SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Maquiavel e os
contratualistas
Prof. Me. Lucas de Oliveira Ramos (lucas.ramos@esamc.br)
Contexto histórico de Maquiavel
• Formação dos Estados Nacionais na Europa (fins séc. XIV)
• Estados Nacionais atrelados ao poder centralizados da Igreja Católica
• Nação italiana fragmentada e ameaçada de invasão.
Thomas Hobbes
(1588-1679)
Contexto Histórico
• Guerra Civil Inglesa
• Guerra entre partidários do rei Carlos I da Inglaterra vs Oliver Cromwell.
• Iniciada em 1642, termina com a condenação à morte por decapitação de
Carlos I de 1649.
O Estado natural hobbesiano
• Situação existencial do Homem antes mesmo da sociedade política
implica a existência de uma situação natural.
• Os homens são por natureza iguais e complementam-se em termos
de faculdades físicas e mentais.
• Por isso, todos têm esperança de conseguir os mesmos fins.
• Finalidade dos indivíduos: sua conservação, deleite e prazer.
Consequências do Estado Natural
• Competição
• Desconfiança
• Desejo de vencer e ser vencido
•GUERRA
Características do estado natural
• É um estado natural de existência em que o indivíduo para sua
segurança depende da sua própria força e engenho.
• Não há espaço para noções de bem ou mal, justiça ou injustiça.
• A força e a fraude são as principais virtudes
Consequências do estado natural
• Temor contínuo da morte violenta
• Vida empobrecedora e embrutecedora
Qual a saída? Leviatã (Estado)
Justificativas da criação do estado
• A conservação e a segurança não podem ser alcançados no estado
natural.
• Mesmo que haja razão, ela não é eficaz se não existir um poder
coercitivo.
• É necessário que exista um poder público que use a força e seja capaz
de castigar.
• Por conta disso tudo é necessário o contrato social
Contrato social hobbesiano
• Consentimento; pacto; acordo
• Atribuir a um homem, ou a uma assembleia de homens, poder de
reduzir todas as vontades a uma vontade só.
• Nasce do acordo de casa homem perante cada homem para a
renúncia de direitos e sua transferência para o soberano (Leviatã).
Como se constitui o contrato social
• Nomeação de um poder coercitivo pela espada que elabora leis no
sentido de assegurar o bem comum, ou seja, a sua conservação
• A ordem será estabelecida por meio do temor.
• Quem determina o bem comum?
• O Leviatã.
John Locke
(1632-1704)
Breve biografia
• Formou-se em medicina e trabalhava para Carlos II
• Carlos volta do exílio em 1660 depois da tirania do regime crowmelliano.
• Com a monarquia também perdendo prestígio por conta de sua conexão
com a Igreja, parte da família real foge para a Holanda e Locke os
acompanha. Jaime II sucede Carlos II
• Na Revolução Gloriosa (1688), Jaime II é substituído por Guilherme de
Orange, fazendo uma monarquia com nova base legal, uma Carta de
Direitos e reforço de poder ao parlamento. Locke acompanhou Guilherme
e teorizou o novo regime.
Estado Natural lockiano
• É a situação existencial do Homem antes mesmo da sociedade
política  implica a existência de uma ordem natural.
• O estado natural é um estado de liberdade, uma vez que seus
membros estão sob a influência daquilo que lhes é mais natural.
• Razão.
• Sendo co-natural ao ser humano, a Razão possui características de lei
natural, legitimando-a
Estado Natural
• No estado natural existe uma lei natural
• Como lei, vincula-se o ser humano a segui-la
• Decorre desta lei, portanto, os Direitos Naturais:
• Liberdade
• Propriedade
• Vida
• O direito à propriedade, para Locke, é o mais importante deles.
• Garantia da conservação da vida.
• O que legitima a propriedade e qual a sua forma identificativa?
Trabalho.
• Exemplo:
• Água é de todos, mas a recolhida por alguém é de quem? De quem a
recolheu.  O trabalho identifica o proprietário e a propriedade.
Justificativas do Estado Positivo
• Pelo fato de no estado natural todos sejam obrigado a obedecer à lei
natural, isso não significa que todos o façam, seja por ignorância ou
parcialidade na defesa de seus interesses.
• O estado natural, portanto, carece de um poder que castigue crimes.
Por conta disso, faz-se necessário o contrato social.
Contrato Social
• Serventia:
• Atribuir a um Estado, por meio de um acordo, a capacidade de salvaguardar a
liberdade, propriedade e a vida.
• Constituição
• Convencendo as pessoas da maior utilidade do Estado positivo em
detrimento do estado natural.
• Bem comum
• Determinado por todos ou por maioria na forma de uma democracia
representativa.
Jean Jacques Rousseau (1717-1778)
•“Do contrato social” (1762)
•Estado natural: “bom selvagem”
•Surgimento da propriedade privada gera caos
•Passagem do estado de natureza para estado civil: garantir os direitos/liberdades
civis
Vontade Geral
• Segundo Rousseau a "Vontade Geral" não é consenso, nem vontade
da maioria e muito menos a soma das vontades individuais.
• Para atingir a vontade geral é necessário que a sociedade reduza a
desigualdade social, pois assim as opiniões, conceitos e
principalmente vontades seriam mais próximos e estreitos. Como
também maior educação na sociedade. Porque Rousseau salienta que
a educação deve fazer parte do Estado, já Locke defende a ideia de
que cada um tem a educação que deseja, sendo ela baseada na
vontade individual de cada um.
O Contrato Social
• Novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na
experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso,
garantindo os direitos de todos os cidadãos.
• Essa convenção é formada pelos homens como uma forma de defesa contra
aqueles que fazem o mal
• O principal motivo que leva à passagem do estado natural para o civil é a
necessidade de uma liberdade moral, que garante o sentimento de autonomia do
homem
• As principais ideias são desenvolvidas a partir de um princípio central, a
soberania do povo, que é indivisível. O povo, então, tem interesses, que são
nomeados como “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Maquiavel e os contratualistas

Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauAlison Nunes
 
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e Rousseau
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e RousseauMonitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e Rousseau
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e RousseauDaniela Etiene
 
Resumo sobre John Locke
Resumo sobre John LockeResumo sobre John Locke
Resumo sobre John LockeDany Nunes
 
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke Fernanda Costa
 
Aula Estado e sociedade correta.ppt
Aula Estado e sociedade correta.pptAula Estado e sociedade correta.ppt
Aula Estado e sociedade correta.pptDenisedeAmorimRamos
 
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreAdilsonivp
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeRogerio Terra
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poderArlindo Picoli
 
Maquiavel fil contratualistas
Maquiavel  fil contratualistasMaquiavel  fil contratualistas
Maquiavel fil contratualistasPitágoras
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014Bruno Uchôas
 
Direitos, cidadania e movimentos sociais
Direitos, cidadania e movimentos sociaisDireitos, cidadania e movimentos sociais
Direitos, cidadania e movimentos sociaisAriella Araujo
 
Formação do estado moderno terceiro ano
Formação do estado moderno terceiro anoFormação do estado moderno terceiro ano
Formação do estado moderno terceiro anoAdriano Capilupe
 
Ciência Política -Síntese teórica.pdf
Ciência Política -Síntese teórica.pdfCiência Política -Síntese teórica.pdf
Ciência Política -Síntese teórica.pdfJorgeAlexandreOlivei5
 
Locke_problema_justificação_estado
Locke_problema_justificação_estado Locke_problema_justificação_estado
Locke_problema_justificação_estado Isabel Moura
 

Semelhante a Maquiavel e os contratualistas (20)

Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Apresentação John Locke
Apresentação John LockeApresentação John Locke
Apresentação John Locke
 
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e Rousseau
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e RousseauMonitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e Rousseau
Monitoria ciência política - Arendt, Maquiavel e Rousseau
 
Resumo sobre John Locke
Resumo sobre John LockeResumo sobre John Locke
Resumo sobre John Locke
 
John locke
John lockeJohn locke
John locke
 
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke
Segundo Tratado Sobre o Governo Civil - John Locke
 
Aula Estado e sociedade correta.ppt
Aula Estado e sociedade correta.pptAula Estado e sociedade correta.ppt
Aula Estado e sociedade correta.ppt
 
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e Locke
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Maquiavel fil contratualistas
Maquiavel  fil contratualistasMaquiavel  fil contratualistas
Maquiavel fil contratualistas
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014
 
Direitos, cidadania e movimentos sociais
Direitos, cidadania e movimentos sociaisDireitos, cidadania e movimentos sociais
Direitos, cidadania e movimentos sociais
 
11. Locke - Política.ppt
11. Locke - Política.ppt11. Locke - Política.ppt
11. Locke - Política.ppt
 
Formação do estado moderno terceiro ano
Formação do estado moderno terceiro anoFormação do estado moderno terceiro ano
Formação do estado moderno terceiro ano
 
Ciência Política -Síntese teórica.pdf
Ciência Política -Síntese teórica.pdfCiência Política -Síntese teórica.pdf
Ciência Política -Síntese teórica.pdf
 
John locke
John lockeJohn locke
John locke
 
Locke_problema_justificação_estado
Locke_problema_justificação_estado Locke_problema_justificação_estado
Locke_problema_justificação_estado
 

Último

Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 

Último (20)

Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 

Maquiavel e os contratualistas

  • 1. Maquiavel e os contratualistas Prof. Me. Lucas de Oliveira Ramos (lucas.ramos@esamc.br)
  • 2.
  • 3.
  • 4. Contexto histórico de Maquiavel • Formação dos Estados Nacionais na Europa (fins séc. XIV) • Estados Nacionais atrelados ao poder centralizados da Igreja Católica • Nação italiana fragmentada e ameaçada de invasão.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 12. Contexto Histórico • Guerra Civil Inglesa • Guerra entre partidários do rei Carlos I da Inglaterra vs Oliver Cromwell. • Iniciada em 1642, termina com a condenação à morte por decapitação de Carlos I de 1649.
  • 13. O Estado natural hobbesiano • Situação existencial do Homem antes mesmo da sociedade política implica a existência de uma situação natural. • Os homens são por natureza iguais e complementam-se em termos de faculdades físicas e mentais. • Por isso, todos têm esperança de conseguir os mesmos fins. • Finalidade dos indivíduos: sua conservação, deleite e prazer.
  • 14. Consequências do Estado Natural • Competição • Desconfiança • Desejo de vencer e ser vencido •GUERRA
  • 15. Características do estado natural • É um estado natural de existência em que o indivíduo para sua segurança depende da sua própria força e engenho. • Não há espaço para noções de bem ou mal, justiça ou injustiça. • A força e a fraude são as principais virtudes
  • 16. Consequências do estado natural • Temor contínuo da morte violenta • Vida empobrecedora e embrutecedora Qual a saída? Leviatã (Estado)
  • 17. Justificativas da criação do estado • A conservação e a segurança não podem ser alcançados no estado natural. • Mesmo que haja razão, ela não é eficaz se não existir um poder coercitivo. • É necessário que exista um poder público que use a força e seja capaz de castigar. • Por conta disso tudo é necessário o contrato social
  • 18. Contrato social hobbesiano • Consentimento; pacto; acordo • Atribuir a um homem, ou a uma assembleia de homens, poder de reduzir todas as vontades a uma vontade só. • Nasce do acordo de casa homem perante cada homem para a renúncia de direitos e sua transferência para o soberano (Leviatã).
  • 19. Como se constitui o contrato social • Nomeação de um poder coercitivo pela espada que elabora leis no sentido de assegurar o bem comum, ou seja, a sua conservação • A ordem será estabelecida por meio do temor. • Quem determina o bem comum? • O Leviatã.
  • 21. Breve biografia • Formou-se em medicina e trabalhava para Carlos II • Carlos volta do exílio em 1660 depois da tirania do regime crowmelliano. • Com a monarquia também perdendo prestígio por conta de sua conexão com a Igreja, parte da família real foge para a Holanda e Locke os acompanha. Jaime II sucede Carlos II • Na Revolução Gloriosa (1688), Jaime II é substituído por Guilherme de Orange, fazendo uma monarquia com nova base legal, uma Carta de Direitos e reforço de poder ao parlamento. Locke acompanhou Guilherme e teorizou o novo regime.
  • 22. Estado Natural lockiano • É a situação existencial do Homem antes mesmo da sociedade política  implica a existência de uma ordem natural. • O estado natural é um estado de liberdade, uma vez que seus membros estão sob a influência daquilo que lhes é mais natural. • Razão. • Sendo co-natural ao ser humano, a Razão possui características de lei natural, legitimando-a
  • 23. Estado Natural • No estado natural existe uma lei natural • Como lei, vincula-se o ser humano a segui-la • Decorre desta lei, portanto, os Direitos Naturais: • Liberdade • Propriedade • Vida • O direito à propriedade, para Locke, é o mais importante deles. • Garantia da conservação da vida.
  • 24.
  • 25. • O que legitima a propriedade e qual a sua forma identificativa? Trabalho. • Exemplo: • Água é de todos, mas a recolhida por alguém é de quem? De quem a recolheu.  O trabalho identifica o proprietário e a propriedade.
  • 26. Justificativas do Estado Positivo • Pelo fato de no estado natural todos sejam obrigado a obedecer à lei natural, isso não significa que todos o façam, seja por ignorância ou parcialidade na defesa de seus interesses. • O estado natural, portanto, carece de um poder que castigue crimes. Por conta disso, faz-se necessário o contrato social.
  • 27. Contrato Social • Serventia: • Atribuir a um Estado, por meio de um acordo, a capacidade de salvaguardar a liberdade, propriedade e a vida. • Constituição • Convencendo as pessoas da maior utilidade do Estado positivo em detrimento do estado natural. • Bem comum • Determinado por todos ou por maioria na forma de uma democracia representativa.
  • 28. Jean Jacques Rousseau (1717-1778)
  • 29. •“Do contrato social” (1762) •Estado natural: “bom selvagem” •Surgimento da propriedade privada gera caos •Passagem do estado de natureza para estado civil: garantir os direitos/liberdades civis
  • 30. Vontade Geral • Segundo Rousseau a "Vontade Geral" não é consenso, nem vontade da maioria e muito menos a soma das vontades individuais. • Para atingir a vontade geral é necessário que a sociedade reduza a desigualdade social, pois assim as opiniões, conceitos e principalmente vontades seriam mais próximos e estreitos. Como também maior educação na sociedade. Porque Rousseau salienta que a educação deve fazer parte do Estado, já Locke defende a ideia de que cada um tem a educação que deseja, sendo ela baseada na vontade individual de cada um.
  • 31. O Contrato Social • Novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos. • Essa convenção é formada pelos homens como uma forma de defesa contra aqueles que fazem o mal • O principal motivo que leva à passagem do estado natural para o civil é a necessidade de uma liberdade moral, que garante o sentimento de autonomia do homem • As principais ideias são desenvolvidas a partir de um princípio central, a soberania do povo, que é indivisível. O povo, então, tem interesses, que são nomeados como “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade.