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CONFERÊNCIAS MUSEU DE LAMEGO / CITCEM - 2014 
Quintas do Douro: História, Património e Desenvolvimento 
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ABREVIATURAS 
AMVR – Arquivo Municipal de Vila Real 
ASCR – CQ - Amigos do Solar dos Condes de Resende 
– Confraria Queirosiana 
ASRAVD – Associação de Desenvolvimento da Rede 
de Aldeias Vinhateiras do Douro 
CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar 
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DRCN – Direção Regional de Cultura do Norte 
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da Universidade Nova de Lisboa 
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GHAP - Gabinete de História, Arqueologia e Património 
MD – Museu do Douro 
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ORGANIZAÇÃO 
ML DRCN / CITCEM FLUP 
COMISSÃO ORGANIZADORA 
Alexandra Braga (ML DRCN) 
Gaspar Martins Pereira (FLUP CITCEM) 
Luís Sebastian (ML DRCN) 
Paula Montes Leal (FLUP CITCEM) 
COORDENAÇÃO EDITORIAL 
Alexandra Braga 
Luís Sebastian 
CONFERENCISTAS 
António Martinho (ADRAVD) 
Carlota Cabral (FCSH-UNL) 
Celeste Pereira (Greengrape) 
Gaspar Martins Pereira (CITCEM) 
Gonçalves Guimarães (GHAP – ASCR-CQ) 
Luís Ramos (UTAD) 
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© Direção Regional de Cultura do Norte 
EDIÇÃO 
© Museu de Lamego – Direção Regional de Cultura 
do Norte 
DATA DE EDIÇÃO 
Outubro de 2014 
e-ISBN 
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O conteúdo dos textos, direitos de imagem e opção ortográfica 
são da responsabilidade dos autores. 
APOIOS: 
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Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego 
Quinta de Mosteirô
Conferência de Abertura 
Índice 
Gaspar Martins Pereira (FLUP/CITCEM) 
Quintas do Douro: História, Património e Desenvolvimento .........................................................09 
Mesa-redonda 
QUINTAS DO DOURO: MEMÓRIA E RECURSO 
António Martinho (Membro da Direção da Douro Generation – Associação de Desenvolvimento) 
A História e o património das quintas do Douro como valor de recurso para o Turismo ...........................21 
Celeste Pereira (Greengrape - consultoria) 
A importância do vinho do Porto na valorização do enoturismo e do território Douro ............................29 
Painel 1 
O PATRIMÓNIO DAS QUINTAS DO DOURO 
Natália Fauvrelle 
(Museu do Douro – Coordenadora dos Serviços de Museologia (em licença). Bolseira de doutoramento FCT/MD: 
Investigadora CITCEM) 
As quintas vinhateiras na construção do património paisagístico do Douro.........................................35 
Carlota Cabral (Mestre FCSH-UNL) 
Quinta do Paço de Monsul: um património singular ...................................................................53 
Nuno Resende (DCTP- FLUP) 
Santos da casa: capelas, devoção e poderes a sul do Douro no memorialismo paroquial ..........................61 
J,A, Gonçalves Guimarães (arqueólogo; coordenador do Gabinete de História, Arqueologia e Património – ASCR-CQ) 
Da intervenção arqueológica ao museu de sítio: a experiência da Quinta de Ervamoira...........................81
6 
Painel 2 
QUINTAS DO DOURO: PATRIMÓNIO VITIVINÍCOLA, ENOTURISMO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL 
Nuno Magalhães (UTAD) 
O papel e importância das “quintas” na investigação e desenvolvimento da vitivinicultura duriense......... 105 
Painel 3 
QUINTAS DO DOURO: DOS ARQUIVOS À HISTÓRIA 
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Arquivos de quintas do Douro: os casos de Santa Júlia e da Pacheca .............................................. 117 
Pedro Peixoto (diretor do Arquivo Municipal de Vila Real) 
Os arquivos das quintas do Douro: que estratégias de salvaguarda?............................................... 125 
Otília Lage (CITCEM) 
Dos arquivos patrticulares, património a preservar, à história da Quinta da Alegria de Cima (Carrazeda de An-siães, 
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Painel 4 
ARQUEOLOGIA DAS QUINTAS DO DOURO 
Pedro Pereira (CITCEM; UMR 5138 Archéométrie et Arqchéologie – ULLII/CNRS) 
A importância da Arqueologia para a história da vinha e do vinho na região do Douro .......................... 143
125 
Quintas do Douro: 
História, Património e Desenvolvimento 
texto: Pedro Abreu Peixoto 
Arquivo Municipal de Vila Real 
Diretor 
ppeixoto@cm-vilareal.pt 
Nota biográfica: 
Pedro Abreu Peixoto 
É licenciado em História pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa e pós-graduado 
em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de 
Lisboa. 
Desde 1988 que, no âmbito do Instituto Português de Arquivos, desenvolve 
estudos na área dos Arquivos de Família, tendo publicado várias monografias, 
instrumentos de descrição e artigos sobre a matéria. 
Em 2004 assume a direcção do Arquivo Municipal de Vila Real, tendo 
implementado o sistema de gestão arquivístico actual, o qual, através de 
regulamento próprio, leva às primeiras actividades de selecção, avaliação e 
eliminação documental. 
No âmbito do Arquivo Municipal, tem dado particular importância à actividade 
da difusão da informação no quadro da transparência da administração pública e 
da sua proficiência, bem como às parcerias entre o público e o privado no que 
respeita aos arquivos privados. 
É investigador na área da selecção e avaliação documental e da história 
administrativa e política portuguesa do século XIX. 
Resumo 
A salvaguarda dos arquivos das Quintas do Douro 
passa pelo reconhecimento da primazia do valor da 
informação através do seu cruzamento com outras 
fontes documentais, públicas e privadas, e pelo 
desenvolvimento de parcerias entre os proprietários 
dos fundos documentais e dos Arquivos Municipais, 
enquanto arquivos de proximidade e como forma de 
aceder a cuidados técnicos especializados. 
Abstract 
The preservation of the archives of Quintas do Douro 
(Douro farms) implies acknowledging the primacy of 
the value of information through its junction with 
other documentary sources, public and private, and 
the development of partnerships between the owners 
of the documentation and Municipal Archives, while 
institutions of proximity and as a means of access to 
qualified care.
126 
As sociedades organizadas têm a 
necessidade de conservar a sua 
memória histórica. Uma memória cujo 
melhor garante é o arquivo, depositário 
de prova das atividades desenvolvidas pelo ser humano. 
O património documental é um dos mais 
importantes de toda a sociedade. O seu valor atinge 
todo o potencial através de programas de organização 
e difusão dos fundos documentais, aproximando a 
comunidade dos arquivos. 
Tal torna-se possível organizando atividades 
de conteúdo cultural, que levam conhecimento à 
sociedade, permitindo-lhe valorizar o seu passado, 
despertando uma atitude de reflexão crítica, perante 
as realidades passadas e presentes da comunidade. 
A experiência em países com grande tradição 
arquivística, sobre a ativa função cultural dos arquivos, 
remonta a algumas décadas atrás. 
Superado o debate sobre a oportunidade de 
incluir no trabalho arquivístico a faceta da difusão 
cultural e aceite esta como de uma importância 
similar aos trabalhos descritivos ou de conservação 
dos fundos documentais, encontros teóricos e 
práticas arquivísticas neste sentido sucedem-se a nível 
internacional desde os anos cinquenta, momento a 
partir do qual o Conselho Internacional de Arquivos 
começa a tomar posições claras neste campo. 
Juntam-se uma série de atividades e publicações 
em países como a França, Itália, Grã-Bretanha e nos 
antigos países socialistas, que permitirão avançar e 
refletir sobre as ações postas em marcha, procurando 
fórmulas mais de acordo com as novas teorias sobre a 
ação cultural nos arquivos. 
Veremos surgir junto das instituições de arquivo, 
também em Portugal, serviços com denominações 
variadas como de “educação”, de “extensão”, de “ação 
cultural” ou outras, que pretendem ir para além da 
missão base atribuída aos arquivos. 
Estes serviços, - por vezes apenas simples ações 
conforme a dimensão das instituições -, são a 
concretização da inclusão da faceta da difusão cultural, 
enquanto fazendo parte da missão dos arquivos, junto 
da comunidade onde se inserem. 
Esta dinâmica de ação e difusão cultural esteve 
desde o início presente nos Arquivos Municipais. 
Os arquivos dos municípios conheceram um 
desenvolvimento muito diferenciado ao longo do 
tempo, sofrendo um impulso decisivo na última 
década, através da implementação do PARAM nos 
seus diversos eixos de apoio. 
Este programa de apoio aos arquivos municipais 
dotará o país de uma rede de arquivos que, para além da 
sua modernidade em infraestruturas e equipamentos, 
revelar-se-á de enorme importância em termos da sua 
proximidade aos cidadãos. 
Ao exigir a dotação dos serviços de arquivo de 
profissionais da área, o programa de apoio concorre 
para que, pouco a pouco, as atividades dos arquivos 
municipais passem a ser vistas numa perspetiva 
integradora. Se, por um lado, a sua principal missão 
é a gestão da informação documental do município, 
na qual assume uma ação técnica e administrativa, 
compete-lhe igualmente atuar enquanto agente 
cultural. 
No papel de agente cultural, a ação do arquivo 
promove uma atividade que, de acordo com as 
estratégias do município, procura proporcionar aos 
cidadãos melhores conhecimentos para se situarem de 
forma consciente no contexto social que lhes é próprio, 
com o intuito de contribuir para a sua evolução. A 
ação cultural dos arquivos municipais deve, assim, 
transmitir o valor do património documental comum, 
como parte fundamental da herança cultural do 
município, e converter-se num centro de ação cultural, 
que possa oferecer aos cidadãos elementos úteis para 
a valorização e análise da sociedade atual e das suas 
possibilidades futuras. 
Os projetos de salvaguarda do património 
documental produzido no espaço privado 
devem incluir-se nesta vertente de ação cultural, 
estrategicamente assumida no decorrer da missão 
dos arquivos municipais enquanto arquivos de 
proximidade. 
Partindo das premissas de apoio à salvaguarda, 
mas também à divulgação do património documental 
produzido no espaço privado - onde se inserem 
os arquivos das Quintas do Douro - e no apoio 
à investigação e divulgação da história local, 
continuamos a conviver com um grande número de 
fundos e coleções privadas que, por razões de vária 
índole, se encontram inacessíveis e/ou em risco. 
Considerando a existência de diálogo entre o 
interesse público e o interesse dos proprietários destes 
fundos documentais, os arquivos municipais deverão 
desenvolver projetos cujas premissas se baseiem na 
importância vital da informação e da sua comunicação, 
libertando-se da parte patrimonial e dos aportes mais
127 
ou menos subjetivos que transportam, reservando aos 
proprietários o direito a ficar com a documentação, 
sendo que os mesmos devem assegurar as condições 
físicas para a sua salvaguarda. 
Num encontro de interesse público/privado, 
os arquivos municipais deverão disponibilizar o 
tratamento técnico dos fundos documentais, enquanto 
os proprietários asseguram a disponibilização integral 
da informação e a possibilidade de comunicação da 
mesma. 
Com o desenvolvimento de projetos com estas 
premissas, os proprietários de fundos documentais 
privados asseguram a valorização da informação e, em 
parceria com os arquivos municipais, desenvolvem uma 
estratégia de salvaguarda e divulgação do património 
documental, apoiando igualmente a investigação e a 
história local, bem como preparam as fontes primárias 
para a escrita da história das instituições.
272

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Quintas do Douro Archives

  • 1. as CONFERÊNCIAS DO MUSEU DE LAMEGO / CITCEM 2014 24 e 25 de outubro QUINTAS DO DOURO Atas das 2 História, Património e Desenvolvimento
  • 3. ATAS das 2as CONFERÊNCIAS MUSEU DE LAMEGO / CITCEM - 2014 Quintas do Douro: História, Património e Desenvolvimento Disponível online em www.museudelamego.pt ABREVIATURAS AMVR – Arquivo Municipal de Vila Real ASCR – CQ - Amigos do Solar dos Condes de Resende – Confraria Queirosiana ASRAVD – Associação de Desenvolvimento da Rede de Aldeias Vinhateiras do Douro CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória CNRS – Centre National de la Recherche Sciéntifique, Lyon DL – Diocese de Lamego DRCN – Direção Regional de Cultura do Norte FCSH – UNL – Faculdade de Ciências Sociais e Huma-nas da Universidade Nova de Lisboa FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto GHAP - Gabinete de História, Arqueologia e Património MD – Museu do Douro ML – Museu de Lamego
  • 4. ORGANIZAÇÃO ML DRCN / CITCEM FLUP COMISSÃO ORGANIZADORA Alexandra Braga (ML DRCN) Gaspar Martins Pereira (FLUP CITCEM) Luís Sebastian (ML DRCN) Paula Montes Leal (FLUP CITCEM) COORDENAÇÃO EDITORIAL Alexandra Braga Luís Sebastian CONFERENCISTAS António Martinho (ADRAVD) Carlota Cabral (FCSH-UNL) Celeste Pereira (Greengrape) Gaspar Martins Pereira (CITCEM) Gonçalves Guimarães (GHAP – ASCR-CQ) Luís Ramos (UTAD) Manuel Carvalho (Jornal «Público») Natália Fauvrelle (MD/CITCEM) Nuno Magalhães (UTAD) Nuno Resende (CITCEM) Otília Lage (CITCEM) Paula Montes Leal (CITCEM) Paulo Amaral (DRCN) Pedro Peixoto (AMVR) Pedro Pereira (CITCEM/CNRS) DESIGN DE COMUNICAÇÃO Luís Sebastian COMUNICAÇÃO Patrícia Brás (ML - DRCN) SECRETARIADO Paula Duarte (ML DRCN) Patrícia Brás (ML DRCN) Teresa Sequeira (ML DRCN) LOGÍSTICA Paula Pinto (ML DRCN) CONCEPÇÃO E COMPOSIÇÃO GRÁFICA Pe. Hermínio Lopes (DL) IMAGEM DE CAPA Pedro Martins. © Direção Regional de Cultura do Norte EDIÇÃO © Museu de Lamego – Direção Regional de Cultura do Norte DATA DE EDIÇÃO Outubro de 2014 e-ISBN 978-989-98657-7-8 O conteúdo dos textos, direitos de imagem e opção ortográfica são da responsabilidade dos autores. APOIOS: Liga dos Amigos do Museu de Lamego Município de Lamego Diocese de Lamego Hotel Lamego Solta Giga Casa de Santo António de Britiande ESTGL Lamego Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego Quinta de Mosteirô
  • 5. Conferência de Abertura Índice Gaspar Martins Pereira (FLUP/CITCEM) Quintas do Douro: História, Património e Desenvolvimento .........................................................09 Mesa-redonda QUINTAS DO DOURO: MEMÓRIA E RECURSO António Martinho (Membro da Direção da Douro Generation – Associação de Desenvolvimento) A História e o património das quintas do Douro como valor de recurso para o Turismo ...........................21 Celeste Pereira (Greengrape - consultoria) A importância do vinho do Porto na valorização do enoturismo e do território Douro ............................29 Painel 1 O PATRIMÓNIO DAS QUINTAS DO DOURO Natália Fauvrelle (Museu do Douro – Coordenadora dos Serviços de Museologia (em licença). Bolseira de doutoramento FCT/MD: Investigadora CITCEM) As quintas vinhateiras na construção do património paisagístico do Douro.........................................35 Carlota Cabral (Mestre FCSH-UNL) Quinta do Paço de Monsul: um património singular ...................................................................53 Nuno Resende (DCTP- FLUP) Santos da casa: capelas, devoção e poderes a sul do Douro no memorialismo paroquial ..........................61 J,A, Gonçalves Guimarães (arqueólogo; coordenador do Gabinete de História, Arqueologia e Património – ASCR-CQ) Da intervenção arqueológica ao museu de sítio: a experiência da Quinta de Ervamoira...........................81
  • 6. 6 Painel 2 QUINTAS DO DOURO: PATRIMÓNIO VITIVINÍCOLA, ENOTURISMO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL Nuno Magalhães (UTAD) O papel e importância das “quintas” na investigação e desenvolvimento da vitivinicultura duriense......... 105 Painel 3 QUINTAS DO DOURO: DOS ARQUIVOS À HISTÓRIA Paula Montes Leal (CITCEM) Arquivos de quintas do Douro: os casos de Santa Júlia e da Pacheca .............................................. 117 Pedro Peixoto (diretor do Arquivo Municipal de Vila Real) Os arquivos das quintas do Douro: que estratégias de salvaguarda?............................................... 125 Otília Lage (CITCEM) Dos arquivos patrticulares, património a preservar, à história da Quinta da Alegria de Cima (Carrazeda de An-siães, 1890-2014) ....................................................................................................... 129 Painel 4 ARQUEOLOGIA DAS QUINTAS DO DOURO Pedro Pereira (CITCEM; UMR 5138 Archéométrie et Arqchéologie – ULLII/CNRS) A importância da Arqueologia para a história da vinha e do vinho na região do Douro .......................... 143
  • 7. 125 Quintas do Douro: História, Património e Desenvolvimento texto: Pedro Abreu Peixoto Arquivo Municipal de Vila Real Diretor ppeixoto@cm-vilareal.pt Nota biográfica: Pedro Abreu Peixoto É licenciado em História pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa e pós-graduado em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde 1988 que, no âmbito do Instituto Português de Arquivos, desenvolve estudos na área dos Arquivos de Família, tendo publicado várias monografias, instrumentos de descrição e artigos sobre a matéria. Em 2004 assume a direcção do Arquivo Municipal de Vila Real, tendo implementado o sistema de gestão arquivístico actual, o qual, através de regulamento próprio, leva às primeiras actividades de selecção, avaliação e eliminação documental. No âmbito do Arquivo Municipal, tem dado particular importância à actividade da difusão da informação no quadro da transparência da administração pública e da sua proficiência, bem como às parcerias entre o público e o privado no que respeita aos arquivos privados. É investigador na área da selecção e avaliação documental e da história administrativa e política portuguesa do século XIX. Resumo A salvaguarda dos arquivos das Quintas do Douro passa pelo reconhecimento da primazia do valor da informação através do seu cruzamento com outras fontes documentais, públicas e privadas, e pelo desenvolvimento de parcerias entre os proprietários dos fundos documentais e dos Arquivos Municipais, enquanto arquivos de proximidade e como forma de aceder a cuidados técnicos especializados. Abstract The preservation of the archives of Quintas do Douro (Douro farms) implies acknowledging the primacy of the value of information through its junction with other documentary sources, public and private, and the development of partnerships between the owners of the documentation and Municipal Archives, while institutions of proximity and as a means of access to qualified care.
  • 8. 126 As sociedades organizadas têm a necessidade de conservar a sua memória histórica. Uma memória cujo melhor garante é o arquivo, depositário de prova das atividades desenvolvidas pelo ser humano. O património documental é um dos mais importantes de toda a sociedade. O seu valor atinge todo o potencial através de programas de organização e difusão dos fundos documentais, aproximando a comunidade dos arquivos. Tal torna-se possível organizando atividades de conteúdo cultural, que levam conhecimento à sociedade, permitindo-lhe valorizar o seu passado, despertando uma atitude de reflexão crítica, perante as realidades passadas e presentes da comunidade. A experiência em países com grande tradição arquivística, sobre a ativa função cultural dos arquivos, remonta a algumas décadas atrás. Superado o debate sobre a oportunidade de incluir no trabalho arquivístico a faceta da difusão cultural e aceite esta como de uma importância similar aos trabalhos descritivos ou de conservação dos fundos documentais, encontros teóricos e práticas arquivísticas neste sentido sucedem-se a nível internacional desde os anos cinquenta, momento a partir do qual o Conselho Internacional de Arquivos começa a tomar posições claras neste campo. Juntam-se uma série de atividades e publicações em países como a França, Itália, Grã-Bretanha e nos antigos países socialistas, que permitirão avançar e refletir sobre as ações postas em marcha, procurando fórmulas mais de acordo com as novas teorias sobre a ação cultural nos arquivos. Veremos surgir junto das instituições de arquivo, também em Portugal, serviços com denominações variadas como de “educação”, de “extensão”, de “ação cultural” ou outras, que pretendem ir para além da missão base atribuída aos arquivos. Estes serviços, - por vezes apenas simples ações conforme a dimensão das instituições -, são a concretização da inclusão da faceta da difusão cultural, enquanto fazendo parte da missão dos arquivos, junto da comunidade onde se inserem. Esta dinâmica de ação e difusão cultural esteve desde o início presente nos Arquivos Municipais. Os arquivos dos municípios conheceram um desenvolvimento muito diferenciado ao longo do tempo, sofrendo um impulso decisivo na última década, através da implementação do PARAM nos seus diversos eixos de apoio. Este programa de apoio aos arquivos municipais dotará o país de uma rede de arquivos que, para além da sua modernidade em infraestruturas e equipamentos, revelar-se-á de enorme importância em termos da sua proximidade aos cidadãos. Ao exigir a dotação dos serviços de arquivo de profissionais da área, o programa de apoio concorre para que, pouco a pouco, as atividades dos arquivos municipais passem a ser vistas numa perspetiva integradora. Se, por um lado, a sua principal missão é a gestão da informação documental do município, na qual assume uma ação técnica e administrativa, compete-lhe igualmente atuar enquanto agente cultural. No papel de agente cultural, a ação do arquivo promove uma atividade que, de acordo com as estratégias do município, procura proporcionar aos cidadãos melhores conhecimentos para se situarem de forma consciente no contexto social que lhes é próprio, com o intuito de contribuir para a sua evolução. A ação cultural dos arquivos municipais deve, assim, transmitir o valor do património documental comum, como parte fundamental da herança cultural do município, e converter-se num centro de ação cultural, que possa oferecer aos cidadãos elementos úteis para a valorização e análise da sociedade atual e das suas possibilidades futuras. Os projetos de salvaguarda do património documental produzido no espaço privado devem incluir-se nesta vertente de ação cultural, estrategicamente assumida no decorrer da missão dos arquivos municipais enquanto arquivos de proximidade. Partindo das premissas de apoio à salvaguarda, mas também à divulgação do património documental produzido no espaço privado - onde se inserem os arquivos das Quintas do Douro - e no apoio à investigação e divulgação da história local, continuamos a conviver com um grande número de fundos e coleções privadas que, por razões de vária índole, se encontram inacessíveis e/ou em risco. Considerando a existência de diálogo entre o interesse público e o interesse dos proprietários destes fundos documentais, os arquivos municipais deverão desenvolver projetos cujas premissas se baseiem na importância vital da informação e da sua comunicação, libertando-se da parte patrimonial e dos aportes mais
  • 9. 127 ou menos subjetivos que transportam, reservando aos proprietários o direito a ficar com a documentação, sendo que os mesmos devem assegurar as condições físicas para a sua salvaguarda. Num encontro de interesse público/privado, os arquivos municipais deverão disponibilizar o tratamento técnico dos fundos documentais, enquanto os proprietários asseguram a disponibilização integral da informação e a possibilidade de comunicação da mesma. Com o desenvolvimento de projetos com estas premissas, os proprietários de fundos documentais privados asseguram a valorização da informação e, em parceria com os arquivos municipais, desenvolvem uma estratégia de salvaguarda e divulgação do património documental, apoiando igualmente a investigação e a história local, bem como preparam as fontes primárias para a escrita da história das instituições.
  • 10. 272