Análise da Variabilidade Cardíaca antes e após Denervação Renal - Trabalho apresentado no XXXI Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas - Rio de Janeiro / RJ
A Hematologia é a área de atenção especializada responsável pelo cuidado dos ...
Ritmocardio SOBRAC
1. Análise da Variabilidade Cardíaca antes e
após a Denervação Renal
RUITER CARLOS ARANTES FILHO; HENRIQUE CÉSAR MAIA; LIELIA MALAQUIAS DA CUNHA ARAUJO; MARIA DOS
SANTOS BARCELOS; CAMILA LARA BARCELOS; RENATO DAVID SILVA; AYRTON KLIER PERES; TAMER NAJAR SEIXAS;
EDNA MARQUES; CARLA S. MARGALHO; JAIRO M. ROCHA; JOSÉ SOBRAL NETO.
2. Conflitos de Interesse
De acordo com a Resolução 1595 / 2000 do Conselho
Federal de Medicina e com RDC 96 / 2008 da ANVISA,
declaro que:
- Não tenho nenhum conflito de interesse para esta
apresentação.
Os meus pré-requisitos para participar destas atividades são
a autonomia do pensamento científico, a independência de
opiniões e a liberdade de expressão, aspectos que respeito.
3. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Introdução:
-Karl Ludwig (1847);.
-Indivíduos normais: A VFC mostra amplos limites (adaptação
autônoma do sistema nervoso):
Idade;
Modificações da postura;
Emoções;
Momentos do dia ou da noite.
-Diversos fatores de riscos cardiovasculares influenciam a VFC.
Roberts W. Heart rate variability with deep breathing as a clinical test of
cardiovagal function. Cleveland Clinic Journal of Medicine 76 (Suppl 2), S37-S40,
4. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Introdução:
-VFC: Forte e independente relação com a
mortalidade pós-infarto agudo do miocárdio (não
invasivo);
-Inibição dos centros vasomotores Modulação do
sistema nervoso autônomo Redução do tônus
simpático.
* La Rovere MT, Bigger JT Jr, Marcus FI, et al; ATRAMI (Autonomic Tone
and Reflexes After Myocardial Infarction). Lancet. 1998;351:487–484.
* Irigoyen MC, Consolim-Colombo FM, Krieger EM. Rev Bras Hipertens
vol 8(1): janeiro/março de 2001.
5. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Denervação Renal Redução do tônus simpático
central Redução da pressão arterial.
6. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Objetivo:
Avaliar a mudança no resultado da VFC
em pacientes submetidos à denervação
simpática renal.
7. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Métodos:
-06 pacientes;
-VFC pré e pós ablação renal (Média: 45 dias) - único pesquisador;
-Holter de 24h; utilizado o software DMS Cardioscan version 12.54;
-Índices baseados em operações estatísticas dos intervalos R-R
(domínio do tempo).
-Análise estatística: Excel 2013 versão 15.0 e o SPSS versão 17.
Correlação de Wilcoxon.
8. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
• Resultados
MÉDIAS NN SDNN SDANN SD rMSSD pNN50
Pré Ablação
812,33 ±
177,80
87,50 ±
25,54
78,00 ±
20,39
40,50 ±
16,96
25,66 ±
11,57
4,00 ±
4,00
Pós Ablação
778,00 ±
211,37
91,50 ±
27,43
83,66 ±
24,76
34,33 ±
14,52
20,50 ±
7,91
3,16 ±
3,18
Valor p 0,249 0,600 0,279 0,115 0,136 0,339
13. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Pressão Arterial Média antes e após
180 dias de Denervação Renal
14. Análise da Variabilidade Cardíaca
antes e após a Denervação Renal
Conclusão:
-Não houve significância estatística na VFC pré e após
denervação renal, no curto e médio prazo;
-Observou-se um incremento do SDANN na análise da
VFC pré e 45 dias após o procedimento;
-Um maior número de pacientes e, mais estudos,
precisam ser realizados afim de demonstrar uma
consistência nos resultados.
Notas do Editor
O primeiro relatório que liga a variabilidade da frequência cardíaca à respiração foi creditado por Karl Ludwig, que em 1847 anotou que a frequência cardíaca diminuía com a inspiração e aumentava com a expiração.
Na população normal sem sinais patológicos, a variabilidade da frequência cardíaca mostra amplos limites devido à adaptação autónoma do sistema nervoso, podendo, a idade, modificações da postura, emoções, hora do dia ou da noite, induzir alterações dessa mesma variabilidade;
A análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é influenciada por diversos fatores de riscos cardiovasculares e com isso, a avaliação destas variáveis em conjunto, possibilita um melhor conhecimento do quadro clínico do paciente.
Juliano Miguel Amado Roque
VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Trabalho de Seminário integrado no plano
de estudos do grau de Licenciatura em
Educação Física, pela Faculdade de
Ciências do Desporto e Educação Física da
Universidade de Coimbra
Orientadora: Prof. Drª. Paula Tavares
Coimbra
2009
Este tipo de análise teve grande impulso após o estabelecimento da forte e independente relação entre VFC e mortalidade pós-infarto agudo do miocárdio, tendo a vantagem de possibilitar uma avaliação de forma não invasiva da função autonômica. Postulou-se que uma maior inibição dos centros vasomotores pode ser responsável pela modulação do sistema nervoso autônomo e consequente redução do tônus simpático.