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31 de Mar de 2023
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  1. Terapêutica Anti-VIH
  2. • 1- Fase aguda ou de infecção primária (2 a 4 semanas após infecção) • Sintomas como febre, adenopatias, faringite, fadiga, dores de cabeça e perda de peso manifestam-se em 50-90% dos casos, dependendo da susceptibilidade do indivíduo. • Altos níveis de virémia, disseminação do vírus no organismo e desenvolvimento de resposta imune específica que leva ao declínio da virémia.. • 2- Fase assintomática ou de latência clínica (12 semanas após infecção) • Aparece depois da seroconversão não apresentando sintomas clínicos com excepção de adenopatias generalizadas. • Pode durar em média 10 anos, havendo diminuição progressiva do número de células T CD4.
  3. • 3- Fase sintomática Precoce • Aparecimento de infecções oportunistas como candidose oral, leucoplasia pilosa oral, neuropatias periféricas e zona. • 4- Fase sintomática ou fase de SIDA • Caracterizada por uma contagem de células T CD4 inferior a 200/ml. Ocorre perda de peso, diarreia e suores nocturnos.
  4. • Os anti-retrovirais disponíveis classificam-se de acordo com o seu mecanismo de ação: • Inibidores da fusão • Inibidores da Protease • Nucleosidos inibidores da transcriptase reversa • Não nucleosidos inibidores da transcriptase reversa • Encontram-se em estudo ou em fase de introdução os inibidores da integrase.
  5. • Os inibidores da transcriptase reversa, que podem ou não ser análogos dos nucleosídeos, são: • o abacavir, didanosina, entricitabina, estavudina, lamivudina, tenofovir, zalcitabina (recentemente rerirada do mercado), zidovudina (análogos dos nucleosídeos); • e efavirenz e nevirapina (não nucleosídeos); a delavirdina é um novo não nucleosídeo que ainda não se encontra disponível em Portugal. • Os análogos dos nucleosídeos só exercem a sua ação antivírica depois de fosforilados a nível intracelular.
  6. • Os inibidores da protease incluem o amprenavir, atazanavir, fosamprenavir, indinavir, lopinavir, nelfinavir, ritonavir, saquinavir. • Ao contrário dos análogos dos nucleosídeos, não necessitam de ser convertidos intracelularmente em metabolitos activos e são eficazes contra a infecção pelo VIH em estado latente.
  7. • São um novo tipo de compostos que impedem o vírus de se ligar e entrar nas células humanas CD4; • Actuam numa fase do ciclo de vida do VIH, antes da entrada do vírus na célula, impedindo a infecção de novas células; • Os inibidores da fusão impedem que o vírus penetre na célula e desencadeia o processo de replicação vírica.
  8. • A replicação do vírus é suprimida por que se impede a transcrição reversa. • Depois de invadir uma célula humana, o VIH utiliza uma enzima, a transcriptase reversa, para converter o seu código genético numa forma que possa ser incorporada no ADN da célula hospedeira.
  9. • Os NRTI são muito semelhantes na sua estrutura aos elementos que constituem o ADN (designados por nucleósidos) • e por essa razão conseguem incorporar-se na cadeia de ADN que está a ser produzida por ação da Transcriptase Reversa • A síntese da nova cadeia é interrompida. • A produção de ADN viral é suspensa, • embora o vírus não seja destruído.
  10. • Os fármacos NNRTI ligam-se à enzima vírica transcriptase reversa (num local especifico), bloqueando o seu mecanismo e impossibilitando a produção de ADN vírico; • A enzima fica, a partir desse momento, incapaz de interagir devidamente com RNA víral para produzir ADN víral; • A produção deste último é interrompida, • embora o vírus não seja destruído;
  11. • Para o vírus se tornar infeccioso é essencial que as novas proteínas víricas sejam cortadas e estruturadas correctamente; • Os inibidores da protease ligam-se às proteínas bloqueando o local onde o corte deve ocorrer, impedindo os novos vírus de amadurecerem e infectarem outras células; • O ADN vírico não ficará devidamente estabilizado, o centro do vírus não estará preparado para os procedimentos de entrada e os viriões não se tornarão infecciosos, embora o vírus não seja destruído.
  12. Inibidores da Protease
  13. • Actuam no último estágio da formação do VIH, impedindo a ação da enzima protease que é fundamental para a fragmentação das cadeias de proteínas produzidas pela célula infectada em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula do VIH. • Indicações: • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais
  14. • Potentes inibidores ou indutores do citocromo P450 • Podem ser associados com o objectivo de protecção da metabolização • Ex. nelfinavir
  15. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais em doentes previamente tratados com inibidores da protease.
  16. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia. • Parestesias. Erupções cutâneas que podem ser graves. • Alterações do humor e alterações do sono. Cefaleias e fadiga. • Lipodistrofia. • Elevação das enzimas hepáticas, glicemia e lípidos sanguíneos. • Rabdomiolise. • Aumento da tendência para hemorragias nos doentes hemofílicos.
  17. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. • Doença hepática. • Doença renal. • História de alergias. • Diabetes. • Hemofilia. • Doentes medicados com fármacos metabolizados pelo CYP3A4, • nomeadamente terfenadina, astemizol, cisaprida, diazepam, triazolam, flurazepam, midazolam, ergotamina e análogos e rifampicina (a co-administração do amprenavir com estes fármacos constitui mesmo uma contra-indicação absoluta).
  18. • Interacções: • Os antiácidos podem reduzir a absorção do amprenavir (administrar com 1 a 2 horas de intervalo). • O amprenavir é simultaneamente um inibidor e um substrato do CYP3A4 • Paralelamente, o amprenavir inibe o metabolismo das estatinas, • e aumenta as concentrações séricas dos antidepressores tricíclicos e de muitos sedativos e hipnóticos. • Em adição, o amprenavir pode ainda aumentar as concentrações plasmáticas da varfarina, da loratadina e do sildenafil. • Por poder reduzir os níveis plasmáticos dos contraceptivos orais,. • A claritromicina e possivelmente a eritromicina poderão aumentar as suas concentrações plasmáticas. • A administração concomitante do amprenavir e do itraconazol poderá determinar um aumento das concentrações séricas de ambos os fármacos.
  19. • A rifampicina e a rifabutina determinam reduções importantes na AUC do amprenavir e a AUC da rifabutina aumenta, quando administrada de forma concomitante, em cerca de 200%. • A carbamazepina, o fenobarbital e a fenitoína determinam igualmente reduções significativas das concentrações plasmáticas do amprenavir • A erva de S. João ou hipericão (Hipericum perforatum). • Das interacções do amprenavir com os outros antiretrovirais • a interação entre o amprenavir e o ritonavir, • a interação do amprenavir com o efavirenz e a nevirapina, • e a interação entre o amprenavir e a didanosina.
  20. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH -1 em associação com doses baixas de ritonavir e outros fármacos anti-retrovirais. • O fosamprenavir é um pró-fármaco do amprenavir. • Posologia • Adultos - Via oral: • 700 mg, 2 vezes/dia a administrar concomitantemente com ritonavir; • 100 mg, 2 vezes/dia e outros fármacos anti-retrovíricos. • Crianças – Não recomendada a sua utilização em crianças e adolescentes de idade inferior a 17 anos.
  21. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH-1 em associação com outros fármacos antiretrovirais em doentes préviamente tratados com outros medicamentos anti-retrovíricos.
  22. • Interacções: • O perfil de interacções metabólicas do ritonavir administrado concomitantemente com o atazanavir poderá predominar sobre o deste, • O atazanavir é também um inibidor do CYP3A4. • Os anti-ácidos e medicamentos tamponados (incluindo a didanosina) podem reduzir significativamente a absorção do atazanavir (administrar 2 horas antes ou 1 hora após). • Os inibidores da bomba de protões determinam uma redução significativa (75%) da AUC do atazanavir não sendo, por isso, recomemdada a sua coadministração. • Os antagonistas dos receptores H2 originam, muito provavelmente, o mesmo efeito não sendo igualmente recomendada a sua administração concomitante. • O atazanavir determina um aumento das concentrações séricas (inibição do metabolismo) de vários antiarritmicos • O atazanavir inibe também o metabolismo das estatinas nomeadamente da sinvastatina, lovastatina e atorvastatina, • As concentrações séricas da claritromicina são aumentadas pelo atazanavir • mas as do seu metabolito activo são reduzidas
  23. • O atazanavir causa ainda um aumento das concentrações plasmáticas do sildenafil com potencial aumento de ocorrência de reacções adversas. • Determina também um aumento dos níveis séricos do irinotecano, da ciclosporina, tacrolimus e sirolimus que deverão ser monitorizados criteriosamente. • A co-administração de atazanavir com ritonavir e rifabutina determina um aumento significativo da Cmáx e da AUC da rifabutina. • O atazanavir com ritonavir pode aumentar ou diminuir as concentrações séricas da varfarina • Os azóis - cetoconazol e itraconazol - inibem o metabolismo do atazanavir + ritonavir • A rifampicina reduz em cerca de 90% as concentrações plasmáticas dos inibidores da protease sendo muito provável que se observe o mesmo efeito com o atazanavir; • O hipericão ou erva de S. João determina uma redução importante nas concentrações séricas do atazanavir e do ritonavir comprometendo a sua eficácia terapêutica. • O tenofovir reduz significativamente as concentrações plasmáticas do atazanavir, • O efavirenz reduz as concentrções plasmáticas do atazanavir • A nevirapina, como indutor enzimático, muito provavelmente também reduzirá as concentrações séricas do atazanavir
  24. • Posologia • Adultos - Via oral: • 300 mg, 1 vez/dia • em associação com ritonavir - 100 mg, 1 vez/dia (administrar com alimentos). • Nota : O ritonavir é associado nesta dose com o objectivo de alterar favoravelmente o perfil farmacocinético do atazanavir. • Crianças – Não recomendada a sua utilização em crianças e adolescentes
  25. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, epigastralgias, flatulência e diarreia. • Disfunção hepática. IH. IR. • Hiperglicemia. • Cefaleias, tonturas e insónia. • Erupções cutâneas e reacções alérgicas graves. • Alopécia. • Pigmentação da pele. • Lipodistrofia. • Aumento da tendência para hemorragias nos doentes hemofílicos.
  26. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, flatulência e diarreia. • Erupções cutâneas. • Leucopenia. • Elevação das enzimas hepáticas, ureia e creatinina. • Hiperglicemia. Hiperlipidemia. • Ginecomastia. • Lipodistrofia. • Aumento da tendência para hemorragias nos doentes hemofílicos.
  27. • A administração concomitante de ritonavir e nelfinavir causa um aumento superior a 100% nas concentrações plasmáticas do nelfinavir e um aumento pouco significativo das do ritonavir. • A co-administração de nelfinavir e saquinavir origina uma elevação de quase 400% nas concentrações plasmáticas do saquinavir • A administração simultânea do nelfinavir e indinavir aumenta as concentrações plasmáticas dos 2 fármacos.
  28. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia. • Alterações do paladar. Astenia. • Neuropatia periférica. • Erupções cutâneas e urticária. • Lipodistrofia. • Aumento da tendência para hemorragias nos doentes hemofílicos.
  29. • Indicações • Tratamento de infecções pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, epigastralgias, diarreia e anorexia. • Elevação das enzimas hepáticas. • Pancreatite.. • Anemia. Neutropenia. • Erupções cutâneas. Exantema. • Astenia. Dores musculares. • Tonturas, irritabilidade e depressão. Neuropatia periférica. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. Doença hepática. Doença renal
  30. Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos Nucleosídeos
  31. • Apresentam um mecanismo de ação antiviral comum de inibição da ADN polimerase dependente de ARN (transcriptase reversa) do vírus da imunodeficiência humana. • Essa enzima converte o genoma ARN viral numa cópia bifilamentar de ADN antes de sua integração ao genoma celular, o evento precoce no ciclo de replicação viral. • Consequentemente, esses agentes bloqueiam a infecção aguda de células, mas têm uma ação mínima sobre as células cronicamente infectadas.
  32. • Esses agentes são inibidores e substratos da transcriptase reversa. • Como carecem do grupo 3'-hidroxila, a incorporação gera a interrupção do alongamento da cadeia de ADN. • Apesar de terem um mecanismo de ação comum, os agentes anti-retrovirais diferem substancialmente
  33. • A zidovudina, normalmente denominada AZT, é um análogo da timidina • com actividade antiviral contra o VIH-l, o VIH-2, o vírus linfotrópico T humano (ou da leucemia) e outros retrovírus. • Em baixas concentrações (<0,001 a 0,04 g/ml) inibem a infecção aguda por VIH-l em linhagens humanas de células T e em linfócitos sanguíneos periféricos. • A zidovudina é menos activa em monócitos-macrófagos humanos ou em células quiescentes, mas inibe a replicação do HIV em macrófagos cerebrais. • A zidovudina também é utilizada para o HBV e o EBV. • Baixas concentrações de zidovudina inibem o crescimento das células mielóides e eritróides progenitoras humanas (0,3 a 0.6 g/ml) e a blastogénese nas células mononucleares do sangue periférico .
  34. • Mecanismos de ação • Após a difusão para as células hospedeiras, o fármaco é inicialmente fosforilado pela timidina cinase celular. • A etapa que limita a velocidade é a conversão em difosfato pela timidilato cinase. • O trifosfato de zidovudina, que possui um tempo de semi- vida de eliminação intracelular de 3 a 4 horas, inibe competitivamente a transcriptase reversa em relação ao trifosfato de timidina. • Como o grupamento 3'-amido impede a formação de ligações 5'- 3'fosfodiester, pelo que a incorporação da zidovudina gera a interrupção da cadeia de ADN.
  35. • O monofosfato de zidovudina também é um inibidor competitivo da timidilato cinase celular e gera a redução dos níveis intracelulares de trifosfato de timidina. • É possível que esse efeito contribua para sua citotoxicidade e exacerbe seus efeitos antivirais mediante a redução da competição pelo trifosfato de zidovudina. • A selectividade antiviral da zidovudina deve-se à sua maior afinidade pela trancriptase reversa do VIH do que pelas ADN polimerases humanas. • Em termos de resistência, foram recuperados, de pacientes tratados, estirpes resistentes com reduções entre 10 a mais de 100 vezes da susceptibilidade e é possível produzi-los in vitro.
  36. • Absorção, distribuição e eliminação • A zidovudina é rapidamente absorvida e a biodisponibilidade oral é de aproximadamente 60 a 70%. • A absorção varia amplamente nos pacientes infectados por HIV e fica retardada pela ingestão de alimentos • As concentrações liquóricas variam amplamente, • em média, 53% das concentrações plasmáticas nos adultos e 24% nas crianças. • As concentrações no sangue do recém-nascido são discretamente maiores, e as concentrações no liquido amniótico são várias vezes superiores aos níveis séricos matemos. • A semi-vida plasmática de eliminação é de aproximadamente 0,9 a 1,5 hora.
  37. • A zidovudina sofre metabolismo hepático na primeira passagem e é rapidamente convertida em seu metabolito 5'- O-glicuronídio, que possui uma semi-vida de eliminação plasmática semelhante, mas é isento de actividade anti-VIH. • Um outro metabolito, a 3'-amino-3'-desoxitimidina, está presente em baixas concentrações no plasma e possivelmente contribui uma a mielotoxicidade. • Após a sua administração oral, a recuperação de zidovudina e de seu metabolito glicuronídico na urina é, em média, de 14 e 75%, respectivamente. • A depuração renal envolve tanto a filtração glomerular quanto a secreção tubular. • Na cirrose ocorrem aumentos de duas a três vezes nos níveis plasmáticos e na semi-vida de eliminação.
  38. • Efeitos indesejados. • As principais toxicidades da zidovudina são a granulocitopenia e a anemia. • O risco de toxicidade hematológica aumenta quando as contagens de CD4 são menores na doença mais avançada, com doses maiores de zidovudina e na terapia prolongada. • Nas doses recomendadas, ocorrem anemia e granulocitopenia graves em cerca de 30 a 40% dos pacientes com SIDA, • porém em menos de 5% naqueles infectados assintomáticos. • A granulocitopenia tem sido tratada com G-CSF recombinante ou com factor estimulante de colônias de granulócitos/macrófagos (GM-CSF) • Em mais de 90% dos pacientes ocorre macrocitose. • Anemias significativas podem ser tratadas mediante suporte transfusional ou com eritropoietina recombinante em pacientes com baixos níveis endógenos.
  39. • Náuseas, vómitos, epigastralgias, flatulência e diarreia. Anorexia. Elevação das enzimas hepáticas e da bilirrubina. Hepatomegalia grave. Mialgias e miopatias. Acidose láctica. • Cefaleias, tonturas, confusão mental. Ansiedade, depressão e insónia. Dispneia e tosse. Erupções cutâneas, prurido e urticária. Pigmentação da pele e unhas. Síndrome de tipo gripal. • Constatou-se anemia e atraso de crescimento nos recém- nascidos de gestantes tratadas com zidovudina, • porém não houve aumento no índice de defeitos congénitos, entretanto, a sua segurança na gestação ainda não foi plenamente definida. • A zidovudina é mutagénica in vitro e promove tumores e é embritóxica em animais
  40. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez (até às 14 semanas). • Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia ou transaminases com um valor 5 vezes superior ao limite máximo normal. • Anemia ou leucopenia graves. • Hepatomegalia grave com esteatose
  41. • Interacções • A administração concomitante de anfotericina B, dapsona, flucitosina, pentamidina e ganciclovir aumenta o risco de mielossupressão. • A rifabutina e a rifampicina são capazes de induzir enzimas microssomais hepáticas e de reduzir as concentrações plasmáticas de zidovudina. • A claritromicina diminui a absorção de zidovudina. • O uso concomitante de ganciclovir aumenta acentuadamente o risco de toxicidade hematológica grave. • A administração simultânea de sulfadiazina/pirimetamina eleva as concentrações de zidovudina. • A co-administração de cotrimoxazol aumenta o risco de aparecimento de anemia e neutropenia. • Pode ocorrer sonolência intensa durante o uso associado de zidovudina e aciclovir.
  42. • A didanosina é um análogo do nucleosídeo das purinas, activo contra HIV-1 e HIV-2 in vitro, • inclusive contra a maioria dos isolados resistentes à zidovudina. • A didanosina é entre l0 e 100 vezes menos potente que a zidovudina quanto à actividade antiviral e citotoxicidade em células mononucleares do sangue periférico activadas. • Entretanto, é mais activa em células quiescentes e em monácitos- macrófagos humanos que não estejam em processo de divisão- • Ao contrário da zidovudina, a didanosina não é tóxica para células precursoras hematopoiéticas ou para linfócitos em concentrações clinicamente relevantes.
  43. • A estavudina é um análogo nucleosídeo da timidina que inibe a replicação do VIH-1. • As estirpes resistentes à zidovudina de VIH-1 são sensíveis à estavudina. • A estavudina é mais de 10 vezes menos tóxica para as células progenitoras da medula óssea in vitro do que a zidovudina, mas inibe a síntese mitocondrial de ADN.
  44. • Absorção, distribuição e eliminação • A estavudina é estável em meios ácidos e bem absorvida após a administração oral, 70 a 86 %. • A estavudina distribui-se para os espaços extravasculares. As concentrações liquóricas atingem, em média, 55% das concentrações plasmáticas em crianças. • A semi-vida de eliminação plasmática é de cerca de uma hora. • Aproximadamente 40% da estavudina surgem na urina sem sofrer modificações por secreção tubular e filtração glomerular. • Os mecanismos de depuração não-renais são responsáveis por cerca de 50% da eliminação de uma dose, • mas o destino metabólico da estavudina ainda não foi definido. É possível que a estavudina seja convertida em timina, que sofre degradação ou é utilizada para a síntese de timidina.
  45. • A zalcitabina é um análogo nucleosídio da citosina, activo contra VIH-1 e VIH-2, • inclusive contra estirpes resistentes à zidovudina. • A zalcitabina tem uma potência semelhante à da zidovudina em células mononucleares do sangue periférico, • mas é aparentemente mais activa em monócitos/macrófagos e em células em repouso. • É menos inibitória para as células progenitoras da medula óssea in vitro.
  46. • Tratamento de infecções pelo VIH em associação com outros fármacos anti-retrovirais. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos e diarreia. • Fadiga e cefaleias. • Anorexia. Febre. • Reacções alérgicas que podem ser fatais. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. IH grave. IR grave. • Monitorizar a função hepática e a ocorrência de reacções de hipersensibilidade. • Interacções • O etanol e a isotretínoina aumentam as concentrações plasmáticas do abacavir. • A rifampicina, o fenobarbital e a fenítoina podem reduzir as concentrações plasmáticas do abacavir.
  47. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia. • Cefaleias, tonturas, alterações do sono e astenia. • Anemia e neutropenia. • Erupções cutâneas, urticária e hiperpigmentação da pele. • Lipodistrofia. • Elevação das enzimas hepáticas, bilirrubina, lipase sérica, amilase pancreática e creatina cinase. • Alterações metabólicas, nomeadamente hiperglicemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e hiperlactemia.
  48. • Tratamento da hepatite B crónica com evidência de replicação viral (doença hepática descompensada ou inflamação hepática activa e/ou fibrose hepática histologicamente comprovada). • Tratamento de doentes com infecção pelo VIH, em associação com outros fármacos anti-retrovirais.
  49. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia. • Mal estar geral e fadiga. • Cefaleias. • Síndrome gripal. Infecções respiratórias. • Erupções cutâneas e urticária. • Pancitopenia. • Neuropatia periférica e hepatotoxicidade, • que pode ser grave, têm também sido descritas, particularmente em doentes com infecção pelo VIH.
  50. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. • Monitorizar a função hepática • pelo menos, de 3 em 3 meses; mensalmente nos doentes submetidos a transplante ou com doença hepática grave. • Ajustar a posologia nos doentes com clearance de creatinina < 50 ml/min. • Interacções • O cotrimoxazol (trimetoprim) aumenta em cerca de 40% as concentrações plasmáticas da lamivudina. • O ganciclovir e o foscarneto sódico não deverão ser administrados concomitantemente sem que se consulte informação actualizada.
  51. • Posologia • Adultos - Via oral: • 100 mg, 1 vez/dia até ocorrer seroconversão, no tratamento da hepatite B crónica; • 150 mg de 12 em 12 horas, no tratamento de doentes com infecção pelo VIH. • Não recomendada a sua utilização em crianças de idade inferior a 12 anos. A posologia para crianças de idade superior a 12 anos é igual à do adulto.
  52. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos, diarreia e flatulência. Hepatomegalia com esteatose. Acidose láctica. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. • IH. • IR • não é recomendada a sua administração a doentes com clearance de creatinina < 60 ml/min. Monitorizar a função hepática e a função renal.
  53. • Interacções • A administração concomitante de tenofovir e cidofovir pode causar um aumento ou redução das concentrações séricas de cada um destes fármacos. • A administração concomitante de tenofovir e didanosina na formulação de comprimidos tamponados causa um aumento das concentrações séricas da didanosina. • A administração simultânea de tenofovir e lopinavir/ritonavir origina uma redução na AUC do lopinavir e um aumento na AUC do tenofovir. • Posologia • Adultos - Via oral: 245 mg, 1 vez/dia a administrar com alimentos.
  54. Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos não Nucleosídeos
  55. • Apresentam um mecanismo de ação antiviral comum de inibição da ADN polimerase dependente de ARN (transcriptase reversa) do vírus da imunodeficiência humana. • Não são incorporados no ADN, nem necessitam de ser fosforilados intracelularmente para serem activos.
  56. • Efeitos indesejados • Náuseas, vómitos e diarreia. Cefaleias e tonturas. Alterações do sono. Fadiga. Erupções cutâneas. Elevação das enzimas hepáticas. Pancreatite. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. • IH grave. • História de doença psiquiátrica ou de alergias. • Doentes medicados com terfenadina, astemizol, cisaprida, midazolam ou triazolam. • Monitorizar função hepática.
  57. • Interacções • A rifampicina reduz as concentrações plasmáticas do efavirenz. • A fenitoína e o fenobarbital podem reduzir as concentrações sanguíneas do efavirenz; • e as suas concentrações plasmáticas poderão ser também reduzidas pelo efavirenz. • O efavirenz reduz as concentrações da claritromicina mas aumenta as do seu metabolito, que é farmacologicamente activo. • O efavirenz reduz ainda as concentrações plasmáticas do indinavir e, significativamente as do saquinavir. • O efavirenz aumenta as concentrações séricas do nelfinavir e, • quando associado ao ritonavir, observa-se um aumento da incidência de efeitos adversos.
  58. • Efeitos indesejados • Náuseas. Febre. Cefaleias. • Erupções cutâneas. Exantema, que pode ser grave. • Síndrome de Stevens-Johnson e síndrome de Lyell. • Disfunção hepática e hepatite que podem ser fatais. • Contra-indicações e Precauções • Gravidez e aleitamento. • Doença hepática. • Doença renal. • Monitorizar função hepática.
  59. • Interacções • A nevirapina reduz, as concentrações plasmáticas da fenitoína, glicocorticóides, cetoconazol, contraceptivos orais, cloranfenicol, cimetidina, doxiciclina, eritromicina, pentamidina, vincristina e varfarina. • As concentrações plasmáticas da nevirapina são significativamente reduzidas pela rifampicina e rifabutina. • Os macrólidos e a cimetidina podem elevar as concentrações da nevirapina. • A administração concomitante de trimetoprim e de antibióticos associados ao ácido clavulânico aumenta o risco de erupções cutâneas. • A co-administração de nevirapina e saquinavir causa uma redução nas concentrações plasmáticas do saquinavir, • A nevirapina pode reduzir os níveis sanguíneos do indinavir. • A nevirapina reduz as concentrações plasmáticas da metadona.
  60. Inibidores da Fusão
  61. Inibidores da Integrase
  62. • Os inibidores da integrase constituem uma nova classe de anti- retrovírus muito aguardada que bloqueiam a ação da integrase, a proteína do VIH responsável pela inserção permanente de ADN viral no código genético da célula hospedeira • Autorizados pela EMEA em 2013 • Raltegravir
  63. • Qualidade e duração de vida • Prevenção de infecções oportunistas • Alívio de sintomas • Prevenção da deterioração imunológica • Restauração da função imunológica
  64. • Impacto nas infecções oportunistas • Diminuição da incidência • Suspensão da profilaxia • Melhoria da resposta à terapêutica
  65. • Redução dos novos casos de SIDA e morte • Melhoria da função do sistema imune • Toxicidade • Aderência • Interacções • Horários das doses • Persistência do vírus nos “santuários” • Emergência de estirpes resistentes
  66. • Vírus • Taxa de replicação • Taxa de mutação • Santuários • Fármacos • Potência inadequada • Baixa durabilidade • Baixa tolerabilidade • Resistências • Toxicidade • Doentes • Baixa adesão • Toxicidade • Inconveniência
  67. Inhibit viral replication • Inhibit viral attachment • Prevent genetic copying of virus • Prevent viral protein production
  68. Two types of nucleosides: Purine nucleosides • guanine • adenosine Pyrimidine nucleosides • thymine • cytosine
  69. Agent Antiviral Activity guanines acyclovir HSV 1 & 2, VZV ganciclovir (DHPG) CMV retinitis and systemic CMV infection ribavirin (RTCD) Influenza types A and B, RSV, LV, HV adenosines didanosine (ddl) HIV vidarabine (Ara-A) HSV, herpes zoster
  70. Agent Antiviral Activity cytosines lamivudine (3TC) HIV zalcitabine (ddC) HIV thymine idoxuridine (IDU) HSV stavudine (d4T) HIV trifluridine HSV zidovudine (AZT) HIV
  71. amantadine (Symmetrel) and rimantadine (Flumadine) • influenza A foscarnet (Foscavir) • CMV (retinitis and systemic) Neuraminidase Inhibitors: oseltamivir (Tamiflu) and zanamivir (Relenza) • influenza types A and B
  72. acyclovir • Burning when topically applied, nausea, vomiting, diarrhea, headache amantadine and rimantadine • Anticholinergic effects, insomnia, lightheadedness, anorexia, nausea didanosine (ddl) • Pancreatitis, peripheral neuropathies, seizures
  73. zidovudine (AZT) • Bone marrow suppression, nausea, headache foscarnet (Foscavir) • Headache, seizures, acute renal failure, nausea, vomiting, diarrhea ganciclovir (Cytovene) • Bone marrow toxicity, nausea, anorexia, vomiting
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