Os Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto são apresentados como exemplos de humildade, fidelidade e devoção a Deus e à Igreja. Embora tenham vivido curtas vidas, ofereceram muitos sacrifícios e orações pela conversão dos pecadores. Seu exemplo de santidade continua inspirando os fiéis hoje.
2. MISTÉRIOS DO TERÇO
Esquema 1
1.º Mistério:
Os Beatos Francisco e Jacinta, durante a sua curta vida, foram um exemplo de
humildade e fidelidade. Segundo o testemunho da Irmã Lúcia, “jamais se viu
no Francisco o mínimo sinal de vaidade ou de orgulho” e que a Jacinta “era
extraordinariamente fiel no cumprimento dos deveres de cada dia”.
Depois das aparições, ambos tentaram cumprir ao máximo com os pedidos da
Senhora, oferecendo-se desde o primeiro dia para fazer a vontade de Deus
sempre e em tudo.
Peçamos neste mistério, o dom da humildade e que o exemplo dos Pastorinhos
nos dê força para aceitarmos sempre a vontade de Deus.
2.º Mistério:
Todos nós, crianças, jovens, adultos e idosos, podemos encontrar no Francisco
e na Jacinta exemplos admiráveis de vida de Fé íntegra, responsável e heroica.
A Igreja propõe-nos que veneremos os Pastorinhos para os imitar na sua Fé e
no seu exemplo de esperança e caridade. As suas vidas de santidade são para
todos, em especial para as crianças, um estímulo a conhecer e viver melhor a
Mensagem de Fátima que não é outra senão a do próprio Evangelho.
Peçamos neste mistério, pelas crianças do mundo inteiro, para que, a exemplo
dos Beatos Francisco e Jacinta, cresçam cada vez mais na Fé, na esperança e
no Amor a Deus.
3. 3.º Mistério:
Os Pastorinhos de Fátima sempre foram sensíveis ao Sagrado. O Francisco,
depois de ter recebido a Comunhão das mãos do Anjo, disse: “Do que gostei
mais foi de ver Nosso Senhor naquela luz. Gosto tanto de Deus!” Foi este amor
a Deus que moveu toda a vida destas duas crianças, mesmo antes das apari-
ções. Na educação cristã dos dois pequenos videntes, o papel dos seus pais foi
decisivo, uma vez que foi no ambiente familiar que aprenderam a amar a Deus
e a Igreja.
Peçamos neste mistério, por todos os pais e educadores. Para que, por interces-
são dos Pastorinhos Francisco e Jacinta, saibam ajudar os mais novos a crescer
«em sabedoria e em graça, diante de Deus e dos homens».
4.º Mistério:
A pequena Jacinta ficou muito tocada com a visão do Inferno, em Julho de
1917. Um dia disse-lhe a Lúcia: “Não tenhas medo, tu vais para o Céu”. Mas ela
respondeu: “Pois vou, mas eu queria que toda aquela gente fosse para lá tam-
bém”. A Jacinta vivia motivada pelo desejo de rezar pela conversão dos peca-
dores e de livrar as almas do Inferno. Este é também um acto de caridade que
devemos praticar: rezar pela conversão dos pecadores e, pela nossa palavra e
exemplo, levar o nosso próximo a não voltar a pecar.
Peçamos neste mistério, que sejamos capazes, como os Pastorinhos, de rezar
não só pela nossa salvação, mas também pela salvação daqueles que nos
rodeiam e que mais precisam de conversão.
5.º Mistério:
Os Pastorinhos de Fátima tinham um profundo horror ao pecado. Devido à
sua tenra idade não tiveram nem paixões, nem especiais formas de tentação.
No entanto, sabendo como os pecados ofendiam tanto a Nosso Senhor, estas
duas crianças dispuseram-se a evitar tudo o que entristecia a Deus. A Jacinta,
já no seu leito de morte, diz de que maneira se deve evitar o pecado: «Ser puro
no corpo é guardar a castidade; e ser puro de alma é não fazer pecados; não
olhar para o que não se deve ver, não roubar, não mentir nunca e dizer sempre
a verdade, ainda que nos custe muito».
Neste mistério rezemos, como os Pastorinhos, pela conversão dos pecadores, a
começar pela conversão de cada um de nós.
4. MISTÉRIOS DO TERÇO
Esquema 2
1.º Mistério:
Desejosos de “converter pecadores e consolar Nosso Senhor”, os Pastorinhos
privavam-se de muitas coisas, oferecendo a Deus sacrifícios e renúncias. Algu-
mas dessas renúncias passavam por suportar a sede intensa em pleno Verão
ou entregar a merenda que levavam ao primeiro pobrezinho que encontra-
vam. O Francisco e a Jacinta foram modelos excelentes da verdadeira carida-
de, praticando sem descanso inúmeras obras de misericórdia corporais e espi-
rituais.
Peçamos neste mistério, por todos os que passam alguma necessidade, no cor-
po ou na alma. Que os Beatos Francisco e Jacinta intercedam por eles e os aju-
dem a confiar sempre na Providência Divina.
2.º Mistério:
Na aparição de Julho, Nossa Senhora referiu que “o Santo Padre teria muito
que sofrer”. Nasceu assim, no coração dos Pastorinhos, um grande amor ao
Papa, passando a oferecerem os seus sacrifícios também por ele e pela Igreja.
A pequena Jacinta foi favorecida com duas visões particulares, nas quais viu o
Papa sozinho, a chorar e em grande sofrimento. Pouco antes de morrer ela
afirmava: “A desobediência ao Santo Padre ofende muito a Nosso Senhor!”
Neste mistério rezemos, de forma especial, pelo Santo Padre e por todos os
sacerdotes, para que cumpram sempre, com fidelidade e firmeza, a missão que
lhes foi confiada.
5. 3.º Mistério:
O Francisco gostava muito de meditar nas obras de Deus e de contemplar a
natureza. Muitas vezes, afastava-se discretamente da prima e da irmã para se
recolher em oração. Era frequentemente encontrado atrás de um arbusto, de
joelhos a rezar. “Gosto mais de rezar sozinho”, dizia ele. Nos dias de hoje, são
muitos os barulhos e os trabalhos que nos querem impedir de levar o nosso
pensamento até Deus.
Peçamos neste mistério que, à semelhança do Francisco, os nossos deveres diá-
rios não impeçam o silêncio interior e o tempo para a oração.
4.º Mistério:
Nos últimos dias da sua vida, a Jacinta recebia frequentemente a visita de Nos-
sa Senhora. Passando longos momentos sozinha, ela punha-se a meditar
naquilo que a Santíssima Virgem lhe ensinava. Uma vez, disse a uma Irmã que
a visitava regularmente: «Irmã! Os pecados do mundo são muito grandes.
Virão modas que vão ofender muito a Nosso Senhor. Mas Igreja não tem
modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo. Se os homens soubessem o que é a
eternidade, fariam de tudo para mudar de vida».
Peçamos neste mistério, por aqueles que abandonaram a Igreja. Que pela
intercessão dos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, se deixem guiar pela
mão de Nossa Senhora, que os conduzirá até Deus.
5.º Mistério:
No dia 13 de Maio do ano 2000, o Papa João Paulo II beatifica os nossos Pasto-
rinhos, as duas primeiras crianças beatificadas na história da Igreja sem terem
sido mártires. O Papa Bento XVI afirmou recentemente que «o católico de
hoje tem que estar preparado para o martírio da ridicularização». Apesar de
não terem sido martirizadas por ódio à fé, os dois pequenos videntes de Fáti-
ma sofreram muitas pressões, foram ridicularizados, passaram pela prisão,
por inúmeras provações e, por fim, sofreram muito fisicamente antes de parti-
rem para o Céu.
Peçamos neste mistério, que os Pastorinhos intercedam pelos cristãos perse-
guidos por serem fiéis a Jesus e à Igreja.
6. MISTÉRIOS DO TERÇO
Esquema 3
1.º Mistério:
Os pequeninos videntes de Fátima são verdadeiros modelos de paciência,
principalmente diante das dificuldades. A Jacinta afirmava que «a paciência
nos leva para o Céu». O Francisco, na fase final da sua doença dizia à sua pri-
ma Lúcia: «Sofro muito, mas tudo suporto para consolar Nosso Senhor. Ele
está tão triste com os pecados do mundo!» O seu único desejo parecia ser o de
consolar os Corações de Jesus e de Maria, por tantas ofensas que os homens
cometiam contra Eles.
Peçamos neste mistério, a virtude da paciência, olhando para os dois pequeni-
nos irmãos de Fátima que tudo souberam aceitar com resignação e amor, pela
salvação dos pecadores.
2.º Mistério:
O Francisco e a Jacinta, já antes das aparições, tinham um grande desejo de
conhecer a doutrina e a vida de Jesus, para poderem fazer a Primeira Comu-
nhão. Por isso, a Lúcia tornou-se catequista dos seus primos que aprendiam o
Catecismo com grande entusiasmo. A Jacinta ficou profundamente tocada
com a morte de Nosso Senhor, tendo chorado largas horas a meditar no que
os nossos pecados puderam fazer a Jesus. Já o Francisco, preferia meditar sozi-
nho na grandeza e bondade de Deus, dando-Lhe graças pela obra da Criação.
Peçamos neste mistério, entusiasmo e alegria para que, como os Pastorinhos,
nos tornemos conhecedores do Evangelho e coloquemos em prática tudo o que
Jesus nos pede para fazer.
3.º Mistério:
Cerca de dois meses antes da sua partida para o Céu, a Jacinta confidencia à
sua prima Lúcia: «Nossa Senhora veio ver-me e disse-me que vou para dois
hospitais e que, depois de sofrer muito, morro sozinha, mas que não tenha
medo, porque Ela vai lá buscar-me para o Céu». E de facto assim aconteceu. A
pequena Pastorinha morreu sozinha pelas dez e meia da noite do dia 20 de
Fevereiro de 1920. Muito justamente, como refere e Irmã Postuladora para a
sua canonização, “podemos acreditar que a Jacinta acompanha os doentes e
moribundos e que os leva também para o Céu, com Nossa Senhora”.
7. Pedindo a intercessão da Santíssima Virgem e dos Beatos Francisco e Jacinta,
rezemos pelos que vão partir deste mundo, para que se sintam por eles acom-
panhados no último momento e sejam fortalecidos na sua esperança.
4.º Mistério:
O Terço sempre foi a oração preferida dos Pastorinhos. Mesmo antes das apa-
rições, eles tinham o hábito de rezar o Terço em família ou nos campos,
enquanto pastoreavam o rebanho. Em todas as aparições, Nossa Senhora
pediu muito que continuassem a rezar o Terço todos os dias. Mesmo doentes,
tanto o Francisco como a Jacinta não deixavam de rezar esta oração. O Fran-
cisco, numa tarde que não sentia forças nem para rezar uma Avé-Maria, estava
muito triste e pediu que rezassem o Terço no seu quarto. Tentou ajoelhar-se
mas não conseguiu. Então, ofereceu mais este sacrifício a Nossa Senhora.
Rezemos para que os cristãos descubram a beleza e importância da oração diá-
ria do Terço do Rosário em louvor de Nossa Senhora, caminho seguro que nos
leva até Jesus.
5.º Mistério:
No início do século XX, naquela pequena aldeia de Fátima, os Pastorinhos
estavam longe de imaginar a cultura anti-religiosa que se instalaria no mundo
nos anos seguintes. No entanto, receberam de Nossa Senhora algumas luzes
sobre como seriam difíceis os tempos futuros, que são os nossos, com perse-
guições à Igreja, a negação de Deus, os ataques físicos e morais ao Santo Padre
e o «apagar da chama da Fé em muitas partes do mundo» (Papa Bento XVI,
2012). Os dois irmãozinhos sofrem com isso e oferecem muitas orações e
sacrifícios para que o mundo seja salvo destes males.
Peçamos neste mistério pelos cristãos mais adormecidos na Fé. Para que, por
intercessão dos Pastorinhos Jacinta e Francisco, encontrem na Igreja a força
para se levantarem e caminharem neste mundo na esperança em Deus, dando
testemunho da Verdade.
8. HINO DOS PASTORINHOS
Cantemos alegres a uma só voz,
Francisco e Jacinta, rogai por nós.
Salve, salve, Pastorinhos Caminhantes neste mundo
Nosso encanto e alegria Ajudai-nos, cada dia
Salve, salve, pastorinhos A viver sempre seguros
Predilectos de Maria Sob o manto de Maria
Vossos olhos inocentes A Senhora do Rosário
Contemplaram a Senhora Pela vossa intercessão
Dos seus filhos peregrinos Abençoe o Santo Padre
Carinhosa protectora E nos leve à conversão
Sacrifício e oração Contemplando Deus no Céu
Foi a vossa vida inteira Pelos anjos adorado
Ao convite maternal Alcançai o dom da paz
Da Senhora da azinheira Para o mundo extraviado
Praticando a caridade Protegei a nossa Pátria
Entregáveis com carinho Para que, à sombra da cruz
A merenda que leváveis Guarde sempre a fé cristã
Ao primeiro pobrezinho E a verdade de Jesus
A 13 de Maio de 2010, o Papa Bento XVI rezou diante do
túmulo dos Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto