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A preocupação com o
conhecimento
FILOSOFIA MODERNA
Como nossas ideias correspondem ao que
verdadeiramente se passa na realidade?
Os falsos ídolos de Francis Bacon
Para chegarmos ao conhecimento do mundo,
precisamos limpar a nossa mente de falsas
opiniões (ídolos).
Existem 4 tipos de ídolos ou imagens que formam
opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem
o conhecimento da verdade:
1) Ídolos da caverna
2) Ídolos do fórum
3) Ídolos do teatro
4) Ídolos da tribo
Ídolos da CAVERNA
 Trata-se de opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos
dos sentidos.
 Trata-se de informações falsas que recebemos de uma dada educação, seja ela na
igreja, na escola, na família, da mídia, etc. Exemplo: O senso comum que pode
travar uma mente a encontrar a verdade.
Ídolos do FÓRUM
 São as opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de
nossas relações com os outros.
 Trata-se de ideias decorrentes de uma influencia de pessoas próximas a nós que
dão informações equivocadas a respeito da vida.
Ídolos do TEATRO
 São as falsas ideologias que corrompem o mundo. Falsas ideias derivadas de
doutrinas filosóficas, incluindo as antigas que se forma da fé e da tradição.
 São opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que
nos impõe seus pontos de vistas e os transformam em decretos e leis
inquestionáveis.
Ídolos da TRIBO
 Trata-se das opiniões que se formam em nós em decorrência da natureza humana.
 Certas confusões que fazemos entre a nossa natureza e a natureza das coisas. Ex.:
São atributos humanos: alegria, bondade, amor, virtude, etc. Porém, no dia a dia, é
comum vermos pessoas dando esses mesmos atributos a animais, plantas, etc.
Os falsos ídolos de Francis Bacon
Demolir esses ídolos é para Bacon uma reforma do
Intelecto. Para os ídolos da caverna e do fórum o
filósofo propõe um método, onde será possível
aplicar o pensamento lógico aos dados oferecidos
pelo conhecimento sensível.
Bacon acreditava que o avanço do conhecimento e
das técnicas, as mudanças sociais e políticas, e o
desenvolvimento das ciências e da Filosofia seriam
a grande reforma do conhecimento humano e
uma grande reforma da vida.
A origem do erro segundo
René DESCARTES
 Está em duas atitudes infantis:
1) Prevenção: Facilidade com que nos deixamos levar pelas
ideias alheias sem verificar se elas são falsas ou verdadeiras.
Trata-se de opiniões cristalizadas que escravizam o
pensamento, impedindo-o de pensar e de investigar.
2) Precipitação: Trata-se da velocidade com que nossa vontade
emite um juízo sobre as coisas antes de verificarmos se
nossas ideias são ou não verdadeiras. É a vontade mais forte
que o intelecto.
O erro, portanto, está no conhecimento sensível, uma vez que o conhecimento é puramente
intelectual (entendimento, ideias inatas e no próprio pensamento. Para vencer os defeitos do
conhecimento, Descartes propõe uma reforma no entendimento e na ciência.
Sobre o método de Descartes
 O sujeito de conhecimento deve ser crítico. Não pode contar com o auxílio
do mundo para guia-lo. Deve desconfiar dos conhecimentos sensíveis e
dos conhecimentos herdados. O sujeito do conhecimento deve contar
apenas com seu próprio pensamento. Isto exige um método que possa
guiar o pensamento em direção aos conhecimentos verdadeiros e
distingui-los dos falsos.
 Descartes elabora 4 regras do método:
1. Regra da evidência
2. Regra da divisão
3. Regra da ordem
4. Regra da enumeraçao
Regras do método de Descartes
Dúvida Metódica (amplia sua dúvida com método, de modo ordenado e lógico) ou duvida
radical (chega ao extremo de não ter certeza de nada) ou hiperbólica (exagerada).
John Locke
 Assim como o olho, que faz ver e não se vê
a si mesmo, o entendimento humano faz
conhecer, mas não se conhece a si mesmo.
Locke propõe que o entendimento
examine-se a si mesmo.
 Não existem ideias inatas. Todo
conhecimento está fundado na experiência
sensível.
 Em outras palavras: “a mente é uma tábula
rasa”. Não há nada em nosso entendimento
que não tenha vindo das sensações.
Como se formam os conhecimentos
segundo Locke?
 Através de um processo de combinação e
associação dos dados da experiência.
 Tudo o que sabemos existir nos é dado pelas
sensações e percepções, portanto, pela experiência.
“ Suponhamos, portanto, que a mente seja uma folha em branco, desprovida de caratceres, sem
qualquer ideia. De que modo receberá as ideias? (...) Respondo: da experiência. É este o
fundamento de todos os nossos conhecimentos; daí extraem a sua origem primeira.”
(Ensaio sobre o entendimento humano, Livro II, Cap. 1, sec. 19)
John Locke
RACIONALISMO x EMPIRISMO
• A razão humana é o único instrumento capaz
de conhecer a verdade;
• Os princípios lógicos fundamentais são
inatos, ou seja, não dependem da experiência
sensorial;
• A experiência sensorial é uma fonte
permanente de erros;
• Ao nascermos, trazemos em nossa
inteligência alguns princípios racionais e
ideias verdadeiras.
• O conhecimento verdadeiro é a matemática,
que depende exclusivamente do uso da
razão.
 A verdade está na percepção dos
sentidos.
 A experiência sensível é a fonte de
todo o conhecimento verdadeiro.
 Não existem ideias inatas, isto é, toda
ideia foi adquirida pela percepção
sensorial.
 O conhecimento verdadeiro são as
ciências naturais como a física e a
química.

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Ídolos de Bacon e Descartes

  • 1. A preocupação com o conhecimento FILOSOFIA MODERNA
  • 2. Como nossas ideias correspondem ao que verdadeiramente se passa na realidade?
  • 3. Os falsos ídolos de Francis Bacon Para chegarmos ao conhecimento do mundo, precisamos limpar a nossa mente de falsas opiniões (ídolos). Existem 4 tipos de ídolos ou imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem o conhecimento da verdade: 1) Ídolos da caverna 2) Ídolos do fórum 3) Ídolos do teatro 4) Ídolos da tribo
  • 4. Ídolos da CAVERNA  Trata-se de opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos dos sentidos.  Trata-se de informações falsas que recebemos de uma dada educação, seja ela na igreja, na escola, na família, da mídia, etc. Exemplo: O senso comum que pode travar uma mente a encontrar a verdade.
  • 5. Ídolos do FÓRUM  São as opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de nossas relações com os outros.  Trata-se de ideias decorrentes de uma influencia de pessoas próximas a nós que dão informações equivocadas a respeito da vida.
  • 6. Ídolos do TEATRO  São as falsas ideologias que corrompem o mundo. Falsas ideias derivadas de doutrinas filosóficas, incluindo as antigas que se forma da fé e da tradição.  São opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que nos impõe seus pontos de vistas e os transformam em decretos e leis inquestionáveis.
  • 7. Ídolos da TRIBO  Trata-se das opiniões que se formam em nós em decorrência da natureza humana.  Certas confusões que fazemos entre a nossa natureza e a natureza das coisas. Ex.: São atributos humanos: alegria, bondade, amor, virtude, etc. Porém, no dia a dia, é comum vermos pessoas dando esses mesmos atributos a animais, plantas, etc.
  • 8. Os falsos ídolos de Francis Bacon Demolir esses ídolos é para Bacon uma reforma do Intelecto. Para os ídolos da caverna e do fórum o filósofo propõe um método, onde será possível aplicar o pensamento lógico aos dados oferecidos pelo conhecimento sensível. Bacon acreditava que o avanço do conhecimento e das técnicas, as mudanças sociais e políticas, e o desenvolvimento das ciências e da Filosofia seriam a grande reforma do conhecimento humano e uma grande reforma da vida.
  • 9. A origem do erro segundo René DESCARTES  Está em duas atitudes infantis: 1) Prevenção: Facilidade com que nos deixamos levar pelas ideias alheias sem verificar se elas são falsas ou verdadeiras. Trata-se de opiniões cristalizadas que escravizam o pensamento, impedindo-o de pensar e de investigar. 2) Precipitação: Trata-se da velocidade com que nossa vontade emite um juízo sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não verdadeiras. É a vontade mais forte que o intelecto. O erro, portanto, está no conhecimento sensível, uma vez que o conhecimento é puramente intelectual (entendimento, ideias inatas e no próprio pensamento. Para vencer os defeitos do conhecimento, Descartes propõe uma reforma no entendimento e na ciência.
  • 10. Sobre o método de Descartes  O sujeito de conhecimento deve ser crítico. Não pode contar com o auxílio do mundo para guia-lo. Deve desconfiar dos conhecimentos sensíveis e dos conhecimentos herdados. O sujeito do conhecimento deve contar apenas com seu próprio pensamento. Isto exige um método que possa guiar o pensamento em direção aos conhecimentos verdadeiros e distingui-los dos falsos.  Descartes elabora 4 regras do método: 1. Regra da evidência 2. Regra da divisão 3. Regra da ordem 4. Regra da enumeraçao
  • 11. Regras do método de Descartes Dúvida Metódica (amplia sua dúvida com método, de modo ordenado e lógico) ou duvida radical (chega ao extremo de não ter certeza de nada) ou hiperbólica (exagerada).
  • 12. John Locke  Assim como o olho, que faz ver e não se vê a si mesmo, o entendimento humano faz conhecer, mas não se conhece a si mesmo. Locke propõe que o entendimento examine-se a si mesmo.  Não existem ideias inatas. Todo conhecimento está fundado na experiência sensível.  Em outras palavras: “a mente é uma tábula rasa”. Não há nada em nosso entendimento que não tenha vindo das sensações.
  • 13. Como se formam os conhecimentos segundo Locke?  Através de um processo de combinação e associação dos dados da experiência.  Tudo o que sabemos existir nos é dado pelas sensações e percepções, portanto, pela experiência. “ Suponhamos, portanto, que a mente seja uma folha em branco, desprovida de caratceres, sem qualquer ideia. De que modo receberá as ideias? (...) Respondo: da experiência. É este o fundamento de todos os nossos conhecimentos; daí extraem a sua origem primeira.” (Ensaio sobre o entendimento humano, Livro II, Cap. 1, sec. 19) John Locke
  • 14. RACIONALISMO x EMPIRISMO • A razão humana é o único instrumento capaz de conhecer a verdade; • Os princípios lógicos fundamentais são inatos, ou seja, não dependem da experiência sensorial; • A experiência sensorial é uma fonte permanente de erros; • Ao nascermos, trazemos em nossa inteligência alguns princípios racionais e ideias verdadeiras. • O conhecimento verdadeiro é a matemática, que depende exclusivamente do uso da razão.  A verdade está na percepção dos sentidos.  A experiência sensível é a fonte de todo o conhecimento verdadeiro.  Não existem ideias inatas, isto é, toda ideia foi adquirida pela percepção sensorial.  O conhecimento verdadeiro são as ciências naturais como a física e a química.