2. Como nossas ideias correspondem ao que
verdadeiramente se passa na realidade?
3. Os falsos ídolos de Francis Bacon
Para chegarmos ao conhecimento do mundo,
precisamos limpar a nossa mente de falsas
opiniões (ídolos).
Existem 4 tipos de ídolos ou imagens que formam
opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem
o conhecimento da verdade:
1) Ídolos da caverna
2) Ídolos do fórum
3) Ídolos do teatro
4) Ídolos da tribo
4. Ídolos da CAVERNA
Trata-se de opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos
dos sentidos.
Trata-se de informações falsas que recebemos de uma dada educação, seja ela na
igreja, na escola, na família, da mídia, etc. Exemplo: O senso comum que pode
travar uma mente a encontrar a verdade.
5. Ídolos do FÓRUM
São as opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de
nossas relações com os outros.
Trata-se de ideias decorrentes de uma influencia de pessoas próximas a nós que
dão informações equivocadas a respeito da vida.
6. Ídolos do TEATRO
São as falsas ideologias que corrompem o mundo. Falsas ideias derivadas de
doutrinas filosóficas, incluindo as antigas que se forma da fé e da tradição.
São opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que
nos impõe seus pontos de vistas e os transformam em decretos e leis
inquestionáveis.
7. Ídolos da TRIBO
Trata-se das opiniões que se formam em nós em decorrência da natureza humana.
Certas confusões que fazemos entre a nossa natureza e a natureza das coisas. Ex.:
São atributos humanos: alegria, bondade, amor, virtude, etc. Porém, no dia a dia, é
comum vermos pessoas dando esses mesmos atributos a animais, plantas, etc.
8. Os falsos ídolos de Francis Bacon
Demolir esses ídolos é para Bacon uma reforma do
Intelecto. Para os ídolos da caverna e do fórum o
filósofo propõe um método, onde será possível
aplicar o pensamento lógico aos dados oferecidos
pelo conhecimento sensível.
Bacon acreditava que o avanço do conhecimento e
das técnicas, as mudanças sociais e políticas, e o
desenvolvimento das ciências e da Filosofia seriam
a grande reforma do conhecimento humano e
uma grande reforma da vida.
9. A origem do erro segundo
René DESCARTES
Está em duas atitudes infantis:
1) Prevenção: Facilidade com que nos deixamos levar pelas
ideias alheias sem verificar se elas são falsas ou verdadeiras.
Trata-se de opiniões cristalizadas que escravizam o
pensamento, impedindo-o de pensar e de investigar.
2) Precipitação: Trata-se da velocidade com que nossa vontade
emite um juízo sobre as coisas antes de verificarmos se
nossas ideias são ou não verdadeiras. É a vontade mais forte
que o intelecto.
O erro, portanto, está no conhecimento sensível, uma vez que o conhecimento é puramente
intelectual (entendimento, ideias inatas e no próprio pensamento. Para vencer os defeitos do
conhecimento, Descartes propõe uma reforma no entendimento e na ciência.
10. Sobre o método de Descartes
O sujeito de conhecimento deve ser crítico. Não pode contar com o auxílio
do mundo para guia-lo. Deve desconfiar dos conhecimentos sensíveis e
dos conhecimentos herdados. O sujeito do conhecimento deve contar
apenas com seu próprio pensamento. Isto exige um método que possa
guiar o pensamento em direção aos conhecimentos verdadeiros e
distingui-los dos falsos.
Descartes elabora 4 regras do método:
1. Regra da evidência
2. Regra da divisão
3. Regra da ordem
4. Regra da enumeraçao
11. Regras do método de Descartes
Dúvida Metódica (amplia sua dúvida com método, de modo ordenado e lógico) ou duvida
radical (chega ao extremo de não ter certeza de nada) ou hiperbólica (exagerada).
12. John Locke
Assim como o olho, que faz ver e não se vê
a si mesmo, o entendimento humano faz
conhecer, mas não se conhece a si mesmo.
Locke propõe que o entendimento
examine-se a si mesmo.
Não existem ideias inatas. Todo
conhecimento está fundado na experiência
sensível.
Em outras palavras: “a mente é uma tábula
rasa”. Não há nada em nosso entendimento
que não tenha vindo das sensações.
13. Como se formam os conhecimentos
segundo Locke?
Através de um processo de combinação e
associação dos dados da experiência.
Tudo o que sabemos existir nos é dado pelas
sensações e percepções, portanto, pela experiência.
“ Suponhamos, portanto, que a mente seja uma folha em branco, desprovida de caratceres, sem
qualquer ideia. De que modo receberá as ideias? (...) Respondo: da experiência. É este o
fundamento de todos os nossos conhecimentos; daí extraem a sua origem primeira.”
(Ensaio sobre o entendimento humano, Livro II, Cap. 1, sec. 19)
John Locke
14. RACIONALISMO x EMPIRISMO
• A razão humana é o único instrumento capaz
de conhecer a verdade;
• Os princípios lógicos fundamentais são
inatos, ou seja, não dependem da experiência
sensorial;
• A experiência sensorial é uma fonte
permanente de erros;
• Ao nascermos, trazemos em nossa
inteligência alguns princípios racionais e
ideias verdadeiras.
• O conhecimento verdadeiro é a matemática,
que depende exclusivamente do uso da
razão.
A verdade está na percepção dos
sentidos.
A experiência sensível é a fonte de
todo o conhecimento verdadeiro.
Não existem ideias inatas, isto é, toda
ideia foi adquirida pela percepção
sensorial.
O conhecimento verdadeiro são as
ciências naturais como a física e a
química.