mas te amo independentemente de
escolha
Por isso não vou dar minha Opinião
Cordel Produzido por
Alunas do 9° C do Colégio
Humberto Lucena, Campina
Grande PB. Maria Vitoria,
Natália e Ana Luiza
PIBID HUMBERTO LUCENA – CAMPINA GRANDE PB
PROFESSOR SUPERVISOR: THIAGO RAPOSO
EQUIPE: EMANUEL COUTO
MARILIA QUEIROZ
MYLLA CHRISTTIE
TISSIANE EMANUELLA
VALDEIR ALVES.
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