O documento discute os conceitos de população absoluta, população relativa e densidade demográfica. Explica que a população absoluta de um lugar é o número total de habitantes, enquanto a população relativa indica a distribuição da população em relação à área do lugar, geralmente medida em habitantes por quilômetro quadrado. A densidade demográfica é outro nome para a população relativa.
2. Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente
nos países subdesenvolvidos, estatísticas dão-nos conta que em
2050 poderemos chegar até 12,5 biliões de habitantes no planeta.
Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos
consciência da importância que tem o estudo da população.
Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da
população humana, diferentemente das populações animais em
que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial
caracteriza-se pela grande diversidade social.
Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta
das vantagens.
3. O total de habitantes de um lugar constitui a
sua população absoluta.
Assim, podemos dizer que a população absoluta da Terra é
superior a 5,6 biliões de habitantes.
Mas para avaliar concretamente a presença humana num
determinado lugar, utilizamos também o conceito de população
relativa, que indica a distribuição da população em relação à
superfície do lugar.
A população relativa, também chamada de
densidade demográfica, corresponde ao
número de habitantes por unidade de área,
geralmente o quilómetro quadrado.
4. População absoluta e a população relativa de cada
continente.
Os dados referentes à população mundial
são sempre aproximados
5. Nos estudos de geografia das populações são muito
utilizados os conceitos de populoso e povoado.
Populoso refere se a população absoluta
Povoado diz respeito à população relativa de um lugar.
Assim, enquanto a Ásia é o continente mais populoso e
mais povoado do mundo, a Oceânia é o continente
menos populoso e menos povoado..
6. Uma área é considerada superpovoada quando sua população
ultrapassa um limite acima do qual se torna difícil o aumento da produção de
recursos para a sua subsistência. Noutras palavras, quando a população é maior
que os recursos disponíveis.
Ocorre, contudo, que o ser humano tem uma capacidade incessante de
produzir os meios necessários à sua sobrevivência. Os povos que conquistaram
um maior desenvolvimento económico e tecnológico criaram condições para a
fixação de grandes populações no seu território, o que compreensivelmente não
é do seu interesse.
Por outro lado, os povos que vivem em condições de baixa produtividade é
considerada superpovoada, quando a sua população ultrapassa um limite a
partir do qual começa a baixar significativamente o nível de vida, prevalecendo
a fome e a difusão de moléstias infecto-contagiosas. Nas áreas superpovoadas a
população vive em condições que levam à pobreza absoluta.
Na índia, considerada um país superpovoado, a densidade demográfica é de
284 hab./Km2.
Na Bélgica vivem 330 hab./Km2e mesmo assim esse país não é considerado
superpovoado .
7. No sentido das populações – tanto no âmbito local
quanto no âmbito mundial –, é necessário utilizar recursos
numéricos ou dados estatísticos para quantificar os
fenómenos demográficos, a estrutura e as condições de vida
do contingente humano.
Entre esses recursos, destacam-se :
os indicadores demográficos,
as pirâmides etárias e
indicadores sociais.
A partir deles, os governantes e empresários
desenvolvem políticas sociais e planeiam actividades
económicas.
8. Os principais indicadores demográficos do
crescimento demográfico são o crescimento
vegetativo e a imigração
Por meio desses indicadores, é possível observar a
dinâmica de uma população: se ela cresceu ou não,
quantas pessoas nasceram e quantas morreram no
período em estudo, quantas deixaram o lugar, quantas
chegaram, etc.
9. O crescimento vegetativo é a diferença entre os nascimentos e os
óbitos, ou seja, entre a taxa de natalidade e a de mortalidade,
geralmente ele é expresso em percentagem.
O cálculo do crescimento vegetativo não representa o crescimento real
de uma população.
Para verificar o crescimento demográfico de um país, é necessário
considerar os fluxos de entrada (imigração) e de saída (emigração)
da população. A ‘fórmula’ do crescimento demográfico (ou total) é
assim representada:
Para se ter o total da população de um país no final de um
determinado ano, é preciso somar a população absoluta (P - total
de habitantes de um lugar) com o crescimento total (CT) do ano
em questão.
10. A taxa de natalidade indica o número de nascimentos ocorridos
anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar, seja
um país, um estado ou uma cidade
A taxa de mortalidade indica o número de mortes ocorridas
anualmente para cada grupo de mil habitantes de um lugar.
Tanto a mortalidade quanto a natalidade são, portanto, expressas
por mil.
A mortalidade pode ser calculada pela média geral, que considera
todo o conjunto da população, ou por grupos específicos,
delimitados por profissão, faixa de rendimentos ou idade, por
exemplo, resultando no índice de mortalidade diferencial.
O cálculo da mortalidade diferencial por idade permite a avaliação
da mortalidade infantil, um dos mais importantes indicadores
sociais.
11.
12. A população mundial tem crescido no decorrer da história em função de
uma maior taxa de natalidade em relação à taxa de mortalidade.
No início da Era Cristã a população humana correspondia a 250 milhões
de habitantes;
Chegou a 500 milhões em 1650;
Atingiu1 bilhão em 1850;
Ultrapassou os 2 biliões em 1950;
Chegou a 5,6 biliões em 1995;
Ultrapassou os 6 biliões de habitantes no final do século XX.
Esses números mostram que no início a população levou séculos para
duplicar, depois dobrou em duzentos anos, a seguir, dobrou em apenas
cem anos e que triplicou no período de 1950 a 2000.
13. Analisando a marcha de crescimento populacional, podemos distinguir duas fases:
Crescimento lento: até o séc. XVII, em função da inexistência de condições
sanitárias adequadas, guerras, epidemias, etc., a taxa de mortalidade era elevada;
Crescimento rápido: compreende principalmente, num período mais modesto;
os séculos XVII e XIX e, acentuadamente, na segunda metade do séc. XX, em
função dos avanços científicos e da melhorias das condições higiénico-sanitárias.
Nesse período, o mundo deparou-se com um vertiginoso crescimento populacional,
denominado explosão demográfica.
Esses períodos foram marcados por calorosos debates, que resultaram na
formulação de teorias demográficas
14. As teorias demográficas
O crescimento acelerado da população, embora tenha
sido um processo mundial, tem-se concentrado
principalmente nos países subdesenvolvidos, onde as
taxas de natalidade são muito altas e as taxas de
mortalidade vem declinando.
Esse crescimento elevado da população tem
promovido profundas discussões e teorias sobre esse
tema desde o século passado
15. As faixas etárias da população costumam obedecer a um padrão que pode ser expresso em
gráficos no formato de pirâmides.
Zaire
A pirâmide populacional do Zaire é representativa do conjunto de países cuja transição
demográfica está menos avançada.
Há uma regular e constante ampliação da base, a chamada "pirâmide em forma de guarda-
sol".
O ritmo de expansão é elevado: o número de nascimentos nos últimos cinco anos duplicou
em relação ao de 15 ou 20 anos atrás.
O resultado é uma população muito jovem (praticamente 50% da população
tem menos de 25 anos) e com um grande potencial de crescimento. Mas é
também um obstáculo para uma rápida melhoria das condições de vida,
devido ao elevado custo dos serviços sanitários e de educação que devem
ser oferecidos às novas gerações.
16. Zaire
A transição demográfica está
menos avançada.
Há uma regular e constante
ampliação da base, a chamada
"pirâmide em forma de guarda-
sol".
Zaire
O ritmo de expansão é elevado: o
número de nascimentos nos
últimos cinco anos duplicou em
relação ao de 15 ou 20 anos atrás.
17. Brasil
• A pirâmide brasileira mostra a estrutura da segunda fase da transição
demográfica, na qual o ritmo de crescimento começa a se atenuar.
A forma é muito parecida à de um triângulo cuja base, ainda que
continue
crescendo, o faz a um ritmo menor que no caso zairense.
• O desequilíbrio entre população jovem e adulta é inferior: no caso
brasileiro, a faixa etária entre 35 e 40 anos apresenta a metade do
número de membros que a dos nascidos nos últimos 5 anos.
• A diminuição no ritmo de crescimento da população está ligada a uma
diminuição da fertilidade e, com ela, das taxas de natalidade.
Apesar disso, quando as novas e numerosas gerações chegarem à idade
reprodutiva, o crescimento populacional continuará em
ascensão até a primeira metade do século XXI.
18. Brasil
O desequilíbrio entre população
jovem e adulta é inferior: no
caso brasileiro, a faixa etária
entre 35 e 40 anos apresenta a
metade do número de membros
que a dos nascidos nos últimos
5 anos.
19. Austrália
• A pirâmide australiana corresponde a um país em pleno regime
demográfico moderno.
• Sua forma corresponde ao tipo ogival, com uma reentrância
correspondente aos anos de 1930 e início dos de 1940, seguidos do
baby boom posterior à Segunda Guerra Mundial (nascimentos
após 1945).
• O processo imigratório continuado, até a primeira metade da
década de 1970, mantém o crescimento.
• Depois, entre 1975 e 1990 há uma redução, de modo que a faixa
etária de 0 a 5 anos é tão numerosa quanto a dos nascidos entre
1945 e 1950 (entre 40 e 45 anos).
• O menor número de nascimentos origina um processo de
envelhecimento que se verifica no alargamento da parte superior
da pirâmide.
20. Austrália
• O menor número de nascimentos
origina um processo de
envelhecimento que se verifica no
alargamento da parte superior da
pirâmide.