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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO
- UNIRP
ARQUITETURA E URBANISMO
ALUNA:
STEFANI SOUZA-20121014
PROFª DRª MAYARA DIAS DE SOUZA
MONOGRAFIA “ÁLVARO SIZA”
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2015
STEFANI SOARES DE SOUZA
MONOGRAFIA:
ÁLVARO SIZA
Monografia para
aprovação na disciplina
História e Teoria da
Arquitetura, Urbanismo e
Paisagismo V do curso de
Graduação Arquitetura e
Urbanismo, do Centro
Universitário de Rio Preto
– UNIRP.
Orientadora: Prof.ª DRª Mayara Dias de Souza
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2015
STEFANI SOARES DE SOUZA
MONOGRAFIA:
ÁLVARO SIZA
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª DRª Mayara Dias de Souza
São José do Rio Preto, 29 de Maio de 2015
“Sou contra essa ideia de
especialização. Gosto de
diversificar o meu
trabalho, quero e tenho
feito um pouco de tudo.
Não se pode fazer bem
um bairro social ou um
museu sem ter feito
casas. A arquitetura é só
uma. As mãos que
desenham e as mãos que
constroem, seja o que for,
são sempre as mesmas.”
(Álvaro Siza)
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 03
Figura 2 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 03
Figura 3 Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966 04
Figura 4 Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966 04
Figura 5 Obra Edificio sobre a Água, China, 2014 04
Figura 6 Obra Edificio sobre a Água, China, 2014 04
Figura 7 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 05
Figura 8 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 05
Figura 9 Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil,2003 05
Figura 10 Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil,2003 05
Figura 11 Obra Edificio sobre a Água, China,2014 06
Figura 12 Obra Edificio sobre a Água, China,2014 06
Figura 13 Implantação Edifício Iberê Camargo 07
Figura 14 Foto 1 08
Figura 15 Subsolo 08
Figura 16 Foto 2 09
Figura 17 Térreo 09
Figura 18 Subsolo 10
Figura 19 Térreo / 1º pavimento 10
Figura 20 1º pavimento/ 2º pavimento e 3º pavimento 10
Figura 21 Foto 3 11
Figura 22 Foto 4 12
Figura 23 Foto 5 12
Figura 24 Corte 12
SÚMÁRIO
1- CONTEXTO HISTÓRICO 01
2- BIOGRAFIA 02
3- CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS 02
3.1- Preocupação com entorno 03
3.2- Materialidade 05
4- LEITURA PROJETUAL 07
4.1- Acessos 07
4.2- Circulação 10
4.3- Iluminação 11
5- CONCLUSÃO 13
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
7- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 15
1
1- CONTEXTO HISTÓRICO
O Período Contemporâneo na arquitetura, na qual está inserido o
Arquiteto Álvaro Siza, considerado um dos 5 maiores arquitetos da atualidade.
Após o termino de sua faculdade em 1955 começa atuar na arquitetura
portuguesa em busca de novas formas da arquitetura voltando-se para uma
arquitetura contemporânea, que será o objeto de estudo desse trabalho.
No ano de 1990 inicia-se uma nova etapa na arquitetura que
perdura até os dias atuais, a arquitetura Contemporânea, que trás uma mistura
de ideais, tanto do Modernismo, quanto do Pós-Modernismo. Ao mesmo tempo
em que ele busca voltar a racionalidade do modernismo, ele não perde a
criatividade do pós-modernismo. (FRAMPTON, 2008)
A arquitetura Contemporânea tenta encontrar um equilíbrio entre
todos os estilos anteriores, usando essas referências para uma nova forma de
projetar, utilizando-se delas como inspiração para novas propostas.
As novas propostas têm como objetivo fazer uma nova
interpretação da arquitetura do passado. Não se é utilizado um só estilo, um só
conceito, só linhas retas, ou linhas onduladas, mas sim uma diversidade de
opções, cada um de acordo com as necessidades e propostas de cada projeto.
Nenhum elemento é obrigatório, ele abraça as diferenças e as unem em uma
harmonia vivenciada nos dias de hoje.
Essa nova forma de projetar também trouxe novas técnicas
construtivas e se tornou um período de muitas inovações tecnológicas. O
conforto, e o bem estar, são preocupações do estilo atual. E também, há uma
preocupação com o urbanismo, com o paisagismo,e com o entorno, no que é
melhor para a cidade e com o que traz mais benefícios urbanos.
“A essência das obras de Siza se baseia em sua capacidade de
combinar em cada proposta a arquitetura racionalista e a relação com o
entorno”. (VITRUVIUS, 2001)
Conclui-se que, a arquitetura contemporânea vem com a
finalidade de explorar novas tecnologias, novos materiais, proporcionando
assim novas formas para as construções, abrangendo as questões ambientais
e sociais.
2
2- BIOGRAFIA
Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira, nasceu na cidade de Matosinhos,
Portugal, em 1933. Estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto
entre 1949 e 1955, sendo a sua primeira obra construída em 1954.
Ensinou na ESBAP entre 1966 e 1969; reingressou em 1976 como
Professor Assistente de “Construção”. Foi Professor Visitante na Escola Politécnica de
Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes em Bogotá, na
Graduate School of Design of Harvard University como “Kenzo Tange Visiting
Professor”; lecionou na Faculdade de Arquitetura do Porto.
Exerceu sua profissão na cidade do Porto. Recebeu numerosos
prêmios, nomeadamente: em 1988, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o
Prêmio Prince of Wales da Harvard University e o Prêmio Europeu de Arquitetura da
Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies Van der Rohe. Em 1992 foi-
lhe atribuído o Prêmio Pritzker da Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua
obra. Em 1998, o “Premium Imperiale” pela JapanArtAssociation, de Tóquio. Em 2001,
recebeu o Prêmio pela Wolf Foundation em Israel. Em 2002, recebe o Leão de Ouro
em Veneza (melhor projeto) pela Bienal de Veneza e o Prêmio Vitruvio 2002 pelo
Museu Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires.
É membro da American Institute of Arts and Science e “Honorary
Fellow” do Royal Institute of British Architects.
Foi doutorado “Honoris Causa” por: Universidade Politécnica de
Valência, Escola Politécnica Federal de Lausanne, Universidade de Palermo,
Universidade Menendez Pelayo, Universidade Nacional de Engenharia de Lima,
Universidade Coimbra e pela Universidade Lusíada.
3- CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS
O arquiteto Álvaro Siza, desde cedo obteve sua própria linguagem para
criação de suas obras, tendo como pontos de referência os estilos modernistas
internacionais, e estabelecendo um padrão de suas obras com uma forte influência na
própria tradição de Portugal.
Tendo como influência e referências alguns arquitetos, como Adolf
Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, Le Corbusier, teve também a influência do
arquiteto Fernando Távora, que além de professor, se tornou seu amigo, chegando a
trabalharem juntos, sendo este, uma das principais referências na escola do Porto.
Segundo o arquiteto italiano Vittorio Gregotti, a arquitetura de Siza é
difícil de descrever porque “evita um único procedimento, recusa-se a propor modelos
e nunca fixa uma linguagem pré-estabelecida.” (MARTINS BARATA, 1997)
De acordo com Kenneth Frampton, “Siza persegue uma arquitetura de
resistência crítica na qual o universal se equilibra com o local a todos os níveis, tanto
políticos como arquitetônicos, e não como recusa global da tecnologia avançada, mas
sim, reconhecendo a necessidade de mediação e qualificação técnica através da
cultura.” (FRAMPTON, 2008)
3
3.1 - PREOCUPAÇÃO COM O ENTORNO
Para a arquitetura de Álvaro Siza, ele busca sempre aproximar
suas ideias de projeto ao lugar, pois, o arquiteto tem como ideologia projetar
conforme a nacionalidade e as necessidades de cada local, fazendo com que
seus projetos tenham ligação de ritmo com o terreno, com o entorno, a luz
natural e a paisagem integrando o ambiente ao que está sendo construído,
passando para cada observador uma sensação.
Como vemos nas imagens abaixo, o arquiteto busca construir a
paisagem, analisando o clima, a vegetação que existe no local, preservando as
formações rochosas, mantendo assim sua intervenção na paisagem, dando
ênfase em novas formas como a geometria em curvas, pontes que se
conectam aos diferentes espaços.
Figuras 1 e 2 - Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963. Fonte: Archdaily
4
Figuras 3 e 4 - Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966. Fonte: Archdaily
Figuras 5 e 6 - Obra Edifício sobre a Água, China, 2014. Fonte: Archdaily
Inserção da obra sem
descaracterização da
paisagem
Inserção da obra
levando em
consideração a
historia local.
Respeitando a
tradição chinesa,
propõe um dragão
emergindo das águas.
5
3.2 - MATERIALIDADE
O arquiteto Álvaro Siza emprega uma diversidade de materiais em
seus projetos. Podemos ver em suas obras a modernidade de se utilizar
diversos materiais na construção, respeitando cada um deles e suas
particularidades; fazendo composições. No geral, o arquiteto faz uso da
alvenaria, do concreto, do vidro e um uso abundante de madeira. Esses
materiais adequam-se ao lugar onde estão sendo construídos, valorizando a
paisagem.
Figuras 7 e 8 - Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963. Fonte: Archdaily
Figuras 9 e 10 - Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil, 2003, Fonte: Archdaily
Madeira
Alvenaria
Concreto
aparente
branco
Concreto
Aparente
branco
6
Figuras 11 e 12 - Obra Edificio sobre a Água, China, 2014. Fonte: Archdaily
Concreto
Aparente
branco
Utilização
do Vidro
7
4 - LEITURA PROJETUAL
O projeto de Álvaro Siza escolhido para análise é a Fundação
Iberê Camargo, localizado na cidade de Porto Alegre, Brasil.
A Fundação foi criada para abrigar e expor as obras do artista
Iberê Camargo, antes a sede era na casa em que o artista viveu e manteve o
seu ateliê até 1988. No ano de 2003 iniciou a obra da mais nova sede da
fundação, a qual teve sua inauguração no ano de 2008.
O projeto tem um total de área construída de 8250 m² e uma área
de terreno de 8800 m². Foi construído todo de concreto armado branco
aparente, sem vigas, pilares ou lajes. E, além da plasticidade o material
escolhido oferece uma baixa manutenção e grande durabilidade.
4.1- ACESSOS
Figura 13 - Implantação. Fonte: Revista AU
Foi criada uma passarela subterrânea sob a avenida, a qual faz
uma ligação para os dois lados da mesma, trazendo mais segurança aos
visitantes do museu.
Acesso de
veículos para
o subsolo
Saída de veículos
8
Figura 14 - Vista 1 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity
Figura 15 - Subsolo. Fonte: Revista AU
Os principais acessos ao prédio se dão pelo subsolo, onde tem o
acesso e saída de veículos (1,4), e o acesso de pessoas (2).
Saída de veículos
Acesso de
veículos
Acesso de
Pessoas
Acesso do
subsolo para
o térreo
Elevador/
Escada
Acesso do térreo
para o subsolo de
carga/descarga
Saída deveículos
Acesso do térreo
para o subsolo de
carga/descarga
Saída de veículos
9
Figura 16 - Vista 2 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity
Figura 17 - Térreo. Fonte: Revista AU
No térreo existe uma entrada para visitantes, e do subsolo para o
térreo há uma escada e uma rampa externas, além do elevador que interliga o
subsolo a todos os pavimentos no interior do prédio.
Acesso de
Pessoas pelo
térreo
Acesso do
subsolo para
o térreo
Elevador/
Escada
Acesso do
subsolo para
o térreo
Acesso de
Pessoas pelo
térreo
10
4.2 - CIRCULAÇÃO
A circulação entre os pavimentos no edifício se dá pelas rampas,
escadas e elevadores. Ao chegar ao prédio o visitante é conduzido pelo
elevador ao último andar, de onde ele desce pelas rampas, percorrendo todo o
edifício de cima para baixo.
Figura 18 - Subsolo. Fonte: Revista AU
Figura 19 - Planta Térreo/1º Pavimento Fonte: Revista AU
Figura 20 - Planta 2º/3º e 4º Pavimento. Fonte: Revista AU
Circulação principal de
funcionários no subsolo
Circulação principal de
visitantes no subsolo
Circulação principal de
visitantes no térreo
Circulação principal de
funcionários no térreo
Circulação principal de
funcionários no 2º Pavimento
Circulação principal de
visitantes no 2º Pavimento
,3º pavimento e 4º pavimento
11
4.3– ILUMINAÇÃO
O prédio conta com três clarabóias, que ajudam na iluminação do
mesmo. O sistema de iluminação é controlado por computadores, que
adequam a luz no interior do prédio de acordo com a luz do dia. Além de
trazerem uma grande iluminação no interior do predio, as clarabóias também
produzem uma grande economia de energia.
Figura 21 - Vista 3 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity
Iluminação
através das
Clarabóias
12
Figuras 22 e 23 - Interior Obra Iberê Camargo. Fonte: vaocentral.com
Figura 24 – Corte. Fonte: Archdaily
Iluminação
através das
Clarabóias
Iluminação
através das
Clarabóias
13
5 – CONCLUSÃO
Conclui-se que, o arquiteto português Álvaro Siza, sempre busca
explorar novas possibilidades, contribuindo para uma arquitetura mais
complexa que não se resume apenas nas influências que ele obteve, mas sim,
por um componente de novas formas da arquitetura. Isso volta-se para uma
arquitetura contemporânea que surge com outra identidade, como uma
arquitetura exploradora de tecnologias e materiais mais avançados, além de
trazer também, novos meios e formas de construções voltadas para as
questões ambientais e sociais.
Ao projetar, Siza se preocupa principalmente com a melhor
maneira de fazer uma composição em suas obras com a paisagem já existente,
priorizando o entorno e tudo o que ele pode proporcionar. É um arquiteto que
procura passar para os apreciadores de suas obras sensações distintas,
sempre buscando inspiração para suas criações através da utilização dos
materiais tradicionais, sem deixar de lado a utilização de novas tecnologias.
Sendo assim, usa de sua própria linguagem, que são as de influências
portuguesas, buscando por sensibilidades como um todo em suas obras.
O arquiteto, também traz humanidade em suas obras, pois mostra
que a historia e a tradição de cada local deve ser respeitada e incluída nos
projetos, fazendo com que os moradores ou públicos alvos dos edifícios se
sintam mais acolhidos e parte daquele espaço.
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRAMPTON,Kenneth. A arquitetura na era da globalização: topografia,
morfologia, sustentabilidade, materialidade, habitat e forma cívica, 1975-2007.
In: FRAMPTON,Kenneth.Historia Critica da arquitetura Moderna. São
Paulo:MARTINS FONTES, 2008. Cap7, p.419-472.
MARTINS BARATA, Paulo - Álvaro Siza 1954-1976. Lisboa : Editorial Blau,
1997. P.10
REGO, Renato Leão.A poética do desassossegoa arquitetura de Álvaro
Siza. [S.I.]: Vitruvius, 2001. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.010/908>. Acessado
em: 26 fev.2015.
Arquitetura Contemporânea. [S.I.]: Archi in Brasil, 2010. Disponível
em:<https://archiinbrazil.wordpress.com/arquitetura-contemporanea/>.
Acessado em 26 fev.2015.
Álavaro Siza Vieira. [S.I.] Bom Sucesso, 2013. Disponível em:
<http://www.bomsucesso.com.pt/architects/%C3%A1lvaro-siza-vieira-143198>.
Acessado em:20 abril 2015.
FRACALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: Casa de Chá Boa Nova /
Álvaro Siza. [S.I.]Archdaily, 2012.Disponível
em:<http://www.archdaily.com.br/br/01-20953/classicos-da-arquitetura-casa-de-cha-
boa-nova-alvaro-siza>. Acessado em: 20 abril 2015.
BALTERS, Sofia. AD Classics: Leça Swimming Pools / Alvaro Siza. [S.I.]
Archdaily, 2011. Disponível em:<http://www.archdaily.com/150272/ad-classics-
leca-swimming-pools-alvaro-siza/>. Acessado em: 20 abril 2015.
HELM, Joanna.Fundação Iberê Camargo / Alvaro Siza.[S.I.] Archdaily, 2011.
Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/01-2498/fundacao-ibere-
camargo-alvaro-siza>. Acessado em: 20 abril 2015.
Edifício sobre a Água / Álvaro Siza + Carlos Castanheira. [S.I.] Archdaily,
2014. Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/626132/edificio-sobre-a-
agua-alvaro-siza-mais-carlos-
castanheira?ad_medium=widget&ad_name=more-from-office-article-
show>.Acessado em: 20 abril 2015.
15
ROSSO, Silvana Maria. Edifícios: Paredes retas e superfícies onduladas.
[S.I] Revista AU, 2008. Disponível em: <http://au.pini.com.br/arquitetura-
urbanismo/171/artigo92150-1.aspx>. Acessado em: 18 maio 2015
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FRACALOSSI, Igor. Fundamentos da Arquitetura Contemporânea /
SiegbertZanettini. [S.I.] Archdaily, 2013.Disponível em:
<http://www.bomsucesso.com.pt/architects/álvaro-siza-vieira-143198>.
Acessado em: 26 fev.2015.
Principais obras de Álvaro Siza Vieira. [S.I] Instituto Politécnico de Setúbal ,
2013. Disponível em:
<https://www.si.ips.pt/ese_si/web_base.gera_pagina?P_pagina=28227>>. Acessado
em: 20 abril 2015.
MOURA, Éride.Entrevista:Álvaro Siza em uma conversa franca e amiga
sobre arquitetura, mercado de trabalho e a crise econômica.[S.I.] Revista
AU, 2012.Disponível em: <http://au.pini.com.br/arquitetura-
urbanismo/222/artigo266301-1.aspx>. Acessado em: 21 abril 2015.
SEREFIN, Marcelo.Dia do Arquiteto: Alvaro Siza. [S.I.] Abduzeedo,
2010.Disponível
em:<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=444666>. Acessado em
: 21 abril 2015.
AMADO ROCHA, João Luis. A obra de Álvaro Siza Vieira no contexto da
pós-modernidade, 2012.Dissertação(Mestrado em Arquitetura Integrada) –
Instituto Superior Técnico de Lisboa. Portugal, 2012. Disponível
em:<https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/cursos/ma/dissertacao/2353642429647>.
Acessado em: 22 abril 2015.
SOUZA, Lila Marques. Formas de ideias da arquitetura contemporânea,
2010.Dissertação (Iniciação Cientifica) - Universidade Estadual de Maringá.
Paraná, 2010. Disponível em: <http://anais.unicentro.br/xixeaic/pdf/1855.pdf>.
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Álvaro Siza e a Fundação Iberê Camargo

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO - UNIRP ARQUITETURA E URBANISMO ALUNA: STEFANI SOUZA-20121014 PROFª DRª MAYARA DIAS DE SOUZA MONOGRAFIA “ÁLVARO SIZA” SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2015
  • 2. STEFANI SOARES DE SOUZA MONOGRAFIA: ÁLVARO SIZA Monografia para aprovação na disciplina História e Teoria da Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo V do curso de Graduação Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP. Orientadora: Prof.ª DRª Mayara Dias de Souza SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2015
  • 3. STEFANI SOARES DE SOUZA MONOGRAFIA: ÁLVARO SIZA BANCA EXAMINADORA Prof.ª DRª Mayara Dias de Souza São José do Rio Preto, 29 de Maio de 2015
  • 4. “Sou contra essa ideia de especialização. Gosto de diversificar o meu trabalho, quero e tenho feito um pouco de tudo. Não se pode fazer bem um bairro social ou um museu sem ter feito casas. A arquitetura é só uma. As mãos que desenham e as mãos que constroem, seja o que for, são sempre as mesmas.” (Álvaro Siza)
  • 5. LISTA DE FIGURAS Figura 1 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 03 Figura 2 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 03 Figura 3 Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966 04 Figura 4 Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966 04 Figura 5 Obra Edificio sobre a Água, China, 2014 04 Figura 6 Obra Edificio sobre a Água, China, 2014 04 Figura 7 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 05 Figura 8 Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963 05 Figura 9 Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil,2003 05 Figura 10 Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil,2003 05 Figura 11 Obra Edificio sobre a Água, China,2014 06 Figura 12 Obra Edificio sobre a Água, China,2014 06 Figura 13 Implantação Edifício Iberê Camargo 07 Figura 14 Foto 1 08 Figura 15 Subsolo 08 Figura 16 Foto 2 09 Figura 17 Térreo 09 Figura 18 Subsolo 10 Figura 19 Térreo / 1º pavimento 10 Figura 20 1º pavimento/ 2º pavimento e 3º pavimento 10 Figura 21 Foto 3 11 Figura 22 Foto 4 12 Figura 23 Foto 5 12 Figura 24 Corte 12
  • 6. SÚMÁRIO 1- CONTEXTO HISTÓRICO 01 2- BIOGRAFIA 02 3- CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS 02 3.1- Preocupação com entorno 03 3.2- Materialidade 05 4- LEITURA PROJETUAL 07 4.1- Acessos 07 4.2- Circulação 10 4.3- Iluminação 11 5- CONCLUSÃO 13 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14 7- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 15
  • 7. 1 1- CONTEXTO HISTÓRICO O Período Contemporâneo na arquitetura, na qual está inserido o Arquiteto Álvaro Siza, considerado um dos 5 maiores arquitetos da atualidade. Após o termino de sua faculdade em 1955 começa atuar na arquitetura portuguesa em busca de novas formas da arquitetura voltando-se para uma arquitetura contemporânea, que será o objeto de estudo desse trabalho. No ano de 1990 inicia-se uma nova etapa na arquitetura que perdura até os dias atuais, a arquitetura Contemporânea, que trás uma mistura de ideais, tanto do Modernismo, quanto do Pós-Modernismo. Ao mesmo tempo em que ele busca voltar a racionalidade do modernismo, ele não perde a criatividade do pós-modernismo. (FRAMPTON, 2008) A arquitetura Contemporânea tenta encontrar um equilíbrio entre todos os estilos anteriores, usando essas referências para uma nova forma de projetar, utilizando-se delas como inspiração para novas propostas. As novas propostas têm como objetivo fazer uma nova interpretação da arquitetura do passado. Não se é utilizado um só estilo, um só conceito, só linhas retas, ou linhas onduladas, mas sim uma diversidade de opções, cada um de acordo com as necessidades e propostas de cada projeto. Nenhum elemento é obrigatório, ele abraça as diferenças e as unem em uma harmonia vivenciada nos dias de hoje. Essa nova forma de projetar também trouxe novas técnicas construtivas e se tornou um período de muitas inovações tecnológicas. O conforto, e o bem estar, são preocupações do estilo atual. E também, há uma preocupação com o urbanismo, com o paisagismo,e com o entorno, no que é melhor para a cidade e com o que traz mais benefícios urbanos. “A essência das obras de Siza se baseia em sua capacidade de combinar em cada proposta a arquitetura racionalista e a relação com o entorno”. (VITRUVIUS, 2001) Conclui-se que, a arquitetura contemporânea vem com a finalidade de explorar novas tecnologias, novos materiais, proporcionando assim novas formas para as construções, abrangendo as questões ambientais e sociais.
  • 8. 2 2- BIOGRAFIA Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira, nasceu na cidade de Matosinhos, Portugal, em 1933. Estudou Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1949 e 1955, sendo a sua primeira obra construída em 1954. Ensinou na ESBAP entre 1966 e 1969; reingressou em 1976 como Professor Assistente de “Construção”. Foi Professor Visitante na Escola Politécnica de Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes em Bogotá, na Graduate School of Design of Harvard University como “Kenzo Tange Visiting Professor”; lecionou na Faculdade de Arquitetura do Porto. Exerceu sua profissão na cidade do Porto. Recebeu numerosos prêmios, nomeadamente: em 1988, a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, o Prêmio Prince of Wales da Harvard University e o Prêmio Europeu de Arquitetura da Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies Van der Rohe. Em 1992 foi- lhe atribuído o Prêmio Pritzker da Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua obra. Em 1998, o “Premium Imperiale” pela JapanArtAssociation, de Tóquio. Em 2001, recebeu o Prêmio pela Wolf Foundation em Israel. Em 2002, recebe o Leão de Ouro em Veneza (melhor projeto) pela Bienal de Veneza e o Prêmio Vitruvio 2002 pelo Museu Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires. É membro da American Institute of Arts and Science e “Honorary Fellow” do Royal Institute of British Architects. Foi doutorado “Honoris Causa” por: Universidade Politécnica de Valência, Escola Politécnica Federal de Lausanne, Universidade de Palermo, Universidade Menendez Pelayo, Universidade Nacional de Engenharia de Lima, Universidade Coimbra e pela Universidade Lusíada. 3- CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS O arquiteto Álvaro Siza, desde cedo obteve sua própria linguagem para criação de suas obras, tendo como pontos de referência os estilos modernistas internacionais, e estabelecendo um padrão de suas obras com uma forte influência na própria tradição de Portugal. Tendo como influência e referências alguns arquitetos, como Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, Le Corbusier, teve também a influência do arquiteto Fernando Távora, que além de professor, se tornou seu amigo, chegando a trabalharem juntos, sendo este, uma das principais referências na escola do Porto. Segundo o arquiteto italiano Vittorio Gregotti, a arquitetura de Siza é difícil de descrever porque “evita um único procedimento, recusa-se a propor modelos e nunca fixa uma linguagem pré-estabelecida.” (MARTINS BARATA, 1997) De acordo com Kenneth Frampton, “Siza persegue uma arquitetura de resistência crítica na qual o universal se equilibra com o local a todos os níveis, tanto políticos como arquitetônicos, e não como recusa global da tecnologia avançada, mas sim, reconhecendo a necessidade de mediação e qualificação técnica através da cultura.” (FRAMPTON, 2008)
  • 9. 3 3.1 - PREOCUPAÇÃO COM O ENTORNO Para a arquitetura de Álvaro Siza, ele busca sempre aproximar suas ideias de projeto ao lugar, pois, o arquiteto tem como ideologia projetar conforme a nacionalidade e as necessidades de cada local, fazendo com que seus projetos tenham ligação de ritmo com o terreno, com o entorno, a luz natural e a paisagem integrando o ambiente ao que está sendo construído, passando para cada observador uma sensação. Como vemos nas imagens abaixo, o arquiteto busca construir a paisagem, analisando o clima, a vegetação que existe no local, preservando as formações rochosas, mantendo assim sua intervenção na paisagem, dando ênfase em novas formas como a geometria em curvas, pontes que se conectam aos diferentes espaços. Figuras 1 e 2 - Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963. Fonte: Archdaily
  • 10. 4 Figuras 3 e 4 - Obra Complexo Leça Swimming Pool, Portugal, 1966. Fonte: Archdaily Figuras 5 e 6 - Obra Edifício sobre a Água, China, 2014. Fonte: Archdaily Inserção da obra sem descaracterização da paisagem Inserção da obra levando em consideração a historia local. Respeitando a tradição chinesa, propõe um dragão emergindo das águas.
  • 11. 5 3.2 - MATERIALIDADE O arquiteto Álvaro Siza emprega uma diversidade de materiais em seus projetos. Podemos ver em suas obras a modernidade de se utilizar diversos materiais na construção, respeitando cada um deles e suas particularidades; fazendo composições. No geral, o arquiteto faz uso da alvenaria, do concreto, do vidro e um uso abundante de madeira. Esses materiais adequam-se ao lugar onde estão sendo construídos, valorizando a paisagem. Figuras 7 e 8 - Obra Casa de Chá da Boa Nova, Portugal, 1963. Fonte: Archdaily Figuras 9 e 10 - Obra Iberê Camargo, Porto Alegre/ Brasil, 2003, Fonte: Archdaily Madeira Alvenaria Concreto aparente branco Concreto Aparente branco
  • 12. 6 Figuras 11 e 12 - Obra Edificio sobre a Água, China, 2014. Fonte: Archdaily Concreto Aparente branco Utilização do Vidro
  • 13. 7 4 - LEITURA PROJETUAL O projeto de Álvaro Siza escolhido para análise é a Fundação Iberê Camargo, localizado na cidade de Porto Alegre, Brasil. A Fundação foi criada para abrigar e expor as obras do artista Iberê Camargo, antes a sede era na casa em que o artista viveu e manteve o seu ateliê até 1988. No ano de 2003 iniciou a obra da mais nova sede da fundação, a qual teve sua inauguração no ano de 2008. O projeto tem um total de área construída de 8250 m² e uma área de terreno de 8800 m². Foi construído todo de concreto armado branco aparente, sem vigas, pilares ou lajes. E, além da plasticidade o material escolhido oferece uma baixa manutenção e grande durabilidade. 4.1- ACESSOS Figura 13 - Implantação. Fonte: Revista AU Foi criada uma passarela subterrânea sob a avenida, a qual faz uma ligação para os dois lados da mesma, trazendo mais segurança aos visitantes do museu. Acesso de veículos para o subsolo Saída de veículos
  • 14. 8 Figura 14 - Vista 1 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity Figura 15 - Subsolo. Fonte: Revista AU Os principais acessos ao prédio se dão pelo subsolo, onde tem o acesso e saída de veículos (1,4), e o acesso de pessoas (2). Saída de veículos Acesso de veículos Acesso de Pessoas Acesso do subsolo para o térreo Elevador/ Escada Acesso do térreo para o subsolo de carga/descarga Saída deveículos Acesso do térreo para o subsolo de carga/descarga Saída de veículos
  • 15. 9 Figura 16 - Vista 2 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity Figura 17 - Térreo. Fonte: Revista AU No térreo existe uma entrada para visitantes, e do subsolo para o térreo há uma escada e uma rampa externas, além do elevador que interliga o subsolo a todos os pavimentos no interior do prédio. Acesso de Pessoas pelo térreo Acesso do subsolo para o térreo Elevador/ Escada Acesso do subsolo para o térreo Acesso de Pessoas pelo térreo
  • 16. 10 4.2 - CIRCULAÇÃO A circulação entre os pavimentos no edifício se dá pelas rampas, escadas e elevadores. Ao chegar ao prédio o visitante é conduzido pelo elevador ao último andar, de onde ele desce pelas rampas, percorrendo todo o edifício de cima para baixo. Figura 18 - Subsolo. Fonte: Revista AU Figura 19 - Planta Térreo/1º Pavimento Fonte: Revista AU Figura 20 - Planta 2º/3º e 4º Pavimento. Fonte: Revista AU Circulação principal de funcionários no subsolo Circulação principal de visitantes no subsolo Circulação principal de visitantes no térreo Circulação principal de funcionários no térreo Circulação principal de funcionários no 2º Pavimento Circulação principal de visitantes no 2º Pavimento ,3º pavimento e 4º pavimento
  • 17. 11 4.3– ILUMINAÇÃO O prédio conta com três clarabóias, que ajudam na iluminação do mesmo. O sistema de iluminação é controlado por computadores, que adequam a luz no interior do prédio de acordo com a luz do dia. Além de trazerem uma grande iluminação no interior do predio, as clarabóias também produzem uma grande economia de energia. Figura 21 - Vista 3 Obra Iberê Camargo. Fonte: skyscrapercity Iluminação através das Clarabóias
  • 18. 12 Figuras 22 e 23 - Interior Obra Iberê Camargo. Fonte: vaocentral.com Figura 24 – Corte. Fonte: Archdaily Iluminação através das Clarabóias Iluminação através das Clarabóias
  • 19. 13 5 – CONCLUSÃO Conclui-se que, o arquiteto português Álvaro Siza, sempre busca explorar novas possibilidades, contribuindo para uma arquitetura mais complexa que não se resume apenas nas influências que ele obteve, mas sim, por um componente de novas formas da arquitetura. Isso volta-se para uma arquitetura contemporânea que surge com outra identidade, como uma arquitetura exploradora de tecnologias e materiais mais avançados, além de trazer também, novos meios e formas de construções voltadas para as questões ambientais e sociais. Ao projetar, Siza se preocupa principalmente com a melhor maneira de fazer uma composição em suas obras com a paisagem já existente, priorizando o entorno e tudo o que ele pode proporcionar. É um arquiteto que procura passar para os apreciadores de suas obras sensações distintas, sempre buscando inspiração para suas criações através da utilização dos materiais tradicionais, sem deixar de lado a utilização de novas tecnologias. Sendo assim, usa de sua própria linguagem, que são as de influências portuguesas, buscando por sensibilidades como um todo em suas obras. O arquiteto, também traz humanidade em suas obras, pois mostra que a historia e a tradição de cada local deve ser respeitada e incluída nos projetos, fazendo com que os moradores ou públicos alvos dos edifícios se sintam mais acolhidos e parte daquele espaço.
  • 20. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRAMPTON,Kenneth. A arquitetura na era da globalização: topografia, morfologia, sustentabilidade, materialidade, habitat e forma cívica, 1975-2007. In: FRAMPTON,Kenneth.Historia Critica da arquitetura Moderna. São Paulo:MARTINS FONTES, 2008. Cap7, p.419-472. MARTINS BARATA, Paulo - Álvaro Siza 1954-1976. Lisboa : Editorial Blau, 1997. P.10 REGO, Renato Leão.A poética do desassossegoa arquitetura de Álvaro Siza. [S.I.]: Vitruvius, 2001. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.010/908>. Acessado em: 26 fev.2015. Arquitetura Contemporânea. [S.I.]: Archi in Brasil, 2010. Disponível em:<https://archiinbrazil.wordpress.com/arquitetura-contemporanea/>. Acessado em 26 fev.2015. Álavaro Siza Vieira. [S.I.] Bom Sucesso, 2013. Disponível em: <http://www.bomsucesso.com.pt/architects/%C3%A1lvaro-siza-vieira-143198>. Acessado em:20 abril 2015. FRACALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: Casa de Chá Boa Nova / Álvaro Siza. [S.I.]Archdaily, 2012.Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/01-20953/classicos-da-arquitetura-casa-de-cha- boa-nova-alvaro-siza>. Acessado em: 20 abril 2015. BALTERS, Sofia. AD Classics: Leça Swimming Pools / Alvaro Siza. [S.I.] Archdaily, 2011. Disponível em:<http://www.archdaily.com/150272/ad-classics- leca-swimming-pools-alvaro-siza/>. Acessado em: 20 abril 2015. HELM, Joanna.Fundação Iberê Camargo / Alvaro Siza.[S.I.] Archdaily, 2011. Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/01-2498/fundacao-ibere- camargo-alvaro-siza>. Acessado em: 20 abril 2015. Edifício sobre a Água / Álvaro Siza + Carlos Castanheira. [S.I.] Archdaily, 2014. Disponível em:<http://www.archdaily.com.br/br/626132/edificio-sobre-a- agua-alvaro-siza-mais-carlos- castanheira?ad_medium=widget&ad_name=more-from-office-article- show>.Acessado em: 20 abril 2015.
  • 21. 15 ROSSO, Silvana Maria. Edifícios: Paredes retas e superfícies onduladas. [S.I] Revista AU, 2008. Disponível em: <http://au.pini.com.br/arquitetura- urbanismo/171/artigo92150-1.aspx>. Acessado em: 18 maio 2015 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FRACALOSSI, Igor. Fundamentos da Arquitetura Contemporânea / SiegbertZanettini. [S.I.] Archdaily, 2013.Disponível em: <http://www.bomsucesso.com.pt/architects/álvaro-siza-vieira-143198>. Acessado em: 26 fev.2015. Principais obras de Álvaro Siza Vieira. [S.I] Instituto Politécnico de Setúbal , 2013. Disponível em: <https://www.si.ips.pt/ese_si/web_base.gera_pagina?P_pagina=28227>>. Acessado em: 20 abril 2015. MOURA, Éride.Entrevista:Álvaro Siza em uma conversa franca e amiga sobre arquitetura, mercado de trabalho e a crise econômica.[S.I.] Revista AU, 2012.Disponível em: <http://au.pini.com.br/arquitetura- urbanismo/222/artigo266301-1.aspx>. Acessado em: 21 abril 2015. SEREFIN, Marcelo.Dia do Arquiteto: Alvaro Siza. [S.I.] Abduzeedo, 2010.Disponível em:<http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=444666>. Acessado em : 21 abril 2015. AMADO ROCHA, João Luis. A obra de Álvaro Siza Vieira no contexto da pós-modernidade, 2012.Dissertação(Mestrado em Arquitetura Integrada) – Instituto Superior Técnico de Lisboa. Portugal, 2012. Disponível em:<https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/cursos/ma/dissertacao/2353642429647>. Acessado em: 22 abril 2015. SOUZA, Lila Marques. Formas de ideias da arquitetura contemporânea, 2010.Dissertação (Iniciação Cientifica) - Universidade Estadual de Maringá. Paraná, 2010. Disponível em: <http://anais.unicentro.br/xixeaic/pdf/1855.pdf>. Acessado em: 22 abril 2015.