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INSTITUTO TEOLÓGICO EBENEZER
ANA PAULA AMORIM CARVALHO
MARIANA AMORIM LIMA
STEVEN MORAES LIMA
PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO
OSASCO - SP
2021
ANA PAULA AMORIM CARVALHO
MARIANA AMORIM LIMA
STEVEN MORAES LIMA
PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO
Trabalho da disciplina Cristologia do curso
de Bacharel em Teologia pelo Instituto
Teológico Ebenezer.
Orientador: Prof. Cesar Augusto Messias
Osasco - SP
2021
CARVALHO, Ana Paula Amorim; LIMA, Mariana Amorim; LIMA, Steven Moraes.
PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO.
Folhas. Trabalho da Disciplina Cristologia, do Curso Bacharel de Teologia do
Instituto Teológico Ebenezer, 2021.
“Dá-me, Senhor, um coração vigilante que não se deixe desviar de ti por
nenhum pensamento leviano, um coração reto que não aceite ser seduzido
por instintos perversos, um coração livre que não se deixe dominar por
nenhum poder maligno. Dá-me, Senhor, sensatez para te conhecer,
sabedoria para te achar. Faze com que minha vida inteira seja do teu
agrado.” (Tomás de Aquino, 1225-1274).
“Se a bíblia não é o padrão final, então onde traçar os limites do que é ou
não é cristão?” (John Ankerberg, apresentador e autor de livros)
RESUMO
Vertentes religiosas dentro do Cristianismo com doutrinas, teorias, idéias que
contrariam ou negam a verdade da fé cristã, denominam-se heresia. Apareceram ao
longo da história da Igreja; sendo essas heresias perigosas para a salvação. Para os
hereges na esfera da Igreja Católica, impõem-se penas canônicas, sendo que a
mais importante é a excomunhão e podiam incluir a pena de morte. A partir do
século IV os concílios ecumênicos passaram a ser o principal instrumento
eclesiástico para a definição da ortodoxia e condenação das heresias. A partir do
século XII o crescimento das heresias foi uma demonstração da insatisfação popular
com o acúmulo do poder da Igreja Católica e, além disso, antecipou os movimentos
da Reforma Protestante. E desde o século XVI a vigilância doutrinal passou a ser
exercida pela Sagrada Congregação da Inquisição, chamada Santo Ofício desde
1908 e da Doutrina da Fé a partir de 1965.
Tantos erros e heresias são frutos de um esforço de estudo e pesquisas
misturados com orgulho e egoísmo, resultando na nossa simples e pura fé defendida
com a própria vida por tantos cristãos.
Palavras-Chave: Heresias, Igreja, Inquisição, Divindade.
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................................5
1. Ebionismo ...........................................................................................................................7
1.1 Refutações da Igreja – Concílio de Calcedônia .......................................................8
1.2 Refutações Bíblicas...................................................................................................9
2. Docetismo ...........................................................................................................................9
2.1 Refutações da Igreja – Concílio de Calcedônia .....................................................10
2.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................11
3. Monarquismo Dinâmico e Modalista..........................................................................11
3.1 Monarquismo Dinâmico – Adocionismo ..................................................................11
3.2 Monarquismo Modalista - Sabelismo ...................................................................12
3.1 Refutações da Igreja – I e II Concílio de Constantinopla .............................13
3.2 Refutações Bíblicas........................................................................................13
4. Arianismo ..........................................................................................................................14
4.1 Refutações da Igreja – I Concílio de Nicéia, em 325 ............................................14
4.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................15
5. Nestorianismo ..................................................................................................................15
5.1 Refutações da Igreja – I e II Concílio Ecumênico de Éfeso..................................15
5.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................16
6. Apolinarismo ....................................................................................................................16
6.1 Refutações da Igreja – Concílio de Constantinopla ..............................................17
6.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................17
7. Monofisismo ou Eutiquianismo...................................................................................17
7.1 Refutações da Igreja – Concílio de Latrão, em Roma 649 ..................................18
7.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................18
8. Monotelismo .....................................................................................................................18
8.1 Refutações da Igreja – Concílio de Latrão, em Roma 649 e III Concílio de
Constantinopla .......................................................................................................18
8.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................19
Conclusão..............................................................................................................................20
Referencias............................................................................................................................21
5
INTRODUÇÃO
As crises nascidas no interior da Igreja giravam em torno de alguns aspectos
doutrinais. A negação ou recusa voluntária de uma ou mais afirmações de fé,
debates sobre o físico, o material, a natureza, a divindade, a humanidade de Cristo,
questionamentos sobre a trindade já estavam presentes desde o estabelecimento do
Cristianismo nos primeiros séculos depois de Cristo, entretanto, a partir do século XII
e XIII, esses movimentos popularizaram-se e surgiram por várias partes da Europa.
Surgindo assim as “heresias” ou “falsas doutrinas”.
Segundo o dicionário Priberam o termo heresia tem origem no latim haerĕsis,
que significa "opinião”, “sistema”, “doutrina” e nos primeiros séculos da Igreja
Católica, a contestação e a defesa da fé católica ficaram a cargo de alguns nomes
da época, como Agostinho de Hipona e Irineu de Lião, que, por meio da pregação e
de seus escritos, procuraram combater os movimentos heréticos. A partir dessas
primeiras heresias, a Igreja reuniu-se em concílios e determinou à doutrina
eclesiástica do catolicismo, quando os meios pacíficos falhavam, os hereges sofriam
forte perseguição da Igreja, principalmente por meio da violência, levando até a
morte.
Nos primeiros séculos depois de Cristo, sendo a Igreja uma instituição poderosa,
influente e plenamente estabelecida em praticamente todo o continente europeu, a
autoridade do Papa e de seus representantes diretos influenciava as decisões dos
reis e nobres da Europa. Com isso, ao longo dos séculos, a Igreja preocupava-se
em conservar e acumular um número maior de terras e bens, apesar disso, a Igreja
via nos movimentos heréticos grande ameaça, pois parte deles possuía potencial de
causar a desobediência civil contra a hierarquia da época, assim, a Igreja optou por
instituir, a partir do papa Gregório IX, o Tribunal da Santa Inquisição, em 1229. A
Igreja estendeu essa tarefa de combate às heresias ao braço secular (que não está
sujeito a uma ordem religiosa), permitindo e justificando o uso da violência contra os
hereges. Apesar disso, o primeiro relato de herege morto a mando da Igreja remonta
ao século IV, quando Prisciliano foi decapitado em 385.
O Tribunal da Santa Inquisição atuou no sentido de investigar, julgar e
condenar as pessoas acusadas de heresia. Caso houvesse condenação, o acusado
era entregue para as autoridades seculares, que aplicavam a punição estabelecida
6
aos culpados: morte na fogueira. Durante o processo, permitia-se o uso das torturas
como forma de obter uma confissão. Sabe-se que as heresias condenaram milhares
de pessoas, porém, os historiadores não sabem ao certo quanto foram mortos.
“Assim como surgiram falsos profetas no meio do povo, também haverá
falsos mestres entre vocês. Eles introduzirão heresias destruidoras,
chegando a renegar o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas,
e, por causa deles, o caminho da verdade será difamado. Movidos por
avareza, eles explorarão vocês com palavras fictícias, Mas, para eles, a
condenação decretada há muito tempo não tarda, e a destruição deles não
caiu no esquecimento.” II Pe. 2.1-3 (BÍBLIA NOVA ALMEIDA ATUALIZADA
2017)
Vamos agora analisar algumas destas heresias que negam a humanidade de Jesus
Cristo como Docetismo, Apolinarianismo, Monofisismo (Eutiquianismo) e
Monotelismo, a divindade de Cristo com Ebionismo, Arianismo e Monarquismo
Dinâmico (Adocionismo), a união pessoal de Cristo com Nestorianismo e
Monarquismo Modalista (Sabelismo) e a distinção entre o Pai e o Filho com
Modalismo também em geral, seguindo a seqüência de cada heresia.
7
1. EBIONISMO
Com origem na palavra “pobre”, esse termo era usado para indicar uma seita
judaico-cristã que houve nos primeiros séculos após Cristo, sua origem não é certa,
mas estudiosos indicam que surgiu entre seguidores de Jesus e Tiago, o justo na
busca de conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis de Moisés e
associava aos evangelhos citando Mateus 5:3, Lucas 4:18 e 7:22 que diz:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”,
Lucas 4:18: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” e
Lucas 7:22: “Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a
João o que tendes visto e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os
leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos
pobres anuncia-se o evangelho.” (BÍBLIA Online ALMEIDA CORRIGIDA
FIEL).
Eles eram conservadores e seguiam as tradições judaicas, logo se opunha a
doutrina de Paulo, originando o conflito entre os ebionistas e os partido Paulino no 1º
concílio de Atos, sua doutrina aceitava o caráter messiânico de Jesus, mas não
acreditavam que ele era o Filho de Deus, ou seja, eles rejeitavam sua divindade,
eles estavam também divididos em disputas sobre a questão do nascimento virginal
de Jesus e exagerava o legalismo ao ponto de dizerem que Jesus se tornara
Messias, por ocasião do seu batismo, devido sua observância muito estrita da
Legislação Mosaica.
Para os ebionitas, a obediência à Lei e ao Evangelho (as boas obras), era o
próprio modo de salvação. Enquanto Paulo e os demais apóstolos entendiam que a
salvação, era por meio da fé, mediante a graça de Deus, por meio de Cristo Jesus.
Eles acreditavam em salvação mediante a fé e as obras, acompanhavam de perto o
Judaísmo, os próprios gálatas foram influenciados pelos cristãos judaizantes.
Uma curiosidade da doutrina é que eles usavam a versão grega do Antigo
Testamento, produzida por Símaco. Repudiavam as epístolas de Paulo, chamando
de apóstata e tinham um evangelho chamado Evangelho dos Hebreus, veneravam
8
Jerusalém, praticavam abluções rituais (banhos de purificação) e esperavam a volta
de Cristo e o Reino Milenar.
Os ebionitas eram legalistas, e insistiam sobre a necessidade de circuncidar
os homens que se convertessem, de fazê-los guardar o sábado e de observarem
certas características comuns do judaísmo, alguns praticavam ascetismo e
vegetarianismo. Não comiam carne, não bebiam vinho e alguns desprezavam o
matrimônio, mas os ebionistas não formavam um movimento unificado. Estavam
divididos em três segmentos distintos, “Ebionistas Nazarenos, Fariseus e Gnósticos”:
Ebionistas Nazarenos: aceitavam o nascimento virginal de Jesus, mas se,
chegarem ao ponto de desenvolverem uma cristologia.
Ebionistas Fariseus: aceitavam o caráter messiânico de Jesus, mas negavam
seu nascimento virginal, e odiavam Paulo.
Ebionistas Gnósticos: misturavam elementos cristãos, judaicos e gnósticos
em suas crenças.
1.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – Concilio de Calcedônia
Justino Mártir falava sobre os ebionitas com certa gentileza; mas os pais da
igreja posteriores, como Tertuliano, Irineu, Hipólito e Eusébio falaram duramente
sobre eles, Epifânio foi o primeiro dos pais da Igreja a dizer que eles se originaram
depois da destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C., entre os cristãos que
fugiram de Pela, Epifânio atribuiu a fundação dessa seita a Ebion que segundo diz,
mudou-se para Cocabá, perto de Carnaim, e se originou de um grupo cristão
chamado os nazarenos e os ebionitas exerceram certa influência sobre o
cristianismo, representando um problema até o século IV d.C., quando desapareceu
de cena como grupo cristão.
Concílio de Calcedônia emitiu que repudiava a noção de uma única natureza
em Cristo, e declarou que ele tem duas naturezas em uma pessoa. Também insistiu
na completude de suas duas naturezas: divindade e masculinidade.
“Fiéis aos santos padres, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos
que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
9
perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus
e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo;
consubstancial, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a
humanidade; em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado,
seis gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a
humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe
de Deus; Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve
confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, indivisíveis e
inseparáveis; a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela
união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem
intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência; não
dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho
Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a
seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o
credo dos padres nos transmitiu.” De acordo com Alan Myatt, Ph. D. e
Franklin Ferreira, Th.M, (2002, p.149, apud parte do texto Concilio
Calcedônia).
O texto completo da definição que reafirma as decisões do Concílio de Éfeso, a
preeminência do Credo de Nicéia em 325 d.C. Também canoniza duas cartas
autorizadas de Cirilo de Alexandria e o Tomo de Leão I escrito contra Eutiques e
enviado ao arcebispo Flaviano de Constantinopla em 449.
1.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
A partir da Bíblia refutamos sobre a negação da Divindade de Jesus, onde
João 1:1 diz que: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus.” (A Bíblia, 2008) e João 1:18 cita: “Deus nunca foi visto por alguém. O
Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou (A Bíblia, 2008).
Sobre o nascimento virginal, Lucas 1:35 diz: “E, respondendo o anjo, disse-
lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de
Deus” (A Biblia, 2008) refutando-a.
2. DOCETISMO
Quando a Igreja de Roma, amparada na força do Império Romano, chegaria a
definir os escritos de Lucas, Marcos, Mateus e João como principais em detrimento
10
de outros documentos cristãos. As muitas reflexões e hipóteses levantadas pelos
seguidores de Jesus acabariam por formar um acervo teológico e uma dessas idéias
começariam a ganhar destaque já no século II da Era Cristã, com os docetas.
Do grego: dokéin: parecer, o docetismo tinha seguidores de uma visão, ou
seja, não existia uma seita ou religião específica, mas uma corrente de pensamento
que entendia que, sendo Jesus de natureza divina, não podia ter a mesma
constituição das pessoas normais, não tinha natureza humana, apenas parecendo
humano (daí o termo grego dokéin = parecer), logo, o seu nascimento, o corpo e as
sensações que sentia não eram reais, isto é, não passavam de uma aparência de
realidade.
O Docetismo parte das idéias de Marcião, um filósofo e pensador cristão,
profundo estudioso dos escritos de Paulo de Tarso, que se fixava na idéia de que o
deus hebraico, ao se mostrar vingativo e por vezes cruel, não poderia ser o mesmo
que conceberia Jesus e o ofereceria à humanidade. Sendo assim de origem
totalmente divina, o Cristo seria uma criatura diferenciada de todos os demais seres,
os atos de sua vida apenas se revestindo de uma aparência de acontecimento real
para entendimento dos mortais. As idéias de Marcião acabariam por despertar
muitos seguidores a tal ponto que se tornou bastante influente em Roma, onde
conseguiu divulgar sua visão através de uma vasta obra escrita. Bispos influentes da
Igreja da época, como Irineu de Lião e Ignácio de Antioquia, se dedicaram também a
uma relevante produção teológica para refutar os textos de Marcião, preservando o
consenso até então formado pela maioria das igrejas cristãs.
2.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA - Concílio de Calcedônia
Esta doutrina é refutada pela Igreja Católica com base no Evangelho de João,
onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos
posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu de Lião deram os contributos
teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o
último que, na sua obra Adversus Haereses defendeu as idéias principais que
contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do Cristocentrismo, a recapitulação em
Cristo do Homem caído em pecado e a união entre a criação, o pecado e a
redenção.
11
A origem do docetismo é geralmente atribuída a correntes gnósticas para
quem o mundo material era mau e corrompido e que tentavam aliar, de forma
racional, a Revelação disposta nas escrituras à filosofia grega. Esta doutrina viria a
ser condenada como heresia no Concílio Ecumênico de Calcedônia.
2.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
A partir da Bíblia refutamos sobre a negação da Humanidade de Jesus, onde
Lucas 2:52 diz que: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de
Deus e dos homens” (A Bíblia, 2008) e 1 João 4:2-3 “Nisto reconheceis o Espírito
de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; e
todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, esse é
o, espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente,
já está no mundo. (A Bíblia, 2008).
3. MONARQUIANISMO DINAMICO E MONARQUISMO MODALISTA
No segundo e terceiro século d.C., com controvérsia entre os bispos Ário
(256-336 d.C.) e Atanasio (296-373 d.C) e da confusão teológica que havia na Igreja
para definir didaticamente a doutrina da Trindade, o monarquianismo tem sua
origem. Tornou-se a grande heresia do século III d.C.. Essa terminologia foi dada
por Tertuliano. Grande apologista da doutrina da Trindade e criador do termo
teológico TRINDADE. O monarquista acredita na unidade de Deus (a palavra latina
monarchia significa ¨reino único¨, ¨de uma só natureza¨). O bispo Ário negava a
divindade de Jesus, já Atanásio defendia. Mas, ele ganha força e nome com um
bispo da Igreja chamado Sabélio, que negava a doutrina da Trindade explanada por
Tertuliano. Defendia que o Pai sofreu na cruz com (ou como) o Filho e está
intimamente relacionado ao sabelianismo. O monarquismo assumiu duas formas
primárias: o Monarquismo Dinâmico, também chamado de Adocionismo e
Monarquismo Modalista (Sabelismo).
3.1 MONARQUISMO DINAMICO - ADOCIONISMO
O monarquianismo Dinâmico nasceu em Bizâncio, por Teodoto, mas foi
levada a Roma por volta do ano 190 d.C por Paulo de Samósata, Artemon e Socino,
sua doutrina sustentava que Cristo tinha sido um simples homem, um ser mortal, até
12
ao seu batismo no rio Jordão por João Batista. Após o batismo, tornou-se filho
adotivo de Deus. Baseavam-se no trecho do Evangelho de Lucas: “Tu és meu filho
amado, em ti me agrado.” Lc. 3.22 (a Bíblia, 2008) juntamente com o Salmo 2.7:
“Você é meu Filho, hoje eu gerei você” (a Bíblia, 2008).
Para ele, o Pai é o originador do universo Ele é eterno, auto existente, sem
princípio ou fim, o Filho, porém, embora seja um homem virtuoso, em cuja vida Deus
estava dinamicamente presente de maneira singular, era finito. Para esta linha de
pensamento, Cristo não era divino, mas sua humanidade foi extraordinária.
Quanto ao Espírito Santo, os monarquianistas dinâmicos afirmam que Ele é
um atributo impessoal da divindade. Não atribui nenhuma divindade ou eternidade
ao Espírito Santo.
O monarquianismo Dinâmico eleva a razão acima do testemunho da
revelação bíblica no que concerne à trindade. Segundo essa corrente teológica
Cristo não é Deus, o Espírito Santo não é Deus, com isso minam a coluna teológica
da doutrina bíblica da salvação.
3.2 MONARQUISMO MODALISTA - SABELIANISMO
O monarquianismo Modalista ensina que a unidade de Deus é incompatível
com uma distinção de Pessoas dentro da Divindade. De acordo com o modalismo,
Deus manifestou-se diversamente como o Pai (principalmente no Antigo
Testamento), como o Filho (principalmente desde a concepção de Jesus até a Sua
ascensão) e como o Espírito Santo (principalmente após a ascensão de Jesus ao
céu). Tem suas raízes no falso ensinamento de Noeto de Esmirna por volta do ano
190. Noeto se chamou de Moises e chamou seu irmão de Arão, e ele ensinou que,
se Jesus era Deus, então Ele deve ser o mesmo que o Pai. Hipólito de Roma se
opôs a essa falsidade em seu “contra Noetum”. Uma forma primitiva do
Monarquianismo Modalista também foi ensinada por um sacerdote da Ásia Menor
chamado Práxeas, que viajou para Roma e Cartago por volta de 206 d.C. Tertuliano
rebateu o ensinamento de Práxeas em “Contra Práxeas” por volta de 213. O
Monarquianismo Modalista e suas heresias também foram refutadas por Orígenes,
Dionísio de Alexandria e o Conselho de Nicéia em 325.
13
O monarquismo modalista é teologicamente perigoso porque ataca a própria
natureza de Deus. Qualquer ensinamento que não reconhece Deus como três
pessoas distintas é antibíblico.
3.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I e III Concílio de Constantinopla
O maior crítico do sabelianismo foi Tertuliano, que o chamou de
"Patripassianismo" das palavras latinas pater ("pai") e passio do verbo "sofrer", pois
o movimento pregava que Deus Pai teria sofrido na cruz. É importante notar que as
nossas únicas fontes que sobreviveram sobre o sabelianismo são de autoria de seus
detratores. Acadêmicos hoje em dia não concordam sobre o quê exatamente
Sabélio e Práxeas ensinaram. É fácil supor que Tertuliano e Hipólito tenham
exagerado ou interpretado maliciosamente as opiniões de seus adversários.
Tertuliano parece afirmar que a maioria dos crentes naquele tempo
favoreciam o ponto de vista sabeliano da unicidade de Deus. Epifânio de Salamina,
por volta de 375, relata que os aderentes do sabelianismo ainda podem ser
encontrados em grande quantidade, tanto na Mesopotâmia e em Roma. O Primeiro
Concílio de Constantinopla (381), no cânone VII, e o Terceiro Concílio de
Constantinopla (680), no cânone XCV, declararam que o batismo de Sabélio era
inválido, o que indica que a crença ainda existia na época.
3.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
Sobre a negação da Divindade de Jesus junto ao Ebionismo e o Monarquismo
Dinâmico, não entenderam o texto de João 1:1 que diz: “No princípio era o Verbo, e
o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (A Bíblia, 2008), aonde o Logos
não veio possuir uma carne existente, mas se fez carne e outras escrituras prova
que o Cristo eterno já era existente na pessoa de Jesus. Mateus 2:2 e 11 (A Bíblia)
mostra os magos de Belém o adorando, como os magos adorariam como seria
adorado um bebê se não fosse eterno? Os príncipes dos sacerdotes e os escribas
perguntavam onde iria nascer o Cristo em Mateus 2:4 (A Bíblia, 2008), Lucas 1:26-
35 (A Bíblia, 2008) Maria recebeu uma mensagem do anjo, onde o seu filho foi
chamado de Filho do Altíssimo, já sendo reconhecido como filho de Deus, logo não
foi por meio do batismo Jesus, já nasceu Cristo e estava não só desde o pai, como
já era chamado de filho de Deus desde sua descida a terra e inicio de vida.
14
Refutando o monarquismo modalista, deve-se declarar que realmente existem
três pessoas diferentes em uma mesma deidade. O evangelho de João (A Bíblia,
2008), mostra que o Logos estava com Deus, oferecendo a idéia que uma hora ele
não estava mais com Deus, mas como ele pode não estar com Deus se ele é uma
pessoa com Deus? Se essa questão for correta, refutamos o usado Deuteronômio
6:4 (A Bíblia, 2008) que diz que Deus é o único Senhor, onde a palavra único no
termo hebraico, tem sentido unidade composta, ou seja, tem mais composição de
pessoas, sendo essas pessoas o Pai, o Filho e o Espirito Santo, conforme Mateus
28:19 (A Bíblia, 2008).
4. ARIANISMO
Arianismo foi uma doutrina trazida pelo padre de Alexandria, no Egito com o
nome de Àrio entre 250 d.C. a 336 d.C. Sua idéia principal era que o Filho de Deus
não é igual a Deus Pai. Em vez de ser Deus, ele é apenas uma criatura aonde Deus
fez do vazio como o resto do mundo. Àrio ensinou que o Pai nem sempre foi o Pai,
Ele se tornou o Pai depois da criação do Filho, então houve um tempo em que o
Filho não existiu.
A Igreja recebeu a Jesus Cristo, então ela sempre acreditou na Trindade: o
Pai, o Filho e o Espírito Santo, porém demorou algum tempo para os Padres da
Igreja escolher as palavras e conceitos certos para descrever as relações precisas
do Pai e do Filho e para explicar como o Filho poderia ser igual ao Pai, preservando
o monoteísmo bíblico e não parecer politeísta demais.
4.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA I Concílio de Nicéia em 325 d.C.
A chave para a expressão apropriada era a palavra “consubstancial”
(ὁμοούσιος). Não existe tal palavra na Bíblia. Foi tirado da filosofia grega. No
entanto, os Padres da Igreja não tinham medo de escrever essa palavra nas
flâmulas do Catolicismo, usando categorias filosóficas da Antiguidade, isto é, da
sabedoria pagã. Trezentos e dezoito bispos reuniram-se em Nicéia em 325 para
condenar a heresia ariana e formular a doutrina sobre a tal de consubstancialidade
do Pai e do Filho, declarando que o Filho é Deus e, portanto, possui a mesma
natureza Divina que seu Pai; que não houve nenhum tempo em que o Filho não
existisse, pois o Filho é igualmente eterno e igual ao Pai.
15
Ário foi condenado como herege no Primeiro Concílio de Nicéia, mais tarde
ilibado e depois declarado herege novamente depois de sua morte.
4.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
A partir da Bíblia refutamos que João 10:30 diz: “Eu e o Pai somos um.” (a
Bíblia, 2008), Filipenses 2:6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus” (A Bíblia, 2008) e Apocalipse 3:14 “E ao anjo da igreja
de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio
da criação de Deus” (A Bíblia, 2008) e João 1:2-1 “No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
(A Bíblia, 2008).
5. NESTORIANISMO
O fundador dessa heresia foi Nestório, o arcebispo de Constantinopla que
viveu na primeira metade do século V. Segundo Nestório, Jesus não é apenas um
Deus homem com duas naturezas: o Divino e o humano, mas também contém duas
personalidades: uma nascida humana por Maria e a divina, nascida de Deus além
de todo o tempo.
Quando Jesus Cristo veio ao mundo, não foi a Encarnação da Palavra de
Deus que assumiu a natureza humana: foi uma união entre Deus como uma pessoa
e o homem como outra pessoa no corpo de Jesus Cristo durante o seu batismo.
Liturgicamente, seu erro dogmático se refletia em chamar a Maria de Christotokos
(Portadora de Cristo), não de Theotokos (Portadora de Deus).
5.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I e III Concilio Ecumênico de Éfeso, em 431
d.C.
O Terceiro Concílio Ecumênico foi convocado no ano 431 d.C., na cidade de
Éfeso, pelo imperador Teodósio II. O Concílio foi convocado por causa da falsa
doutrina de Nestório, Arcebispo de Constantinopla, que profanamente ensinou
contra a divindade de Jesus Cristo, Deus se uniu moralmente e habitou nele, como
em um templo, como anteriormente Ele havia habitado em Moisés e outros profetas.
16
O Concílio aprovou a posição de São Cirilo porque, de acordo com a fé
apostólica, Cristo possui tanto a natureza Divina como a humana, enquanto, ao
mesmo tempo, é uma pessoa. Esta pessoa não é humana, mas é Deus, a própria
palavra. A heresia nestoriana original não é mais aceita por nenhum grupo religioso.
No entanto, existem ocultistas que consideram que Cristo é um mero humano
inspirado por Deus, os conflitos sobre essa visão levou à cisma nestoriana,
separando a Igreja Assíria do Oriente da Igreja Bizantina.
Os 200 bispos presentes no Concílio condenaram e repudiaram a heresia de
Nestório e decretaram que se deve reconhecer que unidas em Jesus Cristo, na
época da encarnação, foram duas naturezas, a divina e a humana, e que se deve
confessar Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e Maria como
portadora de Deus (Theotokos).
5.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
A partir da Bíblia refutamos que Maria era portadora de Deus em Mateus 1:18
que diz: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe,
desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo
Espirito Santo” (a Bíblia, 2008) e sobre Jesus ser Deus e homem refutamos que da
mesma forma que realizava milagres e sinais sobrenaturais, sentiu fome, sede e
chorou.
6. APOLINARISMO
O heresia denominada apolinarismo teve como principal personalidade, a
pessoa do Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), com base no evangelho de João
1:14 (A Bíblia, 2008) usava o versículo que diz: “O Logus se fez carne”,
compreendendo carne como na sua real interpretação, com exceção da alma.
Por volta do século quarto (310-390), Apolinário tentou explicar a natureza
humana e divina de Jesus. Foi opositor ao Arianismo, seu ensino enfatizava a
divindade de Cristo, mas negava a existência de sua alma humana racional, que
seria substituída pelo Logos (Verbo), ou seja, ele cria que Jesus veio em um corpo
17
humano físico, porém, possuía uma mente divina, porque o Logos veio e habitou
somente habitou na carne divina.
6.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I Concílio de Constantinopla
Alguns pais da igreja, Atanásio de Alexandria, Basílio de Cesareia, Gregório
de Níssa, e Gregório de Nazianzo, foram formalmente contrários a este ensino e
consideraram o Apolinarismo uma heresia no Primeiro Concílio de Constantinopla
em 381, que definiu a posição ortodoxa de que Cristo seria totalmente homem e
totalmente Deus. A partir de então, sua influência passou a declinar até o seu
quase completo desaparecimento.
6.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
A partir da Bíblia refutamos que era necessário que Jesus viesse 100%
homem e 100% Deus, ou seja, totalmente em carne, conforme Hebreus 2:17-18 “Por
isso mesmo, convinha, em todas as coisas se torna-se semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel, sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido
tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (A Bíblia, 2008).
7. MONOFISISMO OU EUTIQUIANISMO
Essa heresia surgiu como uma reação à heresia nestoriana, mas também não
se manteve ortodoxa. O criador dessa heresia foi o arquimandrita Eutíquio de
Constantinopla, que começou a pregar que não havia mais nada da natureza
humana de Cristo depois da Encarnação: ela foi fundida e incorporada à natureza
divina. Essa heresia nega que Jesus Cristo fosse plenamente humano e, portanto,
torna impossível a santificação e a theosis de nossa natureza, que deve ser idêntica
à natureza humana de Cristo.
A heresia Monofisista ou Eutiquiana em sua forma pura é anatematizada por
todas as Igrejas históricas, embora o cisma causado pelos monofisitas permaneça
não curado até hoje.
18
7.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA - Concílio de Latrão, em Roma 649 d.C.
Este erro se espalhou por toda a Igreja, mas foi vencido graças a um simples
monge chamado Máximo que provou através de seus escritos que o ensino de duas
vontades em Cristo, a vontade da natureza Divina e a vontade da natureza humana,
era verdadeiro. O monotelismo foi condenado pelo papa Martinho I no Concílio de
Latrão, em Roma, em 649. Por isso, o papa Martinho e São Máximo, o Confessor,
foram presos, torturados e exilados. O monotelismo foi encerrado em 680 d.C. pelo
III Concílio de Constantinopla (Sexto Concílio Ecumênico), as igrejas em
Constantinopla que condenaram incluem a Igreja Ortodoxa e a Igreja Maronita.
Cristãos na Inglaterra rejeitaram a posição monotelita no Concílio de Hatfield em
680.
7.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
Assim como refutado na heresia de Nestorianismo, Jesus foi Deus e homem,
conforme (p. 17) e Hebreus 2:18 “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido
tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (A Bíblia, 2008).
8. MONOTELISMO
Originada na Armênia e Síria em 633 d.C. é uma variedade mais sutil de
monofisismo, que preservou o ensinamento cristão sobre duas naturezas e uma
substância, mas afirmou que Ele tinha apenas uma vontade, a Divina. Esse sistema
foi artificialmente trabalhado para curar o cisma monofisista.
8.1 REFUTAÇÕES – I Concílio de Latrão, em Roma 649 e III Concílio de
Constantinopla
O monotelismo foi condenado pelo papa Martinho I no Concílio de Latrão, em
Roma, em 649. Por isso, o papa Martinho e São Máximo, o Confessor, foram presos,
torturados e exilados. O monotelismo foi encerrado em 680 d.C. pelo III Concílio de
Constantinopla (Sexto Concílio Ecumênico), as igrejas em Constantinopla que
condenaram incluem a Igreja Ortodoxa e a Igreja Maronita. Cristãos na Inglaterra
rejeitaram a posição monotelita no Concílio de Hatfield em 680.
19
7.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS
Refutamos o Monofisismo, conforme (p.18) na refutação bíblica do
Monofisismo, pois ambas heresias não alteram muito, sendo uma sobra de seus
adventos (A Bíblia, 2008).
20
CONCLUSÃO
Consideramos que muitas das alegações, movimentos e idéias que se
levantaram ao decorrer da história partiram, de pessoas anônimas como
possivelmente Ébio nos ebionistas, como por bispos como ... de Constantinopla, ou
seja, não foi algo em um mesmo curso na tentativa de fixar idéias por status ou
poder, mas sim por más interpretações, devemos salientar que as escrituras já
previa falsos profetas, e muitas das vezes esses podem ser nós mesmos na
propagação de algo sem que haja estudos e considerações com que já foi
interpretado durante toda a história.
Ainda hoje questões como a humanidade Jesus, divindade de Cristo, união da
pessoa de Jesus e Cristo e a distinção entre o Pai e Cristo são levantadas e
discutidas, porém, agora com outro teor, já que com o crescimento do Cristianismo e
suas vertentes e conquistas, como o protestantismo sem que possa haver uma
concílio único, penamos que muitas dessas heresias irão perdurar até a volta de
Jesus.
Podemos então entender o quão é necessário o conhecer e defender das
escrituras, que ela é o padrão e que para muitas perguntas conforme Romanos
16:25 e 1 Corintios 4:1, ainda em terra serão mistérios para o homem, assim
concluímos que é importante o conhecimento das escrituras no teor de todas as
perguntas e idéias que se possam levantar, mas que acima de todas as perguntas
deve ponderar o que é essencial para nossa salvação.
21
REFERÊNCIAS
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e Luz. 2018. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/40041149/teologia-sistematica-3-2018. Acesso
em 26.03.2021.
ARAUJO, Michele. EM NOME DA FÉ: as heresias e sua dimensão política em
Portugal e Castela (séc. XIV e XV). 2019. Disponível em: www.
repositorio.unb.br/bitstream/10482/36756/1/2019_MicheledeAra%C3%BAjo.pdf.
Acesso em 26.03.2021.
As 5 maiores heresias e como a Igreja as superou. 2021. Disponível em:
www.fasbam.edu.br. Acesso em 26.03.2021.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2019.
BETTENCOURT, D. Estevão. As Heresias Cristológicas e Trinitárias. 2002.
Disponível em: http://www.clerus.org/clerus/dati/2009-01/02-
13/As_Heresias_Cristologicas_e_Trinitarias.html. Acesso em 25.03.2021.
COSTA, Françoá Pe. BERNARDES, Carlito de Oliveira Junior. História dos
Dogmas Cristológicos na Antiguidade. Disponível em:
http://catolicadeanapolis.edu.br/revmagistro/wp-
content/uploads/2015/08/Hist%C3%B3ria-dos-dogmas-cristol%C3%B3gicos-na-
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GOMES, Sandro. Cristianismo Primitivo. 2016. Disponível em:
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História da Igreja. 2021. Disponível em: https://metropolia.org.br/historia/historia-da-
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22
In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. "heresias". 2021. Disponível em:
www.dicionario.priberam.org/heresias. Acesso em 26.03.2021.
MYATT, Alan, Ph. D, FERREIRA, Franklin, Th.M. As Heresias Cristológicas e
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Batista de São Paulo e Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Rio de Janeiro.
2002
NOGUEIRA, Pr. Sandro G.G. Ebionismo e os ismos teológicos. Disponível em:
www.ulpan.com.br. Acesso em 26.03.2021.
SILVA, Daniel Neves. O que foram as heresias medievais?. Brasil Escola. 2021.
Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foram-as-
heresias-medievais.htm. Acesso em: 26.03.2021.
SOUSA, Rainer Gonçalves. “Heresias Medievais” - Mundo Educação. 2021.
Disponível em: www.mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/heresias-
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TOCHETTO, Alexandre. O Nestorianismo. Disponível em:
www.tochetto.blogspot.com/2009/06/07-o-nestorianismo.html. Acesso em: 25/03/
2021.

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As principais heresias sobre a humanidade e divindade de Cristo

  • 1. INSTITUTO TEOLÓGICO EBENEZER ANA PAULA AMORIM CARVALHO MARIANA AMORIM LIMA STEVEN MORAES LIMA PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO OSASCO - SP 2021
  • 2. ANA PAULA AMORIM CARVALHO MARIANA AMORIM LIMA STEVEN MORAES LIMA PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO Trabalho da disciplina Cristologia do curso de Bacharel em Teologia pelo Instituto Teológico Ebenezer. Orientador: Prof. Cesar Augusto Messias Osasco - SP 2021
  • 3. CARVALHO, Ana Paula Amorim; LIMA, Mariana Amorim; LIMA, Steven Moraes. PRINCIPAIS HERESIAS SOBRE A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO. Folhas. Trabalho da Disciplina Cristologia, do Curso Bacharel de Teologia do Instituto Teológico Ebenezer, 2021. “Dá-me, Senhor, um coração vigilante que não se deixe desviar de ti por nenhum pensamento leviano, um coração reto que não aceite ser seduzido por instintos perversos, um coração livre que não se deixe dominar por nenhum poder maligno. Dá-me, Senhor, sensatez para te conhecer, sabedoria para te achar. Faze com que minha vida inteira seja do teu agrado.” (Tomás de Aquino, 1225-1274). “Se a bíblia não é o padrão final, então onde traçar os limites do que é ou não é cristão?” (John Ankerberg, apresentador e autor de livros)
  • 4. RESUMO Vertentes religiosas dentro do Cristianismo com doutrinas, teorias, idéias que contrariam ou negam a verdade da fé cristã, denominam-se heresia. Apareceram ao longo da história da Igreja; sendo essas heresias perigosas para a salvação. Para os hereges na esfera da Igreja Católica, impõem-se penas canônicas, sendo que a mais importante é a excomunhão e podiam incluir a pena de morte. A partir do século IV os concílios ecumênicos passaram a ser o principal instrumento eclesiástico para a definição da ortodoxia e condenação das heresias. A partir do século XII o crescimento das heresias foi uma demonstração da insatisfação popular com o acúmulo do poder da Igreja Católica e, além disso, antecipou os movimentos da Reforma Protestante. E desde o século XVI a vigilância doutrinal passou a ser exercida pela Sagrada Congregação da Inquisição, chamada Santo Ofício desde 1908 e da Doutrina da Fé a partir de 1965. Tantos erros e heresias são frutos de um esforço de estudo e pesquisas misturados com orgulho e egoísmo, resultando na nossa simples e pura fé defendida com a própria vida por tantos cristãos. Palavras-Chave: Heresias, Igreja, Inquisição, Divindade.
  • 5. SUMÁRIO Introdução................................................................................................................................5 1. Ebionismo ...........................................................................................................................7 1.1 Refutações da Igreja – Concílio de Calcedônia .......................................................8 1.2 Refutações Bíblicas...................................................................................................9 2. Docetismo ...........................................................................................................................9 2.1 Refutações da Igreja – Concílio de Calcedônia .....................................................10 2.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................11 3. Monarquismo Dinâmico e Modalista..........................................................................11 3.1 Monarquismo Dinâmico – Adocionismo ..................................................................11 3.2 Monarquismo Modalista - Sabelismo ...................................................................12 3.1 Refutações da Igreja – I e II Concílio de Constantinopla .............................13 3.2 Refutações Bíblicas........................................................................................13 4. Arianismo ..........................................................................................................................14 4.1 Refutações da Igreja – I Concílio de Nicéia, em 325 ............................................14 4.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................15 5. Nestorianismo ..................................................................................................................15 5.1 Refutações da Igreja – I e II Concílio Ecumênico de Éfeso..................................15 5.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................16 6. Apolinarismo ....................................................................................................................16 6.1 Refutações da Igreja – Concílio de Constantinopla ..............................................17 6.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................17 7. Monofisismo ou Eutiquianismo...................................................................................17 7.1 Refutações da Igreja – Concílio de Latrão, em Roma 649 ..................................18 7.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................18 8. Monotelismo .....................................................................................................................18 8.1 Refutações da Igreja – Concílio de Latrão, em Roma 649 e III Concílio de Constantinopla .......................................................................................................18 8.2 Refutações Bíblicas.................................................................................................19 Conclusão..............................................................................................................................20 Referencias............................................................................................................................21
  • 6.
  • 7. 5 INTRODUÇÃO As crises nascidas no interior da Igreja giravam em torno de alguns aspectos doutrinais. A negação ou recusa voluntária de uma ou mais afirmações de fé, debates sobre o físico, o material, a natureza, a divindade, a humanidade de Cristo, questionamentos sobre a trindade já estavam presentes desde o estabelecimento do Cristianismo nos primeiros séculos depois de Cristo, entretanto, a partir do século XII e XIII, esses movimentos popularizaram-se e surgiram por várias partes da Europa. Surgindo assim as “heresias” ou “falsas doutrinas”. Segundo o dicionário Priberam o termo heresia tem origem no latim haerĕsis, que significa "opinião”, “sistema”, “doutrina” e nos primeiros séculos da Igreja Católica, a contestação e a defesa da fé católica ficaram a cargo de alguns nomes da época, como Agostinho de Hipona e Irineu de Lião, que, por meio da pregação e de seus escritos, procuraram combater os movimentos heréticos. A partir dessas primeiras heresias, a Igreja reuniu-se em concílios e determinou à doutrina eclesiástica do catolicismo, quando os meios pacíficos falhavam, os hereges sofriam forte perseguição da Igreja, principalmente por meio da violência, levando até a morte. Nos primeiros séculos depois de Cristo, sendo a Igreja uma instituição poderosa, influente e plenamente estabelecida em praticamente todo o continente europeu, a autoridade do Papa e de seus representantes diretos influenciava as decisões dos reis e nobres da Europa. Com isso, ao longo dos séculos, a Igreja preocupava-se em conservar e acumular um número maior de terras e bens, apesar disso, a Igreja via nos movimentos heréticos grande ameaça, pois parte deles possuía potencial de causar a desobediência civil contra a hierarquia da época, assim, a Igreja optou por instituir, a partir do papa Gregório IX, o Tribunal da Santa Inquisição, em 1229. A Igreja estendeu essa tarefa de combate às heresias ao braço secular (que não está sujeito a uma ordem religiosa), permitindo e justificando o uso da violência contra os hereges. Apesar disso, o primeiro relato de herege morto a mando da Igreja remonta ao século IV, quando Prisciliano foi decapitado em 385. O Tribunal da Santa Inquisição atuou no sentido de investigar, julgar e condenar as pessoas acusadas de heresia. Caso houvesse condenação, o acusado era entregue para as autoridades seculares, que aplicavam a punição estabelecida
  • 8. 6 aos culpados: morte na fogueira. Durante o processo, permitia-se o uso das torturas como forma de obter uma confissão. Sabe-se que as heresias condenaram milhares de pessoas, porém, os historiadores não sabem ao certo quanto foram mortos. “Assim como surgiram falsos profetas no meio do povo, também haverá falsos mestres entre vocês. Eles introduzirão heresias destruidoras, chegando a renegar o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, o caminho da verdade será difamado. Movidos por avareza, eles explorarão vocês com palavras fictícias, Mas, para eles, a condenação decretada há muito tempo não tarda, e a destruição deles não caiu no esquecimento.” II Pe. 2.1-3 (BÍBLIA NOVA ALMEIDA ATUALIZADA 2017) Vamos agora analisar algumas destas heresias que negam a humanidade de Jesus Cristo como Docetismo, Apolinarianismo, Monofisismo (Eutiquianismo) e Monotelismo, a divindade de Cristo com Ebionismo, Arianismo e Monarquismo Dinâmico (Adocionismo), a união pessoal de Cristo com Nestorianismo e Monarquismo Modalista (Sabelismo) e a distinção entre o Pai e o Filho com Modalismo também em geral, seguindo a seqüência de cada heresia.
  • 9. 7 1. EBIONISMO Com origem na palavra “pobre”, esse termo era usado para indicar uma seita judaico-cristã que houve nos primeiros séculos após Cristo, sua origem não é certa, mas estudiosos indicam que surgiu entre seguidores de Jesus e Tiago, o justo na busca de conciliar a crença messiânica com o cumprimento das leis de Moisés e associava aos evangelhos citando Mateus 5:3, Lucas 4:18 e 7:22 que diz: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”, Lucas 4:18: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” e Lucas 7:22: “Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres anuncia-se o evangelho.” (BÍBLIA Online ALMEIDA CORRIGIDA FIEL). Eles eram conservadores e seguiam as tradições judaicas, logo se opunha a doutrina de Paulo, originando o conflito entre os ebionistas e os partido Paulino no 1º concílio de Atos, sua doutrina aceitava o caráter messiânico de Jesus, mas não acreditavam que ele era o Filho de Deus, ou seja, eles rejeitavam sua divindade, eles estavam também divididos em disputas sobre a questão do nascimento virginal de Jesus e exagerava o legalismo ao ponto de dizerem que Jesus se tornara Messias, por ocasião do seu batismo, devido sua observância muito estrita da Legislação Mosaica. Para os ebionitas, a obediência à Lei e ao Evangelho (as boas obras), era o próprio modo de salvação. Enquanto Paulo e os demais apóstolos entendiam que a salvação, era por meio da fé, mediante a graça de Deus, por meio de Cristo Jesus. Eles acreditavam em salvação mediante a fé e as obras, acompanhavam de perto o Judaísmo, os próprios gálatas foram influenciados pelos cristãos judaizantes. Uma curiosidade da doutrina é que eles usavam a versão grega do Antigo Testamento, produzida por Símaco. Repudiavam as epístolas de Paulo, chamando de apóstata e tinham um evangelho chamado Evangelho dos Hebreus, veneravam
  • 10. 8 Jerusalém, praticavam abluções rituais (banhos de purificação) e esperavam a volta de Cristo e o Reino Milenar. Os ebionitas eram legalistas, e insistiam sobre a necessidade de circuncidar os homens que se convertessem, de fazê-los guardar o sábado e de observarem certas características comuns do judaísmo, alguns praticavam ascetismo e vegetarianismo. Não comiam carne, não bebiam vinho e alguns desprezavam o matrimônio, mas os ebionistas não formavam um movimento unificado. Estavam divididos em três segmentos distintos, “Ebionistas Nazarenos, Fariseus e Gnósticos”: Ebionistas Nazarenos: aceitavam o nascimento virginal de Jesus, mas se, chegarem ao ponto de desenvolverem uma cristologia. Ebionistas Fariseus: aceitavam o caráter messiânico de Jesus, mas negavam seu nascimento virginal, e odiavam Paulo. Ebionistas Gnósticos: misturavam elementos cristãos, judaicos e gnósticos em suas crenças. 1.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – Concilio de Calcedônia Justino Mártir falava sobre os ebionitas com certa gentileza; mas os pais da igreja posteriores, como Tertuliano, Irineu, Hipólito e Eusébio falaram duramente sobre eles, Epifânio foi o primeiro dos pais da Igreja a dizer que eles se originaram depois da destruição do templo de Jerusalém em 70 d.C., entre os cristãos que fugiram de Pela, Epifânio atribuiu a fundação dessa seita a Ebion que segundo diz, mudou-se para Cocabá, perto de Carnaim, e se originou de um grupo cristão chamado os nazarenos e os ebionitas exerceram certa influência sobre o cristianismo, representando um problema até o século IV d.C., quando desapareceu de cena como grupo cristão. Concílio de Calcedônia emitiu que repudiava a noção de uma única natureza em Cristo, e declarou que ele tem duas naturezas em uma pessoa. Também insistiu na completude de suas duas naturezas: divindade e masculinidade. “Fiéis aos santos padres, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo,
  • 11. 9 perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado, seis gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus; Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, indivisíveis e inseparáveis; a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos padres nos transmitiu.” De acordo com Alan Myatt, Ph. D. e Franklin Ferreira, Th.M, (2002, p.149, apud parte do texto Concilio Calcedônia). O texto completo da definição que reafirma as decisões do Concílio de Éfeso, a preeminência do Credo de Nicéia em 325 d.C. Também canoniza duas cartas autorizadas de Cirilo de Alexandria e o Tomo de Leão I escrito contra Eutiques e enviado ao arcebispo Flaviano de Constantinopla em 449. 1.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS A partir da Bíblia refutamos sobre a negação da Divindade de Jesus, onde João 1:1 diz que: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (A Bíblia, 2008) e João 1:18 cita: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou (A Bíblia, 2008). Sobre o nascimento virginal, Lucas 1:35 diz: “E, respondendo o anjo, disse- lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (A Biblia, 2008) refutando-a. 2. DOCETISMO Quando a Igreja de Roma, amparada na força do Império Romano, chegaria a definir os escritos de Lucas, Marcos, Mateus e João como principais em detrimento
  • 12. 10 de outros documentos cristãos. As muitas reflexões e hipóteses levantadas pelos seguidores de Jesus acabariam por formar um acervo teológico e uma dessas idéias começariam a ganhar destaque já no século II da Era Cristã, com os docetas. Do grego: dokéin: parecer, o docetismo tinha seguidores de uma visão, ou seja, não existia uma seita ou religião específica, mas uma corrente de pensamento que entendia que, sendo Jesus de natureza divina, não podia ter a mesma constituição das pessoas normais, não tinha natureza humana, apenas parecendo humano (daí o termo grego dokéin = parecer), logo, o seu nascimento, o corpo e as sensações que sentia não eram reais, isto é, não passavam de uma aparência de realidade. O Docetismo parte das idéias de Marcião, um filósofo e pensador cristão, profundo estudioso dos escritos de Paulo de Tarso, que se fixava na idéia de que o deus hebraico, ao se mostrar vingativo e por vezes cruel, não poderia ser o mesmo que conceberia Jesus e o ofereceria à humanidade. Sendo assim de origem totalmente divina, o Cristo seria uma criatura diferenciada de todos os demais seres, os atos de sua vida apenas se revestindo de uma aparência de acontecimento real para entendimento dos mortais. As idéias de Marcião acabariam por despertar muitos seguidores a tal ponto que se tornou bastante influente em Roma, onde conseguiu divulgar sua visão através de uma vasta obra escrita. Bispos influentes da Igreja da época, como Irineu de Lião e Ignácio de Antioquia, se dedicaram também a uma relevante produção teológica para refutar os textos de Marcião, preservando o consenso até então formado pela maioria das igrejas cristãs. 2.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA - Concílio de Calcedônia Esta doutrina é refutada pela Igreja Católica com base no Evangelho de João, onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu de Lião deram os contributos teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na sua obra Adversus Haereses defendeu as idéias principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do Cristocentrismo, a recapitulação em Cristo do Homem caído em pecado e a união entre a criação, o pecado e a redenção.
  • 13. 11 A origem do docetismo é geralmente atribuída a correntes gnósticas para quem o mundo material era mau e corrompido e que tentavam aliar, de forma racional, a Revelação disposta nas escrituras à filosofia grega. Esta doutrina viria a ser condenada como heresia no Concílio Ecumênico de Calcedônia. 2.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS A partir da Bíblia refutamos sobre a negação da Humanidade de Jesus, onde Lucas 2:52 diz que: “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (A Bíblia, 2008) e 1 João 4:2-3 “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, esse é o, espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo. (A Bíblia, 2008). 3. MONARQUIANISMO DINAMICO E MONARQUISMO MODALISTA No segundo e terceiro século d.C., com controvérsia entre os bispos Ário (256-336 d.C.) e Atanasio (296-373 d.C) e da confusão teológica que havia na Igreja para definir didaticamente a doutrina da Trindade, o monarquianismo tem sua origem. Tornou-se a grande heresia do século III d.C.. Essa terminologia foi dada por Tertuliano. Grande apologista da doutrina da Trindade e criador do termo teológico TRINDADE. O monarquista acredita na unidade de Deus (a palavra latina monarchia significa ¨reino único¨, ¨de uma só natureza¨). O bispo Ário negava a divindade de Jesus, já Atanásio defendia. Mas, ele ganha força e nome com um bispo da Igreja chamado Sabélio, que negava a doutrina da Trindade explanada por Tertuliano. Defendia que o Pai sofreu na cruz com (ou como) o Filho e está intimamente relacionado ao sabelianismo. O monarquismo assumiu duas formas primárias: o Monarquismo Dinâmico, também chamado de Adocionismo e Monarquismo Modalista (Sabelismo). 3.1 MONARQUISMO DINAMICO - ADOCIONISMO O monarquianismo Dinâmico nasceu em Bizâncio, por Teodoto, mas foi levada a Roma por volta do ano 190 d.C por Paulo de Samósata, Artemon e Socino, sua doutrina sustentava que Cristo tinha sido um simples homem, um ser mortal, até
  • 14. 12 ao seu batismo no rio Jordão por João Batista. Após o batismo, tornou-se filho adotivo de Deus. Baseavam-se no trecho do Evangelho de Lucas: “Tu és meu filho amado, em ti me agrado.” Lc. 3.22 (a Bíblia, 2008) juntamente com o Salmo 2.7: “Você é meu Filho, hoje eu gerei você” (a Bíblia, 2008). Para ele, o Pai é o originador do universo Ele é eterno, auto existente, sem princípio ou fim, o Filho, porém, embora seja um homem virtuoso, em cuja vida Deus estava dinamicamente presente de maneira singular, era finito. Para esta linha de pensamento, Cristo não era divino, mas sua humanidade foi extraordinária. Quanto ao Espírito Santo, os monarquianistas dinâmicos afirmam que Ele é um atributo impessoal da divindade. Não atribui nenhuma divindade ou eternidade ao Espírito Santo. O monarquianismo Dinâmico eleva a razão acima do testemunho da revelação bíblica no que concerne à trindade. Segundo essa corrente teológica Cristo não é Deus, o Espírito Santo não é Deus, com isso minam a coluna teológica da doutrina bíblica da salvação. 3.2 MONARQUISMO MODALISTA - SABELIANISMO O monarquianismo Modalista ensina que a unidade de Deus é incompatível com uma distinção de Pessoas dentro da Divindade. De acordo com o modalismo, Deus manifestou-se diversamente como o Pai (principalmente no Antigo Testamento), como o Filho (principalmente desde a concepção de Jesus até a Sua ascensão) e como o Espírito Santo (principalmente após a ascensão de Jesus ao céu). Tem suas raízes no falso ensinamento de Noeto de Esmirna por volta do ano 190. Noeto se chamou de Moises e chamou seu irmão de Arão, e ele ensinou que, se Jesus era Deus, então Ele deve ser o mesmo que o Pai. Hipólito de Roma se opôs a essa falsidade em seu “contra Noetum”. Uma forma primitiva do Monarquianismo Modalista também foi ensinada por um sacerdote da Ásia Menor chamado Práxeas, que viajou para Roma e Cartago por volta de 206 d.C. Tertuliano rebateu o ensinamento de Práxeas em “Contra Práxeas” por volta de 213. O Monarquianismo Modalista e suas heresias também foram refutadas por Orígenes, Dionísio de Alexandria e o Conselho de Nicéia em 325.
  • 15. 13 O monarquismo modalista é teologicamente perigoso porque ataca a própria natureza de Deus. Qualquer ensinamento que não reconhece Deus como três pessoas distintas é antibíblico. 3.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I e III Concílio de Constantinopla O maior crítico do sabelianismo foi Tertuliano, que o chamou de "Patripassianismo" das palavras latinas pater ("pai") e passio do verbo "sofrer", pois o movimento pregava que Deus Pai teria sofrido na cruz. É importante notar que as nossas únicas fontes que sobreviveram sobre o sabelianismo são de autoria de seus detratores. Acadêmicos hoje em dia não concordam sobre o quê exatamente Sabélio e Práxeas ensinaram. É fácil supor que Tertuliano e Hipólito tenham exagerado ou interpretado maliciosamente as opiniões de seus adversários. Tertuliano parece afirmar que a maioria dos crentes naquele tempo favoreciam o ponto de vista sabeliano da unicidade de Deus. Epifânio de Salamina, por volta de 375, relata que os aderentes do sabelianismo ainda podem ser encontrados em grande quantidade, tanto na Mesopotâmia e em Roma. O Primeiro Concílio de Constantinopla (381), no cânone VII, e o Terceiro Concílio de Constantinopla (680), no cânone XCV, declararam que o batismo de Sabélio era inválido, o que indica que a crença ainda existia na época. 3.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS Sobre a negação da Divindade de Jesus junto ao Ebionismo e o Monarquismo Dinâmico, não entenderam o texto de João 1:1 que diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (A Bíblia, 2008), aonde o Logos não veio possuir uma carne existente, mas se fez carne e outras escrituras prova que o Cristo eterno já era existente na pessoa de Jesus. Mateus 2:2 e 11 (A Bíblia) mostra os magos de Belém o adorando, como os magos adorariam como seria adorado um bebê se não fosse eterno? Os príncipes dos sacerdotes e os escribas perguntavam onde iria nascer o Cristo em Mateus 2:4 (A Bíblia, 2008), Lucas 1:26- 35 (A Bíblia, 2008) Maria recebeu uma mensagem do anjo, onde o seu filho foi chamado de Filho do Altíssimo, já sendo reconhecido como filho de Deus, logo não foi por meio do batismo Jesus, já nasceu Cristo e estava não só desde o pai, como já era chamado de filho de Deus desde sua descida a terra e inicio de vida.
  • 16. 14 Refutando o monarquismo modalista, deve-se declarar que realmente existem três pessoas diferentes em uma mesma deidade. O evangelho de João (A Bíblia, 2008), mostra que o Logos estava com Deus, oferecendo a idéia que uma hora ele não estava mais com Deus, mas como ele pode não estar com Deus se ele é uma pessoa com Deus? Se essa questão for correta, refutamos o usado Deuteronômio 6:4 (A Bíblia, 2008) que diz que Deus é o único Senhor, onde a palavra único no termo hebraico, tem sentido unidade composta, ou seja, tem mais composição de pessoas, sendo essas pessoas o Pai, o Filho e o Espirito Santo, conforme Mateus 28:19 (A Bíblia, 2008). 4. ARIANISMO Arianismo foi uma doutrina trazida pelo padre de Alexandria, no Egito com o nome de Àrio entre 250 d.C. a 336 d.C. Sua idéia principal era que o Filho de Deus não é igual a Deus Pai. Em vez de ser Deus, ele é apenas uma criatura aonde Deus fez do vazio como o resto do mundo. Àrio ensinou que o Pai nem sempre foi o Pai, Ele se tornou o Pai depois da criação do Filho, então houve um tempo em que o Filho não existiu. A Igreja recebeu a Jesus Cristo, então ela sempre acreditou na Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, porém demorou algum tempo para os Padres da Igreja escolher as palavras e conceitos certos para descrever as relações precisas do Pai e do Filho e para explicar como o Filho poderia ser igual ao Pai, preservando o monoteísmo bíblico e não parecer politeísta demais. 4.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA I Concílio de Nicéia em 325 d.C. A chave para a expressão apropriada era a palavra “consubstancial” (ὁμοούσιος). Não existe tal palavra na Bíblia. Foi tirado da filosofia grega. No entanto, os Padres da Igreja não tinham medo de escrever essa palavra nas flâmulas do Catolicismo, usando categorias filosóficas da Antiguidade, isto é, da sabedoria pagã. Trezentos e dezoito bispos reuniram-se em Nicéia em 325 para condenar a heresia ariana e formular a doutrina sobre a tal de consubstancialidade do Pai e do Filho, declarando que o Filho é Deus e, portanto, possui a mesma natureza Divina que seu Pai; que não houve nenhum tempo em que o Filho não existisse, pois o Filho é igualmente eterno e igual ao Pai.
  • 17. 15 Ário foi condenado como herege no Primeiro Concílio de Nicéia, mais tarde ilibado e depois declarado herege novamente depois de sua morte. 4.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS A partir da Bíblia refutamos que João 10:30 diz: “Eu e o Pai somos um.” (a Bíblia, 2008), Filipenses 2:6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (A Bíblia, 2008) e Apocalipse 3:14 “E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (A Bíblia, 2008) e João 1:2-1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.” (A Bíblia, 2008). 5. NESTORIANISMO O fundador dessa heresia foi Nestório, o arcebispo de Constantinopla que viveu na primeira metade do século V. Segundo Nestório, Jesus não é apenas um Deus homem com duas naturezas: o Divino e o humano, mas também contém duas personalidades: uma nascida humana por Maria e a divina, nascida de Deus além de todo o tempo. Quando Jesus Cristo veio ao mundo, não foi a Encarnação da Palavra de Deus que assumiu a natureza humana: foi uma união entre Deus como uma pessoa e o homem como outra pessoa no corpo de Jesus Cristo durante o seu batismo. Liturgicamente, seu erro dogmático se refletia em chamar a Maria de Christotokos (Portadora de Cristo), não de Theotokos (Portadora de Deus). 5.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I e III Concilio Ecumênico de Éfeso, em 431 d.C. O Terceiro Concílio Ecumênico foi convocado no ano 431 d.C., na cidade de Éfeso, pelo imperador Teodósio II. O Concílio foi convocado por causa da falsa doutrina de Nestório, Arcebispo de Constantinopla, que profanamente ensinou contra a divindade de Jesus Cristo, Deus se uniu moralmente e habitou nele, como em um templo, como anteriormente Ele havia habitado em Moisés e outros profetas.
  • 18. 16 O Concílio aprovou a posição de São Cirilo porque, de acordo com a fé apostólica, Cristo possui tanto a natureza Divina como a humana, enquanto, ao mesmo tempo, é uma pessoa. Esta pessoa não é humana, mas é Deus, a própria palavra. A heresia nestoriana original não é mais aceita por nenhum grupo religioso. No entanto, existem ocultistas que consideram que Cristo é um mero humano inspirado por Deus, os conflitos sobre essa visão levou à cisma nestoriana, separando a Igreja Assíria do Oriente da Igreja Bizantina. Os 200 bispos presentes no Concílio condenaram e repudiaram a heresia de Nestório e decretaram que se deve reconhecer que unidas em Jesus Cristo, na época da encarnação, foram duas naturezas, a divina e a humana, e que se deve confessar Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e Maria como portadora de Deus (Theotokos). 5.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS A partir da Bíblia refutamos que Maria era portadora de Deus em Mateus 1:18 que diz: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivesse antes coabitado, achou-se grávida pelo Espirito Santo” (a Bíblia, 2008) e sobre Jesus ser Deus e homem refutamos que da mesma forma que realizava milagres e sinais sobrenaturais, sentiu fome, sede e chorou. 6. APOLINARISMO O heresia denominada apolinarismo teve como principal personalidade, a pessoa do Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), com base no evangelho de João 1:14 (A Bíblia, 2008) usava o versículo que diz: “O Logus se fez carne”, compreendendo carne como na sua real interpretação, com exceção da alma. Por volta do século quarto (310-390), Apolinário tentou explicar a natureza humana e divina de Jesus. Foi opositor ao Arianismo, seu ensino enfatizava a divindade de Cristo, mas negava a existência de sua alma humana racional, que seria substituída pelo Logos (Verbo), ou seja, ele cria que Jesus veio em um corpo
  • 19. 17 humano físico, porém, possuía uma mente divina, porque o Logos veio e habitou somente habitou na carne divina. 6.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA – I Concílio de Constantinopla Alguns pais da igreja, Atanásio de Alexandria, Basílio de Cesareia, Gregório de Níssa, e Gregório de Nazianzo, foram formalmente contrários a este ensino e consideraram o Apolinarismo uma heresia no Primeiro Concílio de Constantinopla em 381, que definiu a posição ortodoxa de que Cristo seria totalmente homem e totalmente Deus. A partir de então, sua influência passou a declinar até o seu quase completo desaparecimento. 6.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS A partir da Bíblia refutamos que era necessário que Jesus viesse 100% homem e 100% Deus, ou seja, totalmente em carne, conforme Hebreus 2:17-18 “Por isso mesmo, convinha, em todas as coisas se torna-se semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel, sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (A Bíblia, 2008). 7. MONOFISISMO OU EUTIQUIANISMO Essa heresia surgiu como uma reação à heresia nestoriana, mas também não se manteve ortodoxa. O criador dessa heresia foi o arquimandrita Eutíquio de Constantinopla, que começou a pregar que não havia mais nada da natureza humana de Cristo depois da Encarnação: ela foi fundida e incorporada à natureza divina. Essa heresia nega que Jesus Cristo fosse plenamente humano e, portanto, torna impossível a santificação e a theosis de nossa natureza, que deve ser idêntica à natureza humana de Cristo. A heresia Monofisista ou Eutiquiana em sua forma pura é anatematizada por todas as Igrejas históricas, embora o cisma causado pelos monofisitas permaneça não curado até hoje.
  • 20. 18 7.1 REFUTAÇÕES DA IGREJA - Concílio de Latrão, em Roma 649 d.C. Este erro se espalhou por toda a Igreja, mas foi vencido graças a um simples monge chamado Máximo que provou através de seus escritos que o ensino de duas vontades em Cristo, a vontade da natureza Divina e a vontade da natureza humana, era verdadeiro. O monotelismo foi condenado pelo papa Martinho I no Concílio de Latrão, em Roma, em 649. Por isso, o papa Martinho e São Máximo, o Confessor, foram presos, torturados e exilados. O monotelismo foi encerrado em 680 d.C. pelo III Concílio de Constantinopla (Sexto Concílio Ecumênico), as igrejas em Constantinopla que condenaram incluem a Igreja Ortodoxa e a Igreja Maronita. Cristãos na Inglaterra rejeitaram a posição monotelita no Concílio de Hatfield em 680. 7.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS Assim como refutado na heresia de Nestorianismo, Jesus foi Deus e homem, conforme (p. 17) e Hebreus 2:18 “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (A Bíblia, 2008). 8. MONOTELISMO Originada na Armênia e Síria em 633 d.C. é uma variedade mais sutil de monofisismo, que preservou o ensinamento cristão sobre duas naturezas e uma substância, mas afirmou que Ele tinha apenas uma vontade, a Divina. Esse sistema foi artificialmente trabalhado para curar o cisma monofisista. 8.1 REFUTAÇÕES – I Concílio de Latrão, em Roma 649 e III Concílio de Constantinopla O monotelismo foi condenado pelo papa Martinho I no Concílio de Latrão, em Roma, em 649. Por isso, o papa Martinho e São Máximo, o Confessor, foram presos, torturados e exilados. O monotelismo foi encerrado em 680 d.C. pelo III Concílio de Constantinopla (Sexto Concílio Ecumênico), as igrejas em Constantinopla que condenaram incluem a Igreja Ortodoxa e a Igreja Maronita. Cristãos na Inglaterra rejeitaram a posição monotelita no Concílio de Hatfield em 680.
  • 21. 19 7.2 REFUTAÇÕES BÍBLICAS Refutamos o Monofisismo, conforme (p.18) na refutação bíblica do Monofisismo, pois ambas heresias não alteram muito, sendo uma sobra de seus adventos (A Bíblia, 2008).
  • 22. 20 CONCLUSÃO Consideramos que muitas das alegações, movimentos e idéias que se levantaram ao decorrer da história partiram, de pessoas anônimas como possivelmente Ébio nos ebionistas, como por bispos como ... de Constantinopla, ou seja, não foi algo em um mesmo curso na tentativa de fixar idéias por status ou poder, mas sim por más interpretações, devemos salientar que as escrituras já previa falsos profetas, e muitas das vezes esses podem ser nós mesmos na propagação de algo sem que haja estudos e considerações com que já foi interpretado durante toda a história. Ainda hoje questões como a humanidade Jesus, divindade de Cristo, união da pessoa de Jesus e Cristo e a distinção entre o Pai e Cristo são levantadas e discutidas, porém, agora com outro teor, já que com o crescimento do Cristianismo e suas vertentes e conquistas, como o protestantismo sem que possa haver uma concílio único, penamos que muitas dessas heresias irão perdurar até a volta de Jesus. Podemos então entender o quão é necessário o conhecer e defender das escrituras, que ela é o padrão e que para muitas perguntas conforme Romanos 16:25 e 1 Corintios 4:1, ainda em terra serão mistérios para o homem, assim concluímos que é importante o conhecimento das escrituras no teor de todas as perguntas e idéias que se possam levantar, mas que acima de todas as perguntas deve ponderar o que é essencial para nossa salvação.
  • 23. 21 REFERÊNCIAS ALDEMAR, Prof. Apostila de Teologia Sistemática III, Seminário Teológico Vida e Luz. 2018. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/40041149/teologia-sistematica-3-2018. Acesso em 26.03.2021. ARAUJO, Michele. EM NOME DA FÉ: as heresias e sua dimensão política em Portugal e Castela (séc. XIV e XV). 2019. Disponível em: www. repositorio.unb.br/bitstream/10482/36756/1/2019_MicheledeAra%C3%BAjo.pdf. Acesso em 26.03.2021. As 5 maiores heresias e como a Igreja as superou. 2021. Disponível em: www.fasbam.edu.br. Acesso em 26.03.2021. BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2019. BETTENCOURT, D. Estevão. As Heresias Cristológicas e Trinitárias. 2002. Disponível em: http://www.clerus.org/clerus/dati/2009-01/02- 13/As_Heresias_Cristologicas_e_Trinitarias.html. Acesso em 25.03.2021. COSTA, Françoá Pe. BERNARDES, Carlito de Oliveira Junior. História dos Dogmas Cristológicos na Antiguidade. Disponível em: http://catolicadeanapolis.edu.br/revmagistro/wp- content/uploads/2015/08/Hist%C3%B3ria-dos-dogmas-cristol%C3%B3gicos-na- antiguidade.pdf. Acesso: 25.03.21. GOMES, Sandro. Cristianismo Primitivo. 2016. Disponível em: www.appai.org.br/jesus-nos-primeiros-seculos-da-cristandade. Acesso em 26.03.2021. História da Igreja. 2021. Disponível em: https://metropolia.org.br/historia/historia-da- igreja/. Acesso em 29.03.2021.
  • 24. 22 In Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. "heresias". 2021. Disponível em: www.dicionario.priberam.org/heresias. Acesso em 26.03.2021. MYATT, Alan, Ph. D, FERREIRA, Franklin, Th.M. As Heresias Cristológicas e Trinitárias. 2002. 64 f. Trabalho de Teologia Sistemática. Faculdade Teológica Batista de São Paulo e Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Rio de Janeiro. 2002 NOGUEIRA, Pr. Sandro G.G. Ebionismo e os ismos teológicos. Disponível em: www.ulpan.com.br. Acesso em 26.03.2021. SILVA, Daniel Neves. O que foram as heresias medievais?. Brasil Escola. 2021. Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foram-as- heresias-medievais.htm. Acesso em: 26.03.2021. SOUSA, Rainer Gonçalves. “Heresias Medievais” - Mundo Educação. 2021. Disponível em: www.mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/heresias- medievais.htm. Acesso em 26/03/2021. TOCHETTO, Alexandre. O Nestorianismo. Disponível em: www.tochetto.blogspot.com/2009/06/07-o-nestorianismo.html. Acesso em: 25/03/ 2021.