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A sociedade está lidando com
transformações inquietantes em
sua estrutura, inclusive asilando
sem constrangimento a liberalidade
sexual na adolescência. Jamais a
juventude teve tantas notícias quan-
to hoje. Existem livros, revistas,
músicas, televisão, rádio, imprensa,
internet e uma lista imensa de ca-
nais de informação. Há
espaços exclusivos para
os jovens discutirem so-
bre sexualidade e para
receber “orientação”:
suplementos de jornais,
revistas, programas te-
levisivos ou até mesmo
colunas próprias naque-
les destinados ao público em geral.
Contam-se hoje nas bancas de jor-
nal dezenas de publicações eróticas
destinadas ao público jovem.
Estreando mais cedo na práti-
ca sexual e estando mais suscetí-
veis às influências dos adultos, os
adolescentes são vítimas das indu-
ções psicológicas do momento. São
bombardeados pelo mau exemplo
dos pais, pela literatura de estímulo
à erótica, pelas revistas pornográfi-
cas, pelo violento negócio do sexo
e da prostituição, pelas festinhas e
“baladas” cada dia mais libertinas,
pela utilização de drogas e álcool,
pela proliferação dos disque-sexo,
pelo uso da internet na busca da
satisfação de fantasias, Cd’s, Dvd’s
facilmente locáveis, ao interesse co-
mercial e de exploração da lucrativa
faixa de público consu-
midor dos filmes para
“adultos”.
Nessa conjuntura, o
trágico é que a educação
dos adolescentes está
sendo entregue à mídia
e ao consumo. Há extre-
mos apelos e sensualis-
mos, desde filmes (adultos), nove-
las e programas para adolescentes
destacando o sexo sem amor, livros
e manuais ensinando técnicas de
conquista e prazer, semelhando a
livros informando a cozinhar, com
tal frieza e hipocrisia que chega a
envergonhar os que valorizam o
sentimento e a civilização. Falar em
valores da família chega a ser arre-
medo.
O Espiritismo esclarece que
Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano III, Número 18 - Janeiro/2017.
Os ingressos ao festim
da luxúriaEditorial Jorge Hessen
Os ingressos ao festim
da luxúria
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nos comportamentos humanos há
invariavelmente uma legião de es-
píritos convivendo e participando de
cada ação de alguém, seja no júbilo
do dever cumprido e da alegria sa-
dia, seja na perversão dos desejos e
das atitudes. Se um adolescente faz
da sexualidade tão somente instru-
mento de “delícia”, conectará com
espíritos erotizados nas mesmas
condições e muitos deles almejando
reencarnar, induzindo a adolescente
a engravidar precocemente.
Não podemos deixá-los órfãos
de educação sexual. Jamais acredi-
tar que tais situações somente ocor-
rem com o(a) filho(a) do vizinho, ou,
se achar que pode acontecer com
o(a) próprio(a) filho(a), tentar re-
solver o problema com repressões,
violências verbais, brutalidade e até
expulsão de casa. A solução está na
educação e no exemplo dentro do
lar. Os pais não podem abandonar
seus filhos ao aprendizado no mun-
do. Quando mais necessitam de
esclarecimento e orientação quanto
à própria sexualidade, não devem
permitir que eles aprendam tudo na
escola, na rua, na mídia, nos livros,
com os outros.
Conversar com os filhos desde
os quatro anos, sem esperar pelos
12 ou 13 anos. Os frutos plantados
na infância serão colhidos na ado-
lescência. E assuntos sobre sexua-
lidade devem começar a ser discuti-
dos desde cedo. Afinal, não será de
um dia para o outro que uma criança
se tornará adolescente.
Empreguemos sempre as
orientações espíritas, porém o me-
lhor remédio será sempre o nosso
exemplo no lar. Lembremos que pais
equilibrados produzem lares equili-
brados; lares equilibrados resultam
em filhos equilibrados, mesmo que
resvalem em algumas compreensí-
veis falhas humanas. Urge iluminá
-los com as normas libertadoras do
Evangelho de Jesus. Convidá-los a
participar de mocidades espíritas.
Jamais proibi-los ou obrigá-los à
abstinência ou à prática, porém es-
timular-lhes a educação, o controle
e a responsabilidade, conforme ins-
trui Emmanuel no prefácio do livro
“Vida e Sexo”.
Enfim, elucidar-lhes que sexo
é energia divina, função criadora,
transferência de cargas magnéticas,
troca de sentimentos, reencontros,
maternidade sagrada, e ressaltar-
lhes o valor da oração, que será
auxílio constante na direção dos
desejos e sentimentos. A energia
sexual deve ser administrada com
bom senso e maturidade, conscien-
tes dos riscos que acarreta qualquer
inobservância das regras do amor.
Todavia, se ocorrer a gravidez ines-
perada da filha adolescente, auxiliá
-la, amparando-a para que assuma
a obrigação que carreou para si,
dando condições para que inicie
uma vida a dois e colha os frutos
das suas experiências
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Livro: O Consolador
Psicografia: Chico Xavier
Editora: FEB
Questão 184:
Como devemos efetuar nossa autoeducação, esclarecida
pela luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas
tendências egoístas tantas vezes nos levam a atitudes antifraternais?
-Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido
como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações
do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no
devotamento e no sacrifício.
Toda vez que experimentardes disposições antifraternais em
seu círculo, isso significa que preponderam em vossa organização
psíquica as recordações prejudiciais, tendentes ao estacionamento na
marcha evolutiva.
É aí que urge o esforço da autoeducação, porquanto toda
criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios
valores.
Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens,
mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da
alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos,
orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.
Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor
sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obriga-
dos a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os
excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo
sexo , abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de
sua vida.
É por esse motivo que observamos , muitas vezes, almas
numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a re-
núncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor
divino.
Depreende-se, pois, que ao invés da educação sexual pela sa-
tisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem
sua alma para a compreensão sagrada do sexo.
Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel
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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge Hessen
Secretária: Diomarsi Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva
Tesoureiro: João Batista
Conselho Fiscal - José Amin, Francisco Soares e Marcos Marques
Editores - Jorge Hessen e Fabiano Augusto
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Sábados - 18 horas
Dia 7 - Jorge Hessen (PAE)
Dia 14 - Osvaldo Basto (Comunhão Espírita)
Dia 21- Nelsandro Vieira (V. da Paz)
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Quartas-feiras - 20 horas
Dia 4 - João Batista (PAE)
Dia 11 - Cirne Ferreira (FEB)
Dia 18 - Maria Omilta (PAE)
Dia 25 - Arildo Marques (B. Menezes)
Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Janeiro
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Espaço da Codificação ............
“O Livro dos Espíritos” - Questões 700 e 701
POLIGAMIA
700. A igualdade numérica, que mais ou menos existe entre os
sexos, constitui indício da proporção em que devam unir-se?
“Sim, porquanto tudo, em a Natureza, tem um fim.”
701. Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais con-
forme à lei da Natureza?
“A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso
social. O casamento, segundo as vistas de Deus, tem que se
fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há
afeição real: há apenas sensualidade.”
Nota: “Se a poligamia fosse conforme à lei da Natureza, devera
ter possibilidade de tornar-se universal, o que seria materialmente
impossível, dada a igualdade numérica dos sexos. Deve ser con-
siderada como um uso ou legislação especial apropriada a certos
costumes e que o aperfeiçoamento social fez que desaparecesse
pouco a pouco.”