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As cantigas líricas e as cantigas satíricas
Profª Sandra Torrano
Maio/2014

 Sociedade estratificada
Período Histórico
Nobreza
Clero
Camponeses

 Domínio da Igreja – Teocentrismo
 Mulher como representação da Virgem Maria
 Posição de vassalagem
 Senhor feudal como grande produtor
 Nações em formação
 Língua em formação
Período Histórico

 Produção literária em forma de poesia/poema
 Musicalidade
 Oralidade
Trovadorismo

 Representavam a presença do amor
 Dois grupos:
 Cantiga de amor
 Cantiga de amigo
Cantigas líricas

 Eu lírico masculino
 Coita de amor – sofrimento amoroso do eu lírico
diante da mulher inatingível
 Posição de vassalagem do eu lírico
 Amor cortês
 Linguagem rebuscada (Mia Senhor / Minha
Senhora)
 Origem provençal – aristocrática
 Ambiente aristocrático
Cantiga de amor
A mia senhor que eu por mal de mi
vi e por mal daquestes olhos meus
e por que muitas vezes maldezi
mi e o mund'e muitas vezes Deus,
des que a nom vi, nom er vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
A que mi faz querer mal mi medês
e quantos amigos soía haver
e de[s]asperar de Deus, que mi pês,
pero mi tod'este mal faz sofrer,
des que a nom vi, nom ar vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
D. Dinis
A por que mi quer este coraçom
sair de seu logar, e por que já
moir'e perdi o sem e a razom,
pero m'este mal fez e mais fará,
des que a nom vi, nom ar vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.

 Eu lírico feminino
 A mulher reclama a ausência do namorado (amigo)
 Linguagem popular
 Origem popular
 Ambiente rural
Cantiga de amigo

Mar de Vigo

 Crítica à sociedade e aos costumes da época
 Cantadas em tavernas / bares
 Cunho popular
 Linguagem mais agressiva, com a presença de
palavrões
 Dois grupos:
 Escárnio
 Maldizer
Cantigas satíricas

 Cantiga de escárnio possuía uma linguagem indireta,
não nomeava a pessoa que estava sendo criticada.
 Cantiga de maldizer usava palavrões e ofendia
diretamente a pessoa criticada.
Cantiga de escárnio de
maldizer

Ai, dona fea!
 Ai, dona fea! Foste-vos queixar
que vos nunca louv'en meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Ai, dona fea! Se Deus me pardon!
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei

 MOISES, Massaud. A LITERATURA PORTUGUESA.
16ª ed. São Paulo: Cultrix, 1987.
 Imagem
 Disponível em
http://www.violaomandriao.mus.br/historia/histcap2.ht
m Acesso em 27/05/2014
 Som
 Disponível em
http://www.gettyimages.pt/music/album/medieval-and-
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Idade média e o trovadorismo

  • 1. As cantigas líricas e as cantigas satíricas Profª Sandra Torrano Maio/2014
  • 2.   Sociedade estratificada Período Histórico Nobreza Clero Camponeses
  • 3.   Domínio da Igreja – Teocentrismo  Mulher como representação da Virgem Maria  Posição de vassalagem  Senhor feudal como grande produtor  Nações em formação  Língua em formação Período Histórico
  • 4.   Produção literária em forma de poesia/poema  Musicalidade  Oralidade Trovadorismo
  • 5.   Representavam a presença do amor  Dois grupos:  Cantiga de amor  Cantiga de amigo Cantigas líricas
  • 6.   Eu lírico masculino  Coita de amor – sofrimento amoroso do eu lírico diante da mulher inatingível  Posição de vassalagem do eu lírico  Amor cortês  Linguagem rebuscada (Mia Senhor / Minha Senhora)  Origem provençal – aristocrática  Ambiente aristocrático Cantiga de amor
  • 7. A mia senhor que eu por mal de mi vi e por mal daquestes olhos meus e por que muitas vezes maldezi mi e o mund'e muitas vezes Deus, des que a nom vi, nom er vi pesar d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar. A que mi faz querer mal mi medês e quantos amigos soía haver e de[s]asperar de Deus, que mi pês, pero mi tod'este mal faz sofrer, des que a nom vi, nom ar vi pesar d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar. D. Dinis A por que mi quer este coraçom sair de seu logar, e por que já moir'e perdi o sem e a razom, pero m'este mal fez e mais fará, des que a nom vi, nom ar vi pesar d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
  • 8.   Eu lírico feminino  A mulher reclama a ausência do namorado (amigo)  Linguagem popular  Origem popular  Ambiente rural Cantiga de amigo
  • 10.   Crítica à sociedade e aos costumes da época  Cantadas em tavernas / bares  Cunho popular  Linguagem mais agressiva, com a presença de palavrões  Dois grupos:  Escárnio  Maldizer Cantigas satíricas
  • 11.   Cantiga de escárnio possuía uma linguagem indireta, não nomeava a pessoa que estava sendo criticada.  Cantiga de maldizer usava palavrões e ofendia diretamente a pessoa criticada. Cantiga de escárnio de maldizer
  • 12.  Ai, dona fea!  Ai, dona fea! Foste-vos queixar que vos nunca louv'en meu trobar; mas ora quero fazer um cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Ai, dona fea! Se Deus me pardon! pois avedes [a] tan gran coraçon que vos eu loe, en esta razon vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçon: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero muito trobei; mais ora já un bon cantar farei, en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei
  • 13.   MOISES, Massaud. A LITERATURA PORTUGUESA. 16ª ed. São Paulo: Cultrix, 1987.  Imagem  Disponível em http://www.violaomandriao.mus.br/historia/histcap2.ht m Acesso em 27/05/2014  Som  Disponível em http://www.gettyimages.pt/music/album/medieval-and- renaissance-instrumental Referência Bibliográfica