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Produção de Sabão e Detergente
Índice
1.Historial........................................................................................................................................ 3
1.1 Introdução ................................................................................................................................. 4
2. Objectivos................................................................................................................................ 6
2.1Gerais ..................................................................................................................................... 6
2.2 Especificos ................................................................................................................................ 6
3. Metodologia ................................................................................................................................ 7
4. Matérias- Primas ..................................................................................................................... 8
4.1 Para os Detergentes ............................................................................................................... 8
4.2 Detergente Caseiro.................................................................................................................... 8
4.3 Detergente Industrial................................................................................................................ 9
4.4 Sabão......................................................................................................................................... 9
4.5 Sabão Caseiro.......................................................................................................................... 10
4.6 Sabão Industrial....................................................................................................................... 10
4.7 Matérias-Primas Secundárias.................................................................................................. 12
4.8 Materias-Prima Coadjuvantes De Fabricação......................................................................... 12
5. LayOut de Sistema de Produção ........................................................................................... 14
5.1 Detergentes Caseiro............................................................................................................. 14
5.2 Detergente Industrial............................................................................................................... 14
5.3 Sabão Caseiro.......................................................................................................................... 15
5.4 Industrial ................................................................................................................................. 15
6. Reacções e Fluxograma......................................................................................................... 17
6.1 Detergentes.......................................................................................................................... 17
6.2 Sabão....................................................................................................................................... 19
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7. Tipos de Detergentes............................................................................................................. 23
7.2 Tipos de Sabão........................................................................................................................ 23
8. Equipamentos........................................................................................................................ 24
8.1 Sabão................................................................................................................................... 24
8.2 Detergentes.............................................................................................................................. 24
9. Vantagens e Desvantagens.................................................................................................... 25
9.1 Sabão................................................................................................................................... 25
9.2 Detergente ............................................................................................................................... 26
10. Tensoativos e Tensão Superficial ........................................................................................... 26
11. Ação dos Tensoativos ............................................................................................................. 26
12. Tipos de Tensoativos .............................................................................................................. 26
13. Toxicidade dos Tensoativos.................................................................................................... 27
14. Biodegradabilidade.............................................................................................................. 28
14.1 Sabões................................................................................................................................ 28
14.2 Biodegradabilidade dos Detergentes..................................................................................... 28
15. Actuação De Sabão Na Limpeza ............................................................................................ 28
16. Conclusão................................................................................................................................ 29
17. Referências.............................................................................................................................. 30
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1. Historial
O sabão na verdade nunca foi descoberto, surgiu gradualmente de misturas brutas alcalinos e
matérias graxas. Plinio, o Velho descreve a fabricação de sabão duro e do sabão mole no século I
mas foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades
suficientes para ser considerado uma indústria. Até o princípio do século XIX pensava-se que o
sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e alkali, um Químico Francês Chevreul mostrou
que a formação do sabão era na realidade uma reação Química. Nesta época Domeier completou
estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação. Até a descoberta
importante de Leblanc, como a produção de barrilha a custo baixo, a partir do cloreto de sodio, o
alcali necessário a saponificação era obtida pela lixiviação bruta de cinzas e de madeira ou pela
evaporação de águas alcalinas naturais por exemplo do Rio Nilo.
Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente
imutáveis. Envolviam a saponificação descontínua dos óleos e gorduras, mediante um alcali,
seguida pela salga, para separar o sabão. As modificações maiores ocorriam no pre-tratamento
das gorduras e dos óleos. No processo de fabricação e no acabamento de sabão, por exemplo na
secagem a atomização. Conseguiram-se novas e melhoras matérias-primas mediante a hidrólise,
a hidrogenação e extração em fase líquida e cristalização a solvente das diversas gorduras e
óleos.
Os processos contínuos datam de 1937, quando Procter e Gamble instalaram um processo
contínuo de neutralização e hidrólise a alta pressão em Quincy, Massachusetts. O passo seguinte
foi o processo de saponificação contínua, desenvolvido em conjunto com Sharples e pelos irmãos
Lever e instalado dos últimos, em Baltimore, em 1945, desde então, foram erguidas instalações
de ambos os tipos. Estes processos contínuos de fabricação de sabão, embora sendo
desenvolvido tecnologicos de extrema importância, foram parcialmente superados pela
introdução dos detergentes sintéticos.
O nome sabão, segundo uma antiga lenda romana, teve origem em um lugar chamado Montanha
Sapo. Nessa montanha, animais eram sacrificados e, quando chovia, a água descia pela montanha
carregando a gordura e as cinzas dos animais mortos até a barreira do rio Tiber. As mulheres
descobriram que esfregando essa mistura nas roupas a sujeira saía com mais facilidade.
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1.1Introdução
O sabão é um produto resultante da reação de saponificação entre um álcali forte (NaOH ou
KOH) e ácidos graxos constituintes de ácidos palmítico, esteárico e oléico principalmente,
sendo um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação
é variada, desde barras sólidas até líquidos viscosos.
Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de sódio e de
potássio e carbonato de sódio, todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de
madeiras de lei. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A
gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres
de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos
para formar o sabão (Neto, 2001).
O sabão usado quotidianamente é uma mistura de sais de sódio de ácidos graxos de cadeia longa.
Uma molécula de sabão tem uma extremidade polar - COO- Na+, e uma parte apolar, que é a
cadeia longa com 12 a 18 atomos de carbono. A parte polar é soluvel em água e a parte apolar,
insoluvel, porem soluvel em solventres apolares. Esses ácidos graxos são característicos de
substâncias conhecidos como óleo ou gorduras.
Quimicamente, os sabões são formados a partir da dissolução aquosa ou alcoólica de álcalis
fortes sobre ácidos graxos. Na dissolução aquosa o subproduto obtido é a glicerina, enquanto,
que na dissolução alcoólica ocorre sensível neutralização da matéria graxa. Os sabões de sódio,
produzidos em grande quantidade são denominados de “sabões duros”. Os produzidos a partir de
uma lixívia potássica são denominados de “sabões moles. (Neto, 2001).
A molécula do sabão consiste em uma longa cadeia de átomos de carbono e hidrogênio com
átomos de sódio e oxigênio em uma de suas pontas. Esta estrutura molecular é responsável pela
diminuição da tensão superficial da água. Tensão superficial é uma propriedade dos líquidos que
se relaciona intimamente com as forças de atração e repulsão entre as moléculas. Quanto maiores
as forças de atração existentes entre as moléculas do líquido, maior será a tensão superficial.
Estas moléculas estarão mais atraídas umas pelas outras, conferindo ao líquido uma maior
viscosidade e uma menor tendência a esparramar-se.
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Os sabões e os detergentes são compostos de moléculas que contêm grandes grupos
hidrocarbônicos, os grupos hidrofóbicos (que não tem afinidade pela água), e um ou mais
grupos polares, os grupos hidrofólicos (que têm afinidade pela água). As partes não polares de
tais moléculas dissolvem-se em gorduras e óleos e as porções polares são solúveis em água. A
capacidade de limpeza dos sabões e detergentes depende da sua capacidade de formar emulsões
com materiais solúveis nas gorduras. Na emulsão, as moléculas de sabão ou detergente envolvem
a "sujeira" de modo a colocá-la em um envelope solúvel em água, a micela. Partículas sólidas de
sujeira dispersam na emulsão.
Existem diferenças significativas nos processos usados para fabricar detergentes e sabões e
tambémdiferenças de composiçãoquímica que provocam diferenças de actuação. Os sabõesdão
precipitados e por isso nãosão eficientes com águas duras ou ácidas ao contrário dos detergentes.
Além disso, embora as composiçõesquímicas dos sabões ordinarios sejam um tanto variáveis, em
essênciasão apenas sais de sódio ou de potássio e diversos ácidos graxos. Por outro lado os
detergents são misturas muito complicadas de váriassubstâncias, cada qual escolhido para
efectuar uma acção particular durante a limpeza. (Neto, 2001).
Os detergentes têm excepcionais propriedades da remoção de sujeira. Existem detergents para
serviços leves e outros para serviços pesados mediante suas diferenças de composição.
O termo “detergente”, cientificamente, cobre os sabões e os detergentes sintéticos, mas o uso
geral aplica-o a compostos sintéticos para limpeza diferentes do sabão.
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2. Objectivos
2.1Gerais
Colectar informações sobre formas de Produção do Sabão e Detergentes a escala Industrial e
Caseiro de modo qualitativo e quantitativo na conversão de matéria-prima em produto
socialmente aceite.
2.2 Especificos
Listar Equipamentos básicos usados na Produção de Sabão e Detergentes
Identificar as Matérias-Primas para a Produção do Sabão e Detergentes;
Ilustrar modo de Produção de Sabão a partir de Reações e Fluxograma;
Listar as vantagens e desvantagens do Sabão e Detergentes;
Listar os diferentes tipos de Sabão e Detergentes.
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3. Metodologia
O presente trabalho sob tema Produção de Sabão e Detergentes, elaborou-se com base em alguns
manuais digitais e fontes eletrónicas tais como sites e livros a mesma. De salientar, devido a
escassez e similaridade de informações sobre o tema Produção de Sabão e Detergentes em
manuais revistos, a maior parte do contexto é oriundo de fontes eletrónicas para o presente
trabalho de pesquisa de forma Colectar informações sobre formas Produção do Sabão e
Detergentes a escala Industrial e Caseiro de modo qualitativo e quantitativo na conversão de
matéria-prima em produto socialmente aceite.
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4. Matérias- Primas
4.1 Para os Detergentes
Um grande volume de compostos orgânicos activos, destinados a fabricação de detergentes e de
sabões, é manufacturado em forma final pelas companhias de Sabões e Detergentes, exemplos o
sulfanato de alquilbenzeno linear e os sulfanatos de álcoois graxos, que essas empresas fabricam
em centenas de milhões de quilogramas. O mesmo é verdade para os ácidos graxos, materiais
básicas na fabricação dos sabões. A maior parte das substâncias químicas inorgânicas é
adquirida, como o óleum, a soda cáustica, diversos fosfatos de sódio e grande número de aditivos
estes últimos atingem a 3 % do peso total do produto. A composição essencial de três tipos de
detergentes secos baseados no fosfato (granulos) sao:
Ingredientes sulfactantes, orgânicos com reguladores de espuma com a função de remoção de
sujeira oleosa, limpeza. Reforçadora, tripolifosfato de sódio e ou piro fosfato de tetra sódio e
sulfato de sódio com função da remoção de sujeira inorgânica, reforçamento da detergência,
carga de acção reforçadora em água abrandada. Barrilha com função carga com uma certa
acçãoreforçadora. Aditivos as quais silicado de sódio com 2.0 menor ou igual dióxido de silício
ouóxido de sódio menor ou igual a 3.2 com função inibir a corrosão com pequena acção
reforcadora. Carboximetilcelulose com função agente de rede posição da sujeira. Corante
fluorescente com função abrilhantador óptico. Inibidores de manchas como função são
preventivos contra as manchas em prataria. Perfumes e as vezes corantes ou pigmentos com
função melhoria das característicasestéticas do produto. Água como função carga e aglutinante.
Os detergentes apresentam uma região apolar, formada por uma longa sequência de carbonos e
hidrogénios (hidrocarbonetos), e uma região polar que apresenta as seguintes funçõesorgânicas:
sais de amónia quaternária, sal de ácido sul fónico, acidamossal fónico, amina terciaria, fosfato.
4.2 Detergente Caseiro
Tablete de sabão feito com óleo de cozinha usado de modo alternativo, também é
possível usar sabão de coco, mas os resultados não ficarão tão satisfatórios; colheres de
sopa de bicarbonato de sódio; litros de água; álcool etílico hidratado, óleo essencial de
sua preferência.
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4.3 Detergente Industrial
Ácido dodecilbenzeno (DDB) ou ácido linear alquil benzeno (LBA), enxofre em pedras,
ou trióxido de enxofre ou ácido sulfúrico ou óleum (junção de ácidosulfúrico com
trióxido de enxofre), ácido sulfónico, solução de soda cáustica.
4.4 Sabão
Os produtos utilizados comummente para a fabricação do sabão comumsão o hidróxido de sódio
ou potássio (soda cáustica ou potássica) além de óleos ou gorduras de animais ou vegetais. Sebo,
a principal matéria gordurosa na produção de sabão. Banha, matéria-prima em importância na
indústria de sabão. 20 % de matéria gordurosa na produção de sabão que podem ser obtidas de
porcos e ou outros animais domésticos menores. Ácidos graxos com 90 % de pureza ou mais,
sais de sódio dos diversos ácidos graxos, óleo de coco contém grandes proporções de ácido
láurico e mirístico muito desejáveis.
Matérias-primas essenciais, são os componentes fundamentais para a produção do sabão. Eles se
classificam em :
a) Matérias Graxas: podem ser de origem animal ou vegetal. São de origem animal: o sebo, a
graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de cavalo, a graxa de lã, etc. De origem vegetal: azeite
de oliva, óleo de coco, óleo de palma, azeite de algodão, óleo de rícino, azeite de girassol, etc.
b) Matérias Alcalinas: as substâncias alcalinas que contêm sódio produzem sabões sólidos;
aquelas que contêm potássio produzem sabões moles. Os álcalis mais usados são o hidróxido de
sódio (soda cáustica) e o carbonato de potássio (K2CO3), conhecido simplesmente como potassa.
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4.5 Sabão Caseiro
Óleo de Cozinha. Soda Cáustica em flocos. Água Quente. Álcool 70%.
4.6 Sabão Industrial
Sebo Vegetal Usa-se na fabricação de sabões junto com o sebo animal.
Sebo Animal A maior parte se emprega na fabricação de sabão.
Ácido Oléico: é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é empregado (mesclada
ou isoladamente) com óleo de palma ou de sebo. Tratado com soda, emprega-se na fabricação de
sabões.
Resina ou Breu: é o produto da destilação da essência da terebintina. É dura e frágil, apresenta
cor amarelada. Com o emprego da resina se corrigem defeitos de certas graxas que são
empregadas na fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, transmitem ao sabão qualidade
detergentes, como por exemplo, a de formar grande quantidade de espuma.
Potassa e Soda Cáustica: a potassa e a soda desempenham papel de primeira ordem na
fabricação de sabões. O que no comércio se conhece com o nome de soda, é o carbonato de
sódio. A soda e a potassa que se encontram no comércio são o carbonato de sódio e o carbonato
de potássio.
Potassa Natural Procede da calcificação de certos vegetais, os restos obtidos se tratam com água
do que se obtém lixívia, evapora-se esta e calcina-se, obtendo-se assim potassa em bruto.
Potassa Artificial Obtida através de processos semelhantes aos da soda artificial. Pode-se,
também , obter mediante a lavagem de lã de carneiro, bem como da lavagem dos resíduos da
beterraba.
Soda Natural
É constituída pelos restos de certos vegetais marinhos depositados na praia pelas ondas. Estas
plantas são postas a secar e em seguida são queimadas. A soda obtida desta forma é denominada
soda bruta.
Soda Artificial é obtida quimicamente por dois processos. O primeiro consiste em transformar o
sal marinho (cloreto de sódio) em sulfato de sódio, pela ação do ácido sulfúrico e o sulfato de
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carbono pela ação do carbonato de sódio. O segundo consiste em tratar o mesmo sal marinho
combicarbonato de amônio, obtendo-se bicarbonato de sódio precipitado que se calcina, para
transformá-lo em bicarbonato de sódio.
Glicerina: a glicerina é um álcool muito forte que, unido aos ácidos graxos, proporciona os
ésteres graxos ou glicéreos. No estado puro é um líquido incolor azeitoso, inodoro e de sabor
açucarado. Em contato com o ar absorve a umidade, dissolve energicamente grande número de
matérias, como por exemplo a cal.
Água: elemento de grande importância na saponaria. Serve para dar vapor, para esquentar as
caldeiras com serpentinas, para preparar as soluções de álcalis e cloreto de sódio, além de ser
agente da lavagem. A água, durante o empasto, produz a emulsão das graxas e facilita assim a
combinação destas com álcalis, indispensáveis, como componentes na indústria de sabões. Nem
todas as águas são boas para a fabricação de sabões. As águas que contêm ácido sulfúrico,
carbono e sal, em sua maioiria, não são adequadas à fabricação de sabões. No entanto, pequenas
quantidades dessas matérias, não prejudicam tanto o produto final. Para os sabões brancos e
puros, bem como para os de toucador, é conveniente que se evite águas ferruginosas, que
colorem os sabões, em virtude dos sais que trazem consigo.
Cal: a cal que serve para a caustificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A cal
empregada na fabricação de sabões é a chamada cal apagada ou hidratada, obtida a partir do
tratamento da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em saponaria distingue-se das
demais por sua maior leveza e ausência de ácido carbônico, o que se comprova por mais simples
ensaio com ácido clorídrico, sem provocar efervescência.
Sal: o cloreto de sódio (sal de cozinha comum) serve para separar o sabão da lixívia depois de
verificado o empaste. O cloreto de sódio separa a cal dos ácidos graxos de suas soluções em
água, água lixivial e glicerina. Tratando uma solução de sabão com outra de sal comum, os dois
líquidos não se misturam a não ser que se consistam em soluções muito diluídas. Estando
bastante concentradas, mantém-se separadas em duas camadas superpostas.
Álcalis: os álcalis combinados com ácidos graxos dão como resultado um sal conhecido pela
denominação de sabão.
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4.7Matérias-Primas Secundárias
são aqueles componentes que, incorporados ao produto, melhoram a qualidade ou diminuem o
custo. Podem ser: resinas, substâncias de recheio, corantes e perfumes. a) Resinas: são resíduos
sem cheiro nem sabor, resultado da destilação da terebintina crua.
b) Matérias de Recheio (Cargas): o principal objetivo da incorporação dos componentes de
recheio é a redução de custos. Muitas vezes, sacrifica-se a qualidade do produto por um
rendimento maior. Contudo, alguns sabões têm suas qualidades melhoradas com a incorporação
de pequena quantidade de silicato de sódio, o que os tornam mais sólidos e duráveis. Nos
sabonetes não é conveniente o uso de matérias de recheio. Substâncias mais empregadas: silicato
de sódio, carbonato de sódio, caulim, talco, açúcar, caseína, amido, bórax, dentre outras.
c) Corantes e Perfumes: o uso de corantes visa melhorar o aspecto do sabão e agradar à vista.
Podem ser de origem animal, vegetal ou mineral. Para perfumar, são empregadas essências
liposolúveis.
4.8Materias-Prima Coadjuvantes De Fabricação
As matérias-primas consideradas como coadjuvantes são aquelas empregadas como veículo no
processo de fabricação. As principais são a água e o cloreto de sódio (sal de cozinha).
Ainda na produção de sabão incluem-se:
Óleos e Azeites. Os óleos ou azeites podem ser de procedência vegetal ou animal.
Óleo de linhaça a qual procede das sementes de linho. Obtido por processo frio, apresenta cor
amarela escura ou verde pálida, quando é obtido por processo quente, apresenta cor amarela
escura. É empregado especialmente para a fabricação de sabões de pouca consistência.
Óleo De Rícino obtido das sementes dessa planta, que contém cerca de 60 a 90% de azeite. O
óleo de rícino, junto com o óleo de coco, pode saponificar com facilidade através do processo a
frio. É assim que obtêm-se excelentes sabões duros e transparentes, o único inconveniente é que
não espumam com tanta abundância como aqueles feitos com óleo de coco. Devido a este fato
esta matéria-prima nunca é empregada isolada, é misturada com breu ou óleo de coco.
Óleo De Amendoim As sementes de amêndoas contém de 42 a 51 % de óleo extraído por meio
de pressão.
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Óleo de Coco Provem dos frutos do coqueiro, é empregada muito para a fabricação de sabões
duros, sabões líquidos e sobretudo, para a fabricação de sabões a frio.
Óleo de soja na saponificação se empregam lixívias fracas.
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5. LayOut de Sistema de Produção
5.1 Detergentes Caseiro
Rala-se 200 gramas do sabão. Em seguida, esquenta-se por exemplo três litros de água na panela
e adiciona-se as raspas. Quando elas se dissolverem, adiciona-se, na seguinte ordem, os 50 ml de
álcool, três colheres de sopa de bicarbonato de sódio e os 10 ml do óleo essenciaMistura-se bem
por cinco minutos, deixando descansar por uma hora. Seguidamente pega-se recipientes limpos,
de preferência com tampa dosadora, e divide-se o sabão entre eles. E Pronto! O detergente
caseiro estara feito.
5.2 Detergente Industrial
Dentre os vários ingredientes líquidos e sólidos, o tripolifosfato de sódio, que é um reforçador, o
sulfato de sódio e o carboximetilcelulose de sódio são deixados num grande tanque conhecido
como um misturador de lama. Como os ingredientes são adicionados, a mistura aquece como
resultado de duas reações exotérmicas: a hidratação do tripolifosfato de sódio e a reação entre a
soda cáustica e o sulfato de alquilbenzeno linear (agente tensioativo). A mistura é, de seguida,
aquecida a 85 °C e agita-se até se formar uma lama homogénea. Depois a lama é purgada numa
câmara de vácuo e separada por um atomizador em finíssimas gotículas. Estas são pulverizadas
numa coluna de ar a 425ºC onde secam instantaneamente. O pó resultante é conhecido como “pó
de base”, e o seu tratamento exato a partir deste ponto depende do produto a ser
fabricado.Também pode-se obter o Detergente de sais de sódio dos ácidos alquilbenzeno-
sulfônicos. As reações da sua obtenção (ver no ponto Reações e Fluxograma) as quais as etapas
são:
O primeiro passo, em que se forma o trióxido de enxofre (SO3), eletrofílico, é simplesmente um
equilíbrio ácido-base, desta vez, porém, entre duas moléculas de ácido sulfúrico. Na sulfonação
utiliza-se geralmente o ácido sulfúrico fumegante, ou seja, aquele onde é dissolvido excesso de
SO3; mesmo quando utiliza-se apenas ácido sulfúrico, crê-se que o SO3 formado no passo (1)
possa ser o eletrófilo. No passo (2) o reagente eletrofílico, SO3, liga-se ao anel benzênico com
formação de um carbocátion intermediário. Embora o trióxido de enxofre não tenha cargas
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positivas, tem deficiência de elétrons (carga parcial positiva) sobre o átomo de enxofre, pois os
três átomos de oxigênio, mais eletronegativos, retiram-lhe elétrons por indução.
Na terceira etapa o carbocátion cede um próton para o ânion HSO4
- e forma o produto de
substituição estabilizado por ressonância que é, desta vez, um ânion - o do ácido benzeno-
sulfônico; este ácido, por ser forte, encontra-se altamente ionizado (na etapa 4, o equilíbrio está
muito deslocado para a esquerda).
Com alguns substratos aromáticos e certos acidulantes, o eletrófilo pode ser HSO3
+ ou moléculas
que possam facilmente transferir SO3 ou HSO3
+ para o anel aromático.
A conclusão da síntese do detergente dá-se pela neutralização do ácido benzenosulfônico,
formando o sal hidrosolúvel.
5.3 Sabão Caseiro
O óleo de cozinha deverá ser coado para obter-se uma melhor consistência. Pega-se um Balde e
mistura-se a Água quente com a Soda Cáustica, derramando. lentamente a água quente e
mexendo-se a solução com uma colher de pau até tudo estar bem dissolvido. De seguida, Insire-
se o Óleo de Cozinha a mistura e mexe-se por volta de 20 minutos. Após misturar-se bem,
acrescente o Álcool e a Essência no balde e volta-se a misturar com a colher de pau até a solução
ficar com consistência pastosa. Por último, vira-se tudo em um recipiente de plástico. Espalha-se
bem no recipiente e deixa-se secar por 1 dia. Depois de seco, pode-se cortar do jeito e formato
que o produtor quiser.
Também pode produzir-se de forma caseira através do processo de caldeira ou batelada, pelo
aquecimento de gordura animal (banha) ou vegetal ( gordura de coco) até a fervura, junto com
água de cinzas, também conhecida como lexívia
5.4 Industrial
O processo de obtenção industrial do sabão é muito simples. Primeiramente coloca-se soda,
gordura e água na caldeira com temperatura em torno de 150o C deixando as reagir por algum
tempo mais ou menos 30 minutos. Apósadiciona-se cloreto de sódio que auxilia na separação da
solução em duas fases. Na fase superior (fase apolar) encontra-se o sabão e na inferior (fase
aquosa e polar), glicerina, impurezas e possível excesso de soda. Nesta etapa realiza-se uma
16 | P a g e
eliminação da fase inferior e, a fim de garantir a saponificação da gordura pela soda, adiciona-se
água e hidróxidode sódio a fase superior, repetindo essa operação quantas vezes seja necessário.
Após terminado o processo pode-se colocar aditios que irão melhorar algumas propriedades do
produto final, a esta forma de produção chama-se Processo Batelaba e é usado em fábricas de
pequeno porte.
Processo identinco de produção caseira através do processo de caldeira ou batelada, pelo
aquecimento de gordura animal (banha) ou vegetal ( gordura de coco) até a fervura, para este
caso ocorre subtituição da água de cinzas pelo hidróxido de sódio ou de potássio, também
conhecida como lexívia sendo forma de produzir industrialmente.
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6. Reacções e Fluxograma
6.1 Detergentes
As reações mais importantes nos processos de fabrico de detergentes são a reação de
oligomerização a reação de sulfonação, de neutralização, de alquilação de FriedelCrafts e de
acilação de Friedel-Crafts.
A reação de oligomerização é semelhante a uma de polimerização, enquanto que na de
polimerização um determinado monómero é repetido indefinidamente, na de oligomerização o
número de monómeros presentes numa cadeia é bem definido. Este tipo de reação é importante
na criação das cadeias hidrofóbicas dos surfactantes, assim como na criação de cadeias de
poliésteres que vão constituir a zona hidrofílica de alguns tensioativos não iónicos.
Na reação de sulfonação, um átomo de hidrogénio de um alcano, cicloalcano ou areno é
substituído pelo grupo funcional ácido sulfónico na reação de um destes com ácido sulfúrico
concentrado e trióxido de enxofre. Esta reação é fundamental para a criação de surfactantes com
grupos sulfato.
Na reação de neutralização, a molécula obtida durante a formação do grupo hidrofílico iónico é
transformada de um ácido/base (conforme seja o caso) para um sal, usando para isso uma base
forte como NaOH ou KOH no caso de ser ácido, ou um ácido forte como HCl ou HF no caso de
ser básico.
Na reação de alquilação de Friedel-Crafts acontece a alquilação (transferência de um grupo
alquilo de uma molécula para outra) de um areno com um halogeneto de alquilo (R-Cl)
catalisado por um ácido de Lewis forte. Isto é útil para a ligação da cadeia hidrofóbica a
moléculas de benzeno, que aparecem em muitos surfactantes. Existe no entanto uma
desvantagem inerente ao uso desta reação, que é o da possibilidade de ligação de mais do que um
alquilo ao areno ou da subsequente ligação do alquilo a outra zona do areno, o que leva a um
menor rendimento da reação de formação do composto pretendido.
A reação de acilação de Friedel-Crafts acontece em condições semelhantes à de alquilação, no
entanto nesta acontece a acilação (transferência de um grupo acilo de uma molécula para outra)
de um areno com um cloreto de acila (R-COCl). Esta reação tem vantagens em relação à de
alquilação, já que nesta não ocorrem múltiplas acilações do mesmo composto.
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Tomando como exemplo a reação de formação do alquilbenzeno sulfonato de sódio (ABS) a
partir de propileno, benzeno e trióxido sulfúrico, observa-se que todas as reações previamente
descritas são importantes na síntese de tensioativos. Este foi o primeiro detergente sintético
criado, que serviu de base para muitos outros.
Detergente iónico:
Os sais de sódio dos ácidos alquilbenzeno-sulfônicos são os detergentes mais utilizados. Para
obtenção destes detergentes, liga-se primeiramente o grupo alquil de cadeia longa a um anel
benzênico pela utilização de um haleto de alquila, de um alceno ou de um álcool conjuntamente
com um catalisador de Friedel-Crafts (AlCl3); em seguida, efetua-se a sulfonação e, finalmente, a
neutralização:
Reação de alquilação por adição nucleofílica aromática em haleto de alquila.
19 | P a g e
6.2 Sabão
O sal formado pela reação de saponificação possui característicasbásicas, pois deriva de uma
reacção entre uma base forte e um ácido fraco (ácido graxo). Por essse motivo o sabão nao actua
muito em meio ácido nos quais ocorrerãoreacções que impedirão uma boa limpeza.
óleo/gordura + base → glicerol + sabão
20 | P a g e
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Diagrama de processo da fabricação de sabão com hidróxido de sódio Hidróxido de sódio
(processo de fabricação de sabão a frio e genericamente, a saponificação, de inúmeras
aplicações, como a produção de ricinoleato de sódio, um tensoativo típico de desinfetantes.
22 | P a g e
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7. Tipos de Detergentes
7.1 Surfactantes
Os surfactantes podem ser divididos em 4 tipos, de acordo com o tipo de grupo hidrofílico que
apresentam: Catiónicos, Aniónicos, Anfóteros, Não iónicos / Neutros;
Catiónicos: Apresentam grupo funcionais catiónicos (carga positiva) no grupo hidrofílico,
podendo estar dependentes do pH do meio e sendo normalmente constituídos por grupos de
aminas. Grupos com aminas primárias são catiónicos em soluções de pH.
Aniónicos: Apresentam grupos funcionais aniónicos no grupo hidrofílico, como sulfatos e
fosfatos, tendo por isso carga negativa. Não funcionam bem sozinhos em água dura devido à
presença de muitos iões Ca2+ e Mg2+ em solução, o que dificulta a sua ação sobre outras
moléculas.
Anfotéricos: Apresentam centros aniónicos e catiónicos ligados no mesmo grupo hidrofílico da
molécula, tendo por isso carga negativa e positiva em simultâneo. Encontram-se
maioritariamente em produtos de cosmética, champô e detergentes líquidos para as mãos por
serem mais suaves.
Não iónicos/Neutros: Apresentam um grupo hidrofílico polar, mas não iónico. [17] São usados
principalmente em produtos de cosmética devido às suas baixas reatividades com a pele,
evitando a irritabilidade que outros produtos provocam.
7.2 Tipos de Sabão
Sabão em barra. Sabãolíquido. Sabão em poo. Shampoo.
24 | P a g e
8. Equipamentos
8.1 Sabão
Os equipamentos implementados dependerão substancialmente a estrutura que vai ser montada.
Vai variar de acordo com o processo e mecanismo de trabalho adotado e da quantidade de sabão
a ser produzido. Um projeto básico certamente contará com: Tachos de ferro ou aço; Fogão
industrial; Tanque de cimento para secagem (pode também ser utilizada caixa de madeira).
Equipamentos auxiliares: Equipamentos para corte do sabão, baldes, balança de plataforma,
tambores, mesas para corte e embalagem, máquina seladora, pás, calhas e formas de madeira,
rodo de ferro ou agitador mecânico.
Há ainda móveis e equipamentos para o escritório, como telefone, fax e computador, e um
veículo utilitário.
8.2Detergentes
Tanque , tambor ou vasilhame de plastico com torneira, mexedor de madeira tipo REMMO,
baldes plasticos (10 ou 20 litros), canecas de plasticos (+/- 300 ml), funis para evasamento, papel
indicador universal (pH) faixa de operacao 0 – 14, balanca de plataforma capacidade maxima 25
Kg, peneira de malha fina (malha 50).
25 | P a g e
9. Vantagens e Desvantagens
9.1 Sabão
Sabão em barra
Vantagens:é mais econômico e tende a durar mais que o líquido.Dispensa o uso de esponja.
Desvantagens:Concentra mais compostos químicos e, por isso, alguns são mais difíceis de
espalhar no corpo.
SabãoLíquido
Vantagens: Para ser usado por mais de uma pessoa é o mais higiênico.A fluidez da fórmula
promove a sensação de que o corpo foi realmente limpo.
Desvantagens: São mais caros que em barra.
Sabão em Pó
Vantagens: A composição é mais estável, onde vários ativos diferentes podem ser usados no
mesmo produto que o torna eficiente na remoção das manchas.
Desvantagens: O acúmulo do sabão na roupa é que geralmente ocasiona as manchas e a perda de
cor do tecido.
Shampoo
Vantagens: Limpa os cabelos profundamente, abre os poros dos fios para que possa haver a
penetração dos hidratantes.
Desvantagens: O sal contido promove a desidratação dos fios através do acumulo de sulfato.
Condicionador
Vantagens: Deixa os fios com brilho, leveza e maciez.
Desvantagens: Aumenta a oleosidade e o uso excessivo pode causar quebra.
26 | P a g e
Máscara capilar
Vantagens:Hidrata os fios, diminui o frizz, ajuda na queda capilar.
Desvantagens:O uso excessivo pode causar queda, oleosidade, enfraquecimento dos fios.
9.2 Detergente
Os Detergentes alquilbenzeno-sulfonatos lineares por exemplo, atuam essencialmente da mesma
maneira que o sabão. A sua utilização oferece, entretanto, certas vantagens. Por exemplo, os
fulfatos e sulfonatos mantém-se eficazes em água dura devido ao fato de os correspondentes sais
de cálcio e magnésio serem solúveis. Visto serem sais de ácidos fortes, produzem soluções
neutras, ao contrário dos sabões que, por serem sais de ácidos fracos, originam soluções
levemente alcalinas. Vantagens: Misturado com a água e permanece nenhum resíduo de
detergente na roupa. Desvantagens: Apresenta cadeia de carbono pesada e muitos contem
produtos perigosos.
10.Tensoativos e Tensão Superficial
Substâncias capazes de reduzir a tensão superficial de um líquido devido à realização de
interações intermoleculares entre as moléculas do líquido e as do tensoativo. Essas interações são
de natureza diferente das interações entre as próprias moléculas do líquido.
A tensão superficial é uma propriedade que se relaciona com as forças de atração e repulsão
entre as moléculas de um líquido. Quanto maior a atração entre as moléculas, maior a tensão
superficial. Alta tensão superficial confere ao líquido maior viscosidade e menor tendência a se
esparramar.
11. Ação dos Tensoativos
As moléculas que constituem o sabão possuem caráter polar e apolar: Dissolvemse, interagindo
com as fases polares e apolares respectivamente. A dissolução de um tensoativo causa a redução
do número de interações entre as próprias moléculas do líquido, reduzindo a tensão superficial
12. Tipos de Tensoativos
Aniônicos: sabões e detergentes. Catiônicos . Não-iônicos. Anfóteros.
27 | P a g e
Tensoativos Aniónicos
O grupo hidrófilo (polar) é um ânion. Há uma ligação de caráter iônico. Formação de dipolo
elétrico. O sabão formado pela saponificação possui característica alcalina. Não atua bem em
meio ácido, pois ocorrem reações de neutralização. A polaridade de um lado, e a grande cadeia
carbônica (apolar) do outro lado, possibilita a dissolução de substâncias polares e apolares
simultaneamente. Poder de limpeza dos sabões e detergentes.
TensoativosCatiônicos
O grupo hidrófilo (polar) é um cátion. O lado polar que interage com a água possui carga
positiva. Sais quartenários de amônio. Propriedades germicidas. Utilizados em desinfetantes.
Não são utlizados em produtos de limpeza, pois anulam a função dos tensoativos aniônicos.
TensoativosNão-iônicos
Não apresentam cargas elétricas na molécula. Interagem com a água por meio de ligação de
hidrogênio. Complementam a ação dos tensoativos aniônicos na remoção da sujeira por lavagem,
pois não são repelidos pelas fibras do tecido que podem ter caráter negativo quando molhadas.
Elevado custo de produção. Utilização em produtos cosméticos.
TensoativosAnfóteros.
Possuem grupos hidrófilos positivos e negativos na mesma molécula. Geralmente, possuem um
ânion carboxilato ligado a uma amina ou um cátion quartenário de amônio. Utilizados em
xampus e cremes cosméticos.
13. Toxicidade dos Tensoativos
Sabões e detergentes possuem baixo grau de toxicidade. Sabões excessivamente alcalinos podem
causar irritação na pele. O uso contínuo causa dermatites. Causam irritação da mucosa ocular .
Contato prolongado pode causar lesões graves. A ingestão de sabões pode causar vômitos,
cólicas abdominais e diarréia. Tensoativos aniônicos são mais tóxicos que sabões.Tensoativos
catiônicos são muito tóxicos. Podem causar distúrbios digestivos, hipotensão, confusão mental,
fraqueza muscular, dificuldade respiratória e morte por asfixia. Em contato com a pele, deve ser
feita a lavagem imediata com sabão (anula o efeito catiônico).
28 | P a g e
14. Biodegradabilidade
14.1 Sabões
O sabão é considerado biodegradável. Substância que pode ser degradada pela natureza.
Moléculas que podem ser decompostas por microorganismos. Não significa que não pode causar
danos ao ecossitema. O excesso de material biodegradável nos efluentes gera o aumento das
culturas bacterianas consumidoras: eutrofização da água. Consumo exagerado do oxigênio na
água, ocasionando a morte de microorganismos aeróbios. A partir deste ponto, a degradação é
realizada por microorganismos anaeróbios, que produzem CH4, H2S e NH3 no lugar do CO2 e
H2O. Formação exagerada de espuma: pode encobrir a superfície, impedindo a penetração dos
raios solares e a interação da atmosfera com a água (trocas gasosas). Pode levar à morte da fauna
aquática se for muito severa. Encarece o tratamento do efluente.
14.2 Biodegradabilidade dos Detergentes
Os primeiros detergentes produzidos (a base de propeno) eram altamente poluidores.
Permanecem ativos nas águas por longos períodos. Influência do tipo de cadeia. Cadeias
ramificadas são mais difíceis de serem quebradas pelos microorganismos. Atualmente, quase
todos os detergentes produzidos são derivados de alquilbenzenos ou alquil-éteres lineares, que
são biodegradáveis.
15. Actuação De Sabão Na Limpeza
Na superfície com a sujidade, para a água, as moléculas polares não interagem de forma
significante com a sujeira, geralmente apolares. O sabão, juntamente com a água, remove a
sujidade, isso ocorre devido às interações intermoleculares estabelecidas entre a água, o sabão e a
sujidade. Com a interação estabelecida entre as moléculas, há a formação de micelas. Assim, o
sabão consegue retirar a sujidade da superfície, que também está ligada à superfície por forças de
Van Der Walls.Por outra, o sabão é bastante usado na remoção de sujeiras, na medida em que
suas partes apolares se disolven na sujeira, que geralmente é um lipídio, ficando as extremidades
do carboxilato imerso na camada aquosa circundante. A repulsão de cargas de mesmo sinal
impede as partículas de sujeira se aglutinar uma nas outras, assim forma-se uma emulsão estável
de óleo em água que é facilmente removida da superfície a ser limpa.
29 | P a g e
16. Conclusão
Conclui-se que, o sabão é um dos produtos mais importantes já inventados pelo homem. Devido
às suas propriedades tensoativas, ele consegue emulsionar e dissolver em água gorduras e
impurezas, auxiliando na limpeza de superfícies em geral. Os detergentes são, assim como os
sabões, substâncias que reduzem a tensão superficial de um líquido, sendo assim, estes
compostos são, também, considerados tensoativos.Através do uso deste composto somos capazes
de remover sujidades, particularmente gorduras, que na sua ausência seriam praticamente
impossíveis de eliminar.Pode concluir-se que os sabões, os detergentes são produtos com uma
alargada área de utilização, que pode ir desde a limpeza e higiene à área medicinal. No entanto,
os processos químicos de obtenção são diferentes, podendo uns serem mesmo subprodutos de
outros, como é o caso, por exemplo, da glicerina relativamente ao sabão. Apesar de alguns deles
serem biodegradáveis, é necessário ter em atenção a sua excessiva utilização e o modo como os
seus resíduos são tratados.
30 | P a g e
17.Referências
1. Correio Do Povo. (1980). Fim das espumas, mas não do perigo.
2. Neto, Odene G. e Pino, José C. (2001). Trabalhando a Química dos Sabões e
Detergentes. Instituto de Química, Área de Educação Química, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
3. Sabão. Acedido a 19 de Setembro ao site:
https://Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/11743336#readmore
4. Sabão e Detergente. (2012). Acedido em:
http://quimicasemsegredos.com/documents/Teoria/Saboes-e-Detergentes.pdf,
5. Sabões e Detergentes. Acedido em: http://alkimia.tripod.com/saboes_detergentes.htm.
6. Sabões e Detergentes. Química Aplicada. Brazil.

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Producao de Sabao e Detergente

  • 1. 1 | P a g e Produção de Sabão e Detergente Índice 1.Historial........................................................................................................................................ 3 1.1 Introdução ................................................................................................................................. 4 2. Objectivos................................................................................................................................ 6 2.1Gerais ..................................................................................................................................... 6 2.2 Especificos ................................................................................................................................ 6 3. Metodologia ................................................................................................................................ 7 4. Matérias- Primas ..................................................................................................................... 8 4.1 Para os Detergentes ............................................................................................................... 8 4.2 Detergente Caseiro.................................................................................................................... 8 4.3 Detergente Industrial................................................................................................................ 9 4.4 Sabão......................................................................................................................................... 9 4.5 Sabão Caseiro.......................................................................................................................... 10 4.6 Sabão Industrial....................................................................................................................... 10 4.7 Matérias-Primas Secundárias.................................................................................................. 12 4.8 Materias-Prima Coadjuvantes De Fabricação......................................................................... 12 5. LayOut de Sistema de Produção ........................................................................................... 14 5.1 Detergentes Caseiro............................................................................................................. 14 5.2 Detergente Industrial............................................................................................................... 14 5.3 Sabão Caseiro.......................................................................................................................... 15 5.4 Industrial ................................................................................................................................. 15 6. Reacções e Fluxograma......................................................................................................... 17 6.1 Detergentes.......................................................................................................................... 17 6.2 Sabão....................................................................................................................................... 19
  • 2. 2 | P a g e 7. Tipos de Detergentes............................................................................................................. 23 7.2 Tipos de Sabão........................................................................................................................ 23 8. Equipamentos........................................................................................................................ 24 8.1 Sabão................................................................................................................................... 24 8.2 Detergentes.............................................................................................................................. 24 9. Vantagens e Desvantagens.................................................................................................... 25 9.1 Sabão................................................................................................................................... 25 9.2 Detergente ............................................................................................................................... 26 10. Tensoativos e Tensão Superficial ........................................................................................... 26 11. Ação dos Tensoativos ............................................................................................................. 26 12. Tipos de Tensoativos .............................................................................................................. 26 13. Toxicidade dos Tensoativos.................................................................................................... 27 14. Biodegradabilidade.............................................................................................................. 28 14.1 Sabões................................................................................................................................ 28 14.2 Biodegradabilidade dos Detergentes..................................................................................... 28 15. Actuação De Sabão Na Limpeza ............................................................................................ 28 16. Conclusão................................................................................................................................ 29 17. Referências.............................................................................................................................. 30
  • 3. 3 | P a g e 1. Historial O sabão na verdade nunca foi descoberto, surgiu gradualmente de misturas brutas alcalinos e matérias graxas. Plinio, o Velho descreve a fabricação de sabão duro e do sabão mole no século I mas foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria. Até o princípio do século XIX pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e alkali, um Químico Francês Chevreul mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação Química. Nesta época Domeier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação. Até a descoberta importante de Leblanc, como a produção de barrilha a custo baixo, a partir do cloreto de sodio, o alcali necessário a saponificação era obtida pela lixiviação bruta de cinzas e de madeira ou pela evaporação de águas alcalinas naturais por exemplo do Rio Nilo. Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis. Envolviam a saponificação descontínua dos óleos e gorduras, mediante um alcali, seguida pela salga, para separar o sabão. As modificações maiores ocorriam no pre-tratamento das gorduras e dos óleos. No processo de fabricação e no acabamento de sabão, por exemplo na secagem a atomização. Conseguiram-se novas e melhoras matérias-primas mediante a hidrólise, a hidrogenação e extração em fase líquida e cristalização a solvente das diversas gorduras e óleos. Os processos contínuos datam de 1937, quando Procter e Gamble instalaram um processo contínuo de neutralização e hidrólise a alta pressão em Quincy, Massachusetts. O passo seguinte foi o processo de saponificação contínua, desenvolvido em conjunto com Sharples e pelos irmãos Lever e instalado dos últimos, em Baltimore, em 1945, desde então, foram erguidas instalações de ambos os tipos. Estes processos contínuos de fabricação de sabão, embora sendo desenvolvido tecnologicos de extrema importância, foram parcialmente superados pela introdução dos detergentes sintéticos. O nome sabão, segundo uma antiga lenda romana, teve origem em um lugar chamado Montanha Sapo. Nessa montanha, animais eram sacrificados e, quando chovia, a água descia pela montanha carregando a gordura e as cinzas dos animais mortos até a barreira do rio Tiber. As mulheres descobriram que esfregando essa mistura nas roupas a sujeira saía com mais facilidade.
  • 4. 4 | P a g e 1.1Introdução O sabão é um produto resultante da reação de saponificação entre um álcali forte (NaOH ou KOH) e ácidos graxos constituintes de ácidos palmítico, esteárico e oléico principalmente, sendo um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação é variada, desde barras sólidas até líquidos viscosos. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de sódio e de potássio e carbonato de sódio, todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão (Neto, 2001). O sabão usado quotidianamente é uma mistura de sais de sódio de ácidos graxos de cadeia longa. Uma molécula de sabão tem uma extremidade polar - COO- Na+, e uma parte apolar, que é a cadeia longa com 12 a 18 atomos de carbono. A parte polar é soluvel em água e a parte apolar, insoluvel, porem soluvel em solventres apolares. Esses ácidos graxos são característicos de substâncias conhecidos como óleo ou gorduras. Quimicamente, os sabões são formados a partir da dissolução aquosa ou alcoólica de álcalis fortes sobre ácidos graxos. Na dissolução aquosa o subproduto obtido é a glicerina, enquanto, que na dissolução alcoólica ocorre sensível neutralização da matéria graxa. Os sabões de sódio, produzidos em grande quantidade são denominados de “sabões duros”. Os produzidos a partir de uma lixívia potássica são denominados de “sabões moles. (Neto, 2001). A molécula do sabão consiste em uma longa cadeia de átomos de carbono e hidrogênio com átomos de sódio e oxigênio em uma de suas pontas. Esta estrutura molecular é responsável pela diminuição da tensão superficial da água. Tensão superficial é uma propriedade dos líquidos que se relaciona intimamente com as forças de atração e repulsão entre as moléculas. Quanto maiores as forças de atração existentes entre as moléculas do líquido, maior será a tensão superficial. Estas moléculas estarão mais atraídas umas pelas outras, conferindo ao líquido uma maior viscosidade e uma menor tendência a esparramar-se.
  • 5. 5 | P a g e Os sabões e os detergentes são compostos de moléculas que contêm grandes grupos hidrocarbônicos, os grupos hidrofóbicos (que não tem afinidade pela água), e um ou mais grupos polares, os grupos hidrofólicos (que têm afinidade pela água). As partes não polares de tais moléculas dissolvem-se em gorduras e óleos e as porções polares são solúveis em água. A capacidade de limpeza dos sabões e detergentes depende da sua capacidade de formar emulsões com materiais solúveis nas gorduras. Na emulsão, as moléculas de sabão ou detergente envolvem a "sujeira" de modo a colocá-la em um envelope solúvel em água, a micela. Partículas sólidas de sujeira dispersam na emulsão. Existem diferenças significativas nos processos usados para fabricar detergentes e sabões e tambémdiferenças de composiçãoquímica que provocam diferenças de actuação. Os sabõesdão precipitados e por isso nãosão eficientes com águas duras ou ácidas ao contrário dos detergentes. Além disso, embora as composiçõesquímicas dos sabões ordinarios sejam um tanto variáveis, em essênciasão apenas sais de sódio ou de potássio e diversos ácidos graxos. Por outro lado os detergents são misturas muito complicadas de váriassubstâncias, cada qual escolhido para efectuar uma acção particular durante a limpeza. (Neto, 2001). Os detergentes têm excepcionais propriedades da remoção de sujeira. Existem detergents para serviços leves e outros para serviços pesados mediante suas diferenças de composição. O termo “detergente”, cientificamente, cobre os sabões e os detergentes sintéticos, mas o uso geral aplica-o a compostos sintéticos para limpeza diferentes do sabão.
  • 6. 6 | P a g e 2. Objectivos 2.1Gerais Colectar informações sobre formas de Produção do Sabão e Detergentes a escala Industrial e Caseiro de modo qualitativo e quantitativo na conversão de matéria-prima em produto socialmente aceite. 2.2 Especificos Listar Equipamentos básicos usados na Produção de Sabão e Detergentes Identificar as Matérias-Primas para a Produção do Sabão e Detergentes; Ilustrar modo de Produção de Sabão a partir de Reações e Fluxograma; Listar as vantagens e desvantagens do Sabão e Detergentes; Listar os diferentes tipos de Sabão e Detergentes.
  • 7. 7 | P a g e 3. Metodologia O presente trabalho sob tema Produção de Sabão e Detergentes, elaborou-se com base em alguns manuais digitais e fontes eletrónicas tais como sites e livros a mesma. De salientar, devido a escassez e similaridade de informações sobre o tema Produção de Sabão e Detergentes em manuais revistos, a maior parte do contexto é oriundo de fontes eletrónicas para o presente trabalho de pesquisa de forma Colectar informações sobre formas Produção do Sabão e Detergentes a escala Industrial e Caseiro de modo qualitativo e quantitativo na conversão de matéria-prima em produto socialmente aceite.
  • 8. 8 | P a g e 4. Matérias- Primas 4.1 Para os Detergentes Um grande volume de compostos orgânicos activos, destinados a fabricação de detergentes e de sabões, é manufacturado em forma final pelas companhias de Sabões e Detergentes, exemplos o sulfanato de alquilbenzeno linear e os sulfanatos de álcoois graxos, que essas empresas fabricam em centenas de milhões de quilogramas. O mesmo é verdade para os ácidos graxos, materiais básicas na fabricação dos sabões. A maior parte das substâncias químicas inorgânicas é adquirida, como o óleum, a soda cáustica, diversos fosfatos de sódio e grande número de aditivos estes últimos atingem a 3 % do peso total do produto. A composição essencial de três tipos de detergentes secos baseados no fosfato (granulos) sao: Ingredientes sulfactantes, orgânicos com reguladores de espuma com a função de remoção de sujeira oleosa, limpeza. Reforçadora, tripolifosfato de sódio e ou piro fosfato de tetra sódio e sulfato de sódio com função da remoção de sujeira inorgânica, reforçamento da detergência, carga de acção reforçadora em água abrandada. Barrilha com função carga com uma certa acçãoreforçadora. Aditivos as quais silicado de sódio com 2.0 menor ou igual dióxido de silício ouóxido de sódio menor ou igual a 3.2 com função inibir a corrosão com pequena acção reforcadora. Carboximetilcelulose com função agente de rede posição da sujeira. Corante fluorescente com função abrilhantador óptico. Inibidores de manchas como função são preventivos contra as manchas em prataria. Perfumes e as vezes corantes ou pigmentos com função melhoria das característicasestéticas do produto. Água como função carga e aglutinante. Os detergentes apresentam uma região apolar, formada por uma longa sequência de carbonos e hidrogénios (hidrocarbonetos), e uma região polar que apresenta as seguintes funçõesorgânicas: sais de amónia quaternária, sal de ácido sul fónico, acidamossal fónico, amina terciaria, fosfato. 4.2 Detergente Caseiro Tablete de sabão feito com óleo de cozinha usado de modo alternativo, também é possível usar sabão de coco, mas os resultados não ficarão tão satisfatórios; colheres de sopa de bicarbonato de sódio; litros de água; álcool etílico hidratado, óleo essencial de sua preferência.
  • 9. 9 | P a g e 4.3 Detergente Industrial Ácido dodecilbenzeno (DDB) ou ácido linear alquil benzeno (LBA), enxofre em pedras, ou trióxido de enxofre ou ácido sulfúrico ou óleum (junção de ácidosulfúrico com trióxido de enxofre), ácido sulfónico, solução de soda cáustica. 4.4 Sabão Os produtos utilizados comummente para a fabricação do sabão comumsão o hidróxido de sódio ou potássio (soda cáustica ou potássica) além de óleos ou gorduras de animais ou vegetais. Sebo, a principal matéria gordurosa na produção de sabão. Banha, matéria-prima em importância na indústria de sabão. 20 % de matéria gordurosa na produção de sabão que podem ser obtidas de porcos e ou outros animais domésticos menores. Ácidos graxos com 90 % de pureza ou mais, sais de sódio dos diversos ácidos graxos, óleo de coco contém grandes proporções de ácido láurico e mirístico muito desejáveis. Matérias-primas essenciais, são os componentes fundamentais para a produção do sabão. Eles se classificam em : a) Matérias Graxas: podem ser de origem animal ou vegetal. São de origem animal: o sebo, a graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de cavalo, a graxa de lã, etc. De origem vegetal: azeite de oliva, óleo de coco, óleo de palma, azeite de algodão, óleo de rícino, azeite de girassol, etc. b) Matérias Alcalinas: as substâncias alcalinas que contêm sódio produzem sabões sólidos; aquelas que contêm potássio produzem sabões moles. Os álcalis mais usados são o hidróxido de sódio (soda cáustica) e o carbonato de potássio (K2CO3), conhecido simplesmente como potassa.
  • 10. 10 | P a g e 4.5 Sabão Caseiro Óleo de Cozinha. Soda Cáustica em flocos. Água Quente. Álcool 70%. 4.6 Sabão Industrial Sebo Vegetal Usa-se na fabricação de sabões junto com o sebo animal. Sebo Animal A maior parte se emprega na fabricação de sabão. Ácido Oléico: é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido é empregado (mesclada ou isoladamente) com óleo de palma ou de sebo. Tratado com soda, emprega-se na fabricação de sabões. Resina ou Breu: é o produto da destilação da essência da terebintina. É dura e frágil, apresenta cor amarelada. Com o emprego da resina se corrigem defeitos de certas graxas que são empregadas na fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, transmitem ao sabão qualidade detergentes, como por exemplo, a de formar grande quantidade de espuma. Potassa e Soda Cáustica: a potassa e a soda desempenham papel de primeira ordem na fabricação de sabões. O que no comércio se conhece com o nome de soda, é o carbonato de sódio. A soda e a potassa que se encontram no comércio são o carbonato de sódio e o carbonato de potássio. Potassa Natural Procede da calcificação de certos vegetais, os restos obtidos se tratam com água do que se obtém lixívia, evapora-se esta e calcina-se, obtendo-se assim potassa em bruto. Potassa Artificial Obtida através de processos semelhantes aos da soda artificial. Pode-se, também , obter mediante a lavagem de lã de carneiro, bem como da lavagem dos resíduos da beterraba. Soda Natural É constituída pelos restos de certos vegetais marinhos depositados na praia pelas ondas. Estas plantas são postas a secar e em seguida são queimadas. A soda obtida desta forma é denominada soda bruta. Soda Artificial é obtida quimicamente por dois processos. O primeiro consiste em transformar o sal marinho (cloreto de sódio) em sulfato de sódio, pela ação do ácido sulfúrico e o sulfato de
  • 11. 11 | P a g e carbono pela ação do carbonato de sódio. O segundo consiste em tratar o mesmo sal marinho combicarbonato de amônio, obtendo-se bicarbonato de sódio precipitado que se calcina, para transformá-lo em bicarbonato de sódio. Glicerina: a glicerina é um álcool muito forte que, unido aos ácidos graxos, proporciona os ésteres graxos ou glicéreos. No estado puro é um líquido incolor azeitoso, inodoro e de sabor açucarado. Em contato com o ar absorve a umidade, dissolve energicamente grande número de matérias, como por exemplo a cal. Água: elemento de grande importância na saponaria. Serve para dar vapor, para esquentar as caldeiras com serpentinas, para preparar as soluções de álcalis e cloreto de sódio, além de ser agente da lavagem. A água, durante o empasto, produz a emulsão das graxas e facilita assim a combinação destas com álcalis, indispensáveis, como componentes na indústria de sabões. Nem todas as águas são boas para a fabricação de sabões. As águas que contêm ácido sulfúrico, carbono e sal, em sua maioiria, não são adequadas à fabricação de sabões. No entanto, pequenas quantidades dessas matérias, não prejudicam tanto o produto final. Para os sabões brancos e puros, bem como para os de toucador, é conveniente que se evite águas ferruginosas, que colorem os sabões, em virtude dos sais que trazem consigo. Cal: a cal que serve para a caustificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A cal empregada na fabricação de sabões é a chamada cal apagada ou hidratada, obtida a partir do tratamento da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em saponaria distingue-se das demais por sua maior leveza e ausência de ácido carbônico, o que se comprova por mais simples ensaio com ácido clorídrico, sem provocar efervescência. Sal: o cloreto de sódio (sal de cozinha comum) serve para separar o sabão da lixívia depois de verificado o empaste. O cloreto de sódio separa a cal dos ácidos graxos de suas soluções em água, água lixivial e glicerina. Tratando uma solução de sabão com outra de sal comum, os dois líquidos não se misturam a não ser que se consistam em soluções muito diluídas. Estando bastante concentradas, mantém-se separadas em duas camadas superpostas. Álcalis: os álcalis combinados com ácidos graxos dão como resultado um sal conhecido pela denominação de sabão.
  • 12. 12 | P a g e 4.7Matérias-Primas Secundárias são aqueles componentes que, incorporados ao produto, melhoram a qualidade ou diminuem o custo. Podem ser: resinas, substâncias de recheio, corantes e perfumes. a) Resinas: são resíduos sem cheiro nem sabor, resultado da destilação da terebintina crua. b) Matérias de Recheio (Cargas): o principal objetivo da incorporação dos componentes de recheio é a redução de custos. Muitas vezes, sacrifica-se a qualidade do produto por um rendimento maior. Contudo, alguns sabões têm suas qualidades melhoradas com a incorporação de pequena quantidade de silicato de sódio, o que os tornam mais sólidos e duráveis. Nos sabonetes não é conveniente o uso de matérias de recheio. Substâncias mais empregadas: silicato de sódio, carbonato de sódio, caulim, talco, açúcar, caseína, amido, bórax, dentre outras. c) Corantes e Perfumes: o uso de corantes visa melhorar o aspecto do sabão e agradar à vista. Podem ser de origem animal, vegetal ou mineral. Para perfumar, são empregadas essências liposolúveis. 4.8Materias-Prima Coadjuvantes De Fabricação As matérias-primas consideradas como coadjuvantes são aquelas empregadas como veículo no processo de fabricação. As principais são a água e o cloreto de sódio (sal de cozinha). Ainda na produção de sabão incluem-se: Óleos e Azeites. Os óleos ou azeites podem ser de procedência vegetal ou animal. Óleo de linhaça a qual procede das sementes de linho. Obtido por processo frio, apresenta cor amarela escura ou verde pálida, quando é obtido por processo quente, apresenta cor amarela escura. É empregado especialmente para a fabricação de sabões de pouca consistência. Óleo De Rícino obtido das sementes dessa planta, que contém cerca de 60 a 90% de azeite. O óleo de rícino, junto com o óleo de coco, pode saponificar com facilidade através do processo a frio. É assim que obtêm-se excelentes sabões duros e transparentes, o único inconveniente é que não espumam com tanta abundância como aqueles feitos com óleo de coco. Devido a este fato esta matéria-prima nunca é empregada isolada, é misturada com breu ou óleo de coco. Óleo De Amendoim As sementes de amêndoas contém de 42 a 51 % de óleo extraído por meio de pressão.
  • 13. 13 | P a g e Óleo de Coco Provem dos frutos do coqueiro, é empregada muito para a fabricação de sabões duros, sabões líquidos e sobretudo, para a fabricação de sabões a frio. Óleo de soja na saponificação se empregam lixívias fracas.
  • 14. 14 | P a g e 5. LayOut de Sistema de Produção 5.1 Detergentes Caseiro Rala-se 200 gramas do sabão. Em seguida, esquenta-se por exemplo três litros de água na panela e adiciona-se as raspas. Quando elas se dissolverem, adiciona-se, na seguinte ordem, os 50 ml de álcool, três colheres de sopa de bicarbonato de sódio e os 10 ml do óleo essenciaMistura-se bem por cinco minutos, deixando descansar por uma hora. Seguidamente pega-se recipientes limpos, de preferência com tampa dosadora, e divide-se o sabão entre eles. E Pronto! O detergente caseiro estara feito. 5.2 Detergente Industrial Dentre os vários ingredientes líquidos e sólidos, o tripolifosfato de sódio, que é um reforçador, o sulfato de sódio e o carboximetilcelulose de sódio são deixados num grande tanque conhecido como um misturador de lama. Como os ingredientes são adicionados, a mistura aquece como resultado de duas reações exotérmicas: a hidratação do tripolifosfato de sódio e a reação entre a soda cáustica e o sulfato de alquilbenzeno linear (agente tensioativo). A mistura é, de seguida, aquecida a 85 °C e agita-se até se formar uma lama homogénea. Depois a lama é purgada numa câmara de vácuo e separada por um atomizador em finíssimas gotículas. Estas são pulverizadas numa coluna de ar a 425ºC onde secam instantaneamente. O pó resultante é conhecido como “pó de base”, e o seu tratamento exato a partir deste ponto depende do produto a ser fabricado.Também pode-se obter o Detergente de sais de sódio dos ácidos alquilbenzeno- sulfônicos. As reações da sua obtenção (ver no ponto Reações e Fluxograma) as quais as etapas são: O primeiro passo, em que se forma o trióxido de enxofre (SO3), eletrofílico, é simplesmente um equilíbrio ácido-base, desta vez, porém, entre duas moléculas de ácido sulfúrico. Na sulfonação utiliza-se geralmente o ácido sulfúrico fumegante, ou seja, aquele onde é dissolvido excesso de SO3; mesmo quando utiliza-se apenas ácido sulfúrico, crê-se que o SO3 formado no passo (1) possa ser o eletrófilo. No passo (2) o reagente eletrofílico, SO3, liga-se ao anel benzênico com formação de um carbocátion intermediário. Embora o trióxido de enxofre não tenha cargas
  • 15. 15 | P a g e positivas, tem deficiência de elétrons (carga parcial positiva) sobre o átomo de enxofre, pois os três átomos de oxigênio, mais eletronegativos, retiram-lhe elétrons por indução. Na terceira etapa o carbocátion cede um próton para o ânion HSO4 - e forma o produto de substituição estabilizado por ressonância que é, desta vez, um ânion - o do ácido benzeno- sulfônico; este ácido, por ser forte, encontra-se altamente ionizado (na etapa 4, o equilíbrio está muito deslocado para a esquerda). Com alguns substratos aromáticos e certos acidulantes, o eletrófilo pode ser HSO3 + ou moléculas que possam facilmente transferir SO3 ou HSO3 + para o anel aromático. A conclusão da síntese do detergente dá-se pela neutralização do ácido benzenosulfônico, formando o sal hidrosolúvel. 5.3 Sabão Caseiro O óleo de cozinha deverá ser coado para obter-se uma melhor consistência. Pega-se um Balde e mistura-se a Água quente com a Soda Cáustica, derramando. lentamente a água quente e mexendo-se a solução com uma colher de pau até tudo estar bem dissolvido. De seguida, Insire- se o Óleo de Cozinha a mistura e mexe-se por volta de 20 minutos. Após misturar-se bem, acrescente o Álcool e a Essência no balde e volta-se a misturar com a colher de pau até a solução ficar com consistência pastosa. Por último, vira-se tudo em um recipiente de plástico. Espalha-se bem no recipiente e deixa-se secar por 1 dia. Depois de seco, pode-se cortar do jeito e formato que o produtor quiser. Também pode produzir-se de forma caseira através do processo de caldeira ou batelada, pelo aquecimento de gordura animal (banha) ou vegetal ( gordura de coco) até a fervura, junto com água de cinzas, também conhecida como lexívia 5.4 Industrial O processo de obtenção industrial do sabão é muito simples. Primeiramente coloca-se soda, gordura e água na caldeira com temperatura em torno de 150o C deixando as reagir por algum tempo mais ou menos 30 minutos. Apósadiciona-se cloreto de sódio que auxilia na separação da solução em duas fases. Na fase superior (fase apolar) encontra-se o sabão e na inferior (fase aquosa e polar), glicerina, impurezas e possível excesso de soda. Nesta etapa realiza-se uma
  • 16. 16 | P a g e eliminação da fase inferior e, a fim de garantir a saponificação da gordura pela soda, adiciona-se água e hidróxidode sódio a fase superior, repetindo essa operação quantas vezes seja necessário. Após terminado o processo pode-se colocar aditios que irão melhorar algumas propriedades do produto final, a esta forma de produção chama-se Processo Batelaba e é usado em fábricas de pequeno porte. Processo identinco de produção caseira através do processo de caldeira ou batelada, pelo aquecimento de gordura animal (banha) ou vegetal ( gordura de coco) até a fervura, para este caso ocorre subtituição da água de cinzas pelo hidróxido de sódio ou de potássio, também conhecida como lexívia sendo forma de produzir industrialmente.
  • 17. 17 | P a g e 6. Reacções e Fluxograma 6.1 Detergentes As reações mais importantes nos processos de fabrico de detergentes são a reação de oligomerização a reação de sulfonação, de neutralização, de alquilação de FriedelCrafts e de acilação de Friedel-Crafts. A reação de oligomerização é semelhante a uma de polimerização, enquanto que na de polimerização um determinado monómero é repetido indefinidamente, na de oligomerização o número de monómeros presentes numa cadeia é bem definido. Este tipo de reação é importante na criação das cadeias hidrofóbicas dos surfactantes, assim como na criação de cadeias de poliésteres que vão constituir a zona hidrofílica de alguns tensioativos não iónicos. Na reação de sulfonação, um átomo de hidrogénio de um alcano, cicloalcano ou areno é substituído pelo grupo funcional ácido sulfónico na reação de um destes com ácido sulfúrico concentrado e trióxido de enxofre. Esta reação é fundamental para a criação de surfactantes com grupos sulfato. Na reação de neutralização, a molécula obtida durante a formação do grupo hidrofílico iónico é transformada de um ácido/base (conforme seja o caso) para um sal, usando para isso uma base forte como NaOH ou KOH no caso de ser ácido, ou um ácido forte como HCl ou HF no caso de ser básico. Na reação de alquilação de Friedel-Crafts acontece a alquilação (transferência de um grupo alquilo de uma molécula para outra) de um areno com um halogeneto de alquilo (R-Cl) catalisado por um ácido de Lewis forte. Isto é útil para a ligação da cadeia hidrofóbica a moléculas de benzeno, que aparecem em muitos surfactantes. Existe no entanto uma desvantagem inerente ao uso desta reação, que é o da possibilidade de ligação de mais do que um alquilo ao areno ou da subsequente ligação do alquilo a outra zona do areno, o que leva a um menor rendimento da reação de formação do composto pretendido. A reação de acilação de Friedel-Crafts acontece em condições semelhantes à de alquilação, no entanto nesta acontece a acilação (transferência de um grupo acilo de uma molécula para outra) de um areno com um cloreto de acila (R-COCl). Esta reação tem vantagens em relação à de alquilação, já que nesta não ocorrem múltiplas acilações do mesmo composto.
  • 18. 18 | P a g e Tomando como exemplo a reação de formação do alquilbenzeno sulfonato de sódio (ABS) a partir de propileno, benzeno e trióxido sulfúrico, observa-se que todas as reações previamente descritas são importantes na síntese de tensioativos. Este foi o primeiro detergente sintético criado, que serviu de base para muitos outros. Detergente iónico: Os sais de sódio dos ácidos alquilbenzeno-sulfônicos são os detergentes mais utilizados. Para obtenção destes detergentes, liga-se primeiramente o grupo alquil de cadeia longa a um anel benzênico pela utilização de um haleto de alquila, de um alceno ou de um álcool conjuntamente com um catalisador de Friedel-Crafts (AlCl3); em seguida, efetua-se a sulfonação e, finalmente, a neutralização: Reação de alquilação por adição nucleofílica aromática em haleto de alquila.
  • 19. 19 | P a g e 6.2 Sabão O sal formado pela reação de saponificação possui característicasbásicas, pois deriva de uma reacção entre uma base forte e um ácido fraco (ácido graxo). Por essse motivo o sabão nao actua muito em meio ácido nos quais ocorrerãoreacções que impedirão uma boa limpeza. óleo/gordura + base → glicerol + sabão
  • 20. 20 | P a g e
  • 21. 21 | P a g e Diagrama de processo da fabricação de sabão com hidróxido de sódio Hidróxido de sódio (processo de fabricação de sabão a frio e genericamente, a saponificação, de inúmeras aplicações, como a produção de ricinoleato de sódio, um tensoativo típico de desinfetantes.
  • 22. 22 | P a g e
  • 23. 23 | P a g e 7. Tipos de Detergentes 7.1 Surfactantes Os surfactantes podem ser divididos em 4 tipos, de acordo com o tipo de grupo hidrofílico que apresentam: Catiónicos, Aniónicos, Anfóteros, Não iónicos / Neutros; Catiónicos: Apresentam grupo funcionais catiónicos (carga positiva) no grupo hidrofílico, podendo estar dependentes do pH do meio e sendo normalmente constituídos por grupos de aminas. Grupos com aminas primárias são catiónicos em soluções de pH. Aniónicos: Apresentam grupos funcionais aniónicos no grupo hidrofílico, como sulfatos e fosfatos, tendo por isso carga negativa. Não funcionam bem sozinhos em água dura devido à presença de muitos iões Ca2+ e Mg2+ em solução, o que dificulta a sua ação sobre outras moléculas. Anfotéricos: Apresentam centros aniónicos e catiónicos ligados no mesmo grupo hidrofílico da molécula, tendo por isso carga negativa e positiva em simultâneo. Encontram-se maioritariamente em produtos de cosmética, champô e detergentes líquidos para as mãos por serem mais suaves. Não iónicos/Neutros: Apresentam um grupo hidrofílico polar, mas não iónico. [17] São usados principalmente em produtos de cosmética devido às suas baixas reatividades com a pele, evitando a irritabilidade que outros produtos provocam. 7.2 Tipos de Sabão Sabão em barra. Sabãolíquido. Sabão em poo. Shampoo.
  • 24. 24 | P a g e 8. Equipamentos 8.1 Sabão Os equipamentos implementados dependerão substancialmente a estrutura que vai ser montada. Vai variar de acordo com o processo e mecanismo de trabalho adotado e da quantidade de sabão a ser produzido. Um projeto básico certamente contará com: Tachos de ferro ou aço; Fogão industrial; Tanque de cimento para secagem (pode também ser utilizada caixa de madeira). Equipamentos auxiliares: Equipamentos para corte do sabão, baldes, balança de plataforma, tambores, mesas para corte e embalagem, máquina seladora, pás, calhas e formas de madeira, rodo de ferro ou agitador mecânico. Há ainda móveis e equipamentos para o escritório, como telefone, fax e computador, e um veículo utilitário. 8.2Detergentes Tanque , tambor ou vasilhame de plastico com torneira, mexedor de madeira tipo REMMO, baldes plasticos (10 ou 20 litros), canecas de plasticos (+/- 300 ml), funis para evasamento, papel indicador universal (pH) faixa de operacao 0 – 14, balanca de plataforma capacidade maxima 25 Kg, peneira de malha fina (malha 50).
  • 25. 25 | P a g e 9. Vantagens e Desvantagens 9.1 Sabão Sabão em barra Vantagens:é mais econômico e tende a durar mais que o líquido.Dispensa o uso de esponja. Desvantagens:Concentra mais compostos químicos e, por isso, alguns são mais difíceis de espalhar no corpo. SabãoLíquido Vantagens: Para ser usado por mais de uma pessoa é o mais higiênico.A fluidez da fórmula promove a sensação de que o corpo foi realmente limpo. Desvantagens: São mais caros que em barra. Sabão em Pó Vantagens: A composição é mais estável, onde vários ativos diferentes podem ser usados no mesmo produto que o torna eficiente na remoção das manchas. Desvantagens: O acúmulo do sabão na roupa é que geralmente ocasiona as manchas e a perda de cor do tecido. Shampoo Vantagens: Limpa os cabelos profundamente, abre os poros dos fios para que possa haver a penetração dos hidratantes. Desvantagens: O sal contido promove a desidratação dos fios através do acumulo de sulfato. Condicionador Vantagens: Deixa os fios com brilho, leveza e maciez. Desvantagens: Aumenta a oleosidade e o uso excessivo pode causar quebra.
  • 26. 26 | P a g e Máscara capilar Vantagens:Hidrata os fios, diminui o frizz, ajuda na queda capilar. Desvantagens:O uso excessivo pode causar queda, oleosidade, enfraquecimento dos fios. 9.2 Detergente Os Detergentes alquilbenzeno-sulfonatos lineares por exemplo, atuam essencialmente da mesma maneira que o sabão. A sua utilização oferece, entretanto, certas vantagens. Por exemplo, os fulfatos e sulfonatos mantém-se eficazes em água dura devido ao fato de os correspondentes sais de cálcio e magnésio serem solúveis. Visto serem sais de ácidos fortes, produzem soluções neutras, ao contrário dos sabões que, por serem sais de ácidos fracos, originam soluções levemente alcalinas. Vantagens: Misturado com a água e permanece nenhum resíduo de detergente na roupa. Desvantagens: Apresenta cadeia de carbono pesada e muitos contem produtos perigosos. 10.Tensoativos e Tensão Superficial Substâncias capazes de reduzir a tensão superficial de um líquido devido à realização de interações intermoleculares entre as moléculas do líquido e as do tensoativo. Essas interações são de natureza diferente das interações entre as próprias moléculas do líquido. A tensão superficial é uma propriedade que se relaciona com as forças de atração e repulsão entre as moléculas de um líquido. Quanto maior a atração entre as moléculas, maior a tensão superficial. Alta tensão superficial confere ao líquido maior viscosidade e menor tendência a se esparramar. 11. Ação dos Tensoativos As moléculas que constituem o sabão possuem caráter polar e apolar: Dissolvemse, interagindo com as fases polares e apolares respectivamente. A dissolução de um tensoativo causa a redução do número de interações entre as próprias moléculas do líquido, reduzindo a tensão superficial 12. Tipos de Tensoativos Aniônicos: sabões e detergentes. Catiônicos . Não-iônicos. Anfóteros.
  • 27. 27 | P a g e Tensoativos Aniónicos O grupo hidrófilo (polar) é um ânion. Há uma ligação de caráter iônico. Formação de dipolo elétrico. O sabão formado pela saponificação possui característica alcalina. Não atua bem em meio ácido, pois ocorrem reações de neutralização. A polaridade de um lado, e a grande cadeia carbônica (apolar) do outro lado, possibilita a dissolução de substâncias polares e apolares simultaneamente. Poder de limpeza dos sabões e detergentes. TensoativosCatiônicos O grupo hidrófilo (polar) é um cátion. O lado polar que interage com a água possui carga positiva. Sais quartenários de amônio. Propriedades germicidas. Utilizados em desinfetantes. Não são utlizados em produtos de limpeza, pois anulam a função dos tensoativos aniônicos. TensoativosNão-iônicos Não apresentam cargas elétricas na molécula. Interagem com a água por meio de ligação de hidrogênio. Complementam a ação dos tensoativos aniônicos na remoção da sujeira por lavagem, pois não são repelidos pelas fibras do tecido que podem ter caráter negativo quando molhadas. Elevado custo de produção. Utilização em produtos cosméticos. TensoativosAnfóteros. Possuem grupos hidrófilos positivos e negativos na mesma molécula. Geralmente, possuem um ânion carboxilato ligado a uma amina ou um cátion quartenário de amônio. Utilizados em xampus e cremes cosméticos. 13. Toxicidade dos Tensoativos Sabões e detergentes possuem baixo grau de toxicidade. Sabões excessivamente alcalinos podem causar irritação na pele. O uso contínuo causa dermatites. Causam irritação da mucosa ocular . Contato prolongado pode causar lesões graves. A ingestão de sabões pode causar vômitos, cólicas abdominais e diarréia. Tensoativos aniônicos são mais tóxicos que sabões.Tensoativos catiônicos são muito tóxicos. Podem causar distúrbios digestivos, hipotensão, confusão mental, fraqueza muscular, dificuldade respiratória e morte por asfixia. Em contato com a pele, deve ser feita a lavagem imediata com sabão (anula o efeito catiônico).
  • 28. 28 | P a g e 14. Biodegradabilidade 14.1 Sabões O sabão é considerado biodegradável. Substância que pode ser degradada pela natureza. Moléculas que podem ser decompostas por microorganismos. Não significa que não pode causar danos ao ecossitema. O excesso de material biodegradável nos efluentes gera o aumento das culturas bacterianas consumidoras: eutrofização da água. Consumo exagerado do oxigênio na água, ocasionando a morte de microorganismos aeróbios. A partir deste ponto, a degradação é realizada por microorganismos anaeróbios, que produzem CH4, H2S e NH3 no lugar do CO2 e H2O. Formação exagerada de espuma: pode encobrir a superfície, impedindo a penetração dos raios solares e a interação da atmosfera com a água (trocas gasosas). Pode levar à morte da fauna aquática se for muito severa. Encarece o tratamento do efluente. 14.2 Biodegradabilidade dos Detergentes Os primeiros detergentes produzidos (a base de propeno) eram altamente poluidores. Permanecem ativos nas águas por longos períodos. Influência do tipo de cadeia. Cadeias ramificadas são mais difíceis de serem quebradas pelos microorganismos. Atualmente, quase todos os detergentes produzidos são derivados de alquilbenzenos ou alquil-éteres lineares, que são biodegradáveis. 15. Actuação De Sabão Na Limpeza Na superfície com a sujidade, para a água, as moléculas polares não interagem de forma significante com a sujeira, geralmente apolares. O sabão, juntamente com a água, remove a sujidade, isso ocorre devido às interações intermoleculares estabelecidas entre a água, o sabão e a sujidade. Com a interação estabelecida entre as moléculas, há a formação de micelas. Assim, o sabão consegue retirar a sujidade da superfície, que também está ligada à superfície por forças de Van Der Walls.Por outra, o sabão é bastante usado na remoção de sujeiras, na medida em que suas partes apolares se disolven na sujeira, que geralmente é um lipídio, ficando as extremidades do carboxilato imerso na camada aquosa circundante. A repulsão de cargas de mesmo sinal impede as partículas de sujeira se aglutinar uma nas outras, assim forma-se uma emulsão estável de óleo em água que é facilmente removida da superfície a ser limpa.
  • 29. 29 | P a g e 16. Conclusão Conclui-se que, o sabão é um dos produtos mais importantes já inventados pelo homem. Devido às suas propriedades tensoativas, ele consegue emulsionar e dissolver em água gorduras e impurezas, auxiliando na limpeza de superfícies em geral. Os detergentes são, assim como os sabões, substâncias que reduzem a tensão superficial de um líquido, sendo assim, estes compostos são, também, considerados tensoativos.Através do uso deste composto somos capazes de remover sujidades, particularmente gorduras, que na sua ausência seriam praticamente impossíveis de eliminar.Pode concluir-se que os sabões, os detergentes são produtos com uma alargada área de utilização, que pode ir desde a limpeza e higiene à área medicinal. No entanto, os processos químicos de obtenção são diferentes, podendo uns serem mesmo subprodutos de outros, como é o caso, por exemplo, da glicerina relativamente ao sabão. Apesar de alguns deles serem biodegradáveis, é necessário ter em atenção a sua excessiva utilização e o modo como os seus resíduos são tratados.
  • 30. 30 | P a g e 17.Referências 1. Correio Do Povo. (1980). Fim das espumas, mas não do perigo. 2. Neto, Odene G. e Pino, José C. (2001). Trabalhando a Química dos Sabões e Detergentes. Instituto de Química, Área de Educação Química, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 3. Sabão. Acedido a 19 de Setembro ao site: https://Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/11743336#readmore 4. Sabão e Detergente. (2012). Acedido em: http://quimicasemsegredos.com/documents/Teoria/Saboes-e-Detergentes.pdf, 5. Sabões e Detergentes. Acedido em: http://alkimia.tripod.com/saboes_detergentes.htm. 6. Sabões e Detergentes. Química Aplicada. Brazil.