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2014 O Bandeirante 
Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional S.Paulo 
263 
OUTUBRO 
Última noite de solteiro 
“O tempo parecia que voava e que muita coisa restava por 
fazer. Ainda à tarde desse dia, tive que me esconder na casa 
de um amigo – o Cláudio Pascher; pois os companheiros de 
faculdade da minha esposa queriam, a todo custo, me 
enveredar em boates, a fim de que eu testasse a minha 
masculinidade, tudo bem diferente daquilo que eu e minha 
futura esposa construímos e almejávamos.” 
HELIO BEGLIOMINI p.3 
Sinos ecoam 
“No momento em que as mentiras de longos anos ecoavam 
com tranquilidade aos ouvidos de quem escutava e 
abrilhantavam os olhos de quem as viam, em seus ouvidos 
badalavam sinos enlouquecidos e aos seus olhos uma 
imagem congelada ao tempo.” 
ALINE ANDRUSKEVICIUS DE CASTRO p. 5 
Situações engraçadas 
“Tem pessoas também que nos fazem rir pelo simples 
motivo de ao contar uma história, por mais 
desinteressante que seja, dão uma entonação diferente, 
interpretam, gesticulam, fazem uma careta mexendo com 
nossos mecanismos pessoais e surge então a primeira 
risada e depois outra e mais outra, conforme o 
andamento da história e nas subsequentes.” 
AÍDA LÚCIA PULLIN DAL SASSO BEGLIOMINI p.6 
4 UM DIA 
TARDE 
Nelson Jacintho 
4 INDAGAÇÃO 
Flerts Nebó 
Luiz Jorge 
4 
Visite nosso BLOG: http://sobramespaulista.blogspot.com.br
2 O Bandeirante - Outubro 2014 
Jornal O Bandeirante 
ANO XXIV - nº. 263 
Outubro 2014 
Publicação mensal da Sociedade 
Brasileira de Médicos Escritores - 
Regional do Estado de São Paulo SOBRAMES-SP. Sede: 
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 7º. Andar - Sala 1 (Prédio 
da Associação Paulista de Medicin a) - São Paulo - SP 
Editores: Josyanne Rita de Arruda Franco e Marcos Gimenes 
Salun (MTb 20.405-SP) 
Jornalista Responsável e Revisora: Ligia Terezinha Pezzuto 
(MTb 17.671-SP). 
Redação e Correspondência: Rua Francisco Pereira 
Coutinho, 290, ap. 121 A – V. Municipal – CEP 13201-100 – 
Jundiaí – SP E-mail: josyannerita@gmail.com 
Tels.: (11) 4521-6484 Celular (11) 99937-6342. 
Colaboradores desta edição: (Textos literários): Aida Lúcia 
Pullin Dal Sasso Begliomini, Aline Andruskevicius de Castro, 
Flerts Nebó, Helio Begliomini, Luiz Jorge Ferreira e Nelson 
Jacintho. (Fatos & Olhares): Márcia Etelli Coelho. 
Tiragem desta edição: 300 exemplares (papel) e mais de 
1.000 exemplares PDF enviados por e-mail. 
Diretoria - Gestão 2013/2014 - Presidente: Josyanne Rita 
de Arruda Franco. Vice-Presidente: Carlos Augusto Ferreira 
Galvão. Primeiro-Secretário: Márcia Etelli Coelho. Segundo- 
Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Primeiro- 
Tesoureiro: José Alberto Vieira. Segundo-Tesoureiro: Aida 
Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini. Conselho Fiscal 
Efetivos:Hélio Begliomini, Luiz Jorge Ferreira e Marcos 
Gimenes Salun. Conselho Fiscal Suplentes: José Jucovsky, 
Rodolpho Civile e José Rodrigues Louzã. 
. 
Matérias assinadas são de responsabilidade de seus 
autores e não representam, necessariamente, a opinião 
da Sobrames-SP 
Editores de O Bandeirante 
Flerts Nebó - novembro a dezembro de 1992 
Flerts Nebó e Walter Whitton Harris - 1993-1994 
Carlos Luis Campana e Hélio Celso Ferraz Najar - 1995-1996 
Flerts Nebó e Walter Whitton Harris - 1996-2000 
Flerts Nebó e Marcos Gimenes Salun - 2001 a abril de 2009 
Helio Begliomini - maio a dezembro de 2009 
Roberto A.Aniche e Carlos Augusto F. Galvão - 2010 
Josyanne R.A.Franco e Carlos Augusto F.Galvão - 2011-2012 
Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun - 2013-2014 
Presidentes da Sobrames-SP 
1º. Flerts Nebó (1988-1990) 
2º. Flerts Nebó (1990-1992) 
3º. Helio Begliomini (1992-1994) 
4º. Carlos Luiz Campana (1994-1996) 
5º. Paulo Adolpho Leierer (1996-1998) 
6º. Walter Whitton Harris (1999-2000) 
7º. Carlos Augusto Ferreira Galvão (2001-2002) 
8º. Luiz Giovani (2003-2004) 
9º. Karin Schmidt Rodrigues Massaro (jan a out de 2005) 
10º. Flerts Nebó (out/2005 a dez/2006) 
11º. Helio Begliomini (2007-2008) 
12º. Helio Begliomini (2009-2010) 
13º. Josyanne Rita de Arruda Franco (2011-2012) 
14º. Josyanne Rita de Arruda Franco (2013-2014) 
Editores: Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun 
Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto 
Diagramação: Marcos Gimenes Salun | Rumo Editorial 
Produções e Edições Ltda. E-mail: rumoeditorial@uol.com.br 
Impressão e Acabamento: Expressão e Arte Gráfica 
Editora - São Paulo 
A Sobrames-SP é e sempre será um espaço para a 
demonstração de talentos. A vivência e a experiência de médicos 
escritores e de outros profissionais dessa confraria de amigos 
enriquecem a criação literária, estabelecendo e lapidando alianças 
imorredouras. O alicerce da Sobrames-SP é o sólido e incondicional 
apoio mútuo entre seus membros, fortalecendo a entidade com 
o empenho de cada associado. A presença de convidados vai 
ampliando o democrático círculo de amigos. No estreitamento 
de laços com as demais Regionais da Sobrames, seguimos 
vislumbrando horizontes. Para ilustrar estas palavras, a presente 
edição oferece uma amostra do que é a Sobrames-SP! Conheça 
e usufrua deste seleto universo de almas sensíveis. Boa leitura! 
Josyanne Rita de Arruda Franco 
Médica Pediatra Presidente da Sobrames-SP 
A edição de 2014 da tradicional 
coletânea da Sobrames-SP terá 26 
autores que fazem, desta, mais uma 
primorosa edição da série. 
O lançamento de “A Pizza 
Literária - décima terceira fornada” 
está previsto para o dia 7 de novembro 
de 2014, às 19h00, no Espaço Maracá, 
no 11º. andar da Associação Paulista 
de Medicina - APM. Na oportunidade 
acontecerá também mais uma Balada 
Literária, com música e apresentação 
de textos dessa obra pelos seus autores 
e convidados. 
“A Pizza Literária - décima terceira fornada” 
http://coletanea2014.blogspot.com.br/ 
As Pizzas Literárias da SOBRAMES-SP acontecem 
na terceira quinta-feira de cada mês, a partir 
das 19h00 na PIZZARIA BONDE PAULISTA 
Rua Oscar Freire, 1.597 - Pinheiros - S.Paulo 
15/10 – Roberto Antonio Aniche 
23/10 – Walter Whitton Harris 
Está na hora de mais uma fornada 
ESCRITORES PARTICIPANTES: Aída Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini; 
Alcione Alcântara Gonçalves, Alitta Guimarães Costa Reis, Anienne Nasci-mento, 
Carlos Augusto Ferreira Galvão, Edson Olímpio Silva de Oliveira, 
Helio Begliomini, Hildette Rangel Enger, José Jucovsky, José Leopoldo Lopes 
de Oliveira Sobrinho, Josyanne Rita de Arruda Franco, Luiz Jorge Ferreira, 
Márcia Etelli Coelho, Marcos Gimenes Salun, Maria do Céu Coutinho Louzã, 
Mércia Lúcia de Melo Neves Chade, Nelson Jacintho, Roberto Antonio Aniche, 
Roberto Caetano Miraglia, Rodolpho Civile, Sérgio Perazzo, Sheila Regina 
Sarra, Sonia Andruskevicius de Castro, Suzana Grunspun, Walter Whitton 
Harris e Wilma Lúcia da Silva Moraes. 
S 
Visite o BLOG e saiba mais:
O Bandeirante - Outubro 2014 3 
Minha última noite 
de solteiro 
Helio Begliomini 
Era o dia 23 de janeiro de 1979, véspera do 
meu casamento com minha noiva, Aida Lúcia, na 
Paróquia de São Pedro Apóstolo. Tudo tinha sido 
muito corrido. A entrega dos convites, a aquisição 
da mobília, a arrumação do enxoval, os 
preparativos de última hora, enfeites, músicas, 
recepção, lua de mel que infalivelmente seria para 
Campo Grande, uma vez que tinha sido convocado 
para prestar serviço militar no Mato Grosso. 
O tempo parecia que voava e que muita coisa 
restava por fazer. Ainda à tarde desse dia, tive 
que me esconder na casa de um amigo – o Cláudio 
Pascher; pois os companheiros de faculdade da 
minha esposa queriam, a todo custo, me enveredar 
em boates, a fim de que eu testasse a minha 
masculinidade, tudo bem diferente daquilo que 
eu e minha futura esposa construímos e 
almejávamos. Foi por muito pouco que não fui 
raptado por esses “colegas” e, por muito pouco, 
não comprometera o meu casamento ainda antes 
de acontecer. 
O último dia de solteiro de minha vida foi 
repleto de atividades desgastantes. Quando me 
dei conta, já era meia-noite e meia e estava em 
pleno dia do meu casamento. Entrei pela porta de 
casa adentro. Todos estavam dormindo. Imperava 
um grande silêncio. Sentei-me na cama e na 
penumbra do quarto comecei a saborear os 
instantes finais de uma convivência salutar e íntima 
com a minha família. 
No quarto à frente dormiam os meus pais. 
Quantas recordações vieram de minha mãe... 
Sempre trabalhadora, zelosa pela casa, pelas 
apresentações de seus filhos; orgulhosa de suas 
notas e façanhas – nunca se furtando em dar tudo 
de si por eles. 
Meu pai, trabalhador indefesso, sempre nos 
orientou para o caminho dos estudos, da ocupação, 
do serviço. Nunca o vi numa mesa de jogos. 
Tampouco entre as portas de um bar ou perdendo 
suas horas em futilidades e devaneios da vida. Ao 
contrário, viveu para a família e dela tirava forças 
para o trabalho. Uma de suas mais singelas lições 
de vida e de fé era quando se ajoelhava ao pé da 
cama para rezar. E o fazia todas as noites. Por 
vezes, o cansaço o vencia e tinha de ser acordado 
para que confortavelmente deitasse no leito. 
No meu quarto dormia meu irmão, dois anos 
mais novo. Ah! Quantas recordações dele também. 
Nossa infância, nossos brinquedos, nosso futebol, 
nossas intermináveis brigas e disputas... Tudo 
passou como um relâmpago e já dava para sentir 
saudades. 
No quarto ao lado, estava minha irmã mais 
nova. Dez anos separavam as nossas existências. 
Eu iria me casar em pouco tempo e ela estava 
em plena adolescência, com sonhos, 
transformações e realizações de seu próprio 
mundo. Nosso contato não fora muito grande, 
pois estudei medicina durante seis anos fora de 
casa. Mesmo assim, ela era a minha irmã caçula 
– a temporã da família –, e por quem eu 
alimentava profundo carinho. 
De repente, a minha solidão se confundia 
com a quietude da casa. Minhas reminiscências 
faziam-me ver como tudo tinha passado 
instantaneamente. 
Ah! Se o tempo pudesse parar, ou melhor, 
voltar atrás! Encararia muitas cenas da minha 
vida com olhos mais compreensivos e com coração 
mais aberto. A caridade iria se fazer mais 
presente... 
Naquela noite – minha última de solteiro –, 
tive a sensação de perder, pelo menos em parte, 
aquele aconchego familiar tão importante em 
minha formação. O peso da responsabilidade 
invadia o meu coração, pois eu estaria prestes a 
passar para o rol dos casados, com a incumbência 
de formar uma nova família, com aquela esposa 
que compartilharia a minha vida. 
Apesar do meu amor para com ela e do 
tempo longo de namoro, muitas dúvidas e temores 
rondavam a minha mente. Afinal, estaria trocando 
o certo pelo possivelmente certo; minha família 
por uma nova. Meus irmãos iriam se mesclar com 
os meus cunhados. Tinha a certeza de que tudo 
valeria a pena. Entretanto, o silêncio reinante 
questionava minha aspiração futura. Apenas a 
saudade que meu ser pranteava era, naquela 
interminável noite, a maior evidência! 
******* 
(Crônica escrita aproximadamente 18 anos após 
o casamento.)
4 O Bandeirante - Outubro 2014 
À tarde Um dia, uma vez 
Nelson Jacintho 
Flerts Nebó 
Um dia, uma vez 
Quis ser feliz 
Mas sofri um revés 
Deus assim não quis 
Vou pelo mundo 
Buscando alguém 
Que grande absurdo! 
E não sou de ninguém 
Ando pela praça 
Olhando para todos 
Fico sem graça. 
Que pena... que dor! 
Que bom poderia ser 
Ter você, meu amor! 
À tarde eu adormeço 
no teu colo quente... 
À tarde eu sonho sorrindo 
na tua alma triste. 
Triste, mas bela como 
um canteiro de gerânios 
que recebe o casal de borboletas 
que viajam em lua de mel 
pelo mel de suas flores... 
À tarde eu espreguiço 
nos teus braços soltos 
procurando teu abraço... 
À tarde eu me consumo 
na minha pequenez de 
poeta solitário e triste 
que vive de ilusões 
e de sonhos... 
Indagação, ausente, conflito 
Luiz Jorge Ferreira 
Poema 1*Hum... (INDAGAÇÃO) 
Que rua é esta de numeração diversa. 
Que não é minha nem mais é tua. 
Que hoje só serve de moradia para a saudade. 
Poema 2**Dhois... (AUSENTE) 
Um cão bravo morde-se de raiva. 
Sonha com cavalos, fêmeas e afagos. 
Hoje, 29 de dezembro. 
Toma conta do tempo. 
Abandonado. 
Em um abandonado estacionamento. 
Em Osasco. 
Poema 3***Thrês...(CONFLITO) 
Não prego peças ao tempo. 
O tempo me prega peças. 
O tempo me entope artérias. 
O tempo me salta o ventre. 
O tempo me apaga os olhos. 
O tempo amolece os dentes. 
O tempo só cria ontens. 
O tempo começa outonos. 
O tempo põe-me no inverno. 
Não prego peças ao tempo 
Não hoje. 
E não por muito tempo. 
Estou grande. 
Estou maior. 
Estou pequeno. 
Por falta de espaço. 
Estou de cócoras. 
Dentro de mim. 
Pareço eu. 
Mas não me reconheço.
O Bandeirante - Outubro 2014 5 
Sinos ecoam 
Aline Andruskevicius de Castro 
Ecoaram em seus ouvidos os 
ensinamentos que na mente 
cabem os mais absurdos 
pensamentos, nos ouvidos as 
mais puras verdades, mas na 
boca apenas a sabedoria de 
selecionar a melhor omissão 
ou a melhor mentira. 
Enquanto uns dizem que a 
mentira é pecadora, outros 
que verdades constituem má 
criação. 
Exatamente o quê não poderia 
ser dito? Tão difícil 
compreender, quem dirá 
selecionar. Optou-se pelo que 
compreendia ser o certo, ao 
menos a seu ver. 
No momento em que as 
mentiras de longos anos 
ecoavam com tranquilidade aos ouvidos de 
quem escutava e abrilhantavam os olhos de 
quem as viam, em seus ouvidos badalavam sinos 
enlouquecidos e aos seus olhos uma imagem 
congelada ao tempo. 
A verdade foi revelada, censura lançada e 
bofetões proferidos. 
Não se aquietou, nem teve a sabedoria de 
aplicar os ensinamentos católicos que lhe foram 
doutrinados, não se conteve e os revidou, e a 
recriminaram. 
Consequente isolamento de ser esquecida em 
um canto qualquer pelo sincero atrevimento de 
balburdiar a tranquilidade de ouvidos e apagar o 
falso brilho dos olhos que habitara mentiras. 
A amargura que sentira pelo isolamento que a 
deixara não fora o que a entristeceu, mas a 
angústia que tomou conta de seus pensamentos 
foi ter a sensibilidade de compreender que viver 
reclusa em mentiras traz calmaria para os que 
não as escutam e a experiência de se viver em 
batalha interna sem fim para quem não as 
pronunciam. 
Repudiados os mentirosos. Arrogantes os 
sinceros. Covardes os que apanham em silêncio 
e os que respondem à altura: insolentes. Ser 
uma sincera audaciosa causa a inveja e a 
intolerância de uns enquanto para outros o 
respeito por ter conduta de coragem e bravura. 
Não importa, não há quem tenha agradado a 
todos e não há quem tenha sido odiado por 
todos. Há quem venera Hitler até hoje, e os que 
odeiam Cristo. Não há quem seja inteiriço de 
amor ou de ódio, de qualidade ou defeitos. 
A relevância está no sentimento que se carrega 
no peito. No ser, mesmo quando não há 
expectadores para aplaudi-lo ou repudiá-lo. 
A única certeza existente é que se vive em 
mundo que as pequenas mentiras fazem com 
que as pessoas possam viver em um faz de conta 
que é feliz. Pois a verdadeira felicidade é aquela 
que habita com tranquilidade na alma, sem 
mentiras, sem rancor, sem ódio, sem furacões 
ou perturbações, em que os sinos badalam 
sincronizados em uma perfeita sinfonia que se 
iguala à época medieval, na chegada de uma 
nova vida, o nascimento de uma alegria ou no 
começo de uma missa em que o Cristo é 
chamado. 
Se um dia os sinos a perturbaram, hoje os 
aliviam e acalmam...
6 O Bandeirante - Outubro 2014 
Situações engraçadas (ou não...) 
Aída Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini 
São inúmeras as vezes em que no meio de 
nossas atividades diárias, de repente passamos 
por alguma situação que sentimos uma vontade 
enorme de rir. Nem sempre essa gostosa risada 
é considerada “politicamente correta”, muito 
pelo contrário pode ser engraçada para nós, 
porém constrangedora por quem está sendo o 
motivo da risada. 
Rir da desgraça alheia pode causar um grande 
desconforto e muitas vezes pode ser 
extremamente perigoso e com graves 
consequências. Imagine após um almoço você 
conversando com o seu chefe percebe entre os 
dentes dele, restos verdes da sobra da salada. 
Será que a conversa fluirá de forma normal ou o 
seu foco irá se concentrar no vai e vem da 
alface dentro da boca? Nestas horas, mostra a 
prudência que disfarçar e continuar a conversa 
mais tarde será o mais acertado a fazer. 
O que falar dos tombos? Estava no metrô, para 
ser mais específica na escadaria do metrô Sé 
com uma amiga advogada. Ela muito bem 
vestida com saia justa, camisa branca, meia 
fina escura e salto alto, quando de forma 
repentina perdeu o equilíbrio e... caiu. A nossa 
reação, tanto a dela quanto a minha, num 
primeiro momento foi de espanto, em seguida, 
no caso dela de vergonha, pois todos os olhares 
se voltaram para ela e no meu de tentar ajudá- 
-la a se levantar. Tão logo a ajudei, após notar 
o enorme rasgo na meia de uma das suas 
pernas, vendo que ela estava bem não pude me 
conter e comecei a rir. A princípio de forma 
discreta e ela não sabe se, por nervosismo ou 
pela situação bizarra que se encontrava, me 
acompanhou e depois juntas gargalhamos 
enquanto rapidamente nos afastávamos dos 
olhares indiscretos e risonhos a nossa volta. 
Tem pessoas também que nos fazem rir pelo 
simples motivo de ao contar uma história, por 
mais desinteressante que seja, dão uma 
entonação diferente, interpretam, gesticulam, 
fazem uma careta mexendo com nossos 
mecanismos pessoais e surge então a primeira 
risada e depois outra e mais outra, conforme o 
andamento da história e nas subsequentes. 
Agora quer situação mais constrangedora que 
em um velório quando todos estão tão 
comovidos, enlutados, sentidos pela morte 
inesperada ou não de alguém querido, 
conversando de forma silenciosa e respeitosa. 
Surge então de forma repentina, do fundo da 
sala uma sonora risada de um grupinho que 
acabou de escutar uma boa piada e se esqueceu 
do local em que se encontrava. 
Não tem também como não deixar de rir das 
tiradas que as crianças em sua inocência falam 
ou perguntam. Estávamos no Guarujá, sentados, 
nos preparando para almoçar quando meu pai 
trouxe uma bandeja enorme de graúdos 
camarões com casca e cabeça completa e a 
colocou no centro da mesa. Meu filho do meio, 
na época com quatro anos, olhou admirado para 
os crustáceos e disse: “Vovô não sabia que 
camarão tinha zóios”. 
De qualquer forma, rir é muito bom para a 
saúde. Estimula de forma considerável os 
músculos faciais, evitando rugas. Deixa-nos mais 
bonitos, com a fisionomia mais leve, tipo 
propaganda de pasta de dentes, margarina ou 
carne friboi. Boas risadas após uma noitada de 
boa comida, companhia especial e ótima safra 
de vinho então nem se fala. 
Rir espanta os maus fluidos e recarrega de boas 
energias. Se você não faz isso com frequência, 
experimente, pois é uma ótima receita e é 
totalmente grátis.
O Bandeirante - Outubro 2014 7 
Livros em destaque 
HELMUT ADOLF MATARÉ 
“A Bíblia tão desconhecida - um 
estudo imparcial” 
Legnar Editora - SP 
O autor apresenta neste livro uma 
visão toda pessoal da Bíblia e se 
propõe a uma análise aprofundada 
dos 73 livros que a compõe. Escrito 
em 2001, logo após o atentado de 
11 de setembro, o autor se debruça 
sobre as escrituras para tentar 
responder, dentre outras, questões 
como: “A guerra contra o terror 
eclodiu inopinada! Estamos 
preparados, nós, seguidores da 
Palavra de Deus, para uma luta 
ideológica entre o ocidente e o 
oriente?” 
WALTER WHITTON HARRIS 
“O Castelo da Colina” 
Legnar Editora - SP 
Este é o quarto romance do autor e 
foi ambientado num pequeno reino 
ao norte da Península Itálica, duran-te 
a Idade Média. Com habilidade e 
desenvoltura, Walter Harris trans-porta 
os leitores para dentro de uma 
história cheia de mistérios e roman-ce, 
que se desenrola em torno da 
morte de um influente nobre. Muitas 
intrigas,amores e traições na 
família, dominada pelo Castelo da 
Colina, proporcionarão deleite de 
quem folhear as páginas deste livro, 
que encanta do começo ao fim. 
Aquisições e informações: 
wwharris@gmail.com 
O trecho abaixo é parte de uma crônica de um dos autores 
da SOBRAMES-SP, já publicada anteriormente numa de nossas 
COLETÂNEAS. Você consegue identificar o autor? 
Resposta na próxima edição. 
Endereços e horários 
Pizzas Literárias: 
Pizzaria Bonde Paulista. Rua Oscar 
Freire, 1.597 - a partir de 19h00. 
Balada Literária: 
APM - Espaço Maracá - Av. Brigadei-ro 
Luís Antônio, 278 - 11º. andar - 
das 18h30 às 22h00 
Reuniões de Diretoria: 
Sede da SOBRAMES-SP na APM - 
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 
7º. andar - Sala 1 - às 19h00 
Esta agenda está sujeita a 
alterações em decorrência de 
fatores não previstos quando 
de sua elaboração 
O trecho da edição anterior pertence à poesia 
“Rendição”, de Josyanne Rita de Arruda 
Franco, que foi publicada na página 166 da 
coletânea “A Pizza Literária - nona fornada” de 
2006. Que tal reler essa poesia na íntegra, além de outros 
textos dos talentosos autores da SOBRAMES presentes naquela 
edição? 
PIZZAS LITERÁRIAS 
Realizadas na terceira 
quinta-feira de cada mês 
JAN - 16 
FEV - 20 
MAR - 2O 
ABR - 24 
MAI - 15 
JUN - 26 
JUL - 17 
AGO - 21 
SET - 18 
OUT - 16 
NOV - 13* 
DEZ - 18 
*ATENÇÃO Em virtude de 
feriados, as datas das reuniões 
de Abril, Junho e Novembro 
foram modificadas 
CONGRESSO NACIONAL 
OUT - 08 a 12 Recife - PE 
ELEIÇÕES 
JUL - 17 Prazo final para a 
inscrição de chapas concorrentes 
SET - 18 Eleição 
BALADA LITERÁRIA 
MAI - 30 NOV - 07 
COLETÂNEA 2014 
FEV Divulgação das regras e 
início das adesões de autores 
NOV - 07 Lançamento 
REUNIÕES DE DIRETORIA 
Primeira quinta-feira do mês 
Relendo 
CONFIRMADO REALIZADO 
“Olho... buscando outros olhos. 
Meu peito palpita amores, 
Paz, quietude sem dores 
Aos pés da longa madrugada.” 
(...) É através do aprimoramento dos 
sentidos e do acúmulo de conhecimentos 
que se vai “afinando” o cérebro, seu 
catalisador, para a tão pretensa 
perfeição que o homem busca atingir. (...)
NOITE DE FESTA E ALEGRIA 
Soprando velinhas em comemoração 
aos 26 anos de existência, a 
SOBRAMES-SP festejou, durante a 
Pizza Literária do dia 18 de 
setembro, com o que mais lhe apraz: 
apresentação de belos textos e 
muita alegria. Na oportunidade 
contou com a presença de amáveis 
visitantes: José Luiz Ferraz Luz, 
Alberto Francisco Sabbagi e 
Janaína de Castro Galvão (de São 
Paulo); Lilian Maial (do Rio de 
Janeiro); Claúdia Rejane Correia 
dos Santos e Anienne Barbosa 
Gusmão do Nascimento (de 
Alagoas). 
TOMANDO POSSE 
Na mesma oportunidade, Anienne 
Barbosa Gusmão do Nascimento 
aproveitou a visita que fez à capital 
paulista para oficializar sua posse como 
membro titular da Sobrames-SP. Ela foi 
apresentada pelo sobramista Marcos 
Gimenes Salun, reforçando um vínculo que 
se iniciou através do facebook e que se 
consolidou numa amizade entre eles, 
culminando com o convite e o ingresso da 
médica alagoana na regional paulista. 
ASSEMBLEIA E ELEIÇÃO 
No dia 18 de setembro, também realizou-se Assembleia Geral Ordinária durante 
a qual foi eleita a nova diretoria para o biênio 2015-2016, assim constituída: 
Carlos Augusto Ferreira Galvão (Presidente); Márcia Etelli Coelho (Vice- 
Presidente); Marcos Gimenes Salun (Primeiro-Secretário); Maria do Céu 
Coutinho Louzã (Segunda-Secretária); Helio Begliomini; (Primeiro-Tesoureiro); 
Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini (Segunda-Tesoureira); Josyanne Rita de 
Arruda Franco, José Alberto Vieira e Roberto Antonio Aniche (Conselho Fiscal 
Efetivo); Alcione Alcântara Gonçalves, Geovah Paulo da Cruz e Mércia Lucia 
de Melo Neves Chade (Conselho Fiscal Suplente). Os sobramistas eleitos, 
empenhados em colaborar para que as atividades da Sobrames-SP prosperem 
com ética e harmonia, tomarão posse na Pizza Literária do dia 18 de dezembro. 
ALCIONE CONDECORADO 
Em agosto o sobramista Alcione 
Alcântara Gonçalves recebeu o 
título de Membro Honorário da 
Academia Estudantil de Letras 
e Artes de Tupã. 
LIVRO PREMIADO 
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Última noite de solteiro antes do casamento

  • 1. 2014 O Bandeirante Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional S.Paulo 263 OUTUBRO Última noite de solteiro “O tempo parecia que voava e que muita coisa restava por fazer. Ainda à tarde desse dia, tive que me esconder na casa de um amigo – o Cláudio Pascher; pois os companheiros de faculdade da minha esposa queriam, a todo custo, me enveredar em boates, a fim de que eu testasse a minha masculinidade, tudo bem diferente daquilo que eu e minha futura esposa construímos e almejávamos.” HELIO BEGLIOMINI p.3 Sinos ecoam “No momento em que as mentiras de longos anos ecoavam com tranquilidade aos ouvidos de quem escutava e abrilhantavam os olhos de quem as viam, em seus ouvidos badalavam sinos enlouquecidos e aos seus olhos uma imagem congelada ao tempo.” ALINE ANDRUSKEVICIUS DE CASTRO p. 5 Situações engraçadas “Tem pessoas também que nos fazem rir pelo simples motivo de ao contar uma história, por mais desinteressante que seja, dão uma entonação diferente, interpretam, gesticulam, fazem uma careta mexendo com nossos mecanismos pessoais e surge então a primeira risada e depois outra e mais outra, conforme o andamento da história e nas subsequentes.” AÍDA LÚCIA PULLIN DAL SASSO BEGLIOMINI p.6 4 UM DIA TARDE Nelson Jacintho 4 INDAGAÇÃO Flerts Nebó Luiz Jorge 4 Visite nosso BLOG: http://sobramespaulista.blogspot.com.br
  • 2. 2 O Bandeirante - Outubro 2014 Jornal O Bandeirante ANO XXIV - nº. 263 Outubro 2014 Publicação mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo SOBRAMES-SP. Sede: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 7º. Andar - Sala 1 (Prédio da Associação Paulista de Medicin a) - São Paulo - SP Editores: Josyanne Rita de Arruda Franco e Marcos Gimenes Salun (MTb 20.405-SP) Jornalista Responsável e Revisora: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb 17.671-SP). Redação e Correspondência: Rua Francisco Pereira Coutinho, 290, ap. 121 A – V. Municipal – CEP 13201-100 – Jundiaí – SP E-mail: josyannerita@gmail.com Tels.: (11) 4521-6484 Celular (11) 99937-6342. Colaboradores desta edição: (Textos literários): Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini, Aline Andruskevicius de Castro, Flerts Nebó, Helio Begliomini, Luiz Jorge Ferreira e Nelson Jacintho. (Fatos & Olhares): Márcia Etelli Coelho. Tiragem desta edição: 300 exemplares (papel) e mais de 1.000 exemplares PDF enviados por e-mail. Diretoria - Gestão 2013/2014 - Presidente: Josyanne Rita de Arruda Franco. Vice-Presidente: Carlos Augusto Ferreira Galvão. Primeiro-Secretário: Márcia Etelli Coelho. Segundo- Secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Primeiro- Tesoureiro: José Alberto Vieira. Segundo-Tesoureiro: Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini. Conselho Fiscal Efetivos:Hélio Begliomini, Luiz Jorge Ferreira e Marcos Gimenes Salun. Conselho Fiscal Suplentes: José Jucovsky, Rodolpho Civile e José Rodrigues Louzã. . Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da Sobrames-SP Editores de O Bandeirante Flerts Nebó - novembro a dezembro de 1992 Flerts Nebó e Walter Whitton Harris - 1993-1994 Carlos Luis Campana e Hélio Celso Ferraz Najar - 1995-1996 Flerts Nebó e Walter Whitton Harris - 1996-2000 Flerts Nebó e Marcos Gimenes Salun - 2001 a abril de 2009 Helio Begliomini - maio a dezembro de 2009 Roberto A.Aniche e Carlos Augusto F. Galvão - 2010 Josyanne R.A.Franco e Carlos Augusto F.Galvão - 2011-2012 Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun - 2013-2014 Presidentes da Sobrames-SP 1º. Flerts Nebó (1988-1990) 2º. Flerts Nebó (1990-1992) 3º. Helio Begliomini (1992-1994) 4º. Carlos Luiz Campana (1994-1996) 5º. Paulo Adolpho Leierer (1996-1998) 6º. Walter Whitton Harris (1999-2000) 7º. Carlos Augusto Ferreira Galvão (2001-2002) 8º. Luiz Giovani (2003-2004) 9º. Karin Schmidt Rodrigues Massaro (jan a out de 2005) 10º. Flerts Nebó (out/2005 a dez/2006) 11º. Helio Begliomini (2007-2008) 12º. Helio Begliomini (2009-2010) 13º. Josyanne Rita de Arruda Franco (2011-2012) 14º. Josyanne Rita de Arruda Franco (2013-2014) Editores: Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto Diagramação: Marcos Gimenes Salun | Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. E-mail: rumoeditorial@uol.com.br Impressão e Acabamento: Expressão e Arte Gráfica Editora - São Paulo A Sobrames-SP é e sempre será um espaço para a demonstração de talentos. A vivência e a experiência de médicos escritores e de outros profissionais dessa confraria de amigos enriquecem a criação literária, estabelecendo e lapidando alianças imorredouras. O alicerce da Sobrames-SP é o sólido e incondicional apoio mútuo entre seus membros, fortalecendo a entidade com o empenho de cada associado. A presença de convidados vai ampliando o democrático círculo de amigos. No estreitamento de laços com as demais Regionais da Sobrames, seguimos vislumbrando horizontes. Para ilustrar estas palavras, a presente edição oferece uma amostra do que é a Sobrames-SP! Conheça e usufrua deste seleto universo de almas sensíveis. Boa leitura! Josyanne Rita de Arruda Franco Médica Pediatra Presidente da Sobrames-SP A edição de 2014 da tradicional coletânea da Sobrames-SP terá 26 autores que fazem, desta, mais uma primorosa edição da série. O lançamento de “A Pizza Literária - décima terceira fornada” está previsto para o dia 7 de novembro de 2014, às 19h00, no Espaço Maracá, no 11º. andar da Associação Paulista de Medicina - APM. Na oportunidade acontecerá também mais uma Balada Literária, com música e apresentação de textos dessa obra pelos seus autores e convidados. “A Pizza Literária - décima terceira fornada” http://coletanea2014.blogspot.com.br/ As Pizzas Literárias da SOBRAMES-SP acontecem na terceira quinta-feira de cada mês, a partir das 19h00 na PIZZARIA BONDE PAULISTA Rua Oscar Freire, 1.597 - Pinheiros - S.Paulo 15/10 – Roberto Antonio Aniche 23/10 – Walter Whitton Harris Está na hora de mais uma fornada ESCRITORES PARTICIPANTES: Aída Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini; Alcione Alcântara Gonçalves, Alitta Guimarães Costa Reis, Anienne Nasci-mento, Carlos Augusto Ferreira Galvão, Edson Olímpio Silva de Oliveira, Helio Begliomini, Hildette Rangel Enger, José Jucovsky, José Leopoldo Lopes de Oliveira Sobrinho, Josyanne Rita de Arruda Franco, Luiz Jorge Ferreira, Márcia Etelli Coelho, Marcos Gimenes Salun, Maria do Céu Coutinho Louzã, Mércia Lúcia de Melo Neves Chade, Nelson Jacintho, Roberto Antonio Aniche, Roberto Caetano Miraglia, Rodolpho Civile, Sérgio Perazzo, Sheila Regina Sarra, Sonia Andruskevicius de Castro, Suzana Grunspun, Walter Whitton Harris e Wilma Lúcia da Silva Moraes. 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  • 3. O Bandeirante - Outubro 2014 3 Minha última noite de solteiro Helio Begliomini Era o dia 23 de janeiro de 1979, véspera do meu casamento com minha noiva, Aida Lúcia, na Paróquia de São Pedro Apóstolo. Tudo tinha sido muito corrido. A entrega dos convites, a aquisição da mobília, a arrumação do enxoval, os preparativos de última hora, enfeites, músicas, recepção, lua de mel que infalivelmente seria para Campo Grande, uma vez que tinha sido convocado para prestar serviço militar no Mato Grosso. O tempo parecia que voava e que muita coisa restava por fazer. Ainda à tarde desse dia, tive que me esconder na casa de um amigo – o Cláudio Pascher; pois os companheiros de faculdade da minha esposa queriam, a todo custo, me enveredar em boates, a fim de que eu testasse a minha masculinidade, tudo bem diferente daquilo que eu e minha futura esposa construímos e almejávamos. Foi por muito pouco que não fui raptado por esses “colegas” e, por muito pouco, não comprometera o meu casamento ainda antes de acontecer. O último dia de solteiro de minha vida foi repleto de atividades desgastantes. Quando me dei conta, já era meia-noite e meia e estava em pleno dia do meu casamento. Entrei pela porta de casa adentro. Todos estavam dormindo. Imperava um grande silêncio. Sentei-me na cama e na penumbra do quarto comecei a saborear os instantes finais de uma convivência salutar e íntima com a minha família. No quarto à frente dormiam os meus pais. Quantas recordações vieram de minha mãe... Sempre trabalhadora, zelosa pela casa, pelas apresentações de seus filhos; orgulhosa de suas notas e façanhas – nunca se furtando em dar tudo de si por eles. Meu pai, trabalhador indefesso, sempre nos orientou para o caminho dos estudos, da ocupação, do serviço. Nunca o vi numa mesa de jogos. Tampouco entre as portas de um bar ou perdendo suas horas em futilidades e devaneios da vida. Ao contrário, viveu para a família e dela tirava forças para o trabalho. Uma de suas mais singelas lições de vida e de fé era quando se ajoelhava ao pé da cama para rezar. E o fazia todas as noites. Por vezes, o cansaço o vencia e tinha de ser acordado para que confortavelmente deitasse no leito. No meu quarto dormia meu irmão, dois anos mais novo. Ah! Quantas recordações dele também. Nossa infância, nossos brinquedos, nosso futebol, nossas intermináveis brigas e disputas... Tudo passou como um relâmpago e já dava para sentir saudades. No quarto ao lado, estava minha irmã mais nova. Dez anos separavam as nossas existências. Eu iria me casar em pouco tempo e ela estava em plena adolescência, com sonhos, transformações e realizações de seu próprio mundo. Nosso contato não fora muito grande, pois estudei medicina durante seis anos fora de casa. Mesmo assim, ela era a minha irmã caçula – a temporã da família –, e por quem eu alimentava profundo carinho. De repente, a minha solidão se confundia com a quietude da casa. Minhas reminiscências faziam-me ver como tudo tinha passado instantaneamente. Ah! Se o tempo pudesse parar, ou melhor, voltar atrás! Encararia muitas cenas da minha vida com olhos mais compreensivos e com coração mais aberto. A caridade iria se fazer mais presente... Naquela noite – minha última de solteiro –, tive a sensação de perder, pelo menos em parte, aquele aconchego familiar tão importante em minha formação. O peso da responsabilidade invadia o meu coração, pois eu estaria prestes a passar para o rol dos casados, com a incumbência de formar uma nova família, com aquela esposa que compartilharia a minha vida. Apesar do meu amor para com ela e do tempo longo de namoro, muitas dúvidas e temores rondavam a minha mente. Afinal, estaria trocando o certo pelo possivelmente certo; minha família por uma nova. Meus irmãos iriam se mesclar com os meus cunhados. Tinha a certeza de que tudo valeria a pena. Entretanto, o silêncio reinante questionava minha aspiração futura. Apenas a saudade que meu ser pranteava era, naquela interminável noite, a maior evidência! ******* (Crônica escrita aproximadamente 18 anos após o casamento.)
  • 4. 4 O Bandeirante - Outubro 2014 À tarde Um dia, uma vez Nelson Jacintho Flerts Nebó Um dia, uma vez Quis ser feliz Mas sofri um revés Deus assim não quis Vou pelo mundo Buscando alguém Que grande absurdo! E não sou de ninguém Ando pela praça Olhando para todos Fico sem graça. Que pena... que dor! Que bom poderia ser Ter você, meu amor! À tarde eu adormeço no teu colo quente... À tarde eu sonho sorrindo na tua alma triste. Triste, mas bela como um canteiro de gerânios que recebe o casal de borboletas que viajam em lua de mel pelo mel de suas flores... À tarde eu espreguiço nos teus braços soltos procurando teu abraço... À tarde eu me consumo na minha pequenez de poeta solitário e triste que vive de ilusões e de sonhos... Indagação, ausente, conflito Luiz Jorge Ferreira Poema 1*Hum... (INDAGAÇÃO) Que rua é esta de numeração diversa. Que não é minha nem mais é tua. Que hoje só serve de moradia para a saudade. Poema 2**Dhois... (AUSENTE) Um cão bravo morde-se de raiva. Sonha com cavalos, fêmeas e afagos. Hoje, 29 de dezembro. Toma conta do tempo. Abandonado. Em um abandonado estacionamento. Em Osasco. Poema 3***Thrês...(CONFLITO) Não prego peças ao tempo. O tempo me prega peças. O tempo me entope artérias. O tempo me salta o ventre. O tempo me apaga os olhos. O tempo amolece os dentes. O tempo só cria ontens. O tempo começa outonos. O tempo põe-me no inverno. Não prego peças ao tempo Não hoje. E não por muito tempo. Estou grande. Estou maior. Estou pequeno. Por falta de espaço. Estou de cócoras. Dentro de mim. Pareço eu. Mas não me reconheço.
  • 5. O Bandeirante - Outubro 2014 5 Sinos ecoam Aline Andruskevicius de Castro Ecoaram em seus ouvidos os ensinamentos que na mente cabem os mais absurdos pensamentos, nos ouvidos as mais puras verdades, mas na boca apenas a sabedoria de selecionar a melhor omissão ou a melhor mentira. Enquanto uns dizem que a mentira é pecadora, outros que verdades constituem má criação. Exatamente o quê não poderia ser dito? Tão difícil compreender, quem dirá selecionar. Optou-se pelo que compreendia ser o certo, ao menos a seu ver. No momento em que as mentiras de longos anos ecoavam com tranquilidade aos ouvidos de quem escutava e abrilhantavam os olhos de quem as viam, em seus ouvidos badalavam sinos enlouquecidos e aos seus olhos uma imagem congelada ao tempo. A verdade foi revelada, censura lançada e bofetões proferidos. Não se aquietou, nem teve a sabedoria de aplicar os ensinamentos católicos que lhe foram doutrinados, não se conteve e os revidou, e a recriminaram. Consequente isolamento de ser esquecida em um canto qualquer pelo sincero atrevimento de balburdiar a tranquilidade de ouvidos e apagar o falso brilho dos olhos que habitara mentiras. A amargura que sentira pelo isolamento que a deixara não fora o que a entristeceu, mas a angústia que tomou conta de seus pensamentos foi ter a sensibilidade de compreender que viver reclusa em mentiras traz calmaria para os que não as escutam e a experiência de se viver em batalha interna sem fim para quem não as pronunciam. Repudiados os mentirosos. Arrogantes os sinceros. Covardes os que apanham em silêncio e os que respondem à altura: insolentes. Ser uma sincera audaciosa causa a inveja e a intolerância de uns enquanto para outros o respeito por ter conduta de coragem e bravura. Não importa, não há quem tenha agradado a todos e não há quem tenha sido odiado por todos. Há quem venera Hitler até hoje, e os que odeiam Cristo. Não há quem seja inteiriço de amor ou de ódio, de qualidade ou defeitos. A relevância está no sentimento que se carrega no peito. No ser, mesmo quando não há expectadores para aplaudi-lo ou repudiá-lo. A única certeza existente é que se vive em mundo que as pequenas mentiras fazem com que as pessoas possam viver em um faz de conta que é feliz. Pois a verdadeira felicidade é aquela que habita com tranquilidade na alma, sem mentiras, sem rancor, sem ódio, sem furacões ou perturbações, em que os sinos badalam sincronizados em uma perfeita sinfonia que se iguala à época medieval, na chegada de uma nova vida, o nascimento de uma alegria ou no começo de uma missa em que o Cristo é chamado. Se um dia os sinos a perturbaram, hoje os aliviam e acalmam...
  • 6. 6 O Bandeirante - Outubro 2014 Situações engraçadas (ou não...) Aída Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini São inúmeras as vezes em que no meio de nossas atividades diárias, de repente passamos por alguma situação que sentimos uma vontade enorme de rir. Nem sempre essa gostosa risada é considerada “politicamente correta”, muito pelo contrário pode ser engraçada para nós, porém constrangedora por quem está sendo o motivo da risada. Rir da desgraça alheia pode causar um grande desconforto e muitas vezes pode ser extremamente perigoso e com graves consequências. Imagine após um almoço você conversando com o seu chefe percebe entre os dentes dele, restos verdes da sobra da salada. Será que a conversa fluirá de forma normal ou o seu foco irá se concentrar no vai e vem da alface dentro da boca? Nestas horas, mostra a prudência que disfarçar e continuar a conversa mais tarde será o mais acertado a fazer. O que falar dos tombos? Estava no metrô, para ser mais específica na escadaria do metrô Sé com uma amiga advogada. Ela muito bem vestida com saia justa, camisa branca, meia fina escura e salto alto, quando de forma repentina perdeu o equilíbrio e... caiu. A nossa reação, tanto a dela quanto a minha, num primeiro momento foi de espanto, em seguida, no caso dela de vergonha, pois todos os olhares se voltaram para ela e no meu de tentar ajudá- -la a se levantar. Tão logo a ajudei, após notar o enorme rasgo na meia de uma das suas pernas, vendo que ela estava bem não pude me conter e comecei a rir. A princípio de forma discreta e ela não sabe se, por nervosismo ou pela situação bizarra que se encontrava, me acompanhou e depois juntas gargalhamos enquanto rapidamente nos afastávamos dos olhares indiscretos e risonhos a nossa volta. Tem pessoas também que nos fazem rir pelo simples motivo de ao contar uma história, por mais desinteressante que seja, dão uma entonação diferente, interpretam, gesticulam, fazem uma careta mexendo com nossos mecanismos pessoais e surge então a primeira risada e depois outra e mais outra, conforme o andamento da história e nas subsequentes. Agora quer situação mais constrangedora que em um velório quando todos estão tão comovidos, enlutados, sentidos pela morte inesperada ou não de alguém querido, conversando de forma silenciosa e respeitosa. Surge então de forma repentina, do fundo da sala uma sonora risada de um grupinho que acabou de escutar uma boa piada e se esqueceu do local em que se encontrava. Não tem também como não deixar de rir das tiradas que as crianças em sua inocência falam ou perguntam. Estávamos no Guarujá, sentados, nos preparando para almoçar quando meu pai trouxe uma bandeja enorme de graúdos camarões com casca e cabeça completa e a colocou no centro da mesa. Meu filho do meio, na época com quatro anos, olhou admirado para os crustáceos e disse: “Vovô não sabia que camarão tinha zóios”. De qualquer forma, rir é muito bom para a saúde. Estimula de forma considerável os músculos faciais, evitando rugas. Deixa-nos mais bonitos, com a fisionomia mais leve, tipo propaganda de pasta de dentes, margarina ou carne friboi. Boas risadas após uma noitada de boa comida, companhia especial e ótima safra de vinho então nem se fala. Rir espanta os maus fluidos e recarrega de boas energias. Se você não faz isso com frequência, experimente, pois é uma ótima receita e é totalmente grátis.
  • 7. O Bandeirante - Outubro 2014 7 Livros em destaque HELMUT ADOLF MATARÉ “A Bíblia tão desconhecida - um estudo imparcial” Legnar Editora - SP O autor apresenta neste livro uma visão toda pessoal da Bíblia e se propõe a uma análise aprofundada dos 73 livros que a compõe. Escrito em 2001, logo após o atentado de 11 de setembro, o autor se debruça sobre as escrituras para tentar responder, dentre outras, questões como: “A guerra contra o terror eclodiu inopinada! Estamos preparados, nós, seguidores da Palavra de Deus, para uma luta ideológica entre o ocidente e o oriente?” WALTER WHITTON HARRIS “O Castelo da Colina” Legnar Editora - SP Este é o quarto romance do autor e foi ambientado num pequeno reino ao norte da Península Itálica, duran-te a Idade Média. Com habilidade e desenvoltura, Walter Harris trans-porta os leitores para dentro de uma história cheia de mistérios e roman-ce, que se desenrola em torno da morte de um influente nobre. Muitas intrigas,amores e traições na família, dominada pelo Castelo da Colina, proporcionarão deleite de quem folhear as páginas deste livro, que encanta do começo ao fim. Aquisições e informações: wwharris@gmail.com O trecho abaixo é parte de uma crônica de um dos autores da SOBRAMES-SP, já publicada anteriormente numa de nossas COLETÂNEAS. Você consegue identificar o autor? Resposta na próxima edição. Endereços e horários Pizzas Literárias: Pizzaria Bonde Paulista. Rua Oscar Freire, 1.597 - a partir de 19h00. Balada Literária: APM - Espaço Maracá - Av. Brigadei-ro Luís Antônio, 278 - 11º. andar - das 18h30 às 22h00 Reuniões de Diretoria: Sede da SOBRAMES-SP na APM - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 7º. andar - Sala 1 - às 19h00 Esta agenda está sujeita a alterações em decorrência de fatores não previstos quando de sua elaboração O trecho da edição anterior pertence à poesia “Rendição”, de Josyanne Rita de Arruda Franco, que foi publicada na página 166 da coletânea “A Pizza Literária - nona fornada” de 2006. Que tal reler essa poesia na íntegra, além de outros textos dos talentosos autores da SOBRAMES presentes naquela edição? PIZZAS LITERÁRIAS Realizadas na terceira quinta-feira de cada mês JAN - 16 FEV - 20 MAR - 2O ABR - 24 MAI - 15 JUN - 26 JUL - 17 AGO - 21 SET - 18 OUT - 16 NOV - 13* DEZ - 18 *ATENÇÃO Em virtude de feriados, as datas das reuniões de Abril, Junho e Novembro foram modificadas CONGRESSO NACIONAL OUT - 08 a 12 Recife - PE ELEIÇÕES JUL - 17 Prazo final para a inscrição de chapas concorrentes SET - 18 Eleição BALADA LITERÁRIA MAI - 30 NOV - 07 COLETÂNEA 2014 FEV Divulgação das regras e início das adesões de autores NOV - 07 Lançamento REUNIÕES DE DIRETORIA Primeira quinta-feira do mês Relendo CONFIRMADO REALIZADO “Olho... buscando outros olhos. Meu peito palpita amores, Paz, quietude sem dores Aos pés da longa madrugada.” (...) É através do aprimoramento dos sentidos e do acúmulo de conhecimentos que se vai “afinando” o cérebro, seu catalisador, para a tão pretensa perfeição que o homem busca atingir. (...)
  • 8. NOITE DE FESTA E ALEGRIA Soprando velinhas em comemoração aos 26 anos de existência, a SOBRAMES-SP festejou, durante a Pizza Literária do dia 18 de setembro, com o que mais lhe apraz: apresentação de belos textos e muita alegria. Na oportunidade contou com a presença de amáveis visitantes: José Luiz Ferraz Luz, Alberto Francisco Sabbagi e Janaína de Castro Galvão (de São Paulo); Lilian Maial (do Rio de Janeiro); Claúdia Rejane Correia dos Santos e Anienne Barbosa Gusmão do Nascimento (de Alagoas). TOMANDO POSSE Na mesma oportunidade, Anienne Barbosa Gusmão do Nascimento aproveitou a visita que fez à capital paulista para oficializar sua posse como membro titular da Sobrames-SP. Ela foi apresentada pelo sobramista Marcos Gimenes Salun, reforçando um vínculo que se iniciou através do facebook e que se consolidou numa amizade entre eles, culminando com o convite e o ingresso da médica alagoana na regional paulista. ASSEMBLEIA E ELEIÇÃO No dia 18 de setembro, também realizou-se Assembleia Geral Ordinária durante a qual foi eleita a nova diretoria para o biênio 2015-2016, assim constituída: Carlos Augusto Ferreira Galvão (Presidente); Márcia Etelli Coelho (Vice- Presidente); Marcos Gimenes Salun (Primeiro-Secretário); Maria do Céu Coutinho Louzã (Segunda-Secretária); Helio Begliomini; (Primeiro-Tesoureiro); Aida Lúcia Pullin Dal Sasso Begliomini (Segunda-Tesoureira); Josyanne Rita de Arruda Franco, José Alberto Vieira e Roberto Antonio Aniche (Conselho Fiscal Efetivo); Alcione Alcântara Gonçalves, Geovah Paulo da Cruz e Mércia Lucia de Melo Neves Chade (Conselho Fiscal Suplente). Os sobramistas eleitos, empenhados em colaborar para que as atividades da Sobrames-SP prosperem com ética e harmonia, tomarão posse na Pizza Literária do dia 18 de dezembro. ALCIONE CONDECORADO Em agosto o sobramista Alcione Alcântara Gonçalves recebeu o título de Membro Honorário da Academia Estudantil de Letras e Artes de Tupã. LIVRO PREMIADO O livro VIELAS DA VIDA de Alcione Alcântara Gonçalves recebeu Medalha de Ouro da Câmara do Livro da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias (RJ).