Tempo:
O tempo se refere às condições atmosféricas momentâneas em um local específico em um dado momento. Ele descreve o estado atual da atmosfera em termos de temperatura, umidade, vento, pressão, precipitação, nebulosidade, etc. O tempo é o que você vê quando olha pela janela e verifica se está ensolarado, chuvoso, nublado, ventando, etc. O tempo pode mudar de hora em hora.
Clima:
O clima se refere ao padrão de condições atmosféricas em uma determinada região durante um período de tempo mais longo, geralmente em escala anual, sazonal ou até mesmo décadas. Ele descreve as médias e variações das condições meteorológicas, como temperatura, precipitação e ventos, ao longo do tempo. O clima é o que esperamos em média para uma determinada região durante diferentes estações do ano. Por exemplo, o clima de uma área pode ser classificado como tropical, temperado, árido, polar, etc.
Em resumo, o tempo se refere às condições meteorológicas atuais e efêmeras, enquanto o clima representa os padrões de longo prazo das condições atmosféricas em uma região específica. O conhecimento do clima é útil para fazer previsões gerais sobre o que esperar em uma área em diferentes épocas do ano, enquanto o tempo fornece informações instantâneas sobre as condições no momento presente.
A temperatura é uma medida da intensidade do calor de um sistema ou substância. Ela está relacionada à agitação das partículas que compõem a matéria. Quanto mais rápido as partículas se movem, maior é a temperatura. A temperatura é uma das características mais fundamentais da física e é medida em graus Celsius (°C) ou graus Fahrenheit (°F), dependendo da escala utilizada.
A temperatura é um fator importante em muitos contextos, incluindo:
Meteorologia: A temperatura do ar é uma das variáveis meteorológicas mais comuns e é usada para descrever o estado do tempo, influenciando diretamente o clima, as estações do ano e os padrões climáticos.
Termodinâmica: Na física, a temperatura é uma propriedade termodinâmica fundamental que desempenha um papel importante na descrição do comportamento dos sistemas termodinâmicos. Ela está relacionada à energia cinética das partículas em um sistema.
Ciências dos materiais: A temperatura é crítica para entender como diferentes materiais se comportam em diferentes condições. Ela afeta propriedades como expansão térmica, condutividade térmica, resistência elétrica e muito mais.
Saúde: A temperatura corporal é um indicador importante da saúde. A temperatura normal do corpo humano é em torno de 36,5 a 37,5 graus Celsius, e variações significativas podem indicar problemas de saúde.
Engenharia: Em engenharia, a temperatura é um fator importante no projeto e operação de muitos sistemas, desde sistemas de resfriamento em motores de carros até processos industriais.
A temperatura pode ser medida com vários tipos de termômetros, que variam em precisão e aplicação. Ela desempenha um papel fundamental em uma ampla gama de campos científicos e práticos, afetando
1. MILENA GALVANI RODRIGUES DE ALMEIDA
Mestranda do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Frederico Marranghello.
Coorientador: Prof. Dr. Pedro Fernando Teixeira Dorneles
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
3. “Hoje o clima está tão seco!”
ou
“Hoje o clima está úmido!”
ou
“Amanheceu com um clima tão frio!”
A palavra clima neste contexto está ERRADA!
O estado momentâneo das condições atmosféricas refere-
se ao TEMPO, e não ao clima.
4. CLIMA:
Para caracterizar um clima, é necessária uma análise durante um longo período. Pode-
se então dizer que o clima é um conjunto ou sucessão dos tipos de tempo e seus
elementos
Fonte: https://cnae.ibge.gov.br/en/component/content/article/94-7a12/7a12-
vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/1489-relevo-e-clima.html, acesso
em 12 de março de 2020.
5. ELEMENTOS
Elementos são grandezas (variáveis) que caracterizam o estado da atmosfera.
Esse conjunto de variáveis descrevem as condições atmosféricas num dado local e
instante.
Pereira et al. (2007)
RADIAÇÃO
SOLAR
TEMPERATURA PRESSÃO
ATMOSFÉRICA
UMIDADE DO
AR
VENTO PRECIPITAÇÃO/
CHUVA
6. Fatores climáticos são agentes causais que condicionam os elementos climáticos.
Por exemplo, quanto maior a altitude menor a temperatura e a pressão.
Segundo Pereira et al. (2007)
LATITUDE LONGITUDE OCEANIDADE CONTINENTALIDADE CORRENTE
OCEÂNICA
FATORES CLIMÁTICOS / METEOROLÓGICOS
7. Fonte: http://www.inmet.gov.br/satelites/, acesso em 09 de março de 2020
CLIMA
TEMPO
Fonte: https://cnae.ibge.gov.br/en/component/content/article/94-7a12/7a12-
vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/1489-relevo-e-clima.html, acesso
em 12 de março de 2020.
8. O movimento de Rotação da Terra em torno de seu próprio eixo faz com que qualquer
local da superfície terrestre experimente uma variação diária em suas condições
meteorológicas, especialmente na radiação solar e na temperatura do ar. Isso gera a
escala diária de variação das condições meteorológicas.
Sentelhas e Angelocci (2012)
Fonte: Prof. Sentelhas & Prof. Angelocci. LEB 360 - Meteorologia Agrícola, slide 17. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce306/Aula2_2012.pdf, acesso em 12 de março de 2020.
9. O movimento de Translação da Terra em torno do Sol provoca uma variação estacional
(ou sazonal) na irradiância solar da superfície terrestre, gerando as estações do ano.
Segundo Sentelhas e Angelocci (2012)
Fonte: Prof. Sentelhas & Prof. Angelocci. LEB 360 - Meteorologia Agrícola, slide 18. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce306/Aula2_2012.pdf, acesso em 12 de março de 2020.
10. Bernardes L. Troposfera. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/termosfera. Acesso em 21 de outubro
de 2019.
Camadas
da
Atmosfera
12. Queimadas na Amazônia - Foto aérea mostra fumaça em trecho de 2 km de extensão de floresta, a 65 km de Porto Velho, em Rondônia, em 23 de agosto de 2019 — Foto: Carl de
Souza/AFP. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/08/23/nasa-diz-que-2019-e-o-pior-ano-de-queimadas-na-amazonia-brasileira-desde-2010.ghtml. Acesso em 21
de outubro de 2019.
13. Silvério et al. (2019) IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)
• Número de focos de incêndios acumulados para o período de janeiro a 14 de agosto
para os anos de 2016 a 2019 em seis estados amazônicos.
• As diferenças nas cores dentro do mesmo estado indicam o número cumulativo de
dias com precipitação menor que 1 mm.
• Dados de Mato Grosso incluem somente informações para a porção do bioma
Amazônia.
Fonte: Silvério et al. IPAM. Disponível em: https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2019/08/NT-Fogo-Amazônia-2019. Acesso em 21 de outubro de
2019.
15. ERA PALEOZÓICA
Glaciações não muito intensas.
Glaciação mais intensa
Durante essas glaciações, as geleiras, especialmente as que
recobriram grandes áreas do Supercontinente Gondwana,
estenderam-se por até 10 milhões de quilômetros quadrados
Parque do Varvito de Itu.
Fonte: Miara (2012)
16. ERA MESOZÓICA
A temperatura média da Terra atingiu 30° a 33ºC
Regiões polares, as temperaturas eram variáveis entre 8º a
10ºC (Suguio 2008).
Houve um grande aquecimento global no final da era
Mesozóica durante o Cretáceo.
Os níveis de CO2 atingiram valores quatro vezes maiores
que os níveis do final da revolução Industrial
• Temperaturas médias anuais superiores a 38ºC nos
trópicos e maiores do que 10ºC nos polos;
17. ERA CENOZÓICA
A era Cenozóica, exibia no início clima quente como nos
primeiros tempos da era Mesozóica.
Porém no fim do Período Terciário iniciaram-se as
glaciações quaternárias.
Medições diretas com termômetros tiveram início apenas
no final do século XVIII
Anteriores métodos indiretos : isótopos de oxigênio,
pólens, anéis de crescimento de árvores, formações
geológicas características, entre outros.
18. • As simulações climáticas referentes ao início do século passado (1900 a 1950) podem ser
explicadas somente pelos fatores internos e naturais;
• O aquecimento ocorrido após a metade do século passado até o momento, para ser
explicado, necessita dos fatores externos como as emissões de gases de origem
antropogênica, responsáveis pelo efeito estufa.
• Essa explicação é devida principalmente ao tempo de permanência desses gases na
atmosfera, em sua maioria acima de cem anos, e a velocidade do aumento da temperatura
global nas últimas décadas.
Silva e Paula (2009)
19. O pesquisador da USP Prof. Marcos Buckeridge tem realizado uma série de
experimentos sobre as respostas fisiológicas de plantas às mudanças climáticas globais.
Nesses experimentos as plantas são expostas em estufas e submetidas a um aumento da
concentração de CO2.
Nobre et al. (2012)
Aumento da fotossíntese e efeitos gerais de elevado CO2 na fisiologia da espécie nativa brasileira
Hymenaea courbaril (Jatobá).
Fonte: Aidar, M.P.M. (et al), 2002, apud NOBRE et al. (2012).
24. É tão antigo o debate que jornais do Brasil e Uruguai divulgaram o fato com
amplas matérias, cujas manchetes e datas de publicação comprovam o problema.
• Jornal do Brasil, o primeiro a publicar uma matéria (2-4-84) “Usina de
Candiota leva chuva ácida ao Uruguai”.
• Zero Hora (30-4-84), assim abordou o tema:”Candiota, perigo entre progresso
e poluição. Chuva ácida, a maior preocupação”.
• Em 31-7-88, o Correio do Povo: "O perigo da chuva ácida”.
• Em 19-7-1990, El País, do Uruguai, assim denunciava: “O grau de chuva
ácida de Candiota supera índice normal. Em algumas zonas de Cerro Largo, a
chuva é mais ácida que vinagre”.
• Em 29-7- 1990, La Mañana abriu outra matéria com a seguinte manchete:
"Chuva ácida, eventual fatos de graves danos”.
• O Semanário Brecha foi mais incisivo e publicou (3-5-1991): "Candiota, o ar
envenenado”.
25. Nature Climate Change
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/meio-ambiente/metade-das-praias-do-mundo-poderia-desaparecer-at%C3%A9-2100/ar-BB10ErG4, acesso em
10 de agosto de 2020.
26. O fechamento de fábricas e lojas na China, ao lado das restrições de viagens para lidar com a epidemia
da covid-19, resultaram em um declínio substancial no consumo de combustíveis fósseis no país
asiático.
Esse processo produziu uma queda de pelo menos 25% na emissões de dióxido de carbono (CO₂) da
China, segundo cálculos de Lauri Myllyvirta, do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea),
com sede nos Estados Unidos.
27. REFERÊNCIAS
BBC NEWS MUNDO. Como epidemia de coronavírus pode ter efeito positivo no meio ambiente. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-
51682790#:~:text=O%20fechamento%20de%20f%C3%A1bricas%20e,combust%C3%ADveis%20f%C3%B3sseis%20no%20pa%C3%ADs%20asi%C3%A1t
ico.. Acesso em 12 de maio de 2020.
BERNARDES, L. TERMOSFERA. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/termosfera. Acesso em: 21 de outubro de 2019.
GIRARDI, G. JANSEN, R. Agropecuária e desmatamento respondem por 23% das emissões de gases-estufa no mundo. Disponível em:
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,agricultura-e-desmatamento-respondem-por-23-das-emissoes-de-gases-estufa-no-mundo,70002958983,
acesso em em 03 de novembro de 2019.
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (INMET) Disponível em: http://www.inmet.gov.br/satelites/. Acesso em 09 de março de 2020.
MIARA, L. Parque Geológico Do Varvito - ITU/ SP. 2012. Disponível em: http://blogmiaira.blogspot.com/2012/06/parque-geologico-do-varvito-itu-sp.html.
Acesso em 12 de agosto de 2020.
MUZA, E. Usina Candiota e a “Chuva Ácida” Jornal Folha do Sul, p. 4, 16/09/2016. Disponível em: https://issuu.com/folhadosul/docs/final_16_09_16.
Acesso em 20 de outubro de 2019.
NOBRE, C. A.; REID, J.; VEIGA, A. P. S. Fundamentos científicos das mudanças climáticas / Carlos A. Nobre, Julia Reid, Ana Paula Soares Veiga. – São
José dos Campos, SP: Rede Clima/INPE, 2012.
PEREIRA, A. R.; ANGELOCCI, L. R.; SENTELHAS, P. C. Meteorologia Agrícola. Piracicaba – SP, 2007. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce306/MeteorAgricola_Apostila2007.pdf, acesso em 12 de março de 2020.
RELEVO E CLIMA. IBGE. Disponível em: https://cnae.ibge.gov.br/en/component/content/article/94-7a12/7a12-vamos-conhecer-o-brasil/nosso-
territorio/1489-relevo-e-clima.html, acesso em 12 de março de 2020.
Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Disponível em: http://plataforma.seeg.eco.br/total_emission, acesso em 10 de agosto
de 2020.
SENTELHAS, P. C.; ANGELOCCI, L. R. AULA #2. TEMPO E CLIMA, DEFINIÇÕES E CONCEITOS. Disponível em:
http://www.leb.esalq.usp.br/leb/aulas/lce306/Aula2_2012.pdf, acesso em 09 de março de 2020.
SILVA, R. W. DA C.; PAULA, B. L. DE; Causa do aquecimento global: antropogênica versus natural. TERRÆ DIDATICA 5(1):42-49, 2009. Disponível em:
https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v5/pdf-v5/TD_V-a4.pdf. Acesso em 20 de outubro de 2019.
SILVÉRIO, D.; SILVA, S.; ALENCAR, A.; MOUTINHO, P. Amazônia em Chamas. Disponível em: https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2019/08/NT-
Fogo-Amazônia-2019-1_2.pdf, acesso em 22 de outubro de 2019.
SOUZA, C. DE. In: G1. NASA Diz Que 2019 É O Pior Ano De Queimadas Na Amazônia Brasileira Desde 2010. Disponível em: