UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Crítica social e política em Eça de Queirós
1. CCRÓNICARÓNICA DEDE CCOSTUMESOSTUMES
OO JANTARJANTAR NONO HOTELHOTEL CENTRALCENTRAL (VI)(VI)
Temas discutidos:
o A literatura e a crítica literária
• Critica-se o ultra-romantismo na personagem de Alencar: artificial, antiquado;
teatral; exageradamente emocional; decadente.
• Critica-se o uso excessivo da ciência na literatura (naturalismo); a observação e
estudo dos caracteres; não se distingue ciência de literatura;
o As finanças
• O país tem absoluta necessidade dos empréstimos estrangeiro;
• Cohen é calculista cínico: tendo responsabilidades pelo cargo que
desempenha, lava as mãos e afirma alegremente que o país vai
direitinho para a bancarrota.
o A história e a política
• Possível invasão espanhola divide os participantes do jantar: Ega é a favor de uma
invasão para acordar o país da preguiça; Alencar teme a perda da independência
nacional; Dâmaso fugiria se a invasão se concretizasse;
AASS CORRIDASCORRIDAS DEDE CAVALOSCAVALOS (C(CAPÍTULOAPÍTULO X)X)
Crítica social:
Cosmopolitismo (fingido) da sociedade;
o Tentativa frustrada de igualar Lisboa às capitais europeias, sobretudo Paris;
o Radiografia perfeita do atraso da sociedade lisboeta;
o Falta de educação dos portugueses;
o Pseudo civilização que resolve as suas quezílias com cenas de pancadaria;
o Falta de controlo das emoções;
o Caricatura de personagens mal-vestidas, que não se sabem comportar perante as
situações;
o Espaço físico que mais parece um palanque de arraial do que um sítio de corridas;
o Diferença entre o ser e o parecer.
• Espaço físico: hipódromo
Caracteriza-se por um espaço improvisado, com falta de gosto (cores esbatidas, sem
ornamentos), mal organizado e construído (notavam-se fendas, as tábuas estavam mal
pregadas), com um ar de palanque em arraial; até o próprio buffet tinha ar de taberna.
JJANTARANTAR DOSDOS GGOUVARINHOSOUVARINHOS ((CAPÍTULOCAPÍTULO XII)XII)
Ambiente marcada pela futilidade e ociosidade da alta burguesia e aristocracia lisboeta;
apresenta uma visão crítica relativamente à mediocridade, ignorância e superficialidade da elite
social lisboeta, em geral, e à incapacidade da classe política dirigente, em particular. Onde se
sobressai Ega, com a sua veia mordaz e impiedosa.
Temas abordados:
. A educação das mulheres em que Ega diz que ‘’A mulher só devia ter duas prendas: cozinhar
bem e amar bem.’’ Ao dizer isto está a desprezar as capacidades das mulheres;
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2. . O atraso intelectual e a falta de cultura dos indivíduos que são detentores de cargos que os
inserem na esfera social do poder, e consequentemente do país;
. O deslumbramento pelo estrangeiro.
O jantar do Hotel Central e o jantar dos Gouvarinho
Jantar do Hotel Central:
•Objectivos:
– Homenagear o banqueiro Jacob
Cohen;
– Proporcionar a Carlos um primeiro
contacto com o meio social lisboeta;
– Apresentar a visão crítica de alguns
problemas;
– Proporcionar a Carlos uma visão de
Maria Eduarda.
Jantar dos Gouvarinho:
•Objectivos:
– Reunir a alta burguesia e aristocracia;
– Reunir a camada dirigente do País;
– Radiografar a ignorância das classes
dirigentes.
. O jantar no Hotel Central permite abordar a crítica literária e a literatura, a situação financeira
do país e a mentalidade retrógrada.
. No Jantar dos Gouvarinho, as conversas permitem abservar a degradação dos valores sociais,
o atraso intelectal do País, a mediocricidade de algumas figuras da alta burguesia e da
aristocracia.
. O jantar dos Gouvarinho trata-se de uma reunião semelhante ao jantar no Hotel Central,
onde persiste o aparato exterior a contrastar com a ignorância das classes dirigentes do País.
OO SARAUSARAU DODO TTEATROEATRO DADA TTRINDADERINDADE (XVI)(XVI)
o Criticar o ultra-romantismo que encharcava o público;
Rufino
• o desfasamento entre a realidade e o discurso;
• a falta de originalidade;
• o recurso a lugares – comuns;
• a retórica por parte do público tocado no seu sentimentalismo.
Alencar
• o poeta ultra-romântico;
• o tema da Democracia Romântica;
• o desfasamento entre a realidade e o discurso;
• o excessivo lirismo carregado de conotações sociais;
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3. AA IMPRENSAIMPRENSA (XV)(XV)
Crítica
o Passar em revista a situação do jornalismo nacional;
o Confrontar o nível dos jornais com a situação do país.
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A “CORNETA DO DIABO”
• O director é o Palma «Cavalão», um imoral;
• A Redacção é um antro de porcaria;
• Publica um artigo contra Carlos mediante dinheiro;
• Vende a tiragem do número do jornal onde saíra o artigo;
• Publica folhetins de baixo nível.
“A TARDE”
• O director é o deputado Neves;
• Recusa publicar a carta de retractação de Dâmaso porque o confunde com um correligionário
político;
• Desfeito o engano, serve-se da mesma carta como meio de vingança contra o inimigo político;
• Só publica artigos ou textos dos seus correligionários políticos
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