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John Locke
(1632-1704)
John Locke
Política
Locke também admite que a humanidade passou
por dois estados: a) Estado Natural; b) Estado
Político-Social.
Política em Locke
Em sua obra “Dois Tratados
do Governo Civil”, Locke
tenta apresentar não o
surgimento enquanto Estado,
mas apenas do Governo
enquanto organização civil.
Trata-se daquele estado em que se encontrava o
homem antes do estabelecimento do Governo
político.
a) Estado de Natureza
Neste estado vigora a
lei natural (iluminada
pela razão) que governa
e ensina os homens a
serem iguais,
independentes e
livres.
No entanto, pelo fato de todos serem iguais e de
livre direito, nem todos respeitam a lei natural.
a) Estado de Natureza
Portanto, quem
transgride esta lei
natural acaba se
tornando um
criminoso, perigoso à
humanidade e contra à
espécie humana, à paz
e à segurança.
Esta situação conduz os homens ao estado de
guerra (com turbulência total, inimizade e de
destruição), que surge quando dentre os homens
aparece algum líder que se acha no direito de
matar, prender e confiscar as posses de outros.
a) Estado de Natureza
Segundo Locke, para evitar uma situação de
guerra, os homens criam então a existência de um
representante comum, que tem como função
responder em nome dos direitos de todos.
b) Estado Político-Social
Esse representante,
que possui soberania e
que personifica em sua
ação os interesses de
todos, recebe o nome
de Governo Civil.
Desta maneira, os homens submetem-se à
autoridade e proteção do Governo Civil,
transferindo espontaneamente os seus direitos
naturais, através da existência de um Contrato de
interesse comum.
b) Estado Político-Social
Ou seja, neste Contrato
Social, os homens formam
a Sociedade Política ou
Civil, segundo a qual os
seus membros renunciam
os seus próprios poderes
naturais, passando-os às
mãos do Governo.
b) Estado Político-Social
No entanto, segundo
Locke, não são todos os
direitos naturais que são
transferidos ao Governo
Civil: a vida, a liberdade
e a propriedade
privada, mesmo depois
da criação do Governo
Civil, continuam sendo de
posse única e inalienável
do indivíduo.
Isso quer dizer que, pelo
fato do Governo Civil não
deter a posse absoluta
de todos os direitos
naturais do homem, ele
não pode fazer o que
quiser, como por
exemplo, matar,
prender ou confiscar
os bens de alguém sem
motivos jurídicos que
justifiquem tal ação.
b) Estado Político-Social
A finalidade do Governo Civil é:
Evitar e remediar as inconveniências do
Estado de Natureza, no qual cada homem é
juiz em causa própria.
Por não ser soberano supremo de todos os
direitos naturais, também deve garantir a
preservação da vida, da liberdade e da
propriedade privada dos indivíduos.
b) Estado Político-Social
Segundo Locke, a forma mais perfeita de uma
Governo Civil é a Democracia.
Formas de Governo
Porém, nada impede dos
homens optarem em colocar
o poder nas mãos de alguns
escolhidos, seus herdeiros e
sucessores (Aristocracia) ou
até nas mãos de um único
homem (Monarquia), desde
que ambos os governos
cumpram suas obrigações.
Para Locke, o Governo deve possuir três poderes de
ação distintos para não haja possibilidade da tirania:
Os três poderes em Locke
Legislativo: trata-se do poder supremo de todo o
Governo Civil, cuja função é elaborar as leis em vista do
bem comum e da preservação dos três direitos naturais
fundamentais.
Executivo: de existência perene, tem a responsabilidade
de executar as leis internas.
Federativo: poder responsável pela administração da
comunidade, pelo relacionamento com os estrangeiros,
compreendendo ainda a formação de alianças e decisões
sobre guerra e paz.
Motivos para Dissolução de um
Governo
 Quando o Poder Legislativo é alterado,
interrompido ou dissolvido;
 Em casos de Tirania (ou qualquer abuso de poder
que prejudique o bem comum).
 Quando o detentor do Poder Executivo abandona
esse encargo, conduzindo o governo à anarquia.
 Quando os governantes abalam seriamente a
confiança depositada neles, podendo o povo afastá-los.
 Quando um Poder do Governo tenta usurpar o
papel de outro.
Crítica a Hobbes
Ao contrário de Hobbes, Locke afirma que o
homem, em seu estado natural, não tem o direito
ilimitado de tomar para si o que quiser.
Desta maneira, o Governo não
é absoluto, pois o homem
tem, por natureza e
independente do pacto político,
o direito à vida, à liberdade e
à propriedade privada (que,
por tais motivos, não precisam
ser transferidos para o Estado).
Crítica a Hobbes
Cabe então ao Governo apenas conservar tais
direitos através da leis e jamais manipulá-los
como se fossem de direito próprio.
No entanto, isso não quer dizer que o Governo não
possa tomar alguma atitude a esse respeito:
por exemplo, o indivíduo que juridicamente
desrespeita as leis do governo, cometendo os mais
variados crimes, pode sim, em caso previstos, ser
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sua liberdade ou até sua propriedade privada.

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John Locke e os dois estados naturais e político-social

  • 2. Locke também admite que a humanidade passou por dois estados: a) Estado Natural; b) Estado Político-Social. Política em Locke Em sua obra “Dois Tratados do Governo Civil”, Locke tenta apresentar não o surgimento enquanto Estado, mas apenas do Governo enquanto organização civil.
  • 3. Trata-se daquele estado em que se encontrava o homem antes do estabelecimento do Governo político. a) Estado de Natureza Neste estado vigora a lei natural (iluminada pela razão) que governa e ensina os homens a serem iguais, independentes e livres.
  • 4. No entanto, pelo fato de todos serem iguais e de livre direito, nem todos respeitam a lei natural. a) Estado de Natureza Portanto, quem transgride esta lei natural acaba se tornando um criminoso, perigoso à humanidade e contra à espécie humana, à paz e à segurança.
  • 5. Esta situação conduz os homens ao estado de guerra (com turbulência total, inimizade e de destruição), que surge quando dentre os homens aparece algum líder que se acha no direito de matar, prender e confiscar as posses de outros. a) Estado de Natureza
  • 6. Segundo Locke, para evitar uma situação de guerra, os homens criam então a existência de um representante comum, que tem como função responder em nome dos direitos de todos. b) Estado Político-Social Esse representante, que possui soberania e que personifica em sua ação os interesses de todos, recebe o nome de Governo Civil.
  • 7. Desta maneira, os homens submetem-se à autoridade e proteção do Governo Civil, transferindo espontaneamente os seus direitos naturais, através da existência de um Contrato de interesse comum. b) Estado Político-Social Ou seja, neste Contrato Social, os homens formam a Sociedade Política ou Civil, segundo a qual os seus membros renunciam os seus próprios poderes naturais, passando-os às mãos do Governo.
  • 8. b) Estado Político-Social No entanto, segundo Locke, não são todos os direitos naturais que são transferidos ao Governo Civil: a vida, a liberdade e a propriedade privada, mesmo depois da criação do Governo Civil, continuam sendo de posse única e inalienável do indivíduo.
  • 9. Isso quer dizer que, pelo fato do Governo Civil não deter a posse absoluta de todos os direitos naturais do homem, ele não pode fazer o que quiser, como por exemplo, matar, prender ou confiscar os bens de alguém sem motivos jurídicos que justifiquem tal ação. b) Estado Político-Social
  • 10. A finalidade do Governo Civil é: Evitar e remediar as inconveniências do Estado de Natureza, no qual cada homem é juiz em causa própria. Por não ser soberano supremo de todos os direitos naturais, também deve garantir a preservação da vida, da liberdade e da propriedade privada dos indivíduos. b) Estado Político-Social
  • 11. Segundo Locke, a forma mais perfeita de uma Governo Civil é a Democracia. Formas de Governo Porém, nada impede dos homens optarem em colocar o poder nas mãos de alguns escolhidos, seus herdeiros e sucessores (Aristocracia) ou até nas mãos de um único homem (Monarquia), desde que ambos os governos cumpram suas obrigações.
  • 12. Para Locke, o Governo deve possuir três poderes de ação distintos para não haja possibilidade da tirania: Os três poderes em Locke Legislativo: trata-se do poder supremo de todo o Governo Civil, cuja função é elaborar as leis em vista do bem comum e da preservação dos três direitos naturais fundamentais. Executivo: de existência perene, tem a responsabilidade de executar as leis internas. Federativo: poder responsável pela administração da comunidade, pelo relacionamento com os estrangeiros, compreendendo ainda a formação de alianças e decisões sobre guerra e paz.
  • 13. Motivos para Dissolução de um Governo  Quando o Poder Legislativo é alterado, interrompido ou dissolvido;  Em casos de Tirania (ou qualquer abuso de poder que prejudique o bem comum).  Quando o detentor do Poder Executivo abandona esse encargo, conduzindo o governo à anarquia.  Quando os governantes abalam seriamente a confiança depositada neles, podendo o povo afastá-los.  Quando um Poder do Governo tenta usurpar o papel de outro.
  • 14. Crítica a Hobbes Ao contrário de Hobbes, Locke afirma que o homem, em seu estado natural, não tem o direito ilimitado de tomar para si o que quiser. Desta maneira, o Governo não é absoluto, pois o homem tem, por natureza e independente do pacto político, o direito à vida, à liberdade e à propriedade privada (que, por tais motivos, não precisam ser transferidos para o Estado).
  • 15. Crítica a Hobbes Cabe então ao Governo apenas conservar tais direitos através da leis e jamais manipulá-los como se fossem de direito próprio. No entanto, isso não quer dizer que o Governo não possa tomar alguma atitude a esse respeito: por exemplo, o indivíduo que juridicamente desrespeita as leis do governo, cometendo os mais variados crimes, pode sim, em caso previstos, ser julgado e condenado a ponto de perder a sua vida, sua liberdade ou até sua propriedade privada.