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APONTAMENTOS SOBRE A INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO1
Fabiana Cristina da Silva2
Lidiane Cristine Dutra de Oliveira3
Valéria Nazário da Silva Santos4
RESUMO
Este trabalho apresenta uma reflexão acerca da influência dos valores religiosos na escolha
dos discentes do Centro Universitário Una/Barreiro pelo curso de Serviço Social e da
interferência desses valores nas práticas profissionais dos assistentes sociais. Para tanto,
pretendeu-se conhecer o perfil dos graduandos do primeiro e oitavo módulos desta
instituição por meio entrevistas. Buscou-se ainda perceber se há uma influência de valores
religiosos como a caridade e a ajuda ao próximo nas intenções interventivas por meio de
práticas fundamentadas, por exemplo, no âmbito da política de Assistência Social. Posto
isso, procura-se compreender se os graduandos a concebem como ajuda ou a visualizam na
perspectiva de política pública se distanciando de uma ótica fundamentada pelos valores
religiosos. Os resultados apontam que na atualidade há influência dos valores religiosos na
escolha do curso e que, na prática, ainda é perceptível a sua prevalência. No entanto, sem
desconsiderar a religiosidade dos discentes e dos profissionais, considera-se que cabe a eles
propor um distanciamento na prática dos seus valores pessoais e religiosos, mesmo não se
acreditando que existe neutralidade na atuação. Portanto, a partir dessa postura, espera-se
que o profissional reflita sobre o atual Projeto Ético-Político do Serviço Social reafirmando
uma proposta de comprometimento do Serviço Social para com a busca pela garantia de
direitos dos sujeitos de sua atuação e a promoção da cidadania.
Palavras-chave: Serviço Social crítico, Religião, Discentes de Serviço Social.
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Este artigo é resultado de uma pesquisa elaborada para o Trabalho de Conclusão de Curso das referidas autoras,
como requisito para obtenção do título de bacharel no curso de Serviço Social do Centro Universitário Una.
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Este artigo é resultado de uma pesquisa elaborada para o Trabalho de Conclusão de Curso das referidas autoras,
como requisito para obtenção do título de bacharel no curso de Serviço Social do Centro Universitário Una.
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Graduada em Serviço Social pelo Centro Universitário Una.
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Graduada em Serviço Social pelo Centro Universitário Una.
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INTRODUÇÃO
Este trabalho discute a possível influência dos valores religiosos, como a caridade e
a ajuda, na escolha dos discentes pelo curso de Serviço Social do Centro Universitário
Una/Barreiro e nas intenções interventivas por meio de práticas fundamentadas, por
exemplo, no âmbito da política de Assistência Social.
O estudo de tal temática torna-se relevante por existirem, até o presente momento,
poucas produções teóricas acerca do perfil profissional dos assistentes sociais e,
principalmente, dos graduandos de tal curso. Essa afirmativa pode ser percebida quando se
constata que “[...] na literatura nacional, o perfil dos assistentes sociais não despertou
interesse nem mesmo entre seus próprios membros. Poucos são os estudos que chegaram a
ter algum destaque ao tratar do tema” (SIMÕES, 2009, p.35).
Nessa pesquisa optou-se pela concepção teórica marxista, uma vez que se percebe
uma interlocução da mesma corrente de pensamento com o Serviço Social, o que
possibilitou uma nova configuração na profissão e na atuação dos assistentes sociais. Isso
resultou na afirmação de um debate crítico em torno do Projeto Ético-Político profissional,
direcionando o Serviço Social para uma intervenção voltada para a viabilização de direitos
sociais e de políticas em busca da defesa da cidadania.
Como forma de viabilizar o estudo, realizou-se um trabalho de campo no Centro
Universitário UNA no campus Barreiro, em Belo Horizonte. O referido trabalho de campo
ocorreu nos meses de outubro e novembro de 2010. Isso resultou nessa pesquisa que
compreendeu o período de 2010 a 2012. Os sujeitos envolvidos no trabalho de campo foram
discentes ingressantes e concluintes do curso de Serviço Social, regularmente matriculados
no período noturno dessa instituição de ensino.
A pesquisa teve um caráter quantitativo e qualitativo, sendo também utilizados
como instrumentais o questionário e as entrevistas. Optou-se pela aplicação de uma
entrevista semi-estruturada e direta com o auxílio da técnica de grupo focal. Como forma de
garantir o sigilo absoluto sobre as informações prestadas pelos sujeitos da pesquisa - sigilo
este resguardado pela Resolução 196/96 - foram criados nomes substitutos para as
entrevistadas. Os nomes utilizados para as entrevistadas do primeiro módulo foram Violeta,
Margarida e Rosa. Já para as entrevistadas do oitavo módulo foram utilizados os nomes
Hortência, Acácia, Magnólia e Girassol.
3
1. Conservadorismo e renovação no Serviço Social
Historicamente, o Serviço Social, como profissão inserida na divisão sócio-técnica
do trabalho, teve início em meados do século XVIII na Europa. Com a Revolução Industrial,
ocorrida inicialmente na Inglaterra, a introdução da figura dos operários aliada à
generalização do trabalho assalariado, assim como de diversas formas de exploração,
contribuiu para a concentração dos meios de produção e do lucro nas mãos da classe
burguesa. Conforme Martinelli (1991), as relações sociais se alteraram, o mundo ocidental
dividiu-se entre classe dominante composta pela burguesia e classe subalterna representada
pelos trabalhadores assalariados.
Dessa forma, constataram-se péssimas condições de trabalho e de habitação para a
classe operária e, em meio a essa contextualização, originou-se também o chamado exército
industrial de reserva que se constituía num grande contingente de desempregados como
resultado do desenvolvimento das forças produtivas. A exploração desse sistema tornou
possível à classe trabalhadora desenvolver capacidades ideológicas com o intuito de criarem
organizações de luta contra essa dominação.
Iamamoto e Carvalho (2007) assinalam que o ingresso dessa classe no contexto
político fez com que emergisse uma nova configuração da chamada “questão social”5
, a qual
deu origem à profissão do Serviço Social como estratégia utilizada pela Burguesia, Estado e
Igreja para controlar tais manifestações que ameaçavam a ordem societária.
Como assinala Martinelli (1991), no ano de 1869, surgem em Londres os primeiros
agentes sociais que atuavam no âmbito da caridade e da assistência como auxiliadores no
processo de dominação e controle social. No Brasil, as bases para o surgimento da profissão
não foram diferentes. Inspirada no Serviço Social europeu e, majoritariamente composto por
mulheres, a origem da profissão se deu na década de 1930 - período em que se finalizou a
5
Conforme os autores mencionados, “[...] a questão social não é senão as expressões do processo de formação e
desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu
reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida
social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais
além da caridade e da repressão” (IAMAMOTO e CARVALHO, 2007, p.77). O autor Castel (2000) lembra ter
sido em 1830 a primeira vez que a expressão “Questão Social” se apresentou como conceito para ilustrar a
relação contraditória entre o capitalismo e o proletariado, ou seja, a questão social engloba todos os problemas
sociais que surgiram logo após a Revolução Industrial, são expressões negativas decorrentes do capitalismo.
4
República Velha dando início ao governo de Getúlio Vargas, caracterizado como paternalista
e populista.
Conforme Iamamoto e Carvalho (2007), assim como no contexto internacional, a
gênese do Serviço Social foi marcada por uma formação teórico-metodológica conservadora.
Nesse sentido, exerciam ações emergenciais e assistencialistas no âmbito da caridade e da
filantropia, em decorrência da grande influência dos valores e dogmas da Igreja Católica a
qual teve atuação direta na formação desses profissionais.
Segundo os autores mencionados, no período do surgimento das escolas de Serviço
Social, para ser um assistente social eram exigidas diversas características das pessoas que
exerceriam a profissão; o profissional deveria ser uma pessoa íntegra moralmente; ter um
preparo técnico; ter um grande sentimento de amor ao próximo; solicitar-se pelas injustiças
sociais, pela miséria e serem dotados de vontade. Inspirada no movimento de reinserção
social da Igreja Católica, em 1936 teve-se a criação da Escola de Serviço Social de São Paulo,
em 1937 e em 1938 a Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro.
De acordo com Iamamoto (2007), em meados dos anos 1940 e 1950, o Estado passa
a intervir nos processos de regulação social por meio de políticas públicas sociais. Nesse
cenário, é possível visualizar também a expansão de instituições sócio-assistenciais estatais,
paraestatais e autárquicas. Essas instituições possibilitaram ampliar o mercado de trabalho
para os assistentes sociais fazendo com que o Estado e a burguesia legitimassem e
institucionalizasse o Serviço Social o qual se transformou em um dos instrumentos para
executar as políticas públicas sociais.
Conforme Andrade (2008), no Brasil e na América Latina, as ações profissionais
sofreram influência norte-americana, incorporando as teorias estrutural-funcionalistas e de
metodologias de intervenção, como por exemplo, o Serviço Social de Caso, de Grupo e de
Comunidade. Nessas teorias não havia a preocupação de analisar a realidade como um todo,
não se questionava o motivo de uma sociedade composta pela desigualdade social e o
indivíduo era tido como responsável pela situação social em que se encontrava. Assim,
buscava-se que esses indivíduos estabelecessem entre si relações de ajuda mútua.
Essa contextualização da profissão sofre mudanças e, conforme Iamamoto (2007), a
partir dos meados da década de 1960 se inicia o chamado Movimento de Reconceituação do
Serviço Social. Trata-se de um processo de ruptura com a sua gênese conservadora,
5
ocasionando uma revisão crítica da base teórico-metodológico, ético-político e técnico-
operativo da profissão.
Netto (2009) pontua importantes acontecimentos que ocorreram nesse processo de
consolidação da renovação da profissão e destaca três direções desse movimento. A
primeira delas ocorreu nos meados da década de 1960 e norteou-se num viés modernizador
da profissão. Na década de 1970, ocorreu a segunda direção apontada pelo autor como
reatualização do conservadorismo, compreendida como articulação entre as bases
conservadoras que legitimaram o Serviço Social e alguns elementos integrantes da teoria
crítica marxista. A terceira direção também se dá na década de 1970 e refere-se à intenção
de ruptura com o Serviço Social tradicional.
Outro importante acontecimento histórico ilustrou os novos posicionamentos
adotados pelos profissionais do Serviço Social. Ocorrido no ano de 1979 o III Congresso
Brasileiro de Assistentes Sociais reafirmou a perspectiva renovadora da profissão e significou
esse processo de conscientização crítica profissional. Conforme Guerra (2009), o referido
congresso conhecido como “Congresso da Virada” diferenciou-se dos anteriores realizados
respectivamente nos anos de 1947 e 1961 marcados por discussões limitadas e
conservadoras.
Salienta-se que este Congresso significou um marco simbólico nesse processo de
conscientização crítica do Serviço Social, no entanto, tal reatualização se afirma
concretamente no Projeto-Ético-Político do Serviço Social. De acordo com Netto (1999), a
construção desse projeto, o qual conquistou a sua hegemonia no início dos anos 1990, se
deu a partir do envolvimento da categoria em diversos espaços de debates, discussão e
articulação entre os profissionais. O Código de Ética de 1993 foi resultado dessa renovação e
significou um avanço teórico e político e ainda representou um novo rumo na trajetória do
Serviço Social no Brasil.
2. Serviço Social e religião
Os acontecimentos históricos no Serviço Social que lhe atribuíram um caráter crítico
fizeram com que a profissão direcionasse novas bases para a sua fundamentação. Dessa
6
forma, nas décadas que se procederam, 1980 e 1990, o Serviço Social progrediu no que diz
respeito ao seu acervo ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo.
Tal progresso, nesse momento, se faz possível pela efetiva interlocução da teoria
social marxista com o Serviço Social, trazendo uma nova configuração do fazer profissional
aos assistentes sociais. De acordo com Mathis e Santana (2009), tal aproximação resulta em
meados da década de 1990 na afirmação de um debate em torno do Projeto Ético-Político
profissional de caráter progressista o qual, atualmente, reflete sobre tensões e lutas
derivadas de projetos societários antagônicos.
Faz-se necessário retomar a temática dessa pesquisa após contextualizar a profissão
na sua trajetória conservadora ao Movimento de Reconceituação. Assim, torna-se
imprescindível apresentar a religião e sua influência no campo das relações sociais, a partir
de uma análise marxista. Nesse sentido, a religião pode ser compreendida como uma
perspectiva ideológica, ou seja, ela é tida como um mecanismo de controle e alienação dos
sujeitos, que por meio do imaginário religioso são induzidos a aceitar as adversidades sociais
de forma pacífica acreditando que serão recompensados futuramente numa outra esfera
espiritual, ou então, entende o sofrimento como uma forma de punição dos pecados
cometidos.
Com isso, entende-se que “a religiosidade consiste em substituir o mundo real (o
mundo sem espírito) por um mundo imaginário (o mundo com espírito). Essa substituição do
real pelo imaginário é a grande tarefa da ideologia e por isso ela anestesia como o ópio”
(CHAUI, 1991, p.107-108).
A discussão acerca da possibilidade dos valores religiosos influenciarem ou não as
práticas profissionais dos assistentes sociais, principalmente os valores da Igreja Católica que
estaria relacionada diretamente ao surgimento do Serviço Social, remetendo também à
percepção do poder que a Igreja tem em influenciar a vida das pessoas em diversos aspectos
por meio de sua teoria e pelo uso da fé.
Firmo (2009) esclarece que apesar de existir tal processo de dominação exercido
pela Igreja, pode-se dizer que muitos indivíduos que são dominados pela alienação,
constroem seu paradigma oficial e seus próprios sistemas religiosos de contestação como
forma de se posicionarem contrários ao que já se encontrava tão consolidado pela história.
O autor exemplifica tal fato com o movimento denominado Teologia da Libertação, surgido
nos anos 1960 na América Latina. Esse movimento foi criado por membros progressistas da
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Igreja Católica que acreditam na divindade religiosa como fonte de libertação e
transformação e não como forma de controle e dominação, valores esses que por muitos
anos tiveram influência na formação profissional dos assistentes sociais.
Betto (2008) acrescenta que o Movimento em questão considera que os excluídos
socialmente devem atuar como sujeitos históricos e ativos no processo de transformação
societária. Com isso, ressalta que a fé dos pobres deve ser refletida e compreendida a partir
do seu envolvimento nas questões religiosas, estabelecendo assim uma relação horizontal
entre a Igreja e os fiéis. Entretanto, cabe destacar que, apesar da relevância que tal doutrina
representou no contexto social no que se refere à contestação da ordem vigente, se
constitui como uma ala da Igreja Católica e compartilha parte de seus valores e dogmas. E
mesmo, possuindo uma atuação mais crítica perante as manifestações da questão social tal
movimento se difere da atual configuração do Serviço Social.
3. Doutrinas religiosas e prática profissional
Nas entrevistas realizadas com as discentes, dentre outras análises, verificou-se as
religiões Católica, Protestante e Espírita como declaradas pelas mesmas. Ao se discutir a
respeito da doutrina das religiões, entende-se que existe na maioria delas uma concepção de
ajuda ao próximo, de caridade, do fazer bem às pessoas e foi visto que a origem do Serviço
Social esteve vinculada a esses valores. Simões (2009) também compartilha tal idéia e
elucida que “[...] as especificidades da composição religiosa entre os assistentes sociais é
uma decorrência da relação existente entre cada uma das religiões e a assistência social”
(SIMÕES, 2009, p.109). Cabe ressaltar que o autor menciona a assistência social a partir da
perspectiva utilizada pelo senso comum que a interpreta como caridade e filantropia.
Conforme Sposati (2007), em meio aos ambientes públicos e privados, a política de
Assistência Social também é permeada por práticas, pautadas nos princípios presentes nas
religiões, que a descaracterizam como direito. Salienta-se que a trajetória da prática de
assistência, até que se constituísse como política e consequentemente como um direito
garantido pela Constituição de 1988, perpassa a história do Serviço Social e da Igreja Católica
que tinha desde seus primórdios ações pautadas na ajuda, na caridade, na benemerência –
características próprias da assistência – e que deu base à formação da profissão.
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Nota-se que independente da religião que se reporte, seus princípios e dogmas
perpassam, seja no senso comum ou entre o próprio ambiente profissional, uma relação
com o Serviço Social remetendo à profissão uma imagem de ser a efetivação da prática do
bem e da caridade. Isso dificulta a reafirmação proposta pelo movimento de reatualização
profissional. No entanto, compreende-se ser delicada a discussão visto que engloba valores
dos discentes e também dos profissionais. Valores estes já enraizados, ainda que sejam
colocados em questionamento a partir da formação acadêmica do curso.
A partir disso foi questionado às graduandas do primeiro módulo se suas
orientações religiosas contribuíram na opção pelo curso de Serviço Social. Foi analisado
pelos relatos que para a maioria existe essa interferência, pois, percebeu-se nas falas a
vinculação da profissão com as noções de caridade e de assistencialismo. De acordo com
Rosa [...] “a religião influenciou muito porque eu sou espírita e a gente trabalha muito com a
caridade” (ENTREVISTADA ROSA, primeiro módulo).
Percebe-se que as idéias sobre o Serviço Social são acrescidas de concepções
equivocadas por alunos que iniciam o curso, no sentido de associá-lo à caridade, apesar de
que não se espera que adentrem ao curso com uma visão diferenciada desta devido, às
vezes, ao entendimento conservador que a sociedade ainda tem sobre a profissão.
Dessa forma, Simões (2007) afirma que os valores religiosos são motivadores
marcantes para o ingresso na profissão tendo a idéia de fazer o bem, de ajuda ao próximo e
da busca da justiça social. Entretanto, percebeu-se pelas entrevistadas do oitavo módulo
que tais valores não influenciaram na escolha do curso, apesar de declararam que possuem
algum tipo de religião. Entende-se que esta negação na declaração das graduandas do oitavo
módulo pode ser possível devido à interferência do processo de amadurecimento em
relação ao conteúdo teórico adquirido na vivência acadêmica.
De acordo ainda com Simões (2007), percebe-se que os valores religiosos agregados
pelas graduandas advêm de fatores inerentes a elas como a formação cultural e os
processos de socialização vivenciados. Para tanto, Belotti (2004) explica que para lidar com a
religião nesse sentido cultural é importante afastar-se de um conceito restrito de religião
buscando compreendê-la de forma mais ampla. A autora ainda entende que se deve buscar
entender o significado que as diferentes crenças e práticas religiosas possuem para quem as
adotam e dessa forma, a autora menciona que dentro da História Cultural, a religião é
concebida como algo que é construído historicamente.
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Sendo assim, torna-se compreensível que as discentes que tiveram vinculação com
alguma doutrina religiosa acabem associando certos preceitos com características da
profissão, até mesmo porque cabe relembrar que o surgimento do Serviço Social teve
influência direta do catolicismo. No entanto, entende-se que tal fato não se relaciona e não
justifica uma atuação profissional pautada em práticas conservadoras e direcionada numa
ótica de caridade e ajuda, visto que a concepção do curso, a partir de sua perspectiva crítica,
aponta para outros horizontes guiados por um compromisso ético com as classes
subalternas.
Com isso, outro aspecto abordado na entrevista com as graduandas de ambos os
módulos foi a possível influência da religião na futura atuação profissional, fator que
exemplifica os conflitos existentes na atuação do Serviço Social. Nesse sentido, é necessário
entender se e como os valores religiosos são colocados em prática pelos profissionais. Nesse
sentido, Simões (2005) argumenta que associar o sentido entre religiosos e a prática dos
assistentes sociais é um fato que se torna cada vez mais claro e constitutivo do Serviço
Social.
Nas entrevistas foi abordada essa questão da instrumentalização desses valores
religiosos nas práticas profissionais e percebeu-se que houve divergências nas informações
prestadas até mesmo entre as alunas do mesmo módulo. A entrevistada Violeta relata que
“[...] vai ter determinados momentos que a minha religião vai ajudar, principalmente em se
tratando da pessoa que precisar de um apoio espiritual, eu acho que eu vou poder ajudar
um pouco mais além da profissão [...]” (ENTREVISTADA VIOLETA, primeiro módulo).
Observa-se que o comentário em questão expressa determinadas visões de mundo,
nas quais a religião serve como fio condutor que descreve e prescreve a forma do indivíduo
agir na profissão. Tal fato torna-se reprovado e temido à medida que embasa a atuação do
profissional por meio de seus valores morais e religiosos tornando sua prática assistencialista
e fundamentada pela ajuda. Além disso, corre-se o risco do profissional julgar-se superior
aos sujeitos de seu trabalho, estabelecendo assim uma relação verticalizada e hierárquica ao
considerar seus valores como corretos em comparação com os valores dos indivíduos por ele
atendidos.
No entanto, como foi comentado, entre as próprias colegas há distinção de
pensamentos. A entrevistada Rosa relatou que buscará a neutralidade na sua atuação
profissional, tentando atender ao “cliente” independente de sua religião. Cabe destacar que
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a neutralidade relatada pela entrevistada supracitada remete à idéia de que os
conhecimentos científicos são imparciais não existindo interesses e juízos de valor implícitos.
Contudo, sabe-se que as interações sociais estabelecidas entre os profissionais e os sujeitos
de direitos são dotados de elementos objetivos e subjetivos. Assim sendo, não é possível se
estabelecer uma atuação profissional neutra.
Já no oitavo módulo todas as entrevistadas declararam que as suas respectivas
opções religiosas não influenciarão durante o seu exercício profissional como descreve a
entrevistada Hortência: “[...] nós trabalhamos com noção de direito, então, nós não
podemos, é, julgar e muito menos querer que o direito nosso seja do outro e que o do outro
seja nosso. Temos que respeitar as diferenças” (ENTREVISTADA HORTÊNCIA, oitavo módulo).
A dicotomia entre os relatos das alunas entrevistadas não excluem a discussão dos
embasamentos do Serviço Social pelas mesmas, ou seja, a religiosidade presente em seus
princípios não elimina a possibilidade de uma prática crítica. Conforme Loewenberg (1988,
apud Simões, 2005), compreender os valores e a imparcialidade do profissional na atuação
implica reconhecer que esses valores são componentes das decisões práticas dos
profissionais e é preciso entender que a adoção de valores na intervenção é feita, algumas
vezes, até mesmo de modo inconsciente pelos assistentes sociais. Sendo assim, Simões
(2005) reafirma que é importante que o profissional crie mecanismos de autocontrole para
que não haja influência dos seus valores para com os usuários dos serviços sociais.
4. Contemporaneidade do Serviço Social e valores religiosos: do respeito aos discentes e
profissionais à reflexão crítica de sua prática
Ressalta-se que não se busca construir uma recriminação ou aversão à religiosidade
dos graduandos ou dos assistentes sociais. Simões (2005) também compartilha desse
argumento ao destacar que identificar os valores religiosos dos profissionais com a profissão
não se constitui essencialmente em um problema, mas sim, saber lidar com esses valores na
prática sem torná-la uma convenção religiosa.
Entende-se então, ser necessário compreender que o assistente social assim como
qualquer outro ser é constituído por elementos de um processo social e cultural –
argumento novamente apresentado - onde detém sua subjetividade afetada por fatores
diretos e indiretos a ele. Assim, não se espera que o assistente social elimine os elementos
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que fazem parte de sua composição como ser social. Embasa-se nas idéias de Machado
(2011) que acredita que a formação profissional do assistente social não antecede o seu
modo de ser. O autor explica que o ethos profissional6
se determina por meio de sua
formação sócio-histórica e que cabe considerar esse processo o qual ultrapassa os
horizontes acadêmicos.
Por isso, acredita-se ser difícil haver total neutralidade na sua prática profissional.
De acordo com Barroco (2006), é impossível não existir influências de nossas concepções
morais e subjetivas no exercício profissional, o que não significa que tais concepções
determinarão nossas ações. Para tanto, Santos (2010) elucida que como forma de
possibilitar um distanciamento desses valores na prática profissional, existe a ética que se
incube de refletir os valores e a moral e que deve estar presente em qualquer tomada de
decisão.
Portanto, indaga-se se o graduando, em especial do oitavo módulo e nem tanto o
do primeiro módulo, é capaz de analisar a conjuntura histórica da profissão remetendo-a a
atual proposta do Serviço Social. Questiona-se se o graduando do curso reflete sobre as
conseqüências profissionais que o seu conteúdo subjetivo possa provocar caso se sobressaia
ao agir ético. Também se pergunta em que medida o assistente social realiza uma
ponderação no cotidiano sobre a sua atuação; como esse profissional avalia suas práticas e
instrumentais de trabalho; como percebe os sujeitos e as políticas públicas sociais que
demandam sua atuação; de que forma compreende a dinâmica da realidade na qual se
insere; que visão possui sobre os impactos dos seus valores, sejam morais ou religiosos, sob
o exercício profissional e como propõe uma atuação que busque se distanciar dessa
interferência.
Contudo procura-se, devido constatar que na atualidade há influência dos valores
religiosos na escolha do curso e que na prática ainda é perceptível a sua prevalência,
apresentar aos graduandos e profissionais a importância de seu acervo subjetivo. Com isso,
busca-se eliminar uma perspectiva que visualize de forma negativa esses sujeitos como se os
assistentes sociais tivessem que se abster de determinadas experiências vivenciadas em suas
vidas, antes de iniciarem o curso.
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O autor define o ethos profissional como uma atividade reflexiva da ação do assistente social no seu âmbito
profissional e desenvolve uma discussão desse ethos enquanto a constituição do ser que ultrapassa sua formação
profissional.
12
Portanto, ressalta-se que se defende um Serviço Social que contribua, de fato, para
promoção da autonomia e empoderamento dos sujeitos sociais, a fim de participarem
ativamente no processo de construção de uma sociedade mais igualitária e democrática. E
que proponha aos profissionais uma base que busque dialogar não só acerca das próprias
contradições do sistema, mas principalmente, as divergências encontradas dentro do
próprio âmbito profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que as religiões elencadas nas entrevistas têm uma relação com as
concepções de ajuda, benevolência e caridade, o que caracterizava a atuação dos assistentes
sociais na origem da profissão. Tais concepções também estiveram presentes no contexto
dos primórdios da Assistência Social o que, na atualidade, contribui para dificultar a
compreensão da mesma como política pública e direito do cidadão que dela necessitar.
Ao abordar a questão da religiosidade das discentes e dos profissionais, não se
pretendeu criticar negativamente os seus valores, uma vez que se compreende que o sujeito
é dotado de uma subjetividade constituída por fatores exteriores e por uma formação
cultural. No entanto, defende-se que é preciso saber lidar com esses valores na prática sem
torná-los parte do arcabouço técnico-operativo.
Constatou-se que pelas discentes do primeiro módulo não existe discernimento
entre concepções religiosas e o Serviço Social, apesar de que é compreensível pelo fato de
não terem vivenciado o processo de formação acadêmica. Contudo, as graduandas do oitavo
módulo situam a profissão num contexto crítico e afirmam não existir influência dos dogmas
religiosos nas futuras intervenções.
Portanto, constata-se que na atualidade há influência dos valores religiosos na
escolha do curso e que na prática ainda é perceptível a sua prevalência. Caso a atuação seja
embasada em concepções religiosas, o exercício profissional do assistente social estará
sujeito a um retrocesso aproximando-se novamente da sua caracterização embrionária.
Dessa forma, torna-se visível a relevância de discussões na categoria em torno da
fundamentação contemporânea de sua prática, a qual preconiza um profissional direcionado
a um projeto de transformação social. Entende-se ser necessário ainda que o profissional
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reflita sobre o atual Projeto Ético Político reafirmando, assim, uma proposta de
comprometimento do Serviço Social para com a classe trabalhadora.
A partir disso, espera-se que o graduando e o assistente social cogitem sobre as
conseqüências profissionais que o seu conteúdo subjetivo possa provocar, caso se
sobressaia ao agir ético. Isso porque o curso possibilita um arcabouço teórico-metodológico
que proporcione a esse profissional adquirir alternativas de intervenção que não se limitem
às práticas cristalizadas pelos precursores da profissão.
Defende-se que deve existir no espaço da profissão uma compreensão pelo
processo de formação do graduando anterior a seu processo de amadurecimento
acadêmico, fato este que não deixa de considerar a complexidade do seu contexto. Entende-
se que assim, compreendendo o próprio universo discente e profissional, facilita a
compreensão do caráter contraditório do Serviço Social em atuar na mediação entre
capitalismo e classe trabalhadora.
Em suma, por meio dessas reflexões percebeu-se que as dimensões de competência
contemporânea do Serviço Social englobadas na discussão da instrumentalidade, caso sejam
influenciadas pela presença dos valores religiosos dos profissionais, terão seu fundamento
afetado por aspectos que atribuem às ações dos assistentes sociais um caráter conservador
e distanciado de perspectivas direcionadas à busca pela garantia de direitos, portanto,
distante do nosso Projeto Ético Político.
14
REFERÊNCIAS
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<http://seer.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/viewPDFInterstitial/13/78> Acesso em16
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APONTAMENTOS SOBRE A INFLUÊNCIA RELIGIOSA- PROFISSÃO

  • 1. 1 APONTAMENTOS SOBRE A INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO1 Fabiana Cristina da Silva2 Lidiane Cristine Dutra de Oliveira3 Valéria Nazário da Silva Santos4 RESUMO Este trabalho apresenta uma reflexão acerca da influência dos valores religiosos na escolha dos discentes do Centro Universitário Una/Barreiro pelo curso de Serviço Social e da interferência desses valores nas práticas profissionais dos assistentes sociais. Para tanto, pretendeu-se conhecer o perfil dos graduandos do primeiro e oitavo módulos desta instituição por meio entrevistas. Buscou-se ainda perceber se há uma influência de valores religiosos como a caridade e a ajuda ao próximo nas intenções interventivas por meio de práticas fundamentadas, por exemplo, no âmbito da política de Assistência Social. Posto isso, procura-se compreender se os graduandos a concebem como ajuda ou a visualizam na perspectiva de política pública se distanciando de uma ótica fundamentada pelos valores religiosos. Os resultados apontam que na atualidade há influência dos valores religiosos na escolha do curso e que, na prática, ainda é perceptível a sua prevalência. No entanto, sem desconsiderar a religiosidade dos discentes e dos profissionais, considera-se que cabe a eles propor um distanciamento na prática dos seus valores pessoais e religiosos, mesmo não se acreditando que existe neutralidade na atuação. Portanto, a partir dessa postura, espera-se que o profissional reflita sobre o atual Projeto Ético-Político do Serviço Social reafirmando uma proposta de comprometimento do Serviço Social para com a busca pela garantia de direitos dos sujeitos de sua atuação e a promoção da cidadania. Palavras-chave: Serviço Social crítico, Religião, Discentes de Serviço Social. 1 Este artigo é resultado de uma pesquisa elaborada para o Trabalho de Conclusão de Curso das referidas autoras, como requisito para obtenção do título de bacharel no curso de Serviço Social do Centro Universitário Una. 2 Este artigo é resultado de uma pesquisa elaborada para o Trabalho de Conclusão de Curso das referidas autoras, como requisito para obtenção do título de bacharel no curso de Serviço Social do Centro Universitário Una. 3 Graduada em Serviço Social pelo Centro Universitário Una. 4 Graduada em Serviço Social pelo Centro Universitário Una.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO Este trabalho discute a possível influência dos valores religiosos, como a caridade e a ajuda, na escolha dos discentes pelo curso de Serviço Social do Centro Universitário Una/Barreiro e nas intenções interventivas por meio de práticas fundamentadas, por exemplo, no âmbito da política de Assistência Social. O estudo de tal temática torna-se relevante por existirem, até o presente momento, poucas produções teóricas acerca do perfil profissional dos assistentes sociais e, principalmente, dos graduandos de tal curso. Essa afirmativa pode ser percebida quando se constata que “[...] na literatura nacional, o perfil dos assistentes sociais não despertou interesse nem mesmo entre seus próprios membros. Poucos são os estudos que chegaram a ter algum destaque ao tratar do tema” (SIMÕES, 2009, p.35). Nessa pesquisa optou-se pela concepção teórica marxista, uma vez que se percebe uma interlocução da mesma corrente de pensamento com o Serviço Social, o que possibilitou uma nova configuração na profissão e na atuação dos assistentes sociais. Isso resultou na afirmação de um debate crítico em torno do Projeto Ético-Político profissional, direcionando o Serviço Social para uma intervenção voltada para a viabilização de direitos sociais e de políticas em busca da defesa da cidadania. Como forma de viabilizar o estudo, realizou-se um trabalho de campo no Centro Universitário UNA no campus Barreiro, em Belo Horizonte. O referido trabalho de campo ocorreu nos meses de outubro e novembro de 2010. Isso resultou nessa pesquisa que compreendeu o período de 2010 a 2012. Os sujeitos envolvidos no trabalho de campo foram discentes ingressantes e concluintes do curso de Serviço Social, regularmente matriculados no período noturno dessa instituição de ensino. A pesquisa teve um caráter quantitativo e qualitativo, sendo também utilizados como instrumentais o questionário e as entrevistas. Optou-se pela aplicação de uma entrevista semi-estruturada e direta com o auxílio da técnica de grupo focal. Como forma de garantir o sigilo absoluto sobre as informações prestadas pelos sujeitos da pesquisa - sigilo este resguardado pela Resolução 196/96 - foram criados nomes substitutos para as entrevistadas. Os nomes utilizados para as entrevistadas do primeiro módulo foram Violeta, Margarida e Rosa. Já para as entrevistadas do oitavo módulo foram utilizados os nomes Hortência, Acácia, Magnólia e Girassol.
  • 3. 3 1. Conservadorismo e renovação no Serviço Social Historicamente, o Serviço Social, como profissão inserida na divisão sócio-técnica do trabalho, teve início em meados do século XVIII na Europa. Com a Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra, a introdução da figura dos operários aliada à generalização do trabalho assalariado, assim como de diversas formas de exploração, contribuiu para a concentração dos meios de produção e do lucro nas mãos da classe burguesa. Conforme Martinelli (1991), as relações sociais se alteraram, o mundo ocidental dividiu-se entre classe dominante composta pela burguesia e classe subalterna representada pelos trabalhadores assalariados. Dessa forma, constataram-se péssimas condições de trabalho e de habitação para a classe operária e, em meio a essa contextualização, originou-se também o chamado exército industrial de reserva que se constituía num grande contingente de desempregados como resultado do desenvolvimento das forças produtivas. A exploração desse sistema tornou possível à classe trabalhadora desenvolver capacidades ideológicas com o intuito de criarem organizações de luta contra essa dominação. Iamamoto e Carvalho (2007) assinalam que o ingresso dessa classe no contexto político fez com que emergisse uma nova configuração da chamada “questão social”5 , a qual deu origem à profissão do Serviço Social como estratégia utilizada pela Burguesia, Estado e Igreja para controlar tais manifestações que ameaçavam a ordem societária. Como assinala Martinelli (1991), no ano de 1869, surgem em Londres os primeiros agentes sociais que atuavam no âmbito da caridade e da assistência como auxiliadores no processo de dominação e controle social. No Brasil, as bases para o surgimento da profissão não foram diferentes. Inspirada no Serviço Social europeu e, majoritariamente composto por mulheres, a origem da profissão se deu na década de 1930 - período em que se finalizou a 5 Conforme os autores mencionados, “[...] a questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais além da caridade e da repressão” (IAMAMOTO e CARVALHO, 2007, p.77). O autor Castel (2000) lembra ter sido em 1830 a primeira vez que a expressão “Questão Social” se apresentou como conceito para ilustrar a relação contraditória entre o capitalismo e o proletariado, ou seja, a questão social engloba todos os problemas sociais que surgiram logo após a Revolução Industrial, são expressões negativas decorrentes do capitalismo.
  • 4. 4 República Velha dando início ao governo de Getúlio Vargas, caracterizado como paternalista e populista. Conforme Iamamoto e Carvalho (2007), assim como no contexto internacional, a gênese do Serviço Social foi marcada por uma formação teórico-metodológica conservadora. Nesse sentido, exerciam ações emergenciais e assistencialistas no âmbito da caridade e da filantropia, em decorrência da grande influência dos valores e dogmas da Igreja Católica a qual teve atuação direta na formação desses profissionais. Segundo os autores mencionados, no período do surgimento das escolas de Serviço Social, para ser um assistente social eram exigidas diversas características das pessoas que exerceriam a profissão; o profissional deveria ser uma pessoa íntegra moralmente; ter um preparo técnico; ter um grande sentimento de amor ao próximo; solicitar-se pelas injustiças sociais, pela miséria e serem dotados de vontade. Inspirada no movimento de reinserção social da Igreja Católica, em 1936 teve-se a criação da Escola de Serviço Social de São Paulo, em 1937 e em 1938 a Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro. De acordo com Iamamoto (2007), em meados dos anos 1940 e 1950, o Estado passa a intervir nos processos de regulação social por meio de políticas públicas sociais. Nesse cenário, é possível visualizar também a expansão de instituições sócio-assistenciais estatais, paraestatais e autárquicas. Essas instituições possibilitaram ampliar o mercado de trabalho para os assistentes sociais fazendo com que o Estado e a burguesia legitimassem e institucionalizasse o Serviço Social o qual se transformou em um dos instrumentos para executar as políticas públicas sociais. Conforme Andrade (2008), no Brasil e na América Latina, as ações profissionais sofreram influência norte-americana, incorporando as teorias estrutural-funcionalistas e de metodologias de intervenção, como por exemplo, o Serviço Social de Caso, de Grupo e de Comunidade. Nessas teorias não havia a preocupação de analisar a realidade como um todo, não se questionava o motivo de uma sociedade composta pela desigualdade social e o indivíduo era tido como responsável pela situação social em que se encontrava. Assim, buscava-se que esses indivíduos estabelecessem entre si relações de ajuda mútua. Essa contextualização da profissão sofre mudanças e, conforme Iamamoto (2007), a partir dos meados da década de 1960 se inicia o chamado Movimento de Reconceituação do Serviço Social. Trata-se de um processo de ruptura com a sua gênese conservadora,
  • 5. 5 ocasionando uma revisão crítica da base teórico-metodológico, ético-político e técnico- operativo da profissão. Netto (2009) pontua importantes acontecimentos que ocorreram nesse processo de consolidação da renovação da profissão e destaca três direções desse movimento. A primeira delas ocorreu nos meados da década de 1960 e norteou-se num viés modernizador da profissão. Na década de 1970, ocorreu a segunda direção apontada pelo autor como reatualização do conservadorismo, compreendida como articulação entre as bases conservadoras que legitimaram o Serviço Social e alguns elementos integrantes da teoria crítica marxista. A terceira direção também se dá na década de 1970 e refere-se à intenção de ruptura com o Serviço Social tradicional. Outro importante acontecimento histórico ilustrou os novos posicionamentos adotados pelos profissionais do Serviço Social. Ocorrido no ano de 1979 o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais reafirmou a perspectiva renovadora da profissão e significou esse processo de conscientização crítica profissional. Conforme Guerra (2009), o referido congresso conhecido como “Congresso da Virada” diferenciou-se dos anteriores realizados respectivamente nos anos de 1947 e 1961 marcados por discussões limitadas e conservadoras. Salienta-se que este Congresso significou um marco simbólico nesse processo de conscientização crítica do Serviço Social, no entanto, tal reatualização se afirma concretamente no Projeto-Ético-Político do Serviço Social. De acordo com Netto (1999), a construção desse projeto, o qual conquistou a sua hegemonia no início dos anos 1990, se deu a partir do envolvimento da categoria em diversos espaços de debates, discussão e articulação entre os profissionais. O Código de Ética de 1993 foi resultado dessa renovação e significou um avanço teórico e político e ainda representou um novo rumo na trajetória do Serviço Social no Brasil. 2. Serviço Social e religião Os acontecimentos históricos no Serviço Social que lhe atribuíram um caráter crítico fizeram com que a profissão direcionasse novas bases para a sua fundamentação. Dessa
  • 6. 6 forma, nas décadas que se procederam, 1980 e 1990, o Serviço Social progrediu no que diz respeito ao seu acervo ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo. Tal progresso, nesse momento, se faz possível pela efetiva interlocução da teoria social marxista com o Serviço Social, trazendo uma nova configuração do fazer profissional aos assistentes sociais. De acordo com Mathis e Santana (2009), tal aproximação resulta em meados da década de 1990 na afirmação de um debate em torno do Projeto Ético-Político profissional de caráter progressista o qual, atualmente, reflete sobre tensões e lutas derivadas de projetos societários antagônicos. Faz-se necessário retomar a temática dessa pesquisa após contextualizar a profissão na sua trajetória conservadora ao Movimento de Reconceituação. Assim, torna-se imprescindível apresentar a religião e sua influência no campo das relações sociais, a partir de uma análise marxista. Nesse sentido, a religião pode ser compreendida como uma perspectiva ideológica, ou seja, ela é tida como um mecanismo de controle e alienação dos sujeitos, que por meio do imaginário religioso são induzidos a aceitar as adversidades sociais de forma pacífica acreditando que serão recompensados futuramente numa outra esfera espiritual, ou então, entende o sofrimento como uma forma de punição dos pecados cometidos. Com isso, entende-se que “a religiosidade consiste em substituir o mundo real (o mundo sem espírito) por um mundo imaginário (o mundo com espírito). Essa substituição do real pelo imaginário é a grande tarefa da ideologia e por isso ela anestesia como o ópio” (CHAUI, 1991, p.107-108). A discussão acerca da possibilidade dos valores religiosos influenciarem ou não as práticas profissionais dos assistentes sociais, principalmente os valores da Igreja Católica que estaria relacionada diretamente ao surgimento do Serviço Social, remetendo também à percepção do poder que a Igreja tem em influenciar a vida das pessoas em diversos aspectos por meio de sua teoria e pelo uso da fé. Firmo (2009) esclarece que apesar de existir tal processo de dominação exercido pela Igreja, pode-se dizer que muitos indivíduos que são dominados pela alienação, constroem seu paradigma oficial e seus próprios sistemas religiosos de contestação como forma de se posicionarem contrários ao que já se encontrava tão consolidado pela história. O autor exemplifica tal fato com o movimento denominado Teologia da Libertação, surgido nos anos 1960 na América Latina. Esse movimento foi criado por membros progressistas da
  • 7. 7 Igreja Católica que acreditam na divindade religiosa como fonte de libertação e transformação e não como forma de controle e dominação, valores esses que por muitos anos tiveram influência na formação profissional dos assistentes sociais. Betto (2008) acrescenta que o Movimento em questão considera que os excluídos socialmente devem atuar como sujeitos históricos e ativos no processo de transformação societária. Com isso, ressalta que a fé dos pobres deve ser refletida e compreendida a partir do seu envolvimento nas questões religiosas, estabelecendo assim uma relação horizontal entre a Igreja e os fiéis. Entretanto, cabe destacar que, apesar da relevância que tal doutrina representou no contexto social no que se refere à contestação da ordem vigente, se constitui como uma ala da Igreja Católica e compartilha parte de seus valores e dogmas. E mesmo, possuindo uma atuação mais crítica perante as manifestações da questão social tal movimento se difere da atual configuração do Serviço Social. 3. Doutrinas religiosas e prática profissional Nas entrevistas realizadas com as discentes, dentre outras análises, verificou-se as religiões Católica, Protestante e Espírita como declaradas pelas mesmas. Ao se discutir a respeito da doutrina das religiões, entende-se que existe na maioria delas uma concepção de ajuda ao próximo, de caridade, do fazer bem às pessoas e foi visto que a origem do Serviço Social esteve vinculada a esses valores. Simões (2009) também compartilha tal idéia e elucida que “[...] as especificidades da composição religiosa entre os assistentes sociais é uma decorrência da relação existente entre cada uma das religiões e a assistência social” (SIMÕES, 2009, p.109). Cabe ressaltar que o autor menciona a assistência social a partir da perspectiva utilizada pelo senso comum que a interpreta como caridade e filantropia. Conforme Sposati (2007), em meio aos ambientes públicos e privados, a política de Assistência Social também é permeada por práticas, pautadas nos princípios presentes nas religiões, que a descaracterizam como direito. Salienta-se que a trajetória da prática de assistência, até que se constituísse como política e consequentemente como um direito garantido pela Constituição de 1988, perpassa a história do Serviço Social e da Igreja Católica que tinha desde seus primórdios ações pautadas na ajuda, na caridade, na benemerência – características próprias da assistência – e que deu base à formação da profissão.
  • 8. 8 Nota-se que independente da religião que se reporte, seus princípios e dogmas perpassam, seja no senso comum ou entre o próprio ambiente profissional, uma relação com o Serviço Social remetendo à profissão uma imagem de ser a efetivação da prática do bem e da caridade. Isso dificulta a reafirmação proposta pelo movimento de reatualização profissional. No entanto, compreende-se ser delicada a discussão visto que engloba valores dos discentes e também dos profissionais. Valores estes já enraizados, ainda que sejam colocados em questionamento a partir da formação acadêmica do curso. A partir disso foi questionado às graduandas do primeiro módulo se suas orientações religiosas contribuíram na opção pelo curso de Serviço Social. Foi analisado pelos relatos que para a maioria existe essa interferência, pois, percebeu-se nas falas a vinculação da profissão com as noções de caridade e de assistencialismo. De acordo com Rosa [...] “a religião influenciou muito porque eu sou espírita e a gente trabalha muito com a caridade” (ENTREVISTADA ROSA, primeiro módulo). Percebe-se que as idéias sobre o Serviço Social são acrescidas de concepções equivocadas por alunos que iniciam o curso, no sentido de associá-lo à caridade, apesar de que não se espera que adentrem ao curso com uma visão diferenciada desta devido, às vezes, ao entendimento conservador que a sociedade ainda tem sobre a profissão. Dessa forma, Simões (2007) afirma que os valores religiosos são motivadores marcantes para o ingresso na profissão tendo a idéia de fazer o bem, de ajuda ao próximo e da busca da justiça social. Entretanto, percebeu-se pelas entrevistadas do oitavo módulo que tais valores não influenciaram na escolha do curso, apesar de declararam que possuem algum tipo de religião. Entende-se que esta negação na declaração das graduandas do oitavo módulo pode ser possível devido à interferência do processo de amadurecimento em relação ao conteúdo teórico adquirido na vivência acadêmica. De acordo ainda com Simões (2007), percebe-se que os valores religiosos agregados pelas graduandas advêm de fatores inerentes a elas como a formação cultural e os processos de socialização vivenciados. Para tanto, Belotti (2004) explica que para lidar com a religião nesse sentido cultural é importante afastar-se de um conceito restrito de religião buscando compreendê-la de forma mais ampla. A autora ainda entende que se deve buscar entender o significado que as diferentes crenças e práticas religiosas possuem para quem as adotam e dessa forma, a autora menciona que dentro da História Cultural, a religião é concebida como algo que é construído historicamente.
  • 9. 9 Sendo assim, torna-se compreensível que as discentes que tiveram vinculação com alguma doutrina religiosa acabem associando certos preceitos com características da profissão, até mesmo porque cabe relembrar que o surgimento do Serviço Social teve influência direta do catolicismo. No entanto, entende-se que tal fato não se relaciona e não justifica uma atuação profissional pautada em práticas conservadoras e direcionada numa ótica de caridade e ajuda, visto que a concepção do curso, a partir de sua perspectiva crítica, aponta para outros horizontes guiados por um compromisso ético com as classes subalternas. Com isso, outro aspecto abordado na entrevista com as graduandas de ambos os módulos foi a possível influência da religião na futura atuação profissional, fator que exemplifica os conflitos existentes na atuação do Serviço Social. Nesse sentido, é necessário entender se e como os valores religiosos são colocados em prática pelos profissionais. Nesse sentido, Simões (2005) argumenta que associar o sentido entre religiosos e a prática dos assistentes sociais é um fato que se torna cada vez mais claro e constitutivo do Serviço Social. Nas entrevistas foi abordada essa questão da instrumentalização desses valores religiosos nas práticas profissionais e percebeu-se que houve divergências nas informações prestadas até mesmo entre as alunas do mesmo módulo. A entrevistada Violeta relata que “[...] vai ter determinados momentos que a minha religião vai ajudar, principalmente em se tratando da pessoa que precisar de um apoio espiritual, eu acho que eu vou poder ajudar um pouco mais além da profissão [...]” (ENTREVISTADA VIOLETA, primeiro módulo). Observa-se que o comentário em questão expressa determinadas visões de mundo, nas quais a religião serve como fio condutor que descreve e prescreve a forma do indivíduo agir na profissão. Tal fato torna-se reprovado e temido à medida que embasa a atuação do profissional por meio de seus valores morais e religiosos tornando sua prática assistencialista e fundamentada pela ajuda. Além disso, corre-se o risco do profissional julgar-se superior aos sujeitos de seu trabalho, estabelecendo assim uma relação verticalizada e hierárquica ao considerar seus valores como corretos em comparação com os valores dos indivíduos por ele atendidos. No entanto, como foi comentado, entre as próprias colegas há distinção de pensamentos. A entrevistada Rosa relatou que buscará a neutralidade na sua atuação profissional, tentando atender ao “cliente” independente de sua religião. Cabe destacar que
  • 10. 10 a neutralidade relatada pela entrevistada supracitada remete à idéia de que os conhecimentos científicos são imparciais não existindo interesses e juízos de valor implícitos. Contudo, sabe-se que as interações sociais estabelecidas entre os profissionais e os sujeitos de direitos são dotados de elementos objetivos e subjetivos. Assim sendo, não é possível se estabelecer uma atuação profissional neutra. Já no oitavo módulo todas as entrevistadas declararam que as suas respectivas opções religiosas não influenciarão durante o seu exercício profissional como descreve a entrevistada Hortência: “[...] nós trabalhamos com noção de direito, então, nós não podemos, é, julgar e muito menos querer que o direito nosso seja do outro e que o do outro seja nosso. Temos que respeitar as diferenças” (ENTREVISTADA HORTÊNCIA, oitavo módulo). A dicotomia entre os relatos das alunas entrevistadas não excluem a discussão dos embasamentos do Serviço Social pelas mesmas, ou seja, a religiosidade presente em seus princípios não elimina a possibilidade de uma prática crítica. Conforme Loewenberg (1988, apud Simões, 2005), compreender os valores e a imparcialidade do profissional na atuação implica reconhecer que esses valores são componentes das decisões práticas dos profissionais e é preciso entender que a adoção de valores na intervenção é feita, algumas vezes, até mesmo de modo inconsciente pelos assistentes sociais. Sendo assim, Simões (2005) reafirma que é importante que o profissional crie mecanismos de autocontrole para que não haja influência dos seus valores para com os usuários dos serviços sociais. 4. Contemporaneidade do Serviço Social e valores religiosos: do respeito aos discentes e profissionais à reflexão crítica de sua prática Ressalta-se que não se busca construir uma recriminação ou aversão à religiosidade dos graduandos ou dos assistentes sociais. Simões (2005) também compartilha desse argumento ao destacar que identificar os valores religiosos dos profissionais com a profissão não se constitui essencialmente em um problema, mas sim, saber lidar com esses valores na prática sem torná-la uma convenção religiosa. Entende-se então, ser necessário compreender que o assistente social assim como qualquer outro ser é constituído por elementos de um processo social e cultural – argumento novamente apresentado - onde detém sua subjetividade afetada por fatores diretos e indiretos a ele. Assim, não se espera que o assistente social elimine os elementos
  • 11. 11 que fazem parte de sua composição como ser social. Embasa-se nas idéias de Machado (2011) que acredita que a formação profissional do assistente social não antecede o seu modo de ser. O autor explica que o ethos profissional6 se determina por meio de sua formação sócio-histórica e que cabe considerar esse processo o qual ultrapassa os horizontes acadêmicos. Por isso, acredita-se ser difícil haver total neutralidade na sua prática profissional. De acordo com Barroco (2006), é impossível não existir influências de nossas concepções morais e subjetivas no exercício profissional, o que não significa que tais concepções determinarão nossas ações. Para tanto, Santos (2010) elucida que como forma de possibilitar um distanciamento desses valores na prática profissional, existe a ética que se incube de refletir os valores e a moral e que deve estar presente em qualquer tomada de decisão. Portanto, indaga-se se o graduando, em especial do oitavo módulo e nem tanto o do primeiro módulo, é capaz de analisar a conjuntura histórica da profissão remetendo-a a atual proposta do Serviço Social. Questiona-se se o graduando do curso reflete sobre as conseqüências profissionais que o seu conteúdo subjetivo possa provocar caso se sobressaia ao agir ético. Também se pergunta em que medida o assistente social realiza uma ponderação no cotidiano sobre a sua atuação; como esse profissional avalia suas práticas e instrumentais de trabalho; como percebe os sujeitos e as políticas públicas sociais que demandam sua atuação; de que forma compreende a dinâmica da realidade na qual se insere; que visão possui sobre os impactos dos seus valores, sejam morais ou religiosos, sob o exercício profissional e como propõe uma atuação que busque se distanciar dessa interferência. Contudo procura-se, devido constatar que na atualidade há influência dos valores religiosos na escolha do curso e que na prática ainda é perceptível a sua prevalência, apresentar aos graduandos e profissionais a importância de seu acervo subjetivo. Com isso, busca-se eliminar uma perspectiva que visualize de forma negativa esses sujeitos como se os assistentes sociais tivessem que se abster de determinadas experiências vivenciadas em suas vidas, antes de iniciarem o curso. 6 O autor define o ethos profissional como uma atividade reflexiva da ação do assistente social no seu âmbito profissional e desenvolve uma discussão desse ethos enquanto a constituição do ser que ultrapassa sua formação profissional.
  • 12. 12 Portanto, ressalta-se que se defende um Serviço Social que contribua, de fato, para promoção da autonomia e empoderamento dos sujeitos sociais, a fim de participarem ativamente no processo de construção de uma sociedade mais igualitária e democrática. E que proponha aos profissionais uma base que busque dialogar não só acerca das próprias contradições do sistema, mas principalmente, as divergências encontradas dentro do próprio âmbito profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificou-se que as religiões elencadas nas entrevistas têm uma relação com as concepções de ajuda, benevolência e caridade, o que caracterizava a atuação dos assistentes sociais na origem da profissão. Tais concepções também estiveram presentes no contexto dos primórdios da Assistência Social o que, na atualidade, contribui para dificultar a compreensão da mesma como política pública e direito do cidadão que dela necessitar. Ao abordar a questão da religiosidade das discentes e dos profissionais, não se pretendeu criticar negativamente os seus valores, uma vez que se compreende que o sujeito é dotado de uma subjetividade constituída por fatores exteriores e por uma formação cultural. No entanto, defende-se que é preciso saber lidar com esses valores na prática sem torná-los parte do arcabouço técnico-operativo. Constatou-se que pelas discentes do primeiro módulo não existe discernimento entre concepções religiosas e o Serviço Social, apesar de que é compreensível pelo fato de não terem vivenciado o processo de formação acadêmica. Contudo, as graduandas do oitavo módulo situam a profissão num contexto crítico e afirmam não existir influência dos dogmas religiosos nas futuras intervenções. Portanto, constata-se que na atualidade há influência dos valores religiosos na escolha do curso e que na prática ainda é perceptível a sua prevalência. Caso a atuação seja embasada em concepções religiosas, o exercício profissional do assistente social estará sujeito a um retrocesso aproximando-se novamente da sua caracterização embrionária. Dessa forma, torna-se visível a relevância de discussões na categoria em torno da fundamentação contemporânea de sua prática, a qual preconiza um profissional direcionado a um projeto de transformação social. Entende-se ser necessário ainda que o profissional
  • 13. 13 reflita sobre o atual Projeto Ético Político reafirmando, assim, uma proposta de comprometimento do Serviço Social para com a classe trabalhadora. A partir disso, espera-se que o graduando e o assistente social cogitem sobre as conseqüências profissionais que o seu conteúdo subjetivo possa provocar, caso se sobressaia ao agir ético. Isso porque o curso possibilita um arcabouço teórico-metodológico que proporcione a esse profissional adquirir alternativas de intervenção que não se limitem às práticas cristalizadas pelos precursores da profissão. Defende-se que deve existir no espaço da profissão uma compreensão pelo processo de formação do graduando anterior a seu processo de amadurecimento acadêmico, fato este que não deixa de considerar a complexidade do seu contexto. Entende- se que assim, compreendendo o próprio universo discente e profissional, facilita a compreensão do caráter contraditório do Serviço Social em atuar na mediação entre capitalismo e classe trabalhadora. Em suma, por meio dessas reflexões percebeu-se que as dimensões de competência contemporânea do Serviço Social englobadas na discussão da instrumentalidade, caso sejam influenciadas pela presença dos valores religiosos dos profissionais, terão seu fundamento afetado por aspectos que atribuem às ações dos assistentes sociais um caráter conservador e distanciado de perspectivas direcionadas à busca pela garantia de direitos, portanto, distante do nosso Projeto Ético Político.
  • 14. 14 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Angela Rodrigues Alves. O metodologismo e o desenvolvimentismo no Serviço Social brasileiro – 1947 a 1961. 2008. Disponível em: <http://seer.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/viewPDFInterstitial/13/78> Acesso em16 Out 2011. BARROCO, Maria Lúcia Silva. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2006. BELOTTI, Karina Kosicki. Mídia, Religião e História Cultural. 2004. Disponível em: < http://www.pucsp.br/rever/rv4_2004/p_bellotti.pdf> Acesso em: 04 abr. 2012. BETTO, Frei. Teologia da Libertação. 27 maio 2008. Disponível em < http://historiadores.skyrock.com/1785389330-TEOLOGIA-DA-LIBERTACAO-NA-VISAO-DE- FREI-BETTO.html<. Acesso em 07 de maio . 2012. CARVALHO, Raul; IAMAMOTO, Marilda Vilela. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 21 ed. São Paulo: Cortez, 2007. CASTEL, Robert; WANDERLEY, Luiz Eduardo; BELFIORE-WANDERLEY, Mariangela. Desigualdade e a questão social. 2. ed. São Paulo: EDUC, 2000. CHAUI, Marilena. O que é Ideologia. 34ed. São Paulo: Brasiliense, 1991. FIRMO, João Luiz. Movimentos religiosos e ideológicos: alienação e consciência humana. Ciberteologia Revista de Teologia & Cultura, São Paulo, ano5, n.25, 2009. Disponível em: <http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/index.php/notas/movimentos-religiosos- e-ideologicos-alienacao-e-consciencia-humana/> Acesso em: 09 abr. 2011. GUERRA, Yolanda; ORTIZ, Fátima Grave. Os caminhos e os frutos da “virada”: apontamentos sobre o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais.Revista PRAIAVERMELHA.Rio de Janeiro. v. 19, nº 2, p. 123-136 Jul-Dez 2009. Disponível em: <http://web.intranet.ess.ufrj.br/ejornal/index.php/praiavermalha/article/view/133> Acesso em: 14 outubro. 2011. IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social- Ensaios críticos. 9ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2007. MACHADO, Leonildo Aparecido Reis. Ethos profissional, hegemonia possível? 2011. 182f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca. MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: Identidade e Alienação. 2ed. São Paulo: Cortez, 1991.
  • 15. 15 MATHIS, Adriana de Azevedo; SANTANA, Joana Valente. Serviço Social e tradição marxista: notas sobre a teoria social crítica. 2009. Disponível em: < www.ifch.unicamp.br/cemarx/.../servico-social-e-tradicao-marxista-notas- sobre-teoria- soci.pdf> Acesso em: 09 de maio. 2011. NETTO, José Paulo. A construção do Projeto ético-político do Serviço Social frente à crise contemporânea. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social. Mod. 1. Brasília, CEAD, 1999. NETTO, José de Paulo. Ditadura e Serviço Social- Uma análise do Serviço Social no Brasil pós- 64. 14ª. ed. São Paulo: Cortez, 2009. SANTOS, Cláudia Mônica dos. Na prática a teoria é outra? Mitos e Dilemas na Relação entre Teoria, Prática, Instrumentos e Técnicas no Serviço Social. Rio de Janeiro. Ed. Lúmen Júris, 2010. Capítulo 2 – As dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da prática profissional. SIMÕES, Pedro. Assistentes Sociais e Religião. São Paulo: Cortez, 2005. SIMÕES, Pedro. Religião e Política entre alunos de Serviço Social (UFRJ). 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rs/v27n1/a08v27n1.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2012 SIMÕES, Pedro. Gênero, origem social e religião: os estudantes de Serviço Social do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: E-papers, 2009. SPOSATI, Aldaísa. Assistência social: de ação individual ao direito social. In: Revista Brasileira de Direito Constitucional – RBDC n. 10 – jul./dez. 2007 p. 436.