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A velha
Izerguil
“
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo
O Bandeirante
Um
a publicação
feita por
M
édicos
Escritores
15
Ano XIV - n° 158 - Janeiro de 2006
Suplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento Literário
Marcos R.dos Santos Ramasco
Sérgio Perazzo
José Carlos Gonzalez
Helio Begliomini
Luiz Jorge Ferreira
José Jucovscky
Eles foram os premiados de 2005
No fundo, o mundo é
feito para acabar num
belo livro.
Mallarmé (1842-1898), in Resposta ao
Inquérito de Jules Huret
“ Convide um amigo
para tornar-se
membro da
SOBRAMES-SP
“...Que posso fazer pelos
homens?” - gritou Danko, com uma
voz mais alta que a da tempestade.
Subitamente, arrancou o coração do
peito, com as mãos, erguendo-o
muito alto, acima da cabeça.”
Estimados confrades, neste
fim de ano e começo de outro,
lembrei-me de, há muitos anos, já
haver lido algum conto ou estória
que espelhasse a determinação do
ser humano. Pois foi buscando em
livros antigos de meu pai que
encontrei esta pérola. A que provação maior poderia um
homem se submeter, entregando sua própria vida em prol
da salvação de muitos outros, seus semelhantes?
“Danko traçou o caminho. Seguiram-no de comum
acordo; acreditavam nele. O percurso era muito difícil.
Estava escuro, a cada passo o pântano abria a goela ávida
e pútrida que engolia os homens, e as árvores barravam-
lhes o caminho com a sua poderosa muralha. Os ramos
do arvoredo entrelaçavam-se como serpentes, as raízes
tinham avassalado tudo e cada passo custava imenso suor
e sangue.”
Que grandes conquistas grandes homens
conseguiram sem esforço? Quando se acredita
verdadeiramente nos propósitos, traçado o caminho,
ninguém mais poderá obstruí-lo, nenhum obstáculo será
irredutível se a fé existir dentro de nós. Quando alguém
diz “darei minha vida se for preciso”, dificilmente
encontrará resistência e mesmo que se morra, o ideal
sobreviverá.
“A escuridão foi tal que se supôs que as noites se
tinham reunido subitamente, as noites todas desde que
a floresta nascera. Os homens, minúsculos, caminhavam
entre as grandes árvores no meio do ribombar ameaçador
dos trovões; caminhavam e os troncos gigantescos
balouçavam-se, rangiam e uivavam canções irritadas, e
os relâmpagos que passavam
rapidamente por cima deles
iluminavam por um momento a
floresta com uma gélida chama
azul, desaparecendo tão depressa
como tinham surgido, deixando-os
apavorados.”
Em nosso caminho durante a
vida, tão curta e pobre, sombras
ameaçadoras, grandes pedras,
troncos tombados à nossa frente
surgem como obstáculos
intransponíveis. Muitos desistem;
outros vacilam; alguns se assustam; mas uns poucos se
enchem de mais coragem ainda para afastá-los: lá, bem
à frente está a chama forte que os atrai.
Nossa cara SOBRAMES-SP encerra lindas idéias.
O pensamento coletivo, o bem de todos os sócios. O
ideal jamais poderá fenecer.
«- Para frente! - gritou Danko, dando o exemplo,
começando a caminhar com o coração ardente, bem alto,
a iluminar a vereda dos homens. «Lançaram-se atrás
dele, fascinados. Então a floresta recomeçou a sussurrar,
balouçando as ramarias altas, admirada, mas com a voz
abafada pelo pisar firme dos homens em marcha.
Corriam, rápidos e audazes, atraídos pelo espetáculo
maravilhoso do coração ardente. Alguns ainda morriam,
mas faziam-no sem lamentos, sem lágrimas. Danko
seguia sempre na vanguarda, e o coração continuava a
arder, a arder!
Destino? Cada um é o seu próprio destino! Vejo
toda a espécie de pessoas, mas não vejo pessoas fortes.
Onde estarão?
Estas últimas e incríveis palavras, meus estimados
irmãos, são da velha Izerguil ao narrar esta maravilhosa
lenda russa na pena de Alexei Peshkov, mais conhecido
pelo pseudônimo Maximo Gorki.
Luiz Giovani
O Bandeirante - ANO XIV - nº 158 - Janeiro 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos
Escritores Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11)
3062.9887 / 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br
Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes
Salun - MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 -
E-mail: sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun
Segundo-secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena
J.G.M.Nebó, José Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani.
O Bandeirante
Janeiro 2006
É preciso manter-se em
dia e em contato
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços de Pronto-socorro
e tratamentos de ambulatório.
Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP
(11) 3677.2000
2Editorial
LIFE SYSTEM
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP
(11) 3885 – 8000
lifesystem@uol.com.br
Todos nós que temos contas bancarias e também
os que recebemos a “sofrida” aposentadoria por alguma
instituição governamental sabemos da necessidade de
manter nossos dados em dia. Senão... Não recebemos
extratos de nossa movimentação no banco, e ficamos
sujeitos a até não receber nossos parcos proventos como
aposentados.
A SOBRAMES-SP não paga proventos aos seus
associados. Mas investe algo de seus recursos, enviando-
lhes o jornal “O Bandeirante” mensalmente, enviando-
lhes correspondências sobre convocações para
Assembléias, publicando Antologias e mantendo a
sociedade em funcionamento. Seja por carta, e-mail ou
telefone, a despesa é sempre inevitável. Especialmente
quando há alguma publicação especial patrocinada pela
entidade, como é a já tradicional Antologia Paulista.
Ora, acontece que muitos de nossos associados,
apesar de sempre receberem as correspondências e
publicaçôes da SOBRAMES-SP, acabam se esquecendo de
algumas de suas primárias obrigações para com ela.
Esquecem, por exemplo, de pagar a anuidade, única fonte
de receitas da entidade. Esquecem-se também de
comparecer aos encontros mensais (não lembrei...muita
coisa por fazer... estive ocupado... etc. etc.). E muitas
vezes esquecem-se de comunicar que mudaram de
residência, de endereço de e-mail ou de telefone. E assim
a nossa correspondência, o nosso gasto e o nosso esforço
acabam se perdendo. E o confrade “fica por conta” porque
“não foi avisado”, “não recebeu”, julga-se um esquecido,
pensa que a SOBRAMES o abandonou.
Temos procurado fazer a nossa parte, com a
melhor boa vontade e com todos os nossos esforços.
Gostaríamos de propor que você também desse uma
“forcinha” com sua valiosa colaboração, comunicando
sempre que se alterarem seus endereços de residência,
e-mail e especialmente número de telefone. E se não for
pedir muito, colabore pagando sua anuidade. É nossa
única receita. É com esse recurso que tentamos estar
sempre perto de você. Flerts Nebó
Expediente
Queridos amigos,
Mais um ano está chegando, renovando as
esperanças, bafejando ventura e prosperidade.
Que chegue forte e vigoroso, trazendo na bagagem
uma enormidade de dias felizes.Que o Novo Ano, ao
desembarcar no Cais da Esferográfica , após navegar
longos 364 dias no Oceano Lírico, seja auxiliado pelos
braços fortes da Inspiração, tome o táxi galante da Sempre
Boa Prosa, rumo à já tradicional Via da Poesia, onde irá
se hospedar na Suíte Literária do Hotel Pizza dos Amigos,
cujo hall estará repleto de ilustres convidados, entre eles,
vocês e eu.
E no momento que o Novo Ano chegar, antes do
abraço aliviado e cheio de afeto que daremos na família-
aquele abraço que redime e valoriza; antes do estourar
da champanhe ou do espetáculo dos fogos de artifício,
falemos com nosso coração agradecendo a vida e a
oportunidade de continuarmos a caminhada com saúde,
paz, serenidade, amor e amizade.
Tudo isso é o que desejo para nós e para todos os
que tanto amamos e que, certamente, nos amam também.
Que a brisa de um novo tempo seja de ternura e alegria
e que os anjos, felizes, entoem “Amém!”. Feliz 2006!
É assim que espero ver
o ano nascer feliz...
Josyanne Rita de Arruda Franco
Mensagem
Superpizza
Amor de sogra?
Que estigma é esse que persegue certas mães (a
de maridos e esposas, especialmente) e as faz, em
determinados momentos, as mais abomináveis
personagens de todo o relacionamento familiar? Sem
qualquer preconceito ou partidarismo, a SOBRAMES-SP
quer saber o que seus escritores têm a dizer sobre o
“amor” que sentem por suas sogras. Apresentem textos
em prosa e verso no dia 16.02.2006 e participe da 12ª
edição da Superpizza, este desafio que vem mexendo
com a criatividade de nossos autores. O que você tem a
dizer sobre isso? ESCREVA! APRESENTE!
Redolência feminal
ououououou
Lição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentos
3O Bandeirante
Janeiro 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Prêmio Flerts Nebó
Melhor Prosa 2004/2005
Aprecio muito, muito, aprecio sobremaneira
devorar mulheres, tateá-las, comemorá-las, aliás,
comer-morar nelas,... e longe de mim ser machista
nem feminista, melhor ser... mulherista... e a matéria-
prima tem que ser a melhor, as melhores mulheres,
necessariamente. Certamente, estas causam prazer
maior. Deve-se devorá-las devagarinho, rítmica e
compassadamente, começando sempre pelo cérebro, por
isso, têm que ser as melhores... e belas... e se forem
as mais belas, muito melhor será ainda. Ao devorá-las,
calmamente mas voluptuosamente, é preciso degustá-
las, saboreá-las, deliciar-se e deliciá-las na devoção
desta sedenta, dúlcida e inequívova arte.
Sorva-lhas suave e lentamente, mas com
determinação e afinco, o pensamento, o raciocínio e a
inteligência. Envolva-lhas. Absorva os olhos e os olhares,
a boca e o apetite, a fala e a língua e se for poliglota,
delire!!! Capture-lhas a mímica e o gestual, a linguagem
dos braços e dos abraços, das mãos e dos carinhos
cênicos. Tome-lhas o coração, invada, cative, fixe-se
nele, domine passivamente. Faça-se participante de
cada sentimento que dali brotar e cultive com elas: o
bem-estar, o bem-querer, o respeito mútuo, a
consideração, a admiração, a alegria, a graça, o
contentamento, o sorriso, a paixão, a felicidade e o
amor fraterno, mas nunca provoque o amor-eros e o
ódio e nem participe deles. Abstenha-se, ou melhor,
combata-os para nunca surgirem contra ti mesmo.
Penetre-se-lhas o abdome, cozinhe para elas,
comova-as com sua alquimia culinária e partilhe até a
usinagem do paladar. Sensibilize seu ego doce feminil e
compartilhe também a emoção da madre, porém, nunca
a da comadre. Aposse-se consensualmente das pernas,
pés e passos e estes virão sempre à tua direção. Possua-
as ostensivamente, mas respeitosa e carinhosamente,
exiba-as como troféu benigno, elas exultarão. Ponha-as
num lugar de destaque, como numa estante, onde
normalmente exporia seus livros, ponha essas
maravilhosas guloseimas intelectuais, esses acepipes
saborosíssimos, em qualquer nível, pessoa, social,
econômico ou educacional, sempre ao alcance
gastronômico de seus olhos para devorá-las diariamente
e totalmente.
Marcos Roberto dos Santos Ramasco
Médico oftalmologista - Campinas - SP
Trabalhe apenas com sua mente e
equipe-se, pois elas são exigentes; cuidado
com os assuntos que precisam ser bem
burilados, prefira temas culturais, espirituais,
natureza, humanísticos, amor, relacionamento
homem/mulher (seja fervoroso a favor delas),
alguns assuntos esportivos, como, olimpíadas – volley –
natação, são até bem-vindos, mas futebol, não, é o
inimigo nº 1.
Porém, todavia, contudo e entretanto, nunca as
toque fisicamente, consensual ou não com um só de seus
dedos de sensualismo em quaisquer inescusáveis
investidas na destemida busca pelos desaprováveis(?),
improváveis(?), comprováveis pontos G. Tome posse
mental, espiritual, divinal delas e viverás eternamente
no íntimo das entranhas de suas almas. O envolvimento
físico, o amor-eros, se não fundamentado de propósito
permanentemente capaz e sustentável em completo amor-
filos (fraterno) e amor-ágape (divinal, que cultiva a vida
eterna e a paz de DEUS/JESUS CRISTO e a paz com DEUS/
JESUS CRISTO e toda sua obra de resgate e salvação e
todas as suas orientações e deseja estas mesmas coisas
também para a pessoa amada) recíproco, apadrinhado e
embasado na fidelidade de DEUS e dada por DEUS,
naufragará, causará sua derrocada, cairás no conceito
delas e inevitavelmente virá o fim. Morrerás nos olhos
delas, morrerás no pensamento e no intelecto delas,
morrerás na memória e no coração delas. PARA SEMPRE.
Só com uma delas e somente uma, poderás e
deverás relacionar-se sexualmente, prazerosa e ou
reprodutivamente, sem deixar de ser um autêntico
devorador de mulheres, e aí sim, desfrutar toda
possibilidade sexual e sensual que esta única possui e
caprichar na sua capacidade de tornar-se o REI dessa
RAINHA, que DEUS, num de seus melhores momentos, e,
diga-se de passagem, ELE só tem excelentes melhores
momentos, principalmente de criação, nos providenciou,
unicamente pensando em nós, homens, e também criou
para nosso prazer, cada sensação que temos, que
causamos e que sentimos, para a eutimia e satisfação
fechada do casal e no casal, espôso-esposa, esposa-
espôso, na alcova consagrada, no leito sem mácula de
infidelidade, no matrimônio único, definido e definitivo,
como é da vontade do criador e PAI.
Observe atentamente essa lição/orientação e
persistindo os sinais e sintomas de insatisfação,
aborrecimento, solidão, desânimo, sensação de
insaciedade e tristeza, procure urgentemente, não um
médico, mas uma médica para ajudá-lo a recuperar-se, a
regenerar-se, a restaurar-se, a reorganizar-se e voltar a
ser um renovado devorador de almas femininas. Faça
como eu, encontre uma preciosa, muito boa e ótima
médica para curar-se, isto é, para tratar-se, pois eu posso
adiantar ao caro leitor, se esse for o seu caso, que esse
problema não tem cura objetiva, apenas subjetiva,
exigindo dosagem diária vitalícia, porque se trata de um
irreversível distúrbio de comportamento obsessivo-
compassivo-compulsivo-olfativo-indutivo-hormonal
chamado redolência feminal, ou mais simplesmente
falando: odor/cheiro feminino, o tão conhecido e tão
agradável, perfume de mulher.
4O Bandeirante
Janeiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Um xale apenas
sobre o corpo
e nada mais.
Destino, mágoa, penas,
partida, porto.
A lamparina num canto
refletindo os olhos castanhos,
olhos de sonho,
encantos tamanhos,
sonhar tristonho,
olhos de fado,
olhos de canção, de canto.
Palácios e chaminés de Sintra,
Jardim, murado, da Preta,
um pouco de tinta
a pintar rochedos
e naufrágios de Cascais.
Pombas revoltas em arrulho e acalanto,
flor de meus degredos
a debruçar pétalas soltas
nos segredos da mureta do teu cais.
Foto a não se repetir jamais,
de tão doce, doce pranto.
Como uma outra pele,
uma pele de luto,
uma pele e tanto,
por sobre a pele branca,
um xale negro, liso, enxuto,
revestimento circunspecto
da tradição lusitana,
de severo aspecto, espartana,
de imutável sina
portuguesa, com certeza,
a sangria do desejo estanca,
escondendo a leveza de bailarina
impressionista de Degas
( por Cristo, por Buda, por Alá!),
uma composição de artista,
desfeito o nó e o laço,
cobrindo a pele nua da fadista,
quase escorrendo da beira
de uma cadeira de faia,
a saia despudorada no braço
da marquesa de nogueira.
Sou tua platéia exclusiva,
o xale que me acolhe,
A fadista nua
o peito que expande e encolhe
ao teu jeito de despir o corpo,
pura candura evasiva
esta insistência de sempre-viva,
e vestir com o fado a alma,
cantando nua a cantiga do beco,
a cantiga das pedras da rua,
regada a tinto seco
nesta calma de noite escura.
Cada nota da Ai,Mouraria
da Rua da Palma
aprendida de memória
pela voz de Maria Severa,
espera, dor, amor, rima banal,
onde busco a minha alma
no desfecho do capítulo
ou no fim de tal história,
enfim, um título,
o fado sentimental,
o lado atonal, mortal da paixão,
o azul, o nojento, o dourado
da mosca do Machado
triturada pelo bico do corvo de Poe.
Tudo visto e ouvido de cor.
Imagem antiga
que a cantiga traz.
Sim. Não.
Nunca mais.
Never more.
Sérgio Perazzo
Médico psicodramatista - São Paulo - SP
Prêmio Bernardo de
Oliveira Martins
Melhor Poesia 2004/2005
Menção Honrosa
Prêmio Bernardo de Oliveira Martins
Quase tudo mudou
Antes fugia, agora encaro;
Antes brigava, agora bato;
Antes xingava, agora expulso;
Antes corria, agora vôo;
Antes comia, agora enjôo;
Antes pensava, agora lembro;
Antes sonhava, agora durmo;
Antes fazia, agora peço;
Antes ouvia, agora gravo;
Antes olhava, agora filmo;
Antes queria, agora tenho;
Antes fumava, agora tusso;
Antes falava, agora ouço;
Antes bebia, ainda bebo.
José Carlos Gonzales
Médico - Itu - SP
O Bandeirante
Janeiro 2006 5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Prefácio ao livro Thybum
Luiz Jorge Ferreira
Médico - São Paulo - SP
Eu poderia começar escrevendo sobre igarapés ou sobre
o verde da mata onde mergulhei por muitos anos o pé e a alma.
Poderia pedir que falassem do livro, pessoas de quem sou amigo, ou
que sei que gostam dos meus versos, muitas vezes impropérios.
Outras vezes sal. Para que escrevessem sobre eles nas páginas de
abertura de Thybum. O pessoal do CORB (Centro de Oratória Rui
Barbosa), que nos anos de chumbo esbravejou contra a ditadura:
Celso de Alencar, Manoel Lisboa, Manoel Santana, Almeida Lima,
Ruth de Souza, Pires de Oliveira, Carlos Gabriel... A opinião de uma
ou duas vizinhas que ficavam muito “p” com a inflação e olhavam o
que eu escrevia com a mesma compreensão com que olhavam a
marcação dos preços no supermercado.
Eu poderia pedir uma frase aos conterrâneos do Pará:
Alfredo Reis, Paulo André Barata, Carlos Henry, Nilson Chaves, os
Proença... Desencarnar alguns que estão vivos e reencarnar alguns
mortos para que dessem retoques. Chamar os meninos do Grupo
Paçoca (Jorge Moreira, Claudinho e Gil), poetas como Fernando
Canto, Vilar Ferreira, Luiz Lima, o “Avelima” , o pessoal da UBE e
os amigos da SOBRAMES-SP, criaturas criativas.
Até, aleatoriamente, o servente do posto médico de
Carapicuíba, que pegou por acaso um poema de Thybum, leu e
depois, encontrando comigo no corredor, quis que eu falasse de
poemas. E desde então pergunta-me sobre como escrevo, porque
escrevo e como surgem as idéias e de que local saem estas palavras
que sempre querem dizer tantas coisas, que choram e riem como
se adquirissem vida própria, assim que aparecem no papel. E eu
digo que, mesmo eu, que faço os poemas, às vezes espanto-me
com o que eles dizem. Por fim indago-me também se este homem de
pouca cultura e grande sensibilidade escreveria com palavras
saídas de si, coisas que também me espantariam quando eu as
lesse prefaciando Thybum.
Eu também poderia fazer uma romaria atrás de nomes
que admiro mesmo fora das letras: Chico César, Erasmo Carlos,
Belchior e outros de muitos ipsilons e dáblius. De maneira que,
difíceis de encontrar, mais difícil é conseguir que escrevam
aberturas ou prefácios. Restar-me-iam os compadres, os que
invadem meu dia a dia, que nem sabem se eu escrevo outra coisa
fora receitas; as mulheres, todas importantes, a filha e as fêmeas;
os filhos e os amigos que eu amo. Poderiam escrever sobre um ou
outro poema que trazem seus nomes, mas não o fizeram. Restou-
me apelar então para a frase deste cara anônimo que me fita
atônito neste bar, quando eu lhe digo que faço poesia e qualquer
mergulho n´alma é um thybum. E declamo para o barulho dos copos,
versos leves sobre a profundidade da solidão. “Muito bem, vá em
frente” – disse-me cambaleando. “Você se esforçando assim, ainda
pode vir a ser um poeta, cara! E quem sabe um dia publique um
livro”. “Thybum” – brindou entre chuva de saliva. “Thybum para
você, thybum para mim! Thybum para eles.” – e afastou-se
tropeçando entre mesas e cadeiras, gritando: “Thybum para nossa
alma suja de fuligem, que encharcamos de líquido, mas ela resiste.
Thybum para você que acredita que poesia sirva para alguma
porra.” Olhei-o em silêncio. Estava feito o prefácio.
Menção Honrosa
Prêmio Flerts Nebó
Menção Honrosa
Prêmio Flerts Nebó
Arte, literatura,
subjetividade e
marketing
Helio Begliomini
Médico urologista - São Paulo - SP
A arte, lato sensu, tem seu valor inerente à sua
expressão. A literatura não é exceção. Por mais que se
disponibilize critérios objetivos para um julgamento isento
de erros através de originalidade, desenvolvimento, enredo,
harmonia, vernáculo, cativação ou apreensão do leitor;
mensagem, conclusão... sempre haverá a interferência do
imponderável subjetivismo de quem a analise.
A escala de valores nas artes é tarefa insana e, por
vezes, involuntariamente ou não, pouco honesta. Assim,
trabalhos premiados poderiam ser preteridos se a comissão
julgadora fosse composta por um outro perfil profissional,
ou se naquele mesmo concurso houvesse comparativamente
trabalhos considerados melhores. O inverso também poderia
ocorrer e autores desclassificados poderiam ter seus
trabalhos ranqueados nas primeiras posições, caso fossem
outros os subjetivismos dos examinadores.
Não é incomum experimentarmos grande decepção
com um livro... um filme... uma peça teatral... uma
apresentação musical... um vernissage... uma exposição de
esculturas ou mostra fotográfica que foram muito bem
recomendados pelos seus respectivos críticos.
Aliás, muitos não gostam do estilo de Paulo coelho,
e, no entanto, ele é imortal da Academia Brasileira de Letras
(cadeira 21). Será que a importância da obra literária pessoal
dos midiáticos José Sarney (cadeira 38), Roberto Marinho
(cadeira 39), Marco Maciel (cadeira 39), Ivo Pitanguy (cadeira
22), dentre outros, teria aberto-lhes as portas da centenária
casa de Machado de Assis, caso não tivessem o peso político,
o lastro econômico, a reputação profissional, ou mesmo a
indiscutível projeção em outras plagas ou misteres?
Em determinadas situações a importância de certos
nomes, ainda que não sejam os melhores expoentes nas
letras naquele momento, ou que não tenham o mais
significativo conjunto de obra produzida, fazem muito mais
bem às academias de letras do que elas a eles, ou na melhor
das hipóteses, tornam-se uma via de mão dupla, própria de
um legítimo fisiologismo. Parece que em certos momentos
torna-se necessário besuntar acadêmicos, inebriando-os com
eflúvios divinais dos mecenas ao conceder também a estes a
mesma titularidade imortal.
As academias de letras comportam tradicionalmente
um número exíguo de quarenta cadeiras, cujo titular só é
substituído após o seu passamento. Portanto, há muito mais,
bons escritores fora do que dentro das academias de letras.
Pertencer a elas torna-se, em muitas vezes, um contingente
imponderável da sorte do destino, ou do acintoso
apadrinhamento subjetivo de cartas marcadas.
Mesmo sendo difícil de se aquilatar e de se ranquear
o valor artístico da obra de um escritor, não resta dúvida de
que critérios não necessariamente técnicos regem, por
vezes, a outorga da imortalidade nas letras. Essas
considerações não objetivam menosprezar nomes ou
instituições. Ao contrátio, emanam de uma genuína e humilde
autocrítica, pois, da mesma forma, já fomos
agraciados “justa” ou “injustamente” em
concursos médicos e literários, e já tivemos a
inefável alegria da admissão em academias onde
reina o privilégio da vitaliciedade.
A persuasão marqueteira tsunâmica que sempre
acompanha os best-sellers, independentemente
se são livros bons ou medíocres poderá influenciar
o devido conceito de uma obra. Contudo, é exemplo vivo
de que há um enorme contingente de bo
ns autores e de boas obras que nada devem aos mais
vendidos. Infelizmente, vivem no mundo das sombras dos
espaços editoriais.
6
O Bandeirante
Janeiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Menção Honrosa
Prêmio Bernardo de Oliveira Martins
O índio em cósmica
jornada
José Jucovsky
Médico ginecologista - São Paulo - SP
Sou bravo, sou forte
Sou filho do Norte,
Meu canto de morte,
Guerreiros ouvi.
Gonçalves Dias (1823 – 1864)
I
Em virgens terras luxuriantes
Reinos de harmônicas paisagens,
Povos nativos em conflitos constantes
Transmudam matas em palcos selvagens...
Cavos sons de evocação
Ecoam na rústica natureza...
Cerimônias de mística excitação
Exaltam intuitiva anímica pureza!
Cantos de guerra e vingança
Lembram combates entre tribos rivais,
Ritmados pés... vigorosas danças
Glorificam pelejas com tacapes mortais!
Ancestrais cultos de proteção
Não impedem morte e destruição.
Armas de ferro e fogo chegaram
Com os homens brancos que do mar brotaram!
Miríficas frondosas matas intocadas
Sofrem impacto da ação colonial
Lentamente vão sendo devastadas
Na sua complexa ecologia universal.
A brutal saga da anômica escravidão
Avilta corpo e espírito em luto lancinante,
Extermina nações em nome da civilização
A exorcizar demônios na terra verdejante!
II
“Meninos eu vi...” novo século surgir
Ruidosos festejos da aflita humanidade
Voraz esperança de dívidas a cumprir
Contendo em si primitivas deidades!
A divinizada natureza ferida
O fantasma da morte provocava,
De uma grande tribo banida
Somente um nômade índio restava!
Órfão da maculada terra arrasada
Busca o apogeu do longínquo passado
Palmilhando o âmago da floresta fechada
Foge do declínio do seu povo exilado!
Trilhas batidas de matas conhecidas
Ricas de Luz e sombra ficaram para traz...
As longas cansadas caminhadas
Sufocam a ira do sobrevivente audaz!
Abrigado e forte na solidão imensa
Ama cada mais ver o dia nascer
Nos caminhos ocultos da vida tensa
Anda da madrugada à noite sem entender!
No selvoso verdor de um bosque escuro
Com exóticas nativas plumagens adornado
Sente-se milagrosamente seguro
Pelo colorido místico do corpo pintado!
Grande e intensa luz a cegá-lo
Documentam a ritualística figura.
Indiferente aos flashes e câmeras a filmá-lo
Cava uma tumba... sua própria sepultura?...
Tênues raios de sol da nova milenar alvorada
Invadem as matas pelo índio abandonadas...
Transitoriedade humana em cósmica jornada
Onde tudo e nada viajam de mãos dadas!
O Prêmio Bernardo de Oliveira Martins foi
criado em 1997 para homenagear um de seus ilustres membros, o
poeta Dr. Bernardo, falecido naquele ano. Visando premiar a melhor
poesia de cada ano, apresentada nas Pizza Literárias, o concurso
chega em 2005 em sua oitava edição. Já receberam a medalha que
simboliza o prêmio: Edson Batista de Lima (1998), Aldo Miletto
(1999), Roberto Caetano Miraglia (2000), José Rodrigues Louzã
(2001), Aldo Miletto (2002), Luiz Jorge Ferreira (2003), Marcos
Roberto dos Santos Ramasco (2004) e Sérgio Perazzo (2005), além
de menções honrosas a outros poetas.
Para que também os inúmeros prosadores da SOBRAMES-SP
pudessem ter a possibilidade de participar de um concurso
semelhante, e visando estimular todas as modalidades literárias,
criouse em 2000 prêmio para a melhor prosa de cada ano, que
Breve histórico dos prêmios literários da SOBRAMES-SP
recebeu o título de Prêmio Flerts Nebó. O prêmio chega em
2005 à sua sexta edição e já teve os seguintes contemplados:
Roberto Caetano Miraglia (2000), Marcos Gimenes Salun (2001),
Paulo Adolpho Leierer (2002), Walter Whitton Harris (2003),
Josyanne Rita de Arruda Franco (2004) e Marcos Roberto dos Santos
Ramasco (2005), além de menções honrosas a outros escritores.
JURADOS 2005: Os dois concursos tiveram jurados
em comum nesta edição, tendo participado os confrades Dr. Sérgio
Martins Pandolfo, da SOBREAMES-PA, Dr. Luiz Gondim de Araújo
Lins, da SOBRAMES-RJ e Dr.José Warmuth Teixeira, da SOBRAMES-
SC, que gentilmente aceitaram o convite da diretoria e colaboraram
com a Regional São Paulo nesta promoção cultural, assim como já
fizeram outros ilustres colegas de outras regionais nos concursos
anteriores. A todos nossa eterna gratidão.
A regional São Paulo tem atividades contínuas durante todo
o ano, como pode ser comprovado pela previsão para 2006
publicada na coluna ao lado. Tanto às vésperas das festas de
final do ano passado quanto logo nos primeiros dias deste
ano, a diretoria esteve em franca atividade. O balanço do
ano anterior foi feito “sem fechar as portas” e espera-se
continuar nesse mesmo ritmo em 2006.
Calendário de Atividades
para 2006
O Bandeirante
Janeiro 2006 7
Na reunião de Diretoria realizada no último dia 13 de
dezembro foi aprovado o calendário das principais atividades
da regional São Paulo para o ano de 2006. Caso haja
necessidade de alterações em virtude de algum fato
imprevisto, será dada ampla divulgação, com a necessária
antecedência. Anoteestes compromissos em sua agenda e
não perca nenhuma das atividades.
Agenda
03.01.2006 Reunião de diretoria
19.01.2006 186ª Pizza Literária
Divulgação do tema da próxima Superpizza
07.02.2006 Reunião de Diretoria
16.02.2006 187ª Pizza Literária
12ª Superpizza (apresentação de textos)
07.03.2006 Reunião de diretoria
16.03.2006 188ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.04.2006 Reunião de diretoria
20.04.2006 XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores (Maceió - AL)
24.04.2006 189ª Pizza Literária
Divulgação do tema da próxima Superpizza
02.05.2006 Reunião de diretoria
18.05.2006 190ª Pizza Literária
13ª Superpizza (apresentação de textos)
06.06.2006 Reunião de diretoria
22.06.2006 191ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.07.2006 Reunião de diretoria
20.07.2006 192ª Pizza Literária dedicada a Escritores
Consagrados, favoritos dos membros.
Divulgação do tema da próxima Superpizza
01.08.2006 Reunião de diretoria
17.08.2006 193ª Pizza Literária
14ª Superpizza (apresentação de textos)
05.09.2006 Reunião de diretoria
21.09.2006 194ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
Assembléia Geral Ordinária.
Eleições de diretoria para biênio 2007/2008.
03.10.2006 Reunião de diretoria.
16.10.2006 195ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa)
Divulgação do tema da próxima Superpizza
07.11.2006 Reunião de diretoria
16.11.2006 196ª Pizza Literária
15ª Superpizza (apresentação de textos)
05.12.2006 Reunião de Diretoria
21.12.2006 197ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA
MARTINS (poesia)
Premiação da SUPERPIZZA anterior
Transmissão de cargos para Diretoria Eleita
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 -
Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30
Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da
sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30
XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores: Será
realizado de 20 a 22 de abril de 2006, na cidade de Maceió.
Informações com os organizadores: (082) 3221-5323
ENDOMED MEDICINA
LABORATORIAL
Sede: Av. Eng. George Corbisier, 746
Pq. Jabaquara - SP
CAC 0800-170-004
E-mail: endomed@terra.com.br
Registro
Esta foi a última do ano
A 185ª Pizza Literária realizada no dia 15 de dezembro contou
com a participação de 28 pessoas. Além da entrega dos dois
prêmios literários de 2005 para poetas e prosadores, a
reunião teve a costumeira e deliciosa “sobremesa”: foram
apresentados 14 textos, de excelente qualidade, pelos
escritores inscritos. Registramos a visita da Dra. Jovina Rulli
Bovino e de seus filhos Priscila e Rodrigo, e também de
Antonio Renato P.Miletto.
Uma produção contínua
Com edições de tiragem limitada e com primoroso
acabamento artesanal, o Dr. Flerts Nebó continua nos
brindando com seus romances. Entre reedições e alguns
inéditos, Nebó já chegou a 65 títulos em sua bibliografia. Os
últimos recebidos foram os romances “O Governador das
Esmeraldas”, “Brasil, o Eldorado do Mundo”, “Il Fratello di
Donatello” e “A Leoa de Serra Negra”.
Movimento Poético Nacional
Recebemos na redação a edição nº 71, de julho a setembro
de 2005, do jornal “A Voz da Poesia”, editado pelo Movimento
Poético Nacional, com sede na cidade de São Paulo e
presidido atualmente pelo poeta Walter Argento. Além da
produção de seus associados o periódico traz ainda o
noticiário do período. A entidade literária reune-se duas
vezes por mês, aos sábados. Informações e contatos: Rua
dos Bogaris, 183 - CEP 04047-020 - Mirandópolis - SP. Fone
(11) 5072-1665.
Chegou de outras regionais
Acusamos e agradecemos a seguinte correspondência: da
regional MINAS GERAIS, assinada por seu presidente, Dr.
Josemar Otaviano de Alvarenga e pelo secretário, Dr. José
James de Castro Barros, com votos de boas festas; do
confrade Dr. Paulo Ponce de Leon Filho, da regional
PERNAMBUCO, com envio de poesias de sua autoria e
solicitação de envio de exemplares da “V Antologia Paulista”.
Não fechamos para balanço
O envio de notícias, publicações ou informações sobre
lançamentos de livros para a redação do jornal “O
Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes
endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 -
Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 * Sede: Rua
Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05410-000
Se acontecer com você, avise
Anuidade de 2006: sua
contribuição é fundamental
Médicos de todo o Brasil
reunem-se em Alagoas
De 20 a 22 de abril de 2006 a cidade de
Maceió, Alagoas, receberá os médicos escritores
de todo o Brasil para a realização do XXI Congresso
Brasileiro de Médicos Escritores. Um folder com a
brogramação básica do evento já foi enviada aos
membros da SOBRAMES em todo o Brasil, contendo
a programação básica do evento e as regras de
participação, servindo também como ficha de
inscrição. O material traz ainda as indicações e
sugestões de hospedagem, com preços e condições
de parcelamento, além de indicação de agencia de
turismo (Mangabeira Turismo) e companhia aérea
(Gol) eleitas para o evento e que oferecem serviços
e condições especiais.
As taxas de inscrição variam de R$ 50,00
para os acadêmicos e estudantes que se
inscreverem antecipadamente, até R$ 200,00 para
médicos que se inscreverem no local. Para conhecer
todos os valores os interessados podem consultar
o material recebido ou então fazer contatos com
os organizadores, pelos telefones (082) 3221.5323
ou 3336.3532. Também poderá ser encaminhada
correspondência para Rua Afonso Pena, 82 - Maceió
- Alagoas - CEP 57021-040. Está disponível ainda
para esclarecer dúvidas e atender os interessados,
o e-mail conepaki@uol.com.br.
Além da programação literária, cultural e
turística, o XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores marcará também a eleição de novo
presidente da SOBRAMES Nacional para o próximo
biênio, além de escolher a sede do próximo
Congresso Nacional, em 2008. Prestigie e participe.
8
O Bandeirante
Janeiro 2006
Finanças Congresso
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde
Paulista - a partir de 19h30 / Reunião de Diretoria: Rua
Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - a partir de 20h30
JANEIRO 2006
03 - Reunião de Diretoria
19 - 186ª Pizza Literária - Apresentação de textos
com temas livres. Divulgação do tema para a próxima
Superpizza.
FEVEREIRO 2006
07 - Reunião de Diretoria
16 - 187ª Pizza Literária - Apresentação de textos
com temas livres. Apresentação de textos da 12ª
Superpizza.
Não esqueça estas datas
Anote
Em sua reunião mensal realizada em
13.12.2005 a diretoria aprovou os valores da
anuidade de 2006. Única fonte de receitas da
SOBRAMES-SP, a anuidade visa dar continuidade
às atividades básicas da regional, principalmente
em relação às publicações periódicas que mantém,
às despesas com correio, honorários contábeis e
outras despesas indispensáveis ao seu
funcionamento. O número de membros pagantes
tem se mantido bastante reduzido nos últimos
anos, apesar de estável, razão pela qual é de
fundamental importância que todos os membros
cumpram com sua obrigação financeira para com
a Sociedade.
Valores para 2006. Até 31 de janeiro de
2006 o valor da anuidade será de R$ 120,00. De
01 a 28 de fevereiro a anuidade poderá ser quitada
pelo valor de R$ 130,00. A partir de 01.03.2006
a anuidade será de R$ 140,00. Saliente-se que os
membros acadêmicos pagam 50% do valor da
anuidade, estando dispensados do pagamento os
membros honorários, eméritos e beneméritos.
Como pagar. Envie um cheque cruzado e
nominal a SOBRAMES-SP para a sede da entidade,
no seguinte endereço: Rua Alves Guimarães, 251
- CEP 05410-000 - São Paulo - SP. Para fins de
determinação dos valores, será considerada a data
de postagem nos correios. O recibo será enviado,
tambpem pelo correio, tão logo seja compensado
o cheque. Quem preferir, também poderá efetuar
o pagamento diretamente ao tesoureiro, Dr. Milton
Maretti, nas Pizzas Literárias a partir de 19 de
janeiro.
Colabore. Qualquer dúvida quanto ao
pagamento da anuidade de 2006 poderá ser
esclarecida pelo e-mail SOBRAMES@UOL.COM.BR
ou pelo telefone (11) 9182-4815. Não deixe de
pagar sua anuidade. Ela é a garantia da
continuidade das atividades culturais e literárias
da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores -
regional do Estado de São Paulo, que assim como
outras tantas entidades culturais deste país, tenta
sobreviver com seus próprios recursos, com o
objetivo de difundir e repercutir a cultura.
Contamos com seu apoio, com sua contribuição e
especialmente com a continuidade de sua batalha
em pról do objetivo principal de nossa Sociedade.

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O Bandeirante 012006 - n158

  • 1. A velha Izerguil “ Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo O Bandeirante Um a publicação feita por M édicos Escritores 15 Ano XIV - n° 158 - Janeiro de 2006 Suplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento Literário Marcos R.dos Santos Ramasco Sérgio Perazzo José Carlos Gonzalez Helio Begliomini Luiz Jorge Ferreira José Jucovscky Eles foram os premiados de 2005 No fundo, o mundo é feito para acabar num belo livro. Mallarmé (1842-1898), in Resposta ao Inquérito de Jules Huret “ Convide um amigo para tornar-se membro da SOBRAMES-SP “...Que posso fazer pelos homens?” - gritou Danko, com uma voz mais alta que a da tempestade. Subitamente, arrancou o coração do peito, com as mãos, erguendo-o muito alto, acima da cabeça.” Estimados confrades, neste fim de ano e começo de outro, lembrei-me de, há muitos anos, já haver lido algum conto ou estória que espelhasse a determinação do ser humano. Pois foi buscando em livros antigos de meu pai que encontrei esta pérola. A que provação maior poderia um homem se submeter, entregando sua própria vida em prol da salvação de muitos outros, seus semelhantes? “Danko traçou o caminho. Seguiram-no de comum acordo; acreditavam nele. O percurso era muito difícil. Estava escuro, a cada passo o pântano abria a goela ávida e pútrida que engolia os homens, e as árvores barravam- lhes o caminho com a sua poderosa muralha. Os ramos do arvoredo entrelaçavam-se como serpentes, as raízes tinham avassalado tudo e cada passo custava imenso suor e sangue.” Que grandes conquistas grandes homens conseguiram sem esforço? Quando se acredita verdadeiramente nos propósitos, traçado o caminho, ninguém mais poderá obstruí-lo, nenhum obstáculo será irredutível se a fé existir dentro de nós. Quando alguém diz “darei minha vida se for preciso”, dificilmente encontrará resistência e mesmo que se morra, o ideal sobreviverá. “A escuridão foi tal que se supôs que as noites se tinham reunido subitamente, as noites todas desde que a floresta nascera. Os homens, minúsculos, caminhavam entre as grandes árvores no meio do ribombar ameaçador dos trovões; caminhavam e os troncos gigantescos balouçavam-se, rangiam e uivavam canções irritadas, e os relâmpagos que passavam rapidamente por cima deles iluminavam por um momento a floresta com uma gélida chama azul, desaparecendo tão depressa como tinham surgido, deixando-os apavorados.” Em nosso caminho durante a vida, tão curta e pobre, sombras ameaçadoras, grandes pedras, troncos tombados à nossa frente surgem como obstáculos intransponíveis. Muitos desistem; outros vacilam; alguns se assustam; mas uns poucos se enchem de mais coragem ainda para afastá-los: lá, bem à frente está a chama forte que os atrai. Nossa cara SOBRAMES-SP encerra lindas idéias. O pensamento coletivo, o bem de todos os sócios. O ideal jamais poderá fenecer. «- Para frente! - gritou Danko, dando o exemplo, começando a caminhar com o coração ardente, bem alto, a iluminar a vereda dos homens. «Lançaram-se atrás dele, fascinados. Então a floresta recomeçou a sussurrar, balouçando as ramarias altas, admirada, mas com a voz abafada pelo pisar firme dos homens em marcha. Corriam, rápidos e audazes, atraídos pelo espetáculo maravilhoso do coração ardente. Alguns ainda morriam, mas faziam-no sem lamentos, sem lágrimas. Danko seguia sempre na vanguarda, e o coração continuava a arder, a arder! Destino? Cada um é o seu próprio destino! Vejo toda a espécie de pessoas, mas não vejo pessoas fortes. Onde estarão? Estas últimas e incríveis palavras, meus estimados irmãos, são da velha Izerguil ao narrar esta maravilhosa lenda russa na pena de Alexei Peshkov, mais conhecido pelo pseudônimo Maximo Gorki. Luiz Giovani
  • 2. O Bandeirante - ANO XIV - nº 158 - Janeiro 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11) 3062.9887 / 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes Salun - MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - E-mail: sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun Segundo-secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena J.G.M.Nebó, José Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani. O Bandeirante Janeiro 2006 É preciso manter-se em dia e em contato HOSPITAL METROPOLITANO Serviços de Pronto-socorro e tratamentos de ambulatório. Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP (11) 3677.2000 2Editorial LIFE SYSTEM ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP (11) 3885 – 8000 lifesystem@uol.com.br Todos nós que temos contas bancarias e também os que recebemos a “sofrida” aposentadoria por alguma instituição governamental sabemos da necessidade de manter nossos dados em dia. Senão... Não recebemos extratos de nossa movimentação no banco, e ficamos sujeitos a até não receber nossos parcos proventos como aposentados. A SOBRAMES-SP não paga proventos aos seus associados. Mas investe algo de seus recursos, enviando- lhes o jornal “O Bandeirante” mensalmente, enviando- lhes correspondências sobre convocações para Assembléias, publicando Antologias e mantendo a sociedade em funcionamento. Seja por carta, e-mail ou telefone, a despesa é sempre inevitável. Especialmente quando há alguma publicação especial patrocinada pela entidade, como é a já tradicional Antologia Paulista. Ora, acontece que muitos de nossos associados, apesar de sempre receberem as correspondências e publicaçôes da SOBRAMES-SP, acabam se esquecendo de algumas de suas primárias obrigações para com ela. Esquecem, por exemplo, de pagar a anuidade, única fonte de receitas da entidade. Esquecem-se também de comparecer aos encontros mensais (não lembrei...muita coisa por fazer... estive ocupado... etc. etc.). E muitas vezes esquecem-se de comunicar que mudaram de residência, de endereço de e-mail ou de telefone. E assim a nossa correspondência, o nosso gasto e o nosso esforço acabam se perdendo. E o confrade “fica por conta” porque “não foi avisado”, “não recebeu”, julga-se um esquecido, pensa que a SOBRAMES o abandonou. Temos procurado fazer a nossa parte, com a melhor boa vontade e com todos os nossos esforços. Gostaríamos de propor que você também desse uma “forcinha” com sua valiosa colaboração, comunicando sempre que se alterarem seus endereços de residência, e-mail e especialmente número de telefone. E se não for pedir muito, colabore pagando sua anuidade. É nossa única receita. É com esse recurso que tentamos estar sempre perto de você. Flerts Nebó Expediente Queridos amigos, Mais um ano está chegando, renovando as esperanças, bafejando ventura e prosperidade. Que chegue forte e vigoroso, trazendo na bagagem uma enormidade de dias felizes.Que o Novo Ano, ao desembarcar no Cais da Esferográfica , após navegar longos 364 dias no Oceano Lírico, seja auxiliado pelos braços fortes da Inspiração, tome o táxi galante da Sempre Boa Prosa, rumo à já tradicional Via da Poesia, onde irá se hospedar na Suíte Literária do Hotel Pizza dos Amigos, cujo hall estará repleto de ilustres convidados, entre eles, vocês e eu. E no momento que o Novo Ano chegar, antes do abraço aliviado e cheio de afeto que daremos na família- aquele abraço que redime e valoriza; antes do estourar da champanhe ou do espetáculo dos fogos de artifício, falemos com nosso coração agradecendo a vida e a oportunidade de continuarmos a caminhada com saúde, paz, serenidade, amor e amizade. Tudo isso é o que desejo para nós e para todos os que tanto amamos e que, certamente, nos amam também. Que a brisa de um novo tempo seja de ternura e alegria e que os anjos, felizes, entoem “Amém!”. Feliz 2006! É assim que espero ver o ano nascer feliz... Josyanne Rita de Arruda Franco Mensagem Superpizza Amor de sogra? Que estigma é esse que persegue certas mães (a de maridos e esposas, especialmente) e as faz, em determinados momentos, as mais abomináveis personagens de todo o relacionamento familiar? Sem qualquer preconceito ou partidarismo, a SOBRAMES-SP quer saber o que seus escritores têm a dizer sobre o “amor” que sentem por suas sogras. Apresentem textos em prosa e verso no dia 16.02.2006 e participe da 12ª edição da Superpizza, este desafio que vem mexendo com a criatividade de nossos autores. O que você tem a dizer sobre isso? ESCREVA! APRESENTE!
  • 3. Redolência feminal ououououou Lição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentosLição para homens desatentos 3O Bandeirante Janeiro 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Prêmio Flerts Nebó Melhor Prosa 2004/2005 Aprecio muito, muito, aprecio sobremaneira devorar mulheres, tateá-las, comemorá-las, aliás, comer-morar nelas,... e longe de mim ser machista nem feminista, melhor ser... mulherista... e a matéria- prima tem que ser a melhor, as melhores mulheres, necessariamente. Certamente, estas causam prazer maior. Deve-se devorá-las devagarinho, rítmica e compassadamente, começando sempre pelo cérebro, por isso, têm que ser as melhores... e belas... e se forem as mais belas, muito melhor será ainda. Ao devorá-las, calmamente mas voluptuosamente, é preciso degustá- las, saboreá-las, deliciar-se e deliciá-las na devoção desta sedenta, dúlcida e inequívova arte. Sorva-lhas suave e lentamente, mas com determinação e afinco, o pensamento, o raciocínio e a inteligência. Envolva-lhas. Absorva os olhos e os olhares, a boca e o apetite, a fala e a língua e se for poliglota, delire!!! Capture-lhas a mímica e o gestual, a linguagem dos braços e dos abraços, das mãos e dos carinhos cênicos. Tome-lhas o coração, invada, cative, fixe-se nele, domine passivamente. Faça-se participante de cada sentimento que dali brotar e cultive com elas: o bem-estar, o bem-querer, o respeito mútuo, a consideração, a admiração, a alegria, a graça, o contentamento, o sorriso, a paixão, a felicidade e o amor fraterno, mas nunca provoque o amor-eros e o ódio e nem participe deles. Abstenha-se, ou melhor, combata-os para nunca surgirem contra ti mesmo. Penetre-se-lhas o abdome, cozinhe para elas, comova-as com sua alquimia culinária e partilhe até a usinagem do paladar. Sensibilize seu ego doce feminil e compartilhe também a emoção da madre, porém, nunca a da comadre. Aposse-se consensualmente das pernas, pés e passos e estes virão sempre à tua direção. Possua- as ostensivamente, mas respeitosa e carinhosamente, exiba-as como troféu benigno, elas exultarão. Ponha-as num lugar de destaque, como numa estante, onde normalmente exporia seus livros, ponha essas maravilhosas guloseimas intelectuais, esses acepipes saborosíssimos, em qualquer nível, pessoa, social, econômico ou educacional, sempre ao alcance gastronômico de seus olhos para devorá-las diariamente e totalmente. Marcos Roberto dos Santos Ramasco Médico oftalmologista - Campinas - SP Trabalhe apenas com sua mente e equipe-se, pois elas são exigentes; cuidado com os assuntos que precisam ser bem burilados, prefira temas culturais, espirituais, natureza, humanísticos, amor, relacionamento homem/mulher (seja fervoroso a favor delas), alguns assuntos esportivos, como, olimpíadas – volley – natação, são até bem-vindos, mas futebol, não, é o inimigo nº 1. Porém, todavia, contudo e entretanto, nunca as toque fisicamente, consensual ou não com um só de seus dedos de sensualismo em quaisquer inescusáveis investidas na destemida busca pelos desaprováveis(?), improváveis(?), comprováveis pontos G. Tome posse mental, espiritual, divinal delas e viverás eternamente no íntimo das entranhas de suas almas. O envolvimento físico, o amor-eros, se não fundamentado de propósito permanentemente capaz e sustentável em completo amor- filos (fraterno) e amor-ágape (divinal, que cultiva a vida eterna e a paz de DEUS/JESUS CRISTO e a paz com DEUS/ JESUS CRISTO e toda sua obra de resgate e salvação e todas as suas orientações e deseja estas mesmas coisas também para a pessoa amada) recíproco, apadrinhado e embasado na fidelidade de DEUS e dada por DEUS, naufragará, causará sua derrocada, cairás no conceito delas e inevitavelmente virá o fim. Morrerás nos olhos delas, morrerás no pensamento e no intelecto delas, morrerás na memória e no coração delas. PARA SEMPRE. Só com uma delas e somente uma, poderás e deverás relacionar-se sexualmente, prazerosa e ou reprodutivamente, sem deixar de ser um autêntico devorador de mulheres, e aí sim, desfrutar toda possibilidade sexual e sensual que esta única possui e caprichar na sua capacidade de tornar-se o REI dessa RAINHA, que DEUS, num de seus melhores momentos, e, diga-se de passagem, ELE só tem excelentes melhores momentos, principalmente de criação, nos providenciou, unicamente pensando em nós, homens, e também criou para nosso prazer, cada sensação que temos, que causamos e que sentimos, para a eutimia e satisfação fechada do casal e no casal, espôso-esposa, esposa- espôso, na alcova consagrada, no leito sem mácula de infidelidade, no matrimônio único, definido e definitivo, como é da vontade do criador e PAI. Observe atentamente essa lição/orientação e persistindo os sinais e sintomas de insatisfação, aborrecimento, solidão, desânimo, sensação de insaciedade e tristeza, procure urgentemente, não um médico, mas uma médica para ajudá-lo a recuperar-se, a regenerar-se, a restaurar-se, a reorganizar-se e voltar a ser um renovado devorador de almas femininas. Faça como eu, encontre uma preciosa, muito boa e ótima médica para curar-se, isto é, para tratar-se, pois eu posso adiantar ao caro leitor, se esse for o seu caso, que esse problema não tem cura objetiva, apenas subjetiva, exigindo dosagem diária vitalícia, porque se trata de um irreversível distúrbio de comportamento obsessivo- compassivo-compulsivo-olfativo-indutivo-hormonal chamado redolência feminal, ou mais simplesmente falando: odor/cheiro feminino, o tão conhecido e tão agradável, perfume de mulher.
  • 4. 4O Bandeirante Janeiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Um xale apenas sobre o corpo e nada mais. Destino, mágoa, penas, partida, porto. A lamparina num canto refletindo os olhos castanhos, olhos de sonho, encantos tamanhos, sonhar tristonho, olhos de fado, olhos de canção, de canto. Palácios e chaminés de Sintra, Jardim, murado, da Preta, um pouco de tinta a pintar rochedos e naufrágios de Cascais. Pombas revoltas em arrulho e acalanto, flor de meus degredos a debruçar pétalas soltas nos segredos da mureta do teu cais. Foto a não se repetir jamais, de tão doce, doce pranto. Como uma outra pele, uma pele de luto, uma pele e tanto, por sobre a pele branca, um xale negro, liso, enxuto, revestimento circunspecto da tradição lusitana, de severo aspecto, espartana, de imutável sina portuguesa, com certeza, a sangria do desejo estanca, escondendo a leveza de bailarina impressionista de Degas ( por Cristo, por Buda, por Alá!), uma composição de artista, desfeito o nó e o laço, cobrindo a pele nua da fadista, quase escorrendo da beira de uma cadeira de faia, a saia despudorada no braço da marquesa de nogueira. Sou tua platéia exclusiva, o xale que me acolhe, A fadista nua o peito que expande e encolhe ao teu jeito de despir o corpo, pura candura evasiva esta insistência de sempre-viva, e vestir com o fado a alma, cantando nua a cantiga do beco, a cantiga das pedras da rua, regada a tinto seco nesta calma de noite escura. Cada nota da Ai,Mouraria da Rua da Palma aprendida de memória pela voz de Maria Severa, espera, dor, amor, rima banal, onde busco a minha alma no desfecho do capítulo ou no fim de tal história, enfim, um título, o fado sentimental, o lado atonal, mortal da paixão, o azul, o nojento, o dourado da mosca do Machado triturada pelo bico do corvo de Poe. Tudo visto e ouvido de cor. Imagem antiga que a cantiga traz. Sim. Não. Nunca mais. Never more. Sérgio Perazzo Médico psicodramatista - São Paulo - SP Prêmio Bernardo de Oliveira Martins Melhor Poesia 2004/2005 Menção Honrosa Prêmio Bernardo de Oliveira Martins Quase tudo mudou Antes fugia, agora encaro; Antes brigava, agora bato; Antes xingava, agora expulso; Antes corria, agora vôo; Antes comia, agora enjôo; Antes pensava, agora lembro; Antes sonhava, agora durmo; Antes fazia, agora peço; Antes ouvia, agora gravo; Antes olhava, agora filmo; Antes queria, agora tenho; Antes fumava, agora tusso; Antes falava, agora ouço; Antes bebia, ainda bebo. José Carlos Gonzales Médico - Itu - SP
  • 5. O Bandeirante Janeiro 2006 5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Prefácio ao livro Thybum Luiz Jorge Ferreira Médico - São Paulo - SP Eu poderia começar escrevendo sobre igarapés ou sobre o verde da mata onde mergulhei por muitos anos o pé e a alma. Poderia pedir que falassem do livro, pessoas de quem sou amigo, ou que sei que gostam dos meus versos, muitas vezes impropérios. Outras vezes sal. Para que escrevessem sobre eles nas páginas de abertura de Thybum. O pessoal do CORB (Centro de Oratória Rui Barbosa), que nos anos de chumbo esbravejou contra a ditadura: Celso de Alencar, Manoel Lisboa, Manoel Santana, Almeida Lima, Ruth de Souza, Pires de Oliveira, Carlos Gabriel... A opinião de uma ou duas vizinhas que ficavam muito “p” com a inflação e olhavam o que eu escrevia com a mesma compreensão com que olhavam a marcação dos preços no supermercado. Eu poderia pedir uma frase aos conterrâneos do Pará: Alfredo Reis, Paulo André Barata, Carlos Henry, Nilson Chaves, os Proença... Desencarnar alguns que estão vivos e reencarnar alguns mortos para que dessem retoques. Chamar os meninos do Grupo Paçoca (Jorge Moreira, Claudinho e Gil), poetas como Fernando Canto, Vilar Ferreira, Luiz Lima, o “Avelima” , o pessoal da UBE e os amigos da SOBRAMES-SP, criaturas criativas. Até, aleatoriamente, o servente do posto médico de Carapicuíba, que pegou por acaso um poema de Thybum, leu e depois, encontrando comigo no corredor, quis que eu falasse de poemas. E desde então pergunta-me sobre como escrevo, porque escrevo e como surgem as idéias e de que local saem estas palavras que sempre querem dizer tantas coisas, que choram e riem como se adquirissem vida própria, assim que aparecem no papel. E eu digo que, mesmo eu, que faço os poemas, às vezes espanto-me com o que eles dizem. Por fim indago-me também se este homem de pouca cultura e grande sensibilidade escreveria com palavras saídas de si, coisas que também me espantariam quando eu as lesse prefaciando Thybum. Eu também poderia fazer uma romaria atrás de nomes que admiro mesmo fora das letras: Chico César, Erasmo Carlos, Belchior e outros de muitos ipsilons e dáblius. De maneira que, difíceis de encontrar, mais difícil é conseguir que escrevam aberturas ou prefácios. Restar-me-iam os compadres, os que invadem meu dia a dia, que nem sabem se eu escrevo outra coisa fora receitas; as mulheres, todas importantes, a filha e as fêmeas; os filhos e os amigos que eu amo. Poderiam escrever sobre um ou outro poema que trazem seus nomes, mas não o fizeram. Restou- me apelar então para a frase deste cara anônimo que me fita atônito neste bar, quando eu lhe digo que faço poesia e qualquer mergulho n´alma é um thybum. E declamo para o barulho dos copos, versos leves sobre a profundidade da solidão. “Muito bem, vá em frente” – disse-me cambaleando. “Você se esforçando assim, ainda pode vir a ser um poeta, cara! E quem sabe um dia publique um livro”. “Thybum” – brindou entre chuva de saliva. “Thybum para você, thybum para mim! Thybum para eles.” – e afastou-se tropeçando entre mesas e cadeiras, gritando: “Thybum para nossa alma suja de fuligem, que encharcamos de líquido, mas ela resiste. Thybum para você que acredita que poesia sirva para alguma porra.” Olhei-o em silêncio. Estava feito o prefácio. Menção Honrosa Prêmio Flerts Nebó Menção Honrosa Prêmio Flerts Nebó Arte, literatura, subjetividade e marketing Helio Begliomini Médico urologista - São Paulo - SP A arte, lato sensu, tem seu valor inerente à sua expressão. A literatura não é exceção. Por mais que se disponibilize critérios objetivos para um julgamento isento de erros através de originalidade, desenvolvimento, enredo, harmonia, vernáculo, cativação ou apreensão do leitor; mensagem, conclusão... sempre haverá a interferência do imponderável subjetivismo de quem a analise. A escala de valores nas artes é tarefa insana e, por vezes, involuntariamente ou não, pouco honesta. Assim, trabalhos premiados poderiam ser preteridos se a comissão julgadora fosse composta por um outro perfil profissional, ou se naquele mesmo concurso houvesse comparativamente trabalhos considerados melhores. O inverso também poderia ocorrer e autores desclassificados poderiam ter seus trabalhos ranqueados nas primeiras posições, caso fossem outros os subjetivismos dos examinadores. Não é incomum experimentarmos grande decepção com um livro... um filme... uma peça teatral... uma apresentação musical... um vernissage... uma exposição de esculturas ou mostra fotográfica que foram muito bem recomendados pelos seus respectivos críticos. Aliás, muitos não gostam do estilo de Paulo coelho, e, no entanto, ele é imortal da Academia Brasileira de Letras (cadeira 21). Será que a importância da obra literária pessoal dos midiáticos José Sarney (cadeira 38), Roberto Marinho (cadeira 39), Marco Maciel (cadeira 39), Ivo Pitanguy (cadeira 22), dentre outros, teria aberto-lhes as portas da centenária casa de Machado de Assis, caso não tivessem o peso político, o lastro econômico, a reputação profissional, ou mesmo a indiscutível projeção em outras plagas ou misteres? Em determinadas situações a importância de certos nomes, ainda que não sejam os melhores expoentes nas letras naquele momento, ou que não tenham o mais significativo conjunto de obra produzida, fazem muito mais bem às academias de letras do que elas a eles, ou na melhor das hipóteses, tornam-se uma via de mão dupla, própria de um legítimo fisiologismo. Parece que em certos momentos torna-se necessário besuntar acadêmicos, inebriando-os com eflúvios divinais dos mecenas ao conceder também a estes a mesma titularidade imortal. As academias de letras comportam tradicionalmente um número exíguo de quarenta cadeiras, cujo titular só é substituído após o seu passamento. Portanto, há muito mais, bons escritores fora do que dentro das academias de letras. Pertencer a elas torna-se, em muitas vezes, um contingente imponderável da sorte do destino, ou do acintoso apadrinhamento subjetivo de cartas marcadas. Mesmo sendo difícil de se aquilatar e de se ranquear o valor artístico da obra de um escritor, não resta dúvida de que critérios não necessariamente técnicos regem, por vezes, a outorga da imortalidade nas letras. Essas considerações não objetivam menosprezar nomes ou instituições. Ao contrátio, emanam de uma genuína e humilde autocrítica, pois, da mesma forma, já fomos agraciados “justa” ou “injustamente” em concursos médicos e literários, e já tivemos a inefável alegria da admissão em academias onde reina o privilégio da vitaliciedade. A persuasão marqueteira tsunâmica que sempre acompanha os best-sellers, independentemente se são livros bons ou medíocres poderá influenciar o devido conceito de uma obra. Contudo, é exemplo vivo de que há um enorme contingente de bo ns autores e de boas obras que nada devem aos mais vendidos. Infelizmente, vivem no mundo das sombras dos espaços editoriais.
  • 6. 6 O Bandeirante Janeiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário Menção Honrosa Prêmio Bernardo de Oliveira Martins O índio em cósmica jornada José Jucovsky Médico ginecologista - São Paulo - SP Sou bravo, sou forte Sou filho do Norte, Meu canto de morte, Guerreiros ouvi. Gonçalves Dias (1823 – 1864) I Em virgens terras luxuriantes Reinos de harmônicas paisagens, Povos nativos em conflitos constantes Transmudam matas em palcos selvagens... Cavos sons de evocação Ecoam na rústica natureza... Cerimônias de mística excitação Exaltam intuitiva anímica pureza! Cantos de guerra e vingança Lembram combates entre tribos rivais, Ritmados pés... vigorosas danças Glorificam pelejas com tacapes mortais! Ancestrais cultos de proteção Não impedem morte e destruição. Armas de ferro e fogo chegaram Com os homens brancos que do mar brotaram! Miríficas frondosas matas intocadas Sofrem impacto da ação colonial Lentamente vão sendo devastadas Na sua complexa ecologia universal. A brutal saga da anômica escravidão Avilta corpo e espírito em luto lancinante, Extermina nações em nome da civilização A exorcizar demônios na terra verdejante! II “Meninos eu vi...” novo século surgir Ruidosos festejos da aflita humanidade Voraz esperança de dívidas a cumprir Contendo em si primitivas deidades! A divinizada natureza ferida O fantasma da morte provocava, De uma grande tribo banida Somente um nômade índio restava! Órfão da maculada terra arrasada Busca o apogeu do longínquo passado Palmilhando o âmago da floresta fechada Foge do declínio do seu povo exilado! Trilhas batidas de matas conhecidas Ricas de Luz e sombra ficaram para traz... As longas cansadas caminhadas Sufocam a ira do sobrevivente audaz! Abrigado e forte na solidão imensa Ama cada mais ver o dia nascer Nos caminhos ocultos da vida tensa Anda da madrugada à noite sem entender! No selvoso verdor de um bosque escuro Com exóticas nativas plumagens adornado Sente-se milagrosamente seguro Pelo colorido místico do corpo pintado! Grande e intensa luz a cegá-lo Documentam a ritualística figura. Indiferente aos flashes e câmeras a filmá-lo Cava uma tumba... sua própria sepultura?... Tênues raios de sol da nova milenar alvorada Invadem as matas pelo índio abandonadas... Transitoriedade humana em cósmica jornada Onde tudo e nada viajam de mãos dadas! O Prêmio Bernardo de Oliveira Martins foi criado em 1997 para homenagear um de seus ilustres membros, o poeta Dr. Bernardo, falecido naquele ano. Visando premiar a melhor poesia de cada ano, apresentada nas Pizza Literárias, o concurso chega em 2005 em sua oitava edição. Já receberam a medalha que simboliza o prêmio: Edson Batista de Lima (1998), Aldo Miletto (1999), Roberto Caetano Miraglia (2000), José Rodrigues Louzã (2001), Aldo Miletto (2002), Luiz Jorge Ferreira (2003), Marcos Roberto dos Santos Ramasco (2004) e Sérgio Perazzo (2005), além de menções honrosas a outros poetas. Para que também os inúmeros prosadores da SOBRAMES-SP pudessem ter a possibilidade de participar de um concurso semelhante, e visando estimular todas as modalidades literárias, criouse em 2000 prêmio para a melhor prosa de cada ano, que Breve histórico dos prêmios literários da SOBRAMES-SP recebeu o título de Prêmio Flerts Nebó. O prêmio chega em 2005 à sua sexta edição e já teve os seguintes contemplados: Roberto Caetano Miraglia (2000), Marcos Gimenes Salun (2001), Paulo Adolpho Leierer (2002), Walter Whitton Harris (2003), Josyanne Rita de Arruda Franco (2004) e Marcos Roberto dos Santos Ramasco (2005), além de menções honrosas a outros escritores. JURADOS 2005: Os dois concursos tiveram jurados em comum nesta edição, tendo participado os confrades Dr. Sérgio Martins Pandolfo, da SOBREAMES-PA, Dr. Luiz Gondim de Araújo Lins, da SOBRAMES-RJ e Dr.José Warmuth Teixeira, da SOBRAMES- SC, que gentilmente aceitaram o convite da diretoria e colaboraram com a Regional São Paulo nesta promoção cultural, assim como já fizeram outros ilustres colegas de outras regionais nos concursos anteriores. A todos nossa eterna gratidão.
  • 7. A regional São Paulo tem atividades contínuas durante todo o ano, como pode ser comprovado pela previsão para 2006 publicada na coluna ao lado. Tanto às vésperas das festas de final do ano passado quanto logo nos primeiros dias deste ano, a diretoria esteve em franca atividade. O balanço do ano anterior foi feito “sem fechar as portas” e espera-se continuar nesse mesmo ritmo em 2006. Calendário de Atividades para 2006 O Bandeirante Janeiro 2006 7 Na reunião de Diretoria realizada no último dia 13 de dezembro foi aprovado o calendário das principais atividades da regional São Paulo para o ano de 2006. Caso haja necessidade de alterações em virtude de algum fato imprevisto, será dada ampla divulgação, com a necessária antecedência. Anoteestes compromissos em sua agenda e não perca nenhuma das atividades. Agenda 03.01.2006 Reunião de diretoria 19.01.2006 186ª Pizza Literária Divulgação do tema da próxima Superpizza 07.02.2006 Reunião de Diretoria 16.02.2006 187ª Pizza Literária 12ª Superpizza (apresentação de textos) 07.03.2006 Reunião de diretoria 16.03.2006 188ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior 04.04.2006 Reunião de diretoria 20.04.2006 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores (Maceió - AL) 24.04.2006 189ª Pizza Literária Divulgação do tema da próxima Superpizza 02.05.2006 Reunião de diretoria 18.05.2006 190ª Pizza Literária 13ª Superpizza (apresentação de textos) 06.06.2006 Reunião de diretoria 22.06.2006 191ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior 04.07.2006 Reunião de diretoria 20.07.2006 192ª Pizza Literária dedicada a Escritores Consagrados, favoritos dos membros. Divulgação do tema da próxima Superpizza 01.08.2006 Reunião de diretoria 17.08.2006 193ª Pizza Literária 14ª Superpizza (apresentação de textos) 05.09.2006 Reunião de diretoria 21.09.2006 194ª Pizza Literária Premiação da Superpizza anterior Assembléia Geral Ordinária. Eleições de diretoria para biênio 2007/2008. 03.10.2006 Reunião de diretoria. 16.10.2006 195ª Pizza Literária Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa) Divulgação do tema da próxima Superpizza 07.11.2006 Reunião de diretoria 16.11.2006 196ª Pizza Literária 15ª Superpizza (apresentação de textos) 05.12.2006 Reunião de Diretoria 21.12.2006 197ª Pizza Literária Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA MARTINS (poesia) Premiação da SUPERPIZZA anterior Transmissão de cargos para Diretoria Eleita Endereços, horários e referências Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30 Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30 XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores: Será realizado de 20 a 22 de abril de 2006, na cidade de Maceió. Informações com os organizadores: (082) 3221-5323 ENDOMED MEDICINA LABORATORIAL Sede: Av. Eng. George Corbisier, 746 Pq. Jabaquara - SP CAC 0800-170-004 E-mail: endomed@terra.com.br Registro Esta foi a última do ano A 185ª Pizza Literária realizada no dia 15 de dezembro contou com a participação de 28 pessoas. Além da entrega dos dois prêmios literários de 2005 para poetas e prosadores, a reunião teve a costumeira e deliciosa “sobremesa”: foram apresentados 14 textos, de excelente qualidade, pelos escritores inscritos. Registramos a visita da Dra. Jovina Rulli Bovino e de seus filhos Priscila e Rodrigo, e também de Antonio Renato P.Miletto. Uma produção contínua Com edições de tiragem limitada e com primoroso acabamento artesanal, o Dr. Flerts Nebó continua nos brindando com seus romances. Entre reedições e alguns inéditos, Nebó já chegou a 65 títulos em sua bibliografia. Os últimos recebidos foram os romances “O Governador das Esmeraldas”, “Brasil, o Eldorado do Mundo”, “Il Fratello di Donatello” e “A Leoa de Serra Negra”. Movimento Poético Nacional Recebemos na redação a edição nº 71, de julho a setembro de 2005, do jornal “A Voz da Poesia”, editado pelo Movimento Poético Nacional, com sede na cidade de São Paulo e presidido atualmente pelo poeta Walter Argento. Além da produção de seus associados o periódico traz ainda o noticiário do período. A entidade literária reune-se duas vezes por mês, aos sábados. Informações e contatos: Rua dos Bogaris, 183 - CEP 04047-020 - Mirandópolis - SP. Fone (11) 5072-1665. Chegou de outras regionais Acusamos e agradecemos a seguinte correspondência: da regional MINAS GERAIS, assinada por seu presidente, Dr. Josemar Otaviano de Alvarenga e pelo secretário, Dr. José James de Castro Barros, com votos de boas festas; do confrade Dr. Paulo Ponce de Leon Filho, da regional PERNAMBUCO, com envio de poesias de sua autoria e solicitação de envio de exemplares da “V Antologia Paulista”. Não fechamos para balanço O envio de notícias, publicações ou informações sobre lançamentos de livros para a redação do jornal “O Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 * Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05410-000 Se acontecer com você, avise
  • 8. Anuidade de 2006: sua contribuição é fundamental Médicos de todo o Brasil reunem-se em Alagoas De 20 a 22 de abril de 2006 a cidade de Maceió, Alagoas, receberá os médicos escritores de todo o Brasil para a realização do XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores. Um folder com a brogramação básica do evento já foi enviada aos membros da SOBRAMES em todo o Brasil, contendo a programação básica do evento e as regras de participação, servindo também como ficha de inscrição. O material traz ainda as indicações e sugestões de hospedagem, com preços e condições de parcelamento, além de indicação de agencia de turismo (Mangabeira Turismo) e companhia aérea (Gol) eleitas para o evento e que oferecem serviços e condições especiais. As taxas de inscrição variam de R$ 50,00 para os acadêmicos e estudantes que se inscreverem antecipadamente, até R$ 200,00 para médicos que se inscreverem no local. Para conhecer todos os valores os interessados podem consultar o material recebido ou então fazer contatos com os organizadores, pelos telefones (082) 3221.5323 ou 3336.3532. Também poderá ser encaminhada correspondência para Rua Afonso Pena, 82 - Maceió - Alagoas - CEP 57021-040. Está disponível ainda para esclarecer dúvidas e atender os interessados, o e-mail conepaki@uol.com.br. Além da programação literária, cultural e turística, o XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores marcará também a eleição de novo presidente da SOBRAMES Nacional para o próximo biênio, além de escolher a sede do próximo Congresso Nacional, em 2008. Prestigie e participe. 8 O Bandeirante Janeiro 2006 Finanças Congresso Endereços, horários e referências Pizza Literária: Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30 / Reunião de Diretoria: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - a partir de 20h30 JANEIRO 2006 03 - Reunião de Diretoria 19 - 186ª Pizza Literária - Apresentação de textos com temas livres. Divulgação do tema para a próxima Superpizza. FEVEREIRO 2006 07 - Reunião de Diretoria 16 - 187ª Pizza Literária - Apresentação de textos com temas livres. Apresentação de textos da 12ª Superpizza. Não esqueça estas datas Anote Em sua reunião mensal realizada em 13.12.2005 a diretoria aprovou os valores da anuidade de 2006. Única fonte de receitas da SOBRAMES-SP, a anuidade visa dar continuidade às atividades básicas da regional, principalmente em relação às publicações periódicas que mantém, às despesas com correio, honorários contábeis e outras despesas indispensáveis ao seu funcionamento. O número de membros pagantes tem se mantido bastante reduzido nos últimos anos, apesar de estável, razão pela qual é de fundamental importância que todos os membros cumpram com sua obrigação financeira para com a Sociedade. Valores para 2006. Até 31 de janeiro de 2006 o valor da anuidade será de R$ 120,00. De 01 a 28 de fevereiro a anuidade poderá ser quitada pelo valor de R$ 130,00. A partir de 01.03.2006 a anuidade será de R$ 140,00. Saliente-se que os membros acadêmicos pagam 50% do valor da anuidade, estando dispensados do pagamento os membros honorários, eméritos e beneméritos. Como pagar. Envie um cheque cruzado e nominal a SOBRAMES-SP para a sede da entidade, no seguinte endereço: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - São Paulo - SP. Para fins de determinação dos valores, será considerada a data de postagem nos correios. O recibo será enviado, tambpem pelo correio, tão logo seja compensado o cheque. Quem preferir, também poderá efetuar o pagamento diretamente ao tesoureiro, Dr. Milton Maretti, nas Pizzas Literárias a partir de 19 de janeiro. Colabore. Qualquer dúvida quanto ao pagamento da anuidade de 2006 poderá ser esclarecida pelo e-mail SOBRAMES@UOL.COM.BR ou pelo telefone (11) 9182-4815. Não deixe de pagar sua anuidade. Ela é a garantia da continuidade das atividades culturais e literárias da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - regional do Estado de São Paulo, que assim como outras tantas entidades culturais deste país, tenta sobreviver com seus próprios recursos, com o objetivo de difundir e repercutir a cultura. Contamos com seu apoio, com sua contribuição e especialmente com a continuidade de sua batalha em pról do objetivo principal de nossa Sociedade.