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É coisa muito natural, quando
se ouve falar de algum grande
acontecimento, querer o ho-
mem saber as particularidades
que o acompanharam, querer o
homem conhecer as circunstân-
cias todas que tiveram lugar:
ora jamais houve acontecimen-
to tão extraordinário como a
morte do Filho de Deus, jamais
ouve acontecimento que tanto
interessasse o gênero humano
como o que passou sobre o
Calvário na morte do Amantíssi-
mo Salvador Jesus. Já havia três
horas que Jesus agonizava so-
bre a Cruz, ouvindo ultrajes e
desafios que se iam sucedendo
sem interrupção, e Ele silencio-
so os ia oferecendo ao Eterno
Pai pela redenção do mundo.
Nunca houve uma hora tão
solene tanto no Céu como na
Terra, e até nos mesmos abis-
mos infernais. Um profundo
silêncio se fez no Céu: não so-
mente interrompidos ficaram os
harmoniosos cânticos das legi-
ões celestiais, mas até os Anjos
choravam amargamente, toda a
corte celeste tinha os olhos fitos
sobre o Calvário.
A terra tremendo, e o sol es-
condendo sua luz, anunciavam
por todo o universo as últimas
horas de Jesus agonizante; com
muito acerto o proclamou em
Atenas o célebre Dionísio Aero-
pagita, dizendo: “Ou chegou o
fim de todas as coisas, ou o
Autor da natureza padece.”
O mesmo Inferno espantado
começava a reconhecer sua
derrota; já se abriam os sepul-
cros; já a morte se mostrava
vencida, já as almas dos justos
se preparavam para cantar suas
vitórias. E Jesus pendente da
Cruz no maior e mais profundo
silêncio dava tempo para que
reparassem nos seus sofrimen-
tos, para que reparassem na
sua resignação e paciência; en-
ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS E OUTRAS CIRCUNSTÂNCIAS
DA MORTE
Leituras populares da sagrada paixão de nosso senhor jesus
cristo e dores de maria santíssima
SANTOS E
FESTAS DO MÊS:
02– São Gregório de Nissa;
06– Santas Perpétua e
Felicidade;
07– São Tomás de Aquino;
09– Santa Francisca Roma-
na;
12– São Gregório Magno;
18– São Cirilo;
19– São José;
21– São Bento;
24– São Gabriel;
25– Anunciação da Virgem
Maria;
25- São Dimas;
25– Aniversário de S.E.R
Monsenhor Marcel Lefebvre;
27– São João Damasceno.
N E S T A
E D I Ç Ã O :
Meditação sobre a Paixão
de Nosso Senhor
1
continuação 2
São Paulo da Cruz 3
Dores de Maria Santíssi-
ma
4
Março/ 2014Edição 10
A Família Católica
C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S
tretanto repartia benefícios, per-
doava aos inimigos, prometia
recompensa aos arrependidos, e
oferecia sua própria Mãe como
advogada de todo o gênero huma-
no. Três horas havia que o divino
Salvador padecia no dolorosíssi-
mo leito da Cruz, e teria desejado
prolongar mais este seu martírio,
embora o Eterno Pai abandonan-
do-o o privasse de todo o confor-
to, de toda consolação. Porém
havia chegado o tempo de conclu-
ir a Redenção do Gênero humano,
e de voltar Jesus ao Eterno Pai
d’onde tinha saído; chegara o
tempo de ir tomar posse da glória
que bem tinha merecido; todavia
não quis sair deste mundo sem
nos declarar primeiro que tudo
quanto estava predito, tudo quan-
to devia sofrer, tudo quanto dizia
respeito à Redenção do mundo,
tudo estava concluído —
consummatum est;
e só porque estava finalmente
concluído esse grande Sacrifício
permitiu que sua santíssima alma
saísse do seu sagrado corpo, por
isso a encomendou ao seu Eterno
Pai e nesta confiança inclinando a
cabeça entregou seu espírito —
Inclinato capite tradidit spiritum.
Consideremos portanto atenta-
mente estas últimas palavras do
nosso redentor moribundo, esse
consummatum est, e essa entre-
ga que faz do seu espírito, pois
jamais se devem apagar da nos-
sa mente como dos nossos cora-
ções estas últimas circunstân-
cias que acompanharam seu
doloroso martírio.
Desta consumação tinha predi-
cado muitas vezes Jesus com
seus discípulos, e poucos dias
antes da sua Sagrada Paixão se
explicou mui claramente, dizen-
do: “Vamos para Jerusalém onde
cumprir-se-á tudo que está es-
crito a respeito do Filho de Deus
feito homem: o qual será entre-
gue nas mãos dos seus inimigos,
será escarnecido, açoitado, cus-
pir-lhe-ão na cara, e o entrega-
rão a morte: mas ao terceiro dia
ressuscitará entre os mortos,” e
todavia nos faz reparar a Sagra-
da Escritura que palavras tão
claras não foram compreendidas
por seus discípulos: muito por-
tanto importava que Jesus antes
de completar seu sacrifício, de-
clarasse de novo que tudo esta-
va concluído, que nada faltava
de tudo quanto tinha sido predito
e figurado pelo espaço de quatro
mil anos. Consummatum est—
em primeiro lugar se cumpriu
tudo quanto os Profetas tinham
anunciado sobre sua vida e Sa-
grada Paixão: pois não houve a
menor circunstância que não se
cumprisse exatamente, não só
cravado de pés e mãos no santo
lenho da Cruz, mas cuspido, es-
bofeteado, açoitado, coroado de
espinhos, tratado como malfei-
tor, reduzido a não ter figura
humana; e como entre os muitos
tormentos que estavam preditos
haviam também de lhe oferecer
fel e vinagre; por isso Jesus an-
tes de morrer, querendo se cum-
prisse primeiro esta particu-
A F a m í l i a C a t ó l i c aE d i ç ã o 1 0
ção de Jesus, deu glória a Deus, e não
duvidou mais de exclamar: Vere filius Dei
erat iste, verdadeiramente este era Filho
de Deus. Oh sublimes palavras que nos
fazem cada vez mais conhecer a divindade
de Jesus, ensinando-nos ao mesmo tempo
a quem devemos clamar na hora da morte;
Pater in manus tuas — Pai nas vossas
mãos.
Já não se trata mais do Limbo, não se
trata mais de ir ao seio de Abraão, como
nos quatro mil anos que precederam a
vinda do Redentor; mas às mãos de Deus;
trata-se de ir com Deus, trata-se da glória
do Paraíso; eis porque acabava de dizer ao
Ladrão arrependido: “Hoje estarás comigo
no Paraíso”. Abriram-se portanto estas
portas, e Jesus já clama para o Eterno Pai
devendo ser o primeiro a entrar, o primeiro
a tomar posse do Paraíso. Vede qual foi a
liberdade de Jesus tanto na vida, como na
morte: a Pedro entrega a Igreja, e a João a
sua Santíssima Mãe. Aos Apóstolos a Paz,
e aos crucificadores o perdão; aos solda-
dos seus vestidos, e aos bom Ladrão o
Paraíso; a José e Nicodemos seu corpo
sagrado, e a todos os fiéis sua Carne e seu
Sangue preciosíssimo. Faltava dispor da
sua Alma e esta entrega a seu Eterno Pai;
volta da onde tinha saído, e nos ensina
qual é o fim a que devem tender todas as
criaturas remidas com seu preciosíssimo
sangue. Só então deixando cair a cabeça,
expira: Inclinato capite expiravit! Dando
assim permissão à morte de se avizinhar,
tendo ela com razão receio de se aproxi-
mar do Autor da vida: por isso bradando
primeiro com aquela voz que mandava as
tempestades, que imperava aos ventos,
que subjugava os demônios, com aquela
voz que ordenava a um Lázaro sair do se-
pulcro, hoje Jesus chama a morte para
concluir seu sacrifício; e inclinando primei-
ro a cabeça entrega voluntariamente seu
espírito. Sim, morreu porque quis, visto
que: primeiramente, clamou com grande
voz, não o podendo fazer naturalmente
pelas torrentes de sangue que tinha derra-
mado por isso se assim podia clamar, tam-
bém podia não morrer; em segundo lugar
inclinou primeiro a cabeça, pondo-se na
posição em que queria morrer e depois
fechando seus olhos entregou sua alma,
sendo isto o contrário do que acontece aos
moribundos que morrem primeiro, deixan-
do depois cair a cabeça; morrendo Jesus
pelas três horas, isto é, na mesma hora em
que Adão pecou, conforme asseguram os
contemplativos, tendo-se aberto o Paraíso
por meio de Jesus, na mesma hora em que
tinha sido fechado por causa da culpa de
Adão pouco depois de meio dia. (...)
Compreendei agora ao que nos convida
hoje o Senhor—tudo está consumado: com
estas palavras nos adverte o moribundo
Jesus que não esperou a hora da morte
para cuidar da nossa salvação eterna (...).
Nós portanto à sua imitação não devemos
esperar a hora da morte para nos aplicar-
mos o fruto deste sacrifício, mas cuidar
toda a vida para o merecermos.
laridade, declarou que tinha sede —sitio;
e só depois de ter provado esta bebida
que por ultraje lhe ofereceram, só depois
de ter tragado as últimas fezes do cálice
da amargura, foi que nos assegurou que
todas as profecias estavam cumpridas:
Consummatum est. — cumpriram-se
todas as figuras que desde o princípio do
mundo até então o tinham caracteriza-
do: do inocente Abel morto pelo invejoso
irmão, como o reconheceu o mesmo
Pilatos que por inveja lho tinha entrega-
do; do submisso Isac, carregando a le-
nha do seu sacrifício; do forte David que
com o cajado e cinco pedras derrubou o
gigante Golias; do Cordeiro sem mancha,
e assim de todas as demais figuras tanto
da lei Natural, como da lei escrita.
Consummatum est— completou-se, em
segundo lugar, toda a amargura dos
padecimentos, esgotou-se tudo quanto
de penoso se podia imaginar; já não
havia mais enfurecer, tudo estava esgo-
tado: Consummatum est— primeiramen-
te porque Jesus padeceu toda a qualida-
de de injúrias, de sofrimentos; padeceu
da parte dos homens tanto gentios como
judeus: padeceu da parte dos Magistra-
dos e da parte do Povo, dos sacerdotes,
dos seculares, dos reis e dos soldados,
dos amigos e dos inimigos, dos anciãos
e dos doutores da lei, dos algozes e exe-
cutores da justiça. Padeceu Jesus na
Alma tristezas, temores, agonias e de-
samparo; padeceu na sua honra e repu-
tação pelas blasfêmias, insultos, ultrajes
e falsos que lhe levantaram— padeceu
finalmente no corpo uma sanguinolenta
flagelação, e todos os membros tiveram
particular padecimento: a cabeça martiri-
zada com agudos espinhos, as faces
entumecidas com bofetadas, a língua
com fel, os ouvidos com as blasfêmias,
os ombros machucados com o peso da
Cruz, as costas dilaceradas, o peito aber-
to, as mãos e os pés transpassados; não
houve membro que não padecesse, ne-
nhuma veia que não se ressentisse,
nenhuma entranha que não fosse tortu-
rada de algum modo, nem uma gota de
sangue que não fosse derramada. Em
segundo lugar esses tormentos foram
excessivos, nenhum martírio, nem todos
juntos podem igualar aos tormentos de
Jesus, quer pela delicada compleição do
seu corpo, sendo sem contradição a
obra mais perfeita do Criador, que lhe
deu um corpo próprio para padecer: por
isso tão extrema sensibilidade que, no
dizer de São Boaventura, a delicadeza
do calcanhar de Jesus excedia a delica-
deza da menina dos nossos olhos. Imagi-
nai-vos agora quais deviam ser seus
sofrimentos em razão da sensibilidade
dos seus nervos, estando três horas
suspenso no lenho da Cruz: quer pela
dor interna fundada nos pecados do
Gênero humano, pelos quais exigia Deus
satisfação tão rigorosa, e Jesus sofria
para todos, isto é, o que cada um de nós
devia sofrer com rigor de justiça; quer
porque sofria e padecia sem alívio e sem
consolação: nenhum bálsamo vinha suavi-
zar as afrontas, ultrajes, as dores intensís-
simas que lhe dilaceravam o seu sacratís-
simo corpo, sua benditíssima alma.
Consummatum est— em terceiro lugar,
está igualmente consumado, esgotada
toda a caridade, todo amor de Deus para
conosco: não podia ir mais longe de dar a
própria vida, não só pelos amigos, mas
pelos seus mesmos inimigos, derramando
todo o seu sangue quando uma só gota
bastava para satisfazer, pagar todas as
nossas dívidas, mas não era suficiente
para satisfazer seu imenso amor; o que
bastava para a Redenção, não bastava
para o amor do seu Coração; por isso Ele
veio não só para nos dar a graça, a vida,
mas para no-la dar abundantemente. Tudo
portanto está cumprido, tudo está consu-
mado, consummatum est, nada mais me
resta que fazer. Como se dissesse ao Eter-
no Pai: Tudo que tendes mandado, tudo
que tendes prescrito cumpriu-se exata-
mente, tudo vos ofereço, tudo vos peço
aceiteis para a salvação do gênero huma-
no; nada mais me resta senão morrer, e
concluir assim a grande obra da Redenção
por isso Jesus logo acrescentou: Pai nas
vossas mãos encomendo o meu espírito;
Pater in manus tuas comendo spiritum
meum.
Outro motivo ainda mais poderoso tinha
Jesus para clamar sobre a Cruz por seu
Eterno Pai; porque fora acusado de se
querer arrogar o título de Filho de Deus,
Filium Dei se fecit. Discutira-se esta verda-
de perante Caifás, e por esta razão o tive-
ram por um blasfemo, e réu de morte: esta
mesma acusação foi levada ao tribunal de
Pilatos, o qual em ouvindo que reclama-
vam sua condenação, porque se tinha feito
passar por filho de Deus, teve tanto temor
que, tomando-o a parte, começou de novo
interrogá-lo para saber de onde ele era,
embora Jesus nada lhe respondesse; e até
na Cruz tornaram-lhe a lançar em rosto
esta acusação, porque entre os outros
insultos diziam: Confiou em Deus, dizendo
que era filho de Deus, venha agora Deus a
livrá-lo: se na verdade és Filho de Deus,
desce da Cruz e nós creremos em ti. Com
muita razão por tanto quis Jesus manifes-
tar, na última hora, a estes incrédulos que
era realmente Filho de Deus, dizendo ain-
da antes de expirar que nas mãos deste
Pai Eterno entregava o seu espírito; pois
foi acabando de pronunciar estas palavras
que expirou: Et hoc dicens expiravit. Tanto
é verdade que o centurião que silencioso a
pouca distância escutava as palavras de
Jesus, compreendeu toda a força desta
sua oração, e não pode deixar de reconhe-
cer que Jesus era verdadeiramente Filho
de Deus. Vendo este pagão as trevas na
crucifixão, o clamor e a voz com que bra-
dou Jesus agonizante, lembrando como
Pilatos o tinha declarado inocente, conhe-
cendo como os judeus insultavam por inve-
ja, mas, sobretudo ouvindo como Jesus
pedia a seu Eterno Pai que lhes perdoasse,
e como Jesus morria entregando seu espí-
rito a Deus Seu Pai; compreendeu a filia-
Nota: Esta carta foi escrita por São
Paulo da Cruz, fundador dos passionis-
tas, aos seus irmãos e irmãs de sangue,
antes de sua retirada para o Monte Ar-
gentário.
“Que a santa paz de Jesus Cristo, que
excede todo o entendimento, guarde os
nossos corações.
Mui queridos irmãos e irmãs em Jesus
Cristo: Eu, pobre pecador, Paulo Francis-
co, vosso irmão e indigno servo dos po-
bres de Jesus, vejo-me obrigado, para
obedecer às santas inspirações do Céu,
a deixar esta cidade e retirar-me à soli-
dão, a fim de convidar não somente as
criaturas racionais, mas também as que
são privadas de razão e entendimento, a
chorarem comigo os meus enormes pe-
cados e cantarem os louvores de Deus, a
quem tanto ofendi.
Antes de partir para aquele santo reti-
ro, creio ser obrigação minha deixar-vos
alguns avisos espirituais, para progredir-
des sempre e com desdobrado fervor no
santo amor de Deus.
Em primeiro lugar, observai com gran-
de exatidão a santa Lei de Deus.
Tende afeto filial para com este Deus
que nos criou e nos remiu; pois é ele
digno de todo amor.
Sabei, meus queridos, que quanto
mais ternamente ama o filho a seu pai,
mais teme ofendê-lo e desgostá-lo. Este
santo amor será barreira que vos impedi-
rá de cairdes no pecado.
Amai a Deus, amai a este terno Pai,
com amor ardente; depositai nEle a mais
doce confiança. Que todas as vossas
orações, palavras, suspiros, penas e
lágrimas sejam verdadeiro holocausto
oferecido a seu infinito amor. Para man-
terdes esse santo amor, frequentai os
sacramentos. Não vos aproximeis do
santo altar senão para abrasardes sem-
pre mais a alma nas labaredas do divino
amor.
Ah! Meus queridos irmãos, nada vos
digo sobre a preparação para a Sagrada
Comunhão, porque suponho a fareis
com toda diligência possível. Lembrai-
vos de que se trata do ato mais sublime
que se possa praticar.
Ide frequentemente à igreja para ado-
rar o SS. Sacramento e visitai com gran-
de piedade o altar da SS. Virgem.
Não passeis um dia sem dedicardes
meia hora ou, ao menos, quinze minutos
à oração mental sobre a dolorosa Pai-
xão do Salvador. Recordai continuamen-
te as dores do nosso Amor Crucificado,
P á g i n a 3 A F a m í l i a C a t ó l i c a
convencendo-se de que os maiores san-
tos, que hoje, embriagados de amor, triun-
fam lá no Céu, chegaram à perfeição por
esse caminho.
Tende afetuosa devoção às dores de
Maria e à sua Imaculada Conceição, ao
Anjo da Guarda, aos vossos santos Padro-
eiros e, mui particularmente, aos santos
Apóstolos.
Recitai amiúde fervorosíssimas orações
jaculatórias. Indicar-vos-ei algumas: Oh!
Meu Deus, jamais vos houvesse ofendido!
- Esperança do meu coração, mil vezes a
morte antes que tornar a pecar.—Oh! Meu
Jesus, quando vos amarei? - Oh! Meu so-
berano Bem, feri, feri meu coração com o
vosso santo amor! - Oh! Meu Deus, quem
não vos ama não vos conhece.—Oh! Se
todos vos amassem, Amor infinito! - Quan-
do estará minha alma abrasada em vosso
santo amor?
Nas tribulações e nas dores, direis: Cum-
pra-se a vossa vontade, ó meu Deus! -
Bem-vindas sejam as aflições! - Queridas
penas, eu vos abraço e vos aperto ao co-
ração! - Sois as pedras preciosas enviadas
por Nosso Senhor. - Oh! Querida mão do
meu Deus, beijo-vos amorosamente! -
Bendito seja o açoite que, com tanto
amor, me fere! - Oh! Afetuoso Pai, bem
fazeis em humilhar-me!
Podeis recitá-las andando, trabalhando
e até em companhia de outras pessoas,
porque, se os homens estão em derredor
de vosso corpo, não estão em vossos co-
rações. Com tais jaculatórias beneficiareis
a alma, até em meio das mais graves ocu-
pações.
Lede diariamente algum livro espiritual e
fugi das más companhias, como se foge
de satanás.
Obedecei, com a máxima exatidão, aos
nossos pais: a obediência é pérola celes-
te. Foi por obediência que Jesus imolou
sua vida santíssima no madeiro da Cruz.
Compadecei-vos dos pobres. Sede justos
para com todos. Pagai sem tardança o
que deveis e, se o não podeis fazer, supli-
cai humildemente aos credores vos con-
cedam dilação.
Humilhai-vos diante de todos, por amor
de Deus.
Suplico-vos, enfim, recordai-vos sempre
do santo preceito do amor, último legado
de Jesus aos apóstolos: Dou-vos um man-
damento novo e é que vos ameis mutua-
mente, como eu vos tenho amado. (Jo
13,34).
Oh! Que doce linguagem! Amai-vos,
amai-vos mutuamente, meus queridos
irmãos e irmãs. Jamais amareis a Deus,
se vos não amardes uns aos outros. Ja-
mais haja discórdia entre vós. Se por
acaso pronunciardes qualquer palavra
ofensiva, calai imediatamente para que a
cólera não vos penetre o coração.
Deixo-vos pois, nas chagas sagradas de
Jesus e sob a proteção da Mãe das Do-
res. Sim, é onde vos deixo, bem como a
todos os parentes.
Rogo à SS. Virgem inunde vossos cora-
ções com suas pungentes lágrimas, impri-
mindo neles a lembrança contínua da
amaríssima Paixão de Jesus e de suas
próprias dores. Rogo-lhes outrossim vos
conceda a perseverança no seu santo
amor e a força e resignação nos sofrimen-
tos.
Tende por especial Protetora a Virgem
das Dores; jamais abandoneis a medita-
ção dos padecimentos do Redentor.
Deus, em sua infinita misericórdia, vos
cumule a todos de suas santas bênçãos.
Rezai por mim.
Deo gratias et Mariae semper Virgini.
Vosso indigníssimo irmão,
Paulo Francisco
O último dos servos dos Pobres de Jesus”
Adeus à família
CAÇADOR DE ALMAS—Pe. Luiz teresa de jesus agonizante
MÉTODO EXCELENTE DE CONTEMPLAR OS MISTÉRIOS DO
ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA
I- Profecia do velho Simeão
Nossa Senhora e São José levam o Meni-
no Jesus ao templo. ( Pai-Nosso)
1- Maria SS. cumpre as cerimônias da lei
da Purificação. ( Ave - Maria)
2- Oferece a Deus seu Divino Filho, tendo
nesse momento a vista profética de sua
Paixão e Morte. ( A. M.)
3- O Senhor aceita a oblação de seu Filho,
mas torna a entregar o Menino Deus a sua
Mãe para que Ela o crie para
o sacrifício supremo da Cruz. ( A. M.)
4- A virgem resgata seu filho por cinco
moedas de prata, sabendo que mais tarde
o a de entregar de novo para ser crucifica-
do. ( A.M.)
5- O santo velho Simeão reconhece o Me-
nino por Salvador do mundo, e prediz que
Ele será alvo da contradição. (A. M.)
6- Diz que uma espada de dor há de trans-
passar a alma da Virgem. (A. M.)
7- Desde essa hora a lembrança dos sofri-
mentos futuros de seu Filho transpassa a
alma da Senhora como uma espada de
dor. ( A. M.)
Gloria Patri.
II- Fugida para o Egito
O anjo ordena a São José que fuja para o
Egito. ( P. N.)
1- S. José avisa a Nossa Senhora no meio
da noite que é preciso fugir para salvar a
vida do Menino. ( A. M.)
2- Que dor sente a Virgem Santa! (A. M. )
3- Logo faz preparativos para a viagem e
toma ao colo o Menino Deus. (A. M.)
4- A Sagrada Família deixa sua casinha.
(A. M. )
5- Põem-se os santos viajantes a caminho
e deixam sua terra. (A. M. )
6- Quanto sofrem no caminho! (A. M. )
7- Quanto sofrem no Egito. ( A. M. )
Gloria Patri.
III- Maria Santíssima perde seu Divino
Filho durante três dias
A Sagrada Família vai ao templo, tendo o
Menino Jesus doze anos. (P. N.)
1- Na volta, o Menino fica em Jerusalém
sem que seus santos pais o percebam
(A.M.)
2- Maria SS. vai caminhando muito tris-
te por não ver seu santo Filho. (A. M. )
3- À tarde, quando se reúnem S. José e
Nossa Senhora, que iam por caminhos
diversos, ficam transpassados de dor por
não acharem o Menino, que cada um jul-
gava estar com o outro. (A. M. )
4- Procuram debalde a Jesus entre
os parentes e conhecidos, e finalmente
voltam a Jerusalém. (A. M. )
5 - Durante três dias procuram o Menino,
com imensa dor. (A. M. )
6- Quanto sofre a Virgem com a perda de
seu filho e a vista da aflição de seu casto
Esposo. (A. M. )
7- Depois de três dias, finalmente, Jesus é
encontrado por seus santos pais, no tem-
plo, assentado entre os doutores. (A. M. )
Gloria Patri.
IV- Maria Santíssima encontra seu Divino
Filho carregando a Cruz
A santa Virgem vai subindo o monte Calvá-
rio, procurando encontrar-se pela última
vez com seu Divino Filho. ( P. N.)
1- Ouve os insultos da multidão, e vê pas-
sar o povo raivoso. (A. M. )
2- Chega por fim Jesus ensanguentado,
exausto, carregando a Cruz. (A. M. )
3- Jesus tropeça e cai sob o peso da
Cruz. (A. M. )
4- Maria corre para seu Filho. (A. M. )
5- Lança-se aos pés de seu Filho e quer
falar-lhe, mas é impedida pela dor. (A. M. )
6- Logo os algozes repelem a Virgem, e
obrigam com maus tratos o Senhor a cami-
nhar para frente. (A. M. )
7- A Senhora vai seguindo seu bendito
Filho até o fim. (A. M. )
Gloria Patri.
V- Agonia e morte de Jesus
Ó Maria, minha Mãe, quanto sofreis, em
pé, junto da cruz onde agoniza vosso Filho!
(P. N. )
1- Quanto sofreis vendo o corpo de vosso
Filho, chagado, desconjuntado, pregado na
cruz! (A. M. )
2- Vendo-O insultado e escarnecido por
todos! (A. M. )
3- Quando O ouvis dizer: " Mulher eis aí teu
filho!". (A. M. )
4- Quando ouvis Jesus gemer: " Meu Deus!
Meu Deus! porque me desamparas-
tes?!” (A.M)
5- Quando O ouvis dizer: " Tenho sede!" (A.
M. )
6- Quando os algozes dão a beber vinagre
a vosso divino Filho! (A. M. )
7- Quando vedes vosso Filho expirar cruci-
ficado! (A. M. )
Gloria Patri
VI- Jesus é descido da cruz e colocado nos
braços de sua Mãe
Aflição e desamparo da Senhora junto da
cruz, após a morte de seu Filho. (P. N. )
1- Um soldado abre o lado de Jesus com
Edição:
Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES
http:/ww.nossasenhoradasalegrias.com.br
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Contemplação dos mistérios da Coroa das sete Dores de Nossa Senhora
uma lança, deixando transpassado . .
de dor. (A. M. )
2- Imediatamente brota sangue e água
do lado de Jesus. (A. M. )
3- O corpo morto do Senhor é descido da
cruz. (A. M. )
4- É colocado nos braços de sua santa
Mãe. (A. M. )
5- Quanto sofre a Virgem contemplando
as chagas de seu Filho! (A. M. )
6- Ó meu Salvador, eu vos contemplo em
união com vossa Divina Mãe e Vos agra-
deço tudo que por mim sofrestes. (A. M. )
7- Ó santa Mãe, grave profundamente em
meu coração as chagas de vosso Filho
crucificado. (A. M. )
Gloria Patri.
VIII- Sepultura de Jesus e soledade da
Senhora
Nossa Senhora acompanha à sepultura o
corpo de seu Divino Filho. ( P. N. )
1- Chega ao horto onde o Senhor vai ser
sepultado. (A. M. )
2- A Virgem dolorosa despede-se de seu
Filho pela última vez. (A. M. )
3- O corpo de Jesus é colocado no sepul-
cro. (A. M. )
4- O sepulcro é fechado com uma grande
pedra. (A. M. )
5- Que dor sente Maria Santíssima! (A.
M. )
6- A Senhora volta tristemente, sem mais
seu Filho vivo nem morto. (A. M. )
7- Soledade de Maria. (A. M. )
Gloria Patri
* Três " Ave-Marias" no fim em honradas
tristezas por que passou a Senhora: 1ª
desde seu nascimento até á Paixão; 2ª
na Paixão de seu Divino Filho; 3ª no resto
de sua santa vida.
V.: Rogai por nós, ó Virgem dolorosíssima.
R.: Para que sejamos dignos das promes-
sas de Cristo
Oremos: Interceda por nós, Senhor Jesus
Cristo, agora e na hora de nossa morte,
ante a vossa clemência, Bem-aventurada
Virgem Maria vossa Mãe, cu-
ja sacratíssima alma, foi transpassada
por uma espada de dor na hora de vossa
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As últimas palavras de Jesus e os detalhes da sua morte

  • 1. É coisa muito natural, quando se ouve falar de algum grande acontecimento, querer o ho- mem saber as particularidades que o acompanharam, querer o homem conhecer as circunstân- cias todas que tiveram lugar: ora jamais houve acontecimen- to tão extraordinário como a morte do Filho de Deus, jamais ouve acontecimento que tanto interessasse o gênero humano como o que passou sobre o Calvário na morte do Amantíssi- mo Salvador Jesus. Já havia três horas que Jesus agonizava so- bre a Cruz, ouvindo ultrajes e desafios que se iam sucedendo sem interrupção, e Ele silencio- so os ia oferecendo ao Eterno Pai pela redenção do mundo. Nunca houve uma hora tão solene tanto no Céu como na Terra, e até nos mesmos abis- mos infernais. Um profundo silêncio se fez no Céu: não so- mente interrompidos ficaram os harmoniosos cânticos das legi- ões celestiais, mas até os Anjos choravam amargamente, toda a corte celeste tinha os olhos fitos sobre o Calvário. A terra tremendo, e o sol es- condendo sua luz, anunciavam por todo o universo as últimas horas de Jesus agonizante; com muito acerto o proclamou em Atenas o célebre Dionísio Aero- pagita, dizendo: “Ou chegou o fim de todas as coisas, ou o Autor da natureza padece.” O mesmo Inferno espantado começava a reconhecer sua derrota; já se abriam os sepul- cros; já a morte se mostrava vencida, já as almas dos justos se preparavam para cantar suas vitórias. E Jesus pendente da Cruz no maior e mais profundo silêncio dava tempo para que reparassem nos seus sofrimen- tos, para que reparassem na sua resignação e paciência; en- ÚLTIMAS PALAVRAS DE JESUS E OUTRAS CIRCUNSTÂNCIAS DA MORTE Leituras populares da sagrada paixão de nosso senhor jesus cristo e dores de maria santíssima SANTOS E FESTAS DO MÊS: 02– São Gregório de Nissa; 06– Santas Perpétua e Felicidade; 07– São Tomás de Aquino; 09– Santa Francisca Roma- na; 12– São Gregório Magno; 18– São Cirilo; 19– São José; 21– São Bento; 24– São Gabriel; 25– Anunciação da Virgem Maria; 25- São Dimas; 25– Aniversário de S.E.R Monsenhor Marcel Lefebvre; 27– São João Damasceno. N E S T A E D I Ç Ã O : Meditação sobre a Paixão de Nosso Senhor 1 continuação 2 São Paulo da Cruz 3 Dores de Maria Santíssi- ma 4 Março/ 2014Edição 10 A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S tretanto repartia benefícios, per- doava aos inimigos, prometia recompensa aos arrependidos, e oferecia sua própria Mãe como advogada de todo o gênero huma- no. Três horas havia que o divino Salvador padecia no dolorosíssi- mo leito da Cruz, e teria desejado prolongar mais este seu martírio, embora o Eterno Pai abandonan- do-o o privasse de todo o confor- to, de toda consolação. Porém havia chegado o tempo de conclu- ir a Redenção do Gênero humano, e de voltar Jesus ao Eterno Pai d’onde tinha saído; chegara o tempo de ir tomar posse da glória que bem tinha merecido; todavia não quis sair deste mundo sem nos declarar primeiro que tudo quanto estava predito, tudo quan- to devia sofrer, tudo quanto dizia respeito à Redenção do mundo, tudo estava concluído — consummatum est; e só porque estava finalmente concluído esse grande Sacrifício permitiu que sua santíssima alma saísse do seu sagrado corpo, por isso a encomendou ao seu Eterno Pai e nesta confiança inclinando a cabeça entregou seu espírito — Inclinato capite tradidit spiritum. Consideremos portanto atenta- mente estas últimas palavras do nosso redentor moribundo, esse consummatum est, e essa entre- ga que faz do seu espírito, pois jamais se devem apagar da nos- sa mente como dos nossos cora- ções estas últimas circunstân- cias que acompanharam seu doloroso martírio. Desta consumação tinha predi- cado muitas vezes Jesus com seus discípulos, e poucos dias antes da sua Sagrada Paixão se explicou mui claramente, dizen- do: “Vamos para Jerusalém onde cumprir-se-á tudo que está es- crito a respeito do Filho de Deus feito homem: o qual será entre- gue nas mãos dos seus inimigos, será escarnecido, açoitado, cus- pir-lhe-ão na cara, e o entrega- rão a morte: mas ao terceiro dia ressuscitará entre os mortos,” e todavia nos faz reparar a Sagra- da Escritura que palavras tão claras não foram compreendidas por seus discípulos: muito por- tanto importava que Jesus antes de completar seu sacrifício, de- clarasse de novo que tudo esta- va concluído, que nada faltava de tudo quanto tinha sido predito e figurado pelo espaço de quatro mil anos. Consummatum est— em primeiro lugar se cumpriu tudo quanto os Profetas tinham anunciado sobre sua vida e Sa- grada Paixão: pois não houve a menor circunstância que não se cumprisse exatamente, não só cravado de pés e mãos no santo lenho da Cruz, mas cuspido, es- bofeteado, açoitado, coroado de espinhos, tratado como malfei- tor, reduzido a não ter figura humana; e como entre os muitos tormentos que estavam preditos haviam também de lhe oferecer fel e vinagre; por isso Jesus an- tes de morrer, querendo se cum- prisse primeiro esta particu-
  • 2. A F a m í l i a C a t ó l i c aE d i ç ã o 1 0 ção de Jesus, deu glória a Deus, e não duvidou mais de exclamar: Vere filius Dei erat iste, verdadeiramente este era Filho de Deus. Oh sublimes palavras que nos fazem cada vez mais conhecer a divindade de Jesus, ensinando-nos ao mesmo tempo a quem devemos clamar na hora da morte; Pater in manus tuas — Pai nas vossas mãos. Já não se trata mais do Limbo, não se trata mais de ir ao seio de Abraão, como nos quatro mil anos que precederam a vinda do Redentor; mas às mãos de Deus; trata-se de ir com Deus, trata-se da glória do Paraíso; eis porque acabava de dizer ao Ladrão arrependido: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. Abriram-se portanto estas portas, e Jesus já clama para o Eterno Pai devendo ser o primeiro a entrar, o primeiro a tomar posse do Paraíso. Vede qual foi a liberdade de Jesus tanto na vida, como na morte: a Pedro entrega a Igreja, e a João a sua Santíssima Mãe. Aos Apóstolos a Paz, e aos crucificadores o perdão; aos solda- dos seus vestidos, e aos bom Ladrão o Paraíso; a José e Nicodemos seu corpo sagrado, e a todos os fiéis sua Carne e seu Sangue preciosíssimo. Faltava dispor da sua Alma e esta entrega a seu Eterno Pai; volta da onde tinha saído, e nos ensina qual é o fim a que devem tender todas as criaturas remidas com seu preciosíssimo sangue. Só então deixando cair a cabeça, expira: Inclinato capite expiravit! Dando assim permissão à morte de se avizinhar, tendo ela com razão receio de se aproxi- mar do Autor da vida: por isso bradando primeiro com aquela voz que mandava as tempestades, que imperava aos ventos, que subjugava os demônios, com aquela voz que ordenava a um Lázaro sair do se- pulcro, hoje Jesus chama a morte para concluir seu sacrifício; e inclinando primei- ro a cabeça entrega voluntariamente seu espírito. Sim, morreu porque quis, visto que: primeiramente, clamou com grande voz, não o podendo fazer naturalmente pelas torrentes de sangue que tinha derra- mado por isso se assim podia clamar, tam- bém podia não morrer; em segundo lugar inclinou primeiro a cabeça, pondo-se na posição em que queria morrer e depois fechando seus olhos entregou sua alma, sendo isto o contrário do que acontece aos moribundos que morrem primeiro, deixan- do depois cair a cabeça; morrendo Jesus pelas três horas, isto é, na mesma hora em que Adão pecou, conforme asseguram os contemplativos, tendo-se aberto o Paraíso por meio de Jesus, na mesma hora em que tinha sido fechado por causa da culpa de Adão pouco depois de meio dia. (...) Compreendei agora ao que nos convida hoje o Senhor—tudo está consumado: com estas palavras nos adverte o moribundo Jesus que não esperou a hora da morte para cuidar da nossa salvação eterna (...). Nós portanto à sua imitação não devemos esperar a hora da morte para nos aplicar- mos o fruto deste sacrifício, mas cuidar toda a vida para o merecermos. laridade, declarou que tinha sede —sitio; e só depois de ter provado esta bebida que por ultraje lhe ofereceram, só depois de ter tragado as últimas fezes do cálice da amargura, foi que nos assegurou que todas as profecias estavam cumpridas: Consummatum est. — cumpriram-se todas as figuras que desde o princípio do mundo até então o tinham caracteriza- do: do inocente Abel morto pelo invejoso irmão, como o reconheceu o mesmo Pilatos que por inveja lho tinha entrega- do; do submisso Isac, carregando a le- nha do seu sacrifício; do forte David que com o cajado e cinco pedras derrubou o gigante Golias; do Cordeiro sem mancha, e assim de todas as demais figuras tanto da lei Natural, como da lei escrita. Consummatum est— completou-se, em segundo lugar, toda a amargura dos padecimentos, esgotou-se tudo quanto de penoso se podia imaginar; já não havia mais enfurecer, tudo estava esgo- tado: Consummatum est— primeiramen- te porque Jesus padeceu toda a qualida- de de injúrias, de sofrimentos; padeceu da parte dos homens tanto gentios como judeus: padeceu da parte dos Magistra- dos e da parte do Povo, dos sacerdotes, dos seculares, dos reis e dos soldados, dos amigos e dos inimigos, dos anciãos e dos doutores da lei, dos algozes e exe- cutores da justiça. Padeceu Jesus na Alma tristezas, temores, agonias e de- samparo; padeceu na sua honra e repu- tação pelas blasfêmias, insultos, ultrajes e falsos que lhe levantaram— padeceu finalmente no corpo uma sanguinolenta flagelação, e todos os membros tiveram particular padecimento: a cabeça martiri- zada com agudos espinhos, as faces entumecidas com bofetadas, a língua com fel, os ouvidos com as blasfêmias, os ombros machucados com o peso da Cruz, as costas dilaceradas, o peito aber- to, as mãos e os pés transpassados; não houve membro que não padecesse, ne- nhuma veia que não se ressentisse, nenhuma entranha que não fosse tortu- rada de algum modo, nem uma gota de sangue que não fosse derramada. Em segundo lugar esses tormentos foram excessivos, nenhum martírio, nem todos juntos podem igualar aos tormentos de Jesus, quer pela delicada compleição do seu corpo, sendo sem contradição a obra mais perfeita do Criador, que lhe deu um corpo próprio para padecer: por isso tão extrema sensibilidade que, no dizer de São Boaventura, a delicadeza do calcanhar de Jesus excedia a delica- deza da menina dos nossos olhos. Imagi- nai-vos agora quais deviam ser seus sofrimentos em razão da sensibilidade dos seus nervos, estando três horas suspenso no lenho da Cruz: quer pela dor interna fundada nos pecados do Gênero humano, pelos quais exigia Deus satisfação tão rigorosa, e Jesus sofria para todos, isto é, o que cada um de nós devia sofrer com rigor de justiça; quer porque sofria e padecia sem alívio e sem consolação: nenhum bálsamo vinha suavi- zar as afrontas, ultrajes, as dores intensís- simas que lhe dilaceravam o seu sacratís- simo corpo, sua benditíssima alma. Consummatum est— em terceiro lugar, está igualmente consumado, esgotada toda a caridade, todo amor de Deus para conosco: não podia ir mais longe de dar a própria vida, não só pelos amigos, mas pelos seus mesmos inimigos, derramando todo o seu sangue quando uma só gota bastava para satisfazer, pagar todas as nossas dívidas, mas não era suficiente para satisfazer seu imenso amor; o que bastava para a Redenção, não bastava para o amor do seu Coração; por isso Ele veio não só para nos dar a graça, a vida, mas para no-la dar abundantemente. Tudo portanto está cumprido, tudo está consu- mado, consummatum est, nada mais me resta que fazer. Como se dissesse ao Eter- no Pai: Tudo que tendes mandado, tudo que tendes prescrito cumpriu-se exata- mente, tudo vos ofereço, tudo vos peço aceiteis para a salvação do gênero huma- no; nada mais me resta senão morrer, e concluir assim a grande obra da Redenção por isso Jesus logo acrescentou: Pai nas vossas mãos encomendo o meu espírito; Pater in manus tuas comendo spiritum meum. Outro motivo ainda mais poderoso tinha Jesus para clamar sobre a Cruz por seu Eterno Pai; porque fora acusado de se querer arrogar o título de Filho de Deus, Filium Dei se fecit. Discutira-se esta verda- de perante Caifás, e por esta razão o tive- ram por um blasfemo, e réu de morte: esta mesma acusação foi levada ao tribunal de Pilatos, o qual em ouvindo que reclama- vam sua condenação, porque se tinha feito passar por filho de Deus, teve tanto temor que, tomando-o a parte, começou de novo interrogá-lo para saber de onde ele era, embora Jesus nada lhe respondesse; e até na Cruz tornaram-lhe a lançar em rosto esta acusação, porque entre os outros insultos diziam: Confiou em Deus, dizendo que era filho de Deus, venha agora Deus a livrá-lo: se na verdade és Filho de Deus, desce da Cruz e nós creremos em ti. Com muita razão por tanto quis Jesus manifes- tar, na última hora, a estes incrédulos que era realmente Filho de Deus, dizendo ain- da antes de expirar que nas mãos deste Pai Eterno entregava o seu espírito; pois foi acabando de pronunciar estas palavras que expirou: Et hoc dicens expiravit. Tanto é verdade que o centurião que silencioso a pouca distância escutava as palavras de Jesus, compreendeu toda a força desta sua oração, e não pode deixar de reconhe- cer que Jesus era verdadeiramente Filho de Deus. Vendo este pagão as trevas na crucifixão, o clamor e a voz com que bra- dou Jesus agonizante, lembrando como Pilatos o tinha declarado inocente, conhe- cendo como os judeus insultavam por inve- ja, mas, sobretudo ouvindo como Jesus pedia a seu Eterno Pai que lhes perdoasse, e como Jesus morria entregando seu espí- rito a Deus Seu Pai; compreendeu a filia-
  • 3. Nota: Esta carta foi escrita por São Paulo da Cruz, fundador dos passionis- tas, aos seus irmãos e irmãs de sangue, antes de sua retirada para o Monte Ar- gentário. “Que a santa paz de Jesus Cristo, que excede todo o entendimento, guarde os nossos corações. Mui queridos irmãos e irmãs em Jesus Cristo: Eu, pobre pecador, Paulo Francis- co, vosso irmão e indigno servo dos po- bres de Jesus, vejo-me obrigado, para obedecer às santas inspirações do Céu, a deixar esta cidade e retirar-me à soli- dão, a fim de convidar não somente as criaturas racionais, mas também as que são privadas de razão e entendimento, a chorarem comigo os meus enormes pe- cados e cantarem os louvores de Deus, a quem tanto ofendi. Antes de partir para aquele santo reti- ro, creio ser obrigação minha deixar-vos alguns avisos espirituais, para progredir- des sempre e com desdobrado fervor no santo amor de Deus. Em primeiro lugar, observai com gran- de exatidão a santa Lei de Deus. Tende afeto filial para com este Deus que nos criou e nos remiu; pois é ele digno de todo amor. Sabei, meus queridos, que quanto mais ternamente ama o filho a seu pai, mais teme ofendê-lo e desgostá-lo. Este santo amor será barreira que vos impedi- rá de cairdes no pecado. Amai a Deus, amai a este terno Pai, com amor ardente; depositai nEle a mais doce confiança. Que todas as vossas orações, palavras, suspiros, penas e lágrimas sejam verdadeiro holocausto oferecido a seu infinito amor. Para man- terdes esse santo amor, frequentai os sacramentos. Não vos aproximeis do santo altar senão para abrasardes sem- pre mais a alma nas labaredas do divino amor. Ah! Meus queridos irmãos, nada vos digo sobre a preparação para a Sagrada Comunhão, porque suponho a fareis com toda diligência possível. Lembrai- vos de que se trata do ato mais sublime que se possa praticar. Ide frequentemente à igreja para ado- rar o SS. Sacramento e visitai com gran- de piedade o altar da SS. Virgem. Não passeis um dia sem dedicardes meia hora ou, ao menos, quinze minutos à oração mental sobre a dolorosa Pai- xão do Salvador. Recordai continuamen- te as dores do nosso Amor Crucificado, P á g i n a 3 A F a m í l i a C a t ó l i c a convencendo-se de que os maiores san- tos, que hoje, embriagados de amor, triun- fam lá no Céu, chegaram à perfeição por esse caminho. Tende afetuosa devoção às dores de Maria e à sua Imaculada Conceição, ao Anjo da Guarda, aos vossos santos Padro- eiros e, mui particularmente, aos santos Apóstolos. Recitai amiúde fervorosíssimas orações jaculatórias. Indicar-vos-ei algumas: Oh! Meu Deus, jamais vos houvesse ofendido! - Esperança do meu coração, mil vezes a morte antes que tornar a pecar.—Oh! Meu Jesus, quando vos amarei? - Oh! Meu so- berano Bem, feri, feri meu coração com o vosso santo amor! - Oh! Meu Deus, quem não vos ama não vos conhece.—Oh! Se todos vos amassem, Amor infinito! - Quan- do estará minha alma abrasada em vosso santo amor? Nas tribulações e nas dores, direis: Cum- pra-se a vossa vontade, ó meu Deus! - Bem-vindas sejam as aflições! - Queridas penas, eu vos abraço e vos aperto ao co- ração! - Sois as pedras preciosas enviadas por Nosso Senhor. - Oh! Querida mão do meu Deus, beijo-vos amorosamente! - Bendito seja o açoite que, com tanto amor, me fere! - Oh! Afetuoso Pai, bem fazeis em humilhar-me! Podeis recitá-las andando, trabalhando e até em companhia de outras pessoas, porque, se os homens estão em derredor de vosso corpo, não estão em vossos co- rações. Com tais jaculatórias beneficiareis a alma, até em meio das mais graves ocu- pações. Lede diariamente algum livro espiritual e fugi das más companhias, como se foge de satanás. Obedecei, com a máxima exatidão, aos nossos pais: a obediência é pérola celes- te. Foi por obediência que Jesus imolou sua vida santíssima no madeiro da Cruz. Compadecei-vos dos pobres. Sede justos para com todos. Pagai sem tardança o que deveis e, se o não podeis fazer, supli- cai humildemente aos credores vos con- cedam dilação. Humilhai-vos diante de todos, por amor de Deus. Suplico-vos, enfim, recordai-vos sempre do santo preceito do amor, último legado de Jesus aos apóstolos: Dou-vos um man- damento novo e é que vos ameis mutua- mente, como eu vos tenho amado. (Jo 13,34). Oh! Que doce linguagem! Amai-vos, amai-vos mutuamente, meus queridos irmãos e irmãs. Jamais amareis a Deus, se vos não amardes uns aos outros. Ja- mais haja discórdia entre vós. Se por acaso pronunciardes qualquer palavra ofensiva, calai imediatamente para que a cólera não vos penetre o coração. Deixo-vos pois, nas chagas sagradas de Jesus e sob a proteção da Mãe das Do- res. Sim, é onde vos deixo, bem como a todos os parentes. Rogo à SS. Virgem inunde vossos cora- ções com suas pungentes lágrimas, impri- mindo neles a lembrança contínua da amaríssima Paixão de Jesus e de suas próprias dores. Rogo-lhes outrossim vos conceda a perseverança no seu santo amor e a força e resignação nos sofrimen- tos. Tende por especial Protetora a Virgem das Dores; jamais abandoneis a medita- ção dos padecimentos do Redentor. Deus, em sua infinita misericórdia, vos cumule a todos de suas santas bênçãos. Rezai por mim. Deo gratias et Mariae semper Virgini. Vosso indigníssimo irmão, Paulo Francisco O último dos servos dos Pobres de Jesus” Adeus à família CAÇADOR DE ALMAS—Pe. Luiz teresa de jesus agonizante
  • 4. MÉTODO EXCELENTE DE CONTEMPLAR OS MISTÉRIOS DO ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA I- Profecia do velho Simeão Nossa Senhora e São José levam o Meni- no Jesus ao templo. ( Pai-Nosso) 1- Maria SS. cumpre as cerimônias da lei da Purificação. ( Ave - Maria) 2- Oferece a Deus seu Divino Filho, tendo nesse momento a vista profética de sua Paixão e Morte. ( A. M.) 3- O Senhor aceita a oblação de seu Filho, mas torna a entregar o Menino Deus a sua Mãe para que Ela o crie para o sacrifício supremo da Cruz. ( A. M.) 4- A virgem resgata seu filho por cinco moedas de prata, sabendo que mais tarde o a de entregar de novo para ser crucifica- do. ( A.M.) 5- O santo velho Simeão reconhece o Me- nino por Salvador do mundo, e prediz que Ele será alvo da contradição. (A. M.) 6- Diz que uma espada de dor há de trans- passar a alma da Virgem. (A. M.) 7- Desde essa hora a lembrança dos sofri- mentos futuros de seu Filho transpassa a alma da Senhora como uma espada de dor. ( A. M.) Gloria Patri. II- Fugida para o Egito O anjo ordena a São José que fuja para o Egito. ( P. N.) 1- S. José avisa a Nossa Senhora no meio da noite que é preciso fugir para salvar a vida do Menino. ( A. M.) 2- Que dor sente a Virgem Santa! (A. M. ) 3- Logo faz preparativos para a viagem e toma ao colo o Menino Deus. (A. M.) 4- A Sagrada Família deixa sua casinha. (A. M. ) 5- Põem-se os santos viajantes a caminho e deixam sua terra. (A. M. ) 6- Quanto sofrem no caminho! (A. M. ) 7- Quanto sofrem no Egito. ( A. M. ) Gloria Patri. III- Maria Santíssima perde seu Divino Filho durante três dias A Sagrada Família vai ao templo, tendo o Menino Jesus doze anos. (P. N.) 1- Na volta, o Menino fica em Jerusalém sem que seus santos pais o percebam (A.M.) 2- Maria SS. vai caminhando muito tris- te por não ver seu santo Filho. (A. M. ) 3- À tarde, quando se reúnem S. José e Nossa Senhora, que iam por caminhos diversos, ficam transpassados de dor por não acharem o Menino, que cada um jul- gava estar com o outro. (A. M. ) 4- Procuram debalde a Jesus entre os parentes e conhecidos, e finalmente voltam a Jerusalém. (A. M. ) 5 - Durante três dias procuram o Menino, com imensa dor. (A. M. ) 6- Quanto sofre a Virgem com a perda de seu filho e a vista da aflição de seu casto Esposo. (A. M. ) 7- Depois de três dias, finalmente, Jesus é encontrado por seus santos pais, no tem- plo, assentado entre os doutores. (A. M. ) Gloria Patri. IV- Maria Santíssima encontra seu Divino Filho carregando a Cruz A santa Virgem vai subindo o monte Calvá- rio, procurando encontrar-se pela última vez com seu Divino Filho. ( P. N.) 1- Ouve os insultos da multidão, e vê pas- sar o povo raivoso. (A. M. ) 2- Chega por fim Jesus ensanguentado, exausto, carregando a Cruz. (A. M. ) 3- Jesus tropeça e cai sob o peso da Cruz. (A. M. ) 4- Maria corre para seu Filho. (A. M. ) 5- Lança-se aos pés de seu Filho e quer falar-lhe, mas é impedida pela dor. (A. M. ) 6- Logo os algozes repelem a Virgem, e obrigam com maus tratos o Senhor a cami- nhar para frente. (A. M. ) 7- A Senhora vai seguindo seu bendito Filho até o fim. (A. M. ) Gloria Patri. V- Agonia e morte de Jesus Ó Maria, minha Mãe, quanto sofreis, em pé, junto da cruz onde agoniza vosso Filho! (P. N. ) 1- Quanto sofreis vendo o corpo de vosso Filho, chagado, desconjuntado, pregado na cruz! (A. M. ) 2- Vendo-O insultado e escarnecido por todos! (A. M. ) 3- Quando O ouvis dizer: " Mulher eis aí teu filho!". (A. M. ) 4- Quando ouvis Jesus gemer: " Meu Deus! Meu Deus! porque me desamparas- tes?!” (A.M) 5- Quando O ouvis dizer: " Tenho sede!" (A. M. ) 6- Quando os algozes dão a beber vinagre a vosso divino Filho! (A. M. ) 7- Quando vedes vosso Filho expirar cruci- ficado! (A. M. ) Gloria Patri VI- Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de sua Mãe Aflição e desamparo da Senhora junto da cruz, após a morte de seu Filho. (P. N. ) 1- Um soldado abre o lado de Jesus com Edição: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES http:/ww.nossasenhoradasalegrias.com.br Entre em contato conosco pelo e-mail: jornalafamiliacatolica@gmail.com Contemplação dos mistérios da Coroa das sete Dores de Nossa Senhora uma lança, deixando transpassado . . de dor. (A. M. ) 2- Imediatamente brota sangue e água do lado de Jesus. (A. M. ) 3- O corpo morto do Senhor é descido da cruz. (A. M. ) 4- É colocado nos braços de sua santa Mãe. (A. M. ) 5- Quanto sofre a Virgem contemplando as chagas de seu Filho! (A. M. ) 6- Ó meu Salvador, eu vos contemplo em união com vossa Divina Mãe e Vos agra- deço tudo que por mim sofrestes. (A. M. ) 7- Ó santa Mãe, grave profundamente em meu coração as chagas de vosso Filho crucificado. (A. M. ) Gloria Patri. VIII- Sepultura de Jesus e soledade da Senhora Nossa Senhora acompanha à sepultura o corpo de seu Divino Filho. ( P. N. ) 1- Chega ao horto onde o Senhor vai ser sepultado. (A. M. ) 2- A Virgem dolorosa despede-se de seu Filho pela última vez. (A. M. ) 3- O corpo de Jesus é colocado no sepul- cro. (A. M. ) 4- O sepulcro é fechado com uma grande pedra. (A. M. ) 5- Que dor sente Maria Santíssima! (A. M. ) 6- A Senhora volta tristemente, sem mais seu Filho vivo nem morto. (A. M. ) 7- Soledade de Maria. (A. M. ) Gloria Patri * Três " Ave-Marias" no fim em honradas tristezas por que passou a Senhora: 1ª desde seu nascimento até á Paixão; 2ª na Paixão de seu Divino Filho; 3ª no resto de sua santa vida. V.: Rogai por nós, ó Virgem dolorosíssima. R.: Para que sejamos dignos das promes- sas de Cristo Oremos: Interceda por nós, Senhor Jesus Cristo, agora e na hora de nossa morte, ante a vossa clemência, Bem-aventurada Virgem Maria vossa Mãe, cu- ja sacratíssima alma, foi transpassada por uma espada de dor na hora de vossa Paixão. Nós vôl-o pedimos por Vós mes- mo, Salvador do mundo, que com o Pa- dre e o Espírito Santo viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.