1. Barreiros – PE, 07 de agosto de 2023
PROEJA – EREMPJANF
PROF. ANDRÉ SILVA
FILOSOFIA
QUEM É O HOMEM?
O ser humano é único, com suas convicções e duvidas, mas o ser humano não é
somente o corpo, o ser humano é muito mais que isso.
O ser humano é único, com suas convicções e duvidas, mas o ser humano não é
somente o corpo, a sua cultura e seus desejos, o ser humano é muito mais que isso, é sua
essência, por isso somos tão diferentes um dos outros, mas gêmeos univitelinos tem diferenças
marcantes, alguns historiadores colocam o ser humano como resultado de hereditariedade ou
como um produto do meio. Mas afinal, quem é o homem?
O CONCEITO DE PESSOA HUMANA
O homem tem uma tendência espontânea para investigar, decobrir e sistematizar, enfim,
conhecer o mundo no qual se encontra inserido, bem como sua própria natureza. Para ele o
conhecimento de si e do mundo são coisas naturais e instintivas.
No decorrer dos anos o homem foi obrigado a encontrar o seu lugar, e enquanto buscava
com todas as forças a sobrevivência das espécies, nossos antepassados foram, gradualmente,
levados a desenvolver estratégias que proporcionassem a preservação de suas próprias vidas.
Os estudos antropológicos mostram que o primeiro dado humano perceptível é a
existência de seres humanos vivos, física e organicamente constituídos, que se encontram
inseridos no ambiente natural e que compartilham com os demais seres vivos uma necessidade
básica fundamental, que é a preservação da vida.
Mas o homem se localiza e age a partir de vários valores produzidos e formatados
culturalmente, ou seja ele é capaz de desenvolver uma hierarquia de ações e condutas a partir
do bem e do mal, do justo e do injusto, do certo e do errado.
Essa hierarquia de valores cultivada pelos homens é refletida, estudada e analisada pela
ética, que significa o conjunto de normas e conduta, próprias de cada sistema moral.
Cabe ressaltar a diferença básica entre moral e ética, a primeira diz respeito as normas
específicas de conduta na sociedade, a segunda reflete valores fundamentais que dão sentido
as próprias normas.
O homem não nasce moral, ele se torna moral a partir do contexto histórico e social em
que encontra-se inserido, entre os vários elementos constituintes do universo ético-moral,
2. pode-se ressaltar três, indispensáveis para determinar ações ou condutas moralmente corretas
ou incorretas: consciência, liberdade e vontade.
A BUSCA DO HOMEM PELO SIGNIFICADO DE SUA EXISTÊNCIA
O homem sempre buscou explicações que justificassem sua existência, portanto, ele
pensa e não apenas vive. De acordo com o existencialismo, o homem é o único ser que
realmente existe, pois é o único que tem consciência do seu ser.
Sendo assim, o homem é o único ser capaz de fazer perguntas, todos os demais seres
não se colocam este problema, simplesmente estão submetidos às leis e fenômenos e não tem
capacidade de perguntar sobre sua essência ou pelas razões de sua existência.
A PESSOA HUMUNA E SUAS ATITUDES
A sociedade vem sendo surpreendida, dia-a-dia, com adversidades instituídas por
decisões que, muitas vezes, colocam em posição de debate a verdadeira essência humana e
até onde iremos. Sendo assim, é importante a prática Atitudes e o cultivo de Crenças e Valores.
As atitudes positivas contribuem no desenvolvimento humano, este processo quando
desenvolvido transforma o comportamento das pessoas e constrói uma sociedade mais justa e
humanizada.
Quase todos os teóricos concordam que a atitude não é um elemento básico irredutível
da personalidade, mas a representação do agrupamento de dois ou mais elementos inter-
relacionados. Para Leonardo Boff a compaixão talvez seja, entre as virtudes humanas, a mais
humana de todas. Segundo Boff:
“A compaixão tem algo de singular: ela não exige nenhuma reflexão
prévia, nem argumento que a fundamente. Ela simplesmente se nos
impõe porque somos essencialmente seres com-passivos. A compaixão
refuta por si mesma noção do biólogo Richard Dawkins do “gene egoísta”.
Ou o pressuposto de Charles Darwin de que a competição e o triunfo do
mais forte regeriam a dinâmica da evolução. Ao contrário, não existem
genes solitários, mas todos são inter-retro-conectados e nós humanos
somos enredados em teias incontáveis de relações que nos fazem seres
de cooperação e de solidariedade. A segunda atitude, afim à compaixão,
é a solidariedade. Ela obedece à mesma lógica da compaixão. Vamos ao
encontro do outro para salvar-lhe a vida,...”
3. As atitudes positivas, certamente tornam qualquer homem, uma pessoa mais humana e
mais justa, para isso é preciso praticar ações solidárias, tentar compreender as coisas da
maneira que elas são e acontecem, não visar somente o bem-estar próprio, mas o que for
melhor para todos, ajudar aqueles que mais precisam, ter olhos atentos, ser solidário com as
pessoas, e especialmente com o mundo.
As pessoas e a sociedade são movidas em função de suas atitudes, crenças e valores,
implementadas, subliminarmente ou não, no dia-a-dia através de ações e processos, em
diversos campos de atuação, nos quais sempre se ressaltam a importância destes conceitos e
os efeitos positivos que podem causar.
REFERÊNCIAS: DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo, Martin Claret, 2002.BOFF, Leonardo. O princípio
compaixão e cuidado. Vozes, 2009. CHILDE, Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de janeiro, Zahar, 1971. ROKEACH,
Milton. Crenças, atitudes e valores. Interciência, 1981.