Este documento discute as cantigas líricas e satíricas do período medieval português. Apresenta as cantigas de amor e de amigo, que expressavam o amor cortês de forma lírica, e as cantigas satíricas, que criticavam a sociedade de forma popular por meio de escárnio e maldizer.
3.
Domínio da Igreja – Teocentrismo
Mulher como representação da Virgem Maria
Posição de vassalagem
Senhor feudal como grande produtor
Nações em formação
Língua em formação
Período Histórico
5.
Representavam a presença do amor
Dois grupos:
Cantiga de amor
Cantiga de amigo
Cantigas líricas
6.
Eu lírico masculino
Coita de amor – sofrimento amoroso do eu lírico
diante da mulher inatingível
Posição de vassalagem do eu lírico
Amor cortês
Linguagem rebuscada (Mia Senhor / Minha
Senhora)
Origem provençal – aristocrática
Ambiente aristocrático
Cantiga de amor
7. A mia senhor que eu por mal de mi
vi e por mal daquestes olhos meus
e por que muitas vezes maldezi
mi e o mund'e muitas vezes Deus,
des que a nom vi, nom er vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
A que mi faz querer mal mi medês
e quantos amigos soía haver
e de[s]asperar de Deus, que mi pês,
pero mi tod'este mal faz sofrer,
des que a nom vi, nom ar vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
D. Dinis
A por que mi quer este coraçom
sair de seu logar, e por que já
moir'e perdi o sem e a razom,
pero m'este mal fez e mais fará,
des que a nom vi, nom ar vi pesar
d'al, ca nunca me d'al pudi nembrar.
8.
Eu lírico feminino
A mulher reclama a ausência do namorado (amigo)
Linguagem popular
Origem popular
Ambiente rural
Cantiga de amigo
10.
Crítica à sociedade e aos costumes da época
Cantadas em tavernas / bares
Cunho popular
Linguagem mais agressiva, com a presença de
palavrões
Dois grupos:
Escárnio
Maldizer
Cantigas satíricas
11.
Cantiga de escárnio possuía uma linguagem indireta,
não nomeava a pessoa que estava sendo criticada.
Cantiga de maldizer usava palavrões e ofendia
diretamente a pessoa criticada.
Cantiga de escárnio de
maldizer
12.
Ai, dona fea!
Ai, dona fea! Foste-vos queixar
que vos nunca louv'en meu trobar;
mas ora quero fazer um cantar
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!
Ai, dona fea! Se Deus me pardon!
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei
13.
MOISES, Massaud. A LITERATURA PORTUGUESA.
16ª ed. São Paulo: Cultrix, 1987.
Imagem
Disponível em
http://www.violaomandriao.mus.br/historia/histcap2.ht
m Acesso em 27/05/2014
Som
Disponível em
http://www.gettyimages.pt/music/album/medieval-and-
renaissance-instrumental
Referência Bibliográfica