Fármacos antivirais: Características e usos terapêuticos de aciclovir e outros agentes
1.
2. • Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios,
possuindo uma informação genética que lhes
permite a reprodução,
• no entanto tal não é possível no espaço extracelular.
• Um vírus não se pode replicar por si próprio.
• Necessita de atacar e entrar numa célula hospedeira.
• No interior da célula hospedeira utiliza a maquinaria e a
energia desta para sintetizar proteínas, AND e ARN.
• Os vírus são difíceis de matar, porque vivem no interior
das nossas células
• Qualquer fármaco que mate um vírus pode matar as
nossas células
3.
4.
5. • Sistema Imune competente
• Geralmente elimina ou destroi a replicação viral
• Imunocomprometidos
• Apresentam com maior frequência infecções virais.
6. Características:
• Capacidade de entrar nas células infetadas.
• Preferencialmente nestas
• Interferir com a síntese de ácidos nucleicos.
• Inibindo ou alterando a sintese
• Interferir com a ligação da partícula viral com a célula
hospedeira.
• Bloquear a ligação
• Estimular o sistema imune.
7. • Década de 60 – Aparecimento dos primeiros fármacos
antivíricos
• Década de 70 – Descoberta de agentes mais selectivos e
eficazes
• Década de 80 – Aceite como parte integrante da terapêutica
anti-infecciosa
• Motivos:
• Ameaça que as doenças provocadas por vírus
representavam
• Morbilidade e mortalidade associada
• Constitui a patologia mais comum no ser humano
8.
9. Vírus Patologia inicial Recorrente
Herpes simplex tipo 1 Gengivo-estomatite Úlceras herpéticas
Herpes simplex tipo 2 Vulvovaginites e
ulcerações penianas
Herpes genital
Vírus Varicela Zoster Varicela Zona
Citomegalovírus Doença congénita por
inclusão por CMV
Retinite (HIV-1)
Vírus de Epstein-Barr Mononucleose
Herpesvírus Humano tipo 6 Exantema Súbito
Herpesvírus Humano tipo 7 Exantema Súbito
Herpesvírus Humano tipo 8 Sarcoma de Kaposi
10.
11.
12.
13. • Pode-se classificar os fármacos como nucleósidos ou
não-nucleósidos
• O primeiro agente anti-herpesvírus de administração
sistémica de valor comprovado, a vidarabina - 1977
• O aciclovir que foi aprovado em 1982; é o protótipo
de um grupo de agentes antivirais
• são fosforilados no meio intracelular por uma cinase viral e
tomam-se inibidores da síntese do ADN viral
14.
15. • Análogo da guanina
• O espectro antivirico clinicamente útil do aciclovir restringe-se aos
herpesvírus
• O crescimento de células humanas não infectadas costuma não ser
afectado por concentrações elevadas de aciclovir (>50 g/ml).
16. • Mecanismo de ação
• O aciclovir inibe a síntese do ADN viral
• A captação celular e a fosforilação inicial são facultadas pela VHS
timidina cinase
• Inibe competitivamente as ADN polimerases virais
17. • A resistência ao aciclovir no VHS foi vinculada a um entre três
mecanismos:
• ausência ou produção parcial de timidina cinase viral,
• alteração da especificidade de substrato da timidina cinase (p.ex.
fosforilação da timidina, porém não do aciclovir),
• ou alteração da ADN polimerase viral.
18. • A biodisponibilidade oral do aciclovir varia de 10 a 30% e
diminui com o aumento da dose
• O valaciclovir é convertido rápida e quase completamente em
aciclovir após sua administração oral a adultos normais.
• A biodisponibilidade oral relativa do aciclovir aumenta 3 a 5 vezes para
aproximadamente 50% após a administração do valaciclovir.
19. • O aciclovir é amplamente distribuído nos líquidos corporais,
• inclusive no fluido vesicular, humor aquoso e líquido cefalorraquidiano.
• O aciclovir concentra-se no leite materno, no líquido amniótico e
na placenta.
• Os níveis plasmáticos do recém-nascido são semelhantes aos maternos
• A absorção percutânea do aciclovir após sua administração
tópica é baixa
20. • A semi-vida plasmática média de eliminação do
aciclovir é de cerca de 2,5 horas,
• entre 1,5 e 6 horas, é de 4 horas nos recém-nascidos e
aumenta para 20 em pacientes anúricos.
• A excreção renal do aciclovir não metabolizado por
filtração glomerular e por secreção tubular é a
principal via de eliminação.
• Menos de 15% são excretados como 9-
carboximetoximetilguanina ou metabolitos de importância
menor.
21. • Efeitos indesejados
• O aciclovir costuma ser bem tolerado.
• O aciclovir tópico pode causar irritação das mucosas e queimadura
transitória quando aplicado em lesões genitais.
• Gastrointestinais
• vómitos, diarreia, náusea
• Elevação transitória de enzimas hepáticas
• Cefaleias, tonturas e vertigens
• Rash cutâneo
22. • Contra-indicações e precauções
• Gravidez e aleitamento.
• Reduzir a posologia em doentes com IR grave.
• Manter hidratação adequada, particularmente quando administradas
doses elevadas por via IV.
23. • Interacções
• Quando associados, a zidovudina e o aciclovir podem provocar
sonolência e letargia intensas.
• O uso concomitante de ciclosporina e, provavelmente, de outros agentes
nefrotóxicos, exacerba o risco de nefrotoxicidade O probenecide diminui
a depuração renal e prolonga a semi-vida plasmática de eliminação.
• O aciclovir é capaz de reduzir a depuração renal de outros fármacos
eliminados por secreção renal activa, como o metotrexato.
24. • Usos terapêuticos
• Profilaxia e tratamento das infecções devidas a Herpes simplex, incluindo
o herpes genital primário e recidivante.
• Tratamento das infecções devidas ao vírus Varicella-zoster.
• O aciclovir é especialmente útil nos pacientes imunocomprometidos
25. • O fanciclovir é uma pró droga éster diacetil do penciclovir,
• que carece de actividade antiviral intrínseca,
• O pencidovir é um análogo acíclico do nucleosídeo guanina.
• O penciclovir tem um espectro de actividade e uma potência
contra o VHS e o VVZ semelhantes às do aciclovir.
• Actividade VHB
26. • As variantes resistentes em virtude de mutações na timidina
cinase ou na ADN polimerase podem ser seleccionadas in vitro,
mas a ocorrência de resistência durante o uso clínico ainda não
foi definida
• Os herpesvírus deficientes em timidina cinase e resistentes ao
aciclovir apresentam uma resistência cruzada com o penciclovir.
27. • O penciclovir oral tem uma baixa biodisponibilidade (5%).
• O fanciclovir é bem absorvido por via oral e rapidamente
convertido em penciclovir
• pela desacetilação da cadeia lateral e pela oxidação do anel purina
durante e após a absorção.
28. • O Fanciclovir oral está indicado no tratamento do herpes zoster
localizado com menos de três dias de duração em adultos
imunocomprometidos.
29. • O ganciclovir é um análogo acíclico da guanina
• Este agente tem uma actividade inibitória contra todos os
herpesvírus,
• especialmente activo contra o CMV
• As concentrações inibitórias são semelhantes às do aciclovir para o VHS e
o VVZ, mas l0 a 100 vezes menores para o CMV (0,2 a 2,8 g/ml).
30. • O CMV pode tomar-se resistente ao ganciclovir por
meio de um entre dois mecanismos:
• redução da fosforilação intracelular do ganciclovir
• mutações na ADN polimerase viral que conduzem a uma
resistência parcial.
• Os isolados resistentes do CMV apresentam aumentos de 4 a 20
vezes as concentrações inibitórias.
• O ganciclovir é, também, muito menos activo contra
cepas de VHS resistentes ao aciclovir e com
deficiência de timidina cinase
31. • Efeitos Indesejados
• Alterações hematológicas :
• anemia, neutropenia, trombocitopenia
• Gatrointestinais
• Aumento da creatinina e ureia
• Teratogénico, mutagénico e carcinogénico
32. • Usos terapêuticos
• O ganciclovir está indicado para uso no tratamento e na supressão
crónica da retinite por CMV em pacientes imunocomprometidos
• e para a prevenção da doença por CMV em pacientes transplantados.
33. • Análogo inorgânico dos pirofosfatos
• inibe todos os herpesvírus e o VIH
• O foscarnet inibe a síntese de ácidos nucléicos virais mediante
a interação directa com a ADN polimerase do herpesvírus ou
com a transcriptase reversa do VIH
34. • As principais toxicidades dependentes da dose do foscarnet
são a nefrotoxicidade e a hipocalcemia sintomática
• Doses elevadas, uma perfusão rápida, desidratação,
insuficiência renal prévia e uso concomitante de fármacos
nefrotóxicos aparecem entre os factores de risco.
35. • O foscarnet intravenoso está indicado para o tratamento da
retinite por CMV e das infecções por VHS resistentes ao
aciclovir. Também é eficaz para o tratamento de outros tipos
de infecções por CMV.
• O foscarnet é aparentemente eficaz para o tratamento de
infecções resistentes ao ganciclovir. Uma combinação de
foscamet e ganciclovir é utilizada na retinite refratária.
36. • A Idoxuridina um análogo iodado da timidina
• inibe a replicação in vitro de diversos vírus de ADN, incluindo
os herpesvírus e dos poxvírus
• As concentrações inibitórias para o VHS-I são pelo menos l0 vezes
maiores do que as do aciclovir
• A idoxuridina não tem selectividade, uma vez que concentrações baixas
inibem o crescimento de células não infectadas
37. • O mecanismo de ação antiviral da idoxuridina não foi
completamente definido
• os derivados fosforilados interferem em vários sistemas
enzimáticos.
• O trifosfato inibe a síntese de ADN viral e é
incorporado tanto no ADN viral quanto no ADN
celular.
• A resistência à idoxuridina desenvolve-se facilmente in
vitro,
• E ocorre em isolados virais recuperados de pacientes com
ceratite por VHS tratados com idoxuridina.
38. • A sorivudina é um análogo dos nucleosídeos da
pirimidina
• Apresenta uma actividade inibitória potente e
selectiva para o VVZ.
• As concentrações inibitórias in vitro (0,0001 a 0,004
g/ml) contra o VVZ são 1.000 vezes menores do que
as do aciclovir.
• A sorivudina também tem actividade in vitro contra o VHS- 1
e o VEB porém não contra o HSV-2 ou o CMV
39. • A sorivudina inibe a síntese de ADN viral.
• A captação celular é pelo menos 40 vezes maior nas células infectadas
por VHS do que nas não infectadas.
• A fosforilação inicial é mediada pela timidina cinase viral
• e a continuação do metabolismo até difosfato depende da actividade da
timidilato cinase viral.
40. • O trifosfato de sorivudina é um inibidor competitivo
da replicação viral de ADN com relação ao trifosfato
de desoxitimidina.
• Ao contrário do trifosfato de aciclovir, o trifosfato de
sorivudina não é incorporado ao ADN viral.
• Não se relatou ainda resistência à ação antivirica da
sorivudina durante o uso clínico,
• mas os VVZ com deficiência de timidina cinase são
resistentes in vitro
41. • A sorivudina pode ser administrada por via oral e intravenosa.
• A sorivudina (40 mg uma vez ao dia) parece ser mais eficaz
que o aciclovir em altas doses para o tratamento em adultos
infectados por VVZ
42. • A trifluridina é um nucleosídeo fluorado das
pirimidinas
• Apresenta uma actividade inibitória in vitro contra os
tipos 1 e 2 do VHS, o CMV, a vacínia, e, em grau
menor, determinados adenovírus.
• Inibem a replicação de herpesvírus, inclusive de
estirpes resistentes ao aciclovir.
• A trifluridina inibe também a síntese de ADN em
concentrações relativamente baixas.
• O monofosfato de trifluridina inibe irreversivelmente a timidilato
sintetase,
43. • Foi o primeiro fármaco com actividade contra os Herpesviridae
• A vidarabina é um análogo da adenosina com uma ribose
alterada (arabinosina)
• É activa contra herpesvírus, poxvírus, rabdovírus, hepadnavírus
e alguns vírus de ARN tumorais.
• inclusive estirpes resistentes ao aciclovir
44. • A Brivudina é um dos mais potentes análogos dos nucleosidos
que inibe a replicação do vírus da varicela-zoster.
• Autorizado em Portugal desde 2002.
• A brivudina é aproximadamente 200 a 1000 vezes mais
potente que o aciclovir e o penciclovir na inibição da
replicação in vitro de VVZ.
• A brivudina tem um início de ação muito rápido no crescimento
vírico exacerbado, nas lesões cutâneas, atingindo 50 % de
inibição da replicação vírica até 1 hora após a exposição ao
fármaco.
• A brivudina apresenta igualmente actividade antivírica em animais de
ensaio infectados sobre o VHS tipo 1, mas não tem actividade
significativa no VHS tipo 2.
45. • As estirpes clínicas de VZV são particularmente
sensíveis.
• Em células infectadas com vírus, a brivudina
desencadeia uma série sequencial de fosforilações
conduzindo à produção de trifosfato de brivudina que
é a responsável pela inibição da replicação vírica.
• A conversão intracelular da brivudina nos seus derivados
fosforilados é catalisada por enzimas víricas, sobretudo a
timidina-cinase.
• A fosforilação ocorre apenas em células infectadas, o que explica a
elevada selectividade da brivudina sobre os alvos víricos.
46. • O trifosfato de brivudina, uma vez formado em células infectadas,
persiste intracelularmente por mais de 10 horas e interactua com a DNA
polimerase vírica. Esta interação origina uma elevada inibição da
replicação vírica.
• O mecanismo de resistência é baseado na deficiência de
timidina-cinase vírica.
• No entanto, na prática clínica os requisitos para o aparecimento da
resistência são o tratamento antivírico crónico e a imunodeficiência do
doente
47. • A brivudina é rapidamente absorvida após administração oral,
a biodisponibilidade da brivudina é aproximadamente 30%
da dose oral administrada.
• A administração concomitante com os alimentos retardam ligeiramente a
absorção da brivudina, mas não influenciam a quantidade total de
fármaco absorvido.
• A brivudina é extensamente distribuída aos tecidos, no entanto
possui uma elevada ligação (> 95%) às proteínas plasmáticas.
• A brivudina é rápida e extensamente metabolizada pela
enzima pirimidina fosforilase, que cliva a metade do açúcar
dando origem ao bromovinil uracilo (BVU),
• um metabolito desprovido de actividade vírica.
• O BVU é o único metabolito detectado no plasma do homem
48. • O BVU é posteriormente metabolizado a ácido
uracilacético,
• principal metabolismo polar detectável na urina do homem
mas não detectável no plasma.
• A semivida plasmática terminal da brivudina é
aproximadamente de 16 horas.
• A brivudina é eliminada pela urina (65% da dose
administrada) sobretudo na forma de ácido
uracilacético e de compostos mais polares semelhantes
à ureia.
• A brivudina inalterada representa menos de 1% da
dose excretada na urina.
49. • A Brivudina oral costuma ser bem tolerada, o efeito
adverso mais comum foi a náusea (2,1%).
• Náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia; perda de
apetite. Cefaleias e vertigens, elevação das enzimas
hepáticas, glicosúria, proteinúria e alterações hematológicas
estão descritas mais raramente.
• É contra-indicado o uso concomitante de com 5-
fluorouracilo ou outras fluoropirimidinas.
• esta interação, que conduz a uma toxicidade aumentada das
fluoropirimidinas, potencialmente fatal.
50. • A Brivudina, através do seu principal metabolito
bromoviniluracilo (BVU), exerce uma ação inibitória irreversível
sobre a dihidropirimidina desidrogenase (DPD).
• Em consequência da inibição da enzima resulta uma sobre-exposição e o
aumento de toxicidade do 5-FU.
• Usar com precaução em doentes com doenças hepáticas
proliferativas.
51. • Indicações
• Herpes simplex mucocutâneo. Terapêutica adjuvante nas
infecções por herpes genital.
• A inosina-prabonex ou isoprinosina tem sido também
utilizada como imunomodulador, nomeadamente no
tratamento da panencefalite esclerosante subaguda,
• mas a sua eficácia terapêutica não se encontra ainda
inequivocamente demonstrada (a isoprinosina detém, actualmente,
para a panencefalite esclerosante subaguda a designação de
fármaco órfão nos EUA).
• Efeitos indesejados
• Náuseas e vómitos.
• Elevação dos níveis sanguíneos de ácido úrico.
52. • Contra-indicações e Precauções
• História de gota ou hiperuricemia.
• Insuficiência Renal.
• Posologia
• Via oral: 1 g, 4 vezes/dia, durante 7 a 14 dias.
54. • Senso Comum
• Uma gripe sem tratamento dura 7 dias
• Uma gripe com tratamento dura …
1 semana
• Terapêutica geralmente não dirigida;
• tratamento sintomático
55. • A vacinação é a ferramenta de primeira escolha para a
prevenção da influenza,
• Os antivirais específicos são agentes de grande importância
no tratamento desta doença.
• O desenvolvimento de vacinas tem sido apenas parcialmente eficiente
no controle da gripe,
56. • Actualmente estão disponíveis quatro fármacos antivirais
específicos para a influenza:
• os fármacos clássicos, amantadina e rimantadina;
• e os antivirais de segunda geração, zanamivir e oseltamivir.
57.
58. • Inibição do canal de iões (proteína M2)
• Impede a fusão
• Inibição da descapsidação
• Resistência
• Mutação viral que impede a ligação
• Estirpes aviárias resistentes
• (+ virulentas; estabilidade genética)
59. • Via oral
• 100 mg/dia 5 dias
• Efeitos indesejados
• Insónias
• Pesadelos
• Alucinações
60. • São inibidores das neuraminidases dos vírus influenza
A e B
• Impedem a libertação do vírus
• Contudo, a sua eficácia está dependente de um diagnóstico
precoce
• só são eficazes se iniciados até às 48 horas após o início dos
sintomas
• o que limita a sua utilidade terapêutica
• Resistência
• Mutação viral que impede a ligação das drogas
61. • É um etil-ester que requer activação por hidrólise à sua forma
activa,
• carboxil oseltamivir.
• Apresenta actividade sobre o vírus da influenza.
• Autorizado em Portugal desde 2002
62. • Tratamento e profilaxia das infecções por vírus influenza A ou B
em adultos e crianças de idade igual ou superior a 13 anos.
• Tratamento das infecções por vírus influenza A ou B em crianças
de idade superior a 1 ano.
63. • Efeitos indesejados
• Gastrointestinais (náusea, vómito, dor)
• Crianças (menos de 12 anos)
• Otite
• Inflamações da pele
• Contra-indicações e Precauções
• Gravidez e aleitamento.
• Reduzir a posologia no doente com clearance de creatinina inferior a
30 ml/min.
64. • Posologia
• Via oral
• 75 mg duas vezes ao dia/5dias
• 75 mg uma vez ao dia (profilaxia)
• durante 7 dias após exposição/contacto com o vírus ou até 6 semanas
quando de um surto de gripe na comunidade.
• Crianças - De 1 a 13 anos –
• Via oral: 30 a 75 mg, 2 vezes/dia, em função do peso corporal, durante
5 dias (tratamento).
65. • A actividade do zanamivir é extracelular.
• Diminui a propagação de ambos os vírus influenza A e
B por inibição da libertação de viriões influenza
infecciosos das células epiteliais do tracto respiratório.
• Absorção, distribuição e eliminação.
• Os estudos de farmacocinética no homem mostraram
que a biodisponibilidade oral absoluta do fármaco é
baixa, de 1 %, a 5
• Após inalação, o zanamivir deposita-se em concentrações
elevadas ao longo do tracto respiratório, com distribuição do
fármaco directamente no local da infecção pelo influenza.
66. • As elevadas concentrações de zanamivir no tracto respiratório
resultarão no rápido início de inibição da neuraminidase vírica.
• O principal local de deposição é a orofaringe (média de 78 %),
• de onde o zanamivir é rapidamente eliminado - tracto gastrintestinal.
• A deposição precoce nos pulmões variou entre 8 e 21 %.
• O zanamivir mostrou ser excretado por via renal na forma
inalterada.
• Após administração por inalação, o tempo de semi-vida sérica
varia de 2,6 a 5,05 horas.
• É totalmente excretado na urina na forma inalterada. A eliminação renal
está completa em 24 horas.
67. • Efeitos indesejados
• Poderão ocorrer epistaxis e ulcerações da mucosa nasal.
• Contra-indicações e Precauções
• Gravidez e aleitamento.
• Doentes com asma ou DPOC (risco de broncospasmo).
• Doentes com patologias graves subjacentes.
• Posologia
• Inalação: 10 mg (2 inalações de 5 mg cada), 2 vezes/dia,
durante 5 dias.
68. • Combina diferentes antigénios, com a probabilidade de ser a
estirpe mais activa nesse ano
• Prevenção da gripe,
• nos idosos,
• Imunodeprimidos
• doentes com afecções crónicas pulmonares e cardíacas.
• Protege
• inicia cerca de 1 semana após administração,
• atinge o máximo no prazo de 1 mês,
• perde o efeito ao fim de 1 ano.
70. • Classificadas de acordo com o tipo de vírus:
• Hepatite A
• Hepatite B
• Hepatite C
• Hepatite D
• Hepatite E
71. • Actualmente apenas se apresenta disponível
tratamento específico para as hepatites B e C,
• apesar dos antivíricos interferirem com outros vírus hepáticos
• A lamivudina e a ribavirina são antivíricos usados no
tratamento das hepatites B e C, respectivamente,
• a lamivudina era já usada no tratamento da infecção pelo
HIV, pelo que retornaremos a este fármaco mais à frente.
• A sua prescrição deverá ser realizada apenas por
médicos especialistas e com experiência clínica nestas
patologias
73. • Lamivudina
• Tratamento da hepatite B crónica
• com evidência de replicação viral
• Tratamento de doentes com infecção pelo VIH, em associação
com outros fármacos anti-retrovirais.
• Efeitos indesejados.:
• Gastrointestinais (náusea, vómito, dor, diarreia)
• Mal estar geral e fadiga
• Síndrome gripal
• Infecções respiratórias
• Neuropatia
• Hepatotoxicidade
74. • Contra-Ind. e Prec.:
• Gravidez e aleitamento.
• Monitorizar a função hepática
• Posologia
• Via oral: 100 mg, 1 vez/dia até ocorrer seroconversão, no tratamento
da hepatite B crónica
75. • Adefovir
• O adefovir actua na DNA polimerase do vírus da hepatite B,
interferindo com a síntese do DNA e diminuindo assim a
replicação do vírus.
76. • REACÇÕES ADVERSAS
• Toxicidade renal; aumentos da creatinina; insuficiência renal
• resistência ao HIV (com infecção por HIV não conhecida ou não
tratada);
• acidose láctica;
• esteatose hepática grave; função hepática anormal; insuficiência
hepática; aumentos das transaminases;
• tosse aumentada; faringite; sinusite; erupções na pele; hematúria;
glicosúria; dor abdominal; fraqueza; dor de cabeça; diarreia; má
digestão; flatulência; náusea.
77. • INTERAÇÕES
• ação aumentada com ibuprofeno.
• Aumenta o risco de toxicidade renal com: agentes nefrotóxicos;
aminoglicosídeos; ciclosporina; anti-inflamatórios não esteróides;
tacrolimus; vancomicina.
• O adefovir pode aumentar a possibilidade de acidose láctica e
hepatomegalia com: análogos de nucleosídeos (pode ser necessária a
suspensão do tratamento).
• O adefovir pode aumentar a concentração de e ter a sua
concentração aumentada por fármacos excretados por via renal; que
afectam a função renal
78. • Profilaxia
• Gamaglobulina
• Vacinação
• Utilização de gamaglobulina da mulher aquando da fertilização in vitro
• Serodiagnóstico das gestantes
79. • Vacinação
• crianças a partir da idade escolar,
• profissionais de saúde,
• imunodeprimidos,
• toxicodependentes,
• indivíduos com marcadores de hepatite C.
• Esquema actual:
• À nascença
• Aos 2 meses
• Aos 6 meses
• Dupla dose nos imunocomprometidos
80. • Ribavirina
• Tratamento da hepatite C crónica em associação com o interferão alfa-
2b ou interferão alfa-2ª
• Apenas quando não possível terapêutica mais eficaz
• Associação com novas terapias mais eficazes como sofosbuvir, boceprevir
• Efeitos indesejados:
• Fadiga, cefaleias, mialgias e febre. Sintomas gripais.
• Náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia.
• Alterações do sono, irritabilidade, ansiedade e depressão
• Anemia;
• Alopécia
81. • Contra-Ind. e Prec.:
• Gravidez e aleitamento.
• Disfunção hepática;
• Doença cardíaca;
• Doenças da tiróide
• Posologia
• (v.o.) 1000 a 1200 mg/dia 2 doses
• entre 24-48 semanas
82. • Sofosbuvir
• Tratamento da hepatite C crónica em associação com o interferão alfa-
2b ou interferão alfa-2ª; isoladamente ou em associação com a
ribavirina
• De acordo com genótipo, ou em lista de espera para transplante
• Efeitos indesejados:
• fadiga, cefaleias, náuseas e insónia (mais comuns)
• Alterações hematológicas
• Depressão, alterações oculares
• Dispneia de esforço, tosse
• Pele seca, prurido, alopécia
83. • Contra-Ind. e Prec.:
• Gravidez e aleitamento.
• Disfunção hepática;
• Doença cardíaca;
• Doenças da tiróide
• Posologia
• (v.o.) 400 mg/dia com alimentos
• entre 12-24 semanas
84.
85. • Sofosbuvir + ledipasvir
• idêntico ao sofosbuvir
• Genótipo 1 e 4, com ou sem cirrose e 3 com cirrose
800 a 2400 mg/dia divididas em 3 tomas
12 a 24 semanas
Efeitos indesejados:
Náuseas, vómitos, diarreia
Hipo ou hipertensão
Tonturas, cefaleias
Ansiedade, depressão, insónias
Alterações hematológicas
86. • Boceprevir
• Tratamento da hepatite C crónica em associação com o interferão alfa-
2b ou interferão alfa-2a e ribavirina, genótipo 1, com doença hepática
compensada
• inibidor da protease vírica
90 mg de ledipasvir e 400 mg de sofosbuvir
12 a 24 semanas
Efeitos indesejados:
cefaleias e fadiga
87. • Interferão-
• Glicoproteína Humana
• Recombinante (E. coli)
• Interferão- 1
• Interferão- 2
• Mecanismo de ação
• Induz a criação de um ambiente antiviral
• Inibe a síntese de DNA
• Clivagem do DNA (do vírus e do hospedeiro)
88. • Interferão-
• Inibe a replicação viral
• Tratamento de Hepatite B crónica replicativa
• Diminuição do DNA do HBV em circulação
• Melhoria da função hepática
• Normalização histológica das biópsias
• Necessidade de administração subcutânea ou intramuscular
• 3 x / semana durante 6 meses (crónica)
• Apenas uma pequena % dos doentes reage à terapia
• Sintomatologia gripal
• Efeitos neurológicos