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BIOTECNOLOGIA NA INDÚSTRIA
                                                              DO PETRÓLEO: 1988-1997
                                                                        BIOTECHNOLOGY IN
                                                               THE OIL INDUSTRY: 1988-1997
                                                      BIOTECNOLOGÍA EN LA INDUSTRIA
                                                             DEL PETROLEO: 1988-1997



                                                                                                    Paulo Negrais C. Seabra1
                                                                                                       José Vitor Bontempo2
                                                                                                         Nilce Olivier Costa3



                                                                                                                 RESUMO
  Nas últimas décadas, a biotecnologia tem feito uso do conhecimento científico acumulado de diversas disciplinas e técnicas,
         entre elas a microbiologia, a bioquímica e a biologia molecular para produzir bens ou serviços em grande velocidade.
          A indústria de petróleo vem também utilizando a biotecnologia na solução de problemas gerados em suas atividades.
Assim, objetiva-se aqui, demonstrar qual tem sido a aplicação da biotecnologia na indústria de petróleo, nos últimos dez anos.
   Para tanto, utilizou-se a base de dados do Derwent Biotechnology Abstracts, de onde foram extraídos dois modelos polares
      de comportamento estratégico das empresas em relação à biotecnologia: (a) modelo dito americano, em que as empresas
           mantêm interesse específico no uso da biotecnologia em petróleo, registram baixo número de patentes e a atividade
  de inovação se registra certamente, de forma mais dinâmica nas pequenas empresas de base, caso da PETROBRAS, Exxon,
 Chevron e Mobil; (b) modelo dito japonês, caracterizado pelo baixo interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto número
    de patentes, indicando uma atividade de acompanhamento e eventual entrada nas novas oportunidades de negócio abertas
            pela biotecnologia; este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa,
                         Mitsubishi), mas também, seguido por algumas empresas americanas e européias (Amoco, BP, Shell).

                                                                                                              ABSTRACT
 In recent decades, biotechnology has made use of the accumulated scientific knowledge from various disciplines and
     techniques, among them being microbiology, biochemistry and molecular biology to produce goods or services at
    high speed. The oil industry has also been using biotechnology in the solution of various problems generated as a
 result of its activities. Therefore the objective of this paper is to demonstrate which biotechnology applications have
        been used in the oil industry over the last ten years. For this purpose, the data bank of Derwent Biotechnology
     Abstracts was used, from which two polar models were taken of the strategic behavior of companies in relation to
      biotechnology: a) the so-called American model, in which the companies maintain specific interest in the use of
   biotechnology in oil, record a low number of patents, and the innovative activities are certainly recorded in a more
dynamic way in the smaller base companies, which is the case of PETROBRAS, Exxon, Chevron and Mobil; b) the so-
       called Japanese model, characterized by the reduced interest in oil applications, by the high number of patents,
 indicating a monitoring activity and possible appearance of new business opportunities opened up by biotechnology;
    this is the case of all the Japanese companies (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), but is
                                          also followed by some American and European companies (Amoco, BP, Shell).


1
  Setor de Meio Ambiente e Biotecnologia (SEAMB), Superintendência de Pesquisa e Engenharia Básica do Abastecimento
  (SUPAB), Centro de Pesquisas (CENPES).
  e-mail: negrais@cenpes.petrobras.com.br
2
  Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
  e-mail: vitor@h2o eq.ufrj.br
3
  Aponsentado do Centro de Pesquisas da PETROBRAS.
18                                                    Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
RESUMEN
En las últimas décadas, la biotecnologia viene haciendo uso del conocimiento científico acumulado de diversas disciplinas y
   técnicas, entre ellas la microbiología, la bioquímica y la biología molecular para producir bienes o servicios en una gran
velocidad. La industria de petróleo viene tambiém utilizando la biotecnología en la solución de problemas generados en sus
  actividades. Así, se objetiva aquí demostrar cual ha sido la aplicación de la biotecnología en la industria del petróleo, en;
        los últimos diez años. Para ello, se utilizó la base de los datos del Derwent Biotechnology Abstracts, de donde fueron
     extraidos dos modelos polares de comportamiento estratégico de las empresas en relación a la biotecnología: a) modelo
 dicho americano, en que las empresas mantienen interés específico en el uso de la biotecnología en petróleo, registran bajo
  número de patentes y l actividad de innovación se registra seguranmente, de forma más dinámica en la pequeñas empresas
 de base, caso de la PETROBRAS, Exxon, Chevron y Mobil; b) modelo dicho japonês, caracterizado por bajo interés por las
             aplicaciones en petróleo, por el alto número de patentes, indicando una actividad de acompañamiento y eventua
             entrada de nuevas oportunidades de negocio abiertas por la biotecnología; este es el caso de todas las empresas
                               japonesas (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), pero también seguido
                                                              por algunas empresas americanas y europeas (Amoco, BP, Shell).
                                                                                         (Originais recebidos em 16.11.98).




                                                                  27 500 funcionários, e as 230 empresas canadenses
1. INTRODUÇÃO
                                                                  (faturamento anual de US$ 0,8 bilhões) (1,2).
A biotecnologia é um conjunto de técnicas e processos
                                                                  De acordo com o Serviço de Informação sobre
pelo qual é possível utilizar os microorganismos e as
                                                                  Pesquisa e Desenvolvimento da União Européia
células animais e vegetais, para produzir bens ou
                                                                  (CORDIS – Community Research and Development
serviços. Diversas técnicas biotecnológicas vêm sendo
                                                                  Information Service), os investimentos da União
empregadas pela humanidade há milhares de anos. Em
                                                                  Européia em pesquisa e treinamento na área de
6 000 a.C. os egípcios já produziam cerveja, mas
                                                                  biotecnologia evoluíram de US$ 17,3 milhões, no
ignoravam a existência do microorganismo responsável
                                                                  período 1982/86, para US$ 679,54 milhões, no período
por este processo, a levedura Saccharomyces
                                                                  1994/98. Neste último período, os investimentos em
cerevisiae. Pão, vinho e queijos são alguns dos
                                                                  biotecnologia representam 5% dos investimentos
diversos     produtos    também      produzidos   por
                                                                  globais em P&D da União Européia (3).
microorganismos. Somente a partir das descobertas de
Louis Pasteur, no século XIX, sobre a existência de
                                                                  Em 1989, o Setor de Meio Ambiente e Biotecnologia
vida em escala microscópica, a biotecnologia passou a
                                                                  (SEAMB) do Centro de Pesquisas da PETROBRAS
se desenvolver com base em conceitos e métodos
                                                                  (CENPES), em conjunto com a Divisão de
científicos.
                                                                  Planejamento e Administração Tecnológica (DIPLAT),
                                                                  também do CENPES, e com a Universidade de São
A biotecnologia tem feito uso do conhecimento
                                                                  Paulo (USP), desenvolveram o estudo intitulado
científico acumulado de diversas disciplinas e técnicas,
                                                                  “Biotecnologia na Indústria de Petróleo”(4), que teve
que no decorrer das últimas décadas têm se
                                                                  como objetivo a caracterização do estado-da-arte da
desenvolvido com grande velocidade. A microbiologia,
                                                                  biotecnologia, nos âmbitos brasileiro e mundial, e suas
a bioquímica e a biologia molecular, entre outras áreas
                                                                  possíveis aplicações na indústria do petróleo até o ano
do conhecimento, permitem melhor compreensão dos
                                                                  2000. Visando a atualização deste estudo, objetiva-se
seres vivos e de seus constituintes.
                                                                  aqui, demonstrar como tem sido a participação da área
                                                                  de biotecnologia na indústria do petróleo, nos últimos
Nas próximas décadas, a biotecnologia poderá se
                                                                  dez anos.
constituir num eficiente instrumento de combate a
alguns dos maiores problemas que afligem atualmente
                                                                  2. METODOLOGIA
a humanidade, tais como: a fome, as doenças e a
poluição.
                                                                  Entre as diversas formas de avaliar a atuação da
Internacionalmente, os Estados Unidos da América                  indústria de petróleo em biotecnologia, tem-se o
dominam o mercado de biotecnologia, com cerca de                  levantamento do número de patentes geradas, extraído
1 300     empresas,   com     118 mil funcionários                de uma pesquisa feita na base de dados do Derwent
(faturamento anual de US$ 14,2 bilhões), em                       Biotechnology Abstracts, no período de 1988 a
comparação com 600 empresas européias (faturamento                setembro de 1997. Na análise das patentes, empregou-
anual    de    US$ 1,5    bilhões),  com     apenas               se também o sistema de classificação da Derwent
Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999                                                        19
Biotechnology Abstracts, dividido em 12 grupos,                deverá abranger um número maior de empresas, tanto
descritos no Anexo I.                                          no segmento da indústria de petróleo como fora dele.

                                                               Foram analisadas as 31 maiores empresas de petróleo
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
                                                               pelo seu faturamento, de acordo com a revista
                                                               Fortune(5). Além dessas empresas, outras também
A tendência ao patenteamento é diferenciada entre
                                                               foram pesquisadas, e que estão listadas entre as
países e mesmo entre empresas. Este aspecto pode ser
                                                               100 maiores, segundo a classificação da Petroleum
observado mesmo nos dados aqui coligidos: o número
                                                               Intelligence Weekly(6) – PIW. O resultado da pesquisa
de patentes originais do Japão (181), dos EUA (138) e
                                                               no Derwent está apresentado na tabela I.
da Europa (88) levariam à falaciosa indicação de
superioridade da biotecnologia japonesa em relação à
                                                               Neste    período    (1988-1997),     foram    geradas
americana e à européia.
                                                               418 patentes. Só a Nippon Oil, do Japão, depositou
                                                               101 atentes, seguida pela Phillips Petroleum
Por estes motivos, e mais pelo já referido potencial de
                                                               (55 patentes),    Amoco       (45 patentes),     Shell
aparecimento de novos atores na área nascente da
                                                               (38 patentes), Cosmo Oil (33 patentes) e Elf Aquitaine
biotecnologia, um aprofundamento da metodologia
                                                               (31 patentes).
                                        TABELA I
           PATENTES GERADAS POR EMPRESAS DE PETRÓLEO, PERÍODO DE 1988-1997
                         (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS)
                                         TABLE I
              PATENTS DEVELOPED BY OIL COMPANIES OVER THE PERIOD 1988-1997
                          (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS)
              Cl            EMPRESA                    Número de       Classificação    Classificação da
                                                        Patentes                             PIW
                                                                        Fortune 96
              1    Nippon Oil (Japão)                 101                   15º               75º
              2    Phillips Petroleum (EUA)            55                   19º               33º
              3    Amoco (EUA)                          45                  12°               13°
              4    Royal      Dutch/Shell    Group      38                   1°                 3°
                   (R. Unido/Holanda)
              5    Cosmo Oil (Japão)                   33                   26°               71°
              6    Elf Aquitaine (França)              31                    5º               23º
              7    Japan Energy (Japão)                17                   21°               91°
                                                                                              
              8    Showa Shell (Japão)                 15                   28º
              9    Exxon (EUA)                         11                   2°                 6°
                                                                            
              10   Mitsubishi Oil (Japão)               9                                     88º
              11   British Petroleum (Reino Unido)      8                    4º               10º
              12   Chevron (EUA)                        7                    9º                8º
              13   Texaco (EUA)                         6                    6º               14º
                   Idemitsu Kosan (Japão)               6                   22º               54º
                                                                            
                   Wintershall (Alemanha)               6                                     70º
                                                                            
                   Occidental (EUA)                     6                                     51º
                                                                            
              17   Yukong (Coréia do Sul)               4                                     77º
              18   Mobil (EUA)                          3                    3º                7º
                                                                            
                   Norsk Hydro (Noruega)                3                                     57º
              20   Atlantic Richfield (EUA)             2                   16º               24º
                   Sunkyong (Coréia do Sul)             2                    7º                7º
                                                                            
                   Statoil (Noruega)                    2                                     39º
              23   PDVSA (Venezuela)                    1                   11º                2º
                   Petrofina (Bélgica)                  1                   23º               43º
                                                                            
                   Conoco (EUA)                         1                                     28º
                                                                            
                   Burlington (EUA)                     1                                     61º
                                                                            
                   CEPSA (Espanha)                      1                                     94º
                                                                            
                   Maxus (EUA)                          1                                     86º
                                                                            
                   OMV (Áustria)                        1                                     76º
                                                                            
                   BHP (Austrália)                      1                                     50º
                   TOTAL                              418



20                                                   Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
Na tabela II, distribuiram-se as patentes de acordo com         exemplo a base de dados da Derwent Biotechnology
a sua classificação por área, tomando-se como                   Abstracts (Anexo I).

                                      TABELA II
     CLASSIFICAÇÃO DAS PATENTES POR ÁREA (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS)
                                       TABLE II
        CLASSIFICATION OF PATENTS BY AREA (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS)
                              Áreas                        1988-92           1993-97              Total
             Substâncias Químicas (não farm.)                 33                31                 64
             Produtos Farmacêuticos                           29                30                 59
             Agricultura                                      29                26                 55
             Biocatálise                                      32                17                 49
             Engenharia Genética                              27                18                 45
             Alimentos                                        15                15                 30
             Combustíveis e Mineração                         17                12                 29
             Engenharia Bioquímica                            25                 2                 27
             Meio Ambiente                                     8                19                 27
             Análises e Sensores                              14                 3                 17
             Cultura de Células                                6                 6                 12
                                                                                
             Purificação                                       4                                    4
             Total                                        239 (57%)         179 (43%)              418

O decréscimo no número de patentes registradas do               atuação altamente horizontalizada das grandes
primeiro para o segundo quinqüênio pode-se atribuir             companhias de petróleo para explicar esta situação.
ao crescente amadurecimento das tecnologias                     Este fato é particularmente notável nas companhias
associadas ou à mudança de estratégias de proteção da           japonesas, as quais não atuam no segmento E&P, mas
propriedade industrial, mais do que a uma redução dos           em geral, possuem subsidiárias de fertilizantes
investimentos na área. É previsível que os                      (agricultura), produtos químicos, petroquímica e
procedimentos e ferramentas básicas cada vez mais se            polímeros e mesmo de áreas industriais mais diversas.
consolidem e assim diminua o número de resultados
patenteáveis.                                                   Notável também é o aumento dos resultados na área de
                                                                meio ambiente. O sensível aumento da oferta no
É de se notar a diversificação de resultados                    mercado mundial de produtos biotecnológicos,
patenteados pelas diversas áreas da biotecnologia               principalmente os destinados ao tratamento de
(tabela III). Ao fato de que resultados marginais são           efluentes e à biorremediação, corrobora esta
obtidos quando se atua numa determinada área                    observação.
tecnológica, por mais focada que seja, se acresce a
                                                  TABELA III
     CLASSIFICAÇÃO POR ÁREA DAS DEZ EMPRESAS DE PETRÓLEO COM MAIS PATENTES
                                                   TABLE III
   CLASSIFICATION BY AREA OF THE TEN OIL COMPANIES HOLDING THE LARGEST NUMBER OF
                                                   PATENTS
             Empresa      A1/2 B1 C1 D1/7 E1/5 F1 G1/2 H1/4 J1/2 K1/2 L1 M1/2
                                                                                                        
                             9     14 17         9     11     6              10     7     17      1
            Nippon
                                                                                              
                             7     8            15      1     8      8                     5             3
            Phillips
                                                                                                   
                            21                  13      7                     2            2
            Amoco
                                                                                                
                             1     2             7      9     1      4        9     1      2             2
            Shell
                                                                                                     
                             2                   4     13     3               6     3      2
            Cosmo
                                                                                              
                                   1             4      5     6      1        3            8             3
            Elf
                                                                                            
                             3                   1                            7     1      4             1
            Japan
                                                                                         
                                                 4                            9                          1
            Showa
                                                                                  
                                                                     3                            1      7
            Exxon
                                                                                                 
                             1                                2               6
            Mitsubishi
           obs.: A1/2 = genética; B1 = engenharia; C1 = análises e sensores; D1/7 = fármacos; E1/5 = agricultura;
           F1 = alimentos; G1/2 = combustíveis e mineração; H1/4 = produtos químicos; J1/2 = cultura de células;
           K1/2 = biocatálise; L1 = purificação; M1/2 = meio ambiente.
Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999                                                21
Na tabela IV apresenta-se a distribuição das patentes         comportamento estratégico das empresas em relação à
nas áreas específicas da indústria de petróleo. A             biotecnologia:
recuperação melhorada de petróleo e a biorremediação
de solos e águas são as áreas que possuem maior               a) modelo A (Americano), em que as empresas mantêm
número de patentes, 20 e 17, respectivamente.                 interesse específico no uso da biotecnologia em
                                                              petróleo, registram baixo número de patentes e a
No caso da Exxon, o vazamento de 41 milhões de                atividade de inovação se registra certamente, de forma
litros de petróleo do Exxon Valdez, no Alasca, em             mais dinâmica nas pequenas empresas de base
1989, deu início ao desenvolvimento da técnica de             tecnológica (venture capital, entrepreneurship); é o
biorremediação, que usa os microorganismos para               caso da Exxon, Chevron e Mobil;
reduzir ou eliminar compostos perigosos ao meio
ambiente. Nos estudos patrocinados pela Exxon sobre           b) modelo J (Japonês), caracterizado pelo baixo
biorremediação, foram gastos mais de US$ 10 milhões,          interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto
gerando sete patentes, no período de 1993 a 1997.             número de patentes, indicando uma atividade de
                                                              acompanhamento e eventual entrada nas novas
Na tabela V estão organizadas as patentes por empresa         oportunidades de negócio abertas pela biotecnologia;
e divididas por áreas específicas da indústria do             este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon,
petróleo e áreas fora dela. Na análise da tabela V,           Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi),
sugere-se a identificação de dois modelos polares de          mas também, seguido por algumas empresas
                                                              americanas e européias (Amoco, BP, Shell).

                                     TABELA IV
     DISTRIBUIÇÃO DAS PATENTES EM ÁREA ESPECÍFICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
                                       TABLE IV
            DISTRIBUTION OF PATENTS IN SPECIFIC AREAS OF THE OIL INDUSTRY
                                          A     B    C    D   E    F   G    H    I   TOTAL
                        Phillips          6          1    1            1         1     10
                        Exxon             1     7    1    1                            10
                        Chevron           5     2                                      7
                        Elf               1     1    2                                 4
                        Occidental              2    1                                 3
                        Shell             1          1        1                        3
                        Texaco            2                   1                         3
                        Amoco                                      2                    2
                        Mobil             2                                             2
                        Statoil           2                                             2
                        Atlantic                                            1           1
                        Conoco                  1                                       1
                        Japan Energy                 1                                  1
                        Showa                   1                                       1
                        Maxus                   1                                       1
                        OMV                     1                                       1
                        Wintershall             1                                       1
                        Norsk Hydro                       1                             1
                        TOTAL             20 17 7 3 2 2 1 1 1                            54
                       obs. A = recuperação melhorada de petróleo; B = biorremediação de solos e águas;
                       C = tratamento biológico de efluentes hídricos; D = biodessulfurização;
                       E = tratamento biológico de resíduos oleosos; F = biodegradação de hidrocarbonetos;
                       G = goma xantana; H = exploração geomicrobiológica de petróleo; I = biofiltração.



22                                                  Bol. téc. PETORBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
TABELA V
   COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS EM TERMOS DE ESTRATÉGIA EM BIOTECNOLOGIA
                                   TABLE V
            COMPANY BEHAVIOR IN TERMS OF BIOTECHNOLOGY STRATEGY
            Cl        Empresa           Nº de patentes % em petróleo       % em outras      Tipo de empresa
                                                                              áreas
                                                             
                                                                                             Downstream (*)
            1    Nippon Oil                   101                               100
            2    Phillips Petroleum            55            18                  82            Integrada
            3    Amoco                         45             4                  96            Integrada
            4    Shell                         38             8                  92            Integrada
                                                            
            5    Cosmo Oil                    33                                100           Downstream
            6    Elf Aquitaine                31            13                   87            Integrada
                                                                                             Downstream (*)
            7    Japan Energy                 17             6                   94
                                                                                                   
            8    Showa Shell                  15             7                   93
            9    Exxon                        11            91                   9             Integrada
                                                            
            10   Mitsubishi Oil                9                                100           Downstream
                                                            
            11   British Petroleum             8                                100            Integrada
                                                                                 
            12   Chevron                       7            100                                Integrada
            13   Texaco                        6            50                   50            Integrada
                                                                                            Downstream (*)
                 Idemitsu Kosan                6                                100
                 Wintershall                   6            17                   83            Integrada
                 Occidental                    6            50                   50            Upstream
                                                                                            Downstream (*)
            17   Yukong                        4                                100
            18   Mobil                         3            67                   33            Integrada
                                                                                              Upstream (*)
                 Norsk Hydro                   3            33                   67
            20   Atlantic Richfield            2            50                   50            Integrada
                                                                                                  
                 Sunkyong                      2                                100
                                                                                 
                 Statoil                       2            100                                Integrada
                                                            
            23   PDVSA                         1                                100            Integrada
                                                            
                 Petrofina                     1                                100            Integrada
                                                                                 
                 Conoco                        1            100                                Integrada
                                                            
                 Burlington                    1                                100            Upstream
                                                                                            Downstream (*)
                 CEPSA                         1                                100
                                                                                 
                 Maxus                         1            100                                Upstream
                                                                                 
                 OMV                           1                                               Integrada
                                                            100
                                                            
                  BHP                          1                                100             Integrada
           obs. : (*) principalmente.

Algumas empresas têm atuação intermediária em                     outros   ramos     industriais,   representem     uma
relação a estes dois modelos polares, como a Phillips, a          oportunidade universal de aplicação da biotecnologia.
Elf, a Occidental e a Texaco.
                                                                  A descrição acima esquematizada (tabela IV) permite
Um aprimoramento da metodologia permitiria uma                    identificar, também, que a liderança do processo
caracterização mais aprimorada da estratégia                      inovatório na área de recuperação de óleo é exercida
empresarial das grandes companhias de petróleo com                pela Phillips e Chevron. Na área de meio ambiente são
base na identificação da carteira de negócios dos                 mais atuantes a Exxon e a Elf. Por outro lado, a
grupos.                                                           liderança nos processos de biorrefino está fora do ramo
                                                                  industrial petrolífero (EBC, por exemplo).
É previsível que as empresas que operam verticalmente
em todos os setores da indústria do petróleo                      4. CONCLUSÕES
(exploração, perfuração, produção, refino e
distribuição) venham a ter maior envolvimento com os              O uso das tecnologias de fundo biotecnológico na
usos da biotecnologia, pela diversidade de aplicações.            indústria do petróleo se constitui numa tendência
Pode-se prever também, que áreas como a de meio                   irreversível. Os investimentos nessa área estão
ambiente, compartilhada por todos os setores e por                consolidados em todas as grandes companhias de
Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999                                                  23
petróleo do mundo, principalmente naquelas de                      mas também, seguido por algumas empresas
atuação horizontalizada.                                           americanas e européias (Amoco, BP, Shell).

A biotecnologia, como uma inovação radical, propicia               5. SUGESTÕES
o aparecimento de novos atores e oportunidades de
negócio. As empresas de petróleo se dividem entre dois             Sugere-se, a médio prazo, o aprofundamento da
modelos de atuação: um que foca o desenvolvimento                  metodologia de prospecção tecnológica ora realizada,
nas questões específicas deste segmento industrial e               com o objetivo de incluir, além da mensuração da
outro que visa a uma diversificação mais ampla de                  atuação das empresas de petróleo em biotecnologia, o
aplicações.                                                        crescimento desta área do conhecimento fora do
                                                                   segmento petrolífero, nos aspectos de interesse.
Dois modelos polares de comportamento estratégico
das empresas em relação à biotecnologia foram                      Este aprofundamento, além de examinar um universo
identificados. O primeiro é o modelo dito                          mais abrangente de empresas de petróleo, deverá
“Americano”, no qual as empresas mantêm interesse                  associar:
específico no uso da biotecnologia em petróleo,
                                                                   •
registram baixo número de patentes e a atividade de                    patentes      de      interesse    do     segmento,
inovação se registra certamente, de forma mais                         independentemente da origem;
                                                                   •
dinâmica nas pequenas empresas de base, caso da                        bases de dados, revistas, anais de congressos, para
PETROBRAS, Exxon, Chevron e Mobil. O outro é o                         evidenciar tendências como áreas mais
chamado “modelo Japonês”, caracterizado pelo baixo                     pesquisadas, instituições, pesquisadores;
                                                                   •
interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto                      material institucional das empresas, para
número de patentes, indicando uma atividade de                         caracterizar a carteira de negócios das empresas;
acompanhamento e eventual entrada nas novas                        •   possíveis contatos diretos com alguns atores
oportunidades de negócio abertas pela biotecnologia;                   importantes, para confirmação de aspectos mais
este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon,                  controversos.
Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi),


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Cybersciences.    Les      grands     dossiers     :     les         biotecnologies.      Disponível      na        Internet.
       http://www.cybersciences.com/Cyber/0.0/000.asp. 1997.

(2) SETOR biotecnológico pode criar milhões de empregos na UE. Gazeta Mercantil, São Paulo, 16 out. 1997. p. A-13.

(3) CORDIS. Community Research and Development Information Service. Disponível na Internet. http://www.cordis.lu.

(4) SILVA, G. H. Biotecnologia na indústria de petróleo. Rio de Janeiro : PETROBRAS. CENPES. DITER. SEBIO, 1989.
      232 f. Relatório interno.

(5) The world’s largest corporations (petroleum refining). Fortune, Los Angeles, v. 136, n. 3, p. 24-25f., Aug. 1997.

(6) The top 100 companies. Petroleum Intelligence Weekly. New York, p. 9, Dec. 1997. Special issue.




24                                                     Bol. téc. PETORBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
ANEXO I
             GRUPOS DE CLASSIFICAÇÃO DA DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS
                                        ANNEX I
             COMPANY BEHAVIOR IN TERMS OF DERWENT BIOTECHNOLOGY STRATEGY

A. ENGENHARIA GENÉTICA E FERMENTAÇÃO
   A1. Ácidos nucléicos
   A2. Fermentação
B. ENGENHARIA
   B1. Engenharia bioquímica
C. ANÁLISES
   C1. Sensores e análises
D. PRODUTOS FARMACÊUTICOS
   D1. Antibióticos
   D2. Hormônios
   D3. Peptídios e proteínas
   D4. Vacinas
   D5. Outros produtos farmacêuticos
   D6. Anticorpos
   D7. Técnicas genéticas clínicas
E. AGRICULTURA
   E1. Controle biológico
   E2. Engenharia genética de vegetais
   E3. Pesticidas
   E4. Propagação in-vitro
   E5. Geral
F. ALIMENTOS
   F1. Alimentos e aditivos alimentares
G. COMBUSTÍVEIS, MINERAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE METAIS
   G1. Biocombustíveis e solventes
   G2. Mineração e recuperação de metais
H. OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (NÃO FARMACÊUTICOS)
   H1. Polímeros
   H2. Compostos quirais
   H3. Compostos diversos
J. CULTURA DE CÉLULAS
   J1. Cultura de células animais
   J2. Cultura de células vegetais
K. BIOCATÁLISE
    K1. Isolamento e caracterização
    K2. Aplicação
L. PURIFICAÇÃO
    L1. Processamento downstream
M. DISPOSIÇÃO DE REJEITOS E MEIO AMBIENTE
    M1. Disposição de rejeitos industriais
    M2. Biotecnologia ambiental




Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999       25

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BIOTECNOLOGIA NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO: 1988-1997

  • 1. BIOTECNOLOGIA NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO: 1988-1997 BIOTECHNOLOGY IN THE OIL INDUSTRY: 1988-1997 BIOTECNOLOGÍA EN LA INDUSTRIA DEL PETROLEO: 1988-1997 Paulo Negrais C. Seabra1 José Vitor Bontempo2 Nilce Olivier Costa3 RESUMO Nas últimas décadas, a biotecnologia tem feito uso do conhecimento científico acumulado de diversas disciplinas e técnicas, entre elas a microbiologia, a bioquímica e a biologia molecular para produzir bens ou serviços em grande velocidade. A indústria de petróleo vem também utilizando a biotecnologia na solução de problemas gerados em suas atividades. Assim, objetiva-se aqui, demonstrar qual tem sido a aplicação da biotecnologia na indústria de petróleo, nos últimos dez anos. Para tanto, utilizou-se a base de dados do Derwent Biotechnology Abstracts, de onde foram extraídos dois modelos polares de comportamento estratégico das empresas em relação à biotecnologia: (a) modelo dito americano, em que as empresas mantêm interesse específico no uso da biotecnologia em petróleo, registram baixo número de patentes e a atividade de inovação se registra certamente, de forma mais dinâmica nas pequenas empresas de base, caso da PETROBRAS, Exxon, Chevron e Mobil; (b) modelo dito japonês, caracterizado pelo baixo interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto número de patentes, indicando uma atividade de acompanhamento e eventual entrada nas novas oportunidades de negócio abertas pela biotecnologia; este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), mas também, seguido por algumas empresas americanas e européias (Amoco, BP, Shell). ABSTRACT In recent decades, biotechnology has made use of the accumulated scientific knowledge from various disciplines and techniques, among them being microbiology, biochemistry and molecular biology to produce goods or services at high speed. The oil industry has also been using biotechnology in the solution of various problems generated as a result of its activities. Therefore the objective of this paper is to demonstrate which biotechnology applications have been used in the oil industry over the last ten years. For this purpose, the data bank of Derwent Biotechnology Abstracts was used, from which two polar models were taken of the strategic behavior of companies in relation to biotechnology: a) the so-called American model, in which the companies maintain specific interest in the use of biotechnology in oil, record a low number of patents, and the innovative activities are certainly recorded in a more dynamic way in the smaller base companies, which is the case of PETROBRAS, Exxon, Chevron and Mobil; b) the so- called Japanese model, characterized by the reduced interest in oil applications, by the high number of patents, indicating a monitoring activity and possible appearance of new business opportunities opened up by biotechnology; this is the case of all the Japanese companies (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), but is also followed by some American and European companies (Amoco, BP, Shell). 1 Setor de Meio Ambiente e Biotecnologia (SEAMB), Superintendência de Pesquisa e Engenharia Básica do Abastecimento (SUPAB), Centro de Pesquisas (CENPES). e-mail: negrais@cenpes.petrobras.com.br 2 Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). e-mail: vitor@h2o eq.ufrj.br 3 Aponsentado do Centro de Pesquisas da PETROBRAS. 18 Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
  • 2. RESUMEN En las últimas décadas, la biotecnologia viene haciendo uso del conocimiento científico acumulado de diversas disciplinas y técnicas, entre ellas la microbiología, la bioquímica y la biología molecular para producir bienes o servicios en una gran velocidad. La industria de petróleo viene tambiém utilizando la biotecnología en la solución de problemas generados en sus actividades. Así, se objetiva aquí demostrar cual ha sido la aplicación de la biotecnología en la industria del petróleo, en; los últimos diez años. Para ello, se utilizó la base de los datos del Derwent Biotechnology Abstracts, de donde fueron extraidos dos modelos polares de comportamiento estratégico de las empresas en relación a la biotecnología: a) modelo dicho americano, en que las empresas mantienen interés específico en el uso de la biotecnología en petróleo, registran bajo número de patentes y l actividad de innovación se registra seguranmente, de forma más dinámica en la pequeñas empresas de base, caso de la PETROBRAS, Exxon, Chevron y Mobil; b) modelo dicho japonês, caracterizado por bajo interés por las aplicaciones en petróleo, por el alto número de patentes, indicando una actividad de acompañamiento y eventua entrada de nuevas oportunidades de negocio abiertas por la biotecnología; este es el caso de todas las empresas japonesas (Nippon, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), pero también seguido por algunas empresas americanas y europeas (Amoco, BP, Shell). (Originais recebidos em 16.11.98). 27 500 funcionários, e as 230 empresas canadenses 1. INTRODUÇÃO (faturamento anual de US$ 0,8 bilhões) (1,2). A biotecnologia é um conjunto de técnicas e processos De acordo com o Serviço de Informação sobre pelo qual é possível utilizar os microorganismos e as Pesquisa e Desenvolvimento da União Européia células animais e vegetais, para produzir bens ou (CORDIS – Community Research and Development serviços. Diversas técnicas biotecnológicas vêm sendo Information Service), os investimentos da União empregadas pela humanidade há milhares de anos. Em Européia em pesquisa e treinamento na área de 6 000 a.C. os egípcios já produziam cerveja, mas biotecnologia evoluíram de US$ 17,3 milhões, no ignoravam a existência do microorganismo responsável período 1982/86, para US$ 679,54 milhões, no período por este processo, a levedura Saccharomyces 1994/98. Neste último período, os investimentos em cerevisiae. Pão, vinho e queijos são alguns dos biotecnologia representam 5% dos investimentos diversos produtos também produzidos por globais em P&D da União Européia (3). microorganismos. Somente a partir das descobertas de Louis Pasteur, no século XIX, sobre a existência de Em 1989, o Setor de Meio Ambiente e Biotecnologia vida em escala microscópica, a biotecnologia passou a (SEAMB) do Centro de Pesquisas da PETROBRAS se desenvolver com base em conceitos e métodos (CENPES), em conjunto com a Divisão de científicos. Planejamento e Administração Tecnológica (DIPLAT), também do CENPES, e com a Universidade de São A biotecnologia tem feito uso do conhecimento Paulo (USP), desenvolveram o estudo intitulado científico acumulado de diversas disciplinas e técnicas, “Biotecnologia na Indústria de Petróleo”(4), que teve que no decorrer das últimas décadas têm se como objetivo a caracterização do estado-da-arte da desenvolvido com grande velocidade. A microbiologia, biotecnologia, nos âmbitos brasileiro e mundial, e suas a bioquímica e a biologia molecular, entre outras áreas possíveis aplicações na indústria do petróleo até o ano do conhecimento, permitem melhor compreensão dos 2000. Visando a atualização deste estudo, objetiva-se seres vivos e de seus constituintes. aqui, demonstrar como tem sido a participação da área de biotecnologia na indústria do petróleo, nos últimos Nas próximas décadas, a biotecnologia poderá se dez anos. constituir num eficiente instrumento de combate a alguns dos maiores problemas que afligem atualmente 2. METODOLOGIA a humanidade, tais como: a fome, as doenças e a poluição. Entre as diversas formas de avaliar a atuação da Internacionalmente, os Estados Unidos da América indústria de petróleo em biotecnologia, tem-se o dominam o mercado de biotecnologia, com cerca de levantamento do número de patentes geradas, extraído 1 300 empresas, com 118 mil funcionários de uma pesquisa feita na base de dados do Derwent (faturamento anual de US$ 14,2 bilhões), em Biotechnology Abstracts, no período de 1988 a comparação com 600 empresas européias (faturamento setembro de 1997. Na análise das patentes, empregou- anual de US$ 1,5 bilhões), com apenas se também o sistema de classificação da Derwent Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999 19
  • 3. Biotechnology Abstracts, dividido em 12 grupos, deverá abranger um número maior de empresas, tanto descritos no Anexo I. no segmento da indústria de petróleo como fora dele. Foram analisadas as 31 maiores empresas de petróleo 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO pelo seu faturamento, de acordo com a revista Fortune(5). Além dessas empresas, outras também A tendência ao patenteamento é diferenciada entre foram pesquisadas, e que estão listadas entre as países e mesmo entre empresas. Este aspecto pode ser 100 maiores, segundo a classificação da Petroleum observado mesmo nos dados aqui coligidos: o número Intelligence Weekly(6) – PIW. O resultado da pesquisa de patentes originais do Japão (181), dos EUA (138) e no Derwent está apresentado na tabela I. da Europa (88) levariam à falaciosa indicação de superioridade da biotecnologia japonesa em relação à Neste período (1988-1997), foram geradas americana e à européia. 418 patentes. Só a Nippon Oil, do Japão, depositou 101 atentes, seguida pela Phillips Petroleum Por estes motivos, e mais pelo já referido potencial de (55 patentes), Amoco (45 patentes), Shell aparecimento de novos atores na área nascente da (38 patentes), Cosmo Oil (33 patentes) e Elf Aquitaine biotecnologia, um aprofundamento da metodologia (31 patentes). TABELA I PATENTES GERADAS POR EMPRESAS DE PETRÓLEO, PERÍODO DE 1988-1997 (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS) TABLE I PATENTS DEVELOPED BY OIL COMPANIES OVER THE PERIOD 1988-1997 (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS) Cl EMPRESA Número de Classificação Classificação da Patentes PIW Fortune 96 1 Nippon Oil (Japão) 101 15º 75º 2 Phillips Petroleum (EUA) 55 19º 33º 3 Amoco (EUA) 45 12° 13° 4 Royal Dutch/Shell Group 38 1° 3° (R. Unido/Holanda) 5 Cosmo Oil (Japão) 33 26° 71° 6 Elf Aquitaine (França) 31 5º 23º 7 Japan Energy (Japão) 17 21° 91°  8 Showa Shell (Japão) 15 28º 9 Exxon (EUA) 11 2° 6°  10 Mitsubishi Oil (Japão) 9 88º 11 British Petroleum (Reino Unido) 8 4º 10º 12 Chevron (EUA) 7 9º 8º 13 Texaco (EUA) 6 6º 14º Idemitsu Kosan (Japão) 6 22º 54º  Wintershall (Alemanha) 6 70º  Occidental (EUA) 6 51º  17 Yukong (Coréia do Sul) 4 77º 18 Mobil (EUA) 3 3º 7º  Norsk Hydro (Noruega) 3 57º 20 Atlantic Richfield (EUA) 2 16º 24º Sunkyong (Coréia do Sul) 2 7º 7º  Statoil (Noruega) 2 39º 23 PDVSA (Venezuela) 1 11º 2º Petrofina (Bélgica) 1 23º 43º  Conoco (EUA) 1 28º  Burlington (EUA) 1 61º  CEPSA (Espanha) 1 94º  Maxus (EUA) 1 86º  OMV (Áustria) 1 76º  BHP (Austrália) 1 50º TOTAL 418 20 Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
  • 4. Na tabela II, distribuiram-se as patentes de acordo com exemplo a base de dados da Derwent Biotechnology a sua classificação por área, tomando-se como Abstracts (Anexo I). TABELA II CLASSIFICAÇÃO DAS PATENTES POR ÁREA (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS) TABLE II CLASSIFICATION OF PATENTS BY AREA (DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS) Áreas 1988-92 1993-97 Total Substâncias Químicas (não farm.) 33 31 64 Produtos Farmacêuticos 29 30 59 Agricultura 29 26 55 Biocatálise 32 17 49 Engenharia Genética 27 18 45 Alimentos 15 15 30 Combustíveis e Mineração 17 12 29 Engenharia Bioquímica 25 2 27 Meio Ambiente 8 19 27 Análises e Sensores 14 3 17 Cultura de Células 6 6 12  Purificação 4 4 Total 239 (57%) 179 (43%) 418 O decréscimo no número de patentes registradas do atuação altamente horizontalizada das grandes primeiro para o segundo quinqüênio pode-se atribuir companhias de petróleo para explicar esta situação. ao crescente amadurecimento das tecnologias Este fato é particularmente notável nas companhias associadas ou à mudança de estratégias de proteção da japonesas, as quais não atuam no segmento E&P, mas propriedade industrial, mais do que a uma redução dos em geral, possuem subsidiárias de fertilizantes investimentos na área. É previsível que os (agricultura), produtos químicos, petroquímica e procedimentos e ferramentas básicas cada vez mais se polímeros e mesmo de áreas industriais mais diversas. consolidem e assim diminua o número de resultados patenteáveis. Notável também é o aumento dos resultados na área de meio ambiente. O sensível aumento da oferta no É de se notar a diversificação de resultados mercado mundial de produtos biotecnológicos, patenteados pelas diversas áreas da biotecnologia principalmente os destinados ao tratamento de (tabela III). Ao fato de que resultados marginais são efluentes e à biorremediação, corrobora esta obtidos quando se atua numa determinada área observação. tecnológica, por mais focada que seja, se acresce a TABELA III CLASSIFICAÇÃO POR ÁREA DAS DEZ EMPRESAS DE PETRÓLEO COM MAIS PATENTES TABLE III CLASSIFICATION BY AREA OF THE TEN OIL COMPANIES HOLDING THE LARGEST NUMBER OF PATENTS Empresa A1/2 B1 C1 D1/7 E1/5 F1 G1/2 H1/4 J1/2 K1/2 L1 M1/2   9 14 17 9 11 6 10 7 17 1 Nippon     7 8 15 1 8 8 5 3 Phillips       21 13 7 2 2 Amoco   1 2 7 9 1 4 9 1 2 2 Shell     2 4 13 3 6 3 2 Cosmo     1 4 5 6 1 3 8 3 Elf      3 1 7 1 4 1 Japan         4 9 1 Showa         3 1 7 Exxon         1 2 6 Mitsubishi obs.: A1/2 = genética; B1 = engenharia; C1 = análises e sensores; D1/7 = fármacos; E1/5 = agricultura; F1 = alimentos; G1/2 = combustíveis e mineração; H1/4 = produtos químicos; J1/2 = cultura de células; K1/2 = biocatálise; L1 = purificação; M1/2 = meio ambiente. Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999 21
  • 5. Na tabela IV apresenta-se a distribuição das patentes comportamento estratégico das empresas em relação à nas áreas específicas da indústria de petróleo. A biotecnologia: recuperação melhorada de petróleo e a biorremediação de solos e águas são as áreas que possuem maior a) modelo A (Americano), em que as empresas mantêm número de patentes, 20 e 17, respectivamente. interesse específico no uso da biotecnologia em petróleo, registram baixo número de patentes e a No caso da Exxon, o vazamento de 41 milhões de atividade de inovação se registra certamente, de forma litros de petróleo do Exxon Valdez, no Alasca, em mais dinâmica nas pequenas empresas de base 1989, deu início ao desenvolvimento da técnica de tecnológica (venture capital, entrepreneurship); é o biorremediação, que usa os microorganismos para caso da Exxon, Chevron e Mobil; reduzir ou eliminar compostos perigosos ao meio ambiente. Nos estudos patrocinados pela Exxon sobre b) modelo J (Japonês), caracterizado pelo baixo biorremediação, foram gastos mais de US$ 10 milhões, interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto gerando sete patentes, no período de 1993 a 1997. número de patentes, indicando uma atividade de acompanhamento e eventual entrada nas novas Na tabela V estão organizadas as patentes por empresa oportunidades de negócio abertas pela biotecnologia; e divididas por áreas específicas da indústria do este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon, petróleo e áreas fora dela. Na análise da tabela V, Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), sugere-se a identificação de dois modelos polares de mas também, seguido por algumas empresas americanas e européias (Amoco, BP, Shell). TABELA IV DISTRIBUIÇÃO DAS PATENTES EM ÁREA ESPECÍFICA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO TABLE IV DISTRIBUTION OF PATENTS IN SPECIFIC AREAS OF THE OIL INDUSTRY A B C D E F G H I TOTAL Phillips 6 1 1 1 1 10 Exxon 1 7 1 1 10 Chevron 5 2 7 Elf 1 1 2 4 Occidental 2 1 3 Shell 1 1 1 3 Texaco 2 1 3 Amoco 2 2 Mobil 2 2 Statoil 2 2 Atlantic 1 1 Conoco 1 1 Japan Energy 1 1 Showa 1 1 Maxus 1 1 OMV 1 1 Wintershall 1 1 Norsk Hydro 1 1 TOTAL 20 17 7 3 2 2 1 1 1 54 obs. A = recuperação melhorada de petróleo; B = biorremediação de solos e águas; C = tratamento biológico de efluentes hídricos; D = biodessulfurização; E = tratamento biológico de resíduos oleosos; F = biodegradação de hidrocarbonetos; G = goma xantana; H = exploração geomicrobiológica de petróleo; I = biofiltração. 22 Bol. téc. PETORBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
  • 6. TABELA V COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS EM TERMOS DE ESTRATÉGIA EM BIOTECNOLOGIA TABLE V COMPANY BEHAVIOR IN TERMS OF BIOTECHNOLOGY STRATEGY Cl Empresa Nº de patentes % em petróleo % em outras Tipo de empresa áreas  Downstream (*) 1 Nippon Oil 101 100 2 Phillips Petroleum 55 18 82 Integrada 3 Amoco 45 4 96 Integrada 4 Shell 38 8 92 Integrada  5 Cosmo Oil 33 100 Downstream 6 Elf Aquitaine 31 13 87 Integrada Downstream (*) 7 Japan Energy 17 6 94  8 Showa Shell 15 7 93 9 Exxon 11 91 9 Integrada  10 Mitsubishi Oil 9 100 Downstream  11 British Petroleum 8 100 Integrada  12 Chevron 7 100 Integrada 13 Texaco 6 50 50 Integrada  Downstream (*) Idemitsu Kosan 6 100 Wintershall 6 17 83 Integrada Occidental 6 50 50 Upstream  Downstream (*) 17 Yukong 4 100 18 Mobil 3 67 33 Integrada Upstream (*) Norsk Hydro 3 33 67 20 Atlantic Richfield 2 50 50 Integrada   Sunkyong 2 100  Statoil 2 100 Integrada  23 PDVSA 1 100 Integrada  Petrofina 1 100 Integrada  Conoco 1 100 Integrada  Burlington 1 100 Upstream  Downstream (*) CEPSA 1 100  Maxus 1 100 Upstream  OMV 1 Integrada 100  BHP 1 100 Integrada obs. : (*) principalmente. Algumas empresas têm atuação intermediária em outros ramos industriais, representem uma relação a estes dois modelos polares, como a Phillips, a oportunidade universal de aplicação da biotecnologia. Elf, a Occidental e a Texaco. A descrição acima esquematizada (tabela IV) permite Um aprimoramento da metodologia permitiria uma identificar, também, que a liderança do processo caracterização mais aprimorada da estratégia inovatório na área de recuperação de óleo é exercida empresarial das grandes companhias de petróleo com pela Phillips e Chevron. Na área de meio ambiente são base na identificação da carteira de negócios dos mais atuantes a Exxon e a Elf. Por outro lado, a grupos. liderança nos processos de biorrefino está fora do ramo industrial petrolífero (EBC, por exemplo). É previsível que as empresas que operam verticalmente em todos os setores da indústria do petróleo 4. CONCLUSÕES (exploração, perfuração, produção, refino e distribuição) venham a ter maior envolvimento com os O uso das tecnologias de fundo biotecnológico na usos da biotecnologia, pela diversidade de aplicações. indústria do petróleo se constitui numa tendência Pode-se prever também, que áreas como a de meio irreversível. Os investimentos nessa área estão ambiente, compartilhada por todos os setores e por consolidados em todas as grandes companhias de Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999 23
  • 7. petróleo do mundo, principalmente naquelas de mas também, seguido por algumas empresas atuação horizontalizada. americanas e européias (Amoco, BP, Shell). A biotecnologia, como uma inovação radical, propicia 5. SUGESTÕES o aparecimento de novos atores e oportunidades de negócio. As empresas de petróleo se dividem entre dois Sugere-se, a médio prazo, o aprofundamento da modelos de atuação: um que foca o desenvolvimento metodologia de prospecção tecnológica ora realizada, nas questões específicas deste segmento industrial e com o objetivo de incluir, além da mensuração da outro que visa a uma diversificação mais ampla de atuação das empresas de petróleo em biotecnologia, o aplicações. crescimento desta área do conhecimento fora do segmento petrolífero, nos aspectos de interesse. Dois modelos polares de comportamento estratégico das empresas em relação à biotecnologia foram Este aprofundamento, além de examinar um universo identificados. O primeiro é o modelo dito mais abrangente de empresas de petróleo, deverá “Americano”, no qual as empresas mantêm interesse associar: específico no uso da biotecnologia em petróleo, • registram baixo número de patentes e a atividade de patentes de interesse do segmento, inovação se registra certamente, de forma mais independentemente da origem; • dinâmica nas pequenas empresas de base, caso da bases de dados, revistas, anais de congressos, para PETROBRAS, Exxon, Chevron e Mobil. O outro é o evidenciar tendências como áreas mais chamado “modelo Japonês”, caracterizado pelo baixo pesquisadas, instituições, pesquisadores; • interesse pelas aplicações em petróleo, pelo alto material institucional das empresas, para número de patentes, indicando uma atividade de caracterizar a carteira de negócios das empresas; acompanhamento e eventual entrada nas novas • possíveis contatos diretos com alguns atores oportunidades de negócio abertas pela biotecnologia; importantes, para confirmação de aspectos mais este é o caso de todas as empresas japonesas (Nippon, controversos. Cosmo, Japan Energy, Idemitsu, Showa, Mitsubishi), 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) Cybersciences. Les grands dossiers : les biotecnologies. Disponível na Internet. http://www.cybersciences.com/Cyber/0.0/000.asp. 1997. (2) SETOR biotecnológico pode criar milhões de empregos na UE. Gazeta Mercantil, São Paulo, 16 out. 1997. p. A-13. (3) CORDIS. Community Research and Development Information Service. Disponível na Internet. http://www.cordis.lu. (4) SILVA, G. H. Biotecnologia na indústria de petróleo. Rio de Janeiro : PETROBRAS. CENPES. DITER. SEBIO, 1989. 232 f. Relatório interno. (5) The world’s largest corporations (petroleum refining). Fortune, Los Angeles, v. 136, n. 3, p. 24-25f., Aug. 1997. (6) The top 100 companies. Petroleum Intelligence Weekly. New York, p. 9, Dec. 1997. Special issue. 24 Bol. téc. PETORBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999
  • 8. ANEXO I GRUPOS DE CLASSIFICAÇÃO DA DERWENT BIOTECHNOLOGY ABSTRACTS ANNEX I COMPANY BEHAVIOR IN TERMS OF DERWENT BIOTECHNOLOGY STRATEGY A. ENGENHARIA GENÉTICA E FERMENTAÇÃO A1. Ácidos nucléicos A2. Fermentação B. ENGENHARIA B1. Engenharia bioquímica C. ANÁLISES C1. Sensores e análises D. PRODUTOS FARMACÊUTICOS D1. Antibióticos D2. Hormônios D3. Peptídios e proteínas D4. Vacinas D5. Outros produtos farmacêuticos D6. Anticorpos D7. Técnicas genéticas clínicas E. AGRICULTURA E1. Controle biológico E2. Engenharia genética de vegetais E3. Pesticidas E4. Propagação in-vitro E5. Geral F. ALIMENTOS F1. Alimentos e aditivos alimentares G. COMBUSTÍVEIS, MINERAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE METAIS G1. Biocombustíveis e solventes G2. Mineração e recuperação de metais H. OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (NÃO FARMACÊUTICOS) H1. Polímeros H2. Compostos quirais H3. Compostos diversos J. CULTURA DE CÉLULAS J1. Cultura de células animais J2. Cultura de células vegetais K. BIOCATÁLISE K1. Isolamento e caracterização K2. Aplicação L. PURIFICAÇÃO L1. Processamento downstream M. DISPOSIÇÃO DE REJEITOS E MEIO AMBIENTE M1. Disposição de rejeitos industriais M2. Biotecnologia ambiental Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 42 (1/4): 18-25, jan./dez. 1999 25