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Raquel Machado Rech (Org.)
Leandro da Silva Zimmermann
Eduardo de Lima da Luz
Laís Francine Weyh
Santo Ângelo, 2015
Cartilha do Projeto de
Educação Patrimonial
Jornadas de
Arqueologia
Missioneira
Realização: Execução: Apoio Cultural: Fomento à Pesquisa:
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO
Secretarias de Turismo, Educação e Cultura 14ª Coordenadoria
Regional de Educação
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FICHA TÉCNICA
Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”
1ª Edição - Digital (RECH et al 2015)
Autoria:
Profa. Dra. Raquel Machado Rech - Arqueóloga Coord. Geral do Projeto
Leandro S. Zimmermann - Acad. História/Annhanguera - Bolsista PMSA
Eduardo de Lima da Luz - Acad. História/Unijuí - Bolsista FAPERGS
Laís Francine Weyh - Acad. Pedagogia/URI - Bolsista FAPERGS
Realização:
Prefeitura Municipal de Santo Ângelo
Secretarias Municipais de Cultura, Turismo e Educação
Execução:
Museu Municipal Dr. José Olavo Machado / Núcleo de Arqueologia
Apoio Cultural:
SEDUC-RS/14a.CRE
Viação Tiarajú
Loja Flecha Mágica
Fomento à Pesquisa:
FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul
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ÍNDICE
Apresentação ......................................................................................................... .... 04
Breve Histórico das Pesquisas Arqueológicas em Santo Ângelo ................................. 09
Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”
Exercícios ................................................................................................................... 12
1) Pinte no mapa o território dos Trinta Povos das Missões 13
2) Una os pontos e descubra missões com o mesmo nome 14
3) Pinte o desenho das ruínas de Santo Ângelo 15
4) Pesquise o significado das palavras 16
5) Identifique nas fotos antigas 16
6) Complete a figura da Catedral 17
7) Complete com o nome do que havia antes 18
8) Una os pontos e descubra o que há na Praça 20
9) Organize os nomes dos vestígios arqueológicos 21
10) Desenhe uma escultura missioneira 22
11) Identifique os Padroeiros dos Sete Povos 23
12) Identifique os instrumentos musicais 24
13) Ligue os desenhos às suas sombras 25
14) Pinte os Alimentos 26
15) Jogo da Trilha 27
16) Conte as Letras
17) Palavras Cruzadas
28
29
18) Jogo dos 7 Erros 30
19) Jogo da Memória 31
20) Quebra Cabeça 34
Orientações para os Jogos........................................................................................... 35
Respostas/Soluções..................................................................................................... 39
Bibliografia................................................................................................................. . 40
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Apresentação
A difusão cultural para a comunidade escolar dos bens materiais que contam a história de seu
passado e da evolução da sua história local por si só justifica este projeto, assim como a preservação
da história de sua cultura material. Desta maneira, este Projeto permite oportunizar à comunidade o
conhecimento crítico de sua história e a apropriação consciente do seu patrimônio cultural, levando
ao fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania, como bem nos lembra esta afirmativa:
A Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural”
que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia,
levando-o a compreensão do universo sociocultural e da trajetória
histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao reforço
da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura
brasileira, compreendida como múltipla e plural. (HORTA et al, 1999:6)
Esta cartilha digital é o resultado das atividades desenvolvidas pela equipe do Núcleo
de Arqueologia do Museu Municipal Dr. José Olavo Machado - NArq/MMJOM 1
através do
Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”.
Este projeto foi originalmente elaborado no ano de 2009, sob a coordenação geral da arqueóloga
profa. Dra. Raquel Rech, então coordenadora do NArq/MMJOM, para ser executado pelas diferentes
equipes de estagiários e bolsistas deste Núcleo e atender a extroversão das pesquisas arqueológicas
realizadas na área do Centro Histórico de Santo Ângelo 2
– o qual abriga em seu subsolo
remanescentes da Redução Jesuítico-Guarani de Santo Ângelo Custódio – visando ensinar de forma
lúdica sobre o passado desta antiga redução que vigorou na primeira metade do séc. XVIII,
por meio de seus vestígios arqueológicos in loco, mais especificamente no entorno da
Praça Pinheiro Machado e da Catedral Angelopolitana, atendendo à legislação arqueológica nacional
que determina a execução de atividades de educação patrimonial em pesquisas arqueológicas.
Destinado inicialmente a alunos de 4ª Série e 5º Ano do Ensino Fundamental das Redes Municipal
e Estadual de Ensino de Santo Ângelo – quando se ensina a história das Missões Jesuíticas na
grade curricular – o projeto foi elaborado de forma lúdica contanto com uma grande inovação no
processo de ensino-aprendizagem local por meio de intervenções cênicas interativas de atores
caracterizados de personagens históricos 3
durante a explanação dos conteúdos ensinados, que
versam sobre a vida quotidiana nas missões, trazendo o foco para a redução de Santo Ângelo
Custódio, pertencente ao passado desta comunidade.
1
Dentre as atividades competentes ao NArq-MMJOM – unidade da Prefeitura destinada ao gerenciamento do patrimônio arqueológico
de Santo Ângelo, destaca-se o monitoramento arqueológico de obras na área do Centro Histórico da cidade; a manutenção do
Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio; a organização de exposições; e atividades de educação patrimonial.
2
Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de Obras no Centro Histórico de Santo Ângelo,
Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio.
3
Estagiários do NArq-MMJOM treinados com roteiros oferecidos pelos diretores das Oficinas de Teatro da Secretaria
Municipal de Cultura de Santo Ângelo, Darlan Marchi e Juliani Borchard, entre os anos de 2009 a 2011.
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5
Este projeto de educação patrimonial segue as premissas do Construtivismo, preconizado por
Jean Piaget, que trouxe a ideia de que o aprendizado é construído pelo aluno. Educar para Piaget é
‘provocar a atividade’ partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado
pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. Esta concepção de conhecimento e aprendizagem
parte da ideia de que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do
meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu
próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, mas numa
questão de adaptação a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo
modelando suas interpretações com base nas suas experiências. O próprio mundo sensorial com que
se depara é um resultado das relações que se mantém com este meio, de atividade perceptiva para
com ele, e não um meio que existe independentemente. Daí a importância da forma lúdico-interativa
com o meio ao que o projeto Jornadas de Arqueologia Missioneira se propõe a ensinar sobre a
história da antiga redução jesuítica existente no local da cidade moderna de Santo Ângelo.
Daí a importância da forma lúdico-interativa com o meio ao que o projeto “Jornadas de
Arqueologia Missioneira” se propõe a ensinar sobre a história da antiga redução jesuítica de Santo
Ângelo Custódio que vigorou durante o século XVIII no mesmo local onde hoje está localizado o
Centro Histórico da moderna cidade de Santo Ângelo. Dessa forma, identificamos neste projeto o que
Paulo Freire define como ‘ensinar exige curiosidade’:
O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as
emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na busca da
perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser. Um ruído, por
exemplo, pode provocar minha curiosidade. Observo o espaço onde
parece que se está verificando. Aguço o ouvido. Procuro comparar (...)
Investigo melhor o espaço (...) Admito hipóteses (...) Elimino algumas
até que chego a sua explicação. (FREIRE, 1996:98)
Para facilitar o ensino de forma lúdica, o projeto de educação patrimonial Jornadas de
Arqueologia Missioneira insere uma nova modalidade que confere grande importância para o
processo de ensino-aprendizagem: a interação entre personagens históricos e alunos. Isso ocorre
através de intervenções cênicas interativas de atores caracterizados de personagens históricos
durante a explanação dos conteúdos ensinados, que versam sobre a vida quotidiana nas missões,
trazendo o foco para a redução de Santo Ângelo Custódio, pertencente ao passado desta
comunidade.
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6
Nesse sentido, o papel do teatro x educação traz uma colaboração ainda não experimentada
nos projetos de educação patrimonial relacionados à pesquisas de Arqueologia Histórica já realizadas
em Santo Ângelo, preenchendo assim um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem:
Por ser uma disciplina ligada aos acontecimentos do passado, a
História auxilia o indivíduo a perceber a trajetória do ser humano na
construção da realidade em que está colocado. Através dos aconte-
cimentos e dos questionamentos que o passado nos coloca, a História
nos auxilia a repensar as questões da atualidade. Ela aguça no homem
o exercício da reflexão. Exercício este que não é exclusivamente apenas
da História, mas também de outras ciências humanas, que possuem
em sua gênese a ativação do pensamento crítico-reflexivo. Isso ocorre no
momento em que procura analisar ao fundo a formação de cenários
históricos em diferentes aspectos da vida em sociedade e nos mais
diferentes momentos da história da humanidade. (MARCHI, 2007:36=37)
O projeto é executado em diferentes momentos ministrados pela equipe do
NArq/MMJOM, de forma a contemplar experiências cognitivas, lúdicas e sensoriais com os
alunos no processo de ensino-aprendizagem de sua história local, destacando-se:
 Palestras audiovisuais na atual Praça Pinheiro Machado (local da Plaza Mayor da antiga redução);
 Visita guiada às “janelas arqueológicas” do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítica de
Santo Ângelo Custódio;
 Pausa para “lanche temático” (onde são experimentados sabores consumidos na época
missioneira por meio de uma lista de sugestão de alimentos fornecidos para serem
preparados pelas merendeiras das escolas participantes);
 Audição de música barroco-missioneira;
 Intervenções cênicas de personagens históricos x arqueólogos x alunos;
 Oficinas de arqueologia com escavações simuladas;
 Oficinas de cerâmica (elaboração de miniaturas de cerâmica guarani);
 Oficinas de desenho;
 Emissão de certificados de participação; e
 Emissão de uma Folha de Atividades Pós-Oficina, cuja matriz é cedida às escolas
participantes para continuidade dos estudos de forma lúdica em sala de aula.
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Este projeto teve grande receptividade na rede escolar de Santo Ângelo, tornando-se
programação já inserida na grade curricular das redes municipal e estadual de ensino da
cidade, alcançando centenas de alunos a cada ano sendo direcionado à rede municipal durante
o 1º semestre letivo e à rede estadual durante o 2º semestre letivo.4 5
O projeto teve enorme alcance e reconhecimento que no seu segundo ano de atuação
foi um dos projetos reconhecidos pelo PRÊMIO DARCI RIBEIRO 2010, concedido pelo Instituto
Brasileiro de Museus - IBRAM/Minc, por configurar dentre as melhores ações educativas de
museus brasileiros, tendo sido selecionado para publicação em revista editada pelo IBRAM/Minc 6
(RECH & FARIAS 2012).
A iniciativa de ampliar a antiga Folha de Atividades Pós-Oficina, cedida às escolas participantes
do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” nesta Cartilha Digital,
cumpre dois objetivos principais:
Primeiramente cumpre com a ampliação do público-alvo a ter acesso a esta atividade
educativa, pois se antes a antiga Folha de Atividades Pós-Oficina era fornecida somente às turmas
das escolas participantes, atingindo apenas algumas de centenas de alunos por mês de atividade,
com a disponibilidade desta Cartilha Digital o público passa a ser qualquer pessoa interessada em
conhecer e praticar o estudo de forma lúdica sobre aspectos da Arqueologia Histórica Missioneira,
principalmente sobre a Arqueologia e História da antiga redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo
Custódio, que as pesquisas desenvolvidas pelo NArq/MMJOM podem extroverter assim à comunidade.
Outro objetivo alcançado com a transformação da antiga Folha de Atividades Pós-Oficina
nesta Cartilha Digital é o resultado da concessão de 2 bolsas do Programa de Bolsas de Iniciação
Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - PIBIC/FAPERGS ao NArq/MMJOM
durante o ano de 2015. Sendo que aos bolsistas selecionados para a concessão destas bolsas,
os então estagiários Eduardo Lima da Luz (acadêmico de História da UNIJUÍ) e Laís Francine Weyh
(acadêmica de Pedagogia da URI) ficaram incumbidos de aprimorar e criar novas atividades
para a cartilha – subdividindo-as para diferentes públicos que vão desde a Educação Infantil
pré-escolar, com ênfase no ensino lúdico, quanto ao Ensino Fundamental, tanto voltado para os
anos iniciais, 1º ao 5º Ano, baseado em princípios de interdisciplinaridade e contextualização
voltados para o letramento, alfabetização e incentivo à pesquisa, quanto aos anos finais, 6º ao 9º Ano,
baseado em princípios de interdisciplinaridade e contextualização. Para não deixar de contemplar
um público escolar de idade maior, algumas atividades também são apresentadas para contemplar
o Ensino Médio, exigindo um maior grau de complexidade e concentração.
4
Contanto com o apoio das Secretarias Municipais de Cultura, Turismo, e Educação, bem como da 14ª Coordenadoria Regional de
Educação (14ª CRE) para a articulação logística de deslocamento, fornecimento dos lanches temáticos e impressão dos certificados
de participação dos alunos.
5
Já para as escolas da rede particular de ensino de Santo Ângelo, a programação ocorre em agendas especiais, como na Semana do
Município, ocorrida em março, ou na semana do Dia do Arqueólogo, ocorrida em Julho.
6
Edital Nº 9 de 18 de Junho de 2010: Resultado do Concurso Prêmio Darcy Ribeiro, publicado no D.O.U. em 8 de julho de 2010.
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8
Desta forma, esta Cartilha Digital atinge não só um público maior da comunidade escolar,
mas também toda a comunidade em geral, ampliando assim seu público-alvo para toda a
comunidade escolar, bem como demais interessados em geral.
A elaboração desta cartilha contou também com a colaboração do já atuante bolsista e
então estagiário da Prefeitura Municipal durante o ano de 2015, Leandro da Silva Zimmermann
(acadêmico de História da Faculdade Anhanguera), que também colaborou incondicionalmente
com as tarefas de aprimoramento das atividades de educação patrimonial voltada à arqueologia,
bem como a extroversão destas atividades à comunidade de forma virtual através do Blog do
Museu Dr. José Olavo Machado (http://museuolavomachado.blogspot.com.br).
Esperamos, com isso, que o público interessado em fazer as atividades propostas nesta
Cartilha Digital aprenda e se divirta muito e que novas equipes e novas atividades sejam sempre
acrescentadas em anos vindouros!
Arqueóloga Raquel Machado Rech
e equipe do NArq/MMJOM
Setembro de 2015
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9
Breve Histórico das Pesquisas Arqueológicas em Santo Ângelo
Antes do início de programas de pesquisas arqueológicas sistemáticas realizados
por iniciativa da Prefeitura Municipal de Santo Ângelo, para ter uma melhor gerência sobre seu
patrimônio arqueológico, várias pesquisas pontuais já foram realizadas por diferentes arqueólogos
desde o final da década de 60 do século passado, tanto na zona urbana quanto na zona rural.7
Deste então já foram identificados 44 sítios arqueológicos – pré-históricos e históricos – em toda
a extensão territorial do município, conforme demonstra o mapa abaixo.8
7
Santo Ângelo já foi alvo de diferentes pesquisas arqueológicas pontuais – tanto acadêmicas como de licenciamento
ambiental – que já levaram à identificação de dezenas de sítios arqueológicos, pré-históricos e históricos, distribuídos
por toda a extensão territorial do município, destacando-se nessa trajetória nomes de arqueólogos como José Proença
Brochado, Giovane Scaramella, Cláudio Carle, Gislene Monticeli, Saul Milder, Sérgio Klamt, André Soares, Juliano Campos
e Raquel Rech.
8
No mapa, os sítios que constam além da configuração territorial atual do município foram registrados no IPHAN à época
em que pertenciam à Santo Ângelo, o qual diminuiu de extensão territorial com desmembramentos posteriores.
CAINO, 2015
Figura adaptada do Mapa Arqueológico de Santo Ângelo (CAINO, 2015)
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10
a)
) b)
)
Desde o ano de 2006 o município de Santo Ângelo vem executando programas contínuos
de pesquisas arqueológicas9
que visam descobrir um pouco mais sobre a história da redução
jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio, que vigorou durante o séc. XVIII,10
cujos remanescentes
encontram-se no subsolo do Centro Histórico da cidade moderna de Santo Ângelo.
9
Realizados por iniciativa da Prefeitura de Santo Ângelo, inicialmente mediante um convênio de cooperação
técnico-científica com o Centro de Cultura Missioneira da URI (2006-2007), e depois conduzido pela equipe do
Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Santo Ângelo (a partir de meados de 2007).
10
No sistema reducional, quando uma missão crescia muito era desmembrada em um novo povoado. A redução de
Santo Ângelo Custódio foi um desmembramento da redução de Concepción de la Sierra, que hoje fica no atual território da
Argentina. O Padre Cura que ficou encarregado dessa transmigração e implantação do novo povoado foi o Pe. Diogo Haze,
o qual iniciou a construção do novo povoado no ano de 1706 – próximo ao entroncamento dos rios Ijuí e Ijuizinho,
no moderno município de Entre-Ijuís – porém no ano de 1707 foi definitivamente instalado no topo da colina onde seus
remanescentes encontram-se hoje, no subsolo da área do Centro Histórico na moderna cidade de Santo Ângelo.
Assim como as demais reduções, conheceu seu fim como consequência da Guerra Guaranítica e da expulsão dos Jesuítas
das Américas em 1768, fatos que aconteceram em decorrência do elevado sucesso econômico e autonomia
administrativa que alcançaram em seus povoados, sendo vistas como uma ameaça nas Américas ao poder das
Coroas ibéricas de Espanha e Portugal.
Plantas utilizadas nas pesquisas arqueológicas em
Santo Ângelo: a) Parte do ”Plano del Pueblo de Santo Angel
de las Misiones Guaranis” (CABRER, 1784); b) Sobreposição
da planta do traçado da atual cidade de Santo Ângelo
sobre a planta de Cabrer (SCARAMELLA, 1990); c) Planta
aerofotogramétrica da área do Centro Histórico de Santo
Ângelo, Escala 1:10.000 (SMOV-PMSA 2006).
c)
)
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11
Durante o biênio 2006-2007, a Prefeitura de Santo Ângelo e a URI encabeçaram um convênio para
arealizaçãodoProgramadeAcompanhamentoeMonitoramentoArqueológicodasObrasdeModificação
da Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio,11
por ocasião das comemorações do aniversário de 300 anos da redução, que gerou diversas atividades
de educação patrimonial, dentre os quais o projeto Oficinas de História e Arqueologia Missioneira
(RECH & FINOKET, 2008). A maior contribuição deste projeto foi a criação do Museu a Céu Aberto
da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio, com a distribuição de 9 “janelas arqueológicas”
e painéis explicativos no entorno do calçamento da Catedral Angelopolitana, que permitem a
visualização de remanescentes da antiga redução jesuítica em subsolo.
A partir de 2008, a fim de melhor dar prosseguimento ao monitoramento arqueológico de
diversas obras a ocorrer pela área do Centro Histórico de Santo Ângelo, foi criado o Núcleo de
Arqueologia do Museu Municipal Dr. José Olavo Machado (NArq/MMJOM) e foi iniciado um projeto
mais abrangente, o Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de
Obras no Centro Histórico de Santo Ângelo, Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de
Santo Ângelo Custódio.12
Este programa permitiu a descoberta de um mapeamento e resgate de
vestígios da antiga redução em subsolo, gerando novo material para pesquisas, publicações,
exposições, e atividades de educação patrimonial, destacando dentre suas contribuições à
comunidade a criação do Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira,13
projeto subsidiado pela Prefeitura de Santo Ângelo14
que oferece ao público escolar que estuda
Missões em sua grade curricular, diversas atividades interativas e de forma lúdica sobre o passado
da antiga redução.
Esta cartilha pretende, pois, expandir seu público alvo para toda a comunidade interessada
em conhecer e aprender um pouco mais sobre a história da antiga redução jesuítica de Santo Ângelo
Custódio.
11
Contando com a coordenação geral da arqueóloga Raquel Rech e contando com a co-coordenação por parte da URI da
profa. Claudete Boff, então coordenadora do Centro de Cultura Missioneira e de seu Núcleo de Arqueologia (NArq/CCM-URI).
12
Contando com a coordenação geral da arqueóloga Raquel Rech (NArq/MMJOM).
13
Sendo um dos projetos reconhecidos pelo PRÊMIO DARCI RIBEIRO 2010, concedido pelo IBRAM/Minc, por configurar
dentre as melhores ações educativas de museus brasileiros.
14
Numa colaboração entre as Secretarias Municipais de Cultura, Educação e Turismo e contando com o apoio cultural da
SEDUC-RS, da Viação Tiarajú e da Loja Flecha Mágica, elaborado e executado pela equipe do NArq/MMJOM.
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12
Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial
“Jornadas de Arqueologia Missioneira”
– Exercícios –
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13
O Sul da América do Sul abrigava diferentes populações indígenas pré-históricas cujos
remanescentes mais antigos datam entre 12.000 a 8.000 anos atrás, predominando artefatos talhados
em pedra lascada e polida, como raspadores, mãos de pilão, pontas de flecha, machados e boleadeiras.
Tempos depois da descoberta do continente americano pelos europeus no séc. XV
a ordem religiosa dos Jesuítas implantou na região a “Província Jesuítica do Paraguai” entre os
séculos XVII e XVIII com a instalação de diferentes povoados com o intuito de catequizar os nativos
locais. Esta experiência, que no seu auge chegou a abrigar dezenas de povoados simultaneamente,
ficou conhecida como os Trinta Povos das Missões, cujos remanescentes de seus povoados
encontram-se hoje distribuídas entre os atuais territórios do Paraguai, Argentina e Brasil.
Na região conhecida como Tape, território que compreende a banda oriental do Rio Uruguai,
onde hoje está o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, podemos encontrar remanescentes de duas fases
de ocupação: num primeiro momento, as Missões do Tape – conhecidas como 1ª Fase das Missões –
que durou entre 1626 a 1637, foram implantadas 18 povoados que devido a constantes ataques de
bandeirantes para apresamento de indígenas, tiveram que ser abandonadas ou transmigradas para a
banda oriental do Rio Uruguai. Num segundo momento – conhecido como 2ª Fase das Missões –
após vencidos embates com os bandeirantes na Batalha de Mbororé, em 1641, os jesuítas voltaram
a implantar reduções no território do Tape entre 1682 a 1706, que ficaram consagradas como os
Sete Povos das Missões, tendo iniciado seu processo de declínio em decorrência da não aceitação
da troca deste território pelo da Colônia de Sacramento proposta pelo Tratado de Madrid (1750),
a Guerra Guaranítica (1754-1756), e a expulsão dos jesuítas das Américas (1768).
1) PINTE NO MAPA O TERRITÓRIO DOS TRINTA POVOS DAS MISSÕES.
Vamos colorir com diferentes cores os territórios que estão divididos entre
o rio Uruguai e o rio Paraná. Assim descobriremos também quais ruínas
estão localizadas nos atuais territórios do Paraguai, Argentina e Brasil:
Figura adaptada do Mapa dos Trinta Povos das Missões Jesuítico-Guarani
(MAEDER & GUTIERREZ, 2010: 21)
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14
2) UNA OS PONTOS E DESCUBRA MISSÕES COM O MESMO NOME. Descubra
quais as duas reduções mantiveram seus nomes na 1ª e na 2ª fase das Missões.
Ao descobrir quais eram, circule-as e una os pontos nos diferentes mapas:
Figuras adaptadas do mapa “Reduções do Tape”
(ALBUQUERQUE, 1991)
1ª fase de ocupação da região do TAPE
(atual Rio Grande do Sul): 18 Missões
(ALBUQUERQUE, 1991)
2ª fase de ocupação da região do TAPE
(atual Rio Grande do Sul): 7 Missões
(ALBUQUERQUE, 1991)
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15
Você sabia que Santo Ângelo tem a particularidade de ter 3 igrejas construídas
no mesmo local? Uma em cada século? Nos sécs. XVIII, XIX e XX?
A primeira e maior igreja foi construída quando da instalação da redução
jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio no seu local definitivo a partir de 1707.
A segunda, um tanto menor, foi construída pelos repovoadores em 1888 sobre os
escombros da primeira. Por fim, em 1929 foi iniciada a construção da Igreja Matriz de
Santo Ângelo, a terceira e última igreja construída no mesmo local, que mais tarde,
a partir de 1962, foi elevada ao status de Catedral Angelopolitana devido ao fato de passar
a abrigar um bispado em sua sede.
Assim como com as demais missões jesuíticas, Santo Ângelo conheceu seu fim em
decorrência do Tratado de Madri (1750), da Guerra Guaranítica (1754-1756) e da expulsão
dos jesuítas das Américas em 1768.
Há inúmera curiosidades sobre essas 3 igrejas. Vamos fazer algumas investigações
sobre elas em sala de aula?
3) PINTE O DESENHO DAS RUÍNAS DE SANTO ÂNGELO. Vamos colorir o desenho
que Carlos Pettermann fez em 186o deixando um registro de como ele viu as ruínas
da antiga igreja da redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio?
Fachada das ruínas de Santo Ângelo Custódio.
Desenho de Carlos Pettermann (SILVEIRA: 1909)
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Após um longo período de quase abandono e a partir da incorporação das Missões à
Coroa Portuguesa em agosto de 1801, ainda no Brasil Colônia, ocorre uma polícia de ocupação
das áreas livres do Sul do Brasil à época da passagem do Império para a República.
Nesse contexto, a partir de 1830, ocorre um processo de repovoamento do antigo
sítio de Santo Ângelo por luso-portugueses vindos da região de São Paulo, e mais tarde por
levas de imigrantes europeus chegadas ao final do séc. XIX na região, sendo que várias
edificações do novo povoado utilizaram remanescentes das ruínas da antiga redução nas suas
construções. Nessa época também inicia-se a contribuição do ciclo do Tropeirismo no
fornecimento de víveres para o novo povoado. A moderna cidade de Santo Ângelo firma-se
como um novo município a partir de sua emancipação de Cruz Alta no ano de 1873.
Dessa época data a sede da então Intendência Municipal e uma nova e pequena igreja
erguida pelos repovoadores, a Igreja Matriz de Santo Ângelo, tendo sua construção iniciada em
1886 no mesmo local do antigo templo jesuítico, sendo inaugurada em 1888. Ao seu lado direito
ficava o prédio da antiga Intendência (hoje abriga outro prédio, o do Palacete da Prefeitura) e ao
seu lado esquerdo ficava o armazém de secos e molhados da antiga Casa Vicente José Rodrigues cujo
prédio original ainda existe nos dias de hoje, porém com algumas alterações na fachada para
abrigar comércio de lojas diversas.
4) PESQUISE O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS. Sublinhe as palavras ou expressões que
você não conhece e depois faça uma pesquisa sobre seus significados. Você pode fazer
também uma dissertação sobre um desses temas...
5) IDENTIFIQUE NAS FOTOS ANTIGAS. Este era o cenário de Santo Ângelo na virada
do séc. XIX para o XX. Qual dos prédios abaixo ainda existe erguido no Centro Histórico
de Santo Ângelo, mesmo que com modificações na fachada? Una as fotos:
Antiga Igreja
Matriz (1888)
Antiga Sede
da Intendência
Municipal (1873)
Casa de Secos e Molhados
Vicente José Rodrigues (1895)
Fonte das fotos: Arquivo Histórico Municipal Augusto César Pereira dos Santos
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Como você já sabe, no coração do Centro Histórico de Santo Ângelo já foram
construídas 3 igrejas no mesmo local: o templo principal da redução jesuítica de Santo
Ângelo Custódio (séc. XVII), sob seus remanescentes foi erguida uma pequena igreja
pelos repovoadores (séc. XIX) e a Igreja Matriz, posteriormente denominada de
Catedral Angelopolitana*
(séc. XX). Vamos investigar um pouco mais sobre essa história em
sala de aula fazendo uma pesquisa de imagens sobre as 3 igrejas construídas no mesmo local?
6) COMPLETE A FIGURA DA CATEDRAL. Primeiro reconstrua a parte da Catedral que
falta desenhando nos quadrados em branco. Depois, pinte-a deixando-a mais bonita:
*
A então nova Igreja Matriz de Santo Ângelo passou ao status de Catedral Angelopolitana do ano de 1962, com a instalação
da Diocese (Bispado) em Santo Ângelo, e a ordenação de seu primeiro Bispo, Dom Aloísio Lorscheider.
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Antes: Cemitério ( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )/
Hoje: Prefeitura e Cam. Vereadores
Antes: Igreja _ _ _ _ _ _ _ _ _ /
Hoje: Catedral Angelopolitana
Antes: Plaza _ _ _ _ _
Hoje: Pça. Pinheiro Machado
Antes: _ _ _ _ _ _ _
(local de reunião dos caciques)/
Hoje: Farmácia Licht
Antes: _ _ _ _ _ _ _ _ _
(abrigava viúvas e órfãos)/
Hoje: Quadra de lotes urbanos
Antes: Pátio do _ _ _ _ _ _ _
e Pátio das _ _ _ _ _ _ _ _ /1
Hoje: Quadras de lotes urbanos
As escavações na área do Centro Histórico de Santo Ângelo trouxeram à luz as evidências
de algumas edificações da antiga redução que estão hoje sobre seu subsolo. Como todo o povoado
missioneiro, ela possuía como estrutura principal uma igreja (no mesmo local hoje encontra-se a Catedral).
De um lado da antiga igreja jesuítica ficava o cemitério, ou Campo Santo (onde hoje estão os prédios
da Prefeitura e da Câmara de Vereadores). Do outro lada da igreja ficavam o pátio do colégio e
o pátio das oficinas (hoje encimado por lotes urbanos). Atrás da igreja ficava a horta dos padres,
ou Quinta, onde eram plantados frutas, hortaliças e ervas. Em frente à igreja se situava a praça central, ou
Plaza Mayor, (hoje é a Praça Pinheiro Machado), era circundada por quadras de casas de índios.
Havia também edifícios com funções específicas na redução, como o Cotiguaçú, prédio que abrigava
viúvas e órfãos, e o Cabildo, local de reunião dos caciques (hoje existe a Farmácia Licht no mesmo local).
Havia uma rua principal de acesso que em seu encontro em frente à praça central era ladeada por
2 capelas. Esta rua foi tombada pelo município com o nome de “Rua Missioneira”.
O arqueólogo Giovani Scaramella (1990) elaborou um esquema de sobreposição de uma
planta antiga sobre a planta da moderna cidade de Santo Ângelo e assim foi possível estimar o que
poderia ser encontrado em subsolo quando realizadas escavações arqueológicas nesta área.
7) COMPLETE COM O NOME DO QUE HAVIA ANTES. Vamos ajudar os arqueólogos
a encontrar alguns vestígios relacionando as edificações que existiam na época da antiga
redução com as que existem atualmente sobre o mesmo local?
Antes: Rua principal de entrada da Redução
ladeadapor2capelasemfrenteàPlazaMayor.
Hoje: Rua tombada com o nome de
“ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ”
Sobreposição de
Plantas de Santo Ângelo
(SCARAMELA: 1990)
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Para melhor ensinar os estudantes informações sobre o passado missioneiro de Santo
Ângelo, a equipe do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Santo Ângelo (NArq/MMJOM)
desenvolveu o Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”, onde ao se
percorrer a atual praça Pinheiro machado são desenvolvidas atividades para melhor lembrar
diferentes aspectos da vida quotidiana daquela redução.
Ao observarmos o mapa*
na próxima página podemos conhecer um pouco mais das
atividades deste projeto:
① Palestra audiovisual na atual Praça Pinheiro Machado (local da Plaza Mayor da
antiga redução). Neste ponto ocorre também a pausa para lanche temático com alimentos
consumidos na época das Missões, audição de música barroco-missioneira (composições do
Pe. Domenico Zipolli), além das oficinas de escavações simuladas, desenho e cerâmica;
② Viagem imaginária no tempo em busca de perceber elementos da antiga redução
(uma das 4 cruzes que circundavam a praça central, as edificações em volta da praça (casas de índios,
capelas e cabildo, além de observar a rua principal de acesso à redução em frente à praça);
③ Travessia no “Arco dos 30 Povos” para saber a data de fundação e o nome de todos eles
em espanhol, idioma falado na época das Missões;
④ Parada sobre a “Rosa dos Ventos”, local que indica os 4 pontos cardeais e nos faz
lembrar que a redução de Santo Ângelo, ao contrário de todos os demais povoados missioneiros,
era o único que tinha sua igreja voltada para o Sul, enquanto todos os outros tinham suas igrejas
voltadas para o Norte;
⑤ Intervenções cênicas de personagens históricos x arqueólogos x alunos, quando o
Pe. Diogo Haze, o fundador desta redução conta como eram as atividades diárias naquela época;
⑥ Visita guiada às “janelas arqueológicas” do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítico-
Guarani de Santo Ângelo Custódio no entorno da Catedral Angelopolitana.
*
Na próxima página: esquema das atividades desenvolvidas pelo Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia
Missioneira” (Fonte das imagens: Esquema da Sobreposição das Igrejas dos séc. XVIII, XIX e XX construídas no mesmo local no
Centro Histórico de Santo Ângelo elaborado por RECH, R. WOLSKI, M. FOLLETO, L. (RECH, 2007); Planta da Remodelação da Praça
Pinheiro Machado (SMOSU/PMSA, 2007); Ilustrações de N.A. Rech.
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8) UNA OS PONTOS E DESCUBRA O QUE HÁ NA PRAÇA. Você conhecerá o percurso
adotado no Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”
onde arqueólogos e personagens históricos ajudam a lembrar como era a vida quotidiana
de Santo Ângelo na época das Missões (siga as informações da página anterior):
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9) ORGANIZE OS NOMES DOS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS: Coloque a letra
inicial dos vestígios arqueológicos abaixo, e em seguida você descobrirá alguns dos
artefatos que os arqueólogos encontraram durante as escavações em Santo Ângelo:
___ E D R A ___ A S C A D A
R D P A E D A S L A C A
_____________________ _____________________________
___ E R Â M I C A
C R E C Â I M A
________________________________
___ S S O
S O S O
____________________
___ S C U L T U R A
L R E A U T C S U
_______________________________________
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Na época das Missões o uso de imagens religiosas foi muito importante no processo
de evangelização adotada pelos jesuítas. Elas estavam presentes na decoração dos altares ou
das praças em momentos especiais e eram conduzidas pelo povo nas procissões. Estas
imagens causavam grande impacto aos nativos, facilitando a conversão ao cristianismo. A
partir de modelos trazidos pelos padres jesuítas vindos da Europa, eram confeccionadas
nas oficinas pelos índios que adquiriam grande domínio técnico, imprimindo também
características indígenas nas feições das imagens sacras, cuja arte é conhecida como
barroco-missioneira (BOFF, 2005).
Os materiais usados nos trabalhos artesanais eram encontrados na própria região,
como o cedro e o igary, árvores de excelente madeira para serem entalhadas, policromadas
e douradas. Os corantes empregados eram extraídos de plantas ou minérios locais. Da erva
mate se obtinha o verde, do urucum, o vermelho, do carvão o preto, do jenipapo o azul, do
açafrão da terra o amarelo, da cal, o branco. Se as tintas, a madeira e a pedra eram
encontradas no local, era necessário importar da Europa alguns pigmentos em pó, as folhas
douradas e prateadas e os instrumentos para esculpir.
A pedra foi pouco usada na escultura. Para as que eram colocadas em nichos
na parte externa dos templos e na cantaria, usava-se o asperão (conhecido por pedra grês
ou arenito grês).
Uma das raras imagens de madeira daquela época que ainda sobrevive em Santo
Ângelo é a do Cristo Morto, que se encontra em exibição na Catedral Angelopolitana.
10) DESENHE UMA ESCULTURA MISSIONEIRA: Observe atentamente as
imagens abaixo de uma rara escultura missioneira do “Cristo Morto” que se
preservou em Santo Ângelo e fica exposta na Catedral Angelopolitana.
Faça um desenho em folha avulsa e tente reproduzí-la.
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São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ :
Profeta, precursor do
Messias e pregador do
batismo. Foi primo de
Jesus. Morreu em 26 d.C.
decaptado por ordem do
ReiHerodes.
Através dos projetos e desenhos elaborados por Rudá Rockenbach se deu a construção da
terceira e última igreja sob o mesmo espaço da antiga igreja da missão de Santo Ângelo Custódio,
inspirada nas ruínas de São Miguel e foi construída em três momentos: 1º) Teve sua pedra inaugural
implantada em 1929, construída ainda por cima da antiga igreja matriz que seguia em vigor até ser
demolida mais tardiamente para finalização da obra da nave da igreja maior. 2º) Nos anos 50,
a nova e maior igreja matriz ganha a sua fachada pelas habilidosas mãos do escultor austríaco
Valentim Von Adamovich que elaborou as esculturas dos padroeiros dos Sete Povos das Missões,
estando em destaque, ao centro, o padroeiro da redução que aqui existia, o Santo Anjo da Guarda;
e 3º) Por fim, suas torres foram erguidas na década de 70 do século passado, com a contribuição do
construtor Samuel Bombassaro.
11) IDENTIFIQUE OS PADROEIROS DOS SETE POVOS. Vamos identificar os
padroeiros dos Sete Povos das Missões que estão esculpidos na fachada da
Catedral Angelopolitana?
Santo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
(ou Santo Ângelo Custódio):
padroeiro do último dos Sete Povos.
Foi esculpido em destaque num
nicho central na fachada da igreja.
Representado protegendo os índios
da antiga redução que existia
neste mesmo local.
São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ :
Morreu queimado na
perseguição de Valeriano em
Roma no ano de 258 d.C. Na
imagem segura uma grelha
com a mão esquerda.
São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ :
Portando um escudo e uma
espada. É o Arcanjo que
lidera os exércitos de Deus
contra as forças do mal.
São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ :
Patrono da Juventude.
Jesuíta falecido aos 23 anos,
vitimado por uma epidemia
de tifo em 1691 em Roma,
aguardando a morte imóvel
com um crucifixo nas mãos.
representadonaescultura.
São _ _ _ _ _ : renunciou
antigostítulos denobreza
na Espanha para tornar-
se um Jesuíta. Chegou a
ser Superior Geral da
Ordem, dando grande
impulso às missões.
FaleceuemRomaem1572.
São _ _ _ _ _ _ _ : Bispo de Pátara,
na Ásia Menor, foi conhecido por
sua imensa caridade e milagres.
Faleceu em Mira no ano de 350 d.C.
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Tambor
(percussão)
Muitas das tradições musicais dos povos indígenas pré-históricos – utilizando instrumentos
feitos com cabaças, madeira, bambu, ossos e carapaças de certos animais, associados a cânticos sagrados
que emanavam as forças divinas da natureza – não foram mais praticadas depois do contato ocorrido
com a experiência missioneira, quando os indígenas aprenderam a música barroca, que por também
ser sacra, foi de fácil aceitabilidade e impactou fortemente o ensino da catequese nas Missões.
A música barroca foi introduzida no quotidiano das Missões e os índios atuavam como
instrumentistas, cantores e construtores destes novos instrumentos de origem europeia, sob a
orientação dos padres e irmãos jesuítas, criando assim uma fascinante cultura musical que ficou
mundialmente conhecida como música Barroco Missioneira.
As óperas eram cantadas e representadas dentro das igrejas. Não havia teatro. O conteúdo
fundamental dessas óperas seguia o objetivo da catequização, dominado por temas religiosos.
Cada povo missioneiro tinha orquestra e coros, os quais também faziam intercâmbio entre os povos,
principalmente nas datas festivas.
As missas eram acompanhadas por corais e músicos tocando instrumentos de sopro,
cordas e percussão. Tocavam peças escolhidas da música espanhola, francesa e italiana. Padres
compositores destacam-se nas missões, como os padres Antonio Sepp e Domenico Zipolli.
Com o fim da prática musical dos Povos Missioneiros os índios voltaram a retomar sua
música e cantos antigos, que hoje podemos ouvir praticada pelos habitantes das aldeias indígenas da
região das Missões. Notamos aí a influência dos instrumentos que conheceram com a experiência
missioneira e hoje incorporam na sua música atual instrumentos conhecidos naquela época, como
violino, violão e retomaram a utilização de instrumentos de sua cultura musical antiga, como o
chocalho. Já os tambores eram utilizados em ambas tradições musicais (Preiss, 1988).
12) IDENTIFIQUE OS INSTRUMENTOS MUSICAIS. Marque com 1 círculo qual
instrumento é típico somente da música indígena e com 2 círculos qual instrumento
era utilizado tanto na música indígena quanto na música barroca:
Cravo
(cordas)
Oboés
(sopro)
Harpa
(cordas)
Violino
(cordas)
Chocalho
(percussão)
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13) LIGUE OS DESENHOS ÀS SUAS SOMBRAS. Identifique assim alguns
elementos da cultura missioneira jesuítica e guaranií.
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Os índios pré-históricos que habitavam nossas terras há muitos milênios atrás
eram caçadores-coletores e viviam do produto da caça/pesca e coleta de alimentos que a
natureza oferecia. Por isso tinham um modo de vida sazonal, precisando mudar constantemente
seus assentamentos em busca de novos recursos para sua sobrevivência.
Já os índios guarani, que desceram da região amazônica para as terras do Sul a cerca de
2 mil anos atrás, trouxeram consigo a técnica da horticultura, o que permitiu sua sedentarização,
ou seja, fixar permanentemente suas aldeias no local onde plantavam suas hortas, que além da
caça/pesca e coleta disponibilizados pela natureza, permitia-lhes um sustento de forma duradoura.
Na época das missões os jesuítas organizaram sua produção com extensas plantações e
criações de gado em suas estâncias, com a criação de animais de onde tiravam o seu sustento e
comercializavam o excedente. Do gado extraíam a carne, o leite, o couro; da ovelha a carne e a lã,
dos algodoais o algodão para tecer suas vestes e das suas diversas plantações alimentos diversos,
dentre os quais milho, fumo e erva-mate, da qual Santo Ângelo destacou-se por ser a maior
produtora entre os Sete Povos. Os jesuítas também trouxeram novos alimentos como o trigo e a
uva, além de diversos novos gêneros alimentícios.
14) PINTE OS ALIMENTOS: Pinte os alimentos que os indígenas guaranis deixaram
de legado e influencia nossa alimentação até os dias atuais:
Abóbora
Mandioca
Milho
Batata Doce
Feijão
Amendoim
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Santo Ângelo possui uma rica história. Vamos conhecer um pouco mais sobre o
passado desta cidade através de um jogo de trilhas impulsionado por muitas perguntas.
Imprima e jogue este jogo da trilha auxiliado com o dado, pinos e cartões de
perguntas cujos moldes constam no final desta cartilha (veja as páginas 36 a 38).
É só recortar, colar e começar a jogar!
15) JOGO DA TRILHA: Que vença quem responder melhor os desafios apresentados nas
cartelas sobre a história e arqueologia da antiga Santo Ângelo (resposta na pág. 40)!
Errou?
Volte ao início..
Acertou?
Avance
1 casa.
Errou?
Volte 3 casas.
Você está
com sorte!
Avance2casas.
Acertou?
Avance
2 casas.
Fique sem
jogar por
2 rodadas.
Pule
sua vez.
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16) CONTE AS LETRAS: Conte as letras das palavras e ligue ao número
correspondente. Caso você não saiba o significado de alguma delas, é uma ótima
oportunidade para uma pesquisa (resposta na pág. 40):
Índio O
Vestígio O
Igreja O
Arqueólogo O
Pá O
Caá O
Cruz O
Escavação O
O 3
O 2
O 5
O 6
O 7
O 8
O 9
O 10
Jesuíta O
O 4
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17) PALAVRAS CRUZADAS: Pesquise e preencha de acordo com as perguntas
(resposta na pág. 41)
Horizontais:
1 - Como eram conhecidos os paulistas que vieram apresar/escravizar os índios guaranis.
2 - Pedra de cor rosada muito utilizada nas construções e esculturas jesuíticas.
3 - Rocha que era chamada de “pedra cupim” da qual se extraia o metal.
4 - Nome em guarani dado a recipiente para preparação de alimentos.
5 - Casa onde ficavam as viúvas e os órfãos.
6 - Padre fundador da última redução jesuítica das missões “San Angel Custódio”.
7 - Nome da primeira redução do segundo ciclo das Missões.
8 - Produzido em grandes quantidades em “San Angel” e seu excedente era exportado para Buenos Aires.
9 - Tubérculo muito cultivado pelos índios guaranis antes da chegada dos europeus na América.
10 - Produto da origem animal de grande interesse pelos europeus proveniente das reduções.
Horizontais:
1 - Padre jesuíta que iniciou a fundição do ferro nas missões.
2 - Principal edificação dentro de uma redução jesuítica.
3 - Um dos principais líderes indígenas na guerra guaranítica.
4 - Pedra muito resistente usada no alicerce das construções jesuíticas.
5 - Prédio atual na moderna Santo Ângelo que está sobre o antigo cemitério jesuítico.
6 - Instituição administrativa das reduções.
7 - Nome do local onde eram cultivadas frutas e hortaliças para os jesuítas.
8 - Tratado assinado por Espanha e Portugal, em que dividia em dois o território Sul-americano.
9 - Batalha vencida pelos índios missioneiros contra os bandeirantes permitindo a criação dos Sete Povos.
10 - Idioma falado nas reduções.
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Existem 2 aldeias indígenas na região das Missões, Tekoá Ko’enjú, que significa
“Aldeia Alvorecer”, em São Miguel das Missões, e Tekoá Pyãú, que significa “Aldeia Nova”,
em Santo Ângelo.
Seus habitantes ainda mantém vivo o modo de vida dos antigos guaranis misturado
com influências da época do convívio com os jesuítas durante os séculos XVII e XVIII, além de
influências com a sociedade moderna atual. Vamos refletir em sala de aula sobre isso?
18) JOGO DOS 7 ERROS: Observe atentamente a primeira imagem*
e tente
descobrir 7 erros existentes na segunda imagem (resposta na pág. 41):
*
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=170&Caderno=0&Noticia=403485
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19) JOGO DA MEMÓRIA: Imprima 2 vezes o conjunto de imagens a seguir que
lembram cenas das pesquisas arqueológicas no Centro Histórico de Santo Ângelo.
Depois distribua aleatoriamente as cartas com as imagens viradas para baixo.
O primeiro participante deve virar uma das cartas e tentar achar outra imagem igual. Caso não
achar, devolva as cartas e o próximo joga... A brincadeira termina quando todos os pares forem
achados. Quem conseguir o maior número de cartas vence a partida.
(Fonte das fotos: Banco de Imagens do NArq/MMJOM).
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20) QUEBRA CABEÇA: Recorte as peças e monte o quebra-cabeça da imagem da
Catedral Angelopolitana:
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35
Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial
“Jornadas de Arqueologia Missioneira”
– Orientações para os Jogos –
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36
Orientações para a Atividade 15 - Jogo da Trilha (pg. 27):
1. Materiais: Você mesmo poderá reproduzir 1 dado, no mínimo 2 e no máximo 4 pinos,
além de 18 cartelas com perguntas para o Jogo da Trilha. É só imprimir esta folha com os modelos
abaixo e recortar o material (se preferir uma consistência mais firme das peças, cole os recortes
sobre uma cartolina mais consistente. E não esqueça de colorir cada pino com cores diversas para
diferenciar os jogadores).
2. Como Jogar: Para inicar o jogo, empilhe as cartas em um canto. Coloque os pinos em cima da casa
que está escrito “Início”. Então escolha quem irá começar. Na vez de cada jogador primeiro lança-se
o dado, avance o pino o mesmo número de casas indicado pelo dado e então retirar uma cartela e
tentar responder. Se acertar, avança uma casa. Se errar, continua onde está. Caso cair em uma casa
que tenha algo escrito, o jogador deverá obedecer a ordem expressa. Depois, é a vez do participante
seguinte. Termina quem chegar primeiro na casa que está escrito “Fim”. Ao final do jogo
os participantes ficarão sabendo um pouco mais sobre a história da antiga redução jesuítica de
Santo Ângelo Custódio!
Molde para a confecção de dado de papel Molde para a confecção dos pinos de papel
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37
3. Cartões de Perguntas do Jogo da Trilha para imprimir e recortar *
:
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Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
1. Cite pelo menos 1 tipo
de artefato talhado em
pedra (lascada ou polida)
que era utilizado pelos
antigos indígenas que já
habitavam a região das
Missões em tempos pré-
históricos?
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Jogo da Trilha
2. Os vestígios mais antigos
de sítios pré-históricos no
território de Santo Ângelo
e em toda a região das
Missões remontam a quantos
milhares de anos atrás?
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Jogo da Trilha
3. Como era chamada
a região do território
americano onde foram
implantados nos séculos
XVII e XVIII os povoados
missioneiros?
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Jogo da Trilha
4. Quais países existem hoje
no local onde nos séculos
XVII e XVIII havia a
“Província Jesuítica do
Paraguai” e suas Missões?
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Jogo da Trilha
5. Quantas reduções
jesuíticas existiram ao
mesmo tempo no auge
da experiência missioneira?
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Jogo da Trilha
6. A região do Tape era
conhecida como o território
do lado oriental do Rio
Uruguai, onde hoje está
qual estado brasileiro?
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Jogo da Trilha
7. Quantas missões foram
implantadas durante o
1º Ciclo Missioneiro na
região do Tape?
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Jogo da Trilha
8. Quantas missões foram
implantadas durante o
2º Ciclo Missioneiro na
região do Tape?
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Jogo da Trilha
9. Como se chama a Batalha
ocorrida em 1641, em que
os guarani derrotaram os
bandeirantes, permitindo que
os jesuítas implantassem o
2º Ciclo das Missões no
território do Tape?
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Jogo da Trilha
10. Em que ano foi
implantado o Tratado
de Madri?
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Jogo da Trilha
11. Quais os anos em
que ocorreu a Guerra
Guaranítica?
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Jogo da Trilha
12. Em que década do
século passado foram
realizadas as primeiras
pesquisas arqueológicas no
município de Santo Ângelo?
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Jogo da Trilha
13. Em que ano foram
iniciadosprogramascontínuos
de pesquisas arqueológicas
em Santo Ângelo?
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Jogo da Trilha
14. Em que século vigorou
a redução jesuítica de
Santo Ângelo Custódio?
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Jogo da Trilha
15. O que se encontra no
subsolo da área do Centro
Histórico de Santo Ângelo?
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Jogo da Trilha
16. Qual o nome do Padre
que fundou a redução de
Santo Ângelo Custódio?
*
Para os cartões de perguntas ficarem mais resistentes, eles podem ser colados sobre uma cartolina e/ou serem plastificados.
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38
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Jogo da Trilha
17. A redução de Santo
Ângelo Custódio foi um
desmembramento de qual
outra redução?
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Jogo da Trilha
18. Como era chamado o
prédio que abrigava as
índias viúvas e os índios
órfãos de uma redução?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
19. Como era chamado o
prédio onde os caciques
reuniam-se para auxiliarem
os padres na tomada de
decisões de um povoado
missioneiro?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
20. O “Plano del Pueblo de
Santo Angel de las Misiones
Guaranis” é a planta mais
antiga que se conhece desta
redução. Em que ano ela
foi desenhada?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
21. Como era conhecida o
tipo de música tocada na
época das Missões?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
22. Os sons dos
instrumentos da música
barroco-missioneira eram
produzidos através de
percussão, sopro e ... ?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
23. Em quais tipos de
material eram esculpidas as
imagens sacras da arte
barroco-missioneira?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
24. Qual o nome de uma
rara escultura missioneiro
que é exibida na Catedral
Angelopolitana?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
25. Qual era o nome do
escultor austríaco que
elaborou as estátuas dos
padroeiros dos Sete Povos
das Missões no frontispício
da Catedral Angelopolitana?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
26. Qual é a imagem que
está em destaque na
fachada da Catedral Angelo-
politana?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
27. Qual era o nome dado às
pessoas que reocuparam o
local das antigas ruínas da
redução de San Angel para
criar a moderna cidade de
Santo Ângelo?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
28. O local que antes
abrigava a Plaza Mayor da
redução de San Angel hoje
abriga uma praça remodelada
que leva o nome de um dos
principais repovoadores de
Santo Ângelo. Qual o nome
dessa praça?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
29. Quais esculturas estão
representadas no Arco dos
30 Povos na Praça Pinheiro
Machado?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
30. Qual o nome que os
arqueólogos definem suas
descobertas?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
31. Como se chama o local
onde estão evidenciadas
as escavações arqueológicas
ao redor da Catedral
Angelopolitana?
Projeto de Educação Patrimonial
Jornadas de Arqueologia Missioneira
Jogo da Trilha
32. Qual o nome das
unidades com vitrines
expositivas espalhadas no
pavimento da área do
Museu a Céu Aberto de
Santo Ângelo?
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MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA
NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES
.
39
Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial
“Jornadas de Arqueologia Missioneira”
– Respostas / Soluções –
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MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA
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.
40
Respostas para os Cartões de Pergunta da Atividade 15 - Jogo da Trilha (pg. 37-38):
1. Raspador, ponta de flecha, machado, boleadeira. 17. Concepción de la Sierra;
2. Entre 12.000 a 8.000 anos atrás; 18. Cotiguaçu;
3. Província Jesuítica do Paraguai; 19. Cabildo;
4. Paraguai, Argentina e Brasil; 20. Em 1784;
5. Trinta; 21. Barroco-Missioneira;
6. Rio Grande do Sul; 22. Cordas;
7. Dezoito; 23. Pedra e madeira;
8. Sete; 24. Cristo Morto;
9. Mbororé; 25. Valentim Von Adamovich;
10. Em 1750; 26. Anjo da Guarda;
11. Entre 1754-1756; 27. Repovoadores;
12. Década de 60; 28. Praça Pinheiro Machado;
13. Em 2006; 29. Anjo da Guarda e índio guarani;
14. Século XVIII; 30. Vestígios;
15. Ruínas da redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio; 31. Museu a Céu Aberto;
16. Padre Diogo Haze; 32. “Janelas arqueológicas”
Respostas para a Atividade 16 - Conte as Letras (pg. 28):
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MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA
NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES
.
41
Respostas para a Atividade 17 - Palavras Cruzadas (pg. 29):
Horizontais: Verticais:
1 - Bandeirantes 1 - Antonio Sepp
2 - Arenito Grês 2 - Igreja
3 - Itacuru 3 - Sepé Tiaraju
4 - Yapepó 4 - Basalto
5 - Cotiguaçu 5 - Prefeitura
6 - Diogo Haze 6 - Cabildo
7 - São Francisco de Borja 7 - Quinta
8 - Erva Mate 8 - Tordesilhas
9 - Mandioca 9 - Mbororé
10 - Couro 10 - Espanhol
Respostas para a Atividade 18 - Jogo dos 7 Erros (pg. 30):
◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO
MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA
NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES
.
42
BIBLIOGRAFIA
ALBUQUERQUE, M. et alii. Atlas Histórico Escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991.
BOFF, C. A Imaginária Guarani: O Acervo do Museu das Missões. Santo Ângelo: EDIURI, 2005.
CAINO, T. Mapa Arqueológico de Santo Ângelo. Santo Ângelo: NArq/MMJOM, 2015.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
HORTA, M., GRUNBERG, E. & MONTEIRO, A. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília, IPHAN,
Museu Imperial de Petropólis, 1999.
MAEDER, E. & GUTIERREZ, R. Atlas Territorial e Urbano das Missões Jesuíticas dos Guaranis.
Argentina, Paraguai e Brasil. Sevilla: Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, 2010.
MARCHI, D. Palco, política e poder: o teatro do oprimido no ensino de História. URI: Santo Ângelo, 2007.
PREISS, J. H. A música nas missões jesuíticas nos séculos XVII e XVIII. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1988.
RECH, R. Programa de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico das Obras de Modificações
na Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio.
Santo Ângelo: Convênio Técnico-Científico PMSA-URI, 2006.
______. Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de Obras no Centro
Histórico de Santo Ângelo, Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio.
Santo Ângelo, NArq-MMOM/SETUR/PMSA, 2008.
______. Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”. Santo Ângelo,
NArq-MMOM/SETUR/PMSA, 2009.
______. “Arqueologia urbana no Centro Histórico de Santo Ângelo: a identificação da Redução de
Santo Ângelo Custódio” In: Anais do XII Simpósio Internacional IHU - A Experiência Missioneira:
Território, Cultura e Identidade. São Leopoldo: UNISINOS, pp. 251-278 (disponível em
http://www.ihu.unisinos.br/livros/experiencia-missioneira.zip).
RECH, R. & FARIAS, C. “O Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira” In:
IBRAM. Educação Museal: Experiências e Narrativas: Prêmio Darcy Ribeiro 2010. Brasília: IBRAM,
2012, v. 1, pp. 100-107 (disponível em http://museuolavomachado.blogspot.com.br/2015/05/leia-o-
artigo-sobre-o-projeto-de.html).
RECH, R. & FINOKIET, B. “O Projeto de Educação Patrimonial Oficinas de História e Arqueologia Missioneira” In:
Livro de Resumos do 1º Fórum Latino-Americano de Educação Patrimonial - Arqueologia, Museus
e Responsabilidade Social. Pelotas: UFPEL, 2008. v. 1. p. 36.
RECH, R., WOLSKI, M. & FOLETO, L. “Esquema da sobreposição das igrejas dos séc. XVIII, XIX e XX construídas
no mesmo local no Centro Histórico de Santo Ângelo” In: RECH, R. Relatório do Programa
de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico das Obras de Modificações na
Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio.
Santo Ângelo: Convênio Técnico-Científico PMSA-URI, 2007.
SCARAMELLA, G. “Onde está a Redução Jesuítica Missioneira?” In: Jornal das Missões, p. 03,
15 de dezembro de 1990.
SILVEIRA, H. As Missões Orientaes e seus Antigos Domínios. Porto Alegre: Typografia da Livraria Universal
de Carlos Echenique, 1909.

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Cartilha_Digital_Jornadas_Arqueologia_Missioneira_NArq_MMJOM_(RECH_et_al_2015)

  • 1. Raquel Machado Rech (Org.) Leandro da Silva Zimmermann Eduardo de Lima da Luz Laís Francine Weyh Santo Ângelo, 2015 Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Realização: Execução: Apoio Cultural: Fomento à Pesquisa: PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO Secretarias de Turismo, Educação e Cultura 14ª Coordenadoria Regional de Educação
  • 2. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 2 FICHA TÉCNICA Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” 1ª Edição - Digital (RECH et al 2015) Autoria: Profa. Dra. Raquel Machado Rech - Arqueóloga Coord. Geral do Projeto Leandro S. Zimmermann - Acad. História/Annhanguera - Bolsista PMSA Eduardo de Lima da Luz - Acad. História/Unijuí - Bolsista FAPERGS Laís Francine Weyh - Acad. Pedagogia/URI - Bolsista FAPERGS Realização: Prefeitura Municipal de Santo Ângelo Secretarias Municipais de Cultura, Turismo e Educação Execução: Museu Municipal Dr. José Olavo Machado / Núcleo de Arqueologia Apoio Cultural: SEDUC-RS/14a.CRE Viação Tiarajú Loja Flecha Mágica Fomento à Pesquisa: FAPERGS - Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul
  • 3. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 3 ÍNDICE Apresentação ......................................................................................................... .... 04 Breve Histórico das Pesquisas Arqueológicas em Santo Ângelo ................................. 09 Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” Exercícios ................................................................................................................... 12 1) Pinte no mapa o território dos Trinta Povos das Missões 13 2) Una os pontos e descubra missões com o mesmo nome 14 3) Pinte o desenho das ruínas de Santo Ângelo 15 4) Pesquise o significado das palavras 16 5) Identifique nas fotos antigas 16 6) Complete a figura da Catedral 17 7) Complete com o nome do que havia antes 18 8) Una os pontos e descubra o que há na Praça 20 9) Organize os nomes dos vestígios arqueológicos 21 10) Desenhe uma escultura missioneira 22 11) Identifique os Padroeiros dos Sete Povos 23 12) Identifique os instrumentos musicais 24 13) Ligue os desenhos às suas sombras 25 14) Pinte os Alimentos 26 15) Jogo da Trilha 27 16) Conte as Letras 17) Palavras Cruzadas 28 29 18) Jogo dos 7 Erros 30 19) Jogo da Memória 31 20) Quebra Cabeça 34 Orientações para os Jogos........................................................................................... 35 Respostas/Soluções..................................................................................................... 39 Bibliografia................................................................................................................. . 40
  • 4. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 4 Apresentação A difusão cultural para a comunidade escolar dos bens materiais que contam a história de seu passado e da evolução da sua história local por si só justifica este projeto, assim como a preservação da história de sua cultura material. Desta maneira, este Projeto permite oportunizar à comunidade o conhecimento crítico de sua história e a apropriação consciente do seu patrimônio cultural, levando ao fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania, como bem nos lembra esta afirmativa: A Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o a compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural. (HORTA et al, 1999:6) Esta cartilha digital é o resultado das atividades desenvolvidas pela equipe do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Dr. José Olavo Machado - NArq/MMJOM 1 através do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”. Este projeto foi originalmente elaborado no ano de 2009, sob a coordenação geral da arqueóloga profa. Dra. Raquel Rech, então coordenadora do NArq/MMJOM, para ser executado pelas diferentes equipes de estagiários e bolsistas deste Núcleo e atender a extroversão das pesquisas arqueológicas realizadas na área do Centro Histórico de Santo Ângelo 2 – o qual abriga em seu subsolo remanescentes da Redução Jesuítico-Guarani de Santo Ângelo Custódio – visando ensinar de forma lúdica sobre o passado desta antiga redução que vigorou na primeira metade do séc. XVIII, por meio de seus vestígios arqueológicos in loco, mais especificamente no entorno da Praça Pinheiro Machado e da Catedral Angelopolitana, atendendo à legislação arqueológica nacional que determina a execução de atividades de educação patrimonial em pesquisas arqueológicas. Destinado inicialmente a alunos de 4ª Série e 5º Ano do Ensino Fundamental das Redes Municipal e Estadual de Ensino de Santo Ângelo – quando se ensina a história das Missões Jesuíticas na grade curricular – o projeto foi elaborado de forma lúdica contanto com uma grande inovação no processo de ensino-aprendizagem local por meio de intervenções cênicas interativas de atores caracterizados de personagens históricos 3 durante a explanação dos conteúdos ensinados, que versam sobre a vida quotidiana nas missões, trazendo o foco para a redução de Santo Ângelo Custódio, pertencente ao passado desta comunidade. 1 Dentre as atividades competentes ao NArq-MMJOM – unidade da Prefeitura destinada ao gerenciamento do patrimônio arqueológico de Santo Ângelo, destaca-se o monitoramento arqueológico de obras na área do Centro Histórico da cidade; a manutenção do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio; a organização de exposições; e atividades de educação patrimonial. 2 Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de Obras no Centro Histórico de Santo Ângelo, Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio. 3 Estagiários do NArq-MMJOM treinados com roteiros oferecidos pelos diretores das Oficinas de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de Santo Ângelo, Darlan Marchi e Juliani Borchard, entre os anos de 2009 a 2011.
  • 5. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 5 Este projeto de educação patrimonial segue as premissas do Construtivismo, preconizado por Jean Piaget, que trouxe a ideia de que o aprendizado é construído pelo aluno. Educar para Piaget é ‘provocar a atividade’ partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. Esta concepção de conhecimento e aprendizagem parte da ideia de que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio, isto é, ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada. Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, mas numa questão de adaptação a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas interpretações com base nas suas experiências. O próprio mundo sensorial com que se depara é um resultado das relações que se mantém com este meio, de atividade perceptiva para com ele, e não um meio que existe independentemente. Daí a importância da forma lúdico-interativa com o meio ao que o projeto Jornadas de Arqueologia Missioneira se propõe a ensinar sobre a história da antiga redução jesuítica existente no local da cidade moderna de Santo Ângelo. Daí a importância da forma lúdico-interativa com o meio ao que o projeto “Jornadas de Arqueologia Missioneira” se propõe a ensinar sobre a história da antiga redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio que vigorou durante o século XVIII no mesmo local onde hoje está localizado o Centro Histórico da moderna cidade de Santo Ângelo. Dessa forma, identificamos neste projeto o que Paulo Freire define como ‘ensinar exige curiosidade’: O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser. Um ruído, por exemplo, pode provocar minha curiosidade. Observo o espaço onde parece que se está verificando. Aguço o ouvido. Procuro comparar (...) Investigo melhor o espaço (...) Admito hipóteses (...) Elimino algumas até que chego a sua explicação. (FREIRE, 1996:98) Para facilitar o ensino de forma lúdica, o projeto de educação patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira insere uma nova modalidade que confere grande importância para o processo de ensino-aprendizagem: a interação entre personagens históricos e alunos. Isso ocorre através de intervenções cênicas interativas de atores caracterizados de personagens históricos durante a explanação dos conteúdos ensinados, que versam sobre a vida quotidiana nas missões, trazendo o foco para a redução de Santo Ângelo Custódio, pertencente ao passado desta comunidade.
  • 6. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 6 Nesse sentido, o papel do teatro x educação traz uma colaboração ainda não experimentada nos projetos de educação patrimonial relacionados à pesquisas de Arqueologia Histórica já realizadas em Santo Ângelo, preenchendo assim um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem: Por ser uma disciplina ligada aos acontecimentos do passado, a História auxilia o indivíduo a perceber a trajetória do ser humano na construção da realidade em que está colocado. Através dos aconte- cimentos e dos questionamentos que o passado nos coloca, a História nos auxilia a repensar as questões da atualidade. Ela aguça no homem o exercício da reflexão. Exercício este que não é exclusivamente apenas da História, mas também de outras ciências humanas, que possuem em sua gênese a ativação do pensamento crítico-reflexivo. Isso ocorre no momento em que procura analisar ao fundo a formação de cenários históricos em diferentes aspectos da vida em sociedade e nos mais diferentes momentos da história da humanidade. (MARCHI, 2007:36=37) O projeto é executado em diferentes momentos ministrados pela equipe do NArq/MMJOM, de forma a contemplar experiências cognitivas, lúdicas e sensoriais com os alunos no processo de ensino-aprendizagem de sua história local, destacando-se:  Palestras audiovisuais na atual Praça Pinheiro Machado (local da Plaza Mayor da antiga redução);  Visita guiada às “janelas arqueológicas” do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio;  Pausa para “lanche temático” (onde são experimentados sabores consumidos na época missioneira por meio de uma lista de sugestão de alimentos fornecidos para serem preparados pelas merendeiras das escolas participantes);  Audição de música barroco-missioneira;  Intervenções cênicas de personagens históricos x arqueólogos x alunos;  Oficinas de arqueologia com escavações simuladas;  Oficinas de cerâmica (elaboração de miniaturas de cerâmica guarani);  Oficinas de desenho;  Emissão de certificados de participação; e  Emissão de uma Folha de Atividades Pós-Oficina, cuja matriz é cedida às escolas participantes para continuidade dos estudos de forma lúdica em sala de aula.
  • 7. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 7 Este projeto teve grande receptividade na rede escolar de Santo Ângelo, tornando-se programação já inserida na grade curricular das redes municipal e estadual de ensino da cidade, alcançando centenas de alunos a cada ano sendo direcionado à rede municipal durante o 1º semestre letivo e à rede estadual durante o 2º semestre letivo.4 5 O projeto teve enorme alcance e reconhecimento que no seu segundo ano de atuação foi um dos projetos reconhecidos pelo PRÊMIO DARCI RIBEIRO 2010, concedido pelo Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM/Minc, por configurar dentre as melhores ações educativas de museus brasileiros, tendo sido selecionado para publicação em revista editada pelo IBRAM/Minc 6 (RECH & FARIAS 2012). A iniciativa de ampliar a antiga Folha de Atividades Pós-Oficina, cedida às escolas participantes do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” nesta Cartilha Digital, cumpre dois objetivos principais: Primeiramente cumpre com a ampliação do público-alvo a ter acesso a esta atividade educativa, pois se antes a antiga Folha de Atividades Pós-Oficina era fornecida somente às turmas das escolas participantes, atingindo apenas algumas de centenas de alunos por mês de atividade, com a disponibilidade desta Cartilha Digital o público passa a ser qualquer pessoa interessada em conhecer e praticar o estudo de forma lúdica sobre aspectos da Arqueologia Histórica Missioneira, principalmente sobre a Arqueologia e História da antiga redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio, que as pesquisas desenvolvidas pelo NArq/MMJOM podem extroverter assim à comunidade. Outro objetivo alcançado com a transformação da antiga Folha de Atividades Pós-Oficina nesta Cartilha Digital é o resultado da concessão de 2 bolsas do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul - PIBIC/FAPERGS ao NArq/MMJOM durante o ano de 2015. Sendo que aos bolsistas selecionados para a concessão destas bolsas, os então estagiários Eduardo Lima da Luz (acadêmico de História da UNIJUÍ) e Laís Francine Weyh (acadêmica de Pedagogia da URI) ficaram incumbidos de aprimorar e criar novas atividades para a cartilha – subdividindo-as para diferentes públicos que vão desde a Educação Infantil pré-escolar, com ênfase no ensino lúdico, quanto ao Ensino Fundamental, tanto voltado para os anos iniciais, 1º ao 5º Ano, baseado em princípios de interdisciplinaridade e contextualização voltados para o letramento, alfabetização e incentivo à pesquisa, quanto aos anos finais, 6º ao 9º Ano, baseado em princípios de interdisciplinaridade e contextualização. Para não deixar de contemplar um público escolar de idade maior, algumas atividades também são apresentadas para contemplar o Ensino Médio, exigindo um maior grau de complexidade e concentração. 4 Contanto com o apoio das Secretarias Municipais de Cultura, Turismo, e Educação, bem como da 14ª Coordenadoria Regional de Educação (14ª CRE) para a articulação logística de deslocamento, fornecimento dos lanches temáticos e impressão dos certificados de participação dos alunos. 5 Já para as escolas da rede particular de ensino de Santo Ângelo, a programação ocorre em agendas especiais, como na Semana do Município, ocorrida em março, ou na semana do Dia do Arqueólogo, ocorrida em Julho. 6 Edital Nº 9 de 18 de Junho de 2010: Resultado do Concurso Prêmio Darcy Ribeiro, publicado no D.O.U. em 8 de julho de 2010.
  • 8. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 8 Desta forma, esta Cartilha Digital atinge não só um público maior da comunidade escolar, mas também toda a comunidade em geral, ampliando assim seu público-alvo para toda a comunidade escolar, bem como demais interessados em geral. A elaboração desta cartilha contou também com a colaboração do já atuante bolsista e então estagiário da Prefeitura Municipal durante o ano de 2015, Leandro da Silva Zimmermann (acadêmico de História da Faculdade Anhanguera), que também colaborou incondicionalmente com as tarefas de aprimoramento das atividades de educação patrimonial voltada à arqueologia, bem como a extroversão destas atividades à comunidade de forma virtual através do Blog do Museu Dr. José Olavo Machado (http://museuolavomachado.blogspot.com.br). Esperamos, com isso, que o público interessado em fazer as atividades propostas nesta Cartilha Digital aprenda e se divirta muito e que novas equipes e novas atividades sejam sempre acrescentadas em anos vindouros! Arqueóloga Raquel Machado Rech e equipe do NArq/MMJOM Setembro de 2015
  • 9. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 9 Breve Histórico das Pesquisas Arqueológicas em Santo Ângelo Antes do início de programas de pesquisas arqueológicas sistemáticas realizados por iniciativa da Prefeitura Municipal de Santo Ângelo, para ter uma melhor gerência sobre seu patrimônio arqueológico, várias pesquisas pontuais já foram realizadas por diferentes arqueólogos desde o final da década de 60 do século passado, tanto na zona urbana quanto na zona rural.7 Deste então já foram identificados 44 sítios arqueológicos – pré-históricos e históricos – em toda a extensão territorial do município, conforme demonstra o mapa abaixo.8 7 Santo Ângelo já foi alvo de diferentes pesquisas arqueológicas pontuais – tanto acadêmicas como de licenciamento ambiental – que já levaram à identificação de dezenas de sítios arqueológicos, pré-históricos e históricos, distribuídos por toda a extensão territorial do município, destacando-se nessa trajetória nomes de arqueólogos como José Proença Brochado, Giovane Scaramella, Cláudio Carle, Gislene Monticeli, Saul Milder, Sérgio Klamt, André Soares, Juliano Campos e Raquel Rech. 8 No mapa, os sítios que constam além da configuração territorial atual do município foram registrados no IPHAN à época em que pertenciam à Santo Ângelo, o qual diminuiu de extensão territorial com desmembramentos posteriores. CAINO, 2015 Figura adaptada do Mapa Arqueológico de Santo Ângelo (CAINO, 2015)
  • 10. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 10 a) ) b) ) Desde o ano de 2006 o município de Santo Ângelo vem executando programas contínuos de pesquisas arqueológicas9 que visam descobrir um pouco mais sobre a história da redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio, que vigorou durante o séc. XVIII,10 cujos remanescentes encontram-se no subsolo do Centro Histórico da cidade moderna de Santo Ângelo. 9 Realizados por iniciativa da Prefeitura de Santo Ângelo, inicialmente mediante um convênio de cooperação técnico-científica com o Centro de Cultura Missioneira da URI (2006-2007), e depois conduzido pela equipe do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Santo Ângelo (a partir de meados de 2007). 10 No sistema reducional, quando uma missão crescia muito era desmembrada em um novo povoado. A redução de Santo Ângelo Custódio foi um desmembramento da redução de Concepción de la Sierra, que hoje fica no atual território da Argentina. O Padre Cura que ficou encarregado dessa transmigração e implantação do novo povoado foi o Pe. Diogo Haze, o qual iniciou a construção do novo povoado no ano de 1706 – próximo ao entroncamento dos rios Ijuí e Ijuizinho, no moderno município de Entre-Ijuís – porém no ano de 1707 foi definitivamente instalado no topo da colina onde seus remanescentes encontram-se hoje, no subsolo da área do Centro Histórico na moderna cidade de Santo Ângelo. Assim como as demais reduções, conheceu seu fim como consequência da Guerra Guaranítica e da expulsão dos Jesuítas das Américas em 1768, fatos que aconteceram em decorrência do elevado sucesso econômico e autonomia administrativa que alcançaram em seus povoados, sendo vistas como uma ameaça nas Américas ao poder das Coroas ibéricas de Espanha e Portugal. Plantas utilizadas nas pesquisas arqueológicas em Santo Ângelo: a) Parte do ”Plano del Pueblo de Santo Angel de las Misiones Guaranis” (CABRER, 1784); b) Sobreposição da planta do traçado da atual cidade de Santo Ângelo sobre a planta de Cabrer (SCARAMELLA, 1990); c) Planta aerofotogramétrica da área do Centro Histórico de Santo Ângelo, Escala 1:10.000 (SMOV-PMSA 2006). c) )
  • 11. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 11 Durante o biênio 2006-2007, a Prefeitura de Santo Ângelo e a URI encabeçaram um convênio para arealizaçãodoProgramadeAcompanhamentoeMonitoramentoArqueológicodasObrasdeModificação da Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio,11 por ocasião das comemorações do aniversário de 300 anos da redução, que gerou diversas atividades de educação patrimonial, dentre os quais o projeto Oficinas de História e Arqueologia Missioneira (RECH & FINOKET, 2008). A maior contribuição deste projeto foi a criação do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítica de Santo Ângelo Custódio, com a distribuição de 9 “janelas arqueológicas” e painéis explicativos no entorno do calçamento da Catedral Angelopolitana, que permitem a visualização de remanescentes da antiga redução jesuítica em subsolo. A partir de 2008, a fim de melhor dar prosseguimento ao monitoramento arqueológico de diversas obras a ocorrer pela área do Centro Histórico de Santo Ângelo, foi criado o Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Dr. José Olavo Machado (NArq/MMJOM) e foi iniciado um projeto mais abrangente, o Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de Obras no Centro Histórico de Santo Ângelo, Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio.12 Este programa permitiu a descoberta de um mapeamento e resgate de vestígios da antiga redução em subsolo, gerando novo material para pesquisas, publicações, exposições, e atividades de educação patrimonial, destacando dentre suas contribuições à comunidade a criação do Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira,13 projeto subsidiado pela Prefeitura de Santo Ângelo14 que oferece ao público escolar que estuda Missões em sua grade curricular, diversas atividades interativas e de forma lúdica sobre o passado da antiga redução. Esta cartilha pretende, pois, expandir seu público alvo para toda a comunidade interessada em conhecer e aprender um pouco mais sobre a história da antiga redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio. 11 Contando com a coordenação geral da arqueóloga Raquel Rech e contando com a co-coordenação por parte da URI da profa. Claudete Boff, então coordenadora do Centro de Cultura Missioneira e de seu Núcleo de Arqueologia (NArq/CCM-URI). 12 Contando com a coordenação geral da arqueóloga Raquel Rech (NArq/MMJOM). 13 Sendo um dos projetos reconhecidos pelo PRÊMIO DARCI RIBEIRO 2010, concedido pelo IBRAM/Minc, por configurar dentre as melhores ações educativas de museus brasileiros. 14 Numa colaboração entre as Secretarias Municipais de Cultura, Educação e Turismo e contando com o apoio cultural da SEDUC-RS, da Viação Tiarajú e da Loja Flecha Mágica, elaborado e executado pela equipe do NArq/MMJOM.
  • 12. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 12 Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” – Exercícios –
  • 13. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 13 O Sul da América do Sul abrigava diferentes populações indígenas pré-históricas cujos remanescentes mais antigos datam entre 12.000 a 8.000 anos atrás, predominando artefatos talhados em pedra lascada e polida, como raspadores, mãos de pilão, pontas de flecha, machados e boleadeiras. Tempos depois da descoberta do continente americano pelos europeus no séc. XV a ordem religiosa dos Jesuítas implantou na região a “Província Jesuítica do Paraguai” entre os séculos XVII e XVIII com a instalação de diferentes povoados com o intuito de catequizar os nativos locais. Esta experiência, que no seu auge chegou a abrigar dezenas de povoados simultaneamente, ficou conhecida como os Trinta Povos das Missões, cujos remanescentes de seus povoados encontram-se hoje distribuídas entre os atuais territórios do Paraguai, Argentina e Brasil. Na região conhecida como Tape, território que compreende a banda oriental do Rio Uruguai, onde hoje está o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, podemos encontrar remanescentes de duas fases de ocupação: num primeiro momento, as Missões do Tape – conhecidas como 1ª Fase das Missões – que durou entre 1626 a 1637, foram implantadas 18 povoados que devido a constantes ataques de bandeirantes para apresamento de indígenas, tiveram que ser abandonadas ou transmigradas para a banda oriental do Rio Uruguai. Num segundo momento – conhecido como 2ª Fase das Missões – após vencidos embates com os bandeirantes na Batalha de Mbororé, em 1641, os jesuítas voltaram a implantar reduções no território do Tape entre 1682 a 1706, que ficaram consagradas como os Sete Povos das Missões, tendo iniciado seu processo de declínio em decorrência da não aceitação da troca deste território pelo da Colônia de Sacramento proposta pelo Tratado de Madrid (1750), a Guerra Guaranítica (1754-1756), e a expulsão dos jesuítas das Américas (1768). 1) PINTE NO MAPA O TERRITÓRIO DOS TRINTA POVOS DAS MISSÕES. Vamos colorir com diferentes cores os territórios que estão divididos entre o rio Uruguai e o rio Paraná. Assim descobriremos também quais ruínas estão localizadas nos atuais territórios do Paraguai, Argentina e Brasil: Figura adaptada do Mapa dos Trinta Povos das Missões Jesuítico-Guarani (MAEDER & GUTIERREZ, 2010: 21)
  • 14. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 14 2) UNA OS PONTOS E DESCUBRA MISSÕES COM O MESMO NOME. Descubra quais as duas reduções mantiveram seus nomes na 1ª e na 2ª fase das Missões. Ao descobrir quais eram, circule-as e una os pontos nos diferentes mapas: Figuras adaptadas do mapa “Reduções do Tape” (ALBUQUERQUE, 1991) 1ª fase de ocupação da região do TAPE (atual Rio Grande do Sul): 18 Missões (ALBUQUERQUE, 1991) 2ª fase de ocupação da região do TAPE (atual Rio Grande do Sul): 7 Missões (ALBUQUERQUE, 1991)
  • 15. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 15 Você sabia que Santo Ângelo tem a particularidade de ter 3 igrejas construídas no mesmo local? Uma em cada século? Nos sécs. XVIII, XIX e XX? A primeira e maior igreja foi construída quando da instalação da redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio no seu local definitivo a partir de 1707. A segunda, um tanto menor, foi construída pelos repovoadores em 1888 sobre os escombros da primeira. Por fim, em 1929 foi iniciada a construção da Igreja Matriz de Santo Ângelo, a terceira e última igreja construída no mesmo local, que mais tarde, a partir de 1962, foi elevada ao status de Catedral Angelopolitana devido ao fato de passar a abrigar um bispado em sua sede. Assim como com as demais missões jesuíticas, Santo Ângelo conheceu seu fim em decorrência do Tratado de Madri (1750), da Guerra Guaranítica (1754-1756) e da expulsão dos jesuítas das Américas em 1768. Há inúmera curiosidades sobre essas 3 igrejas. Vamos fazer algumas investigações sobre elas em sala de aula? 3) PINTE O DESENHO DAS RUÍNAS DE SANTO ÂNGELO. Vamos colorir o desenho que Carlos Pettermann fez em 186o deixando um registro de como ele viu as ruínas da antiga igreja da redução jesuítico-guarani de Santo Ângelo Custódio? Fachada das ruínas de Santo Ângelo Custódio. Desenho de Carlos Pettermann (SILVEIRA: 1909)
  • 16. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 16 Após um longo período de quase abandono e a partir da incorporação das Missões à Coroa Portuguesa em agosto de 1801, ainda no Brasil Colônia, ocorre uma polícia de ocupação das áreas livres do Sul do Brasil à época da passagem do Império para a República. Nesse contexto, a partir de 1830, ocorre um processo de repovoamento do antigo sítio de Santo Ângelo por luso-portugueses vindos da região de São Paulo, e mais tarde por levas de imigrantes europeus chegadas ao final do séc. XIX na região, sendo que várias edificações do novo povoado utilizaram remanescentes das ruínas da antiga redução nas suas construções. Nessa época também inicia-se a contribuição do ciclo do Tropeirismo no fornecimento de víveres para o novo povoado. A moderna cidade de Santo Ângelo firma-se como um novo município a partir de sua emancipação de Cruz Alta no ano de 1873. Dessa época data a sede da então Intendência Municipal e uma nova e pequena igreja erguida pelos repovoadores, a Igreja Matriz de Santo Ângelo, tendo sua construção iniciada em 1886 no mesmo local do antigo templo jesuítico, sendo inaugurada em 1888. Ao seu lado direito ficava o prédio da antiga Intendência (hoje abriga outro prédio, o do Palacete da Prefeitura) e ao seu lado esquerdo ficava o armazém de secos e molhados da antiga Casa Vicente José Rodrigues cujo prédio original ainda existe nos dias de hoje, porém com algumas alterações na fachada para abrigar comércio de lojas diversas. 4) PESQUISE O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS. Sublinhe as palavras ou expressões que você não conhece e depois faça uma pesquisa sobre seus significados. Você pode fazer também uma dissertação sobre um desses temas... 5) IDENTIFIQUE NAS FOTOS ANTIGAS. Este era o cenário de Santo Ângelo na virada do séc. XIX para o XX. Qual dos prédios abaixo ainda existe erguido no Centro Histórico de Santo Ângelo, mesmo que com modificações na fachada? Una as fotos: Antiga Igreja Matriz (1888) Antiga Sede da Intendência Municipal (1873) Casa de Secos e Molhados Vicente José Rodrigues (1895) Fonte das fotos: Arquivo Histórico Municipal Augusto César Pereira dos Santos
  • 17. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 17 Como você já sabe, no coração do Centro Histórico de Santo Ângelo já foram construídas 3 igrejas no mesmo local: o templo principal da redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio (séc. XVII), sob seus remanescentes foi erguida uma pequena igreja pelos repovoadores (séc. XIX) e a Igreja Matriz, posteriormente denominada de Catedral Angelopolitana* (séc. XX). Vamos investigar um pouco mais sobre essa história em sala de aula fazendo uma pesquisa de imagens sobre as 3 igrejas construídas no mesmo local? 6) COMPLETE A FIGURA DA CATEDRAL. Primeiro reconstrua a parte da Catedral que falta desenhando nos quadrados em branco. Depois, pinte-a deixando-a mais bonita: * A então nova Igreja Matriz de Santo Ângelo passou ao status de Catedral Angelopolitana do ano de 1962, com a instalação da Diocese (Bispado) em Santo Ângelo, e a ordenação de seu primeiro Bispo, Dom Aloísio Lorscheider.
  • 18. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 18 Antes: Cemitério ( _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ )/ Hoje: Prefeitura e Cam. Vereadores Antes: Igreja _ _ _ _ _ _ _ _ _ / Hoje: Catedral Angelopolitana Antes: Plaza _ _ _ _ _ Hoje: Pça. Pinheiro Machado Antes: _ _ _ _ _ _ _ (local de reunião dos caciques)/ Hoje: Farmácia Licht Antes: _ _ _ _ _ _ _ _ _ (abrigava viúvas e órfãos)/ Hoje: Quadra de lotes urbanos Antes: Pátio do _ _ _ _ _ _ _ e Pátio das _ _ _ _ _ _ _ _ /1 Hoje: Quadras de lotes urbanos As escavações na área do Centro Histórico de Santo Ângelo trouxeram à luz as evidências de algumas edificações da antiga redução que estão hoje sobre seu subsolo. Como todo o povoado missioneiro, ela possuía como estrutura principal uma igreja (no mesmo local hoje encontra-se a Catedral). De um lado da antiga igreja jesuítica ficava o cemitério, ou Campo Santo (onde hoje estão os prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores). Do outro lada da igreja ficavam o pátio do colégio e o pátio das oficinas (hoje encimado por lotes urbanos). Atrás da igreja ficava a horta dos padres, ou Quinta, onde eram plantados frutas, hortaliças e ervas. Em frente à igreja se situava a praça central, ou Plaza Mayor, (hoje é a Praça Pinheiro Machado), era circundada por quadras de casas de índios. Havia também edifícios com funções específicas na redução, como o Cotiguaçú, prédio que abrigava viúvas e órfãos, e o Cabildo, local de reunião dos caciques (hoje existe a Farmácia Licht no mesmo local). Havia uma rua principal de acesso que em seu encontro em frente à praça central era ladeada por 2 capelas. Esta rua foi tombada pelo município com o nome de “Rua Missioneira”. O arqueólogo Giovani Scaramella (1990) elaborou um esquema de sobreposição de uma planta antiga sobre a planta da moderna cidade de Santo Ângelo e assim foi possível estimar o que poderia ser encontrado em subsolo quando realizadas escavações arqueológicas nesta área. 7) COMPLETE COM O NOME DO QUE HAVIA ANTES. Vamos ajudar os arqueólogos a encontrar alguns vestígios relacionando as edificações que existiam na época da antiga redução com as que existem atualmente sobre o mesmo local? Antes: Rua principal de entrada da Redução ladeadapor2capelasemfrenteàPlazaMayor. Hoje: Rua tombada com o nome de “ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ” Sobreposição de Plantas de Santo Ângelo (SCARAMELA: 1990)
  • 19. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 19 Para melhor ensinar os estudantes informações sobre o passado missioneiro de Santo Ângelo, a equipe do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Santo Ângelo (NArq/MMJOM) desenvolveu o Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”, onde ao se percorrer a atual praça Pinheiro machado são desenvolvidas atividades para melhor lembrar diferentes aspectos da vida quotidiana daquela redução. Ao observarmos o mapa* na próxima página podemos conhecer um pouco mais das atividades deste projeto: ① Palestra audiovisual na atual Praça Pinheiro Machado (local da Plaza Mayor da antiga redução). Neste ponto ocorre também a pausa para lanche temático com alimentos consumidos na época das Missões, audição de música barroco-missioneira (composições do Pe. Domenico Zipolli), além das oficinas de escavações simuladas, desenho e cerâmica; ② Viagem imaginária no tempo em busca de perceber elementos da antiga redução (uma das 4 cruzes que circundavam a praça central, as edificações em volta da praça (casas de índios, capelas e cabildo, além de observar a rua principal de acesso à redução em frente à praça); ③ Travessia no “Arco dos 30 Povos” para saber a data de fundação e o nome de todos eles em espanhol, idioma falado na época das Missões; ④ Parada sobre a “Rosa dos Ventos”, local que indica os 4 pontos cardeais e nos faz lembrar que a redução de Santo Ângelo, ao contrário de todos os demais povoados missioneiros, era o único que tinha sua igreja voltada para o Sul, enquanto todos os outros tinham suas igrejas voltadas para o Norte; ⑤ Intervenções cênicas de personagens históricos x arqueólogos x alunos, quando o Pe. Diogo Haze, o fundador desta redução conta como eram as atividades diárias naquela época; ⑥ Visita guiada às “janelas arqueológicas” do Museu a Céu Aberto da Redução Jesuítico- Guarani de Santo Ângelo Custódio no entorno da Catedral Angelopolitana. * Na próxima página: esquema das atividades desenvolvidas pelo Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” (Fonte das imagens: Esquema da Sobreposição das Igrejas dos séc. XVIII, XIX e XX construídas no mesmo local no Centro Histórico de Santo Ângelo elaborado por RECH, R. WOLSKI, M. FOLLETO, L. (RECH, 2007); Planta da Remodelação da Praça Pinheiro Machado (SMOSU/PMSA, 2007); Ilustrações de N.A. Rech.
  • 20. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 20 8) UNA OS PONTOS E DESCUBRA O QUE HÁ NA PRAÇA. Você conhecerá o percurso adotado no Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” onde arqueólogos e personagens históricos ajudam a lembrar como era a vida quotidiana de Santo Ângelo na época das Missões (siga as informações da página anterior):
  • 21. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 21 9) ORGANIZE OS NOMES DOS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS: Coloque a letra inicial dos vestígios arqueológicos abaixo, e em seguida você descobrirá alguns dos artefatos que os arqueólogos encontraram durante as escavações em Santo Ângelo: ___ E D R A ___ A S C A D A R D P A E D A S L A C A _____________________ _____________________________ ___ E R Â M I C A C R E C Â I M A ________________________________ ___ S S O S O S O ____________________ ___ S C U L T U R A L R E A U T C S U _______________________________________
  • 22. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 22 Na época das Missões o uso de imagens religiosas foi muito importante no processo de evangelização adotada pelos jesuítas. Elas estavam presentes na decoração dos altares ou das praças em momentos especiais e eram conduzidas pelo povo nas procissões. Estas imagens causavam grande impacto aos nativos, facilitando a conversão ao cristianismo. A partir de modelos trazidos pelos padres jesuítas vindos da Europa, eram confeccionadas nas oficinas pelos índios que adquiriam grande domínio técnico, imprimindo também características indígenas nas feições das imagens sacras, cuja arte é conhecida como barroco-missioneira (BOFF, 2005). Os materiais usados nos trabalhos artesanais eram encontrados na própria região, como o cedro e o igary, árvores de excelente madeira para serem entalhadas, policromadas e douradas. Os corantes empregados eram extraídos de plantas ou minérios locais. Da erva mate se obtinha o verde, do urucum, o vermelho, do carvão o preto, do jenipapo o azul, do açafrão da terra o amarelo, da cal, o branco. Se as tintas, a madeira e a pedra eram encontradas no local, era necessário importar da Europa alguns pigmentos em pó, as folhas douradas e prateadas e os instrumentos para esculpir. A pedra foi pouco usada na escultura. Para as que eram colocadas em nichos na parte externa dos templos e na cantaria, usava-se o asperão (conhecido por pedra grês ou arenito grês). Uma das raras imagens de madeira daquela época que ainda sobrevive em Santo Ângelo é a do Cristo Morto, que se encontra em exibição na Catedral Angelopolitana. 10) DESENHE UMA ESCULTURA MISSIONEIRA: Observe atentamente as imagens abaixo de uma rara escultura missioneira do “Cristo Morto” que se preservou em Santo Ângelo e fica exposta na Catedral Angelopolitana. Faça um desenho em folha avulsa e tente reproduzí-la.
  • 23. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 23 São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ : Profeta, precursor do Messias e pregador do batismo. Foi primo de Jesus. Morreu em 26 d.C. decaptado por ordem do ReiHerodes. Através dos projetos e desenhos elaborados por Rudá Rockenbach se deu a construção da terceira e última igreja sob o mesmo espaço da antiga igreja da missão de Santo Ângelo Custódio, inspirada nas ruínas de São Miguel e foi construída em três momentos: 1º) Teve sua pedra inaugural implantada em 1929, construída ainda por cima da antiga igreja matriz que seguia em vigor até ser demolida mais tardiamente para finalização da obra da nave da igreja maior. 2º) Nos anos 50, a nova e maior igreja matriz ganha a sua fachada pelas habilidosas mãos do escultor austríaco Valentim Von Adamovich que elaborou as esculturas dos padroeiros dos Sete Povos das Missões, estando em destaque, ao centro, o padroeiro da redução que aqui existia, o Santo Anjo da Guarda; e 3º) Por fim, suas torres foram erguidas na década de 70 do século passado, com a contribuição do construtor Samuel Bombassaro. 11) IDENTIFIQUE OS PADROEIROS DOS SETE POVOS. Vamos identificar os padroeiros dos Sete Povos das Missões que estão esculpidos na fachada da Catedral Angelopolitana? Santo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ (ou Santo Ângelo Custódio): padroeiro do último dos Sete Povos. Foi esculpido em destaque num nicho central na fachada da igreja. Representado protegendo os índios da antiga redução que existia neste mesmo local. São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ : Morreu queimado na perseguição de Valeriano em Roma no ano de 258 d.C. Na imagem segura uma grelha com a mão esquerda. São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ : Portando um escudo e uma espada. É o Arcanjo que lidera os exércitos de Deus contra as forças do mal. São _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ : Patrono da Juventude. Jesuíta falecido aos 23 anos, vitimado por uma epidemia de tifo em 1691 em Roma, aguardando a morte imóvel com um crucifixo nas mãos. representadonaescultura. São _ _ _ _ _ : renunciou antigostítulos denobreza na Espanha para tornar- se um Jesuíta. Chegou a ser Superior Geral da Ordem, dando grande impulso às missões. FaleceuemRomaem1572. São _ _ _ _ _ _ _ : Bispo de Pátara, na Ásia Menor, foi conhecido por sua imensa caridade e milagres. Faleceu em Mira no ano de 350 d.C.
  • 24. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 24 Tambor (percussão) Muitas das tradições musicais dos povos indígenas pré-históricos – utilizando instrumentos feitos com cabaças, madeira, bambu, ossos e carapaças de certos animais, associados a cânticos sagrados que emanavam as forças divinas da natureza – não foram mais praticadas depois do contato ocorrido com a experiência missioneira, quando os indígenas aprenderam a música barroca, que por também ser sacra, foi de fácil aceitabilidade e impactou fortemente o ensino da catequese nas Missões. A música barroca foi introduzida no quotidiano das Missões e os índios atuavam como instrumentistas, cantores e construtores destes novos instrumentos de origem europeia, sob a orientação dos padres e irmãos jesuítas, criando assim uma fascinante cultura musical que ficou mundialmente conhecida como música Barroco Missioneira. As óperas eram cantadas e representadas dentro das igrejas. Não havia teatro. O conteúdo fundamental dessas óperas seguia o objetivo da catequização, dominado por temas religiosos. Cada povo missioneiro tinha orquestra e coros, os quais também faziam intercâmbio entre os povos, principalmente nas datas festivas. As missas eram acompanhadas por corais e músicos tocando instrumentos de sopro, cordas e percussão. Tocavam peças escolhidas da música espanhola, francesa e italiana. Padres compositores destacam-se nas missões, como os padres Antonio Sepp e Domenico Zipolli. Com o fim da prática musical dos Povos Missioneiros os índios voltaram a retomar sua música e cantos antigos, que hoje podemos ouvir praticada pelos habitantes das aldeias indígenas da região das Missões. Notamos aí a influência dos instrumentos que conheceram com a experiência missioneira e hoje incorporam na sua música atual instrumentos conhecidos naquela época, como violino, violão e retomaram a utilização de instrumentos de sua cultura musical antiga, como o chocalho. Já os tambores eram utilizados em ambas tradições musicais (Preiss, 1988). 12) IDENTIFIQUE OS INSTRUMENTOS MUSICAIS. Marque com 1 círculo qual instrumento é típico somente da música indígena e com 2 círculos qual instrumento era utilizado tanto na música indígena quanto na música barroca: Cravo (cordas) Oboés (sopro) Harpa (cordas) Violino (cordas) Chocalho (percussão)
  • 25. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 25 13) LIGUE OS DESENHOS ÀS SUAS SOMBRAS. Identifique assim alguns elementos da cultura missioneira jesuítica e guaranií.
  • 26. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 26 Os índios pré-históricos que habitavam nossas terras há muitos milênios atrás eram caçadores-coletores e viviam do produto da caça/pesca e coleta de alimentos que a natureza oferecia. Por isso tinham um modo de vida sazonal, precisando mudar constantemente seus assentamentos em busca de novos recursos para sua sobrevivência. Já os índios guarani, que desceram da região amazônica para as terras do Sul a cerca de 2 mil anos atrás, trouxeram consigo a técnica da horticultura, o que permitiu sua sedentarização, ou seja, fixar permanentemente suas aldeias no local onde plantavam suas hortas, que além da caça/pesca e coleta disponibilizados pela natureza, permitia-lhes um sustento de forma duradoura. Na época das missões os jesuítas organizaram sua produção com extensas plantações e criações de gado em suas estâncias, com a criação de animais de onde tiravam o seu sustento e comercializavam o excedente. Do gado extraíam a carne, o leite, o couro; da ovelha a carne e a lã, dos algodoais o algodão para tecer suas vestes e das suas diversas plantações alimentos diversos, dentre os quais milho, fumo e erva-mate, da qual Santo Ângelo destacou-se por ser a maior produtora entre os Sete Povos. Os jesuítas também trouxeram novos alimentos como o trigo e a uva, além de diversos novos gêneros alimentícios. 14) PINTE OS ALIMENTOS: Pinte os alimentos que os indígenas guaranis deixaram de legado e influencia nossa alimentação até os dias atuais: Abóbora Mandioca Milho Batata Doce Feijão Amendoim
  • 27. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 27 Santo Ângelo possui uma rica história. Vamos conhecer um pouco mais sobre o passado desta cidade através de um jogo de trilhas impulsionado por muitas perguntas. Imprima e jogue este jogo da trilha auxiliado com o dado, pinos e cartões de perguntas cujos moldes constam no final desta cartilha (veja as páginas 36 a 38). É só recortar, colar e começar a jogar! 15) JOGO DA TRILHA: Que vença quem responder melhor os desafios apresentados nas cartelas sobre a história e arqueologia da antiga Santo Ângelo (resposta na pág. 40)! Errou? Volte ao início.. Acertou? Avance 1 casa. Errou? Volte 3 casas. Você está com sorte! Avance2casas. Acertou? Avance 2 casas. Fique sem jogar por 2 rodadas. Pule sua vez.
  • 28. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 28 16) CONTE AS LETRAS: Conte as letras das palavras e ligue ao número correspondente. Caso você não saiba o significado de alguma delas, é uma ótima oportunidade para uma pesquisa (resposta na pág. 40): Índio O Vestígio O Igreja O Arqueólogo O Pá O Caá O Cruz O Escavação O O 3 O 2 O 5 O 6 O 7 O 8 O 9 O 10 Jesuíta O O 4
  • 29. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 29 17) PALAVRAS CRUZADAS: Pesquise e preencha de acordo com as perguntas (resposta na pág. 41) Horizontais: 1 - Como eram conhecidos os paulistas que vieram apresar/escravizar os índios guaranis. 2 - Pedra de cor rosada muito utilizada nas construções e esculturas jesuíticas. 3 - Rocha que era chamada de “pedra cupim” da qual se extraia o metal. 4 - Nome em guarani dado a recipiente para preparação de alimentos. 5 - Casa onde ficavam as viúvas e os órfãos. 6 - Padre fundador da última redução jesuítica das missões “San Angel Custódio”. 7 - Nome da primeira redução do segundo ciclo das Missões. 8 - Produzido em grandes quantidades em “San Angel” e seu excedente era exportado para Buenos Aires. 9 - Tubérculo muito cultivado pelos índios guaranis antes da chegada dos europeus na América. 10 - Produto da origem animal de grande interesse pelos europeus proveniente das reduções. Horizontais: 1 - Padre jesuíta que iniciou a fundição do ferro nas missões. 2 - Principal edificação dentro de uma redução jesuítica. 3 - Um dos principais líderes indígenas na guerra guaranítica. 4 - Pedra muito resistente usada no alicerce das construções jesuíticas. 5 - Prédio atual na moderna Santo Ângelo que está sobre o antigo cemitério jesuítico. 6 - Instituição administrativa das reduções. 7 - Nome do local onde eram cultivadas frutas e hortaliças para os jesuítas. 8 - Tratado assinado por Espanha e Portugal, em que dividia em dois o território Sul-americano. 9 - Batalha vencida pelos índios missioneiros contra os bandeirantes permitindo a criação dos Sete Povos. 10 - Idioma falado nas reduções.
  • 30. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 30 Existem 2 aldeias indígenas na região das Missões, Tekoá Ko’enjú, que significa “Aldeia Alvorecer”, em São Miguel das Missões, e Tekoá Pyãú, que significa “Aldeia Nova”, em Santo Ângelo. Seus habitantes ainda mantém vivo o modo de vida dos antigos guaranis misturado com influências da época do convívio com os jesuítas durante os séculos XVII e XVIII, além de influências com a sociedade moderna atual. Vamos refletir em sala de aula sobre isso? 18) JOGO DOS 7 ERROS: Observe atentamente a primeira imagem* e tente descobrir 7 erros existentes na segunda imagem (resposta na pág. 41): * Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=170&Caderno=0&Noticia=403485
  • 31. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 31 19) JOGO DA MEMÓRIA: Imprima 2 vezes o conjunto de imagens a seguir que lembram cenas das pesquisas arqueológicas no Centro Histórico de Santo Ângelo. Depois distribua aleatoriamente as cartas com as imagens viradas para baixo. O primeiro participante deve virar uma das cartas e tentar achar outra imagem igual. Caso não achar, devolva as cartas e o próximo joga... A brincadeira termina quando todos os pares forem achados. Quem conseguir o maior número de cartas vence a partida. (Fonte das fotos: Banco de Imagens do NArq/MMJOM).
  • 32. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 32
  • 33. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 33
  • 34. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 34 20) QUEBRA CABEÇA: Recorte as peças e monte o quebra-cabeça da imagem da Catedral Angelopolitana:
  • 35. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 35 Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” – Orientações para os Jogos –
  • 36. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 36 Orientações para a Atividade 15 - Jogo da Trilha (pg. 27): 1. Materiais: Você mesmo poderá reproduzir 1 dado, no mínimo 2 e no máximo 4 pinos, além de 18 cartelas com perguntas para o Jogo da Trilha. É só imprimir esta folha com os modelos abaixo e recortar o material (se preferir uma consistência mais firme das peças, cole os recortes sobre uma cartolina mais consistente. E não esqueça de colorir cada pino com cores diversas para diferenciar os jogadores). 2. Como Jogar: Para inicar o jogo, empilhe as cartas em um canto. Coloque os pinos em cima da casa que está escrito “Início”. Então escolha quem irá começar. Na vez de cada jogador primeiro lança-se o dado, avance o pino o mesmo número de casas indicado pelo dado e então retirar uma cartela e tentar responder. Se acertar, avança uma casa. Se errar, continua onde está. Caso cair em uma casa que tenha algo escrito, o jogador deverá obedecer a ordem expressa. Depois, é a vez do participante seguinte. Termina quem chegar primeiro na casa que está escrito “Fim”. Ao final do jogo os participantes ficarão sabendo um pouco mais sobre a história da antiga redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio! Molde para a confecção de dado de papel Molde para a confecção dos pinos de papel
  • 37. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 37 3. Cartões de Perguntas do Jogo da Trilha para imprimir e recortar * : Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 1. Cite pelo menos 1 tipo de artefato talhado em pedra (lascada ou polida) que era utilizado pelos antigos indígenas que já habitavam a região das Missões em tempos pré- históricos? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 2. Os vestígios mais antigos de sítios pré-históricos no território de Santo Ângelo e em toda a região das Missões remontam a quantos milhares de anos atrás? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 3. Como era chamada a região do território americano onde foram implantados nos séculos XVII e XVIII os povoados missioneiros? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 4. Quais países existem hoje no local onde nos séculos XVII e XVIII havia a “Província Jesuítica do Paraguai” e suas Missões? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 5. Quantas reduções jesuíticas existiram ao mesmo tempo no auge da experiência missioneira? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 6. A região do Tape era conhecida como o território do lado oriental do Rio Uruguai, onde hoje está qual estado brasileiro? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 7. Quantas missões foram implantadas durante o 1º Ciclo Missioneiro na região do Tape? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 8. Quantas missões foram implantadas durante o 2º Ciclo Missioneiro na região do Tape? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 9. Como se chama a Batalha ocorrida em 1641, em que os guarani derrotaram os bandeirantes, permitindo que os jesuítas implantassem o 2º Ciclo das Missões no território do Tape? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 10. Em que ano foi implantado o Tratado de Madri? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 11. Quais os anos em que ocorreu a Guerra Guaranítica? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 12. Em que década do século passado foram realizadas as primeiras pesquisas arqueológicas no município de Santo Ângelo? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 13. Em que ano foram iniciadosprogramascontínuos de pesquisas arqueológicas em Santo Ângelo? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 14. Em que século vigorou a redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 15. O que se encontra no subsolo da área do Centro Histórico de Santo Ângelo? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 16. Qual o nome do Padre que fundou a redução de Santo Ângelo Custódio? * Para os cartões de perguntas ficarem mais resistentes, eles podem ser colados sobre uma cartolina e/ou serem plastificados.
  • 38. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 38 Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 17. A redução de Santo Ângelo Custódio foi um desmembramento de qual outra redução? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 18. Como era chamado o prédio que abrigava as índias viúvas e os índios órfãos de uma redução? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 19. Como era chamado o prédio onde os caciques reuniam-se para auxiliarem os padres na tomada de decisões de um povoado missioneiro? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 20. O “Plano del Pueblo de Santo Angel de las Misiones Guaranis” é a planta mais antiga que se conhece desta redução. Em que ano ela foi desenhada? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 21. Como era conhecida o tipo de música tocada na época das Missões? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 22. Os sons dos instrumentos da música barroco-missioneira eram produzidos através de percussão, sopro e ... ? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 23. Em quais tipos de material eram esculpidas as imagens sacras da arte barroco-missioneira? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 24. Qual o nome de uma rara escultura missioneiro que é exibida na Catedral Angelopolitana? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 25. Qual era o nome do escultor austríaco que elaborou as estátuas dos padroeiros dos Sete Povos das Missões no frontispício da Catedral Angelopolitana? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 26. Qual é a imagem que está em destaque na fachada da Catedral Angelo- politana? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 27. Qual era o nome dado às pessoas que reocuparam o local das antigas ruínas da redução de San Angel para criar a moderna cidade de Santo Ângelo? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 28. O local que antes abrigava a Plaza Mayor da redução de San Angel hoje abriga uma praça remodelada que leva o nome de um dos principais repovoadores de Santo Ângelo. Qual o nome dessa praça? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 29. Quais esculturas estão representadas no Arco dos 30 Povos na Praça Pinheiro Machado? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 30. Qual o nome que os arqueólogos definem suas descobertas? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 31. Como se chama o local onde estão evidenciadas as escavações arqueológicas ao redor da Catedral Angelopolitana? Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira Jogo da Trilha 32. Qual o nome das unidades com vitrines expositivas espalhadas no pavimento da área do Museu a Céu Aberto de Santo Ângelo?
  • 39. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 39 Cartilha do Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira” – Respostas / Soluções –
  • 40. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 40 Respostas para os Cartões de Pergunta da Atividade 15 - Jogo da Trilha (pg. 37-38): 1. Raspador, ponta de flecha, machado, boleadeira. 17. Concepción de la Sierra; 2. Entre 12.000 a 8.000 anos atrás; 18. Cotiguaçu; 3. Província Jesuítica do Paraguai; 19. Cabildo; 4. Paraguai, Argentina e Brasil; 20. Em 1784; 5. Trinta; 21. Barroco-Missioneira; 6. Rio Grande do Sul; 22. Cordas; 7. Dezoito; 23. Pedra e madeira; 8. Sete; 24. Cristo Morto; 9. Mbororé; 25. Valentim Von Adamovich; 10. Em 1750; 26. Anjo da Guarda; 11. Entre 1754-1756; 27. Repovoadores; 12. Década de 60; 28. Praça Pinheiro Machado; 13. Em 2006; 29. Anjo da Guarda e índio guarani; 14. Século XVIII; 30. Vestígios; 15. Ruínas da redução jesuítica de Santo Ângelo Custódio; 31. Museu a Céu Aberto; 16. Padre Diogo Haze; 32. “Janelas arqueológicas” Respostas para a Atividade 16 - Conte as Letras (pg. 28):
  • 41. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 41 Respostas para a Atividade 17 - Palavras Cruzadas (pg. 29): Horizontais: Verticais: 1 - Bandeirantes 1 - Antonio Sepp 2 - Arenito Grês 2 - Igreja 3 - Itacuru 3 - Sepé Tiaraju 4 - Yapepó 4 - Basalto 5 - Cotiguaçu 5 - Prefeitura 6 - Diogo Haze 6 - Cabildo 7 - São Francisco de Borja 7 - Quinta 8 - Erva Mate 8 - Tordesilhas 9 - Mandioca 9 - Mbororé 10 - Couro 10 - Espanhol Respostas para a Atividade 18 - Jogo dos 7 Erros (pg. 30):
  • 42. ◄▀► MUSEU MUNICIPAL DR. JOSÉ OLAVO MACHADO MJOM NARQ - NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA NARQ SANTO ÂNGELO - RS - MISSÕES . 42 BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, M. et alii. Atlas Histórico Escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991. BOFF, C. A Imaginária Guarani: O Acervo do Museu das Missões. Santo Ângelo: EDIURI, 2005. CAINO, T. Mapa Arqueológico de Santo Ângelo. Santo Ângelo: NArq/MMJOM, 2015. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. HORTA, M., GRUNBERG, E. & MONTEIRO, A. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília, IPHAN, Museu Imperial de Petropólis, 1999. MAEDER, E. & GUTIERREZ, R. Atlas Territorial e Urbano das Missões Jesuíticas dos Guaranis. Argentina, Paraguai e Brasil. Sevilla: Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, 2010. MARCHI, D. Palco, política e poder: o teatro do oprimido no ensino de História. URI: Santo Ângelo, 2007. PREISS, J. H. A música nas missões jesuíticas nos séculos XVII e XVIII. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1988. RECH, R. Programa de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico das Obras de Modificações na Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio. Santo Ângelo: Convênio Técnico-Científico PMSA-URI, 2006. ______. Programa de Vistoria, Prospecção, Resgate e Monitoramento Arqueológico de Obras no Centro Histórico de Santo Ângelo, Área do Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio. Santo Ângelo, NArq-MMOM/SETUR/PMSA, 2008. ______. Projeto de Educação Patrimonial “Jornadas de Arqueologia Missioneira”. Santo Ângelo, NArq-MMOM/SETUR/PMSA, 2009. ______. “Arqueologia urbana no Centro Histórico de Santo Ângelo: a identificação da Redução de Santo Ângelo Custódio” In: Anais do XII Simpósio Internacional IHU - A Experiência Missioneira: Território, Cultura e Identidade. São Leopoldo: UNISINOS, pp. 251-278 (disponível em http://www.ihu.unisinos.br/livros/experiencia-missioneira.zip). RECH, R. & FARIAS, C. “O Projeto de Educação Patrimonial Jornadas de Arqueologia Missioneira” In: IBRAM. Educação Museal: Experiências e Narrativas: Prêmio Darcy Ribeiro 2010. Brasília: IBRAM, 2012, v. 1, pp. 100-107 (disponível em http://museuolavomachado.blogspot.com.br/2015/05/leia-o- artigo-sobre-o-projeto-de.html). RECH, R. & FINOKIET, B. “O Projeto de Educação Patrimonial Oficinas de História e Arqueologia Missioneira” In: Livro de Resumos do 1º Fórum Latino-Americano de Educação Patrimonial - Arqueologia, Museus e Responsabilidade Social. Pelotas: UFPEL, 2008. v. 1. p. 36. RECH, R., WOLSKI, M. & FOLETO, L. “Esquema da sobreposição das igrejas dos séc. XVIII, XIX e XX construídas no mesmo local no Centro Histórico de Santo Ângelo” In: RECH, R. Relatório do Programa de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico das Obras de Modificações na Praça Pinheiro Machado, Sítio Arqueológico da Antiga Redução de Santo Ângelo Custódio. Santo Ângelo: Convênio Técnico-Científico PMSA-URI, 2007. SCARAMELLA, G. “Onde está a Redução Jesuítica Missioneira?” In: Jornal das Missões, p. 03, 15 de dezembro de 1990. SILVEIRA, H. As Missões Orientaes e seus Antigos Domínios. Porto Alegre: Typografia da Livraria Universal de Carlos Echenique, 1909.